Like Business nº01

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Eles fizeram sua própria

SORTE Conheça os Empreendedores que Inovam

Entrevista Claudio Miyake

Panorama Industrial

11 Bilhonários que eram pobres na Infância

Oportunidades na Copa


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Copa do Mundo: Projeto atrai investidores estrangeiros durante a Copa

pág.6

Entrevista Claudio Miyake: Os desafios da área de Odontologia

pág.8

SEBRAE/SP: Ano Novo: É hora de planejar

pág.12

Capa: Empreendedores que inovam

pág.14

Social Business: Rodada de Negócios CIESP e Encontro MEG

pág 22

Provamos e Aprovamos: Lanche do Carioca

pág.28

Aplicativo: Easy Taxi conquista taxistas e e passageiros nas festas de fim de ano

pág.30

Varejo: Compradores da maior rede de varejo do Japão visitam o Brasil

pág.32

CIESP / Alto Tietê: Um Panorama da Indústia do Alto Tietê

pág.34

Distribuição: Alst avança além-mar para expandir negócios

pág. 36

Curuiosidades: 11 Bilhonários que eram pobres na infância

pág.38

Arquitetura: Boom imobiliário cria ambiente favorável a empresas de arquitetura no exterior

pág.40

T&D: Investimentos em T&D serão maiores que a projeção de crescimento do PIB para o ano

pág.42

Consumo: A oportunidade Dolly - Como emocionar os consumidores populares

pág.44

Guia é laçado com informações sobre oportunidades na Copa do Mundo

pág.46

Lesgilação: Compliance

pág. 48

Fusão e Aquisição: Integração entre diferentes culturas é decisiva para o sucesso nas fusões e aquisições

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pág. 50


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limentar as mentes daqueles que pensam em materializar seus sonhos. Para isso essa publicação passou a existir. Através destas páginas queremos contar histórias reais para que elas inspirem e ajudem ainda mais a realização de empreender. Davy Mota

Expediente Direção Diretor Comercial: Marcos Roberto Diretor de Marketing: Davy Mota Redação Ariane Noronha MTB: 70.808 Alexandre Barreira MTB: 53.017 / SP Arte e Diagramação: Mixel Nogueira Projeto Gráfico TOMPLAY Propaganda Fotos Diego Barbieri MTB: 50645 Colaboradores Cristiane Rebelato, Manoel Camanho e Dirceu Augusto da Câmara Valle Distribuição Gratuita Mogi das Cruzes, Suzano, Arujá, Guararema, Jacarei e São José dos Campos.

www.likebusiness.com.br Para anunciar ligue : (11) 7759-2827 e-mail : marcoslikeb@gmail.com


Copa do Mundo

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ue a Copa do Mundo atrai milhares de turistas ao país-sede, não é novidade para ninguém. No entanto, não é apenas o interesse pelo futebol que faz com que visitantes estrangeiros vão aos jogos. Para a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), além de sediar as partidas, os estádios da Copa do Mundo no Brasil podem ser cenários para o fechamento de muitos negócios internacionais graças ao Projeto Copa, desenvolvido pela entidade. Aproveitando a atenção recebida pelo Brasil por sediar a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, a Apex-Brasil, em parceria com entidades setoriais e empresas nacionais, desenvolveu um projeto para estimular as exportações,

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captar investimentos e melhorar a imagem do País junto aos investidores estrangeiros. Para isso, a agência comprou uma cota de patrocínio dos dois eventos como “apoiador local”, o que garante o direito de uso de marca das competições esportivas, fornecimento de ingressos e espaços nos estádios. A Apex é responsável por ceder as entradas para os jogos, analisar o perfil dos investidores convidados e validar as agendas de negócios que acontecem paralelamente. Já as companhias parceiras arcam com os custos das passagens internacionais e outros deslocamentos internos. Ações de relacionamento deste tipo já foram feitas pela Apex-Brasil em outras ocasiões, como durante o Carnaval, no Rio de Janeiro, e na etapa brasileira da Fórmula Indy, em São Paulo.


Na primeira fase do projeto, realizada durante a Copa das Confederações FIFA 2013, em junho do ano passado, foram gerados US$ 1,8 bilhão em negócios para empresas brasileiras, quase o dobro do que era esperado inicialmente – US$ 1,1 bilhão. A cifra conta os negócios realizados durante o evento e os acertados para acontecer nos 12 meses seguintes. O setor de casa e construção foi o que mais lucrou, contabilizando US$ 1,3 bilhão. Logo atrás vieram os setores de máquinas e equipamentos, com US$ 300 milhões, e agronegócios, com cerca de US$ 80 milhões. As ações foram desenvolvidas em sete jogos, realizados em Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza. Paralelamente, aconteceram ainda 432 agendas de negócios em diferentes estados do País. A primeira fase

do projeto recebeu 903 empresários estrangeiros, vindos de mais de 70 países. Entre os brasileiros, foram 492 empresas, 60 entidades setoriais e 10 parceiros – ao todo, cerca de 1.400 empresários e formadores de opinião. Para a segunda fase do projeto, que ocorrerá durante a Copa do Mundo da FIFA 2014, já estão previstas ações em oito jogos, realizados em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. O presidente da agência, Mauricio Borges, afirmou que o objetivo agora é duplicar os rendimentos alcançados na primeira fase. Podem participar do projeto empresas classificadas como intermediárias, experientes ou internacionalizadas, de acordo com critérios de maturidade exportadora da Apex-Brasil. Fonte: Apex-Brasil/Terra/Cartola – Agência de Conteúdo


Entrevista

Os desafios da área de

odontologia O mogiano Dr. Claudio Miyake, cirurgiãodentista e presidente do Conselho Regional de Odontologia (CROSP) fala das dificuldades e planos para a profissão em 2014

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ascido e criado em Mogi das Cruzes na grande São Paulo , o cirurgião-dentista e atual presidente do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP), Dr. Claudio Miyake, tem orgulho de representar sua cidade natal sendo a maior autoridade da área no Estado. Ele, que já foi professor e secretário Municipal de Saúde, hoje se divide entre a cadeira de vereador e a de presidente do CROSP, onde pretende implantar diversas ações com o intuito de reconhecer e valorizar a profissão. “Um dos nossos desafios é trabalhar na volta da valorização do profissional de odontologista e, consequentemente, melhorar a remuneração. Quero trabalhar pela ética e não deixar a profissão banalizar”, conta. Para ele, a função que assume hoje é de grande responsabilidade, mas o cirurgião-dentista diz fazer tudo com muita dedicação e amor. “Todo lugar que eu vou, faço questão de dizer que sou de Mogi das Cruzes. Querendo ou não, acabo levando o nome da cidade para o País inteiro”. Confira a entrevista exclusiva que Miyake concedeu à reportagem da Like Business: Like Business: Como o senhor chegou à presidência do CROSP? Dr. Claudio Miyake: Cheguei ao CROSP como suplente, depois fui titular e secretário. Então, no fim de 2012, na época de formar as chapas para concorrer à presidência, o meu nome foi sugerido e houve um consenso de várias entidades para que meu nome fosse comandar o grupo. O histórico dessa minha presença no Conselho vem lá de trás por participar das atividades de Mogi e região. Eu tive 30.579 votos, o que correspondeu a quase 70% dos votos do Estado inteiro. Foram votações feitas via correio e presencial. LB: Antes do CROSP, o senhor participava de alguma associação? Miyake: Faz muito tempo que participo da vida classista em Mogi e região. Em 2002, me tornei presidente regional da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas (APCD) em Mogi das Cruzes, onde permaneci por 10 anos. Sempre ajudei, par-

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ticipei de eventos, cursos e depois surgiu a oportunidade de participar do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo(CROSP). Recebi o convite por ter me destacado em alguns trabalhos na APCD. LB: Qual a diferença entre essas entidades? Miyake: O Conselho Regional de Odontologia é um órgão oficial, uma autarquia federal onde todos os profissionais da área são obrigados a se inscrever para exercer a profissão. Os dois trabalham com o movimento classista, mas o Conselho é compulsório: ou você é inscrito ou não pode exercer a sua profissão. Então a abrangência é muito maior.

LB: São quantos profissionais inscritos em São Paulo? Miyake: Ao todo, temos 110 mil inscritos no Estado, 40 delegacias seccionais espalhadas em São Paulo. Destes, cerca de 80 mil são cirurgiões dentistas e os outros 30 mil são divididos em protéticos, auxiliares de prótese e técnicos de saúde bucal. São cinco categorias que compõem o Conselho de Odontologia. LB: O senhor era o único da região a concorrer à presidência do CROSP? Miyake: Quando eu entrei no APCD, em 2003, eu era o


Foto: Marco Antonio Cardelino

único de Mogi e tinha mais um do interior, de Bragança Paulista. Os demais eram da capital. Foi a primeira vez que participei do Conselho como suplente. Coincidentemente, talvez pelo Conselho ter acertado nas apostas, eu sou o presidente do Conselho e o outro de Bragança, que entrou junto comigo, é presidente da APCD do Estado. Colocaram dois caipiras (risos). Hoje eu comando a entidade maior no Estado e ele comanda a maior entidade classista do Estado, então, na época, o pessoal acertou nas apostas. LB: Qual a principal função do CROSP? Miyake: A função principal do Conselho é ética e fiscalização da profissão. Trabalhar pela ética é não deixar a profissão banalizar com propagandas que prejudiquem a imagem. A fiscalização é ver se tem clínica sem inscrição, profissionais trabalhando irregularmente, falsos profissionais, más condições de trabalho e valorização do profissional. E o trabalho se completa com a ação de outras entidades, como faculdades, por exemplo. LB: Quais os investimentos para 2014? Miyake: Os investimentos em novos projetos serão consolidados no decorrer do ano de 2014 e dependem de aprovações, de busca por parceiros que participem como colaboradores. Ao todo, estão previstos aproximadamente 12 novos projetos, entre eles, a busca pela ética e valorização da profissão em todo o Estado de São Paulo. LB: Qual a realidade da área em São Paulo e Alto Tietê? Miyake: Na capital e Grande SP há maior concentração de profissionais. No Alto Tietê existe oferta de profissionais que atuam em saúde bucal e o Alto Tietê está bem assistido pelo serviço público. A presença de cursos de Odontologia nas universidades também contribuem para esta assistência. LB: Qual foi o valor de investimento no setor em 2013? Miyake: O orçamento de 2013 foi de aproximadamente R$ 30 milhões provenientes das anuidades pagas pelos 110 mil inscritos, sendo 80 mil cirurgiões-dentistas e o restante de outras categorias. Temos preocupação na

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formação profissional. Atualmente existem aproximadamente 45 cursos de Odontologia. LB: O que foi feito com o recurso, de fato? Miyake: Os recursos são aplicados para o funcionamento de 40 delegacias seccionais em todo o Estado de SP, integralmente, funções principais e valorização da Odontologia Paulista perante à população e órgãos públicos governamentais. LB: Nesta jornada, o que é mais desafiador? Miyake: Nós passamos por um momento de falta de reconhecimento e valorização da profissão. A remuneração caiu muito, o mercado está muito competitivo e quando tem muita oferta de mão de obra, automaticamente você diminui a valorização e a remuneração. Nas últimas duas décadas, ocorreu um aumento muito grande de Faculdades de Odontologia e consequentemente há maior número de vagas, estudantes e de profissionais oferecidos ao mercado. Um dos desafios é trabalhar na volta da valorização da imagem do odontologista e, consequentemente, melhorar a remuneração. Outro desafio é a ampliação da atuação dos convênios. A grande quantidade de convênios afeta o mercado porque é pago pouco ao dentista. Têm planos a R$ 15. Não queremos


eliminar os convênios. Queremos a valorização do profissional. LB: Há algum aspecto preocupante dentro da área? Miyake: Sim, um deles é o aparelho dentário, que é um tratamento ortodôntico. Hoje temos inúmeras pessoas leigas que anunciam tratamento deste tipo na internet, nas ruas, nos jornais. Nós temos combatido este exercício ilegal. A ‘molecada’ adquire as peças e oferece o serviço para ficar na moda, mas não sabe os riscos que corre ao fazer isso. São irreversíveis e graves porque você movimenta o osso. Existem outros exemplos, como o clareamento dental que pode danificar o esmalte do dente. Nós não queremos que a profissão caia na banalidade por qualquer um sem capacidade de oferecer o tratamento adequado. LB: E porque escolheu essa profissão? Miyake: É uma paixão desde criança. Meu pai era dentista. Vira e mexe eu saia de casa para ir ao consultório dele, que ficava há alguns quarteirões de casa. Me formei em dezembro de 1987. Três meses depois fui dar aulas e permaneci na função até 2005, quando fui convidado para ser secretário de Saúde de Mogi. Eu sempre gostei de me relacionar e buscar coisas novas.

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LB: Quais os projetos do CROSP para 2014? Miyake: Faremos muitos projetos para valorizar a profissão, campanhas de conscientização, fiscalização de tudo o que envolve a saúde bucal. LB: E como se sente representando toda a classe em um cargo tão importante? Miyake: É uma responsabilidade. Eu tenho orgulho de ser a maior autoridade de odontologia de São Paulo, que é o maior Estado do Brasil. Para mim, isso é muito importante. Todo lugar que eu vou, faço questão de dizer quem eu sou. Querendo ou não, acabo levando um pouco da minha história de onde venho para o País inteiro e tenho muito orgulho disso.

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Sebrae / SP

P Ano Novo: É Hora de Planejar 2014 chegou. Junto com o ano novo surgem também o otimismo e as expectativas de que tempos melhores virão.

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ara os micro e pequenos empresários esse é um período especialmente importante. Passado o pico de vendas, com o fim das festas de dezembro, o mês de janeiro deve ser utilizado para uma reflexão aprofundada sobre os negócios. Esta é a hora de planejar, fixar metas e definir estratégias para o alcance de resultados cada vez mais positivos. E o planejamento é a palavra chave nesse momento. Levantamento do Sebrae-SP aponta que aproximadamente 1/3 das micro e pequenas empresas abertas no Estado de São Paulo não chegam a completar um ano de vida. Ou seja, a cada 10 novos negócios de pequeno porte abertos, três estão fadados a fechar as portas antes mesmo de chegar ao primeiro aniversário. A pesquisa indica ainda que tal índice de “mortalidade” se deve à falta de planejamento. Sem organização, o novo empreendedor não terá sucesso e o empresário já constituído não conseguirá crescer. Portanto, planejar é fundamental! Há cinco tópicos básicos que devem ser levados em consideração neste processo de planejamento: 1) Avalie o cenário interno da empresa: pontos fortes e fracos (recursos financeiros e de pessoal disponíveis, capacidade de organização do negócio); 2) Faça uma análise das condições externas: avalie as oportunidades e ameaças do seu negócio (concorrência, mudança no mercado, parcerias); 3) Defina a missão da empresa e os objetivos de curto, médio e longo prazo pautados no resultado das análises internas e externas; 4) Elabore o cronograma de execução dos objetivos, definindo ações, responsáveis e período de execução; 5) Realize periodicamente reuniões para monitorar e analisar os resultados alcançados, tendo clareza que dada as mudanças do mercado seu planejamento pode ser alterado para suprir estas necessidades.


No Alto Tietê há cerca de 40 mil micro e pequenos empresários e mais 25 mil microempreendedores individuais. Todos podem contar com a ajuda do Sebrae-SP nesse ano que se inicia para traçar um plano de negócios que efetivamente ajude a prosperar. Especificamente com a finalidade de auxiliar os empresários no processo de planejamento, abriremos em 2014 um total de seis turmas do Programa Sebrae Mais “ Estratégias Empresariais”. O foco é desenvolver o pensamento estratégico e a prática do estabelecimento de estratégias, visando o direcionamento para a tomada de decisões acertadas e que sejam fruto de reflexão, pesquisa e conhecimento do ambiente em que a empresa atua. Então, se você empresário se identificou com este texto e entende que a melhoria de seu negócio está pautada no planejamento, venha nos fazer uma visita. O Escritório Regional do Sebrae-SP está sediado em Mogi das Cruzes e mantém também Postos de Atendimento ao Empreendedor (PAEs) nos municípios de Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. Estamos à disposição para colaborar neste processo de melhoria. Esperamos por você! C

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Cristiane Rebelato é gerente do Sebrae-SP na região do Alto Tietê Contato para a Imprensa: Máquina Public Relations a serviço do Sebrae-SP Júlia Guimarães – Assessora de Imprensa Telefone: (11) 98739 4030 Curta a página do Sebrae-SP no Facebook Siga o Sebrae-SP no Twitter Atendimento ao cliente: 0800 570 0800 (ligação gratuita)


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Empreendedores que

INOVAM

eles fizeram sua própria sorte!

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busca por inovação e aperfeiçoamento dos serviços ao cliente fizeram com que alguns empreendedores ousassem em projetos e se arriscassem em novas tendências de mercado. A reportagem da Like Business entrevistou empresários de ramos variados que ousaram e lançaram ações que estão fazendo o maior sucesso. Não é à toa que o Brasil é o terceiro maior País em número de empreendedores, com 27 milhões de pessoas com o próprio negócio, segundo pesquisa realizada em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP). Os empresários a seguir reforçam essa tese e mostram que é possível fazer um bom negócio a partir da junção de três fatores: pesquisa do ramo, adaptação às novas tecnologias e a vontade de querer trazer o novo, prezando sempre o foco e a qualidade no serviço.


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sentimento de ser empreendedor faz a ligação entre aproveitar a oportunidade que se apresenta para ter o próprio negócio, o que acarreta, na opinião dos entrevistados, em independência pessoal e auto-realizalção, o que significa melhor qualidade de vida. Na pesquisa feita pela Endeavor Brasil, no ano passado, o sentimento de ter o próprio negócio domina, seja nos empreendimentos formais e informais. No primeiro exemplo, 86% preferem ser seus próprios chefes ante 11% que ainda permanecem na faixa de empregado. No quesito informal, a pesquisa feita com 300 empreendedores em 2013 aponta que 89% querem ter o próprio negócio. O reflexo destes números está ligado nos motivos para empreender. Para aproximadamente 75% dos entrevistados, seja no setor informal ou não, a independência pessoal e auto-realização são os principais motivos que fazem o pequeno empreendedor investir em carreira solo. Para os informais, 50% também vislumbram uma melhor perspectiva de renda ou ter oportunidade de ganhar mais financeiramente. Os formais seguem esta tendência e 47% optam por ter o próprio negócio por estes motivos. No outro extremo da tabela, apenas 8% e 6% dos empreendedores informais e formais, respectivamente, abrem o próprio negócio por falta de empregos atrativos no mercado de trabalho. Em contrapartida, há os motivos para não empreender e, disparado, principalmente no setor informal, é a estabilidade no emprego atual, que chega a 87%. No setor formal, este índice cai para 48%. Isto mostra que, apesar de ainda ser muito atrativo e desafiador ser o chefe do próprio negócio, muitos preferem não arriscar e continuar trabalhando para terceiros.

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Appticket Empresários: Maike Robert e Rodrigo Sakai Inovação: Sistema de vendas por redes sociais

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O desejo de serem donos do próprio negócio fez os publicitários Maike Robert e o sócio Rodrigo Sakai criarem algo inovador no mercado. Trata-se do Appticket, um sistema de vendas online que vai além do que é encontrado hoje em dia. O objetivo principal é aproximar as pessoas e vender ingressos para qualquer tipo de evento por meio das redes sociais. A iniciativa pioneira rende pelo menos 25% de lucro aos clientes que optam em promover ações pela App, segundo garante Robert. “Começamos a ter a ideia em agosto de 2012, quando fizemos a primeira versão. Nós começamos a analisar o mercado e vimos que o ramo de eventos vai crescer bastante. Já entendíamos de gestão de marca e comportamento das pessoas e chegamos à conclusão de que o ‘mundo online’ está cada vez mais frequente na vida da população”, conta o publicitário. De acordo com ele, o ramo de eventos chega a movimentar cerca de R$ 65 bilhões por ano, no Brasil. Robert conta que a ideia aflorou para valer com a chegada do primeiro cliente, que queria promover um evento e vender muito ingresso. A princípio, a agência dos sócios só fazia o planejamento e gestão de redes sociais, até o cliente pedir para realizar vendas online. “A ideia inicial não era nem fazermos um concorrente, mas analisarmos o que já existia. Aí vimos que nenhum deles vendia pelo facebook. Então desenvolvemos o sistema ao cliente, que utiliza todos os serviços virtuais de graça e só paga pelo produto que conseguir vender. O cliente adorou o sistema e começamos a aprender, evoluir e fazer mudanças”, comemora o publicitário. A iniciativa deu tão certo que em maio de 2013, a dupla chegou a ser vice-campeã em um concurso de start up (empresas pequenas com pouco custo para funcionar e que consegue ganhar uma escalabilidade grande), que possuía 450 inscritos. Segundo pesquisa realizada pelos sócios, 45% das pessoas utilizam as redes sociais para fazer compras online. “Vendemos ingressos para os mais variados tipos de evento, como os que envolvem música, corrida, curso, social, negócio. Nós adaptamos o sistema para todos estes tipos, este é o nosso diferencial. Se a pessoa não tiver facebook, ela também consegue comprar por meio do site. Reduzimos os ‘passos’ para a pessoa efetuar uma compra”, garante Robert, que no ano que vem terá recurso para a Appticket de mais de R$ 1 milhão por meio de um investidor, cujo nome ainda é um mistério.


Donno Bolo Empresários: Leandro Salute Osete e Elder Berger Inovação: Venda exclusiva de cupcakes

A vontade de inovar e trazer ao cliente mais opções no mercado fez os sócios Leandro Salute Osete e Elder Berger lançarem a loja Donno Bolo, especialista na venda de Cupcakes e que tem feito o maior sucesso desde julho de 2013 em Mogi das Cruzes. Diferente dos cupcakes vendidos fora do País, os fabricados na loja Donno Bolo possuem menos açúcar e gordura, além de uma combinação perfeita entre a massa e o recheio. São mais de 400 receitas diferentes para todo tipo de paladar. “Eu trabalho com confeitaria há 16 anos e eu adoro fazer doces. Sabíamos que a venda de cupcakes, que ainda não é tão consolidada do Brasil, poderia causar certa estranheza no cliente, mas a Donno Bolo surpreendeu. Ficamos dois anos em planejamento de abertura da loja e todas as receitas foram testadas neste período. A nossa vitrine sempre dispõe de oito sabores”, revela Elder Berger. Entre os sabores mais pedidos estão

o de brigadeiro, Ovomaltine, Veludo Vermelho (feito com cream cheese), Bem Casado e Rafaello. “Nós sempre tentamos trazer novidades de acordo com a estação. No verão, por exemplo, fazemos os de sabores mais leves, como de limão, maracujá. Já o inverno pede algo mais pesado, como os de chocolate meio amargo”, conta o confeiteiro. Além das vendas de cupcakes na loja, Elder Berger e Leandro Osete recebem muitos pedidos de encomenda de bolos de aniversário, casamento, entre outros eventos. Segundo eles, tudo é feito de acordo com o gosto do cliente. “Nós mesmos quem preparamos estas receitas e a decoração dos doces. Todos são ricos em detalhes e seguimos a vontade de quem faz o pedido. Tudo é feito com o maior carinho”, diz Elder Berger.


Lanchonete Estrela

Empresários: Sílvio, Flávio e Célia Garcez Inovação: E-commerce

A necessidade de expandir fez os irmãos e sócios Sílvio, Flávio e Célia lançarem o sistema de vendas e-commerce na Lanchonete Estrela, que é muito frequentada. O sistema no estabelecimento, que funciona como lanchonete há mais de 20 anos, foi implantado justamente porque a cada dia que passa, o número de entrega de lanches tem aumentado bastante. “Nós não trabalhamos com máquinas de cartões nas residências porque é uma dificuldade. Tem lugar, inclusive, que o equipamento não tem sinal. Então decidimos fazer um sistema pela internet porque a pessoa pode pagar na hora e até agiliza o trabalho do motoqueiro que precisa realizar outras entregas”, diz o empresário Flávio Garcez. Com a tecnologia em alta, a tradicional lanchonete se rendeu ao meio virtual e chegou à conclusão de que é o momento de se ‘atualizar’. Até porque grande parte das pessoas, hoje, tem acesso à internet. O sistema de e-commerce no Estrela tem tudo para dar certo e a expectativa é tanta que os sócios, juntamente com os filhos, fizeram diversos testes antes de colocar o serviço no ar. Isso começou a ser realizado em março de 2013. “Pelo site, as pessoas têm a opção de escolher o seu lanche, suco ou sobremesa pelas fotos que disponibilizamos. E ainda lançamos os lanches kids, para as crianças. Vem com batata e bebida também”, conta o empresário. Em pouco mais de um ano, o Estrela expandiu e o que antes eram 20 funcionários, hoje são 60. Os lanches também são muito conhecidos e aprovados principalmente por causa da maionese, que ostenta um sabor único e incomparável. De acordo com Garcez, o produto é caseiro e o Estrela fabrica cerca de seis toneladas de maionese por mês. Os sócios possuem uma cozinha especial responsável pela fabricação dos produtos, entre eles, os molhos como a maionese.

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Sr. Café

Empresárias: Camila e Débora Grillo Inovação: Cafeteria Gourmet

Com um cardápio totalmente elaborado e com delícias inspiradas no Brasil e em outros países, a cafeteria Sr. Café, está fazendo o maior sucesso. Lançada em fevereiro de 2012, o local recebe público do mais variado, seja de empresários, estudantes ou de grupo de amigos que se reúnem para tomar um bom café e bater papo em um lugar super descontraído e aconchegante. Além das tradicionais bebidas, típica de uma cafeteria, o Sr. Café tem o seu diferencial, com um cardápio repleto de pratos saborosos e doces que são de “comer rezando”, como a própria empresária Camila Grillo define, aos risos. “As nossas receitas todas são criadas por mim, pela minha irmã e sócia, Débora, e pela minha mãe, que é responsável pelos bolos, cheios de segredo. O bolo bem casado grande, por exemplo, é um dos mais pedidos, assim como o Delírio Belga, feito com chocolate belga e doce de leite. Todo mundo que prova, aprova”, conta Camila, que

sempre adorou experimentar coisas novas, assim como toda a família. O Sr. Café é movimentado o dia todo, mas no período da tarde, por volta das 16 horas, quase não sobra lugar para o cliente que chega. Segundo ela, a cafeteria, quando foi lançada, possuía somente 20 lugares. Em pouco tempo, a ampliação teve de ser feita e as vagas subiram para 80. Todas as receitas do cardápio passam por testes de qualidade e as irmãs buscam inspirações da Europa. “Temos notado ainda mais crescimento nas vendas e sempre temos buscado novidades. Nosso cardápio também varia de acordo com a estação do ano. Agora estamos trabalhando mais no cardápio de verão e vamos acrescentar novos lanches, cafés, risotos e sucos. O nosso diferencial está nos detalhes, desde as receitas até o atendimento e o ambiente em si”, revela Camila.


Social Business

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Rodada de Neg贸cios CIESP - Alto Tiet锚 1. Quinto Muffo e Sec. Marcos Damasio 2. Fabio. Braghiroli e Rodrigo Freitas 3. Osvaldo Bolanho, Cristiane Rebelato e Manoel Camanho 4. Edson Iwata e Carlos Sampaio 5. Itamar Cruz e Auclesio Ranieri 6. Yruena Monteiro e Michelle Kuribaiashi

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Social Business

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Encontro MEG Mulheres Emprendedoras de Guararema 1. Ariane Monteiro, Mauren Mega e PatrĂ­cia Rigazzi 2. Adriana e Naomi 3. Margarete Theodoro e Olga Montovani Lerario 4. Shirley e Adriana 5. Tina, Jomarins, Sueli e Camila 6. Rita Sampaio e Cristiane Andrade

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provamos & aprovamos

É sensação em Mogi das Cruzes

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bom atendimento prestado ao público e o investimento em produtos de qualidade fazem o Trailer de cachorro quente de Marcos Ferreira Moura, popularmente conhecido como Carioca, ser um dos melhores de Mogi das Cruzes. Localizado perto do Hospital Santa Casa da cidade, o trailer é frequentado por todo tipo de gente, principalmente por baladeiros famintos da madrugada e até por vereadores mogianos que aprovam o lanche feito a gosto do freguês. “Quem manda no hot dog é o cliente. Faço do jeito que cada um pede”, garante Carioca, que tem 40 anos e é sócio de Roberto Rodrigues Leão há cerca de 20 anos. Juntos eles já venderam mais de 3 milhões de lanches, o equivalente a 150 mil por ano. Carioca é muito conhecido pela clientela e leva o apelido por ser de Maricá, interior do Rio de Janeiro. Ele veio para Mogi das Cruzes quando tinha 14 anos e, tempos depois, foi convidado pelo amigo Roberto para ser parceiro na venda dos lanches. Carioca topou e, com o tempo, se apaixonou pela área alimentícia. Em 2005, inclusive, ele pegou o diploma de Técnico em Nutrição, formado pela ETEC (Escola Técnica Estadual). Sem titubear, o vendedor atribui o sucesso nas vendas por saber lidar com todo o tipo de público. E a variedade é grande. Os sócios também mantém o local higienizado, assim como os alimentos, atendendo as normas da Vigilância Sanitária. “Focamos na qualidade, higiene e data de

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3 milhões de lanches, o equivalente a 150 mil por ano.


validade dos produtos. Somos o que somos hoje porque nos esforçamos e batalhamos muito. Outra coisa importante é saber cativar o cliente, saber brincar e contar piada na hora certa. A gente se prepara para todo o tipo de público”, revela Carioca, que até se adaptou para recebê-los. Tanto que no trailer o cliente encontra outros tipos de salsicha, como a de frango, que faz sucesso entre os religiosos que não comem carne de porco, e a de soja, para os vegetarianos. O lanche é sensação também com a criançada que adora montar o próprio hot dog e, às vezes, até pede para colocar alface e tomate por incentivo de Carioca. “A gente tem que entender o gosto da criança que chega no trailer e quer montar o lanche dela. Não sei o que acontece, mas sei cativá-las. Os pais, inclusive, comentam que o filho que não comia salada antes, agora come até em casa porque provou

aqui com a gente. Tenho clientes que atendo desde pequenos e que, hoje, estão enormes e já trazem a família para comer nosso hot dog”, conta aos risos. Diferentemente de outros trailers, o do Carioca não vende outros tipos de lanche, como o x-salada. Sobre a possibilidade de abrir uma lanchonete, ele foi direto. “Aqui em Mogi não há pontos comerciais no centro e, quando tem, o aluguel é bem caro. Por enquanto vamos continuar com o nosso trailer, que já é uma evolução”, disse ele. Até 2012, Carioca e Roberto só tinham um carrinho de lanche e as condições para trabalhar eram inferiores as de hoje. O pedido de um trailer foi formalizado e autorizado pela prefeitura em janeiro de 2013. Agora, ambos possuem um local mais iluminado, com geladeira, encanamento de gás e uma clientela fiel. A mesma de 10 a 15 anos atrás.


Aplicativos

Easy Taxi conquista taxistas e passageiros nas festas de final de ano

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asy Taxi manteve seu padrão de agilidade no atendimento e conquistou a todos nas festas de 2013. As festas de final de ano fazem com que lugares fiquem mais cheios, serviços mais demorados e cidades mais atravancadas. Em 2013, a Easy Taxi, que já facilitou a vida da população e dos motoristas de diversas maneiras com a carteira digital e isenção de taxa, registrou um aumento de 114% e 100% nas solicitações de corridas nas noites de Natal e Ano Novo, na comparação com os três dias anteriores. Mesmo com o aumento expressivo, a Easy Taxi otimizou o trabalho e não deixou de atender aos passageiros na média de tempo normal, de 5 a 10 minutos. “Apesar do aumento expressivo da demanda, conseguimos manter nosso padrão de atendimento graças a um esforço singular da equipe de operações”, afirma Tallis Gomes, co-CEO da Easy Taxi. “Tanto passageiros como taxistas optaram pelo aplicativo no período de festas, por conta da segurança, agilidade e simplicidade da ferramenta”, completa. Para os passageiros, a maior vantagem está na segurança que a empresa oferece. Todos os taxistas que entram na base da Easy Taxi são fortemente selecionados e passam por um processo rígido de cadastro. Além disso, o app conta com um sistema de GPS que rastreia todo o trajeto feito pelo veículo. Para o taxista, o ganho é a capilaridade. Pesquisa feita pela Easy Taxi mostra que um taxista rodando com o app chega a aumentar seu número de corridas em até 50%, por conta de um número maior de chamadas e de uma otimização entre a distância do taxista e passageiro. A comodidade também chama a atenção dos usuários. Enquanto os passageiros evitam dirigir nesta época do ano, para poderem aproveitar melhor as festas sem se preocupar com a locomoção, os taxistas também puderam curtir a família, mantendo-se logados no aplicativo e atendendo às demandas mais próximas, sem a necessidade de buscar passageiros nas ruas. “Não só o modal foi beneficiado, como toda a cadeia que se utiliza do seu serviço”, afima Gomes. Lançada em abril de 2012, a Easy Taxi, pioneira no serviço móvel de chamada de táxi na América Latina, atua hoje em 23 países, 80 cidades, sendo 32 delas no Brasil e é considerado o maior aplicativo de serviços mobile do mundo. Disponível para iOS, Android, Windows Phone e Blackberry, o app pode ser baixado gratuitamente tanto pelo usuário como pelo o taxista. Com investimentos de mais de R$ 55 milhões, feitos pelo grupo alemão Rocket Internet, especializado em negócios online, pelo Fundo Latin America Internet Holding (LIH) e pela holding iMena, a Easy Taxi já registrou mais de 4 milhões de downloads. Além disso, recebeu as mais importantes premiações concedidas a startups, entre elas: Startup Weekend RIO (2011), IBM Smartcamp Brazil (2011), Startup Farm RIO (2011), TNW Awards Brazil (2012) e Spark Awards (2013). Grupo Máquina



Varejo

COMPRADORES DA MAIOR REDE DE VAREJO DO JAPÃO VISITAM O BRASIL Rede Isetan Mitsukoshi terá, em 2014, ação de promoção de produtos brasileiros no mercado japonês

A

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) trouxe ao Brasil, de 11 a 14 de dezembro de 2013, um grupo de nove compradores japoneses do Isetan Mitsukoshi - maior grupo de varejo do Japão, com 29 lojas, e um dos maiores do mundo. Especializados nos setores de moda, calçados, alimentos e bebidas, design e móveis, os compradores da rede estarão no Brasil para escolher os produtos que farão parte de uma ação que a Apex-Brasil vai promover em 2014, em parceria com 17 entidades setoriais e com a participação de 135 empresas brasileiras. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer o posicionamento brasileiro no mercado japonês com produtos de alta qualidade e valor agregado, introduzindo o estilo de vida dos brasileiros aos clientes da Isetan Mitsukoshi por meio do vestuário, alimentação, design e cultura. A venda dos produtos brasileiros terá início em abril de 2014, com uma grande ação promocional e continuará ao longo do ano. A depender da resposta dos consumidores japoneses os produtos brasileiros farão parte da oferta das lojas em todo o país. A ação está alinhada ao objetivo da Agência de posicionar o Brasil no mercado internacional com produtos

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inovadores e de alta qualidade. O Japão é um dos principais mercados de luxo do mundo, além de ser referência para outros países asiáticos. Tendo em conta o alto nível de exigência do consumidor japonês, a aceitação do “Made in Brazil” é porta de entrada para artigos de luxo brasileiros em outros mercados asiáticos. Os compradores terão dois dias de rodadas de negócios com 135 empresas em São Paulo, e farão visitas a empresas de Novo Hamburgo e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Participam da ação as seguintes entidades setoriais: Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos/ABIHPEC (higiene pessoal, perfumaria e cosméticos), Instituto Nacional do Plástico/ INP (artigos plásticos de utilidades domésticas), Sindicato da Indústria de Vidros e Cristais Planos e Ocos do Estado de São Paulo/SINDIVIDRO (vidros, cristais, porcelanas e cerâmicas), Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo/SIAMFESP (utilidades domésticas em alumínio), Associação Brasileira de Exportação de Artesanato/ABEXA (artesanato), Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo/ ABIESV (equipamentos e serviços para varejo), Instituto de Promoção do Desenvolvimento/IPD (produtos orgânicos), Instituto Brasileiro da Cachaça/IBRAC (cachaça), Associação Nacional da Indústria de Biscoitos/ANIB (biscoitos), Associação Brasileira dos Exportadores de Mel/ABEMEL (mel), Associação Brasileira de Cafés Especiais/BSCA (cafés especiais), Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados/ABICAB (chocolates), Instituto Brasileiro do Vinho/IBRAVIN (vinhos), Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas/ABBA (alimentos étnicos), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção/ABIT (têxtil e confecção), Associação Brasileira dos Estilistas/ABEST (estilistas), Associação Brasileira das Indústrias de Calçados/ ABICALÇADOS (calçados), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos/IBGM (joias e bijuterias), Associação Brasileira de Arte Contemporânea/ABACT(arte comtemporânea) e Brasil Música & Artes/BM&A (música). Fonte: Apex-Brasil/Terra/Cartola – Agência de Conteúdo


CIESP / Alto Tietê

O

convite para traçar um panorama do setor industrial no Alto Tietê me levou a buscar dados estatísticos, os quais apontam para uma região altamente industrializada e que se desenvolve a cada ano, mesmo diante de um cenário nacional que é adverso à atividade produtiva. Do pioneirismo das primeiras fábricas, entre as quais se destaca a Mineração Geral do Brasil, já se vão aí mais de 80 anos e a consolidação de um parque fabril com cerca de 1.800 empresas, onde a inovação tecnológica e a diversidade colocam a Região numa condição diferenciada. Essas indústrias apresentam as maiores médias salariais e empregam hoje cerca de 80 mil trabalhadores. Isso faz com que o Alto Tietê apresente o maior percentual de trabalhadores na indústria de transformação (30,47%) no eixo que vai da cidade de Ferraz de Vasconcelos até Queluz, já no Vale do Paraíba. Em duas décadas, o emprego na indústria regional cresceu 28,60%, enquanto no Estado o avanço foi de 15,50%. Isso significa melhores condições de geração de renda nas cidades onde estão instaladas, sem falar na contribuição dos impostos para os cofres municipais. Esses dados constam no Guia Regional das Indústrias – Vale do Paraíba e Alto Tietê, uma excelente ferramenta de negócios lançada recentemente pelas Diretorias do Ciesp dessas duas importantes regiões industriais do Estado com o objetivo justamente de fomentar as relações comerciais entre as áreas de indústria e serviços, que caminham lado a lado. Não é à toa que os cálculos feitos quando uma nova indústria se instala são de dois empregos indiretos para cada um direto que é gerado. E diferentemente de muitas outras regiões, o Alto Tietê tem a seu favor uma estrutura eficaz de formação de mão de obra, o que possibilita as empresas a contratação de trabalhadores capacitados e que vivem aqui mesmo. Traçar um panorama da indústria hoje requer, também, avaliar as facilidades logísticas que a localização estratégica da Região propicia, com fácil acesso aos principais mercados consumidores, a menos de uma hora de um aeroporto internacional, próxima de portos e servida por ferrovias e rodovias, enfim, condições de escoamento de produtos que têm atraído para cá gigantes do setor logístico multimodal. Esse cenário tem tudo para se desenvolver ainda mais com a entrada em operação do Trecho Leste do Rodoanel e a concretização do projeto para uma nova conexão rodoviária e ferroviária, partindo de Suzano até o Porto de Santos. Agora, cabe às cidades aproveitar essas condições favoráveis para lançar mão de políticas industriais que resultem, efetivamente, em novos investimentos e que consolidem o Alto Tietê entre as regiões mais importantes do País.

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Manoel Camanho Gerente Regional – CIESP Alto Tietê



Distribuição

C

om a percepção de que o mercado industrial e, especialmente, da construção civil, necessitava de um trabalho diferenciado na logística de entrega dos produtos, principalmente em relação às ferramentas industriais, o empresário Alan Santos apostou, há sete anos, na criação da Alst Produtos Industriais, para atender a demanda destes setores em todo o País. Agora, com o crescimento do negócio, passa a ser distribuidor de duas grandes empresas italianas. “No início eu trabalhava apenas com representação comercial, percebi que os clientes tinham a necessidade de atender a obra com urgência. Então surgiu a proposta de criar a empresa que se destaca pelos produtos diferenciados que oferece”, explicou Alan Santos, diretor da empresa. Segundo ele, o crescimento da Alst fez com que a empresa ultrapasse as fronteiras do Brasil e agora já atua na dis-

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tribuição de empresas italianas, como a Beghelli e a Scame Electral Solutions. “Oferecemos o diferencial do atendimento e rapidez aos nossos clientes. Conseguimos construir um conceito importante, principalmente por atender grandes empresas nacionais”, destacou Santos. A Alst tem participação forte no segmento da construção civil. É uma distribuidora de produtos industriais como ferramentas manuais e elétricas, linha de produtos para combate a incêndio, produtos para proteção ambiental e materiais elétricos. Os produtos da Alst vão desde ferramentas manuais, como chaves e furadeiras, passando por equipamentos de segurança, produtos de vibração, acabamento e corte de concreto, estufas, fornos especiais e soldas e mangueiras, entre muitos outros. A experiência adquirida para atender grandes obras foi a confiança que a Alst conquistou ao longo destes anos fornecendo material para algumas das


Linha Beghelli

Linha Scame

principais obras do País, como a ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, executada pela OAS; o Metrô de São Paulo, que tem participação das construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, e infraestrutura do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, que é executado pela Odebrecht, entre outras. Agora a Alst esta investindo esforços nessa nova parceria a empresa Beghelli que foi fundada em 1982 por Gian Pietro Beghelli. O Grupo é líder na Europa no campo da iluminação de emergência e em sistemas que poupam energia a empresa ainda atua com sistema eletrônicos de segurança industrial e com geração de energia fotovoltaica. O Grupo mantém grande investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos no que diz respeito a tecnologia, meio ambiente e no aspecto funcional de design. Atualmente conta com 15 filiais. Ainda com o objetivo de oferecer produtos de alto

padrão de qualidade a ALST passa a distribuir a empresa italiana SCAME de material elétrico fundada em 1963 e líder no seu seguimento na Europa, conta hoje com 18 filiais esta presente em 80 países e 5 continentes. A SCAME tem em sua linha de produtos mais de 10 mil itens que contam com componentes e sistemas para instalações elétricas para o mercado civil, comercial e industrial, toda a produção conta com sistemas automatizados com cadeia de montagem robótica de alto nível tecnológico para garantir sua grande qualidade. Implementado em um tempo no mercado italiano, SCAME está presente com seus produtos em maiores distribuidores de material elétrico, graças a uma extensa rede de vendas. Agora o grupo Beghelli e a SCAME passam a contar com a Alst no Brasil como sua distribuidora oficial.


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Curiosidades

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11 bilionários

que eram pobres na infância Algumas

das

pessoas

mais

ricas do mundo nem sempre ocuparam posições privilegiadas em rankings de fortunas. O site “Business Insider” listou algumas histórias de determinação de bilionários

que

venceram

a

origem humilde e se tornaram importantes como

a

personalidades, empresária

e

apresentadora Oprah Winfrey e o fundador da Oracle, Larry Ellison.

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Shahid Khan, empresário Patrimônio: US$ 3,8 bilhões Um dos homens mais ricos da atualidade. Depois de muitos contratempos, deixou o Paquistão e foi viver nos Estados Unidos, onde trabalhou como lavador de pratos no período em que frequentou a University of Illinois. Hoje, Khan é dono da fabricantede peças Flex-N-Gate, além da franquia do Jacksonville Jaguars, da NFL (Liga Nacional de Futebol Americano), e do time de futebol Fulham FC, da Inglaterra. Kirk Kerkorian, empresário Patrimônio: US$ 3,9 bilhões Kerkorian teve de abandonar os estudos e lutar muito, literalmente, para ajudar nas despesas de casa. Ele estava na 8ª série (atual 9º ano) e decidiu “investir” na carreira de boxeador. Também se juntou à Royal Air Force (Força Aérea Britânica) durante a 2ª Guerra Mundial. Depois de cumpridas as missões, ele voltou a se interessar na área da construção, na qual foi o responsável por muitos dos maiores resorts e hotéis de Las Vegas, nos Estados Unidos. Ralph Lauren, fundador da grife Ralph Lauren Patrimônio: US$ 7,7 bilhões Antes de se tornar um dos mais importantes estilistas do século 20, Lauren trabalhou como balconista da Brooks Brothers. François Pinault, empresário Patrimônio: US$ 15 bilhões Há 40 anos, Pinault teve de sair da escola por sofrer intimidação de seus colegas pelo fato de sua origem humilde. George Soros, empresário Patrimônio: US$ 20 bilhões Como descrever um homem que conseguiu fugir da ocupação nazista em 1947 – ele es-

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capou da Hungria para Londres – para se tornar um dos maiores homens de negócios do mundo. Trabalhou como garçom no período de estudos na London School of Economics. Com o diploma na mão, Soros ainda trabalhou em uma loja de souvenir antes de se tornar banqueiro em Nova York. Oprah Winfrey, empresária e apresentadora de TV - Patrimônio: US$ 2,9 bilhões Pobre, Oprah foi aluna da Tennessee State University após ganhar uma bolsa de estudos. Com 19 anos, ela se tornou a primeira mulher negra a ser correspondente de TV norte-americana. Em 1983, foi para Chicago para apresentar um talk show, que mais tarde levaria seu nome: “The Oprah Winfrey Show”. Larry Ellison, CEO e fundador da Oracle - Patrimônio: US$ 41 bilhões Ellison nasceu no Brooklyn, em Nova York, e foi criado pela sua tia em Chicago. Após a morte dela, o futuro bilionário abandonou a faculdade e se mudou para a Califórnia, passando por diversos trabalhos temporários durante oito anos. Fundou a Oracle em 1977 e hoje é o presidente com o maior salário do mundo. Leonardo Del Vecchio, fundador e presidente da Luxottica Patrimônio: US$ 15 bilhões Filho de mãe viúva que não tinha condições financeiras de cuidá-los, Del Vecchio e os quatro irmãos foram encaminhados para um orfanato. Com o passar dos anos, trabalhou em uma fábrica de moldes de autopeças e de armações de óculos. Aos 23 anos, Del Vecchio tomou a decisão de abrir a própria loja de fabricação de armações de óculos. A Luxottica viria a se

tornar a maior do mundo neste ramo. Do Won Chang, fundador da Forever 21 - Patrimônio: US$ 5 bilhões Após se mudar da Coreia do Sul para os Estados Unidos, em 1981, Chang precisou trabalhar em três empregos ao mesmo tempo para cobrir as despesas que tinha com a esposa Jin Sook: faxineiro, frentista e atendente em uma loja de café. Em 1984, sua sorte mudou quando ele e sua esposa decidiram abrir a primeira loja de roupas. John Paul DeJoria, co-fundador da John Paul Mitchell Systems e da Patron Tequila - Patrimônio: US$ 4 bilhões Desde a infância, DeJoria já se preocupava em ganhar dinheiro. Ele vendia cartões de Natal e jornais para ajudar no sustento da família, que o havia adotado. Antes de entrar nas Forças Armadas, ele chegou a ser integrante de uma gangue. Sua vida mudou quando recebeu um empréstimo de US$ 700 para criar sua marca de cosméticos para cabelos, que vendia de porta em porta, enquanto vivia em seu carro. Howard Schultz, presidente da Starbucks - Patrimônio: US$ 2 bilhões Shchultz contou que cresceu em um conjunto habitacional e as mudanças na sua vida começaram quando ganhou uma bolsa de estudos na University of Northern Michigan. Depois de formado e ter feito pós-graduação, ainda trabalhou em uma loja de Xerox. Pouco tempo depois, assumiu a gerência da cafeteria Starbucks, que, na ocasião, tinha 60 lojas. Em 1987, Schultz se tornaria presidente da empresa, implantando uma expansão na rede que hoje atinge a impressionante marca de 16 mil pontos de vendas em todo o mundo.


Arquitetura

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econhecido como um dos mais importantes escritórios de arquitetura da Europa, o Atelier Arcau chega ao Brasil com projetos inovadores. O nome A.R.C.A.U vem de “Agence de Recherche Comtemporaine en Architecture et Urbanisme” e foi fundada na cidade francesa de Vannes, em 1979. O Grupo Arcau conquistou reconhecimento pela complexidade dos projetos desenvolvidos nas mais diversas áreas como órgãos públicos, estabelecimentos voltados para a saúde e educação, centros culturais e esportivos assim como residências e prédios comerciais. Esta diversidade de projetos é o resultado do trabalho de uma equipe que pensa a arquitetura num contexto que une urbanismo e paisagismo. Alguns projetos fizeram a história do Atelier Arcau pois tornaram-se símbolos arquitetônicos como o “Centre Hospitalier de Bretagne Atlantique”(um complexo hospitalar), em Vannes - resultado de um concurso ganho em 1995, a construção do Centro Comunitário “Papillons


Blancs” em Saint Malo , em 1997 e o retrofit da Escola Nacional de Equitação em Saumur (é considerada uma das mais conceituadas do mundo não somente pelo corpo de treinadores mas também pelas instalações) feito em 2002. Com o passar dos anos a equipe , de forma natural, sofreu um processo de redefinição de conceitos e desenvolvimento de novas linhas de criação. Um exemplo que ilustra este período de transição foi o condomínio residencial “Clos du Château”, nas proximidades de Vannes , assinado por Xavier Fraud e vencedor do “Prix National Grand Public” de Arquitetura, em 2004. Este processo contou ainda com a entrada de Jean-Pierre Thomas, Marc Monnier e Julien Veyron para a empresa, representando um sistema catalisador de novas ideias e conceitos uma vez que , a cada novo profissional, juntava-se à experiência dos mesmos em outros países. Este é o caso específico de Julien Veyron que , formado na Escola de Arquitetura de Paris La Villete, continuou os estudos na Espanha e na PUC de Campinas, Brasil. Neste momento de oxigenação de conceitos e projetos, o Grupo passou a se chamar Atelier Arcau e a investir na participação em grandes projetos de renovação urbana não somente na França mas também em demais países da Europa. A reformulação teve um papel transformador e inseriu o Atelier Arcau no guia das grandes e mais premiadas empresas de arquitetura do mundo. Esta nova fase teve ênfase no retrofit de prédios antigos e intervenções em áreas já construídas como a renovação urbanística do “Mariners Centre” em Lorient, o projeto de reurbanização do distrito da estação norte em Vannes e o projeto de remodelagem do “Centre de Formation des Apprentis du Finistère”, localizado em Quimper, na Bretanha (Departamento de Finisterra).Todos estes projetos renderam prêmios ao Atelier. O “CTA” ,em Quimper, é uma construção emblemática. São 155 metros de comprimento assentados num pedestal que imprime a sensação de um balanço desordenado. O projeto oferece uma espécie de fachada dupla: no lado Norte, a parede de concreto faz limite com as construções existentes e ao sul, como num ritmo randômico, toras de madeira bruta serrada organizam o

fluxo de entrada de suprimentos e o de coleta e reciclagem de resíduos. Em Carnac, uma mediateca, auditório e espaço musical (Terraqué Espace Culturel) é outra obra que une características únicas de arquitetura numa área desenvolvida para receber crianças e adultos num ambiente de estímulo intelectual e sensorial que se dá através de performances e do uso amplo da comunicação. Estes são alguns dos projetos desenvolvidos pelo Atelier Arcau nas áreas de planejamento urbano, arquitetura e paisagismo. Em 2011, o “Steel Band” building, uma construção que reúne ateliers de urbanismo, arquitetura , paisagismo e atividades correlatas como empresas imobiliárias ganhou destaque na imprensa especializada mundial pela inovação e ineditismo do projeto. Julien Veyron, Diretor do Atelier, comenta “ Nós compartilhamos de uma visão peculiar na nossa atividade: planejamento urbano, arquitetura e paisagismo são disciplinas inseparáveis. Não existe como falarmos sobre arquitetura sem contextualizar o ambiente em que a construção irá existir assim como não temos como discutir urbanismo sem paisagem. E, a meu ver, é esta concepção que faz do Atelier Arcau um produtor e desenvolvedor de ideias e conceitos únicos e adaptados à realidade cultural e populacional de cada país. Soma-se a isto o que costumamos chamar de “ autêntica força criadora” pois, a despeito de inúmeras restrições de ordem regulatória, econômica e administrativa conseguimos resultados satisfatórios sob todos os pontos de vista e, principalmente, do futuro usuário”. O Atelier Arcau está instalado próximo ao Golfo de Morbihan, na Bretanha e conquistou uma série de prêmios desde a sua inauguração com soluções alternativas, capacidade de oferecer bases sólidas em projetos comerciais e residenciais. “Estamos muito felizes e temos ótimas expectativas para o mercado brasileiro com o Atelier Arcau e seu escritório no Rio de Janeiro. O dinamismo da cidade, neste momento, representa um desafio mas também uma oportunidade. Além disto, o trabalho do Atelier já é conhecido dos brasileiros tanto que a nossa vinda está vinculada a alguns projetos na área da Costa Verde”, conclui Veyron.

Affaires Publiques


T&D

P

esquisa “O Retrato do Treinamento no Brasil 2013-2014”, coordenada pelo consultor e palestrante internacional Alfredo Castro, da MOT, revela, ainda, que as empresas ainda investem consideravelmente no desenvolvimento de Líderes O investimento que as empresas brasileiras farão em Treinamento e Desenvolvimento em 2014 é maior que a projeção de aumento do Produto Interno Bruto do Brasil:

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9%.Esta é uma das informações obtidas por meio da pesquisa “O Retrato do Treinamento no Brasil 2013-2014”. Divulgada durante o CBTD – Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento – que aconteceu no final de novembro, na cidade de Santos, em São Paulo, a pesquisa aponta as principais tendências do setor. “Este número confirma uma tendência de retomada dos investimentos em T&D como ação estratégica pelas empresas. É uma resposta para dar sustentabilidade ao crescimento do país”, avalia Alfredo Castro - especialista em gestão, consultor e palestrante internacional que é sócio-diretor da MOT, empresa especializada em Treinamento e Desenvolvimento Gerencial. Esta tendência se confirma também pelo aumento na média de dois valores: a remuneração mensal de quem recebe treinamento nas corporações e o investimento anual nos profissionais treinados. Nas 193 organizações pesquisadas – com cerca de 4227 colaboradores - o valor médio do investimento anual por profissional é de R$ 4.781,00. “O montante equivale a 86% da remuneração média mensal dos profissionais que receberam treinamento, isto é, para cada R$ 100 mensais de remuneração, as empresas investem R$ 86 em treinamento por ano”, ilustra. O aumento do número de empresas que declararam ter Universidade Corporativa (11%) e um executivo-sênior dedicado às estratégias de treinamento, gestão do conhecimento ou de capital hu mano (55%) são outros dados relevantes que confirmam essa tendência. Entre os cinco temas mais presentes nos treinamentos estão Liderança (81%); Comunicação e Feedback (58%); Qualidade e/ou atendimento ao cliente (39%); Segurança e/ou treinamentos obrigatórios (22%) e Tecnologia da informação (17%). Mas não são apenas as próprias empresas que treinam seus colaboradores. A opção por utilizar fornecedores terceirizados de T&D – também tem


crescido. A pesquisa mostra que 84% das organizações contratam fornecedores externos e adotam soluções terceirizadas como parte de sua estratégia para capacitar as equipes. A pesquisa detectou, ainda, que a tendência de realizar a gestão do conhecimento como base da vantagem competitiva se mantém. “Um mercado tão complexo e cheio de variações demanda soluções de capacitação cada vez mais rápidas”, comenta Castro. Por conta disso também, a utilização de tecnologia, mídias sociais e outras conexões para realizar treinamentos – deixando-os mais interessantes e versáteis – vem crescendo. As empresas investem 21% do orçamento em treinamentos realizados com recursos tecnológicos, sendo que 11,8% do orçamento anual total é destinado ao e-learning. O Treinamento e Desenvolvimento, de acordo com a pesquisa, também tem sido usado como parte da estratégia de engajamento e retenção de talentos. “Um ambiente que valoriza o desenvolvimento e o aprendizado é um dos mais importantes indicadores de mensuração para saber se a empresa é um bom lugar para se trabalhar”, afirma o especialista. O desenvolvimento de líderes continua sendo uma preocupação nas empresas e, neste caso, ainda prevalece o treinamento presencial. “A natureza do treinamento exige que haja um laboratório físico”, avalia o coordenador da pesquisa. 80% das empresas entrevistadas prioriza o desenvolvimento de lideranças. Mas o treinamento tem de vir acompanhado de resultados. Por isso, cresce também o interesse por mensurar os benefícios desse tipo de investimento. A pesquisa aponta que aumentou de 6% (2012) para 9% (2013) o número de empresas que buscam determinar também o impacto do treinamento nos indicadores do negócio ou resultados financeiros (baseando-se principalmente na relação entre investimento e resultado gerado pelo programa de treinamento). E para os empresários que pensam em “pisar no freio” quando o assunto é T&D, Castro tem um importante recado: “Mesmo quando a economia não vai tão bem, é preciso continuar a investir em treinamento, pois o desenvolvimento humano mostra resultados no longo prazo”. Este é o oitavo ano em que a pesquisa “O Retrato do Treinamento no Brasil” é realizada pela ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) em conjunto com a Revista T&D Inteligência Corporativa e organizada pela MOT, com apoio da ASTD (American Society for Trainning and Development). Pauta Comunicação


Consumo

E

xistem empresas de médio e grande porte no mercado brasileiro que ainda acreditam nos métodos convencionais de empurrar mercadorias para os consumidores de baixa renda. Organizações que terão imensa dificuldade em se tornar uma Dolly para as emoções de 40 milhões de consumidores populares, que gastarão aproximadamente 600 bilhões de dólares este ano. Empurram mercadorias e impõem serviços porque é um estilo que deu certo por 494 anos, desde o descobrimento do Brasil, em 1500. A ponto de ser parte integrante do DNA de muitos executivos de venda, de marketing e de publicidade. Afinal, os nossos pobres viveram sempre nos subterrâneos do mercado consumidor brasileiro. Onde foram mantidos presos a rendas e salários (quando existiam) suficientes apenas para a sobrevivência. Por isso, gastavam tudo o que ganhavam para reproduzir precariamente suas vidas e de seus filhos. As empresas que empurravam mercadorias e impunham seus serviços para esses consumidores-reféns apostavam na pressão natural que a inflação sempre latente e a necessidade combinadas os obrigariam a aceitar quaisquer produtos (ou serviços), de qualquer qualidade, imediata-

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mente após embolsarem seus ganhos. Seus bolsos eram comandados pelas necessidades básicas como comida, roupa e moradia. Mas eis que em 1994, com a implantação do Plano Real, emerge, aos poucos, o poder de compra dos consumidores populares. Desde então, quarenta milhões de homens e mulheres se tornaram um dos mais vigorosos sustentáculos do mercado interno, no Brasil. Mas chegaram em estágio diferente dos gestores das cadeias produtivas e de distribuição acostumadas a lhes empurrar tudo o que produziam. Chegaram ao mercado com as marcas das culturas, hábitos e regionalismo que consolidaram ao longo de 494 anos de abandono, quando foram mantidos nos subterrâneos do mercado consumidor. Tempo suficiente para cristalizar hábitos culturais, religiosos e regionais, codificados em emoções que se refletem nas vivências e especialmente na evolução dos hábitos de consumo. Que combinados com cidadania emergente os tornam imunes às mensagens que lhes chegam através das convencionais campanhas publicitárias. Campanhas caríssimas, e insípidas do ponto de vista destes consumidores emergentes, que algumas empresas ainda impõem ao mercado, mes-


mo sabendo que o retorno nem sempre corresponde aos investimentos. Essas campanhas são, em parte, ineficientes (e quem as financia sabe disso), porque apenas tangenciam as emoções dos consumidores populares. Emoções de quem já conseguiu se libertar da necessidade imediata e que cada vez mais tem consciência de ser parte integrante do poder de compra de 600 bilhões de dólares anuais. E desde 1994, chegam meio zumbis, mas aos bandos. Carregam Reais com relativa estabilidade, reforçados por uma consistente expansão no crédito. E percorrem, com certa desenvoltura, apesar de ainda não usarem roupas adequadas, os corredores dos shoppings e dos aeroportos. Mas definitivamente não se emocionam, a ponto de se envolverem com as mercadorias e marcas anunciadas, das campanhas publicitárias milionárias. Porque depois de tanto abandono, de tanto preconceito, se tornaram imunes às mensagens que lhes chegam sem a devida codificação emocional e respeito aos seus valores e códigos culturais, religiosos e regionais desenvolvidos ao longo de cinco séculos. Por isso, sondam, testam e experimentam as próprias emoções a cada compra. E da mesma maneira que as corporações nunca se esforçaram por emocioná-los, também não estão nem aí pelas mensagens publicitárias. São conteúdos que lhes são estranhos, porque não entram em sintonia com suas aspirações humanas (sim, são pobres e limpinhos e com grande intensidade humana). E, apesar de continuarem a gastar todo o seu rico dinheirinho dentro do mês, sabem também que os grandes gestores do mercado também não estão nem aí com as emoções que comandam suas decisões de compra. Sem se emocionarem com as campanhas que lhes bombardeiam não estabelecem respostas que poderiam ser apreendidas e codificadas pelos departamentos de marketing, de venda e de publicidade das empresas. A consequência é o desencontro emocional entre as mensagens das marcas e a indiferença, também emocional, do poderio de compra dos consumidores populares. O que faz gerar retornos pífios às campanhas publicitárias mais bem intencionadas. E ao mesmo tempo gera imensas oportunidades para as empresas Dollys que souberem emocionar essas almas populares, primeiro, para satisfazer suas necessidades e acessar os seus bolsos, em seguida. Agência Consumidor Popular


Oportunidade

A

Prefeitura de Mogi das Cruzes e o Comitê Paulista da Copa do Mundo lançaram em Janeiro o Guia de Orientação Local (GOL) – Os Municípios Paulistas na Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014. Durante o Mundial, a cidade receberá a seleção da Bélgica, candidata a ser uma das sensações do torneio e que ficará hospedada em resort no distrito de Jundiapeba. O evento aconteceu no Cemforpe e apresentou os detalhes da publicação a representantes dos setores ligados ao turismo, comércio e serviços da cidade. Entre os pontos abordados pelo guia estão as regras para a utilização de marcas oficiais da Copa do Mundo, para a organização de eventos relativos ao Mundial, oportunidades de qualificação profissional e a forma como a cidade poderá ser decorada para receber a delegação belga. O GOL também mostra alternativas para as cidades aproveitarem a maior circulação de visitantes e a maior visibilidade de seus atrativos turísticos.

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“Hoje é um dia de muito orgulho para Mogi das Cruzes. Durante os últimos dois anos, a cidade foi constantemente avaliada pelo Comitê Paulista, pelo Comitê Organizador, pela CBF e pela Fifa. Em todas as visitas, a cidade foi pontuando e foi aprovada, por sua logística privilegiada, localização plenamente adequada e também por ter um hotel do mais alto nível. Durante a realização da Copa do Mundo, seremos a cidade mais belga do Brasil”, destacou o prefeito Marco Bertaiolli. Para receber bem os visitantes, o prefeito lembrou que planeja a produção de um guia da cidade, em parceria com a Associação Comercial, para apresentar aos turistas o potencial e as atrações de Mogi das Cruzes. “Temos uma grande oportunidade em termos econômicos e culturais. Mas temos de nos preparar, desde os taxistas, o comércio, os restaurantes e os hotéis. Também iremos enfeitar a cidade e é a hospitalidade mogiana que queremos mostrar aos visitantes. Cabe

a nós, empreendedores, com criatividade e empenho, aproveitar a oportunidade que se apresenta”, disse Bertaiolli. A coordenadora executiva do Comitê Paulista, Rachel Verdenacci, apresentou os detalhes do GOL e destacou a importância do envolvimento da cidade para que os benefícios do aumento da circulação de pessoas com a disputa da Copa do Mundo sejam permanentes. “Não se pode apenas esperar os benefícios da delegação, que ficará hospedada no hotel. É preciso realizar eventos específicos para que a cidade seja movimentada e tenha um desenvolvimento do turismo. E também é preciso não ficar apenas no tema futebol, mas também trabalhar a gastronomia, a cultura e projetos consolidados”, disse. A Copa do Mundo acontecerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho, com a participação de 32 seleções. Mais informações sobre o GOL podem ser obtidas no site www.copa2014sp.gov.br.


Legislação

Representa o agir de acordo com as regras

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expressão compliance tem origem no verbo to comply, que, por sua vez, representa o agir de acordo com as regras. É, grosso modo, o conjunto de procedimentos criados para assegurar o cumprimento, em sentido lato, da legislação vigente, bem como a política de uma determinada empresa e as diretrizes por ela estabelecidas para o negócio, detectando e tratando qualquer ponto fora da curva que, para seus padrões, aspectos legais e institucionais - e, até, de mercado - , possa vir a ocorrer, resguardando, assim, imagem, credibilidade e reputação tanto da própria pessoa jurídica como de seus dirigentes. Com a Lei n.º 12.846, de 1º de agosto de 2013, apelidada por Lei Anticorrupção, com vigência prevista para o final de janeiro de 2014, passam determinados segmentos empresariais, para prevenção e, mormente, mitigação do risco penal, praticamente compelidos a criar uma estrutura de compliance. Em um Brasil com tantas leis, regulamentos, resoluções, orientações normativas e quejandos, um cipoal de regras para em um extremo fortalecer a fúria arrecadatória do governo, oprimindo a inovação e o crescimento, e de outro coibir a institucionalização da Lei de Gerson, trata-se de diploma que, eclodindo escândalos envolvendo a participação da iniciativa privada, tenta, na atual ordem das coisas, moralizar a atividade empresarial, mola propulsora de crescimento, conciliando boas práticas de governança com gestão de riscos. Em reminiscências, o compliance teve seu nascedouro entre as instituições bancárias e passou a estar em evidência

nos mercados, principalmente, após a crise financeira de 2008, sendo que, desde então, documentos e mais documentos foram criados com recomendações para o fortalecimento de políticas de controle, bem como diversos países passaram a instituir a obrigação da instalação de sistemas de monitoramento interno. No Brasil, país em que, tímido para assuntos que envolvam probidade, a preocupação foi mais tardia e mais rarefeita, métodos de controle interno tiveram gênese, especialmente e até por conta da globalização, em razão de mudanças na normatização do setor bancário, ampliando a limitadíssima previsão de responsabilização penal das pessoas jurídicas, adstrita, até então, às infrações ambientais. Nessa toada, setores do empresariado, com a iniciativa de se aprimorar ou por imposição do mercado, têm organizado códigos internos de conduta, bem como meios de coleta, organização e comprovação de informações sobre clientes, colaboradores, parceiros, representantes e fornecedores, desenvolvendo, ainda, mecanismos eficazes de comunicação interna e externa que permita o repasse de informações sobre atos contrários à lei ou à política da empresa, implementando, por fim, métodos de combate a posturas ilegais na condução do negócio, com mecanismos, inclusive, para apuração e tábua com previsão de sanções aplicáveis, e isso, dada a variedade de negócios, elaborados para garantir a observâncias às leis trabalhistas, tributárias, ambientais, consumeristas e, finalmente, criminais. A classe empresária, em maior ou menor proporção a depender do segmento das atividades e de sua localização, passou a se conscientizar que vale a pena ser honesto. Se não por princípios ou formação ética, ao menos, por razões de mercado. Afinal, como diz frase atribuída a Sócrates: “Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade. “ Dirceu do Valle, advogado, mestre e doutor em Direito (PUC/SP), coordenador da Escola Superior de Advocacia da OAB/SP



Fusão e Aquisição

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pesar das incertezas em muitos países, as empresas continuam a enxergar uma fusão ou uma aquisição como negócio precioso para alcançar crescimento e rentabilidade. É importante que todos tenham em mente que existem muitas fases antes do negócio ser sacramentado, mas concomitante à assinatura do contrato e ao fechamento da transação, nada é mais importante do que a estratégia e o plano de integração. Bem-sucedida, a integração é fundamental para o alcance dos resultados esperados e a captura de valor ao negócio. Entretanto, segundo dados levantados pela KPMG, apenas 33% das transações geram valor, daí a importância de se prestar muita atenção na fase pós-transação. As diferenças culturais entre as empresas normalmente são subestimadas e representam um dos principais ofensores à criação de valor. Muito pode ser feito para que uma promissora fusão seja bem-sucedida. Na grande parte das negociações, o foco é financeiro, com os responsáveis preocupados com as sinergias (de custo e comerciais), investimentos e lucros envolvidos. Porém, transações que demandam integração de negócios não são simples operações matemáticas, pois envolvem muito mais do que questões financeiras. Os problemas que surgem durante um processo de integração são, na maioria das vezes, relacionados às pessoas, políticas internas, disputa de poder ou harmonização da cultura das empresas integradas. Transações envolvendo empresas de países diferentes tendem a ter mais problemas de integração. Contudo, no Brasil, uma nação com dimensões continentais, podemos identificar grandes problemas inclusive nas operações domésticas. Seriam as diferenças culturais de

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uma empresa sediada em Fortaleza e outra em Porto Alegre menores que as de uma companhia em São Paulo e outra em Berlim? Os executivos no Brasil estão passando por uma fase de mudanças na forma com que encaram integrações de empresas ou unidades de negócio, o que já aconteceu na Europa e Estados Unidos há alguns anos. As empresas brasileiras estão se preocupando mais com uma plena integração e tentam prever os problemas para amenizá-los. As grandes crises surgem nos primeiros cem dias e após seis meses torna-se muito difícil, senão custoso, corrigir qualquer revés. Quando uma integração não é realizada adequadamente, com uma fase robusta de planejamento e mitigação dos riscos inerentes a esse tipo de operação, torna-se praticamente impossível reverter o cenário que se instala na nova operação. Nenhum funcionário ou empresa passa por uma integração sem sentir os reflexos do contato com outra cultura. Os benefícios de uma aquisição são evidentes, mas, para o sucesso da integração, uma série de fatores deve ser levada em conta. Uma assessoria pode ajudar a maximizar as sinergias e aumentar o valor gerado, tornando o processo o mais suave possível para todos os envolvidos, desde os colaboradores até os acionistas, passando, inclusive, pelos clientes. O foco é traçar uma efetiva estratégia de integração para minimizar todos os efeitos negativos, explorar as melhores práticas, harmonizar as diferenças culturais e posicionar a empresa numa direção rentável, de forma a propiciar boas experiências para o mercado e, principalmente, maximizar o desempenho do item mais importante de qualquer organização: o capital humano. Ina Kjaer




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