Turbo Comerciais #30

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PROFISSIONAL

#30 NOVEMBRO 2018

S A L ÃO DE H A NNO V ER

PRESENTE E FUTURO CITROËN BERLINGO

NOVIDADES

APÓS-VENDA

MERCEDES URBANETIC

SERVIÇOS

2,90€ (CONT.)

OPEL COMBO

APOSTA NA LIDERANÇA IMPRESSÕES DE CONDUÇÃO

TODA A GAMA

TODOS OS PREÇOS

DUAS PICK-UP DE TRABALHO

NISSAN NAVARA FACE A TOYOTA HILUX

ENTREVISTA

MERCEDES ACTROS

POR DENTRO DO MAIS AVANÇADO CAMIÃO

SÉRGIO GONÇALVES OPEL

“VOLTAR A SER UM DOS PRINCIPAIS PLAYERS”



PROFISSIONAL

NOVIDADES

SUMÁRIO

APÓS-VENDA

SERVIÇOS

#30

NOVEMBRO 2018

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SALÃO

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06 As novidades de Hannover NOVIDADE

22 Opel Combo FRENTE-A-FRENTE

24 Nissan Navara 2.3 dCi vs.

Toyota Hilux 2.4 D4-D PERSPETIVA

30 Opel quer voltar a ser "player"

credível nos comerciais FROTA

36 Pombo Bus NOVIDADES PESADOS

40 Mercedes Actros

ENSAIO PESADO

48 MAN TGX 18.500 Efficient Line 3 AFTERMARKET

56 Bosch eletrifica semi-reboques

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES VC – TUDOR / EXIDE; 5 RENAULT; 11 RETA; 13 FORD TRANSIT; 17 PETRONAS; 35 SITES DAS PROFISSIONAIS; 43 CARF; 45 VALEO; VCC MAN; CC WOLF OILS

NOVEMBRO 2018 TURBO COMERCIAIS

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EDITORIAL PROFISSIONAL

NOVIDADES

COMO EVOLUEM OS COMERCIAIS!

SERVIÇOS

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS

O

A eletrificação é uma realidade que se aproxima, mas o futuro será feito de muitas “cores”, não será apenas elétrico e haverá muitas áreas em que o tradicional motor a combustão se manterá por muitos anos

APÓS-VENDA

lhando para a maior exposição de veículos comerciais da Europa, o Salão de Hannover – de que damos ampla cobertura nas próximas páginas – mais parece que o futuro já cá está… desde anteontem. Não se fala senão de mobilidade elétrica, conectividade, autonomia, novas e até (por agora) estranhas formas de distribuição pelos centros urbanos, com conceitos que parecem saídos da imaginação de um guionista de filmes de ficção científica. Por agora, reforçamos… Houve mesmo uma das mais importantes marcas, a Iveco, que, num inequívoco e até corajoso “statement”, não expôs qualquer modelo com motorização diesel! Como se não fosse esse ainda o seu “core business”… Os tempos estão, de facto, a mudar como pudemos ver nas profundas alterações que a Mercedes-Benz introduziu na nova geração do Actros (pág. 40). Dos furgões aos camiões de distribuição, em especial tudo o que se mova em meio urbano e esteja dedicado à denominada distribuição “de última milha” – de ultra proximidade, aportuguesaríamos nós… – caminhará inexoravelmente para um futuro elétrico. E, claro, por maioria de razões, os autocarros urbanos, plataformas por excelência para a mobilidade limpa, pelo tipo de percursos e baixas quilometragens diárias e velocidades médias. Esta é uma realidade que se aproxima, mas o futuro será feito de muitas “cores”, não será apenas elétrico e haverá muitas áreas em que o tradicional motor a combustão, certamente melhorado, se manterá por muitos anos. Poderá ser a gasóleo, gasolina ou gás natural, mas está para durar. De forma isolada ou como parte integrante dos modelos híbridos que também se irão popularizar. E este é um “futuro” que já hoje existe, com muitas ofertas em todas as áreas e em que cada novidade acrescenta mais um avanço. Veja-se o caso do “trio de Mangualde” – chamemos-lhe assim por orgulho pátrio… –, com Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Opel Combo prestes a iniciarem as carreiras comerciais com ambições e argumentos para se tornarem referências num segmento tão competitivo. Podem ser furgões de trabalho, mas não deixaram de ir buscar as mais modernas tecnologias a nível de propulsores e auxílios à condução aos ligeiros de passageiros. Porque, quando se fala em evolução dos veículos comerciais, estamos a falar de muito mais que de eletricidade e conectividade!

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SÉRGIO VEIGA EDITOR CHEFE

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INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



SALÃO

HANNOVER

RUMO À ELETRIFICAÇÃO E À CONECTIVIDADE Com mais de 435 estreias mundiais, o Salão de Veículos Comerciais de Hannover foi o palco escolhido pela indústria para apresentação das mais recentes novidades em termos de conectividade, eletromobilidade, digitalização e condução autónoma TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

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ubord inada ao tema “Driving Tomorrow”, a 67.ª edição do Salão de Veículos Comerciais de Hannover foi a mais concorrida de sempre em termos de espaço, expositores, novidades e visitantes, superando as expetativas mais ambiciosas da organização, a VDA (Associação da Indústria Automóvel Alemã). O salão ocupou uma área total de 282 mil metros quadrados, um acréscimo de 4% face à edição de 2016. O número de expositores voltou a bater um novo recorde, com um total de 2174, distribuídos por 13 pavilhões, contra os 2013 do certame anterior. Mais de 60% dos expositores eram "não alemães", reforçando, assim, o caráter internacional do certame. O maior contingente (252 expositores) veio da China, embora a maioria fossem fornecedores de componentes em "stands" partilhados, que viram neste certame uma excelente oportunidade para estabelecer contactos com outras empresas. Além disso, a organização também conseguiu garantir a participação de sete fabricantes chineses, incluindo a BYD e a SAIC. Os outros países com maior número de expositores foram a Itália (137), a Holanda (137), a Turquia (126) e a França (101). Em termos de público, o salão também foi um sucesso e registou um novo recorde: mais de 250 mil visitantes. Cerca de 86% eram profissionais e oito em dez eram decisores. Um terço dos visitantes também veio do estrangeiro. A maioria era originária da China, seguindo-se o Japão e a Holanda. Os visitantes que se deslocaram aos pavilhões da Feira de Hannover não ficaram desiludidos,

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uma vez que novidades não faltaram. Para a posteridade ficam as 435 estreias mundiais da edição de 2018, um aumento de 31% face às 332 de 2016. As principais novidades surgiram nos campos da conectividade, da eletromobilidade, da digitalização e da condução autónoma, não se tratando já de conceitos, mas sim de produtos disponíveis comercialmente. Pela primeira vez, foram apresentadas várias soluções elétricas na área do transporte de mercadorias e passageiros, incluindo comerciais ligeiros, autocarros, camiões de distribuição e mesmo e-bikes cargo. A aposta na digitalização foi transversal a praticamente todos os expositores desta 67.ª edição do Salão de Hannover, desde fabricantes de camiões e autocarros até à indústria de semirreboques, abrangendo fornecedores de todas as dimensões. Além dos construtores de veículos, também os fabricantes de componentes como a Bosch, a Continental, a Delphi, a Voith ou a ZF, entre outros, estão a investir nestas áreas e a disponibilizar as suas soluções às marcas. Referência para a Iveco, que decidiu não ter em exposição nenhum veículo diesel, transformando o seu stand numa área de baixas emissões, onde estavam em destaque as suas propostas a gás natural (comprimido ou liquefeito) ou elétricas. O Salão de Hannover foi igualmente escolhido para as cerimónias das entregas dos prémios de “Camião Internacional do Ano de 2019”, atribuído ao Ford F-Max, “Autocarro Urbano Internacional do Ano de 2019”, conquistado pelo Mercedes-Benz Citaro Hybrid, e “Comercial Internacional do Ano 2019”, ganho pelo Grupo PSA pelo desenvolvimento das novas gerações do Peugeot Partner, Citroën Berlingo, Opel/Vauxhall Combo. /


SUCESSO Muito mais expositores e um pouco de todo o Mundo, recorde de visitantes e abertura a novas tecnologias fez das 67.ª edição do Salão de Hannover a melhor de sempre

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SALÃO

HANNOVER

MERCEDES-BENZ VISION URBANETIC

CONECTADO E ELÉTRICO

A Mercedes-Benz Vans deu a conhecer a sua visão do veículo comercial do futuro, que será versátil, autónomo, conectado e elétrico, materializado num concept denominado Vision URBANETIC

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rimeira abordagem da Mercedes-Benz Vans no domínio da inovação do pilar Autonomous@ Vans da sua estratégia adVANce para se tornar num fornecedor completo de soluções de mobilidade, o concept Vision URBANETIC procura dar resposta aos desafios do transporte urbano de passageiros e mercadorias do futuro. Este protótipo de veículo autónomo e elétrico recebe uma plataforma criada para acomodar di-

ferentes carroçarias intercambiáveis, sendo a sua operação assegurada por uma infraestrutura de tecnologia de informação. Com um comprimento exterior de 5,14 metros, o Vision URBANETIC pode transportar até 12 pessoas como veículo de passageiros ou até dez paletes no módulo de carga com 3,70 metros na versão de mercadorias. Este protótipo opera autonomamente com base nos dados recolhidos e transmitidos por uma infraestrutura de tecnologia de informação, que analisa a procura e a oferta dentro de um espaço definido de mobilidade. A utilização de várias unidades

do Vision URBANETIC permite a criação de uma frota de veículos autónomos que operam flexivelmente em rotas planeadas e com base em reais necessidades de transporte. Todavia, o Vision URBANETIC ainda vai mais longe. Graças à sua conectividade, à utilização da informação local e ao comando inteligente, o sistema não só consegue aprender com os dados recolhidos, mas também é capaz de antecipar e reagir a necessidades futuras. Isto possibilita a otimização dos processos, a diminuição dos tempos de espera e evitar engarrafamentos. Por exemplo, o sistema pode utilizar

E-CITARO CHEGOU O AUTOCARRO ELÉTRICO Na área dos autocarros, a principal novidade era a versão totalmente elétrica do Citaro. Com uma bateria de 243 kWh e lotação de 88 passageiros, o Mercedes-Benz eCitaro promete uma eficiência energética sem precedentes no transporte urbano de passageiros. A marca alemã considera este veículo como solução adequada para uma elevada percentagem de operações de autocarros urbanos. A Daimler Trucks &

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Buses defende que daqui a alguns anos será possível substituir o motor de combustão pelas baterias, com célula de combustível com extensor de autonomia. O novo eCitaro integra o programa de eletromobilidade da Daimler Buses, que apoia os operadores de transporte, incluindo, por exemplo, um sistema inteligente de carregamento ou a formação dos funcionários pela disponibilização de serviços específicos.


os dados capturados pelo Centro de Comando dos Veículos para identificar um conjunto de pessoas num local específico. Essa informação é utilizada para enviar proativamente veículos para esse sítio e satisfazer rapidamente essa procura de transporte. O sistema foi concebido para responder flexivelmente e não se baseia em rotas rígidas nem horários fixos. Como veículo totalmente conectado, o Vision URBANETIC faz parte de um ecossistema em que os desejos de mobilidade comercial e privada são transmitidos digitalmente. O Vision URBANETIC recolhe essas necessidades e vai satisfazê-las com uma frota muito flexível, contribuindo para uma melhoria considerável na utilização dos recursos. O conceito Vision URBANETIC vai ser posto à prova em condições reais de utilização na fábrica de Ludwigshafen da BASF, ao abrigo de uma parceria com a Mercedes-Benz Vans. O projeto-piloto prevê a disponibilização de um sistema de transporte a pedido naquela unidade fabril da BASF. A tecnologia é fornecida pela ViaVan, a joint-venture estabelecida entre a MercedesBenz Vans e a "start-up" norte-americana Via. Outros projetos previstos para o futuro incluem um "shuttle" elétrico, conectado e autónomo dentro da fábrica de Ludwigshafen. Além do Vision URBANETIC, este Salão de Hannover também serviu para a apresentação ao público da nova geração do Mercedes-Benz Sprinter, disponível como furgão de mercadorias, furgão de passageiros, chassis-cabina, tração dianteira, traseira ou integral, motor diesel de baixas emissões, elétrico ou com célula de combustível (Concept Sprinter F-Cell). O Mercedes-Benz eVito foi outra das novidades da unidade de comerciais ligeiros da marca de Estugarda. /

ACTROS EDITION 1 Além de apresentar ao público o novo Mercedes-Benz Actros (ver pág. 40), a marca alemã anunciou o lançamento de uma edição especial deste modelo limitada a 400 unidades, denominada “Edition 1”. Disponível com as cabinas GigaSpace e BigSpace, oferece algumas das principais novidades introduzidas neste modelo como o Active Drive Assist, que torna possível a condução semi-autónoma, o MirrorCam ou a nova geração do sistema Predictive Powertrain Control. Para proporcionar um caráter de maior exclusividade a esta série especial, assim como aumentar o conforto do motorista e da condução, a MercedesBenz Trucks decidiu incluir um conjunto de pacotes de equipamento de série do Actros Edition 1: segurança (Active Brake Assist 5, airbag, Proximity Control Assist); condução (parassol elétrico, volante em pele); conforto (ambiente Night & Day no interior da cabina, espelho para barbear, frigorífico); media (sistema

de som, suporte para computador, tomada adicional de 12V); arrumação (mesa no lado do passageiro, sistema de armários, roupeiro por baixo da cama); iluminação (faróis bi-xenon e luzes traseiras em LED). O interior da cabina inclui ainda puxadores das portas em pele, volante multifunções em couro, revestimento do tabliê em pele preta e tapetes exclusivos. A parte superior da cabina inclui um ambiente de iluminação de oito cores no teto. A cama superior vem com proteção e nos tratores possui uma largura de 900 mm. As cortinas possuem um tom bege na parte interior e preto na exterior para proporcionarem privacidade ao utilizador, assim como a cortina com a estrela da Mercedes-Benz ao lado da cama. Na parte do acompanhante existe um outro logotipo “Edition 1” em alumínio, além de uma placa numerada como um dos 400 veículos desta série especial.

E-ACTROS JÁ EM CLIENTES A Mercedes-Benz Trucks foi o primeiro grande construtor a apresentar um camião elétrico com mais de 16 toneladas de peso bruto, no Salão de Hannover de 2016. Dois anos depois, a marca alemã deu mais um passo com o desenvolvimento do e-Actros, vocacionado para distribuição urbana pesada ou transporte regional. A primeira unidade foi entregue em setembro ao operador logístico alemão Hermes para ser utilizado

em condições reais de operação. Até ao final de 2018, a frota de inovação em clientes irá compreender dez veículos. A produção em série está prevista para 2021. O eActros tem uma bateria de 240 kWh, dois motores elétricos nos cubos das rodas, cada um com 126 kW de potência e autonomia de 200 km, valor suficiente para operações típicas diárias no fornecimento de produtos alimentares frescos a supermercados.

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SALÃO

HANNOVER

VOLKSWAGEN I.D. BUZZ CARGO PRIMEIRA APARIÇÃO FORD TRANSIT TECNOLOGIA MILD HYBRID

Quando todos esperavam que a principal novidade da Volkswagen Veículos Comerciais no Salão de Hannover fosse a versão elétrica do seu comercial de grandes dimensões, a e-Crafter, a marca alemã surpreendeu ao apresentar... cinco outras estreias mundiais: I.D. Buzz Cargo, Crafter Hymotion, ABT e-Caddy, ABT e-Transporter ou o Cargo e-Bike. A grande sensação foi, naturalmente, o protótipo I.D. Buzz Cargo, primeiro comercial ligeiro da nova gama I.D., sobre a plataforma MEB (modular electric drive). A versão moderna do mítico ‘Pão de Forma’ adota o ADN da nova linguagem de design da Volkswagen e disponibiliza um modo de condução autónomo (‘I.D. Pilot’), anunciando autonomias entre 330 km e mais de 550 km (ciclo WLTP), em função da capacidade da bateria e modelo específico. Como veículo comercial proporciona um compartimento de carga espaçoso e um sistema de carga totalmente digitalizado com que a VW pretende levar a bordo o melhor da “Internet das Coisas”. Outra aposta da marca é a e-Crafter, na versão a bateria de 35,8 kWh com autonomia de 170 km, ou numa variante com célula de combustível como extensor de autonomia (para 350 km), a Crafter HyMotion, ainda em fase de protótipo. As gamas Caddy e Transporter também estão a ser eletrificadas, numa parceria estratégica entre a Volkswagen Veículos Comerciais e a ABT. As autonomias anunciadas do ABT e-Caddy e do ABT e-Transporter são de 200 ou 400 km, seja a bateria de 36 kWh ou 72 kWh. Para a distribuição da última milha, a VW apresentou a Cargo e-Bike, que pode transportar até 210 kg, incluindo condutor e volume útil de carga de 0,5 m3.

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No âmbito do programa de renovação de toda a sua gama de comerciais ligeiros, a Ford procedeu a uma atualização na Transit de duas toneladas, que só deverá começar a ser comercializada em meados de 2019. Entre as principais novidades destaque para a estreia na gama Transit da tecnologia mHEV de 48 Volt nas versões com caixa de velocidades manual, que permitirá melhorar a eficiência e os consumos dos motores diesel 2.0 EcoBlue, designadamente em condições de condução urbana de pára-arranca. O sistema mHEV regenera a energia das travagens e das acelerações, armazenando-a numa bateria de iões de lítio, de 48 Volt que depois é utilizada na operação do motor e dos demais componentes elétricos. A nova Transit de duas toneladas distingue-se pelo novo design frontal e pelo interior revisto ao nível do aumento dos espaços de arrumação.

FORD TRANSIT CUSTOM NOVA PHEV Após a realização de testes em clientes em Londres e em Valência, a Ford apresentou a versão definitiva da Transit Custom PHEV, que dispõe de um sistema de propulsão elétrico que permite condução de até 50 quilómetros em modo de emissões zero. Este veículo dispõe ainda de um motor de combustão interna a gasolina – Ford EcoBoost 1.0 – que funciona como extensor de autonomia, carregando a bateria de iões de lítio, quando são necessárias viagens mais longas entre carregamentos. Para não comprometer o volume útil de carga da versão do furgão de base, as baterias estão localizadas por baixo do compartimento de carga. Esta solução elétrica permite aumentar o raio de ação para mais de 500 quilómetros. O veículo apresenta ainda o novo design interior aplicado na mais recente Transit Custom, acrescentando monitores de informações dedicados a esta variante denominada pela marca de PHEV.


GRUPO PSA ESTREIA TRIPARTIDA “COMERCIAL DO ANO 2019” O Salão de Hannover foi o palco para a estreia da mais recente geração de comerciais ligeiros compactos do Grupo PSA, que estarão disponíveis nas marcas Peugeot, Citroën e Opel/Vauxhall. Produzidos nas fábricas de Mangualde (Portugal) e Vigo (Espanha), os novos modelos foram desenvolvidos para se tornarem referência da sua categoria e reforçarem a liderança do grupo automóvel liderado pelo português Carlos Tavares neste importante segmento. Os novos Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Opel/Vauxhall Combo foram concebidos como um programa transversal, de modo a proporem, sistematicamente, as prestações mais adequadas às necessidades dos clientes profissionais em termos de conveniência, no domínio dos sistemas de apoio à condução e da segurança. O trabalho desenvolvido pela equipa de desenvolvimento do Grupo PSA foi reconhecido pelo júri do prémio do “Comercial Internacional do Ano”, ao PUBLICIDADE

atribuir o título relativo à edição de 2019 às novas propostas da Peugeot, da Citroën e da Opel/Vauxhall. “O programa comum às quatro marcas do Grupo PSA está bem apetrechado para enfrentar o futuro, com avanços tecnológicos para ajudar os condutores na sua utilização, e beneficiar financeiramente, com custos de utilização bastante vantajosos para os proprietários ou gestores de frotas”, afirma Jarlath Sweeney, presidente do júri do prémio “Comercial Internacional do Ano”. O inovador sistema

de alerta de sobrecarga é apontado como “uma excelente iniciativa”, pois permitirá assegurar a conformidade de utilização e melhorar a segurança. “A disponibilidade de duas versões de distância entre eixos é outro passo em frente, bem como a introdução de uma variante de tração integral, tendo em conta que um crescente número de entidades de serviços públicos procura opções 4×4 neste segmento de mercado. No seu conjunto, trata-se de um excelente pacote, bem conseguido,” refere o presidente do júri.


SALÃO

HANNOVER

RENAULT EZ-PRO VEÍCULOS-ROBOT Para a distribuição urbana da chamada última milha, a Renault apresentou o protótipo EZ-Pro, que consiste num veículo-robot, elétrico, conectado, autónomo e partilhado. O EZ-Pro é constituído por dois elementos diferentes, designados por ‘pods’, que partilham a mesma plataforma altamente personalizável, a qual pode ser configurada e adaptada para um elevado leque de utilizações e formatos. O papel tradicional do motorista/ /distribuidor vai evoluir para a função de assistente que tem a responsabilidade de organizar e supervisionar as entregas de uma frota completa de veículos, a partir do seu espaço de trabalho móvel. Segundo a Renault, o EZ-Pro foi desenvolvido para acompanhar essa evolução. Este protótipo é mais baixo e mais estreito que um veículo tradicional, mas também é mais ágil, graças à plataforma elétrica, ao chassis 4CONTROL de quatro rodas direcionais e às tecnologias autónomas. O Renault EZ-Pro carateriza-se pela sua conceção modular, sendo constituído por um ‘pod’ principal autónomo e de um (ou vários) ‘pod-

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robot’, também autónomos, que se adaptam a uma grande variedade de utilizações e formatos. O EZ-Pro acolhe um assistente humano que supervisiona a distribuição dos bens e serviços, mas, também, a frota de ‘podsrobot’ autónomos. Com esta solução de distribuição de última milha, os utilizadores finais podem escolher, precisamente, onde, quando e como querem receber as suas entregas 24 horas por dia e sete dias por semana. Segundo a Renault, o EZ-Pro faz parte de uma série de protótipos de veículos-robot da Renault centrados sobre os serviços de mobilidade urbana e partilhada.

FIAT PROFESSIONAL RAM À GRANDE E À AMERICANA Além de uma gama completa de veículos a gás natural comprimido, designados por Natural Power – Fiorino, Doblò e Ducato –, um dos destaques no espaço da Fiat Professional eram as pick-up da marca norte-americana RAM. Em exposição estavam três unidades: RAM 1500 SLT Classic, que já está em comercialização nalguns mercados europeus desde o mês de setembro; RAM 1500 Rebel, disponível de série com o pacote de todo-o-terreno, conta com um chassis mais eficiente, leve e resistente; RAM 3500 Limited, com um comprimento máximo de 6,6 metros, rodado traseiro duplo e uma capacidade de reboque superior a 13 toneladas. A RAM 1500 SLT Classic e a RAM 1500 Rebel partilham a mesma cadeia cinemática, constituída por um motor V8 HEMI de 5,7 litros de 395 cv, caixa automática de oito velocidades e tração integral. A RAM 3500, por sua vez, recebe um motor diesel, de origem Cummins, que desenvolve uma potência de 385 cv, associado a uma caixa automática de seis velocidades e tração às quatro rodas.



SALÃO

HANNOVER

FORD TRUCKS I.F-MAX

CAMIÃO DO ANO 2019 Após a venda da sua divisão europeia de camiões à Iveco, em 1986, a Ford deixou de estar presente no mercado europeu de veículos pesados de mercadorias. No entanto, a marca norte-americana continuou a produzir camiões noutras geografias, designadamente nos Estados Unidos, na Argentina, na Venezuela e na Turquia, aqui numa parceria com a sua subsidiária Otosan. Uma equipa de 500 engenheiros da Ford Otosan desenvolveu durante cinco anos um novo modelo para o segmento de camiões com peso bruto superior a 16 toneladas. Em homenagem à gama de pick-up Série F da Ford, o novo modelo recebeu a designação de Ford F-MAX. Com especificação europeia, este novo modelo será comercializado, numa primeira fase, nos mercados da Turquia, Médio Oriente e Europa de Leste. A cabina do Ford F-MAX tem 2,5 m de largura e 2,16 m de altura interior, graças ao piso plano. O habitáculo está orientado para o motorista e adota um conjunto de equipamentos oriundos de outros modelos

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da Ford, nomeadamente da Transit e Transit Custom. A cadeia cinemática inclui um motor diesel Euro 6 de 12,7 litros, denominado Eurotorq, com 500 cv e uma caixa automatizada de 12 velocidades da ZF, que oferece diferentes modos de condução, incluindo o Eco e o Power. O Ford F-MAX dispõe ainda de travão-motor de 400 kW que pode atingir os 1000 kW de potência total de travagem em associação com um intarder (opcional). Algumas das mais avançadas tecnologias estão disponíveis como a E-APU (unidade de potência auxiliar), eco-roll ou velocidade de cruzeiro predictiva (Max Cruise). O Ford F-MAX conta com os mais modernos sistemas de apoio à condução como o Adaptive Cruise Control (ACC), Predictive Cruise Control (Max Speed) com opções de tolerância de velocidade, sistema avançado de travagem de emergência, auxiliar de arranque em subida, auxiliar de manutenção na faixa de rodagem, limitador de velocidade ajustável e controlo eletrónico de estabilidade. Um ecrã a cor de oito polegadas localizado

no painel de instrumentos permite aceder a várias informações, desde a pressão dos pneus à temperatura, passando pelas funções de análise de condução do utilizador. Os diferentes menus podem ser acedidos através de comandos no volante. Num segundo ecrã LCD de 7,2”, na consola central, acede-se a funções específicas como sistema de navegação para camiões, Apple CarPlay, ligação Bluetooth, entre outros. A Ford Trucks escolheu Hannover para revelar o Ford F-MAX e durante o evento foi anunciado que este novo veículo fora eleito “Camião Internacional do Ano de 2019”, por um painel de jornalistas da imprensa especializada.


DAF TRUCKS GAMAS LF E CF ELETRIFICAÇÃO

VOLVO TRUCKS VERA SEM CABINA

Subordinado ao tema inovação e eletromobilidade, a DAF Trucks apresentou, em estreia mundial, três novas souções, incluindo duas totalmente elétricas – DAF LF Electric, DAF CF Electric – e uma híbrida DAF CF Hybrid. O primeiro veículo, com peso bruto de 19 toneladas, está vocacionado para operações de distribuição urbana e conta com motor elétrico Cummins de 195 kW. A bateria de iões de lítio tem uma capacidade de 222 kWh, assegurando uma autonomia de até 220 km. Para operações de distribuição urbana de cargas mais volumosas ou pesadas que envolvam a utilização de um trator e de um semirreboque de um ou dois eixos, como no abastecimento de supermercados, a marca holandesa propõe o DAF CF Electric. Disponível na configuração de trator 4x2 e um chassis idêntico ao da restante gama DAF CF, recebeu um sistema de propulsão elétrico desenvolvido pela VDL. O motor elétrico debita uma potência máximo 240 kW, sendo alimentado por uma bateria de iões de lítio com capacidade de 170 kWh, que oferece uma autonomia de aproximadamente 100 quilómetros. A bateria pode recuperar até 80% da sua capacidade em cerca de 30 minutos num ponto de carregamento rápido. A carga completa demora cerca de 90 minutos. Segundo a DAF, o tempo de espera para carregar e descarregar o camião pode ser aproveitado para abastecer a bateria.

Para esta edição do Salão de Hannover, a Volvo Trucks reservou a estreia mundial do seu protótipo VERA, que constitui a antevisão da marca sueca da solução de transporte autónomo e elétrico do futuro. Uma das caraterísticas deste protótipo consiste na eliminação da tradicional cabina do camião, uma vez que integra uma nova geração de veículos autónomos que estão conectados sem fios a um centro de controlo de transporte. Este último monitoriza parâmetros como a localização de cada veículo, carga e nível de capacidade da bateria, utilizando esses dados para garantir a logística geral da frota, assim como o fluxo de mercadorias e veículos sejam efetivamente os mais eficientes possíveis. Segundo a Volvo Trucks, o sistema destina-se a ser utilizado em áreas caraterizadas por distâncias curtas, grandes volumes de carga e elevada precisão de entrega, apontando como exemplo os centros de distribuição logística. “Este é mais um resultado das soluções empolgantes e inovadoras com as quais estamos a trabalhar na área da automação, electromobilidade e conectividade”, refere Lars Stenqvist, diretor de tecnologia do Volvo Group. “Este veículo mostra o conhecimento do nosso grupo e o empenho no desenvolvimento tecnológico”. A tecnologia utilizada no VERA baseia-se em soluções desenvolvidas para os autocarros elétricos da Volvo, que está a ser adaptada pelo construtor sueco para ser aplicada em diferentes categorias de veículos, como camiões máquinas de construção, aplicações marítimas e industriais. Paralelamente, o Grupo Volvo tem vindo a realizar estudos aprofundados sobre veículos autónomos e já apresentou vários exemplos de veículo-conceito autónomo. A nova solução de transporte de transporte de mercadorias será desenvolvida em colaboração com clientes.

A terceira novidade da marca holandesa era o DAF CF Hybrid, equipado com um sistema que combina um motor diesel de 10,8 litros de 450 cv, um motor elétrico de 75 kW da ZF e uma transmissão dedicada concebida para cadeias cinemáticas elétricas TraXon, também da ZF. O motor elétrico obtém energia de uma bateria de iões de lítio com uma capacidade de 85 kW. Em modo elétrico, a autonomia anunciada situa-se entre os 30 e os 50 quilómetros. A bateria pode ser carregada num ponto de carga rápido, recuperando 80 por cento da sua capacidade em cerca 20 minutos, enquanto a carga completa demora cerca de 30 minutos. A bateria também pode ser carregada em andamento pelo motor diesel, durante os percursos em autoestrada.

RENAULT TRUCKS GAMA D Z.E. SEGUNDA GERAÇÃO A segunda geração de camiões elétricos, denominada Z.E., era a principal novidade da Renault Trucks na edição de 2018 do Salão de Hannover. A marca vai propor ao mercado duas versões eletrificadas da sua gama de distribuição, que deverão começar a ser comercializadas em 2019. O Renault Trucks D Z.E. será proposto com chassis de dois eixos e peso bruto de 19 toneladas, estando vocacionado para operações de distribuição urbana pesada, incluindo temperatura controlada. O D Wide Z.E. estará disponível numa configuração de três eixos com peso bruto de 26 toneladas.

Em função da utilização e da configuração da bateria, um camião elétrico para distribuição pesada da Renault Trucks terá uma autonomia de operação de até 300 quilómetros.

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SALÃO

HANNOVER

IVECO STRALIS NP 460 DIESEL EXCLUÍDO

MAN TRUCK & BUS CitE URBANO E ELÉTRICO Com quatro estreias mundiais, a participação da MAN Truck & Bus no Salão de Veículos Comerciais de Hannover foi uma das mais fortes de sempre. O construtor de Munique apresentou um novo camião elétrico de distribuição urbana, MAN CitE, a versão elétrica do autocarro urbano MAN Lion´s City, o novo motor a gás E18 para autocarros e a versão minibus do MAN TGE. Além disso, a marca alemã também aproveitou o certame para entregar a clientes as primeiras unidades do furgão elétrico MAN eTGE. Criado para dar resposta às necessidades de transporte de distribuição urbana, o MAN CitE apresenta um peso bruto de 15 toneladas e posiciona-se entre o MAN eTGM, que oferece um peso bruto de 26 toneladas e tem sido utilizado por nove empresas austríacas pertencentes ao Conselho para Logística Sustentável desde o início de setembro, e a MAN eTGE, cujo lançamento foi assinalado na edição de 2018 do Salão de Hannover, com a entrega dos primeiros quatro veículos a uma empresa de transportes de Berlim. A MAN Truck & Bus também lançou novos serviços digitais que têm o objetivo de acrescentar valor às frotas e facilitar o trabalho dos operadores. A marca apresentou ainda os projetos práticos na área da condução autónoma, nomeadamente a colaboração com a DB Schenker em testes de platooning, e o veículo de segurança autónomo para áreas de construção em autoestrada, aFAS. Este último, que foi desenvolvido em colaboração com a Hessen Mobil e outros parceiros, impressionou tanto o júri do International Truck of the Year com o aumento da segurança que oferece aos trabalhadores das autoestradas, que conquistou o prémio de Truck Innovation Award, atribuído pela primeira vez no Salão de Veículos Comerciais de Hannover deste ano.

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A participação da Iveco nesta edição do Salão de Hannover foi subordinada ao tema das baixas emissões e, por esse motivo, a marca italiana optou propositadamente por não ter veículos diesel no seu stand. A Iveco tem apostado fortemente em soluções alternativas e aproveitou este evento para dar a conhecer a sua oferta ao nível do gás natural veicular e elétrica. Como a abordagem da Iveco no domínio dos transportes sustentáveis se estende igualmente ao apoio ao desenvolvimento das infraestruturas de reabastecimento, a Shell também se associou à marca italiana neste evento, já que ambas as empresas estão convencidas de que a descarbonização dos transportes exige uma gama completa de combustíveis e tecnologias. A Shell também aproveitou para anunciar a abertura de uma estação de serviço de gás natural veicular em Hamburgo, que tem capacidade para abastecer cerca de 200 camiões por dia. Em termos de produto, o principal destaque era o Iveco Stralis NP 460, que está vocacionado para o transporte de longo curso e oferece uma autonomia de até 1200 quilómetros na versão GNL com dois depósitos. Este veículo pode funcionar a gás natural comprimido, numa combinação de gás natural comprimido e gás natural liquefeito, ou apenas com este último combustível.



SALÃO

HANNOVER

MAN LION’S CITY E12 ESTREIA ELÉTRICA O primeiro autocarro elétrico da MAN começa a ser produzido no segundo semestre de 2020 e oferece uma autonomia mínima de 200 quilómetros. A MAN Truck & Bus acredita que o futuro do transporte público urbano de passageiros será eletrificado e as suas previsões apontam para que, em 2030, 66% da operação seja assegurada por autocarros elétricos. Para acompanhar esta tendência, a marca alemã apresentou no Salão de Hannover o seu primeiro autocarro totalmente elétrico, que estará disponível comercialmente como MAN Lion’s City E. Este veículo será proposto em versões standard de 12 metros e articulada de 18 metros. O design exterior do MAN Lion’s City foi ligeiramente alterado para sublinhar o caráter elétrico deste novo veículo. A caraterística mais significativa é a ausência do compartimento do motor na parte traseira e a instalação das baterias no teto, o que permitiu libertar mais espaço para lugares sentados nessa parte. A MAN optou por instalar apenas um motor central para a propulsão do seu autocarro elétrico (no eixo traseiro) ou dois na versão articulada (no segundo e terceiro eixos). A marca refere que esta solução facilita o

acesso a este componente em relação à solução da colocação nos cubos das rodas. A propulsão elétrica tem potências de 160 kW ou 270 kW, na versão de 12 metros. A energia utilizada pelo propulsor está armazenada numa bateria modular que tem capacidade de 480 kWh na versão standard e de 640 kWh na articulada. A autonomia mínima anunciada é de 200 quilómetros, podendo atingir os 270 quilómetros em condições mais favoráveis. As baterias são carregadas num ponto de carga rápido CCS na estação de recolha. O autocarro de 12 metros pode carregar por completo em menos de três horas,

enquanto no articulado de 18 metros essa operação não chega a durar quatro horas. Um estudo da MAN efetuado junto de 200 operadores europeus indica que a disponibilidade operacional e um serviço sem interrupções é mais importante que uma autonomia ilimitada, sobretudo numa altura em que a tecnologia das baterias evolui a um ritmo muito rápido. O carregamento fora das horas de ponta permitirá aos operadores beneficiar de uma gestão inteligente do carregamento e de preços de eletricidade mais favoráveis, aumentando a eficiência da operação elétrica, em especial a nível dos custos.

MERCEDES-BENZ CITARO HYBRID AUTOCARRO DO ANO O Mercedes-Benz Citaro Hybrid foi eleito “Autocarro Urbano Internacional do Ano de 2019”. O autocarro da marca alemã venceu um teste comparativo, superiorizando-se à concorrência em domínios como a economia, a inovação, a qualidade e a utilização. A disponibilização da nova tecnologia em associação com um motor diesel ou a gás natural foi um factos destacados pelos membros de um júri constituído por um painel de jornalistas da imprensa especializada europeia. Com esta tecnologia, o consumo dos motores de combustão da Mercedes-Benz diminuiu cerca de 8,5%, permitindo aumentar a sua eficiência e diminuir os custos de utilização. O modo de funcionamento do sistema híbrido é muito simples: quando o autocarro desacelera, o motor elétrico adicional funciona como alternador e transforma a energia regenerada em energia elétrica, que é armazenada em supercondensadores. Aquela energia pode ser depois utilizada pelo autocarro para arrancar. O motor elétrico desenvolve uma potência de 14 KW e um binário de 220 Nm.

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SCANIA INTERLINK MD OPÇÃO GNL

VOLVO BUSES 7900 ELECTRIC HYBRID REDUÇÕES ATÉ 75% No âmbito da sua estratégia de eletromobilidade, que compreende uma gama constituída por autocarros híbridos, híbridos plug-in e elétricos, uma das soluções propostas pela Volvo Buses é o modelo 7900 Electric Hybrid. A sua tecnologia híbrida plug-in permite reduzir o consumo de combustível e as emissões de dióxido de carbono até 75%, em comparação com um autocarro urbano diesel convencional. O consumo total de energia é reduzido em 60%. O Volvo 7900 Hybrid oferece uma elevada flexibilidade para garantir a máxima disponibilidade operacional. O autocarro pode operar em modo elétrico em zonas selecionadas e o pequeno motor diesel serve como extensor de autonomia no resto da carreira. A bateria demora entre três a seis minutos a carregar com a utilização do sistema “OppCharge”, que envolve a utilização de uma catenária no teto e de um ponto de carregamento dedicado. O autocarro é disponibilizado ao cliente em regime de aluguer operacional completo, ficando a marca responsável pela manutenção de todo o veículo e da bateria. A Volvo Buses já forneceu autocarros deste modelo a várias cidades europeias, incluindo Hamburgo e Göttingen, na Alemanha, Namur, na Bélgica, cidade do Luxemburgo e Inowroclaw, na Polónia. No total, a Volvo já vendeu mais de 4000 autocarros eletrificados em todo o Mundo.

A Scania apresentou o primeiro autocarro de turismo e longo curso, InterLink MD, que utiliza gás natural liquefeito (GNL) e oferece uma autonomia até mil quilómetros entre reabastecimentos. Com um comprimento de 13 metros e lotação para 53 lugares sentados, a unidade exposta no stand da marca sueca estava equipada com motor de cinco cilindros em linha de nove litros, a desenvolver uma potência de 320 cv e um binário de 1500 Nm. A transmissão é assegurada por um caixa de velocidades automatizada Scania Opticruise. O EBS, o controlo de tração, o ESP, o ACC com Active Prediction, o auxiliar de manutenção na faixa de rodagem e o sistema de travagem de emergência estão incluídos na dotação de série. A utilização do GNL tem um potencial de redução de 20% das emissões de dióxido de carbono, diminuindo ainda substancialmente as emissões de NOx e de partículas. O nível de ruído também é inferior. Se for utilizado biogás liquefeito, as reduções nas emissões de dióxido de carbono podem chegar aos 90%.

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NOTÍCIAS

COMERCIAIS

MITSUBISHI L200

EDIÇÕES DE 40.º ANIVERSÁRIO

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ara assinalar o 40.º aniversário da gama L200, a Mitsubishi lançou duas novas edições especiais, que receberam as designações Strakar Sport e Strakar Extreme. Ambas estão equipadas com o motor 2.4 DI-D MIVEC com 181 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidades e ao sistema de Tracção Super Select 4WD-II. A Mitsubishi L200 Strakar Sport é baseada na versão de Cabina Dupla, face à qual sobressai pela inclusão de equipamento de conforto e de estilo, conferindo desde logo um tom mais desportivo e exclusivo. Entre os equipamentos específicos destaque para as aplicações exteriores a preto, designadamente a grelha do radiador, a proteção inferior dianteira, anéis dos faróis de

nevoeiro, abas laterais, jantes de 17”, espelhos retrovisores com indicadores de mudança de direcção, puxadores exteriores, estribos laterais e para-choques traseiro. A dotação de série inclui ainda pneus BF Goodrich AT 245/65 R17, forra da caixa, rollbar preto, bancos dianteiros exclusivos em pele com o logo “STRAKAR” bordado, tapetes de borracha, badge “Sport” no exterior e no interior do veículo, faróis bi-xénon com luzes diurnas em LED e acesso sem chave. Por sua vez, a Mitsubishi L200 Strakar Extreme tem por base a Cabina Club e distingue-se pela sua decoração bicolor, em que a presença de aplicações laranja são uma constante. O equipamento desta versão especial, numerada e

limitada, compreende a grelha do radiador e jantes de 17” de 6 raios duplos bicolor preto/ /laranja mate, defletor de capot, anéis dos faróis de nevoeiro e espelhos retrovisores com indicadores de mudança de direcção em laranja mate, proteção inferior frontal, abas laterais e estribos laterais e pára-choques traseiro em cinza aço mate, pneus BF Goodrich AT 265/65 R17, proteção antiderrapante da caixa de carga com ganchos de fixação em laranja, rollbar duplo preto com aros laranja, barras longitudinais na caixa de carga. A Strakar Cabine Dupla Sport está disponível a partir de 36.005 € e 43.705 € (3 lugares e 5 lugares, respectivamente), custando a Strakar Extreme 34.205 € (IVA incluído). /

LEASEPLAN

PARCERIA COM SAIC COMERCIAIS ELÉTRICOS

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o domínio da transição para frotas com emissões zero, a LeasePlan Corporation e a SAIC Mobility Group assinaram um memorando de entendimento para trazer o primeiro veículo comercial ligeiro de grandes dimensões do construtor chinês para a Europa, acelerando a mudança para a mobilidade com emissões zero junto dos utilizadores de comerciais ligeiros. Ao abrigo desta parceria exclusiva, a LeasePlan irá disponibilizar soluções de leasing operacio-

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nal para o comercial ligeiro elétrico Maxus da SAIC na Europa Continental. O acordo abrange o modelo Maxus EV80, assim como novas versões. O Maxus EV80 é o primeiro comercial ligeiro da SAIC que pode ser disponibilizado em grande escala e tem um custo total de utilização semelhante ao de um comercial da mesma tipologia com motor de combustão interna. O Maxus EV80 foi apresentado na Europa durante o último Salão de Veículos Comerciais de Hannover.


FORD

STREETSCOOTER WORK XL AVANÇA

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om base no chassis de dimensões médias da Transit, produzido na fábrica da joint-venture Ford Otosan, na Turquia, a Ford iniciou a produção de furgão elétrico StreetScooter Work XL da Deutsche Post, na sua sede europeia em Colónia, na Alemanha. O veículo possui uma cadeia de tração elétrica e bateria, numa carroçaria desenhada e construída de acordo com as especificações da StreetScooter. O Work XL é o maior furgão de distribuição do portefólio da StreetScooter, com um volume de carga de 20 m3 , espaço para mais de 200 embalagens e uma carga útil de 1275 kg. A Ford vai dotar o furgão com uma gama de diferentes motores eléctricos e baterias de iões de lítio, com potências até 90 kW (122 cv) e um binário de 276 Nm. Contando com baterias que podem ir até aos 76 kWh de capacidade, o WORK XL tem até 200 km de autonomia. Comparado com modelos a gasóleo, cada furgão elétrico proporciona uma redução anual de cinco toneladas nas emissões de CO2, e a poupança de 1900 litros de combustível. A Deutsche Post DHL vai utilizar o Work XL para apoiar o seu serviço urbano de entregas

VENDIDAS DEZ MIL MAN TGE

de encomendas na Alemanha, estando a ser equacionada o fornecimento deste modelo a outros clientes. A produção diária é de 16 unidades e envolve cerca de 180 funcionários divididos por dois turnos. A capacidade de produção anual é de 3500 unidades.

NOVA IVECO DAILY 4X4

BOSCH

SERVIÇO DE COMERCIAIS PARTILHADOS

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Bosch vai lançar um novo serviço de aluguer de veículos comerciais elétricos partilhados em parceria com a toom, uma subsidiária da cadeia de retalho alemã Rewe. A partir de dezembro de 2018, este serviço será testado em cinco lojas de ferragens e construção, onde existe procura de furgões para o transporte de compras pesadas e volumosas. Na Alemanha, um em cada dez carros partilhados é elétrico. No seu programa de carsharing de comerciais, a Bosch optou exclusivamente por veículos eletricos. “A condução elétrica é ideal para a mobilidade urbana, quer seja no tráfego de distribuição nos centros urbanos, quer seja na mobilidade individual nas grandes cidades”, afirma Rainer Kallenbach, presidente da divisão de Connected Mobility Solutions da Bosch. O novo serviço vai ser disponibilizado inicialmente na Alemanha em cinco lojas nas cidades de Berlim, Frankfurt, Leipzig, Troisdorf e Freiburg. Nestes locais existem pontos de carregamento para comerciais elétricos pequenos, que são da StreetScooter. A Bosch

As vendas do primeiro comercial ligeiro da MAN, o TGE, já atingiram as dez mil unidades. O marco histórico foi registado no penúltimo dia do Salão de Hannover, com a encomenda de dez unidades do furgão de mercadorias 3.180 pela empresa de distribuição de bebidas Splendid Drinks Deutschland. Um desses veículos será a décima milésima unidade desta gama produzida na fábrica de Wrzesnia, na Polónia. A empresa utiliza estes furgões para distribuição de bebidas aos seus clientes na chamada última milha.

A Iveco lançou a nova geração da Daily 4x4 que, pela primeira vez, é proposta em versões chassis-cabina, furgão, chassis de autocarro e cabina dupla. A gama inclui variantes com pesos brutos de 3500 kg, 5500 kg e 7000 kg, com opções de rodado traseiro simples ou duplo. Este modelo recebe um motor diesel Iveco de 3,0 litros com 180 cv. Os clientes podem escolher uma caixa manual de 12 velocidades ou uma transmissão automatizada de 16 relações. Os sistemas ABS e o ESP foram otimizados para estes veículos de tração integral.

é um dos fornecedores dos componentes da cadeia cinemática daqueles veículos. A multinacional alemã acredita que os veículos comerciais elétricos partilhados têm potencial em outras áreas para além do setor das ferragens e construção, designadamente em lojas de mobiliário, supermercados ou lojas de eletrodomésticos e equipamentos eletrónicos.

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APRESENTAÇÃO

OPEL COMBO

FUNCIONAL E TECNOLÓGICO Apoiada na sua nova família francesa do Grupo PSA, a Opel refez por completo o furgão Combo e dispõe agora de uma oferta cheia de argumentos, com um lado de grande funcionalidade complementado com elementos de raro avanço tecnológico no segmento

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TEXTO SÉRGIO VEIGA

Opel está já em fase de lançamento do novo Combo, com todos os detalhes prontos para as encomendas, estando as primeiras entregas previstas para o final deste ano. Trata-se de um furgão compacto totalmente novo, feito em conjunto com os novos “irmãos” franceses do Grupo PSA, o Peugeot Partner e o Citroën Berlingo. Numa primeira fase, os Opel serão produzidos na unidade de Vigo mas é provável que, na normal vida do modelo, acabem também por ser feitos na fábrica da PSA de Mangualde. Para já, a vida do novo Opel Combo começará apenas com a versão curta (4,40 m de comprimento), ficando a de 4,75 m para o início de 2019. E as primeiras entregas acontecerão

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ainda este ano, durante o mês de dezembro, ou seja, alguns dias antes da alteração da regulamentação das portagens que o passará de Classe 2 para Classe 1, desde que equipado com Via Verde. Também se iniciará com as duas variantes menos potentes (75 e 100 cv) equipadas com o motor turbodiesel de 1,6 litros, ficando para mais tarde a sua substituição pelos mais modernos 1.5, embora exatamente com as mesmas potências. O 1.5 Turbo D é usado na versão de topo do Combo, com 130 cv e a opção de caixa manual de 6 velocidades ou automática de 8. Foi esta motorização com a caixa manual que pudemos guiar pelas sinuosas estradas da serra de Sintra, com o Combo artificialmente carregado com um peso de 250 kg. Que não lhe fez qualquer impressão, com o furgão da Opel a ter um desempenho dinâmico particularmente entusiasmante, não só em termos de

prestações – acelera até aos 100 km/h em 9,8 s e recupera de 80 a 120 km/h, em 5.ª velocidade, em 9,3 s – mas em especial em segurança de utilização. O comportamento do eixo dianteiro, sempre muito agarrado à estrada e sem sinais de escorregar, impressionou-nos num carro deste tipo. Mas os atributos que mais importam no Opel Combo não estão propriamente no seu dinamismo, antes na economia – consumo médio de 4,3 l/100 km nesta versão – e, sobretudo, na sua funcionalidade. Neste aspeto, o Combo por agora à venda pode ser o curto, mas o espaço interior para carga é bem generoso: 3,3 m3 de volume de carga para uma capacidade de 650 kg; comprimento de 1,781 m do compartimento de carga e largura entre cavas de rodas de 1,129 m, o que permite transportar duas europaletes; a altura do compartimento de carga é de 1,236 m; e, para melhorar a funcionalidade, o plano


FUNCIONAL O habitáculo do novo Opel Combo pode até ser confortável mas destaca-se pela sua funcionalidade, com a manete da caixa bem "à mão", muitos espaços de arrumação e prático ecrã tátil

de carga é bastante baixo, estando a apenas 580 mm do solo, a que se acede por duas portas de abertura assimétrica que se juntam às duas portas laterais deslizantes. Tem ainda seis olhais de fixação no piso, podendo em opção receber mais quatro nos painéis laterais. Em Portugal o Opel Combo estará disponível nos níveis de equipamento Essentia e Enjoy, tendo este último, de série, três lugares à frente, ar condicionado, travão de estacionamento elétrico, sensores de estacionamento e sistema de infoentretenimento com ecrã tátil de 8’’ e compatibilidade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Nesta versão com três lugares à frente, uma abertura na antepara da separação de carga permite que se transportem objetos de comprimento até 3,09 m. E há ainda a possibilidade de abrir a escotilha no tejadilho para o caso de objetos longos. Por fim, este Combo tem inúmeros

TODA A GAMA OPEL COMBO VERSÃO CV PREÇO 1.6 TURBO D ESSENTIA...............................75.......................... 20.310 € 1.6 TURBO D ENJOY......................................75.......................... 22.260 € 1.6 TURBO D ESSENTIA...............................100........................ 21.110 € 1.6 TURBO D ENJOY......................................100........................ 22.060 € 1.5 TURBO D ENJOY......................................130........................ 24.460 € 1.5 TURBO D ENJOY CX. AUT. AT8...........130........................ 26.760 €

espaços de arrumação, até à frente do condutor, e alguns opcionais interessantes, como uma mesa rotativa que se pode montar sobre a consola central. Invulgar neste tipo de veículos comerciais é o nível tecnológico das ofertas de auxílio à condução, com sistema de manutenção na faixa, alerta de fadiga do condutor, “head-up display”, alerta de colisão dianteira com deteção de peões e travagem autónoma (funciona acima dos 5 km/h), reconhecimento de sinais de velo-

cidade, sensores de flanco (abaixo de 10 km/h), alerta de ângulo cego (acima de 17 km/h) ou o controlo de tração IntelliGrip. Alguns destes dispositivos são opcionais, como, no próximo ano, o Surround Rear Vision (que melhora a visão traseira), um prático indicador de excesso de carga e um “cruise control” automático. Aí a gama Opel Combo ficará na sua máxima força, até pela adição da versão longa, de 4,75 m de comprimento, com 4,4 m3 de volume de carga para uma capacidade total de 1000 kg. /

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PICK-UP

NISSAN NAVARA CD 4X4 N-CONNECTA VS TOYOTA HILUX CD 4X4 CHALLENGE

LINHAGEM DE SUCESSO 24

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Modelos históricos entre as pick-up, Nissan Navara e Toyota Hilux mantêm vocação para o trabalho e aptidões para fora de estrada, mas modernizaram-se à imagem dos SUV. Neste frente a frente, esgrimem argumentos TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

oferta do segmento das pick-up tem vindo a aumentar, com a entrada de novos concorrentes no mercado. O que obrigou alguns dos históricos a desenvolver novos argumentos para se manterem competitivos. Duas das marcas históricas desta categoria são a Nissan e a Toyota, com os modelos Navara e Hilux, respetivamente. Ambos beneficiam da longa tradição dos construtores no segmento, de 80 anos no caso da Nissan e de 50 no da Toyota, o que se traduz em características reconhecidas pelo mercado como a robustez, a fiabilidade e a possibilidade de acederem a locais onde veículos convencionais dificilmente conseguem chegar, graças à maior distância ao solo e à possibilidade de utilização de tração integral. A Toyota tem sido líder de mercado no segmento das pick-up desde 2013 e, no ano passado, atingiu uma taxa de penetração de 38,7%. Em 2018, e em resultado do concurso público para o fornecimento de pick-up ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas perdeu a liderança para a Mitsubishi L200. Para este frente a frente temos como protagonistas a Nissan Navara Cabina Dupla 4x4 N-Connecta e a Toyota Hilux Cabina Dupla 4x4 Challenge. Ambas possuem cabina dupla, caixa aberta e tração integral. O comprimento exterior é semelhante, 5,3 metros, embora a Navara apresente uma distância entre-eixos ligeiramente superior (3,15 metros contra 3,08 metros da Hilux). Em termos de imagem exterior, ambas procuram uma aproximação ao universo dos SUV, embora isso seja mais acentuado na Navara que na Hilux, que mantém mais o aspeto de veículo de trabalho. A Navara foi concebida para transmitir um estilo global resistente, mas também desportivo, com uma mistura de superfícies convexas e côncavas. A grelha em V e as luzes de presença diurnas de LED em forma de “boomerang” transmitem aspetos de “design” distintivos dos SUV da Nissan. Os faróis de nevoeiro também são de série, assim como os degraus laterais. A Hilux, por sua vez, herdou o estilo “Keen Look”, com o seu desenho unificado da grelha superior e dos faróis com aspeto resistente, e um poderoso pára-choques que alberga a ampla grelha inferior. A versão ensaiada, Challenge, estava ainda equipada com acessórios exclusivos em preto: proteção frontal, proteção interior da

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PICK-UP

caixa de carga, alargadores, degraus laterais e decoração alusiva a esta série especial. Passando ao interior das cabinas verifica-se que também houve uma preocupação de ambas as marcas em proporcionar um ambiente que combinasse versatilidade, conforto e o equipamento de um SUV. Algo que foi, de novo, mais conseguido na pick-up da Nissan do que na da Toyota, uma vez que a Navara disponibiliza alguns equipamentos tecnológicos que remetem para os seus SUV, enquanto a Hilux Challenge se baseia na versão de trabalho da gama. EQUIPAMENTO No nível de equipamento N-Connecta, a pick-up da Nissan oferece, entre outros, chave inteligente com botão de ignição, sistema Start/ Stop, computador de bordo, faróis automáticos, vidros traseiros elétricos, ar condicionado “Dual Zone”, retrovisor fotossensível, câmara de visão de 360º e sistema N-Connect – ecrã tátil antirreflexo de alta resolução integrando, entre outras funções, sistema de navegação por satélite em 3D e ligação Bluetooth. Na Hilux Challenge, por sua vez, o nível de equipamento não é tão sofisticado, contando com ar condicionado manual, faróis automáticos, fecho centralizado de portas com comando, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de nevoeiro, banco do condutor aquecido, sensores de estacionamento e um “tablet” monocromático na consola central que permite aceder aos comandos do rádio e estabelecer uma ligação Bluetooth com um “smartphone”, dispondo ainda de uma entrada USB. O painel de instrumentos também possui um ecrã monocromático, permitindo aceder à informação do computador de bordo através de comandos no volante. A Toyota propõe uma versão mais equipada da Hilux 4x4, denominada Invincible 50 para assinalar o meio século da sua pick-up, que já inclui sistema multimedia Toyota Touch2, painel de instrumentos com ecrã a cores, câmara auxiliar traseira, cruise control, volante em pele (mais pormenores sobre esta versão na página 29). Quer a Navara, quer a Hilux disponibilizam um amplo espaço na cabina e um interior cuidado, onde a qualidade dos materiais utilizados está acima de qualquer suspeita. Em ambos os casos, a correta posição de condução obtém-se facilmente graças às possibilidades de regulação do banco e do volante. A posição de condução é, como seria de esperar, elevada e a visibilidade excelente, graças às generosas dimensões dos espelhos exteriores. CAIXA DE CARGA Igualmente importante numa pick-up é a caixa de carga, capítulo em que se regista ligeira vantagem da Hilux. Ambas oferecem um comprimento de 1,57 metros, mas a caixa da Hilux é mais larga, com 1,64 metros contra 1,41 metros

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da sua concorrente. Em termos de altura interior, ambos os veículos apresentam valores semelhantes: 48 cm na Hilux e 47,4 cm na Navara. Ainda no que se refere à caixa de carga, a Hilux Challenge possui um revestimento interior preto e olhais de fixação para a mercadoria. A Nissan Navara não dispõe de revestimento do compartimento de carga, mas conta com um sistema de calhas e grampos, denominado C-Channel, que oferece elevada flexibilidade na fixação da mercadoria, evitando que deslize ao longo da traseira ou chegue a saltar. Relativamente às capacidades de carga, a Nissan Navara Cabina Dupla 4x4 foi homologada com peso bruto de 3035 kg e tem 2078 kg de tara, o que significa que pode transportar quase uma tonelada. Já a Toyota Hilux Cabina Dupla 4x4 apresenta peso bruto superior (3210 kg) e pesa 2180 kg em vazio, pelo que a capacidade de carga ultrapassa a tonelada. O maior peso em vazio da Toyota explica-se pelo reforço do chassis com aço de alto limite elástico. Quanto à capacidade de reboque com travões, a Navara anuncia 3500 kg, enquanto na Hilux esse valor é de 3200 kg.

CAIXAS DE CARGA Ambas as "pick-up" têm práticas caixas de carga, de igual comprimento, mas a da Toyota acaba por ser mais ampla, pela sua maior largura. Os habitáculos estão muito mais próximos de SUV do que de carros de trabalho


Em termos de utilização em fora de estrada, a pick-up da Nissan tem um ângulo de ataque de 30,4º, de saída de 22,5º e ventral de 22,2º. A altura mínima ao solo entre eixos é de 22,3 centímetros. A pick-up da Toyota, por sua vez, oferece um ângulo de ataque semelhante (31º), mas melhor na saída (26º). A altura mínima ao solo também é superior na Toyota (29,3 cm), pelo que os estribos laterais dão uma preciosa ajuda no acesso ao habitáculo. MECÂNICA No capítulo mecânico, os protagonistas deste confronto contam com avançadas e potentes motorizações diesel que cumprem a norma de emissões Euro 6 com adição de AdBlue. A Nissan Navara recebeu um bloco de 2,3 litros que debita 190 cv, com 450 Nm de binário entre as 1500 e as 2500 rpm. Em combinação com a caixa manual de seis velocidades, este propulsor garante elevada agradabilidade de utilização, não obstante um peso em vazio de duas toneladas. A Toyota Hilux, por sua vez, recebeu um novo propulsor de 2,4 litros, que

oferece uma potência de 150 cv. Graças a uma curva de binário ampla e flexível, com um máximo de 400 Nm, o motor também é agradável de utilizar. A aceleração faz-se de forma célere, mesmo a partir de baixas rotações. Em ambos os casos, o engrenamento da marcha atrás poderia ser mais preciso, embora possa ser uma questão de habituação, problema mais notório na Nissan que na Toyota. Em termos de consumos, a Nissan Navara destaca-se pela positiva, sendo possível obter valores abaixo dos 7,0 l/100 km em estrada em condições normais de utilização e de 7,7 l/100 km em autoestrada, a velocidade estabilizada de 120 km/h. A marca anuncia uma média combinada de 6,9 l/100 km. A Toyota Hilux, por seu lado, apesar da menor potência do motor, apresenta sempre um consumo mais elevado que, no caso da versão Challenge, se situou nos 9,6 l/100 km. A explicação pode residir no maior peso em vazio e também na utilização de pneus mistos, que podem dar-lhe um ar mais agressivo de todo-o-terreno e oferecer mais aderência

em fora de estrada, mas são penalizadores em termos de consumo. Com pneus de estrada na versão Hilux Invincinble 50, o computador apresentou valores de 8,6 l/100 km, mesmo assim superior aos 7,0 l/100 km anunciados pela marca. Ambos os veículos contam com sistemas de tração integral que permitem circular em 4x2, 4x4 e 4x4 “baixas”, bastando rodar um manípulo para passar de duas para quatro rodas motrizes. Em termos de ajudas eletrónicas à condução, ambos têm controlo de assistência em subida, controlo de tração e controlo de assistência em descida, podendo ainda bloquear-se os diferenciais. No que se refere às ligações ao solo, a Navara recebeu suspensões multibraços e molas helicoidais no eixo traseiro, que garantem uma melhor digestão das irregularidades do piso. A Hilux mantém o esquema tradicional de eixo rígido de lâminas, para não sacrificar a capacidade de carga: para a Toyota, uma pick-up é sempre um veículo de trabalho com uma capacidade de carga mínima de uma tonela-

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PICK-UP

da. Para outras utilizações mais orientadas para o lazer, a marca tem no seu portefólio propostas como o RAV4 ou o Land Cruiser. CONCLUSÃO Vocacionadas para o mercado do trabalho, a Nissan Navara N-Connecta e a Toyota Hilux Challenge reúnem todos os argumentos necessários para transportar equipas de trabalho e mercadorias por más estradas ou até mesmo quando estas… não existem. Ambas mantêm a tradição das suas antecessoras em termos de robustez, fiabilidade e capacidade de car-

AMBOS OS VEÍCULOS CONTAM COM SISTEMAS DE TRAÇÃO INTEGRAL QUE PERMITEM CIRCULAR EM 4X2, 4X4 E 4X4 “BAIXAS”, BASTANDO RODAR UM MANÍPULO PARA PASSAR DE DUAS PARA QUATRO RODAS MOTRIZES ga, mas agora estão mais equipadas e com uma imagem que se aproxima da dos SUV. A pick-up da Nissan oferece equipamento mais completo, motorização mais potente e menores consumos, sendo proposta por 43.375 €. A Toyota Hilux Challenge tem um aspeto mais

robusto e oferece uma suspensão mais adequada para transportar cargas mais pesadas, estando disponível por 43.607 €, valor que inclui 1803 euros relativos a opções presentes na unidade ensaiada como o tejadilho de cor preta, pneus BF Goodrich AT e gancho de reboque. /

NISSAN NAVARA CD 2.3 DCI 190 CV N-CONNECTA

TOYOTA HILUX CD 2.4 D-4D 150 CV CHALLENGE

PREÇO 43.735 € MOTOR 4 cil; 2298 cc; 190 cv; 3750 rpm BINÁRIO 450 Nm TRANSMISSÃO 4WD, 6 Vel. Man. PESO 2078 kg COMP./LARG./ALT. 5,33/1,85/1,81 CONSUMO 6,9 (7,7 l/100 km) EMISSÕES 183 G/KM IUC 53,00 €

PREÇO 43.607€ MOTOR 4 cil.; 2.393; 150 cv; 3400 rpm BINÁRIO 400 Nm TRANSMISSÃO 4WD; 6 vel Man PESO 2180 kg COMP./LARG./ALT. 5,33/1,85/1,81 CONSUMO 7,0 (9,6*) L/100 km EMISSÕES 185 G/KM IUC 53,00 €

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EQUIPAMENTO Chave inteligente com botão de ignição, computador de bordo, sistema Start/Stop, faróis automáticos, vidros traseiros elétricos, ar condicionado “Dual Zone”, retrovisor fotossensível, câmara de visão de 360º e sistema N-Connect, que consiste num ecrã tátil antirreflexo de alta resolução, integrando, entre outras funções, sistema de navegação por satélite em 3D, ligação Bluetooth, estribos laterais, espelhos exteriores e faróis em cromado, vidros traseiros escurecidos, jantes de liga leve de 18” com pneus 255/60 R18.

CONSUMO EQUIPAMENTO MARCHA ATRÁS

EQUIPAMENTO Ar condicionado manual, faróis automáticos, fecho centralizado portas com comando, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de nevoeiro, banco do condutor aquecido, sensores de estacionamento e um tablet monocromático na consola central, proteção frontal, proteção interior da caixa de carga, alargadores, degraus laterais e decoração alusiva a esta série especial, pneus BF Goodrich 265/65 R17, tejadilho de cor preta e gancho de reboque

ROBUSTEZ MOTOR CONSUMO EQUIPAMENTO


ENSAIO

TOYOTA HILUX 4X4 INVINCIBLE 50

TOYOTA HILUX CD 2.4 D-4D 150 CV INVINCIBLE 50

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO Uma das versões mais equipadas da gama Hilux 4x4 de cabina dupla passou a ser a Invincible 50, que assinala os 50 anos deste modelo… e da marca em Portugal

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TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

ara assinalar os 50 anos da marca em Portugal, a Toyota lançou uma nova versão da pick-up Hilux, denominada Invincible 50. Baseada na variante de lazer mais bem equipada, Tracker, distingue-se pelo “badge” alusivo ao meio século do modelo e conta com um conjunto de acessórios exclusivos em preto: proteção frontal, roll-bar, proteção interior da caixa de carga, alargadores e degraus laterais. A unidade ensaiada também recebeu a cobertura “full-box” com fechadura independente que torna a caixa de carga desta pick-up numa bagageira dimensões muito generosas, permitindo transportar quase todo o tipo de bagagens em perfeita segurança. O reverso da medalha traduz-se na difícil acessibilidade, especialmente se o objeto pretendido estiver

PREÇO 44.179€ MOTOR 4 cil.; 2.393; 150 cv; 3400 rpm TRANSMISSÃO 4WD; 6 vel Man PESO 2200 kg COMP./LARG./ALT. 5,33/1,85/1,81 CONSUMO 7,0 (8,7*) L/100 km EMISSÕES 185 G/KM IUC 53,00 € *As nossas medições

junto à parede da cabina, obrigando a subir para o compartimento de carga para o alcançar. Porque o ângulo de abertura da cobertura “full-box” também não facilita. O nível de equipamento é bastante completo, não faltando o painel de instrumentos com ecrã a cores, volante multifunções em pele que permite aceder ao computador de bordo, regular o sistema de som, assim como ligar/ desligar o cruise control. A dotação de série compreende ainda o ar condicionado manual, sistema multimedia Toyota Touch 2 e câmara auxiliar traseira. A nível mecânico, esta versão vem equipada com o motor diesel de 2,4 litros de 150 cv, que se revelou de agradável utilização, graças à disponibilidade do binário a baixos regimes. O consumo registado pelo computador de bordo foi de 8,7 l/100 km em condições normais de utilização, mas esta versão conta com pneus de estrada 265/65 R17. /

EQUIPAMENTO / QUALIDADE DE CONSTRUÇÃO ACESSIBILIDADE / BAGAGEIRA / PREÇO

EQUIPAMENTO

Ar condicionado manual, faróis automáticos, fecho centralizado portas com comando, vidros elétricos dianteiros e traseiros, faróis de nevoeiro, banco do condutor aquecido, cruise-control, ar condicionado manual, sistema multimedia Toyota Touch 2, sistema de navegação, câmara auxiliar traseira, proteção frontal, roll-bar, proteção interior da caixa de carga, alargadores e degraus laterais.

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PERSPETIVA

OPEL

SÉRGIO GONÇALVES COMMERCIAL VEHICLES MANAGER DA OPEL PORTUGAL

TEREMOS OFERTAS COMPETITIVAS A Opel pretende recuperar um lugar de destaque no mercado de comerciais ligeiros em Portugal e o lançamento do novo Combo vai permitir-lhe disponibilizar uma solução competitiva num segmento que representa metade das vendas TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

C

om a chegada do novo Combo, a Opel acredita ter condições para recuperar um lugar de destaque no mercado nacional dos veículos comerciais ligeiros que já liderou. “Pela primeira vez, vamos voltar a ter um produto competitivo, especialmente onde as condições comerciais são muito relevantes”, afirma Sérgio Gonçalves, Commercial Vehicles Manager da Opel Portugal. “Vamos conseguir chegar ao mercado com uma gama de veículos comerciais mais completa e com uma oferta mais vasta do que tínhamos no passado, o que permitirá chegar a outros clientes porque não tínhamos um produto adequado para as suas necessidades, nem condições tão competitivas”. O objetivo da marca, a médio e longo prazo, é ambicioso, uma vez que pretende tornar-se numa das três marcas mais vendidas no mercado nacional. Outro pilar importante é o segmento do Movano, em especial na área das transformações de veículos, que tem registado um crescimento importante. A Opel acabou de apresentar a nova gama Combo. Qual a importância deste lançamento?

O novo Combo vai permitir à Opel ter um produto competitivo e condições para fazer a diferença num segmento dos pequenos furgões que representa mais de 50% das vendas de veículos comerciais ligeiros. Este segmento tem registado um crescimento significativo nos últimos anos porque o próprio mercado de comerciais também conheceu uma alteração do modelo de negócio, pois assentava muito nas vendas de derivados de ligeiros. As ven-

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das concentram-se agora nos segmentos do Combo, do Movano e da Vivaro. Para algumas aplicações específicas, a Opel ainda disponibiliza o Corsa Van?

Este modelo ainda tem um peso superior a 50% nas nossas vendas de comerciais. O segmento tem dois “players” importantes que dominam 80% e acabam por ser as duas melhores ofertas. Com estas alterações fiscais a que temos assistido e com o WLTP, esse segmento acabará por perder expressão nos próximos anos. Neste momento vale menos de 7% do mercado de comerciais. Para a Opel ainda tem alguma importância porque não havia uma oferta competitiva neste segmento, que é o do Combo. Quais as expetativas da marca para a nova geração do Combo, modelo com um histórico importante no nosso país?

As expetativas são muito elevadas por ser o segmento mais importante nos veículos comerciais e porque tem um peso histórico muito importante para a Opel. Também é o segmento que apresenta maiores taxas de crescimento e aquele com maior potencial. Pela primeira vez, nos últimos anos, vamos ter um produto competitivo, especialmente num segmento em que as condições comerciais são muito relevantes. Quais são os pontos mais fortes desta nova proposta da Opel?

O novo Combo disponibiliza muitas soluções em termos tecnológicos para um segmento em que existem muitos compradores utilizadores. Privilegiamos muito a questão da própria funcionalidade da viatura, que apresenta um conjunto de caraterísticas que vão marcar a diferença em relação ao que se pratica hoje no segmento. Tem outra grande vantagem que é a


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PERSPETIVA

OPEL

TRANSFORMAÇÕES CERTIFICADAS Para responder às necessidades dos clientes em termos de carroçamentos de veículos em chassiscabina, mas não só, a Opel estabeleceu um conjunto de parcerias com empresas especializadas para disponibilizar soluções “chave na mão” e certificadas pela marca. Esse trabalho passou igualmente pela formação ministrada pelos próprios transformadores, com o objetivo de disponibilizarem às equipas comerciais um conjunto de ferramentas para que pudessem propor soluções específicas aos clientes e adequadas às suas necessidades. “Tivemos a preocupação de ter ‘stock’ disponível das versões chassiscabina do Movano – dimensões de carroçaria, rodado traseiro simples e duplo, tração dianteira e traseira, motorizações – para fazer face às necessidades do mercado que abrangesse a maior parte dos subsegmentos”,

refere Sérgio Gonçalves, Commercial Vehicles Manager da Opel Portugal. “Outra preocupação foi contarmos com parceiros de negócio que nos permitissem oferecer soluções que vão desde as transformações de caixas em madeira ou alumínio para o setor da construção até caixas frigoríficas para transporte de bens perecíveis”, acrescenta. “Fruto do crescimento das vendas online, as entregas ao domicílio, a pequena distribuição e restauração estão a aumentar, o que se traduz num aumento da procura de transformações. Por isso, apostamos nesses setores específicos para nos permitir ter uma oferta por antecipação para ir ao encontro dessa necessidade do mercado”, sublinha. Esta estratégia tem vindo a dar resultado com um “crescimento significativo” das vendas das versões chassis-cabina e o Movano tornou-se numa “opção nos vários subsegmentos existentes”.

versatilidade em relação à concorrência, pois é um dos poucos modelos da sua categoria que consegue transportar duas europaletes. Além das inovações que conseguimos trazer para o segmento, no âmbito da tradição da Opel na “democratização” da tecnologia, temos um produto ajustado às necessidades do mercado, incluindo os três lugares dianteiros, a versatilidade em termos de carroçarias, nas dimensões e na própria capacidade de carga. LANÇAMENTO DO COMBO PREPARADO HÁ JÁ DOIS ANOS Qual será o posicionamento do novo Opel Combo face aos principais concorrentes e num segmento onde a oferta é significativa?

Quando desenvolvemos o novo Combo, a nossa preocupação foi ter um produto que apresentasse caraterísticas que fossem de encontro às necessidades desta tipologia de clientes, mas também que tivesse condições comerciais competitivas neste segmento. Esse objetivo foi alcançado. Vamos conseguir estar neste segmento de forma muito competitiva com os principais concorrentes, sendo que dois deles estão dentro da nossa esfera. O nosso objetivo é um posicionamento entre os três primeiros e é para aí que vamos apontar numa estratégia de médio e longo prazo. Sabemos que o objetivo é ambicioso, mas acreditamos que temos condições para atingir esse patamar.

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NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, A ESTRATÉGIA DA OPEL PASSOU PELA CONSOLIDAÇÃO DA IMAGEM DA MARCA COMO UM “PLAYER” DE CREDIBILIDADE E CONFIANÇA JUNTO DOS CLIENTES

vo de garantir valor acrescentado aos clientes. A formação é essencial para fazer a diferença num mercado que se carateriza por uma utilização profissional das viaturas pelos clientes. Assim, tivemos de preparar as nossas equipas com a formação adequada para lidarem com os clientes e as suas necessidades. Nos últimos dois anos investimos bastante na formação da rede e disponibilizámos um conjunto de ferramentas aos concessionários para permitir o acesso à informação de forma mais rápida, eficaz e eficiente. Qual o balanço desse trabalho de preparação do lançamento do Combo?

GRANDE REFORÇO! O Combo, acabado de ser galardoado com o título "Comercial do Ano", será a "arma" de que a Opel precisava para atacar as posições cimeiras do mercado nacional de comerciais ligeiros

E que estratégia adotará a Opel para alcançar esses objetivos?

Já estamos a preparar o lançamento do Combo há dois anos e introduzimos um conjunto de medidas na nossa rede de concessionários para preparar a chegada do novo modelo. Queremos garantir de forma sustentada o nosso posicionamento no mercado. Este é um segmento que implica muita confiança e credibilidade junto dos clientes. Quais foram os principais pilares desse trabalho de preparação junto da rede?

A nossa estratégia assentou em três pilares – formação, ferramentas e disponibilidade de soluções para transformações – com o objeti-

Os resultados têm sido positivos, com um crescimento consolidado nos comerciais e em segmentos onde normalmente não estávamos. Como resultado, e agora que o novo Combo está a chegar ao mercado, sentimos que temos uma rede mais preparada para lidar com este lançamento em particular, mas também com tudo o que vem por acréscimo. Temos a noção de que o novo Combo nos permitirá abrir muitas portas onde não estávamos a conseguir entrar por falta de uma solução competitiva. Vamos estar mais preparados para dar continuidade à nossa estratégia e fazer a diferença no médio e longo prazo. Uma das apostas da marca é o cliente utilizador. Existe uma abordagem específica para o mercado frotista?

Os clientes empresariais são importantes, não só pelo volume, mas também pela visibilidade e credibilidade que dão à marca e ao produto. A Opel já tinha uma presença forte nos grandes clientes com outros segmentos de produto. Agora temos a noção de que vamos conseguir complementar a gama que conseguimos oferecer a esses clientes e vamos chegar a outros clientes. A nossa preocupação é ter uma oferta mais ajustada à sua realidade, não só em termos de produto, mas também de serviços associados. A MESMA QUALIDADE EM TODO O PAÍS Além do Combo, a gama da Opel inclui os modelos Movano e Vivaro. Qual tem sido a recetividade do mercado nacional a estas ofertas?

O segundo maior segmento de comerciais ligeiros em Portugal é aquele onde se insere o Movano e que tem registado um crescimento sustentado. Nos últimos dois anos, a Opel foi a marca que mais cresceu. Isso tem sido apoia-

do na estratégia que procura ter, além da formação adequada de um produto muito específico, uma oferta muito variada. Temos mais de 80 combinações possíveis para o Movano, que vão desde versões de chassis-cabina simples e dupla, furgões que vão desde o L1H1 até um L4H3. Há uma diversidade muito grande de oferta que obriga as equipas comerciais a estarem preparadas para lidar com o produto e as necessidades específicas dos clientes. Abrange um vasto leque de setores do tecido empresarial em Portugal e um conjunto alargado de transformações. E no que se refere ao Vivaro?

No caso do Vivaro, os concessionários têm procurado ter um stock variado em termos de carroçarias e motorizações porque esse fator é muito importante para este tipo de clientes, podendo ser decisivo para a aquisição. A aposta no Movano e no Vívaro tem dado resultados, com crescimentos significativos relativamente ao ano anterior, acompanhando a evolução positiva da economia e de alguns setores como a construção e o turismo. Igualmente importante na área dos comerciais é a assistência após-venda. Há concessionários Opel vocacionados para comerciais?

A rede da Opel tem uma dispersão significativa, não só a nível de concessionários de venda e após-venda, mas também de reparadores autorizados. Todos os concessionários da rede Opel estão autorizados a vender veículos comerciais. Toda a rede está preparada e formada no sentido de poder disponibilizar melhor serviço, quer da parte da venda, quer do após-venda para veículos comerciais e clientes profissionais. A Opel também procura garantir que o nível de serviço de após-venda é idêntico em todo o País. A nossa preocupação é que essa tipologia de cliente, que muitas vezes circula por todo o País, tenha um serviço com a mesma qualidade no Algarve, em Bragança, em Coimbra ou em Viseu. Estão previstas novas soluções para os grandes clientes?

Nos grandes centros estamos a desenvolver uma estratégia para ir de encontro às necessidades específicas das grandes frotas. No futuro breve queremos ter soluções ajustadas a essas grandes frotas que podem passar pela disponibilização de serviços adicionais ao “standard” da própria marca e passar a um próximo nível

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PERSPETIVA

OPEL

TODOS OS CONCESSIONÁRIOS DA REDE OPEL SÃO AUTORIZADOS A VENDER VEÍCULOS COMERCIAIS E ASSEGURAR SERVIÇOS DE APÓS-VENDA relativamente àquilo que são as necessidades específicas de uma frota de grande dimensão e com um parque circulante muito elevado. Ainda durante o ano de 2019 contamos disponibilizar centros de competências muito fortes nos grandes centros urbanos para responder às necessidades específicas de clientes frotistas de grande dimensão. Esses centros poderão ter horários alargados, serviços de recolha e entrega da viatura, veículos de substituição ajustados às necessidades específicas do cliente. O nosso objetivo é garantir que essa tipologia de clientes encontra na Opel um conjunto de soluções que façam a diferença face à concorrência. Quais são os objetivos de médio prazo da Opel no segmento dos veículos comerciais?

Os nossos objetivos são claramente de consolidação da Opel como um “player” importan-

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te nos veículos comerciais. Historicamente, a marca tem uma grande tradição e uma base muito alargada de clientes, que é uma das maiores a nível nacional. A Opel sempre foi um “player” muito importante nos veículos comerciais. Fruto de algumas limitações de oferta – ausência de três lugares dianteiros e alguma falta de competitividade – que tivemos no segmento do Combo, não conseguimos entrar em alguns clientes e atingir os volumes que pretendíamos. A nossa estratégia passou pela consolidação da Opel como um ‘“player” de credibilidade e confiança junto dos clientes. Com a chegada do novo Combo e a estratégia que temos de médio e longo prazo, acreditamos que vamos voltar a colocar a Opel como um dos principais ‘“players” do mercado nacional de veículos comerciais./

PACOTES “FLEX-CARE” A Opel criou pacotes específicos de após-venda, denominados “FlexCare”, ajustados às necessidades dos clientes profissionais, designadamente os grandes frotistas, oferecendo um conjunto de mais-valias para os tranquilizar em termos de uma gestão mais eficiente da sua frota, com custos controlados. Estes produtos de manutenção e extensão de garantia vão de encontro às diferentes realidades das frotas, incluindo quilometragens e gestão dos contratos, e asseguram uma relação mais direta do cliente com o próprio concessionário.



FROTA

POMBO BUS

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO A empresa Táxis Pombo de Mação foi alargando a sua atividade, do serviço de táxis aos alugueres e turismo, passando pelo transporte escolar. E criou uma marca própria vocacionada para o serviço de autocarros, a Pombo Bus TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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proveitar as oportunidades de negócio que vão surgindo é o lema de Manuel Barroca, sócio-gerente das empresas Táxis Pombo de Mação e da Pombo Bus, que desenvolvem atividade no setor do transporte de passageiros, disponibilizando serviços de táxi, transporte escolar, alugueres e turismo. Para o atual proprietário, tudo começou em 1973, quando entrou para a empresa como funcionário, onde permaneceu até ser chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. Quando regressou, em 1975, tomou conhecimento de que o então proprietário da Táxis Pombo de Mação tinha decidido vender a empresa. Manuel Barroca e outros três sócios aproveitaram a oportunidade de negócio e decidiram avançar para a aquisição. Nessa altura, a frota era constituída por quatro táxis, com praça em Mação. Com o decorrer dos tempos, os restantes três sócios foram vendendo as suas quotas, que foram sendo adquiridas pelo atual sócio-gerente. A frota de empresa também foi aumentando, dos quatro táxis iniciais para doze, incluindo dez que operam no concelho de Mação e os restantes no de Abrantes. A perda de população no interior do País – e os concelhos do Médio Tejo não foram exceção – teve um impacto direto na atividade da empresa Táxis Pombo de Mação, que teve de se adaptar à nova realidade e ir à procura de novas oportunidades de negócio. “O negócio do táxi, como o conhecemos, está falido”, afirma Manuel Barroca. “Antigamente existiam acordos com a Administração Regional de Saúde para o transporte de doentes em táxis. Essa era uma atividade que assegurava

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alguma sustentabilidade económica ao setor dos táxis fora dos grandes centros urbanos. Com a desertificação humana dos concelhos do Interior assistimos a uma quebra abrupta no número de pessoas que poderiam utilizar o serviço de táxi. Como deixou de haver pessoas, deixou de haver clientes pagantes”, sublinha o entrevistado. ALTERNATIVAS COMPLEMENTARES Esta alteração estrutural obrigou o empresário a diversificar a sua atividade e a procurar alternativas complementares ao negócio de táxi. Uma delas é o serviço de reboques para assistência em viagem. “Muitas vezes, as companhias de seguro também pedem um táxi para transportar as pessoas que são assistidas pelos reboques. Nós conseguimos garantir esse serviço, uma vez que temos carros de cinco lugares, assim como carrinhas de sete e nove lugares”, afirma Manuel Barroca. Para o serviço de assistência em viagem, a empresa dispõe de quatro reboques Mitsubishi Canter. No que se refere aos veículos de sete e nove lugares, a opção da empresa vai para os modelos Mercedes-Benz Vito, Volkswagen Transporter ou Volkswagen Caddy. “Uma viatura de sete lugares é tão económica como uma de cinco lugares e oferece uma bagageira maior, o que pode ser vantajoso se surgir um serviço de assistência em viagem em que seja necessário transportar mais passageiros do que num táxi normal e mais bagagens”, esclarece o responsável. A empresa dispõe ainda de uma viatura Volkswagen Caddy preparada para transporte de um passageiro de mobilidade reduzida. O veículo dispõe de uma rampa elevatória e de fixações para a cadeira de rodas. Caso não seja necessário pode ser utilizado como viatura normal e recupera dois lugares, uma vez que os bancos traseiros voltam à posição

CRESCIMENTO Há 43 anos que Manuel Barroca avançou para a compra da Táxis Pombo de Mação e, daí para cá, não mais parou de expandir a empresa para novas áreas e novos desafios


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FROTA

POMBO BUS normal (ficam encostados à “parede”, se for necessário transportar um passageiro em cadeira de rodas). TRANSPORTE ESCOLAR Uma nova oportunidade de negócio surgiu quando a Câmara Municipal de Mação decidiu concessionar os transportes escolares no concelho, lançando um concurso público com o respetivo caderno de encargos, que inclui todos os circuitos a serem realizados. “Concorremos e ganhámos porque apresentámos a melhor proposta”, afirma Manuel Barroca. Para assegurar o serviço, a Táxis Pombo de Mação começou por reforçar a sua frota com quatro furgões de passageiros, de sete e nove lugares, e um mini-autocarro. Após o primeiro concurso público de transporte escolar, a empresa foi ganhando outros concursos e também alargou a sua operação para os concelhos vizinhos de Vila do Rei, Abrantes, Sardoal e Gavião. “Na escola de Mação estudam alunos de outros concelhos que também têm de ser transportados”, sublinha o entrevistado. Atualmente este serviço é assegurado por uma frota de 20 veículos e de tipologias diferentes, incluindo táxis convencionais, táxis de sete ou nove lugares, miniautocarros de 19 lugares ou autocarros de 36 lugares. A tipologia de veículos utilizada no transporte escolar é otimizada em função do número de alunos a transportar em cada circuito que vem definido no caderno de encargos do concurso público. “A autarquia determina os circuitos, os horários e as frequências. Quem ganha os concursos tem de cumprir o que está estabelecido”, adianta o responsável. SURGE A POMBO BUS Como evolução do transporte escolar, a empresa começou a prestar serviços em autocarros e acabaria por criar uma marca própria, a Pombo Bus. “Tudo começou com uma parceria com a Rodoviária do Tejo e que passava pela operação de algumas carreiras de serviço público no concelho de Mação, com equipamentos fornecidos pelo detentor da concessão”, recorda Manuel Barroca, sócio-gerente da Táxis Pombo de Mação e da Pombo Bus. “Chegámos a operar três autocarros para a Rodoviária do Tejo. Agora é só um. Como já operava esses autocarros tive a oportunidade de também fazer uns alugueres. Fiz um contrato com a empresa e pagava um determinado valor ao quilómetro. Depois comecei a fazer serviços de alugueres ao fim de semana”. A evolução favorável desta atividade de alugueres levou a empresa a adquirir o seu primeiro miniautocarro de 36 lugares - um Mercedes-Benz Tourino -, não só para transporte escolar, mas também para alugueres. A empresa foi depois reforçando a frota com um Toyota

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“COMO PORTUGAL ESTÁ NA MODA E SE ASSISTE A UM GRANDE CRESCIMENTO NO TURISMO, DECIDIMOS REFORÇAR A NOSSA FROTA COM AUTOCARROS MAIORES (...) QUE SE DESTINAM A SERVIÇOS DE ALUGUERES, DESIGNADAMENTE PASSEIOS E EXCURSÕES”

Optimo e um MAN carroçado por Irmãos Mota. “Como Portugal está na moda e se assiste a um grande crescimento no turismo, decidimos reforçar a nossa frota com autocarros maiores, de 50 lugares. Há dois anos comprámos o primeiro, um Irizar i6s carroçado sobre chassis Mercedes-Benz e, no ano passado, adquirimos um segundo autocarro de turismo, também um Irizar i6s, mas integral, isto é, com carroçaria autoportante. Todo o equipamento interior foi escolhido por nós e isso é motivo de grande satisfação. Estes veículos destinam-se a serviços de alugueres, designadamente passeios e excursões. Trabalhamos com clientes diretos e agências de viagens. Temos realizado muitos serviços,


TRANSPORTE A PEDIDO Nas regiões de baixa densidade, uma das soluções para assegurar a mobilidade das populações mais carenciadas consiste na disponibilização de serviços de transporte a pedido, que só é realizado se for ativado previamente pelo passageiro. A convite da Rodoviária do Tejo, a Táxis Pombo de Mação participou no primeiro projeto deste tipo em Portugal, criado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. “Era necessária uma empresa que disponibilizasse veículos mais pequenos para a prestação desse serviço. A nossa cumpria esses requisitos. Começámos por participar num regime de prestação de serviços para a Rodoviária do Tejo. Mais tarde, aquela empresa abandonou o projeto e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo negociou diretamente connosco. Estivemos envolvidos no transporte a pedido durante dois ou três anos. Para a nossa empresa era uma atividade complementar porque temos táxis em quase todas as freguesias do concelho e, como também dispomos de outros veículos na frota, conseguíamos reunir os meios necessários

para prestar esse serviço”. O serviço de transporte a pedido é complementar às carreiras de serviço público, operadas pela Rodoviária do Tejo que detém a concessão nos concelhos do Médio Tejo. O serviço de transporte a pedido tem circuitos definidos e horários, mas só é realizado se até às 15h30 do dia anterior forem efetuadas reservas para um centro de atendimento telefónico. A principal vantagem consiste num tarifário inferior relativamente ao táxi, estando vocacionado para clientes com menores recursos económicos ou maiores dificuldades de mobilidade. A operação é normalmente assegurada por um táxi ou um veículo até nove lugares. “Este serviço permite o acesso das pessoas a vários serviços públicos – centros de saúde, escolas, centros de dia, segurança social – ou estações ferroviárias e rodoviárias com custos mais baixos”, explica Manuel Barroca. Na sequência do mais recente concurso público lançado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, o serviço foi atribuído a uma empresa concorrente, que apresentou o melhor preço.

quer em Portugal, quer no estrangeiro”, afirma Manuel Barroca. A aquisição da frota pode ser realizada com recurso a capitais próprios, crédito bancário ou leasing. “A opção depende do valor de aquisição, da disponibilidade de tesouraria ou das condições de crédito oferecidas pelos bancos ou pelas financeiras”. Apesar do crescimento do turismo e dos alugueres, a empresa não pretende aumentar a frota de autocarros, uma vez que tem dificuldade em encontrar motoristas para os conduzir. “Apesar de ser uma profissão de camisa e gravata, as pessoas têm de passar muito tempo longe da família e os jovens não querem isso”, refere o empresário. /

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NOVIDADES

MERCEDES-BENZ ACTROS

DA VISÃO À REALIDADE As quatro estreias mundiais e as mais de 60 inovações fazem do novo Mercedes-Benz Actros, o camião mais avançado da atualidade e o primeiro disponível, de fábrica, com condução autónoma de nível 2. Chega a Portugal em abril do próximo ano TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

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uitas das tecnologias de conectividade, digitalização e condução autónoma reveladas no protótipo Mercedes-Benz Future Truck, apresentado em 2014, foram aplicadas no novo Mercedes-Benz Actros. O camião de longo curso da marca alemã passa a ser o primeiro a estar disponível, de fábrica, com um sistema de condução parcialmente autónomo (nível dois). Com quatro estreias mundiais – Active Drive Assist, MirrorCam, Active Brake Assist 5 e Multimedia Cockpit – e mais de 60 inovações, o presidente da Mercedes-Benz Trucks, Stefan Buchner, não hesitou em afirmar, na apresentação à imprensa em Berlim, que “estamos a lançar o camião do futuro, o mais avançado do mundo”. A inovação mais importante consiste no sistema Active Drive Assist que permite a disponibilização da condução semi-autónoma na produção em série. O novo sistema pode travar, acelerar e controlar a direção independentemente. Ao contrário de outros sistemas que funcionam apenas a determinadas velocidades, o Active Drive Assist oferece ao motorista a possibilidade de conduzir em modo semi-autónomo em quase todas as velocidades. O controlo ativo latitunidal (de latitude) e a combinação do controlo longitudinal e lateral em todas as gamas de velocidade são princípios inerentes ao funcionamento deste sistema, através da fusão da informação oriunda da câmara e do radar. O Active Drive Assist recorre igualmente a outras tecnologias já existentes como o cruise control adaptativo com start/stop ou o assistente de manutenção na faixa de rodagem. Apesar de o motorista continuar a ser responsável pela condução, o sistema proporciona

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um apoio significativo e contribui para um aumento da segurança rodoviária. MIRRORCAM DISPENSA ESPELHOS O novo Mercedes-Benz Actros vai ficar para a história como o primeiro camião a estar disponível, como veículo de produção, sem espelhos retrovisores exteriores. Estes foram substituídos pelo sistema MirrorCam, que consiste em duas câmaras instaladas em dois pequenos suportes em ambos os lados da parte superior da cabina e em dois ecrãs verticais de 15 polegadas montados nos pilares A no interior da cabina. O MirrorCam integra o equipamento de série de todos os camiões Mercedes-Benz Actros com cabina L e superior, sendo opcional nas restantes, assim como na gama de construção e obras públicas, Arocs. A câmara é aquecida para evitar o embaciamento e está protegida contra a sujidade. A MirrorCam dispõe de várias funções para ajudar o condutor. Quando se circula na marcha do trânsito, as imagens captadas pelas câmaras oferecem um campo de visão idêntico aos espelhos convencionais de campo duplo. Todavia, quando o veículo descreve uma curva ou uma rotunda, existe a possibilidade de obter uma imagem mais alargada do interior dessa curva, permitindo ao motorista obter uma visão completa de todo o semirreboque. Por outro lado, as imagens que surgem nos ecrãs laterais são acompanhadas de guias, oferecendo ao motorista uma perceção mais completa do tráfego atrás do camião. Isto constitui uma enorme vantagem quando se faz uma ultrapassagem e se pretende regressar à faixa de rodagem inicial. As guias também são um precioso auxiliar em manobras mais precisas, como aproximações a cais de carga. O MirrorCam oferece ainda a possibilidade de ativação da câmara a partir do interior da cabina, durante dois minutos, quando o camião se encontra imobilizado numa área de serviço ou num parque de estacionamento


MULTIMEDIA COCKPIT Se o exterior do novo Mercedes-Benz Actros poucas diferenças apresenta relativamente ao anterior, com exceção para a MirrorCam e a nova assinatura em LED nos grupos óticos, o mesmo não se pode dizer relativamente ao interior da cabina, profundamente revisto com a introdução de uma nova arquitetura digital e de um novo HMI (interface homem-máquina). O travão de estacionamento passa a ser elétrico, enquanto a ignição se efetua através de um botão “Start”. O painel de instrumentos e a consola central tradicional foram substituídos por dois ecrãs, que passam a servir como o local de trabalho digital do motorista do futuro. Todas as informações relacionadas com a condução – viagem, condução, Active Drive Assist, condução automatizada, sistemas de assistência à condução, entre outras – surgem num ecrã, disponível com 10” ou 12” – à frente do motorista. Este pode aceder aos menús através dos botões localizados no volante. O segundo ecrã tátil, com 12”, oferece funções como o acessos às apps da FleetBoard, ao sistema de áudio, de navegação e de iluminação. O novo Actros proporciona diversas opções para ligação e emparelhamento de dispositivos móveis, como duas portas USB, sistema de telefone mãos livres com duas ligações Bluetooth, sendo possível a integração com smartphone via Apple CarPlay ou Android Auto. Outra funcionalidade é a capacidade de guardar dados dos perfis de seis condutores, utilizando o cartão convencional de tacógrafo digital ou o cartão Fleetboard. Para garantir o mais elevado grau de conectividade estão disponíveis várias ‘apps’ no MB Truck App Portal, que podem ser instaladas no camião para aumentar a produtividade e a eficiência.

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NOVIDADES

MERCEDES-BENZ ACTROS

durante o período de repouso do motorista. Essa funcionalidade permite controlar a área envolvente e detetar eventuais movimentos suspeitos em redor do veículo. A terceira estreia mundial é a quinta geração do sistema de travagem ativo (Active Brake Assist - ABA 5) que agora oferece novas funcionalidades para apoiar o motorista quando existe o perigo de colisão com a traseira do veículo da frente ou com a aproximação de um peão na faixa de rodagem à frente do veículo. O sistema alerta o condutor através de sinais visuais e acústicos. Se o motorista não tomar qualquer iniciativa é o próprio ABA 5 a acionar automaticamente os travões, podendo, no limite, efetuar uma travagem completa. A principal diferença desta quinta geração do Active Brake Assist face à anterior é que, agora, funciona com a combinação do sistema de radar e de câmara. Isto permite monitorizar melhor o espaço na frente do camião para reagir mais rapidamente.

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ESTREIAS ABSOLUTAS Os espelhos exteriores foram substituídos por câmaras e por ecrãs no pilar A. O Multimedia Cockpit é outra estreia

Para operar em modo semi-autónomo, o novo Mercedes-Benz Actros conta ainda com a mais recente geração de cruise control inteligente PPC (Predictive Powertrain Control), que inclui a utilização de dados topográficos do sistema de navegação, do sistema Sideguard Assist (assistente de ângulos mortos) e reconhecimento de sinais de trânsito (Traffic Sign Assist). A combinação do sistema MirrorCam, com a otimização das linhas aerodinâmicas, a nova relação do eixo traseiro e o novo sistema Predictive Powertrain Control permite reduzir o consumo de combustível entre três por cento em autoestrada e cinco por cento em estradas nacionais. Para operações anuais superiores a 120 mil quilómetros, isto representa uma diminuição significativa nos custos. O novo Mercedes-Benz Actros já começou a ser comercializado no mês de setembro, mas a produção só tem início em abril de 2019, prevendo-se a entregas das primeiras unidades no final desse mês. /



NOTÍCIAS

PESADOS TOYOTA

SEGUNDO CAMIÃO “FUEL-CELL”

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Toyota tem vindo a apostar na tecnologia da célula de combustível em todos os tipos de veículos, dos ligeiros de passageiros aos autocarros e camiões. O construtor japonês está a desenvolver um projeto de transporte de mercadorias sustentável e sem emissões nos Estados Unidos e que envolve a utilização de um veículo pesado da Classe 8. Internamente, o projeto é conhecido por “Beta” e pretende aplicar a tecnologia introduzida pela Toyota no Mirai num camião de longo curso. A autonomia anunciada para cada abastecimento de hidrogénio é superior a 500 km. Este não é o primeiro projeto da Toyota com camiões “fuel-cell” nos EUA. Anteriormente, a marca esteve envolvida num outro, designado “Project Portal Alpha”, iniciado em abril de 2017, e que realizava transportes em condições reais de operação para os portos de Long Beach e Los Angeles. Com uma capacidade de carga de 36 toneladas e autonomia superior a 320 km, o camião “Alpha” percorreu mais de 160 mil quilómetros. O seu sistema de propulsão elétrico desenvolve mais de 670 cv e binário de 1796 Nm, contando, para o efeito, com dois grupos de células de combustível oriundos do Toyota Mirai e uma bateria com capacidade de 12 kWh. O novo camião

“Beta” oferece a mesma potência e binário, mas a autonomia aumenta para mais de 500 km, por o depósito ser maior. Por outro lado, a própria configuração do veículo é diferente, tendo sido otimizada a combinação da cabina com cama e o depósito de hidrogénio, aumentando o espaço interior sem incremento da distância entre-eixos do trator.

HYUNDAI

HIDROGÉNIO EM 2019

A

Hyundai anunciou o desenvolvimento de um camião ‘fuel cell’ e já apresentou a primeira imagem 3D daquele veículo. O camião ‘fuel cell’ está a ser desenvolvido de acordo com as especificações europeias e terá um novo sistema de célula de combustível, que desenvolve uma

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potência de 190 kW, com duas células de combustível ligadas em paralelo, uma caraterística também presente no novo automóvel ‘fuell cell’ da Hyundai, o Nexo. Um único abastecimento de hidrogénio, que demora cerca de sete minutos, permitirá uma autonomia de aproximadamente 400 quilómetros. O combustível estará

O objetivo da Toyota é disponibilizar uma solução de transporte mais sustentável para responder ao aumento previsto do número de veículos pesados: estudos da marca indicam que, atualmente, circulam mais de 16 mil camiões com destino aos portos de Long Beach e Los Angeles, estimando-se que esse número aumente para 32 mil em 2030. /

armazenado em oito depósitos, que estarão localizados entre a cabina e o chassis. O camião terá um comprimento de 9,74 metros, uma distância entre-eixos de 5,13 metros, e será homologado com um peso bruto de 18 toneladas. O motor elétrico de tração disponibiliza uma potência de 350 kW (471 cv). No Salão de Hannover, a Hyundai estabeleceu um memorando com o produtor suíço de hidrogénio H2 Energy, que prevê o fornecimento por ambas as partes de mil camiões fuell-cell e uma cadeia adequada de fornecimento de hidrogénio renovável, a partir de 2019 e durante cinco anos. Alem da tecnologia ‘fuel-cell’, a Hyundai também está envolvida em projetos de condução autónoma com veículos pesados. Recentemente foi efetuada a primeira viagem numa autoestrada sul-coreana num camião com semirreboque em piloto automático. O camião Hyundai Xcient percorreu cerca de 40 quilómetros num troço de autoestrada entre Uiwang e Incheon, transportando grandes volumes para simular o transporte de mercadorias com um conjunto articulado constituído por trator e semirreboque.


LAWRENCE DAVID

WIELTON GROUP É NOVO DONO fabricante polaco de semirreboques

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Wielton Group anunciou a aquisição do terceiro maior fabricante britânico deste tipo de equipamento, com mais de 45 anos de experiência, por 26 milhões de libras. Numa primeira fase, a operação compreende a compra de 75% do capital e a parte remanescente deverá ser adquirida nos quatros próximos anos. Para o Wielton Group, esta transação permitirá aumentar a suas vendas anuais de semirreboques para mais de 20 mil unidades. O grupo polaco adiantou que irá manter a sua estratégia de comercialização de marcas reconhecidas pelo mercado, incluindo a Lagendorf, a Fruehauf e agora a Lawrence David. No mercado nacional, o fabricante polaco de semirreboques é representado pela Roques, que aposta na comercialização de material circulante da marca francesa Fruehauf.

IVECO E WABERER’S

GÁS NATURAL EM TESTES

A

empresa húngara Waberer’s realizou testes com veículos a gás natural no regime de transporte com carga completa, em colaboração com a Shell e a Danube Truck, distribuidor da Iveco para o mercado magiar. A empresa utilizou veículos Stralis GNL e GNC e Daily GNC com resultados positivos. Para o presidente da Iveco, Pierre Lahutte, o GNL é atualmente “o melhor combustível alternativo para missões de longo curso, sendo já uma realidade do nosso dia-a-dia. “É com muita satisfação que vemos a Waberers’s prosseguir os seus objetivos de sustentabilidade sem comprometer o desempenho com os nossos camiões Stralis NP”.


NOTÍCIAS

PESADOS

LASO RECEBE “KITS HARMÓNICO” LECITRAILER A RETA forneceu à LASO – Transportes um conjunto de semirreboques LeciTrailer, de lonas com ‘kit harmónico’, que oferecem uma elevada flexibilidade. Além do transporte de carga geral, estes equipamentos vêm equipados com fossa para porta-bobinas, mechas laterais e fueiros para porta madeiras, twist-locks e um kit harmónico que possibilita o transporte de dois contentores de 20 pés ou um contentor de 40 pés. Estas caraterísticas adequam-se à forma de trabalhar da LASO e vão de encontro à versatilidade e alcance operacional da frota.

ACORDO ENTRE SCHMITZ E BPW A Schmitz Cargobull e o BPW Group estabeleceram uma cooperação estratégica no campo da telemática. O acordo permitirá, no futuro, a troca de dados entre o sistema “cargofleet3” da subsidiária de telemática da BPW e o novo portal TrailerConnect da Schmitz Cargobull, através de uma interface comum. “Ao abrirem os interfaces e ao integrarem os dados nos seus portais, os dois fabricantes respondem aos pedidos dos clientes para a disponibilização de todos os dados da frota num único interface”, justifica Jens Zeller, responsável da empresa de telemática subsidiária da BPW, a idem telematics.

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GRUPO VW

HOLDING DE PESADOS É TRATON

A

Volkswagen Truck & Bus alterou a sua designação oficial para TRATON Group, no âmbito da nova estratégia que pode passar pela entrada no mercado de capitais. As marcas MAN, Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus e RIO passaram a integrar o TRATON Group, mas mantêm as suas identidades próprias. Segundo afirma Andreas Renschler, CEO da TRATON e membro do Conselho de Administração da Volkswagen AG, “a TRATON é uma empresa jovem com o caráter único de uma ‘start-up’ e a longa experiência das suas

marcas tradicionais. Esta combinação é necessária para reinventar o transporte das gerações futuras. Vamos começar a espalhar o espírito da TRATON em todas as nossas marcas, instalações e funções. A TRATON vive através das marcas e vice-versa. Juntos somos o TRATON Group e estamos empenhados em levar o transporte para o próximo nível”. A apresentação oficial do TRATON Group decorreu na véspera do dia de imprensa do Salão de Veículos Comerciais de Hannover. O objetivo estratégico assumido é o de tornar-se num “campeão global”.

MAN

HOYER GROUP ADQUIRE 89 TRATORES

O

operador britânico Hoyer Petroroup, especializado no transporte de produtos petrolíferos, adquiriu 89 tractores MAN TGS 24.420, com cabina M. Do total, 14 veículos foram para aumento de frota e os restantes 75 para renovação. Os 89 novos MAN TGS 24.420 vão integrar um frota constituída por 500 veículos no Reino Unido, distribuídos por 37 locais. Todos os camiões terão acesso a manutenção e reparação nas oficinas da rede da MAN no Reino Unido. Todas as unidades da frota da Hoyer Petrolog – tratores e chassis de dois e três eixos, MAN TGS e MAN TGX – dispõem de contratos de manutenção e reparação de dois anos MAN “Relax”, com cobertura de 300 mil quilómetros, estando incluídos serviços como substituição das luzes dos faróis e trocas de fluidos. Todos os modelos MAN TGS beneficiam ainda de garantia de

três anos ou 450 mil quilómetros. “Recebemos estes novos veículos para substituir os antigos tratores, e camiões adicionais, essenciais para o crescimento do nosso negócio na área do combustível para aviação e para veículos terrestres, dando assim continuidade à nossa longa parceria com a MAN”, refere Allan Davison, diretor de operações da Hoyer Petrolog no Reino Unido.


UM MILHÃO DE VOLVO FH VENDIDOS

SANTOS E VALE

NOVA PLATAFORMA LOGÍSTICA NA MARINHA GRANDE

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Santos e Vale abriu uma plataforma de distribuição na Marinha Grande, que se destina a reforçar a sua atividade na região centro do País. Com uma área total de 12 mil metros quadrados, aquela infraestrutura está localizada na zona industrial e vem ampliar a capacidade de recolha, tratamento e entrega dos envios dos clientes daquela região. “Com esta plataforma conseguimos potenciar e aproximar ainda mais os nossos clientes à rede da Santos e Vale e, desta forma, prestar um melhor serviço, mais rápido e mais próximo. O centro do País é uma região com um extenso tecido empresarial, a qual necessita-

va desta infraestrutura por parte da Santos e Vale.”, referiu Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale. O novo centro de distribuição da Marinha Grande recebeu os mais recentes equipamentos logísticos, de transporte e segurança para que as mercadorias dos clientes sejam tratadas rapidamente e em total segurança. Além da nova plataforma, a Santos e Vale conta ainda com uma rede de mais 15 centros de distribuição em território nacional, permitindo à empresa garantir uma cobertura completa de todo o território ibérico, assegurando assim, a realização de serviços rápidos e fiáveis com preços competitivos e a máxima segurança.

BOLSAS DE CARGA

GRUPO ALPEGA ADQUIRE WTRANSNET

O

Grupo Alpega chegou a acordo com o Grupo Wotrant para aquisição da bolsa de cargas Wtransnet. Empresa de software logístico fundada em 2007, a Alpega oferece soluções integrais que cobrem todas as necessidades de transporte, incluindo soluções para a gestão de transporte (TMS) e bolsas de carga. Com a aquisição da espanhola Wtransnet, o Grupo Alpega reforçou o seu portefólio de bolsas de cargas, que já incluía a Teleroute, a Bursa Transport e a 123cargo, com maior presença noutros âmbitos geográficos como França, Benelux e Roménia. A incorporação da Wtransnet, com 11.500 empresas associadas e uma forte presença, além da

Península Ibérica, em França, Itália e Alemanha, supõe um aumento do fluxo de mercadorias e camiões para o Grupo. Com a aquisição da Wtransnet, a Alpega reforça também a sua rede de operadores logísticos e empresas de transporte a mais de 70.000 membros em toda a Europa. Para isso, está previsto que todas as marcas do Grupo, incluída a Wtransnet, continuem a trabalhar no mercado com o seu próprio nome, ainda que com foco geográfico distinto. Com o objetivo de continuar a facultar maior valor aos seus clientes, a Alpega tem a intenção de continuar a investir em produtos inovadores relacionados com as bolsas de carga, agregando novas funcionalidades que permitam uma maior eficiência na operativa diária.

A Volvo Trucks assinalou um novo recorde histórico ao entregar a milionésima unidade do Volvo FH, no ano em que este modelo assinala o seu 25.º aniversário. As chaves do veículo foram entregues pelo presidente da Volvo Trucks, Claes Nilsson, ao CEO da Gesuko, Marco Reinhard, que adquiriu a unidade em questão. A frota desta empresa alemã é constituída integralmente por camiões Volvo. O novo veículo tem uma Cabina com Cama com teto extra alto, sistema de aviso de colisão com o veículo da frente e direção dinâmica Volvo.

CAMIÕES A GÁS ISENTOS DE TOLL-COLLECT O Parlamento da Alemanha aprovou uma resolução que concede a isenção do pagamento das taxas de portagem (toll-collect) na Alemanha aos camiões com mais de 7,5 toneladas de peso bruto, desde que equipados com sistemas de propulsão alternativo, incluindo gás natural veicular. A medida deverá entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2019 e terá uma duração inicial de dois anos. Em conjunto com os subsídios para a aquisição de camiões a gás natural, esta isenção permitirá reforçar os benefícios financeiros para os operadores logísticos alemães.

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O GOLPE DO LEÃO Pusemos à prova um MAN de 500 CV equipado com um eficiente motor de treze litros e com cabina XXL, a maior do fabricante do leão, que fará as delícias do condutor graças ao seu interior espaçoso e à sua luminosidade TEXTO JOSE A. MAROTTO FOTOS JUAN CARABALLO

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O TAMANHO DA XXL PERMITE MONTAR UMA SÉRIE DE CLARABOIAS QUE AUMENTAM MUITO A LUMINOSIDADE Não restam dúvidas de que qualquer condutor optará pelo camião que mais comodidades lhe ofereça e com o qual o desenrolar da nossa complicada profissão possa ocorrer com maior eficácia, sem haver necessidade de dar prioridade ao consumo. Algo que, por outro lado, é óbvio e não menos lógico, será a postura do proprietário que procurará o camião mais eficiente sem dar prioridade ao conforto. Talvez seja no equilíbrio entre estas preferências que se encontre a melhor opção. Com este MAN ficamos naquela fronteira em que se deixa de dar prioridade à poupança para se começar a dar rédea solta ao nosso gosto como camionistas e, simultaneamente, com um resultado de consumo que nos mete na competição em que este resultado é tudo. A unidade motriz que o conseguiu é a D2676 de seis cilindros em linha e treze litros de cilindrada, arquitetura com a qual, com o consentimento dos onze litros, a maioria dos fabricantes está a conseguir excelentes resultados e com melhores consumos a cada novo camião testado. Neste caso, a MAN conseguiu um estupendo consumo, sem que a velocidade média se tenha ressentido demasiado em função disso, com uma cabina ampla, luminosa e confortável para os momentos que passamos no interior, mas algo menos cómoda em termos de condução, visto que o seu grande tamanho se torna numa desvantagem, pela sua altura, quando em movimento.

O TAMANHO IMPORTA

D

esta vez, a MAN conseguiu um camião muito equilibrado, embora algo acima da potência que, para nós, é a mais adequada, mas com um resultado em termos de consumo que permite pensar neste veículo como uma opção a ter em conta, inclusivamente se o que procuramos é a contenção.

A cabina instalada neste camião é a maior com que o fabricante de Munique conta e embora a XLX, já generosa nas suas dimensões interiores, se adapte muito melhor a um camião que poupe devido à sua eficiência aerodinâmica, o que é certo é que o resultado foi suficientemente bom para equiparar este camião aos que são concebidos para a poupança. Apesar que, devido ao seu tamanho, nos pudesse parecer pouco interessante para dar prioridade ao consumo com esta XXL.

Apesar do seu grande tamanho, aceder ao interior da XXL não é especialmente complicado, graças aos quatro degraus até ao chão da cabina. Quanto mais próximo estiver o piso do motor, mais baixo é o centro de gravidade e, portanto, menos movimento de vaivém durante a marcha. Embora a coisa se vá complicando conforme se vai elevando o tejadilho, e este habitáculo é o maior da casa muniquense, com uma altura livre interior com um pouco mais de dois metros, desde o túnel do motor, e uma altura total de mais de 3,5 metros, sem ter em conta spoilers ou defletores. Esta altura complica-nos um pouco a vida durante a condução, com algum movimento lateral que é algo incómodo até nos habituarmos ao mesmo. Sendo que nós, no final do nosso percurso já nem o notávamos, mas agradece-

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1 O posto de trabalho não difere em nada dos habituais na MAN, com linhas retas, um banco confortável e comandos bem distribuídos. 2 A cabina não tem altura suficiente para que a cama superior recolha completamente contra a parede. Ainda assim, o espaço é muito amplo. 3 A XXL é a maior cabina da MAN, o que permite desfrutar das vistas e de um espaço interior muito luminoso. 4 O espaço é o protagonista desta XXL, embora a MAN mantenha a consola da antiga caixa de velocidades sendo apenas utilizada para o travão de mão. 5 Boa parte dos comandos com os quais se controlam os automatismos está no lado direito do volante, estando o esquerdo reservado para o telefone. 6 Por baixo da cama há muito espaço útil e com uma distribuição que permitirá ter tudo bastante ordenado.

1

2 CURVA DE POTÊNCIA E BINÁRIO O D2676 é um motor de arquitetura conhecida que apresenta um funcionamento ágil e, inclusivamente, graças aos seus 2500 Nm de binário máximo, revela-se muito capaz em baixa rotação e firme nas subidas, para o que conta com a ajuda do EfficientCruise. De facto, na subida ao Guadarrama manteve-se muito robusto em 12.ª (a 9.ª, sem contar as duas velocidades extra) sem passagens de caixa inesperadas.

Velocidade média Consumo médio Coeficiente Comercial

50

80,867 km/h 27,890 l/100 km 2,1710

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-se muito o grande espaço proporcionado por esta generosa cabina. Chamou-nos particularmente a atenção uma série de claraboias situadas nas laterais, sobre e atrás dos vidros, e o seu magnífico vidro dianteiro. Ambos os elementos produzem uma acentuada sensação de luminosidade no interior, o que se agradece e nos fará desfrutar dos pequenos prazeres que a nossa profissão nos proporciona quando tentarmos relaxar no interior da nossa sala, com umas vistas que não podem ser melhores. O posto de trabalho é muito típico da MAN, com linhas muito retas no tablier que permitem ganhar habitabilidade, ficando um espaço generoso entre os bancos. A cama superior não pode recolher completamente contra a parede para evitar uma altura excessiva da cabina, mas fica suficientemente próxima da parede para não se notar este facto. Este fabricante mantém a consola, que anteriormente se utilizava para a alavanca das mu-

danças, somente com o travão de mão. Talvez seja necessária a chegada a esta casa dos travões de estacionamento elétricos para que o espaço que a mesma ocupa fique livre de forma definitiva. O comando do programa da caixa de velocidades já está situado no tablier principal. Um detalhe a agradecer é a barra telescópica limpa-vidros que a MAN disponibiliza com o equipamento do camião e que pretende evitar a necessidade de subir os degraus para a execução deste ingrato trabalho de limpeza.

UM PASSO EM FRENTE Aos comandos deste trator tivemos boas sensações que se traduzem numa condução fácil e cómoda, embora sempre com o senão daquela impressão de movimento lateral anteriormente referida. Com o controlo preditivo da velocidade de cruzeiro que a MAN instalou neste camião esta facilidade sofre um aumento, visto que podemos comandar o camião apenas com o botão


EQUIPAMENTO

5 3

Abatimento elétrico da cabina Opção Banco pneumático do condutor Série Cama dupla Série Aquecedor autónomo Opção Climatizador Série Bancos aquecidos Opção Vidro elétrico do condutor Série Vidro elétrico do passageiro Série Fecho centralizado Série Buzina de ar Opção Rádio / CD Série Pré-instalação emissora (só antena) Opção Espelhos elétricos Série Espelhos aquecidos Série Suspensão pneumática da cabina Série Teto de abrir Série Sistema antibloqueio dos travões Série Sistema antiderrapagem Série Controlo eletrónico do chassis (ESP) Série Caixa de velocidades automatizada Série Controlo da velocidade de cruzeiro Série Lava-faróis Opção Faróis de nevoeiro Série Retardador Opção Travão-motor de válvulas Série Depósito de alumínio Série Pack aerodinâmico Opção Tomada de corrente 24/12 V Opção

OCORRÊNCIAS NO PERCURSO

4

A MAN CONSOLIDA A SUA BOA EVOLUÇÃO COM OS RESULTADOS OBTIDOS COM O SEU CAMIÃO DE 500 CV EQUIPADO COM A CABINA XXL

6 que gere o controlo da velocidade e com os automatismos. Se deixarmos o controlo entregue ao sistema este fará praticamente o resto. Com uma cadeia cinemática muito equilibrada, a resposta que obtivemos nas partes mais complexas do nosso percurso foi bastante positiva, ao que ajudou o controlo da velocidade por satélite que evitou algumas passagens de caixa graças ao conhecimento da estrada. Desceu em alguns casos até cerca das 800 rotações, mantendo a direta, transmitindo-nos a segurança de que a recuperação das rotações estava garantida, e sem aumento do consumo. Um dos equipamentos que nos pareceu bastante eficaz foi o LGS que garante a permanência na nossa faixa ou que nos avisa em caso contrário. O software respondeu de forma muito positiva e notámos muito menos avisos falsos do que aqueles que ocorreram noutras marcas. Embora, tal como acontece nos outros, continuem a ocorrer alguns.

Ocorreram alguns aguaceiros intensos mas que não chegaram a encharcar a estrada, embora levassem a uma menor velocidade do trânsito. Acompanhando o trânsito não ocorreram problemas nem na entrada nem na saída, tendo sido, no geral, um dia muito tranquilo e sem contratempos.

DESCRIÇÃO DAS CURVAS Motor MAN D 2676 Curva de potência. Potência máxima 500 CV às 1800 rpm

950 rpm 1350 rpm 1800 rpm 1880 rpm 2060 rpm

340 CV 476 CV 500 CV 476 CV 351 CV

Curva de binário. Binário máximo 2500 Nm (255 mkg) das 930 às 1350 rpm

850 rpm 930 rpm 1350 rpm 1650 rpm 2000 rpm

214 mkg 255 mkg 255 mkg 214 mkg 173 mkg

Regime de trabalho: entre as 900 e 1800 rpm (vivo, intenso, segundo o tacómetro)

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7 Aqui podem ver-se alguns detalhes da suspensão traseira e dos cilindros pneumáticos do circuito de travões. 8 Um novo turbo permite melhorar o rendimento e a rapidez de resposta em acelerações na gama média de velocidade. 9 A MAN acerta bastante na distribuição dos elementos do chassis e mantém as baterias na sua posição habitual. 10 Este é o seis cilindros em linha de quase treze litros com o qual a MAN conseguiu uma potência de 500 CV. 11 Como opção, pode levantar-se a cabina graças a um motor elétrico que evitará trabalho caso seja necessário bascular. 12 Com esta barra telescópica evita-se ter que subir os degraus da grelha quando se pretende limpar o parabrisas. 13 É sempre necessário contar com caixas nas laterais. Neste caso, uma é acessível desde o interior e a outra não.

7

8

VELOCIDADE MÉDIA (km/h.)

TEMPO TOTAL

CONSUMO TOTAL (litros)

1.ª MADRID ATALAYA TUNEL GUADARRAMA (autoestrada e via rápida, subida)

50

14 ºC nublado, chuva intermitente, vento fraco Piso húmido

46,48

82,34

36’ 26’’

23,24

2.ª TUNEL AVILA (autoestrada, subidas e descidas)

58

11 ºC nublado, chuva intermitente, vento fraco Piso húmido

27,65

82,17

42’ 21’’

16,04

3.ª AVILA MEDINA DEL CAMPO (nacional, plano)

106

17 ºC nublado, sem vento Piso seco

21,29

74,31

1h 25’ 35’’ 22,57

4.ª MEDINA PORTAGEM DE SAN RAFAEL (autoestrada, subidas e descidas)

96

16 ºC nublado, sem vento Piso seco

32,91

83,72

1h 08’ 48’’

31,59

55 5.ª PORTAGEM MADRID ATALAYA (autoestrada e via rápida, descida)

21 ºC nuvens e céu limpo, vento fraco a moderado Piso seco

15,19

87,65

37’ 39’’

9,27

ETAPAS Os resultados são referentes a troços

TOTAIS

52

KMS

CONSUMO MÉDIO (l/100 km)

9

365

TURBO COMERCIAIS NOVEMBRO 2018

TEMPERATURA E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

27,890 80,867 4 h 28’

101,797

10

11 Conduzir com o MAN EfficientCruise, nome com o qual o fabricante alemão denomina o seu sistema guiado de controlo da velocidade de cruzeiro, faz com que a condução seja muito fácil, mas é preciso conhecermos o programa para se obter o máximo rendimento e evitar surpresas. Assim, é interessante saber que tem quatro níveis que se podem ajustar consoante as nossas necessidades de condução, sendo o de + 9, -9 km/h o mais conservador de todos e o único que permite ao sistema um pequeno excesso acima de 90, mas controlando sempre um máximo de um minuto de tempo. Ainda assim, a velocidade máxima, a partir da qual atuarão automaticamente os sistemas de retenção, é de 94 km/h. Desta forma aproveitam-se melhor as inércias. Durante o nosso percurso notámos que, quando se está acima dos 90 km/h mais de um minuto, a retenção que o camião realiza é algo brusca para o nosso gosto, utilizando toda a potência do EVBec, travão de motor com válvulas da casa alemã. Inclusivamente chega a acionar o retardador, acerca do qual, por outro lado, é conveniente destacar que está equipado com uma embraiagem para evitar resistências quando não é utilizado.


FICHA TÉCNICA MAN TGX 18.500 BLS

12

13 DIMENSÕES Esta cabina XXL oferece-nos muito espaço e muito bem distribuído, além de umas vistas espetaculares graças ao vidro dianteiro de grandes dimensões e a umas claraboias laterais que aumentam muito a luminosidade interior. As linhas retas do design do tablier aumentam o espaço que, por outro lado, é obstruído por uma persistente consola que se encontra junto ao banco do condutor. CONSUMOS Quilómetros totais 365 km Litros totais de AdBlue 4,31 l Consumo médio AdBlue l/100 km 1,808 Consumo médio gasóleo l/100 km 27,890 Custo de gasóleo a cada 100 km (a 1,3 €/litro) 36,26 € Custo de AdBlue a cada 100 km (a 0,55 €/litro) 0,99 € Preço total a cada 100 km de gasóleo mais AdBlue 37,25 € Coeficiente Comercial (km/h/Preço total) 2,1710

Para terminar também queremos assinalar a atuação do EcoRoll, agora mais ativo e melhorado, que também pode ser utilizado sem o controlo da velocidade de cruzeiro até 80 km/h, e a função PROFI da caixa de velocidades MAN TipMatic de 12+2 velocidades, que permite a atuação do condutor a qualquer momento e mantém a função "Kickdown". /

MOTOR Modelo D2676 Tipo Turbo de duas etapas com refrigeração intermédia, intercooler, 4 válvulas por cilindro Injeção Common Rail Controlo de emissões Sistema SCR, EGR, injeção de AdBlue registada mais filtros Número de cilindros 6 cilindros em linha Diâmetro x curso 126x166 mm Cilindrada 12.419 cc Relação de compressão 19:1 Potência 500 CV (368 kW) às 1800 rpm Binário motor 235 mkg (2500 Nm) das 930 às 1350 rpm TRANSMISSÃO Embraiagem Monodisco em seco MFZ 430 Caixa de velocidades MAN TipMatic 27 DD PROFI Número de velocidades 12+2 automatizadas EIXOS Eixo dianteiro VOK 07 curvo com barra estabilizadora Ponte traseira HY 1350 com bloqueio do diferencial Relação do grupo 2,53:1 TRAVÕES Sistema de travagem Discos autoventilados com controlo eletrónico Acionamento Pneumático MAN BrakeMatic Travão-motor De válvulas EVBec (325 kW às 2400 rpm) Retardador Sim, 500 kW às 2400 rpm (combinado com EVBec) SUSPENSÃO Dianteira Molas parabólicas de 1 folha para 7500 kg Traseira Pneumática de 4 foles para 13.000 kg DIREÇÃO Acionamento Servodireção com bomba de regulação eletrónica Raio de viragem Diâmetro de rotação 15,1 m RODAS Pneus 315/70R atrás, à frente 315/55R Jantes 22,5 EQUIPAMENTO ELÉTRICO Tensão 24 V Bateria 2 de 12 V e 225 Ah Alternador 28 V 120 A 3360 W Motor de arranque 24 V 7 kW DEPÓSITOS Gasóleo 500 litros AdBlue 60 litros Óleo 40 litros PESOS Tara trator 7640 kg MMA em teste 39.960 kg

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NOTÍCIAS

COMERCIAIS

CAETANOBUS

TECNOLOGIA FUEL-CELL TOYOTA

A

CaetanoBus e a Toyota estabeleceram uma parceria que permite à empresa da Salvador Caetano produzir autocarros com tecnologia de pilha de combustível do fabricante japonês para o mercado europeu. A Toyota irá fornecer, pela primeira vez na Europa, os seus sistemas de pilha de combustível, tanques de hidrogénio e outros componentes chave à CaetanoBus, que irá fabricar e comercializar os autocarros. As primeiras unidades deverão começar a sair das linhas de montagem da CaetanoBus no final do próximo ano, e serão fornecidos aos principais operadores europeus de transporte público de passageiros. A tecnologia utilizada

será semelhante à adotada no Toyota Sora, o autocarro ‘fuel cell’ que já está em comercialização no mercado japonês. As suas especificações são, no entanto, muito diferentes das europeias pelo que o construtor japonês optou por fazer uma transferência de tecnologia para o seu parceiro de longa data, a CaetanoBus. “O fornecimento dos nossos sistemas de pilha de combustível à CaetanoBus demonstra os muitos usos práticos e benefícios ambientais do hidrogénio para uma sociedade livre de carbono. Estamos realmente animados com a perspetiva de ver os primeiros autocarros do nosso parceiro automotivo de longa data nas estradas europeias”, afirmou Johan van Zyl, Presidente e CEO da Toyota Motor Europe. “Os

autocarros a hidrogénio têm vantagens significativas em comparação com outros veículos de emissão zero, nomeadamente uma autonomia superior e um tempo de reabastecimento reduzido. Estes benefícios permitem que os autocarros movidos a pilha de combustível de hidrogénio possam operar em rotas mais longas e possibilitam uma maior utilização.” O projeto Fuel Cell Bus aposta nas vantagens económicas e ambientais da utilização da fonte energética de hidrogénio. Além disso, pretende ser uma resposta às exigentes metas ambientais impostas pela União Europeia no que diz respeito à redução das emissões de gases com efeitos de estufa provenientes dos transportes. /

MERCEDES-BENZ

MADRID ENCOMENDA 276 CITARO NGT

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EMT – Empresa Municipal de Transportes de Madrid encomendou 276 autocarros Mercedes-Benz NGT que deverão ser entregues nos próximos dois anos. Esta é a terceira adjudicação da versão a gás natural comprimido do autocarro urbano da marca alemã. Em 2016, a Daimler Buses ganhou um concurso público para 82 unidades e um outro no ano seguinte para 314 veículos. Com esta encomenda estarão em operação, em Madrid, um total de 672 autocarros Mercedes-Benz Citaro NGT,

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a partir de 2020. A opção da EMT recaiu na versão de 12 metros com duas portas. O equipamento é específico, pois a parte traseira é fechada, tendo sido eliminado o óculo traseiro. Os passageiros entram no veículo por uma porta dianteira que abre para dentro ou pela do meio que abre para os lados. Os veículos dispõem ainda de rampas para acesso de passageiros de mobilidade reduzida, assim como de ar condicionado. O posto de condução é parcialmente fechado para garantir a segurança do motorista.


MAN PRODUZ E-BUSES NA POLÓNIA

ZF

TECNOLOGIA PARA E-BUSES

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ZF ganhou dois contratos para fornecer o seu eixo elétrico AxTrax AVE para os novos autocarros elétricos que irão circular em Londres e nalgumas cidades dos Estados Unidos. Lançado em 2012, aquele eixo elétrico tem registado elevado sucesso, uma vez que pode ser combinado com um sistema híbrido, com uma célula de combustível ou uma bateria. Como fornecedora do sistema, a ZF também pode fornecer o hardware e o software mais adequado para otimizar a performance, a eficiência e a vida útil do eixo.

O contrato de Londres prevê o fornecimento do eixo AxTrax AVE a 31 autocarros elétricos urbanos dois pisos, que serão fabricados pelo construtor britânico Optare. Os veículos foram adjudicados pela Transpor for London, tendo a opção recaído no modelo Metrodecker EV. O eixo AxTrax AVE também será instalado nos cem novos autocarros do modelo Xcelsior Charge que o fabricante norte-americano New Flyer of América está a construir para empresas de transportes públicos de cidades como Los Angeles, Seattle, Boston e Minneapolis. Estes veículos deverão ser entregues até 2020.

IVECO

NOVO CROSSWAY NATURAL POWER

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Iveco reforçou a sua oferta de autocarros a gás natural com o lançamento do novo Crossway Natural Power no Salão “Autocar Expo”, na cidade francesa de Lyon. Disponível nas variantes de 12 e 13 metros de comprimento, a nova proposta da marca italiana recebe um motor Iveco Cursor 9 NP, desenvolvido pela FPT Industrial que desenvolve uma potência de 360 cv, valor idêntico ao da versão diesel equivalente. Os depósitos de gás natural comprimido estão localizados no tejadilho e a solução desenvolvida pela Iveco otimiza o centro de gravidade do veículo, oferece uma maior estabilidade e aumenta o conforto, quer do motorista, quer dos passageiros. Esta concepção torna-o no modelo mais baixo do mercado, em termos de altura total, o que permite a sua utilização sem restrições específicas. O Crossway NP oferece a mesma acessibilidade, lotação e espaço para bagagem da correspon-

dente versão a gasóleo. Com uma capacidade total de 1260 litros (4 depósitos de 315 litros), o veículo tem até 600 km de autonomia, sendo compatível com abastecimento rápido ou mais lento. O interior espaçoso possui uma altura mínima de dois metros e dispõe de espaços de arrumação para bagagem de mão.

A MAN Truck & Bus vai investir 27,4 milhões de euros na fábrica de Starachowice para a produção de autocarros elétricos. Esta é uma etapa importante no desenvolvimento daquela unidade, que funciona como um centro de excelência MAN na produção de autocarros urbanos. As obras de modernização da fábrica deverão estar concluídas no final de 2021. A produção em série do MAN Lion’s City irá arrancar mais cedo, em 2020. A fábrica em Starachowice estabelece as bases para a marca MAN se expandir com os veículos zero emissões num futuro próximo.

MINIAUTOCARRO AUTÓNOMO DA TRANSDEV A Transdev apresentou, pela primeira vez em Portugal, um miniautocarro pelo operador francês foi o Navya Arma, que oferece uma autonomia elétrica de nove horas. O veículo foi utilizado na divulgação dos serviços de mobilidade autónoma partilhada durante o Lisbon Mobi Summit. O veículo efetuou trajetos entre o cais fluvial de Belém e a Central Tejo. Os autocarros autónomos operados pela Transdev recorrem a diversas tecnologias que permitem analisar em tempo real os percursos a realizar, bem como todos os obstáculos que possam surgir nas rotas.

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NOTÍCIAS

AFTERMARKET

BOSCH

APOSTA NA ELETRIFICAÇÃO A Bosch está a desenvolver soluções de eletrificação para reboques e comerciais ligeiros. Nos grandes camiões, a solução poderá poupar milhares de euros!

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TEXTO NUNO FATELA

elos grandes pesos que transportam, os camiões de mercadorias são dos veículos com maior potencial para a hibridização, já que têm capacidade para obter bastante energia através da regeneração durante a travagem. Pensando nessa situação, foi apresentado pela Bosch um sistema de reboques elétricos para camiões, que permitem regenerar a energia das travagens e, depois, colocá-la à disposição do condutor para momentos como o arranque e apoio à aceleração. As vantagens são tantas que o gigante da indústria automóvel prevê mesmo que o trator do camião deixe de rebocar a parte posterior da viatura, que consegue energia para se movimentar de forma independente, apenas com recurso aos motores elétricos colocados nos seus eixos! As contas da Bosch são bem expressivas, e indicam que a poupança de combustível, por ano, pode chegar aos 9000 litros por viatura.

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Partindo deste valor, e contemplando o preço médio de 1,41€ pelo gasóleo que está a ser praticado em solo nacional segundo as estimativas mais recentes, chegamos à conclusão que cada veículo pesado de transporte de mercadorias pode gastar menos 12.690 € em combustível por ano. Mas existem ainda outros benefícios dos reboques elétricos para camiões, sendo destacada desde logo a redução das emissões por não se queimar o combustível. A acrescentar, há ainda a diminuição dos níveis de poluição sonora dos veículos pesados, algo que permite alargar o seu período de funcionamento. Segundo explica a Bosch, dessa forma poderão ser alargados para períodos noturnos os serviços de entrega de mercadorias em ambiente urbano, algo que pode até ter como “benefício colateral” a redução dos engarrafamentos pelo menor número de viaturas a circular durante o dia. eCITY TRUCK A Bosch também tem vindo a desenvolver sistemas de propulsão elétricos para comerciais

ligeiros, eCity Truck, e os primeiros veículos equipados com as novas soluções deverão chegar ao mercado em 2019. A Bosch irá disponibilizar versões desta cadeia cinemática com e sem transmissão. O objetivo passa pela criação de soluções que possam ser integradas rapidamente nos diferentes tipos de veículos desenvolvidos pelos construtores. Estas soluções são ajustáveis para veículos comerciais com pesos brutos entre duas e 7,5 toneladas. Com o novo eCity Truck, a Bosch reuniu vários componentes, como um motor elétrico e uma unidade de controlo eletrónico, e combinou-os num único dispositivo. Isto não só economiza nas peças, como também torna a cadeia cinemática mais eficiente e económica. Graças a esta solução facilmente integrada, os clientes já não têm de esperar pelo demorado processo de desenvolvimento de novos componentes. Outra vantagem desta solução da Bosch para os fabricantes consiste numa redução do tempo necessário para a introdução dos veículos no mercado. /


ZF E IN-TECH

PROGRAMA E-TROFIT

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ZF Aftermarket e a empresa de engenharia alemã in-tech iniciaram uma cooperação estratégica para a redução das emissões com efeito de estufa nas cidades, que passa pela conversão dos autocarros urbanos de transporte público em veículos elétricos. A tecnologia desenvolvida pela in-tech, denominada e-troFit, permite a mudança eficiente dos motores diesel para uma alternativa elétrica. Para este projeto, a ZF Aftermarket, enquanto fornecedora de sistemas, contribui com os componentes necessários para os veículos e oferece simultaneamente o acesso à sua rede mundial de oficinas de assistência.

“Os mercados estarão preparados apenas em 2025 para disponibilizarem as capacidades para veículos de propulsão elétrica em série. Para atingir na mesma os objetivos em matéria de alterações climáticas, a conversão de veículos comerciais convencionais para acionamentos elétricos apresenta uma excelente oportunidade para ajudar significativamente as cidades em termos de mobilidade elétrica dos transportes públicos de passageiros”, afirma Helmut Ernst, responsável máximo da ZF Aftermarket. Com a sua abrangente gama de produtos e serviços, a ZF tem condições para apoiar a eletrificação de veículos comerciais, dispo-

nibilizando soluções como o acionamento central elétrico CeTrax, especialmente desenvolvido para autocarros urbanos, ou o eixo de portal elétrico AxTrax AVE. Estas soluções permitem uma conversão rápida dos autocarros convencionais. “O CeTrax pode ser instalado diretamente na plataforma do veículo sem terem de se efetuar grandes alterações no chassis e no diferencial”, refere o responsável. O eixo portal elétrico AxTrax AVE está preparado para os mais diversos tipos de propulsão de autocarros urbanos, quer sejam híbridos em série, quer sejam elétricos alimentados por bateria, célula de combustível ou catenária. /

PETRONAS

NOVO SYNTIUM COM COOLTECH

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Petronas reforçou a sua gama de Fluid Technology Solutions com o novo lubrificante de motor Syntium 5000 DM 5W30 com CoolTech. Este produto foi desenvolvido para combater o sobreaquecimento do motor, permitindo a obtenção de um elevado desempenho e uma condução sem problemas. Segundo a Petronas, o novo lubrificante de motor totalmente sintético foi especificamente formulado para assegurar uma

proteção reforçada aos motores que funcionem nas mais exigentes e extremas condições de condução. O Petronas Syntium 5000 DM 5W-30 é adequado para veículos Mercedes-Benz com motores equipados com sistema de pós-tratamento de gases escape, sendo indicado para os mais recentes automóveis SUV e comerciais ligeiros de alto desempenho, dotados com dispositivos de controlo de emissões de gases de escape como filtros de partículas de diesel e catalisadores.

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NOTÍCIAS

AFTERMARKET BOSCH

NOVOS MOTORES DE ARRANQUE

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Bosch introduziu uma nova gama de motores de arranque para camiões, de 24V, que se destacam pelo seu rendimento a frio, graças ao desenho otimizado e à estrutura reforçada do estator. A marca alemã reivindica que a sua alta qualidade permite “alcançar uma vida útil de mais de 12 milhões de quilómetros”. Com o seu desenho robusto, compacto e reduzido em tamanho, estes motores de arranque estão protegidos contra vibrações, sujidade e entrada de água. Além disso, garantem um encaixe seguro e suave do pinhão em todas as etapas, que juntamente com o pinhão de arranque contribuem para a sua alta fiabilidade e durabilidade. O seu desenho modular permite a adaptação aos exigentes requisitos dos veículos industriais, para motores de grandes dimensões e com cargas hidráulicas adicionais. A Bosch desenvolveu um sistema de arranque paralelo acionado por três motores de arranque conectados. Este sistema pode propulsionar motores diesel até 90 litros e motores a gasolina até 180 litros de cilindrada. Com o objetivo de garantir uma maior longevidade dos motores de arranque para veículos comerciais, apesar dos elevados níveis de

esforço a que são submetidos, a Bosch oferece uma ampla gama de peças de substituição de alta qualidade: contactores, pinhão de arranque, porta-escovas. Caso seja necessária a reparação destes componentes, os peritos

recebem as peças de substituição, depois de terem sido efetuados todos os testes funcionais, de acordo com os standards dos equipamentos originais, tornando a reparação mais simples e rápida. /

DT PARTS

QUATRO NOVOS CATÁLOGOS

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DT Spare Parts apresenta ao mercado quatro novos catálogos de peças de substituição para camiões, reboques, autocarros e comerciais ligeiros. Um amplo portefólio de produtos adequados para as séries 2-/3- da Scania, reboques, séries O 300-/O 400- da Mercedes-Benz e séries S 200-/S 300- da Setra, bem como para a Sprinter da Mercedes-Benz e Crafter/LT II da VW apresentam o desenvolvimento contínuo de produtos para a indústria automóvel. Na atualização do catálogo adequado para a série 2-/3- da Scania foram integrados 140 novos artigos No total, o catálogo de produtos contém cerca de 2200 peças, que substituem mais ou menos 5000 números de referência da marca do veículo. O catálogo para reboques da marca DT Spare Parts foi aumentado em mais ou menos 350 novas peças, de forma que agora cerca de 1800 produtos podem ser encontrados no catálo-

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go. Estes são adequados para cerca de 4100 números de referência. Além disso, a marca DT Spare Parts oferece, com mais de 200 novas peças, uma ampla gama de produtos adequados para as séries O 300-/O 400- da Mercedes-Benz e séries S 200-/S 300- da Setra. O novo catálogo de peças contém mais de 3 400 produtos próprios que substituem cerca de 9 600 números de referência. As expansões de produtos também estão evidentes no segmento de comerciais ligeiros: o catálogo de peças adequadas para a Sprinter da Mercedes-Benz e a Crafter/LT II da Volkswagen

foi actualizado em cerca de 650 novos artigos. Consiste de mais ou menos 1800 artigos, adequados para cerca de 6000 números de referência.


KNORR-BREMSE TRUCKSSERVICES

PARCERIA COM SEG AUTOMOTIVE

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Knorr-Bremse TruckServices e a SEG Automotive estabeleceram uma parceria que oferecerá amplos benefícios para os seus clientes no sector dos veículos comerciais. No âmbito deste acordo, a Knorr-Bremse TruckServices introduz motores de arranque e alternadores ao seu já extenso portefólio de produtos no segmento de travões e motores. Tais produtos tratam-se de componentes centrais de sistemas eletrónicos e powertrain, tornando-os essenciais para a operação, segurança e conforto do veículo. A SEG Automotive representa mais de um século de inovações no sector da mobilidade: desde Motores de arranque e Alternadores até ao Start/Stop e hibridização leve para carros e veículos comerciais. Enquanto líder de mercado de longa data, a SEG Automotive possui um reconhecimento mundial pelos seus motores de arranque e alternadores de veículos comerciais de confiança e económicos para todas as aplicações. O conhecimento que deriva simultaneamente da investigação e desenvolvimento de produtos na Alemanha e das equipas locais de apoio a clientes e desenvolvimento de aplicações, adaptando-as aos requisitos destes, é decisivo para a liderança tecnológica da empresa, sendo a mesma espelhada no terreno pelo desempenho de alta qualidade dos pro-

ÓLEOS DE TRANSMISSÃO FUCHS

dutos. Com complementos adicionais como a proteção contra a corrosão, soluções eficientes de proteção contra poeira, e caraterísticas de desempenho configuráveis individualmente, a SEG Automotive oferece soluções adequadas a veículos comerciais, para utilização robusta tanto na estrada como fora dela. Estas soluções incluem uma família de geradores pesados que têm moldado o mercado de veículos comerciais há já mais de 15 anos.

FEBI TRUCK

EMBRAIAGENS PARA PESADOS

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febi Truck anunciou a disponibilização de embraiagens para veículos pesados com qualidade equivalente OE, tendo alargado a sua gama para 20 produtos. O portefólio desta marca do bilstein group vai desde discos de embraiagem a rolamentos e volantes de motor, permitindo a este especialista no aftermarket oferecer mais de 120 kits de embraiagem e mais de 330 componentes individuais com uma cobertura de 80% de todos os veículos pesados. A gama de produto também inclui soluções de embraiagens com sistemas de embraiagem dupla. As embraiagens da febi Truck cumprem exigentes padrões de qualidade para garantir uma substituição direta e equivalente à instalação original. O bilstein group garante tudo isto através do seu próprio Centro de Competência de Embraiagens, com sede em Durmersheim, na Alemanha. Neste local, as embraiagens são submetidas a diversos testes de qualidade re-

levantes para garantir uma função perfeita, excelente conforto de condução e uma vida útil prolongada. Com o auxílio de ferramentas de medição precisas, todas as dimensões relevantes são testadas com precisão de até um milésimo de milímetro, a fim de garantir precisão de encaixe.

Com o objetivo de proporcionar o melhor desempenho às novas gerações de transmissões e eixos, que exigem uma lubrificação mais sofisticada tecnicamente, a Fuchs lançou uma nova gama de quatro óleos que cumprem os requisitos mais recentes: Titan ATF 5500, Titan Cytrac TD 75W-90, Titan Cytrac FE Synth SAE 75W-85 e Titan Cytrac Mat SAE 7W-80. Os novos lubrificantes foram desenvolvidos em conjunto com alguns dos principais fabricantes para minimizar os custos operacionais de uma frota e reduzir o tempo de inatividade dos veículos.

EUROPART ELEITA MELHOR MARCA NA ALEMANHA Pela terceira vez consecutiva, a Europart foi eleita como “Melhor Marca” na categoria Comércio de peças para veículos comerciais. Os leitores da revista especializada PROFI Werkstatt escolheram, com uma percentagem de 36,14 para o primeiro lugar, o distribuidor líder na Europa em peças para veículos comerciais e em equipamentos para oficinas. A Europart foi considerada a melhor pelo competente serviço técnico e pelo apoio ao cliente, pela logística rápida e precisa, bem como pela ampla gama de produtos.

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REPORTAGEM

DT SPARE PARTS PREMIUM SHOP

NOVO PROGRAMA DE FIDELIZAÇÃO DA MARCA ALEMÃ O Diesel Technic recompensa a lealdade das oficinas à sua marca “premium” com ofertas atrativas. O grupo alemão aproveitou a última edição da Automechanika Frankfurt para apresentar esta e inúmeras outras novidades, sob o lema "Expand your business"

O

f u nciona mento da Premium Shop da DT Spare Parts é muito simples: ao comprar peças de substituição DT Spare Parts a um dos distribuidores, o profissional da oficina terá acesso à etiqueta que acompanha as embalagens dos produtos e aí encontrará impressos os códigos de coroas. Cada um deles corresponde a um número determinado de coroas. Após efetuar o registo inicial na Premium Shop (https://premiumshop.dt-spareparts.com), e depois de introduzir os códigos obtidos, irá receber na sua conta as coroas correspondentes. Por conseguinte, quanto mais produtos DT adquirir, mais coroas irá acumular, até atingir a quantidade necessária para trocá-las por prémios fantásticos que englobam desde cupões ou vales de compra para as lojas online mais habituais, ferramentas, complementos e acessórios, máquinas de café, artigos de viagem como trolleys, câmaras de ação, churrasqueiras, relógios de luxo e inteligentes, televisões e viagens. A Premium Shop irá renovar constantemente a sua oferta, com novas e valiosas ofertas. Podem participar todas as pessoas maiores de 18, singulares e coletivas, que tenham adquirido produtos da marca DT Spare Parts na qualidade de cliente final. Basta efetuar o registo e subscrever a “newsletter” para obter gratuitamente as primeiras 750 coroas. Além do mais, com a "Dreams come true", a aliciante campanha de boas-vindas para os primeiros participantes, aqueles que se registarem antes do dia 30 de novembro de 2018 participarão automaticamente num sorteio mensal, no qual será partilhado um total de 3.000.000 de coroas com prémios no valor aproximado de 20.000 €.

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Nas palavras de Martin Ratón, gerente da filial ibérica: “A Premium Shop é um excelente apoio ativo de vendas para os nossos distribuidores, sem implicar qualquer esforço adicional da parte dos mesmos, uma vez que se destina a incentivar os clientes a comprarem peças de substituição DT Spare Parts. Não é a primeira do sector, mas é muito provável que seja a mais simples, a mais internacional – pelo número de países onde foi implementada – e uma das mais generosas. No Diesel Technic fomos pioneiros a premiar a confiança na marca, com uma garantia de 24 meses que é única no setor, dada a sua aplicação em toda a extensa gama da DT Spare Parts. E valorizamos muitíssimo a lealdade dos nossos sócios comerciais e dos seus clientes”. Outra novidade apresentada na Automechanika foi a renovação total dos seus sítios web: o da empresa, www.dieseltechnic.com, e o das suas marcas www.dt-spareparts.com e www.siegel-automotive.com, incluindo em todos um motor de busca melhorado que permite aceder a toda a gama completa, que atualmente já ultrapassa as 41.000 peças de substituição e acessórios adequados para milhões de referências de camiões, trailers, autocarros, carrinhas e outras aplicações, como ligeiros, veículos agrícolas, maquinaria de obras públicas e aplicações navais e industriais. Na feira também foram apresentados os últimos catálogos de produtos publicados, destacando-se, entre eles, o direcionado aos últimos veículos da Scania, as séries L/P-/G-/G-/R-/S. Esta rápida reação à evolução do mercado permitiu confirmar, uma vez mais, o dinamismo e a capacidade de resposta do Diesel Technic Group, como fornecedor líder mundial de soluções para o setor automóvel com o seu "Global Automotive Solutions – Made in Germany". /


DT SPARE PARTS A marca alemã DT Spare Parts representa uma gama completa com aproximadamente 40.000 peças de substituição e acessórios para o setor automóvel com qualidade garantida e uma oferta integral de serviços. A orientação permanente rumo à qualidade do equipamento original e o contínuo desenvolvimento dos serviços permitiram que a DT Spare Parts atingisse o estatuto que ostenta atualmente: marca líder do sector automóvel como alternativa à peça original da marca do fabricante. A confiança a longo prazo dos clientes é recompensada com uma garantia de 24 meses única no mercado, devido à enorme amplitude da gama à qual se aplica.

SIEGEL AUTOMOTIVE A SIEGEL Automotive é uma marca de produto da Diesel Technic AG, Alemanha. A marca disponibiliza cerca de 1500 peças de substituição e acessórios fiáveis a um preço atrativo para efetuar reparações e manutenções económicas. A gama da SIEGEL Automotive inclui peças de substituição para carroçaria e cabina, iluminação e equipamento elétrico, e para outras famílias de produto. O bom serviço é complementado com uma garantia de marca de 12 meses.

DIESEL TECHNIC GROUP O Diesel Technic é um dos maiores fornecedores de peças de substituição e acessórios para o setor automóvel. A empresa foi fundada na Alemanha em 1972. Graças às suas marcas DT Spare Parts e SIEGEL Automotive, o Diesel Technic oferece ao grossista a possibilidade de satisfazer em qualquer momento as exigências do mercado. Os pontos fortes do Diesel Technic são o desenvolvimento de peças de substituição de marca para múltiplas aplicações e o fornecimento fiável de produtos DT Spare Parts e SIEGEL Automotive em qualquer parte do mundo. Os distribuidores e os seus clientes de oficinas em mais de 150 países valorizam a experiência e os conhecimentos do Diesel Technic como um sócio fiável de serviço completo que mantém os seus negócios e veículos em movimento. Além da central na Alemanha, o Diesel Technic Group tem filiais em Espanha, França, Países Baixos, Reino Unido, Itália, Dubai (EAU) e Singapura. O Diesel Technic Group emprega mais de 650 pessoas de 30 nacionalidades.

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TÉCNICA

CONDUÇÃO

AUTÓNOMOS AINDA DEMORAM Porque é que a condução autónoma de um veículo automóvel está a demorar mais do que os fabricantes previam? O cenário rodoviário real é cheio de problemas complexos para resolver, mas a tecnologia não para de avançar. E, quando chegar à plena maturidade, será uma enorme mais-valia para o transporte de mercadorias!

PARCERIA

TEXTO PEDRO MONTENEGRO*

A

parentemente, em apenas alguns anos, os automóveis autónomos passaram do imaginário da ficção científica, para uma realidade cada vez mais próxima de cada um de nós. Mas o que parece para muitos uma realidade, surgindo do dia para a noite, levantou muitos problemas que pareciam estar já resolvidos há várias décadas, com vários componentes eletrónicos, sensores de diversos tipos, radares, unidades de

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processamento de imagens, comunicação de dados, controlo de energia consumida, mas que agora continuam a deparar-se com novos e diversos obstáculos, como o reconhecimento de pessoas, de veículos com vários eixos e muitas outras questões de difícil e dispendiosa resolução. Não muito tempo depois do aparecimento do primeiro automóvel, há pouco mais dum século, surgiram os primeiros automóveis a movimentarem-se sem ninguém ao volante. Tratou-se dum carro controlado por sinais de rádio, que ligava o motor, mudava já de relação da caixa de velocidades e até acionava a

buzina. Isto passou-se em Nova Iorque, em 1925, pelo inventor Francis Houdina, segundo o “New York Times”. Muito mais tarde, nos anos 60 do Séc. XX, John McCarthy, também conhecido como um dos fundadores da inteligência artificial, descreveu algo semelhante ao moderno veículo autónomo, capaz de navegar numa via pública, por meio de uma entrada – uma câmara de televisão, um teclado onde era inserido um destino, que podia ser alterado –, parar para descansar, fazer variar a velocidade, entre outras facilidades. Mas, nenhum veículo chegou a ser fabricado, abrindo portas a outros pesquisadores.


EM EVOLUÇÃO Muito se trabalha na condução autónoma mas ainda faltam alguns anos para que se torne numa realidade...

Nos anos 90, apareceram vários estudos sobre condução autónoma e, em 1995, Pomerlau e o seu colega Todd Jochem levaram o seu automóvel “Navlab” para a estrada, viajando mais de três mil quilómetros, sendo necessário controlar a velocidade e as acelerações. Já em 2002, a DARPA Grand Challange anunciou uma competição automóvel para veículos autónomos, com cerca de 240 km, realizada em 2004, mas nenhum automóvel cumpriu o desafio com sucesso, devido a vários problemas! Em 2009, a Google iniciou o seu projeto do carro autónomo, agora chamado Waymo, em segredo. Disse ter percorrido cerca de 480.000 km sem acidentes. Hoje, todos os fabricantes, estão a trabalhar com alguns milhares de veículos autónomos, estando a ser investidos largos milhares de milhões de euros. Não só nos veículos ligeiros mas também os construtores de pesados de mercadorias estão a trabalhar afincadamente neste campo. Claro que há muito segredo, mas julgo termos de esperar ainda bastante tempo, talvez mesmo mais de dez anos, para termos veículos completamente autónomos, a competirem com automóveis comandados por pilotos de competição, como sucedeu com outros desportos. A evolução não para, mas as dificuldades vão aparecendo… certamente para serem superadas! Para que tal seja possível é necessário tempo e muito dinheiro.

CENÁRIOS RODOVIÁRIOS PÕEM PROBLEMAS COMPLEXOS No transporte ferroviário, temos já algumas dezenas de cidades com linhas de metro sem condutores, nalgumas delas não existe mesmo a presença de qualquer funcionário da empresa de transporte na composição. Mas, quando se fala em trajetos acima dos 100 km, linhas ferroviárias entre municípios, são ainda muito poucas as composições, devido também a certas limitações na operação dos sensores e câmaras de vídeo inteligentes. Em minha opinião, na via rodoviária existem diversos problemas em termos de condução automóvel, devido à dificuldade de leitura de cenários complexos rodoviários. Diferentes veículos em diferentes direções e sentidos, acelerações diferenciadas, luminosidade e visibilidade dos veículos, assim como dos utentes pedonais, dimensões dos veículos, capacidade de travagem e de aceleração, prioridades de ação por definir, entre muitas outras situações. O avanço da tecnologia tem consequências não intencionais. Se analisarmos os veículos pesados mais antigos, comparando-os com os das últimas décadas, vemos uma área de espelho retrovisor que aumentou mais de 10 vezes, mostrando claramente a importância da visão sobre o cenário rodoviário, para os lados e para trás, além do importante para-brisas, também cada vez de maiores dimensões. Estarão já disponíveis a curto prazo, veículos

pesados com câmaras de vídeo, com muito menor resistência aerodinâmica, permitindo poupanças no consumo de combustíveis e menor poluição ambiental. Claro que as mais valias do automóvel autónomo serão imensas. Se um motorista de um veículo pesado não pode conduzir mais do que 45 horas por semana, em média, o veículo pesado autónomo vai poder circular, com facilidade, o dobro das horas, ou mesmo mais. Fala-se também no “platooning”, quando vários camiões são conduzidos em coluna, muito próximos, permitindo reduções dos consumos de combustíveis, superiores a 8%. Se este sistema é perigoso, pois a curta distância entre veículos é uma das causas mais frequentes dos acidentes rodoviários, o objetivo é que a tecnologia autónoma torne esta prática segura. Os camiões transportam cerca de 70% das mercadorias consumidas num país, pelo que a redução do preço do transporte irá impulsionar deveras a economia. Mas esperemos que a tecnologia ultrapasse todas as dificuldades para que as mais-valias em termos de segurança e poupanças várias sejam otimizadas. Como tem vindo a acontecer com toda a evolução tecnológica, desde os primeiros automóveis. Boas viagens! / * Formador de Técnicas Avançadas de Condução de Veículos Pesados e membro da Associação Portuguesa de Centros de Formação de Condução Avançada ampadrive@gmail.com

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PNEUS

CONTICONNECT

CONTICONNECT PERMITE MANUTENÇÃO EFICAZ DE PNEUS ContiConnect é a nova plataforma digital de monitorização de pneus, que recolhe dados relativos à pressão e à temperatura. Lançada recentemente pela Continental Pneus Portugal, é dirigida a veículos comerciais e agrícolas

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TEXTO DAVID ESPANCA

apresentaçãodaContiConnect decorreu nas instalações da empresa, na Lousada, tendo na ocasião, Carlos Oliveira, diretor comercial da divisão de pneus para veículos comerciais, referido que, desta forma, “as frotas podem substituir a usual manutenção de rotina e manual dos pneus por uma manutenção direcionada, intervindo nas falhas onde se sabe que elas existem, poupando assim no tempo dedicado à inspeção, correção ou reparação”. A nova solução recolhe os dados captados pelos sensores colocados na parte interior do pneu, quando o camião regressa à base. Por seu turno, a estação de leitura recebe a informação e transmite-a ao portal ContiConnect através de uma rede móvel. Neste portal, explica Carlos Oliveira, “o gestor de frota pode aceder imediatamente a alertas

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de baixa pressão, monitorizar dados sobre tempo, ver relatórios e análises de todos os pneus equipados com sensores”. A plataforma também possui notificações personalizáveis para enviar por email ou por sms, de forma a que a pessoa responsável possa receber imediatamente os alertas quando se registar pressão baixa ou temperatura elevada. Os dados podem ainda ser vistos pelos condutores, através dos monitores existentes nas cabinas dos veículos. O sensor instalado no pneu incorpora uma bateria, que tem uma duração aproximada de seis anos ou 600 mil quilómetros, e um transmissor por rádio frequência que envia os dados a cada dois minutos. MINIMIZAR CUSTOS DE OPERAÇÃO “O grande desafio dos gestores de frotas é a maximização do tempo de atividade e a eficiência de custos. A Continental disponibiliza ao mercado uma solução que permite respon-

der de forma eficaz a este desafio. A monitorização digital torna os pneus (e as frotas) mais rentáveis e seguras, já que permite uma atualização permanente do estado do equipamento”, adianta o diretor comercial. Atualmente, os pneus têm um papel preponderante nos custos de operação de uma frota, nomeadamente no consumo de combustível. “Mantendo a pressão correta dos mesmos, o desgaste será menor, proporcionando um aproveitamento maximizado da carcaça para uma segunda vida”, esclarece o interlocutor. Carlos Oliveira anunciou ainda que a plataforma “está a ser utilizada desde maio deste ano em duas frotas ativas e outras cinco estão em 'pipeline' a curto prazo. Para já, está apenas disponível para veículos comercias e agrícolas”. A próxima evolução, finaliza o responsável, “será a sua incorporação no 'software' de gestão de frotas Cesar, no qual se poderá monitorizar toda a frota na Europa”. /


NOTÍCIAS

PNEUS

MICHELIN

NOVO X COACH Z

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Michelin lançou um novo pneu para autocarro na medida 295/80 R.22.5. Os principais argumentos do novo Michelin X Coach Z são uma maior capacidade de carga, a polivalência da utilização, assim como uma melhoria na segurança e na robustez. O novo pneumático responde às expetativas dos fabricantes de autocarros e dos operadores, uma vez que tanto pode ser utilizado no eixo dianteiro como no traseiro, enquanto a sua capacidade de carga foi otimizada para corresponder às exigências das mais recentes gerações de veículos, oferecendo uma maior segurança e mobilidade em todas as estações do ano (M+S e 3PMSF). As suas tecnologias

Regenion e Infinicoil conferem-lhe uma maior robustez comprovada, um ótimo conforto para os passageiros e condutor, uma maior eficiência e até 16% mais de duração. Segundo a marca francesa, o Michelin X Coach Z foi projetado com o compromisso de garantir a perenidade das suas performances do primeiro ao último quilómetro, segundo a estratégia “Michelin Long Lasting Performance”. As suas performances melhoradas permitem às empresas cumprir com a satisfação dos clientes. Em termos de segurança, a tecnologia Regenion faz com que o desenho da banda de rolamento seja evolutivo e vá abrindo à medida que o pneu se desgasta, garantindo um elevado nível de aderência durante

toda a vida útil do pneu, do primeiro ao último quilómetro. Ao nível da robustez e da capacidade de carga, este pneumático possui uma estrutura reforçada com a tecnologia Michelin Infinicoil, que consiste num fio de aço enrolado em contínuo em toda a largura no topo do pneu, garantindo uma elevada estabilidade e resistência, e uma maior capacidade de carga (até 7,5 toneladas por eixo em montagem simples). A marca francesa reivindica ainda uma melhoria do custo por quilómetro do novo pneu, graças a um aumento de 16% de rendimento quilométrico. Os pneus também são reesculturáveis e recauchutáveis, para serem utilizados no eixo de tração ou direcional. /

AVON

NOVO AV12 PARA COMERCIAIS

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Avon Tires desenvolveu um novo pneu AV12 especificamente para veículos comerciais ligeiros. A marca britânica recorreu à sua longa experiência nos ralis para conceber um pneumático com flancos mais fortes, que incluem os denominados ‘nervos de desgaste’ com uma profundidade de 1,5 centímetros para uma melhor proteção contra impactos. O flanco proeminente também ajuda a prevenir o desgaste prematuro e minimiza os da-

nos causados pela operação quotidiana em ambiente urbano. Este pneu AV12 da Avon incorpora um composto rico em sílica que melhora a performance e a também a travagem em piso molhado. Com uma construção sólida testada em condições reais de operação junto de utilizadores profissionais, o AV12 cobre mais de 80% do mercado de veículos comerciais ligeiros, respondendo às necessidades específicas dos clientes deste segmento.

NOVEMBRO 2018 TURBO COMERCIAIS

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NOTÍCIAS

PNEUS

BRIDGESTONE

PLATAFORMA DIGITAL “FLEETPULSE”

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Bridgestone está a implementar uma inovadora plataforma de manutenção digital, FleetPulse, que se destina a simplificar as operações de frota, aumentar o tempo na estrada e diminuir os custos de operação. Esta solução é constituída por uma aplicação para telemóvel, um website centralizado e um hardware de sistema de monitorização de pressão do pneu (SMMP). Com a aplicação FleetPulse para Android, condutores e técnicos dispõem de uma plataforma fácil de utilizar para completar as inspeções de operacionalidade dos seus veículos. Ao substituir este processo manual, a aplicação garante que todas as avaliações necessárias são levadas a cabo, e que nenhum pormenor é esquecido. No portal online e centralizado da FleetPulse, gestores de frotas e da sua manutenção podem aceder, através da cloud, a atualizações de estado de toda a sua frota – incluindo defeitos ou danos e dados de desempenho. É também possível emitir pedidos aos técnicos ou aos condutores, incluindo novas listagens, reservas ou até a remoção de veículos da estrada, através das notificações da aplicação.

Os utilizadores e gestores de frotas também podem beneficiar de informações sobre as condições pneus graças ao FleetPulse. O serviço é composto por hardware SMPP para o veículo, que inclui sensores e um dongle Tirematic. Conectado ao SMPP do veículo, o FleetPulse recolhe automaticamente informações sobre a pressão do pneu, antes de enviar os resultados para os condutores e gestores através da aplicação e do painel online, tudo em tempo real. Ao garantir a pressão adequada dos pneus, a FleetPulse evita acidentes, desgaste e consumo de combustível excessivos – diminuindo os custos adicionais e emissões de dióxido de carbono.

ESTREIA DO FUELMAX PERFORMANCE

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TURBO COMERCIAIS NOVEMBRO 2018

A Falken alargou o seu portefólio com o lançamento do novo pneus de autocarro RI151, que foi concebido para responder às necessidades específicas do transporte regional, permitindo igualmente um uso polivalente. Disponível nas dimensões 295/80R22.5, 315/60R22.5 e 315/70R22.5, com capacidade de carga por eixo até oito toneladas, oferece um desempenho melhorado em todas as condições meteorológicas com a homologação 3PMS. Este pneu incorpora um composto inovador capaz de superar condições climáticas adversas, como piso molhado ou neve.

PNEU HANKOOK PARA E-BUSES

GOODYEAR

Goodyear estreou no Salão de Hannover o seu primeiro pneu de camião fabricado com um composto de banda de rolamento totalmente em sílica, o Fuelmax Performance. Esta tecnologia permitiu obter a classificação A de pneus da União Europeia para eficiência de combustível, além de cumprir os requisitos dos pneus de inverno Three Peak Mountain Snow Flake (3PMSF). Segundo o fabricante norte-americano, os pneus Fuelmax Performance permitem às frotas de transporte internacional de longo curso maximizar a poupança de combustível. As estimativas da Goodyear apontam para uma redução de 290 mil euros por ano em custos com combustível numa frota de 100 camiões. Esta nova geração de pneus também vai ajudar os fabricantes a cumprir os objetivos de emissões de dióxido de carbono da União Europeia, uma vez que antecipam uma proposta de legislação comunitária para a diminuição de 15% das emissões de dióxido de carbono dos veículos pesados em 2025 e em 30% em 2030. A gama Goodyear Fuelmax Performance é

FALKEN LANÇA RI151 PARA AUTOCARROS

constituída por dois pneumáticos direcionais Fuelmax S Performance e um de tração Fuelmax D Performance. A combinação dos pneus Fuelmax Performance de direção e transmissão com os pneus para reboques Goodyear Fuelmax T já existentes, também etiquetados como A em eficiência de combustível, permitem uma poupança de combustível e reduções de CO2 consistentes.

A Hankook apresentou o seu primeiro pneu desenvolvido para autocarros elétricos, o SmartCity AU04+. Como este tipo de veículo é normalmente mais pesado, o pneus também têm de suportar uma carga maior. Para responder a essas exigências, este novo pneumático, disponível na medida 315/60 R 22.5, beneficiou de um reforço não só da estrutura, mas também dos flancos. Outra caraterística é a baixa resistência ao rolamento para permitir um maior conforto aos utilizadores e uma maior vida útil.




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