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FLORIANO


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Como se não bastasse a vida puxada atrás da notícia, o repórter Amarelinho ainda criou a Liga Florianense de Futebol Amador, a Associação dos Vaqueiros, a Liga das Escolas de Samba e ainda faz trabalhos sociais na periferia do município. "Em datas comemorativas como o Natal me visto de Papai Noel. No Dia das Crianças sou o Palhaço Carrapeta. Peço doações de brinquedos e bombons e distribuo para a meninada", conta. Dá para dizer que Amarelinho não é só repórter, mas uma instituição de um homem só.
MAMÃE, CHEGUEI: Renato Costa, o Repórter Amarelinho, faz comunicação no interior do Piauí com compromisso e muita irreverência.
NOTÍCIA BOA É NOTÍCIA MADURA Sabe aquelas figuras que parecem ter sido criadas por um excelente roteirista? Assim é o Repórter Amarelinho, personagem criado pelo radialista e apresentador Renato Costa - um incansável difusor da notícia que atua em prol dos direitos iguais na Princesa do Sul.
Ele já foi apresentado nas maiores emissoras de TVdo país. Recebeu honrarias municipais, estaduais e nacionais. Em casa, possui um minimuseu particular onde a esposa Francisca Pereira guarda os troféus, homenagens e medalhas recebidas pelo marido famoso.
Segundo o jornalista Wellison Costa, um dos filhos de Amarelinho, existem duas versões para o surgimento do apelido criado no início dos anos 90 “Aque ele (o pai) conta é que não dá notícia verde só amarela, ou seja, “madura” já que, de fato, aconteceu”. O herdeiro e colega de profissão acrescenta que o “pai usava muita camiseta de propaganda (para trabalhar). Elas geralmente eram amarelas. Por onde ele passava, começavam a gritar 'Olha o Amarelinho!'. (O apelido) Pegou!".
Lenda ou não, o certo é que o comunicador preza por apurar os fatos, ouvir os dois lados da notícia e se manter isento. "Antes eu torcia pelo Flamengo, hoje não quero nem ouvir falar. Não torço nem para time de futebol, quanto mais para partido político. Outra coisa, não gosto de esperar. O entrevistado tem que respeitar às milhares de pessoas que querem a informação. Só espero por meus médicos", ensina.
O Amarelinho vai dormir tarde, por volta de meia noite, mas costuma acordar cedo às 3h da manhã. "Geralmente levo uma hora pra me arrumar porque tenho que usar amarelo da cueca à meia. Aí saio atrás da notícia". O dia a dia do repórter é cheio de pautas enviadas pela audiência. "Onde ele chega é facilmente notado (porque) gosta de usar como adereço uns galos barulhentos no pescoço e as pessoas adoram seu jeito de trabalhar. Elas se identificam”, conta a jornalista Inácia Maria que administra a conta @amarelinhoreporterlive no Instagram.
Em rede nacional: Inácia foi quem sugeriu o nome do colega para a o quadro Tem Gente Atrás da Fila, do Programa Domingão do Faustão. "Lá na Globo eles gostaram da história do Amarelinho. Ele chegou a ir três vezes. A(TV) Record veio duas vezes (fazer matérias com Amarelinho) e ele também já fez matérias para o SBTonde foi repórter do quadro 'De Volta à Minha Terra', mas o que ele conta que tinha muita vontade era de ter sido entrevistado pelo Jô Soares", lembra.
Trabalhando na Rádio Difusora de Floriano, desde 1996, onde costuma fazer participações pela manhã, tarde e noite, O Repórter Amarelinho atua também como apresentador ao lado da comadre Inácia Maria. Eles desenvolvem o Projeto Amarelinho na TVTropical e ainda na vizinha cidade maranhense Barão de Grajaú.
Dono de bordões famosos na região como "Ui! Ui! Ui, papai! " e "Mamãe, cheguei!", as notícias apuradas pelo Amarelinho repercutem no rádio, rede social e no site que leva seu nome. Geralmente Renato Costa sai pelas ruas de Floriano e região urbana e rural das cidades do entorno pilotando uma moto amarela. "Ganhei essa depois que reclamei de um problema que tive com a anterior. Aí a Honda me ofereceu esta toda personalizada".
Como todo protagonista da própria história, Amarelinho tem muitos causos sua atuação Piauí o à fora. Uma delas é que já entrevistou o Lula por duas vezes. Na primeira, em Floriano, tentou furar a barreira de segurança do então presidente. Lula notou o esforço do repórter e pediu que os guarda-costas liberassem o acesso. Na segunda vez, em Parnaíba, foi ele (próprio Lula) que me chamou”, lembra.