2,90€ (CONT.)
#39 SETEMBRO 2020
FORD
TRANSIT
TRAIL
NOVAS VERSÕES COM IMAGEM RADICAL TOYOTA
HILUX NOVA GERAÇÃO EM 2021
FILIPE SOUSA CAMPOS TOYOTA
“APOSTA ESTRATÉGICA REFORÇADA COM TOYOTA PROFESSIONAL”
CONHEÇA AS NOVAS PROPOSTAS ELÉTRICAS DO GRUPO PSA, FIAT, LEVC E BYD
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
EMISSÕES ZERO
PUBLICIDADE
#39 SETEMBRO 2020
Editorial
Sumário
DESTINO: EMISSÕES ZERO
P
APRESENTAÇÃO
50 Mercedes-Benz eGen2 Truck
PERSPETIVA
18 Filipe Sousa Campos,
Toyota Caetano Portugal
NOVIDADES
04 Ford Transit Trial e Active 10 Fiat e-Ducato 12 Comerciais elétricos PSA 16 LEVC VN5 36 Toyota Hilux 46 Novas gamas MAN 54 Autocarros BYD
ENSAIOS
24 Volkswagen Caravelle 28 Toyota Proace City Verso
ara ajudar a combater as alterações climáticas, a União Europeia estabeleceu metas ambiciosas que passam por uma diminuição em, pelo menos 20%, das emissões com gases de estufa, em relação aos níveis de 1990. O setor dos transportes pode não ser o principal responsável pelas emissões de gases poluentes para a atmosfera, mas tem vindo a ser sujeito a uma forte pressão para diminuir o seu impacto ambiental. Por um lado, as autoridades europeias têm vindo a implementar normas cada vez mais exigentes em termos de emissões de gases de escape. Por outro lado, algumas cidades europeias também começaram a introduzir zonas de emissões zero nos centros urbanos e esta é uma tendência que se manterá no futuro. Além do setor dos transportes também os fabricantes automóveis têm vindo a ser pressionados para lançarem soluções mais sustentáveis do ponto de vista ambiental. O aumento da procura obrigou as marcas a acelerarem o desenvolvimento de novos produtos com emissões zero e a oferta já começa a aparecer em todos os segmentos de veículos comerciais ligeiros e pesados, desde os furgões compactos, passando pelos camiões e autocarros. Esta edição da TURBO COMERCIAIS é um “espelho” desta transição para fontes de energéticas não poluentes por parte de fabricantes tão diferentes como o Grupo PSA, a LEVC, a BYD ou a Mercedes-Benz. Em função do tipo de aplicação e da autonomia poderá ser uma disponibilizada uma solução elétrica diferente, alimentada a bateria ou hidrogénio. Apesar de não ser previsível o desaparecimento por completo do motor de combustão no futuro, a sua importância relativa deverá diminuir. O destino das operações de transporte passará inevitavelmente por emissões zero. CARLOS MOURA PEDRO
PICK-UP
JORNALISTA
31 Toda a oferta 2020
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SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
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novidades
FORD TRANSIT E TOURNEO
NOVAS VERSÕES TRAIL E ACTIVE A oferta de comerciais médios e grandes da Ford foi reforçada com as novas versões Trail e Active. Com design distinto e caraterísticas técnicas específicas estão preparadas para enfrentar novos desafios TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
A
s versões Trail e Active vieram reforçar a oferta de veículos comerciais da Ford - Transit Custom, Tourneo Custom e Transit - estando já disponíveis para encomenda. As primeiras unidades começam a ser entregues depois do verão. As novas versões Trail da Transit Custom e da Transit foram otimizadas para proporcionar melhores condições de operação em ambientes de trabalho mais difíceis, oferecendo uma melhor tração. Essa melhoria deve-se à introdução de um novo diferencial de deslizamento limitado mecânico / autoblocante (mLSD) nas versões de tração dianteira da Transit Custom e Transit, e de um sistema de tração inte-
gral inteligente (AWD) no modelo Transit. O sistema mLSD foi desenvolvido em conjunto com a Quaife, especializada em tecnologias de tração. Trata-se de um dispositivo que transfere automaticamente o binário do motor, em condições de baixa aderência, para a roda com mais tração. Assim, as Transit Trail e Transit Custom Trail conseguem enfrentar mais facilmente todos os tipos de pisos não pavimentados, assim como trilhos em cascalho ou superfícies escorregadias. O sistema de controlo eletrónico de estabilidade foi igualmente reprogramado para responder melhor às solicitações do mLSD. Anteriormente, a Ford já tinha recorrido a esta tecnologia para melhorar as características de tração e comportamento
TRANSIT RWD
Caixa automática de dez velocidades
A
s versões de tracção traseira e capacidade de reboque até 2800 kg da Ford Transit podem ser equipadas com uma nova caixa automática de dez velocidades. Desenvolvida originalmente para o Mustang também passou a ser disponibilizada nas pick-up F150 e Ranger Raptor. Na gama Transit, esta transmissão destina-se às variantes com maior peso bruto do furgão de mercadorias, a veículos de emergência e às versões minibus de 15 e 18 lugares. Concebida pelos engenheiros da Ford, esta transmissão foi projetada para otimizar o consumo de combustível, graças a uma maior amplitude das relações de caixa, permitindo um funcionamento mais eficiente por parte dos motores. A nova transmissão automática de dez velocidades pode ser associada ao motor Ford EcoBlue HDT 2.0 de 170 cv. Esta caixa foi sujeita a testes intensivos de resistência e durabilidade para garantir a sua compatibilidade com uma utilização intensa e exigente em veículos comerciais que operem com cargas elevadas e períodos de trabalho intensos, permitindo também o uso regular de reboques. A nova transmissão automática para tracção traseira já se encontra em produção e está incluída no mais recente pacote de atualizações lançado pela Ford na gama Transit durante o ano de 2019, que inclui propulsores mais económicos e eletrificados, maior carga útil e conectividade reforçada. A caixa automática de dez velocidades passa a coexistir com a transmissão automática de seis relações, que se mantém disponível nas versões de tração dianteira da Transit. A caixa automática de dez velocidades foi otimizada para as versões da Transit com pesos brutos de 3500 kg e 4600 kg, com rodado traseiro simples ou duplo, sendo também proposta nos derivativos chassis-cabina e minibus. Esta transmissão automática oferece ainda uma capacidade de reboque até 2800 kg.
130 CV MOTOR
3500 PESO BRUTO
50%
REPARTIÇÃO BINÁRIO
Outubro LANÇAMENTO
dinâmico dos modelos Ford Performance, como, por exemplo, o Focus RS, o Fiesta ST e o Focus ST. A marca reivindica que esta tecnologia não tem qualquer impacto nas emissões de CO2 nem no consumo de combustível.
NOVA OPÇÃO As versões de tração traseira podem receber a caixa automática de dez velocidades
SISTEMA DE TRAÇÃO INTEGRAL (AWD)
Para melhorar a condução em fora de estrada, a Transit Trail de tração traseira pode ser dotada com um sistema de tração integral inteligente. Este último transfere até 50% do binário do motor para o eixo dianteiro com base na aderência disponível, respondendo às alterações de piso e às reações do condutor. Para apoiar o utilizador, o sistema de tra-
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novidades
VERSÕES ACTIVE Com um estilo menos radical do que nas versões Trail, a gama média Transit Custom e Tourneo Custom passa também a estar disponível nas novas versões Active, que se distinguem por uma imagem exterior inspirada nos SUV
ção Integral Inteligente (AWD) da Transit Trail disponibiliza os modos Slipepery (piso escorregadio) e “Mud / Rut” (lama / sulcos), que se destinam a melhorar a confiança do condutor numa ampla variedade de cenários de condução. O comando está localizado no tablier e recebeu a designação Drive Mode (Modo de Condução). A Tração Integral Inteligente oferece ainda o modo “AWD Lock” (bloqueio da tracção integral) para uma repartição do binário em 50:50 entre os dois eixos em superfícies de aderência muito baixa. Segundo a Ford, o sistema não compromete o volume de carga ou as dimensões da versão Transit Trail, em comparação com as versões homólogas de tração traseira.
VERSÃO TRAIL COM IMAGEM ESPECÍFICA
Exteriormente, as versões Trail da Transit Custom, Tourneo Custom e Transit são facilmente identificáveis por uma grelha dianteira claramente inspirada na pick-up Ranger Raptor. A dotação de série inclui retrovisores exteriores rebatíveis e luzes automáticas. O interior também é específico, destacando-se os bancos em couro, que são de série, assim como o sistema de ar condicionado ou o pára-brisas Quickclear, que facilita um desembaciamento rápido em condições de muito frio. A Transit Custom Trail está disponível em vários derivativos, com pesos brutos en-
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tre 3000 kg e 3400 kg, incluindo furgão e kombi, e em duas distâncias entre-eixos. Por sua vez, a Transit Trail é proposta em vários tipos de carroçarias e distâncias entre-eixos na categoria de 3500 kg: furgão, kombi, chassis-cabine simples. Todas as versões Transit Trail e Transit Custom Trail estão disponíveis com o motor diesel Ford EcoBlue de 2,0 litros, com potência de 130 cv. Além disso, as versões Transit Custom Trail também são propostas com o propulsor Ford EcoBlue Hybrid de 2,0 litros, de 130 cv. A tecnologia mild hybrid de 48 V recupera a energia durante a desaceleração, armazenando-a numa bateria, utilizando essa energia para baixar o consumo de combustível.
INSPIRAÇÃO SUV NAS VERSÕES ACTIVE
A Ford desenvolveu ainda versões Active da Transit Custom e Tourneo Custom, que se destinam a apoiar os estilos de vida de clientes particulares e profissionais. Estas variantes distinguem-se por apresentarem uma imagem exterior inspirada nos SUV.
Entre os elementos específicos incluem-se as exclusivas jantes de liga leve de 17”, a grelha com assinatura Active, barras de tejadilho, proteções adicionais nos guarda-lamas, painéis laterais da carroçaria, pára-choques traseiros e capas dos retrovisores. As versões Transit Custom Active e Tourneo Custom Active também estão disponíveis, em opção, com o sistema autoblocante mecânico com mLSD. Todas as versões Active beneficiam de especificações interiores únicas, com bancos exclusivos parcialmente revestidos em couro, e acabamentos em azul no painel de instrumentos na versão Tourneo Custom Active. No capítulo mecânico, a oferta assenta no motor diesel Ford EcoBlue de 2,0 litros com 185 cv. A transmissão pode ser assegurada por uma caixa de velocidades automática ou manual. A Tourneo Custom Active é comercializada em versões de chassis curto (SWB) e longo (LWB), com lotação máxima de oito pessoas, incluindo condutor. /
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Natural Power significa tirar o máximo partido do seu motor e ter o menor impacto sobre o ambiente. Isto significa 95% menos de PM, 95% menos de emissão de CO2 com biometano, 90% menos de NO2 e o melhor conforto acústico no interior da cabina. Isto significa ter até 1600 km de autonomia com GNL e conforto de condução de primeira qualidade na nova cabina. Significa o máximo de conectividade e o melhor relacionamento com a natureza.
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novidades
FORD PASSCONNECT
CONECTIVIDADE AGORA É DE SÉRIE Quase toda a gama de comerciais da Ford já vem equipada com o modem FordPass. Além de uma conectividade permanente também permite atualizações remotas de software
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modem FordPass Connect, que permite manter a viatura sempre conectada e ajudar os clientes a melhorarem a produtividade dos seus negócios, passou a ser de série na maioria dos veículos comerciais da Ford: Transit, Transit Custom, Tourneo Custom, Transit Connect, Tourneo Connect, Fiesta Van e Ranger. De subscrição gratuita para os condutores europeus, o modem integrado a bordo assegura a ligação permanente dos veículos à Internet através de uma ligação sem fios, permitindo ainda atualizações de software por via remota (over the air) ou serviços conectados, como o FordPass Pro. Esta
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solução possibilita ainda a integração com outros serviços, designadamente o Ford Telematics e Data Services. Os utilizadores também podem aceder remotamente aos serviços conectados dos comerciais da Ford através de um smartphone, utilizando a app ‘Ford PassPro’. Lançada no ano passado, foi concebida para responder às necessidades dos clientes com pequenos negócios. A aplicação possibilita a manutenção, monitorização e controlo de até cinco veículos com um único smartphone. O software recebe atualizações regulares por via remota (over the air), assegurando que o sistema e componentes do veículo continuam a funcionar de forma segura e nas melhores condições técnicas.
O sistema de conectividade permanente garante uma maior segurança do veículo graças à função ‘Guard’ do ‘FordPass Pro’. Se alguém tentar entrar no veículo, abrir o capot ou ligar a ignição com o modo Guard ativado, o utilizador irá receber uma notificação de alerta no seu smartphone. O sistema também oferece uma segurança adicional contra ladrões de chaves ou clonagem, alertando se o veículo é destrancado ou o motor ligado usando uma chave. O modo Guard será disponibilizado aos clientes de veículos comerciais que usem a appFordPass Pro na Europa este ano. Para os proprietários atuais será a primeira funcionalidade a ser ativada através de atualização remota de software./
novidades
FIAT E-DUCATO
AUTONOMIA ATÉ 330 KM A Fiat Professional está preparar o lançamento da versão elétrica do Ducato, que estará disponível em vários derivativos e opções de bateria para autonomias de 200 km a 330 km
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m ano após a apresentação do protótipo da variante elétrica do seu furgão de grandes dimensões, a Fiat Professional revelou a versão final do E-Ducato. Segundo a marca italiana, o E-Ducato é o resultado de um conjunto alargado de testes e melhorias, que levou em conta todas as variáveis de utilização por diferentes tipos de clientes, como também aspetos dinâmicos, de carga e ambientais. O novo comercial elétrico irá juntar-se ao Ducato Natural Power (gás natural) na oferta de sistemas alternativos de propulsão da Fiat Professional. Para marcar o início desta nova era elétrica, o logotipo criado pelo centro de estilo
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da FCA faz a sua estreia como o abraço simbólico entre o futuro e o presente deste campeão de vendas. O próprio logotipo é constituído por dois elementos distintos: a letra “E” a azul, associada tradicionalmente à inovação e à sustentabilidade, antecedida por um “D” em tom de cinza para sublinhar o caráter forte de um veículo que não necessita de um foco de luz para brilhar. O Fiat E-Ducato estará disponível em opções modulares para a capacidade da bateria, oferecendo níveis de autonomia que vão dos 220 quilómetros no ciclo típico de distribuição urbana até mais de 330 quilómetros em condições normais de operação. A velocidade máxima está limitada a 100 km/h para otimizar o consumo de energia. O motor elétrico desenvolve uma potência
de 90 kW e um binário máximo de 280 Nm. O novo sistema de propulsão elétrico não penaliza os tradicionais pontos fortes do Ducato: volume útil dos 10 aos 17m3 e uma capacidade de carga até 1950 kg. Além disso, o E-Ducato está sempre conectado, contando com um conjunto de caraterísticas que permitem responder aos requisitos profissionais e de eletrificação de todos os tipos de clientes, desde os utilizadores individuais até aos grandes frotistas que utilizam sistemas de gestão de frotas. Antes de ser lançado no mercado ainda este ano nalguns países europeus, o Fiat E-Ducato será sujeito a extensivos testes por clientes selecionados em condições normais de utilização./
LIGADA À CORRENTE A versão elétrica da Ducato será proposta em várias variantes de carroçaria e níveis de autonomia de 220 km a 330 km
90 KW
MOTOR ELÉTRICO
330 KM AUTONOMIA
100 KM/H VELOCIDADE MÁXIMA
1950 KG
CAPACIDADE CARGA
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novidades
GRUPO PSA
ELETRIFICAÇÃO DE TODA A GAMA Até ao final de 2021, toda a gama de comerciais ligeiros do Grupo PSA estará eletrificada. O processo já arrancou com os modelos de dimensões médias, quer nas variantes de mercadorias, quer de passageiros TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
T
oda a gama de veículos comerciais do Grupo PSA estará eletrificada até ao final de 2021, garantiu Xavier Peugeot, vice-presidente do Grupo PSA, durante um encontro online que contou com a participação da TURBO COMERCIAIS. O administrador de topo do Grupo PSA, responsável pela unidade de negócio de veículos comerciais ligeiros, adiantou que as caraterísticas técnicas e as prestações
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serão em tudo semelhantes às dos veículos de combustão equivalentes. “Não fizemos qualquer compromisso”, sublinhou. A primeira fase da ofensiva elétrica do Grupo PSA terá como protagonista principal a gama de comerciais médios. Os modelos Peugeot e-Expert, Citroën ë-Jumpy e Opel Vivaro-e já estão disponíveis para encomenda desde o passado de julho nalguns mercados, prevendo-se a entrega das primeiras unidades no terceiro trimestre de 2020.
TRÊS COMPRIMENTOS DE CARROÇARIA
Os novos comerciais elétricos de gama média do Grupo PSA serão comercializados nas mesmas versões do que as propostas com motores de combustão interna, permitindo, assim, responder a todos os tipos de utilização. Para possibilitar o acesso à esmagadora maioria dos parques de estacionamento subterrâneos por parte dos utilizadores destes veículos, a altura total está limitada a 1,90 metros.
Peugeot e-Expert
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roposto em três comprimentos de carroçaria, o Peugeot e-Expert será comercializado nos níveis de equipamento PRO e Premium, assim como nas versões Asphalt (para utilização em estrada) e Urban (distribuição de última milha). Em termos de imagem aposta na diferenciação, mantendo o estilo musculado das versões de combustão da gama Expert, complementado por elementos específicos, incluindo leões dicroicos (com alterações de cor de acordo com o ângulo de visão), na zona dianteira e traseira, que acompanham a opção “Pack Look”, uma abertura de carga na divisória frente esquerda, uma grelha intermédia específica, um monograma “e-Expert” na traseira. A cabina dispõe do assento Moduwork, de três lugares, que oferece uma abertura na antepara e no encosto do banco lateral rebatível.
A gama será constituída por furgões de mercadorias que serão propostos em três comprimentos de carroçaria: 4,6 metros, 4,95 metros e 5,30 metros. A oferta compreende ainda versões de cabina dupla, com cinco ou seis lugares (fixos ou rebatíveis), mas apenas nas variantes de carroçaria média ou longa. Este portefólio é complementado por uma versão chassis cabina, baseada na variante de chassis médio, que se destina a transformações por carroçadores certificados, designadamente para transporte de produtos refrigerados ou como furgão grande volume. Como os novos comerciais elétricos do Grupo PSA foram projetados para receberem diferentes tipos de motorizações, os compartimentos de carga irão disponibilizar o mesmo volume útil, podendo chegar aos 6,6 m3 nas versões de chassis longo. A capacidade de carga de 1275 kg é específica da motorização elétrica, enquanto a capacidade de reboque é idêntica, isto é, uma tonelada.
CAPACIDADE DE CARGA IDÊNTICA Os comerciais elétricos do Grupo PSA vão oferecer uma capacidade de transporte idêntica às versões de combustão. A gama será proposta com duas capacidades de bateria
DUAS CAPACIDADES DE BATERIA
130 KM/H
De acordo com estudos efetuados pelo Grupo PSA, cerca de 80% dos condutores
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COMPRIMENTOS
1,90 M ALTURA
330 KM
AUTONOMIA 75 KWH
VELOCIDADE MÁXIMA
Citroën ë-Jumpy
O
Citroën ë-Jumpy será comercializado em três dimensões de carroçaria, incluindo a nova XS, com comprimento exterior de 4,60 metros, disponibilizando um volume útil de carga entre 4,6 m3 (XS sem Moduwork) e 6,6 m3 (XL com Moduwork). A dotação de série da versão elétrica do Jumpy vai incluir a maioria dos elementos do nível de equipamento Worker da variante de combustão: suspensões com regulações específicas, placa de proteção inferior do motor, uma base adequada à instalação da bateria sob o piso e, em opção, aumento da carga útil e Grip Control. O Citroën ë-Jumpy será proposto em quatro níveis de equipamento: Control, Club, Driver e CityVan.
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novidades
GRUPO PSA ELETRIFICAÇÃO
Opel Vivaro-e
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ara entregas sem emissões, a primeira proposta da Opel vai ser o Vivaro-e, que também estará disponível em três comprimentos de carroçaria, com preços a partir de 39.180 euros. A gama é comercializada nos derivativos furgão, nos níveis de equipamento Essentia (dois lugares) e Enjoy (três lugares), cabina dupla com seis lugares (Enjoy) e plataforma (Essentia). A oferta é complementada por variantes de nove lugares, Combi, nos três comprimentos de carroçaria. À semelhança das variantes com motores de combustão interna, o Vivaro-e irá contar com uma ampla de sistemas de assistência ao condutor. Além do Head-up Display, estarão disponíveis sistemas como o alerta de desvio de trajetória, reconhecimento alargado de sinais de trânsito, programador de velocidade semi-adaptativo, alerta de colisão frontal. .
de veículos comerciais percorrem, em média, menos de 200 quilómetros por dia. Com base nesses dados, a nova gama eletrificada de comerciais médios irá contar com uma oferta dupla em termos de autonomia. Em função das necessidades dos clientes, estarão disponíveis baterias de iões de lítio com capacidade de 50 kWh e 75 kWh. Para não penalizar a capacidade de carga, as baterias estão localizadas por baixo do piso, entre os eixos. Todas as versões de carroçaria - curta, média e longa - podem receber a bateria
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de 50 kWh, que proporciona uma autonomia máxima até 230 km, segundo o ciclo WLTP. A bateria de maior capacidade, isto é, 75 kWh destina-se às versões de chassis médio e longo, permitindo uma autonomia de até 330 km. De acordo com as previsões dos responsáveis do Grupo PSA, as versões equipadas com a bateria de 75 kWh deverão representar cerca de 70% das vendas. A cadeia de tração é constituída por um motor elétrico que desenvolve uma potência de 100 kW (136 cv) e um binário máximo de 260 Nm, e por um redutor adaptado
para responder às necessidades específicas de um veículo comercial. Em termos de prestações, o Grupo PSA anuncia uma velocidade máxima de 130 km/h em modo Power, limitada eletronicamente, e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h pode ser cumprida em 13,1 segundos. Em função dos mercados estarão disponíveis dois tipos de carregadores de bordo: monofásico de 7,4 kW ou trifásico de 11 kW. O tempo de carga completa da bateria de 75 kWh poderá variar entre as 47 horas numa tomada doméstica e as 7h30 numa
Modelos específicos para passageiros
A
oferta do Grupo PSA vai incluir igualmente modelos específicos para o transporte de passageiros, que oferecem mais equipamento e uma lotação que pode variar entre dois e nove ocupantes. Os novos Peugeot e-Traveller, Citroën ëSpacetourer e Opel Zafira Life-e começaram a ser comercializados em setembro, sendo propostos em duas versões base: Navette e Combispace. Para utilizadores profissionais e especialistas em transporte de passageiros (táxis, veículos de turismo com condutor, aeroportos), as três marcas do Grupo PSA irão propor a versão Navette, que estará disponível em dois níveis de equipamento, lotações de cinco a nove lugares ou seis a sete lugares. Os passageiros da versão Navette contam com um ambiente de luxo, com fácil acesso a bordo graças às portas laterais deslizantes em ambos os lados, com abertura elétrica e funcionamento mãos-livres. A privacidade é garantida por janelas escurecidas (70% de opacidade) e extra-escurecidos (90% de opacidade). Em função da versão, os bancos da segunda e da terceira filas podem ter revestimento em couro, além de serem individuais e com apoios de braços. Tal como sucede nas versões de combustão, os bancos podem ser divididos numa configuração 2/3 - 1/3. A oferta do derivativo Navette é complementado com o nível de equipamento VIP que oferece aos passageiros uma configuração com quatro bancos independentes e opostos ou cinco lugares. Para clientes particulares, o Grupo PSA também irá propor os derivativos Combispace, em dois níveis de equipamento, e configurações de cinco a oito lugares, oferecendo múltiplas configurações de bancos deslizantes e amovíveis.
ASSISTÊNCIA À CONDUÇÃO Avançados sistemas de assistência à condução e de infoentretenimento estarão disponíveis nos comerciais elétricos
wallbox de 11 kW. Num posto de carga rápido de 100 kWh será possível recuperar até 80% da capacidade da bateria de 75 kWh em cerca de 45 minutos.
SERVIÇOS DE MOBILIDADE
Para ajudar os clientes na transição energética, as marcas do Grupo PSA irão disponibilizar serviços assentes em três pilares: Easy-Charge, Easy-Move e Serenity. A oferta Easy-Charge consiste na disponibilização de diferentes soluções de carregamento em casa ou no escritório, ou em
postos de carregamento publico através do Free2Move Services, que inclui um passe para acesso a uma rede com mais de 150 mil estações de carregamento na Europa. Os serviços Easy-Move incluem uma ferramenta para planeamento e organização de viagens mais longas através da app para smartphones, propondo as melhores rotas levando em conta a autonomia disponível e a localização das estações de carregamento ao longo do trajeto. Esta oferta compreende ainda o Mobility Pass, que consiste num pacote que permite alugar
um veículo em função das necessidades. Para ajudar os clientes a aproveitarem melhor a sua viatura elétrica, o Grupo PSA disponibiliza o serviço Serenity, que inclui novos simuladores e rotas digitais, assim como contratos de serviço e de assistência adaptados, que podem ser incorporados num único financiamento. Destaque ainda para o certificado de capacidade da bateria para facilitar a revenda do veículo e assegurar o nível de capacidade da bateria. Esta última tem uma garantia de oito anos ou 160 mil quilómetros para 70% da sua carga. No que se refere aos objetivos para a nova gama de comerciais elétricos, esta poderá representar 5% das vendas no primeiro ano e chegar aos 15% nos próximos ano. Xavier Peugeot, vice-presidente do Grupo PSA, alertou que estas previsões podem ser revistas em função da procura e das medidas para a redução das emissões nos centros urbanos, com o aumento das zonas de emissões baixas ou zero. /
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novidades
LEVC VN5
TÁXI TRANSFORMADO EM FURGÃO Com base no icónico táxi britânico com extensor de autonomia TX, a LECV criou um furgão que oferece um volume útil de carga de 5 m3 e uma capacidade de 800 kg
A
LEC V (London E V Company) desenvolveu um furgão elétrico com extensor de autonomia a partir do tradicional táxi britânico TX. Com volume útil de 5 m 3, o novo modelo será comercializado, a partir do último trimestre de 2020, sob a designação VN5, posicionando-se entre a versão longa de um furgão compacto e a de chassis curto de teto baixo de um comercial de dimensões médias. A denominação deste modelo segue a mesma lógica adotada por esta marca britânica detida pelos chineses da Geely (que também detêm a Volvo Cars), combinando a
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100 KM AUTONOMIA ELÉTRICA
5 M3
VOLUME ÚTIL
800 KG CARGA ÚTIL
tipologia do veículo e a principal caraterística. Assim, tal como a designação TX para táxi, a denominação VN foi adotada para o furgão e o número ‘5’ representa o volume útil de carga. O VN5 partilha a mesma plataforma e a tecnologia de extensão de autonomia eCity com o táxi TX da LECV, permitindo oferecer uma autonomia em modo elétrico até 102 quilómetros e um raio de ação total de até 485 quilómetros. De igual modo que o TX, o VN5 irá assegurar um raio de viragem das rodas muito curto, proporcionando uma mobilidade ímpar nos movimentados centros urbanos. A LECV sublinha que o VN5 foi concebido
DPD
Testes no Reino Unido
A
para assegurar uma “distribuição porta a porta” e não apenas da última milha, permitindo estabelecer a ligação entre as plataformas logísticas e os centros urbanos. Com base numa rota no mundo real de 75 quilómetros, o VN5 pode efetuar quase o dobro das viagens e das entregas do que os principais concorrentes do segmento de furgões elétricos. O VN5 vai começar a ser produzido no último trimestre deste ano numa fábrica localizada em Ansty (perto de Coventry), no Reino Unido. A LECV acredita que este modelo vai representar cerca de 70% de uma produção anual estimada em 20 mil unidades. /
ÚLTIMA MILHA E NÃO SÓ O LECV VN5 foi projetado para oferecer um raio de ação superior à média dos veículos comerciais elétricos do seu segmento
DPD vai ser uma das empresas a efetuar testes em condições reais de utilização com um dos primeiros protótipos do LEVC VN5. Dadas as semelhanças entre o veículo utilizado como táxi e o VN5, as primeiras unidades de pré-produção resultaram de uma transformação do interior realizada no modelo TX. “Estamos satisfeitos que a DPD seja a primeira empresa a iniciar os testes com os nossos protótipos do VN5 que foram transformados a partir do táxi”, comenta Joerg Hofmann, CEO da LECV. “Estes testes em condições reais serão um marco na história da LEVC, uma vez que a empresa continua a sua transformação de uma marca icónica de táxis britânicos num fabricante líder de veículos elétricos”. O furgão VN5 dispõe de um compartimento de carga preparado para receber duas europaletes e uma carga útil superior a 800 quilogramas. O projeto do veículo prevê uma ampla porta lateral deslizante para permitir o carregamento com recurso a um empilhador e duas portas traseiras assimétricas (60/40). Segundo a LEVC, a tecnologia eCity responde às necessidades de operação de vários setores da distribuição e não apenas da última milha. A DPD irá utilizar o VN5 nas ligações entre os centros de distribuição e os centros urbanos. A fase de testes irá decorrer nos próximos meses e contará com o envolvimento de 25 parceiros que irão utilizar os veículos de testes em aplicações tão diferentes como entregas de ferramentas e equipamentos ou serviços postais. As empresas foram escolhidas especificamente para operarem o veículo em diferentes tipos de serviços. O fabricante assegura que o VN5 foi projetado para oferecer o dobro da longevidade face aos principais concorrentes, o que se deve à utilização de uma estrtura em alumínio. A LEVC defende que esta solução é mais resistente à corrosão e absorve o dobro da energia num embate em comparação com o aço. Os painéis da carroçaria são fabricados em material compósito, sendo mais resistentes a amolgadelas e a pequenos impactos, contribuindo para manter o veículo mais tempo em operação.
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PERSPETIVA
FILIPE SOUSA CAMPOS - DIRETOR DE MARKETING E VENDAS TOYOTA
“TOYOTA PROFESSIONAL É SINÓNIMO DE DEDICAÇÃO DA REDE” A nova marca Toyota Professional foi criada para consolidar a presença da Toyota no segmento empresarial, afirma Filipe Sousa Campos, diretor de marketing e vendas da Toyota Caetano Portugal. O objetivo é dar as melhores respostas aos clientes TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
P
ara consolidar a posição no segmento de comerciais ligeiros, que representa 20% do volume de vendas da marca no nosso país, foi criada a marca “Toyota Professional”. O objetivo consiste no reforço do foco e da dedicação de toda a rede Toyota. Alem disso, assinala ainda a implementação de uma nova estratégia para este tipo de viaturas no mercado nacional. “Com o Toyota Professional contamos, em primeira linha, com a vasta experiência das equipas Toyota na identificação das necessidades específicas dos clientes e na apresentação das melhores propostas para dar resposta a essas necessidades, quer do ponto de vista de adequação do produ-
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to, quer do ponto de vista dos serviços e propostas financeiras associados” refere Filipe Sousa Campos, diretor de marketing e vendas da Toyota Caetano Portugal. A própria oferta tem vindo a ser renovada e alargada. O mais recente membro da família de comerciais ligeiros da Toyota é o Proace City, que se insere num segmento dos furgões compactos que representa cerca de metade das vendas totais em Portugal. Os modelos Proace, Hilux e Yaris EcoBizz complementam o portefólio atualmente disponível no nosso mercado. O lançamento em Portugal da nova gama Proace City foi acompanhado pela implementação de uma nova estratégia para o negócio dos veículos comerciais, denomi-
nada “Toyota Professional”. O que levou a marca a implementar esta estratégia e em que consiste? Toyota Professional não é apenas uma nova marca, mas representa o reforço da estratégia da Toyota para os veículos comerciais: trará mais foco e dedicação aos veículos comerciais por parte de toda a rede Toyota, a fim de proporcionar um serviço e uma experiência específicos aos clientes empresa. Os valores de Qualidade, Durabilidade e Fiabilidade (QDF) fazem parte do ADN da Toyota, algo que é reconhecido em Portugal e fruto de mais de 50 anos de atividade da marca em Portugal. Toyota Professional é a materialização da confiança e oferta de um valor seguro, através dos veículos
Toyota e de serviços focalizados no cliente empresarial, para responder ao que procura, com a paz de espírito que precisa. Um exemplo dessa paz de espírito são os sete anos de garantia que oferecemos em todos os nossos produtos e as soluções de financiamento e de renting muito competitivas. Qual a importância dos comerciais para a marca? A Toyota cresceu em Portugal sempre com uma forte presença e aposta nos veículos comerciais. Logo em 1971, passados três anos do início da comercialização da marca em território luso, nasceu em Ovar a primeira fábrica da Toyota a ser implantada na Europa. Desde então em atividade, a partir dos anos 80 especializou-se na produção de viaturas comerciais. Da sua linha de montagem saíram modelos emblemáticos: Dyna (Chassis-cabina), Hiace (Furgão) e Hilux (Pick-up). Por isso, a importância foi, em primeira instância, produtiva. Entre 1979 e 2012, produziram-se em solo nacional 81600 unidades das icónicas Hiaces com a qualidade, durabilidade e fiabilidade (QDF) reconhecidas da marca Toyota, que foram companheiras durante a semana de trabalho e ainda permitiam os
passeios e férias com a família. A ligação era tão forte ao furgão, que vários clientes entregaram as chaves da sua antiga Hiace em lágrimas… Esta ligação aos clientes e reconhecidos valores de robustez dos produtos Toyota são importantes ativos da marca Toyota nos dias de hoje. Obviamente, ao nível de negócio, os veículos comerciais são extremamente importantes porque circulam mais que os veículos de passageiros e, por isso, do ponto de vista do após-venda são produtos chave. Um leque alargado de veículos comerciais permite à marca oferecer várias soluções de mobilidade às empresas. Com uma oferta alargada e competitiva de veículos de passageiros e veículos comerciais é possível oferecer soluções versáteis aos clientes e cobrir vários segmentos de mercado. Quais os principais benefícios proporcionados aos clientes e à organização de vendas por este conceito “Toyota Professional”? Os clientes podem contar com espaços dedicados de atendimento e prioridade nos serviços de após-venda? Com o Toyota Professional contamos, em primeira linha, com a vasta experiência das equipas Toyota na identificação das
necessidades específicas dos clientes e na apresentação das melhores propostas para dar resposta a essas necessidades, quer do ponto de vista de adequação do produto, quer do ponto de vista dos serviços e propostas financeiras associados. As soluções de resposta rápida no após-venda, que são muito valorizados pelas empresas, e a extensa cobertura da rede de concessionários é uma importante vantagem competitiva da marca. A Toyota sempre teve uma grande proximidade junto dos seus clientes. Atualmente, como é constituída pela rede de vendas e após-venda? Esta dimensão é suficiente para as necessidades do negócio da marca ou ainda poderá ter alguns ajustes? O após-venda tem tido uma importância fundamental ao longo de mais de 50 anos, e continuará a desempenhar um papel decisivo no futuro. Existem 25 concessionários de norte a sul do país, incluindo Açores e Madeira, com 46 pontos de venda Toyota e 55 instalações após-venda Nas 55 oficinas, todos os colaboradores materializam um atendimento orientado para o cliente, para responder da melhor
HERANÇA HIACE A atual geração de comerciais médios Proace beneficia da longa tradição que a Toyota conquistou no segmento com a mítica Hiace. A oferta atual é mais completa e inclui três comprimentos de carroçaria
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FILIPE SOUSA CAMPOS - DIRETOR DE MARKETING E VENDAS TOYOTA
“O Proace City é um modelo chave para a Toyota que fortalece a posição da marca num segmento que representou 58% do mercado de comerciais em 2019”
forma possível às suas necessidades e do seu Toyota. Reflexo disso é a elevada retenção de clientes. Uma rede de assistência alargada, com elevada competência técnica, e uma cadeia de abastecimento de peças muito eficaz permite-nos dar uma resposta adequada às necessidades do mercado hoje. A abrangência das garantias da marca proporciona a segurança e paz de espírito que os clientes empresariais tanto valorizam. A oferta de produto tem vindo a ser reforçada e ampliada. O mais recente membro a chegar à família de comerciais Toyota foi o Proace City, que se insere no segmento dos pequenos furgões ou furgões compactos? Quais são as expetativas da marca para este novo produto? O Proace City é um furgão compacto muito aguardado, que nos permite entrar no segmento mais concorrido de veículos comerciais em Portugal, o dos furgões compactos de classe 1 de portagem. Com uma versão de mercadorias e outra de passageiros, dois tipos de carroçaria, três tipos de lotação e várias combinações de motorização/potência, é uma nova gama de furgões compactos, que vem reforçar a oferta de veículos comerciais ligeiros da Toyota em Portugal e complementar o furgão médio Proace já com provas da-
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das no mercado, a lendária pick-up Hilux e o Yaris Ecobizz. Fortalecido pelo novo conceito Toyota Professional, este é um modelo chave para a Toyota que fortalece a posição da marca num segmento que representou 58% do mercado de comerciais em 2019 e mantém o potencial crescimento. Que objetivos pretende a Toyota atingir no segmento dos furgões compactos, que já conta com concorrentes de peso. Alguns até partilham a mesma plataforma e motorizações. Qual vai ser a estratégia de diferenciação da marca face à concorrência? Para além da versatilidade que procura o cliente empresarial, quer em termos de capacidade de carga e reboque, quer ao nível do desempenho e eficiência, tornando-se assim no parceiro ideal para vários tipos de negócio, o Proace City oferece sete anos de garantia e uma rede alargada de vendas e após-venda. A Toyota propõe igualmente soluções competitivas de Financiamento e Renting para o Proace City. Arrancamos ao nível de crédito, com uma proposta da financeira da marca (Toyota Financial Services), Por outro lado, a Toyota Renting Plus propõe também mensalidades competitivas com a inclusão dos serviços associados à utilização da viatura (manutenção, pneus, seguros, etc.).
ENTRADA NUM NOVO SEGMENTO O lançamento do Proace City permitiu à Toyota entrar no segmento dos furgões compactos Classe 1. A gama é proposta em dois comprimentos de carroçaria e em versões de mercadorias e passageiros. O nível de equipamento é semelhante ao de um ligeiro de passageiros
Apesar do mercado nacional de Comerciais Ligeiros estar em forte queda em maio, com menos 51,3% em relação a maio de 2019, a Toyota aumentou em 7,1% em relação ao mesmo mês de 2019, sendo a única marca em crescimento e registando uma quota, em maio, de 8,9% nos Comerciais Ligeiros. Este desempenho foi graças à Proace City, impulsionando a Toyota para o Top 4 na venda de veículos comerciais ligeiros em Portugal. A Toyota tem uma forte tradição no segmento dos comerciais médios. Atualmente disponibiliza a segunda geração do modelo Proace, que originalmente veio substituir a Hiace. Qual é o balanço que a marca faz da carreira comercial do Proace? Em 2013, foi lançado o modelo Proace. Um comercial inteiramente novo e especialmente orientado para as necessidades dos clientes europeus, e que levou mais longe muitas das qualidades da Hiace, acrescentando-lhe ainda vários equipamentos pouco comuns no seu segmento. A nova geração Proace veio disponibilizar uma gama bastante mais alargada com várias motorizações e capacidade de carga até 1400 kg, tornando-se assim no parceiro ideal para ir ao encontro das diversas necessidades dos clientes profissionais.
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FILIPE SOUSA CAMPOS - DIRETOR DE MARKETING E VENDAS TOYOTA
BASE DE CRESCIMENTO A implementação da rede dedicada Toyota Professional e o reforço da gama de produto consiste a base para o crescimento da Toyota no mercado de comerciais em Portugal, refere Filipe Sousa Campos, diretor de marketing e vendas da Toyota Caetano Portugal. O objetivo é atingir uma quota de mercado de 7%
A Proace é um furgão de três e seis lugares com uma gama alargada, que conta ainda com a Proace Verso, um monovolume de sete a nove lugares para grandes empresas ou para o profissional liberal e uma utilização familiar ou profissional, com baixos custos de utilização. O balanço é positivo e o sucesso do modelo na Europa preparou da melhor forma a chegada da nova Proace City. A gama de comerciais Toyota vai contar versões eletrificadas? O que poderá adiantar nesta matéria? Quando deverão chegar as primeiras propostas? Está confirmada uma versão 100% elétrica da Proace. No entanto, neste momento não podemos adiantar quando será o seu lançamento. Outra das referências da Toyota é a gama Hilux, que em 2019 foi líder de vendas em Portugal pelo sétimo ano consecutivo. Quais são as caraterísticas deste modelo que têm contribuído para este sucesso no mercado nacional, sobretudo neste segmento que conta com concorrentes de respeito? A Hilux é realmente líder de vendas em Portugal desde 2013. Em 2019 foi novamente líder do segmento pick-up pelo sé-
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“A ligação era tão forte ao furgão, que vários clientes entregaram as chaves da sua antiga Hiace em lágrimas…”
timo ano consecutivo e é um símbolo de robustez da marca e até uma referência na indústria automóvel. Há mais de 50 anos que a Toyota Hilux tem tido uma presença dominante no mercado pick-up mundial. Em 2019 atingiu uma quota de 30,8% no segmento pick-up em Portugal. A Toyota anunciou o lançamento de uma nova Hilux no próximo ano. Quais são as principais novidades para o novo modelo e quais as expetativas? A renovação da Toyota Hilux chega no sentido de sedimentar essa posição de lideran-
ça. As qualidades do modelo mantêm-se, sendo que o novo design reforça a imagem de robustez com uma forte presença em estrada. A nova geração vai contar com uma instrumentação de bordo, um novo sistema multimédia e uma nova motorização 2.8 litros com melhor desempenho em estrada e fora dela. Pela primeira vez, vamos lançar a versão "Invincible", que oferece excelente estilo e nível de equipamento sem sacrificar a lendária qualidade, durabilidade e fiabilidade (QDF), o que faz da Hilux uma referência incontornável na indústria automóvel. Desde o seu lançamento em 1968, a imparável Hilux tem provado ser capaz de superar vários desafios, entre eles as exigências de trabalho e lazer dos clientes no dia-a-dia. Por fim, a carga útil de uma tonelada e a capacidade de reboque de 3,5 toneladas da Hilux foram agora expandidas para todas as versões com tração às quatro rodas. Com base nesta sua oferta, quais são os objetivos que a Toyota pretende alcançar no mercado nacional? A nossa expectativa é que as viaturas comerciais possam representar cerca de 20% das nossas vendas e alcancem uma quota de mercado de 7%./
ENSAIO
VOLKSWAGEN CARAVELLE 6 ENSAIO .1 COMFORTLINE 2.0 TDI 150 CV
MULTIFUNÇÕES
Combinando uma lotação para nove passageiros e um versátil compartimento de carga, a Volkswagen Caravelle 6.1 assume-se como um verdadeiro veículo multifunções TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
C
om um posicionamento entre a Transporter Kombi de trabalho e a luxuosa Multivan, a Caravelle constitui uma alternativa polivalente, que tanto pode ser utilizada como um veículo profissional de transporte de passageiros durante as horas de ‘serviço’, quer como uma viatura familiar multifunções nos tempos de lazer.
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Uma das propostas da gama consiste na versão de chassis curto com comprimento exterior de 4,9 metros e nível de equipamento Comfortline de nove lugares. Os bancos estão distribuídos em três filas numa configuração 3+3+3. O acesso aos lugares traseiros é efetuado por uma porta lateral deslizante de dimensões generosas, com abertura manual.
O rebatimento para a frente do banco situado junto à porta lateral deslizante garante a acessibilidade às filas do meio e traseira. O interior da Caravelle está totalmente forrado, não se encontrando chapa à vista. Como é habitual neste tipo de veículos, espaço para as pernas não falta e todos os bancos em tecido ‘Circuit’ dispõem de cintos de segurança de três pontos. Para garantir um
FACILIDADE DE UTILIZAÇÃO A porta lateral deslizante e o rebatimento do banco situado junto à mesma facilitam as entradas e saídas dos passageiros. A bagageira é generosa, mesmo com a última fila na posição normal
4 CIL. 1968 CC
6 VEL MAN
150 CV
elevado conforto a bordo, designadamente nos dias de maior calor ou mais frio, não falta o ar condicionado automático de três zonas, com segundo sistema de aquecimento e evaporador, e saídas reguláveis no tejadilho do compartimento de passageiros. Para proteger dos raios solares, as janelas laterais dispõem de pára-sóis. A bagageira, por sua vez, é bastante generosa, apresentando um comprimento de 73,9 centímetros na versão com distância entre-eixos curta, e dispõe de olhais para fixação da carga. Caso o espaço para bagagens não seja suficiente com os bancos na posição normal, a Caravelle dispõe de um sistema de fixação
modular com banco corrido de três lugares que permite disponibilizar, em qualquer altura, espaço adicional para bagagem. Os encostos também podem ser rebatidos para a frente, dando origem a uma superfície plana. O acesso ao compartimento de carga da Caravelle é efetuado através de um portão traseiro basculante. As bordas da entrada da bagageira estão protegidas por um revestimento em plástico. OPERAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO Assim como a Transporter 6.1 e a Multivan 6.1, a Caravelle 6.1 também foi sujeita a uma operação de atualização. Algumas novidades
6,5 L
/100 KM
189 G/KM 258,78 € IUC
são fáceis de detetar como a grelha maior com um design inspirado em outros modelos da Volkswagen como o T-Cross, T-Roc ou Touareg. A parte inferior do pára-choques dianteiro também apresenta um estilo mais elegante e conta com faróis H7 para melhorar a visibilidade noturna. Igualmente significativas foram as alterações no interior, que incluem um novo design do painel de bordo (agora com a parte inferior do painel de instrumentos em cor cinza páladio), materiais ainda de melhor qualidade e melhores opções de conectividade. A unidade ensaiada contava com o rádio “Composition Colour” com ecrã tátil de 6,5 polegadas, compatível com Apple CarPlay
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ENSAIO
VOLKSWAGEN CARAVELLE 6 ENSAIO .1 COMFORTLINE 2.0 TDI 150 CV
LOTAÇÃO ATÉ 9 LUGARES Com um comprimento inferior a cinco metros, a versão de chassis curto da Caravelle permite deslocações ágeis em ambiente urbanos, assim como a realização de viagens mais longas com todo o conforto. O habitáculo oferece uma lotação até nove ocupantes
e Android Auto, tomada USB, quatro colunas, app-connect. O sistema de infoentretenimento dispõe, nesta versão, de um cartão SIM integrado (eSIM) que possibilita o acesso a um conjunto de funções e serviços online, como o eCall, que, em caso de acidente, envia automaticamente ao centro de chamadas de emergência a posição do veículo e estabelece uma ligação por voz. Se não houver resposta dos ocupantes, o centro de chamadas informa os serviços de auxílio na estrada. A Volkswagen Veículos Comerciais desenvolveu outras soluções novas no habitáculo como o compartimento com fechadura no banco duplo no lado do passageiro ou duas ligações Bluetooth na parte inferior da consola central. O painel de instrumentos conta ainda com duas tomadas de 12V para carregamento de periféricos. Apesar da revisão total do interior, a ergonomia da Caravelle não sofreu grandes alterações, continuando a ser uma das referências. A posição de condução é elevada e conta com várias possibilidades de regulação do assento e do volante (em alcance e profundidade). A alavanca da caixa manual de seis velocidades está montada na consola de central e a visibilidade para a frente é total. A transmissão pode estar associada ao motor 2.0 TDi de 150 cv com Start-Stop, que reage rapidamente às solicitações do acelerador e garante uma condução bastante
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agradável. Para isso contribui igualmente a disponibilidade de binário a baixas rotações e nos regimes intermédios, garantindo uma elevada elasticidade, designadamente nas recuperações. Outra surpresa agradável consiste no consumo de combustível com o computador de bordo a indicar um valor médio de 7,0 l/100 km durante o ensaio. Caso se mantenha o conta-rotações nas 2000 rpm é perfeitamente possível obter valores abaixo de 6,5 l/100 km, alcançando, dessa forma, baixos custos de utilização. Uma preciosa ajuda pode ser dada pelo sistema de regulação da velocidade de cruzeiro (crui-
se control), que é de série na Comfortline, estando os seus comandos localizados no lado esquerdo do volante multifunções. O seu funcionamento é simples e intuitivo. DIREÇÃO ASSISTIDA ELÉTRICA No capítulo técnico, a Caravelle 6.1 - tal como a Transporter 6.1 e a Multivan 6.1 - recebeu uma nova direção assistida eletromecânica em substituição da anterior servo-direção hidráulica. Numa utilização quotidiana, o condutor não irá sentir grandes diferenças, mas esta solução permitiu a introdução de
uma ampla gama de sistemas de assistência, embora a maioria integre a extensíssima lista de opcionais. Não obstante, o assistente de vento lateral passa a ser de série (ativado a partir dos 80 km/h), assim como o auxiliar de arranque em subida, o sistema de travagem de pós-colisão ou o sistema de deteção de cansaço. Se a dotação de série não é particularmente generosa em termos de sistemas de assistência à condução - até os sensores de estacionamento são opcionais - para permitir à marca propor um preço de venda ao público a partir de 52.171 euros, o mesmo também se pode dizer do equipamento de conforto, que se limita ao essencial num veículo destas caraterísticas.
A dotação de série compreende o ar condicionado automático de três zonas, o computador de bordo, o volante multifunções, o fecho centralizado com comando, os vidros elétricos exteriores rebatíveis, o rádio com ecrã tátil e ligação Bluetooth. O mesmo não se pode dizer dos espaços para arrumações, que abundam no habitáculo, estando à disposição vários compartimentos abertos ou fechados no tablier. Mais requintada do que a Transporter Kombi e menos luxuosa do que a Multivan, a Caravelle constitui uma solução de compromisso para quem necessita de uma viatura de nove lugares que pode ser utilizada profissionalmente durante o dia ou em deslocações de caráter familiar nos momentos
de lazer. Um dos seus argumentos é indiscutivelmente a sua versatilidade, graças ao engenhoso sistema de rebatimento do bancos, permitindo transportar de nove a apenas três passageiros, com consequente aumento do volume de carga. O nível de equipamento está ajustado ao preço de venda ao público, enquanto a eficiência do motor 2.0 TDI da Volkswagen contribui para a obtenção de baixos custos de utilização. O custo de aquisição é superior ao dos seus concorrentes mais diretos, designadamente do Grupo PSA, mas a qualidade de construção é superior, enquanto o consumo é bastante comedido para um veículo que pesa em vazio quase duas toneladas./
VOLKSWAGEN CARAVELLE 6.1 COMFORTLINE 2.0 TDI 150 CV
POTÊNCIA E ECONOMIA A motorização 2.0 TDI de 150 cv combina elevadas prestações com baixos consumos de combustível. Uma ajuda preciosa é dada pelo sistema cruise control, que é de série na versão Comfortline. Espaço inferior também na falta na Caravelle, mesmo na versão com três lugares na fila da frente
PREÇO 52.171€ MOTOR 4 CIL; 1968 CC; 150 CV; 3250 - 3750 RPM BINÁRIO 340 NM TRANSMISSÃO Dianteira; 6 Vel; Man COMP./LARG./ALT. 4904/1904/1990 MM DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3000 MM PESO BRUTO 3080 KG CAPACIDADE CARGA 1137 KG LUGARES 9 CONSUMO 6,5 L/100 KM (WLTP) (Teste 7,0l/100 KM) EMISSÕES CO2 189 G/KM IUC 258,78 € *As nossas medições
EQUIPAMENTO
Ar condicionado automático de três zonas, computador de bordo, volante multifunções, fecho centralizado com comando, vidros elétricos exteriores rebatíveis, o rádio Composition Coulour de 6,5” com ecrã tátil e ligação Bluetooth. Stop & Start, quatro airbags
ESPAÇO INTERIOR
EQUIPAMENTO
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ENSAIO
TOYOTA PROACE CITY VERSO L2 7 LUG 1.5D 130 8TA LUXURY
MPV COMPACTO A oferta da Toyota para o transporte de passageiros foi reforçada com o Proace City Verso, que está disponível numa versão de chassis longo com sete lugares, motor de 130 cv e caixa automática TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
A
proveitando as sinergias com o Grupo PSA, a Toyota entrou no segmento mais importante de veículos comerciais ligeiros em Portugal com o novo Proace City. Proposto em versões de mercadorias e passageiros, está disponível em dois comprimentos de carroçaria que oferecem lotações de dois a sete lugares, três motorizações diesel e uma a gasolina, e um total de seis níveis de equipamento. Uma das propostas para o transporte de passageiros ou misto consiste no Proace City Verso de chassis longo e sete lugares. Com um comprimento exterior de 4,75 metros e uma distância entre-eixos de 2,97 metros oferece uma elevada habitabilidade e modularidade, constituindo uma alternativa aos MPV compactos ou mesmo a alguns SUV. Espaço interior é um dos seus principais argumentos, quer em altura, quer em lar-
gura, mesmo na versão de sete lugares que conta com bancos individuais, distribuídos em três filas, numa configuração 2+3+2. Os assentos da última fila estão montados sobre calhas e possibilitam uma regulação longitudinal de 13 cm, permitindo privilegiar a habitabilidade ou a capacidade da bagageira. Com os sete bancos em posição normal, a capacidade da bagageira é de 322 litros, podendo ser ampliada até aos 850 litros na configuração de cinco lugares e mesmo aos 1050 litros com o rebatimento dos bancos da segunda e terceira filas. O acesso ao compartimento dos passageiros é assegurado por duas portas laterais deslizantes, dotadas de um sistema de abertura fácil e vidros elétricos. A bagageira, por sua vez, conta com um portão basculante e ainda um sistema de abertura no óculo traseiro, que permite colocar ou retirar objetos de pequena dimensão em
CLASSE 1 COM VIA VERDE Com um comprimento exterior de 4,7 metros, a versão de chassis longo de passageiros do Toyota Proace City Verso oferece uma lotação para sete ocupantes. Um dos seus argumentos é a homologação como Classe 1 nas autoestradas, mas tem de estar associado a um contrato com a Via Verde
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espaços mais apertados sem necessidade de abrir o portão.
AMPLO ESPAÇO INTERIOR
O habitáculo é moderno e espaçoso, com todos os elementos dispostos horizontalmente para garantir a disponibilização de vários espaços para arrumação, assim como o acesso direto aos comandos da climatização ou do travão de estacionamento elétrico. A parte superior da consola central é dominada por um ecrã tátil de oito polegadas,
que permite aceder às principais configurações do veículo, assim como ao sistema de navegação com reconhecimento de sinais de trânsito ou ao sistema de multimedia compatível com Apple CarPlay e Android Auto. Algumas das funcionalidades podem ser controladas a partir do volante multifunções A posição de condução é elevada, assemelhando-se a um SUV, e garante uma excelente visibilidade. Além disso, todos os comandos estão dispostos racionalmente e de fácil acessibilidade.
4 CIL. 1499 CC
8 VEL AUTO
130 CV
A versão ensaiada conta com travão de estacionamento elétrico e um comando giratório da caixa de velocidades automática, permitindo libertar algum espaço no interior. Espaços para arrumação de pequenos objetos também não faltam no habitáculo. Se ainda não for suficiente
5,7 L
/100 KM
148 G/KM 181,76 € IUC
é possível recorrer a uma prateleira superior, localizada por baixo do párabrisas. Um dos níveis de equipamento propostos no Proace City Verso de sete lugares é o Luxury (acima só o Prime), que oferece uma dotação de série bastante completa: ar condicionado automático com saídas
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TOYOTA PROACE CITY VERSO L2 7 LUG 1.5D 130 8TA LUXURY
TOYOTA PROACE CITY VERSO L2 7 LUG 1.5D 130 8TA LUXURY PREÇO 38.861€ MOTOR 4 CIL; 1499 CC; 130 CV; 1750 RPM BINÁRIO 300 NM TRANSMISSÃO Dianteira; 8 Vel; Auto COMP./LARG./ALT. 4753/1848/1880 MM DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2975 MM PESO BRUTO 2320 KG CAPACIDADE CARGA 620 KG LUGARES 7 CONSUMO 5,7 L/100 KM (WLTP) (Teste 6,2l/100 KM) EMISSÕES 148 G/KM IUC 181,76 €
EQUIPAMENTO
ELEVADA VERSATILIDADE Em função das necessidades, o Proace City Verso pode ser otimizado para o transporte de passageiros ou de bagagens. O volume útil situa-se entre 322 litros e 1050 litros. A versão Luxury pode receber caixa automática
independentes, luzes automáticas, assistente de máximos, regulador da velocidade de cruzeiro (cruise control), assistente de manutenção da faixa de rodagem, câmara traseira e sensores de estacionamento traseiros, espelhos elétricos rebatíveis, travão de estacionamento elétrico, óculo traseiro entre outros.
MOTOR DE 130 CV
No capítulo mecânico, a versão longa de sete lugares pode receber um motor diesel de quatro cilindros em linha de 1499 cc
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que oferece uma potência de 130 cv e um binário de 300 Nm. Atendendo à relação peso / potência, esta será, talvez, a motorização mais equilibrada, já que permite retirar o melhor rendimento ao motor. Uma ajuda bastante preciosa é assegurada pela caixa automática de oito velocidades, que se revelou bastante suave e agradável. O sistema Toyota Start-Stop, que é de série, contribui para otimizar o consumo de combustível, designadamente em ambiente urbano. No ensaio realizado em condições normais de utilização, o computador de
Ar condicionado automático com saídas independentes, luzes automáticas, assistente de máximos, regulador da velocidade de cruzeiro, assistente de manutenção da faixa de rodagem, câmara traseira e sensores de estacionamento traseiros, espelhos elétricos rebatíveis, travão de estacionamento elétrico, óculo traseiro
ESPAÇO INTERIOR
PREÇO EQUIPAMENTO
bordo registou um consumo médio de 6,2 l/100 km, um valor ligeiramente superior aos 5,7 l/100 km anunciados pela marca. No que se refere ao preço, o Proace City Verso L2 7 Lugares Luxury equipado com motor de 1,5 litros e caixa de velocidades automática é proposto por 38.861 euros. Este valor aparenta ser superior aos concorrentes mais diretos - Citroën Berlingo, MercedesBenz Citan, Opel Combo Life, Peugeot Rifter, Renault Kangoo, entre outros - mas já oferece de série equipamentos propostos como opção nos modelos referidos./
TODA A OFERTA DE PICK-UP 2020 Com uma capacidade de carga que pode chegar a uma tonelada e uma elevada capacidade de reboque, as pick-up oferecem uma elevada versatilidade, permitindo receber diversos tipos de carroçarias e equipamentos. As versões com tração integral possibilitam a realização de missões em locais de acesso mais
complicado ou em condições de menor aderência. A oferta deste segmento tem vindo a ser renovada e em muitos casos casos estes veículos deixaram de ser viaturas "puras e duras" de trabalho“, sem grandes luxos nem requintes, para se transformarem em alternativas interessantes para o segmento do lazer.
TOYOTA HILUX
MITSUBISHI L200
ISUZU D-MAX
VOLKSWAGEN AMAROK
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especial
PICK-UP 2020
NISSAN NAVARA
VERSÕES OFF-ROADER AT32 E N-GUARD
A Nissan reforçou a oferta da gama Navara com duas novas versões, Off-Roader AT32 e N-Guard, que proporcionam uma maior eficiência na condução em fora de estrada
U
m dos reforços da gama de pick-up da Nissan é a nova versão Off-Roader AT 32. Baseada na N-Guard, distingue-se pela proteção inferior da carroçaria em alumínio, pelos pneus de todo-o-terreno de 31,6 polegadas e por uma nova suspensão da Bilstein, que também permitiu aumentar a altura ao solo. As cavas das rodas foram igualmente alargadas para poderem os novos pneumáticos de maiores dimensões. A Navara Off-Roader AT 32 conta ainda com acabamentos especiais no pára-choques dianteiro, nos prolongamentos das cavas das rodas, nos estribos laterais e nos
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
guarda-lamas. O snorkel está disponível em opção, permitindo aumentar a capacidade de passagem a vão para os 800 mm. Apesar da sua robustez em todo-o-terreno, a Navara Off-Roader AT32 também está equipada com as avançadas tecnologias de bordo que foram introduzidas na Navara N-Guard como o assistente de arranque em subida, o assistente de descidas, o sistema de travagem inteligente e a vigia inteligente exterior. A versão N-Guard da pick-up Navara também foi revista em termos de imagem exterior. Entre as novidades incluem-se quatro novas cores da carroçaria - azul elétrico, preto, branco e cinzento -, uma nova ilu-
minação na entrada, novos assentos em pele com pespontos em azul. No capítulo tecnológico conta com avançados sistemas de conectividade, destacando-se o sistema de infotainment NissanConnect, que integra um ecrã tátil de oito polegadas, permitindo o acesso aos Nissan Connect Services. A Navara Off-Roader AT32 e a N-Guard vêm equipadas com motor biturbo 2.3 dCi de 190 cv, que pode ser associado a uma transmissão manual de seis velocidades ou automática de sete relações. A capacidade de carga pode chegar aos 1100 kg e a capacidade de reboque aos 3500 kg. /
NOVA ISUZU D-MAX
SÓ CHEGA A PORTUGAL EM 2021
A
190 CV MOTOR
450 NM BINÁRIO
1100 KG CAPACIDADE DE CARGA
3500 KG CAPACIDADE DE REBOQUE
Isuzu desenvolveu uma nova geração da pick-up D-Max, já está em comercialização na Tailândia, estando prevista a introdução noutros mercados, designadamente na Ásia, Austrália, África do Sul e Europa. Os constragimentos decorrentes da pandemia do coronavírus ao nível da produção da fábrica e do escoamento de stocks levaram o importador a adiar o lançamento em Portugal para 2021. A nova D-Max foi totalmente revista a nível estético, adotando a filosofia de design da marca denominada “Infinite Potential”, que compreende linhas mais robustas e musculadas, com elementos de estilo premium. A nova D-Max recebe uma ampla grelha escura, ladeada por dois grupos óticos redesenhados que dispõem de faróis com tecnologia LED. O pára-choques também é novo, destacando-se pelas linhas musculadas e pelos faróis de nevoeiro duplos, que juntamente com a placa de proteção inferior transmite uma sensação de maior robustez. Em relação à geração atual da D-MAX, o novo modelo oferece um ambiente de maior sofisticação tecnológica. O tablier é novo e inclui uma consola central hexagonal com um ecrã tátil de nove polegadas para controlar o novo sistema de infotainment, compatível com Android Auto e Apple CarPlay. A pick-up da Isuzu pode receber um novo volante multifunções e um painel de instrumentos com um ecrã digital de 4,2” com velocímetro digital. Os bancos dianteiros são novos e segundo a marca, além de se-
rem mais cómodos, ajudam a evitar lesões cervicais no caso de acidente. No processo de fabrico da nova D-Max foi utilizado aço leve de alta resistência para reduzir o peso ao máximo, enquanto também foi melhorada a proteção anti-corrosão. As versões 4x4 passam a contar com um eixo de hélice de alumínio para baixar o peso e bloqueio eletromagnético do diferencial traseiro. No capítulo mecânico estão disponíveis dois motores diesel de quatro cilindros: 1.9 litros com 150 cv e 350 Nm de binário e um novo 3.0 litros com 190 cv e 450 Nm. Ambos estão associados de série a uma transmissão manual de seis velocidades, sendo igualmente proposta, em opção, uma caixa de velocidades automática./
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
33
especial
PICK-UP 2020
5
LUGARES
213 CV MOTOR
10
VELOCIDADES
4500 UNIDADES
FORD RANGER
THUNDER É O NOVO REFORÇO Depois da arrebatadora Raptor, a pick-up Ford Ranger prepara-se para receber um novo reforço: a versão especial Thunder, limitada a 4500 unidades
E
dição especial baseada na já conhecida versão Wildrak, de Cabina Dupla, a nova Ford Ranger Thunder diferencia-se pela pintura Sea Grey que reveste o exterior, acrescida de apontamentos em vermelho vivo, na grelha e aro de protecção, ambos de visual mais desportivo.
34
TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
Igualmente a marcar a diferença nesta pick-up Ford, os emblemas tridimensionais “Thunder” na base das portas, assim como o logótipo Ranger, em preto mate. A mesma cor, de resto, da grelha frontal, pára-choques traseiro, molduras dos faróis de nevoeiro, interior das ópticas e das jantes em liga leve de 18 polegadas.
Opcionalmente, os clientes têm ainda à disposição uma coberta desdobrável, de cor negra, para cobrir a caixa de carga. Passando ao interior do habitáculo, o mesmo esquema de cores Preto/ Vermelho, desde logo, nos bancos, revestidos a couro. E a que se somam os tapetes também de cor preta, além
NOVA VOLKSWAGEN AMAROK
Cooperação com a Ford
A
das soleiras das portas, iluminadas a vermelho.
TURBODIESEL BITURBO DE 213 CV MANTÉM-SE
No entanto, tão ou mais importante que estes aspectos fortemente marcantes, é a manutenção do quatro cilindros biturbo 2.0 EcoBlue Diesel que equipa a versão de maior performance Raptor, também aqui a debitar 213 cv de potência e 500 Nm de binário. Tudo isto, com a gestão entregue à igualmente já conhecida caixa de velocidades automática de 10 velocidades, e com tracção integral permanente fornecida também de fábrica. Assim e a perder para a Raptor, apenas as especificações Dakar que esta última exibe de série. Ainda que a Ford garanta que, mesmo sem estes atributos, a Ranger Thunder não deixará de ser uma proposta “altamente competente” no offroad. Recordar, apenas, que não serão mais de 4500 exemplares, as Ford Ranger Thunder a desembarcar na Europa, no final do verão. Sendo que, destas, 1400, têm já como destino definido, o Reino Unido./
pós o anúncio no ano passado de uma cooperação alargada nas áreas dos comerciais ligeiros e dos veículos elétricos, a Volkswagen e a Ford revelaram alguns dos projetos comuns. A Ford vai desenvolver uma pick-up para a Volkswagen Veículos Comerciais baseada na plataforma da Ranger que se destina a substituir a próxima geração da Amarok. A futura pick-up da marca alemã começará a ser produzida em 2022 pela Ford na fábrica de Silverton, na África do Sul. “Para a Volkswagen Veículos Comerciais, a aposta para a sucessora da atual Amarok estará direcionada para os nossos mercados principais, designadamente a área económica EMEA (Europa, Médio Oriente e África)”, afirma afirma Thomas Sedran, presidente do conselho de administração da Volkswagen Veículos Comerciais. “Isso será vantajoso para os nossos clientes, uma vez que sem a cooperação não teríamos desenvolvido uma nova Amarok”. Por seu lado, a Volkswagen Veículos Comerciais vai desenvolver um furgão compacto baseado na Volkswagen Caddy, apresentada no passado mês de fevereiro. O novo modelo destina-se a substituir a atual geração do Ford Transit Connect e começará a ser produzido na Polónia em 2021. As primeiras unidades da Volkswagen Caddy 5 começarão a deixar a linha de montagem da fábrica de Poznan (Polónia) no segundo semestre deste ano. Para o segmento de veículos comerciais médios com capacidade de carga de uma tonelada, a marca norte-americana assumiu a responsabilidade pelo desenvolvimento de um novo modelo que virá substituir os modelos Ford Transit Custom e Volkswagen Transporter. As versões de lazer deste último modelo – Multivan, Caravelle e California – irão ser desenvolvidas e produzidas pela Volkswagen Veículos Comerciais. De acordo com a Ford e a Volkswagen, estas sinergias irão abranger um total de oito milhões de unidades, entre pick-up e comerciais ligeiros, durante o ciclo de vida útil destes produtos. Para já, esta parceria não inclui a Transit de duas toneladas, que também passará a estar disponível em versões elétricas, nem a pick-up F150.
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
35
especial
PICK-UP 2020
TOYOTA HILUX
NOVA GERAÇÃO EM 2021 Além de um design exterior revisto, a renovada Toyota Hilux passa a oferecer uma nova motorização diesel de 2,8 litros com 204 cv. O topo de gama será a versão “Invincible”, com um estilo mais sofisticado
A
Toyota revelou oficialmente a nova geração da nova geração da pick-up Hilux, que vai chegar ao mercado nacional no primeiro trimestre de 2021. O design exterior foi revisto, com a adoção de uma grelha frontal mais tridimensional e que passa a estar integrada no pára-choques dianteiro, para sublinhar a sua imagem de robustez, potência e resistência. O estilo exterior incorpora novos conjuntos de luzes dianteiras e traseiras em LED, assim como um novo design e acabamento maquinado das jantes de liga leve de 18”,
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
passando ainda a estar disponível a nova cor exterior Bronze Oxide. O habitáculo da pick-up da Toyota foi igualmente revisto, destacando-se um novo grafismo da informação apresentada ao condutor no ecrã TFT, localizado atrás do volante. As versões de lazer recebem um novo sistema multimedia com ecrã tátil de oito polegadas. Localizado na consola central, aquele sistema inclui alguns botões físicos para melhorar a operacionalidade em todas as condições de terreno e também oferece a integração com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto.
NOVO MOTOR DIESEL DE 204 CV
Face a alguns concorrentes, a oferta mecânica da Hilux apresentava algumas limitações em termos de potência do motor. Essa lacuna foi ultrapassada com a introdução de um novo bloco diesel de 2,8 litros, que desenvolve uma potência máxima de 204 cv e um binário de 500 Nm. Isto permite à nova Hilux acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 10,0 segundos, isto é, menos 2,8 segundos do que a unidade de 2,4 litros com 150 cv. O consumo médio anunciado pela marca é de 7,8 l/100 km, em ciclo NEDC, ainda em processo de homologação final.
“INVINCIBLE” COM 204 CV A nova Hilux de Cabina Dupla terá como topo de gama a versão “Invincible”, equipada com o novo motor de 2,8 litros de 204 cv e apontamentos exteriores exclusivos, destacando-se as proteções dianteira e traseira, os degraus laterais, o Roll-bar, entre outros
O novo motor turbodiesel de 2,8 litros estará disponível nas versões 4x4 de cabina dupla da “Tracker” e “Invincible”, podendo ser associado a uma transmissão manual de seis velocidades ou automática com igual número de relações. As versões de tração traseira (4x2) passam a contar com uma nova função eletrónica que reproduz o efeito de um diferencial autoblocante (LSD), com redução da rotação do motor em marcha lenta de 850 rpm para 650 rpm e uma resposta ajustada do acelerador para um maior controlo do condutor.
“INVINCIBLE” É O TOPO DE GAMA
A versão “Invincible” vai ser o topo de gama da nova Hilux, mas apenas na variante de cabina dupla. Entre os detalhes exclusivos incluem-se a proteção frontal e traseira, os degraus laterais, as jantes de liga leve de 18 polegadas, o roll-bar e os puxadores das portas na cor preta. O habitáculo também se carateriza por oferecer um grafismo específico do TFT, uma chave inteligente, ao que se juntam detalhes em preto metálico e acabamento cromado. A Hilux “Invincible” também ofe-
rece iluminação em azul claro nas portas dianteiras e traseiras e bancos em pele de dois tons. A extensa lista de equipamentos inclui o sistema de navegação, ar condicionado automático, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e um sistema de som JBL Premium de 9 altifalantes que incorpora um amplificador de 800 W de 8 canais e a tecnologia CLARi-Fi. A nova Toyota Hilux vai começar a ser comercializada ainda este ano na Europa Oriental e deverá ser lançada no mercado nacional no primeiro trimestre de 2021./
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
37
especial
PICK-UP 2020
SÓ TRAÇÃO 4X2 A versão de caixa aberta da Fiat Doblò oferece uma capacidade de carga até uma tonelada e uma caixa de carga com 2,3 metros de comprimento
FIAT DOBLÒ WORK UP
PROPOSTA ÚNICA
C
oncluída a carreira dos modelos Strada e Fullback, a Fiat Professional passou a estar representada no segmento dos veículos de caixa aberta com o Doblò Work Up. Esta proposta está disponível apenas com tração dianteira (4x2), numa distância entre-eixos (3,10 metros) e num único comprimento de carroçaria (4,98 metros). Homologado com um peso bruto de 2510 kg oferece uma capacidade de carga de uma tonelada (incluindo condutor). O compartimento de carga disponibiliza uma superfície útil de 4,2 m2, graças à combinação
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
1
CABINA
1 TON
CAPACIDADE CARGA
120 CV MOTOR
de um comprimento interno de 2,3 metros e uma largura de 1,81 metros. Estas dimensões possibilitam acomodar até três europaletes ou transportar 33 caixotes de fruta. A altura dos taipais é de 368 mm. A caixa de carga possui plataforma de madeira marítima e taipais moldados rebatíveis em alumínio. O degrau lateral atrás da cabina facilita o acesso à caixa de carga. No capítulo mecânico, o Dobló Work Up recebe um motor diesel de 1,6 litros que desenvolve 120 cv de potência e um binário de 320 Nm. A transmissão é assegurada por uma caixa manual de seis velocidades. /
especial
PICK-UP 2020
FORD RANGER
PICK-UP DO ANO 2020
P
ick-up mais vendida na Europa e eleita “Pick-Up Internacional do Ano 2020”, a Ford Ranger está disponível no mercado nacional em três tipos de cabina (Simples, Alongada e Dupla) e cinco níveis de equipamento (XL, XLT, Limited, Wildtrack e Raptor). A mais recente atualização ocorreu no início de 2019 e incluiu a introdução de um novo motor turbodiesel de 2,0 litros Ford EcoBlue, que oferece níveis de potência de 130 cv e 170 cv nas versões dotadas com turbocompressor de geometria variável ou 213 cv nas variantes biturbo. A transmissão
3
CABINAS
1252 KG CARGA ÚTIL
3
MOTORIZAÇÕES
é assegurada de série por uma caixa manual de seis velocidades, sendo proposta, em opção, uma transmissão automática de dez relações (já utilizada em modelos da Ford como a pick-up F150 ou o novo Mustang). Todas as verões da Ranger possuem tração às quatro rodas (4x4). A caixa de carga oferece um comprimento máximo entre 1,58 metros (Cabina Dupla) e 2,31 metros (Cabina Simples). A carga útil situa-se entre os 620 quilos da Ranger Raptor e os 1252 quilos da versão de Cabina Simples XL. A capacidade de reboque é de 3500 kg em todas as versões, exceto ma Raptor (2500 kg). /
ASSISTÊNCIA À CONDUÇÃO A pick-up da Ford está disponível com várias tecnologias de assistência à condução e novas ferramentas como o modem instalado a bordo FordPass Connect
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
ISUZU D-MAX
LUGAR NO PÓDIO
FIABILIDADE E ROBUSTEZ A fiabilidade dos veículos da Isuzu tem contribuído para a boa aceitação no mercado nacional, onde a D-Max é a terceira pick-up mais vendida
P
roduzida por um construtor de veículos comerciais, a Isuzu D-Max é uma das referências do segmento, sendo a terceira pick-up mais vendida no mercado português. Enquanto não chega a nova geração - com chegada prevista ao nosso país apenas em 2021 a gama é proposta em três tipologias de cabina (Simples de 2 Lugares, Longa de 3 e 5 Lugares e Dupla de 3 e 5 lugares) e dois sistemas de tração (4x2 e 4x4). Renovada em 2016, a D-Max está disponível em versões de trabalho (L) nas três tipologias de cabina e de lazer (LS), mas
3
CABINAS
1000 KG CARGA ÚTIL
164 CV MOTOR
apenas com cabina longa e dupla. A Isuzu D-Max está disponível com um motor diesel de 1,9 litros que desenvolve uma potência de 164 cv e um binário de 360 Nm. A transmissão pode ser assegurada por uma caixa manual de seis velocidades ou automática com conversor de binário, disponível apenas na versão mais equipada LS Board. A capacidade de carga da D-Max é de uma tonelada e a capacidade de reboque. Para condução em fora de estrada, as versões 4x4 oferecem um ângulo de ataque de 29º e de saída de 22,7º./
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
41
especial
PICK-UP 2020
2
CABINAS
5,3 M
COMPRIMENTO
150 CV MOTOR
1000 KG CARGA ÚTIL
MITSUBISHI L200
DISPUTAR A LIDERANÇA
A
sexta geração da L200 foi lançada no início deste ano no mercado nacional, sendo comercializada em versões de cabina club e dupla, de três e cinco lugares, e nos níveis de equipamento Invite (trabalho) e Intense Strakar (lazer). Em Portugal é a segunda pick-up mais vendida. A nova L200 é identificável pela identidade visual “Dynamic Shield” da Mitsubishi Motors, que define todo o design frontal. A cabina também foi revista, passando a integrar um painel “alado” na consola central, assente numa base metalizada.
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
No capítulo mecânico, estreia um motor turbodiesel de 2,3 litros Euro 6d-TEMP com 150 cv. A pick-up da Mitsubishi é proposta em versões de tração integral (4x4) Easy Select 4WD em associação com o nível de equipamento Invite, enquanto as Intense Strakar contam com o sistema mais sofisticado Super Select 4WD-II. O bloqueio de diferencial é de série nas versões 4x4. A gama conta igualmente com uma opção de tração traseira (4x2), disponível apenas na variante de Cabina Dupla com nível de equipamento Invite. /
NOVO MOTOR A L200 estreou um motor diesel de 2,3 litros de 150 cv que cumpre as normas de emissões europeias com recurso à tecnologia SCR
NISSAN NAVARA
EVOLUÇÃO NA EFICIÊNCIA
TRADIÇÃO EM 4X4 A Nissan Navara combina uma elevada robustez com uma capacidade útil de carga de uma tonelada e aptidões para fora de estrada
B
eneficiando dos mais de 80 anos de experiência no segmento, a atual geração da Navara foi projetada para oferecer o máximo de conforto e refinamento aos utilizadores, mantendo a capacidade de progressão em fora de estrada. A gama está disponível em versões chassis-cabina, King Cab, de três lugares, Cabina Dupla (três e cinco lugares) e níveis de equipamento Visia, Acenta, N-Connecta, Tekna e N-Guard. O habitáculo foi concebido para proporcionar uma sensação de espaço, enquanto al-
2
CABINAS
100 KG CARGA ÚTIL
2
MOTORIZAÇÕES
guns dos equipamentos tecnológicos remetem para os SUV da marca, como o Monitor de Visualização da Área Circundante (360º) e o Sistema Anti-colisão Frontal (FEB). A gama foi atualizada no último trimestre de 2019, passando a contar com uma nova caixa manual de seis velocidades, uma nova geração de suspensão de cinco braços na versão King Cab e um sistema de travagem revisto para garantir menores distâncias de imobilização. Em termos de motorizações, a Navara continua disponível com o motor 2.3 dCi nos níveis de potência de 160 e 190 cv./
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
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especial
PICK-UP 2020
TOYOTA HILUX
LIDERANÇA NO SEGMENTO
C
onstituída por 17 versões diferentes que se repartem entre tração traseira (4x2) e integral (4x4), três tipos de cabina (simples, extra e dupla), dois tipos de versões (trabalho e lazer), a oferta da gama Hilux adapta-se às mais diversas utilizações. A imagem da Hilux adota o estilo “Keen Look”, com o seu desenho unificado da grelha superior e dos faróis com aspeto resistente, e um robusto pára-choques que alberga a ampla grelha inferior. Todas apresentam um comprimento exterior de 5,3 metros, mas a caixa de carga varia em
3
CABINAS
5,3 M
COMPRIMENTO
50 CV MOTOR
função do tipo de cabina, de 1,57 metros a 2,36 metros. A largura do compartimento de carga é sempre de 1,64 metros. Mesmo nas versões de trabalho, o equipamento base inclui o sistema ‘follow me home’, sensor de chuva, espelhos retrovisores com ajuste elétrico e sistema de mãos-livres. No capítulo mecânico, a Hilux dispõe de um motor diesel de 2,4 litros de 150 cv, otimizado para cumprir a norma Euro 6, mas sem comprometer as prestações. A transmissão de seis velocidades pode ser manual ou automática./
REFERÊNCIA DO SEGMENTO Com mais de seis décadas de existência, a Toyota Hilux continua a ser uma das referências do segmento, estando disponível com tração traseira ou integral
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
VOLKSWAGEN AMAROK
POSICIONAMENTO PREMIUM
KINGCAB DE TRÊS LUGARES Uma das apostas da gama Amarok no mercado nacional é a versão Kingcab de três lugares com motor diesel V6 de 3,0 litros
Ú
nica proposta no segmento equipada com motor diesel V6 de 3,0 litros com níveis de potência de 204 cv ou 258 cv, a Volkswagen Amarok assume um posicionamento premium na categoria das pick-up com uma tonelada de carga útil. Ao contrário dos principais concorrentes, o princípio de construção assenta num chassis em escada resistente à torção, concebido para assegurar uma elevada estabilidade da carroçaria, contando igualmente com molas de lâminas especiais para oferecer uma carga útil de quase uma tonelada e um peso rebocável até 3,5 toneladas.
2
CABINAS
5,3 M
COMPRIMENTO
3
MOTORIZAÇÕES
O compartimento de carga permite o carregamento transversal de uma europalete, graças a uma largura entre as cavas das rodas de 1,22 metros e a uma área total de 2,52 m2. Disponível nas versões de cabina longa (King Cab) e Dupla, com caixa metálica ou em chassis-cabina, com tração integral (4Motion permanente), a pick-up da Volkswagen é comercializada no mercado português em três níveis de equipamento: Highline, Highline+ e Aventura. A oferta inclui ainda versões de três lugares nas cabinas Kingcab. /
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
45
novidades
MAN TRUCK GENERATION
RENOVAÇÃO CONCLUÍDA Após o lançamento da nova geração de camiões de longo curso TGX, a MAN concluiu a renovação da gama de pesados com a apresentação dos novos TGL, TGM, TGS para distribuição, construção e aplicações especiais TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
C
om os novos modelos para distribuição e construção, a MAN espera obter uma receptividade do mercado semelhante à que está ser alcançada pelo novo TGX de longo curso. No desenvolvimento desta nova gama, a marca procurou estabelecer novos padrões de eficiência, conectividade e digitalização para reforçar a sua posição como uma das referências do mercado. No que se refere à eficiência, os responsáveis da MAN tinham anunciado uma redução no consumo de combustível do TGX e, como consequência, dos custos totais de utilização. Os primeiros resultados parecem confirmar estas promessas. Um teste de estrada realizado por um organismo independente alemão, o insuspeito TÜV, com um MAN TGX 18.470 Euro 6d e um MAN TGX 16.460 da geração anterior, revelou uma diminuição do consumo de combustível de 8,2%, após um percurso de 684 quilómetros em autoestrada e estrada nacional. Alguns operadores referem que conseguiram ganhos ainda mais significativos. A nova gama de camiões da MAN também foi distinguida com um prémio de design da Red Dot pela conceção do novo posto de condução e pelo seu conceito de operacionalidade. O lugar do condutor obedece aos mais recentes critérios de design, permitindo ao motorista utilizar de forma intuitiva os vários sistemas de assistência e conduzir o veículo com segurança e eficiência. No desenvolvimento das novas gerações de distribuição, construção e aplicações especiais, a MAN também teve a preo-
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
FAMÍLIA AGORA COMPLETA Após o TGX para transporte de longo curso, a MAN lançou os novos camiões de distribuição pesada, casos dos modelos TGL e TGM
cupação de levar em conta a opinião dos motoristas e operadores para disponibilizar as soluções mais adequadas para cada tipo de aplicação em termos de eficiência e funcionalidade.
IDENTIDADE DE FAMÍLIA
A imagem exterior das cabinas adota a linguagem de design típica dos camiões da MAN, que foi modernizada e otimizada para aumentar a eficiência, mantendo, no entanto, as caraterísticas de robustez e simplicidade. O interior da cabina é dominado por revestimentos em tom cinzento. Os materiais utilizados no tablier são robustos, fáceis de limpar e de reduzida manutenção. Os bancos também são totalmente novos e permitem a qualquer motorista encontrar a melhor posição de condução, graças às múltiplas possibilidades de regulação.
O volante multifunções também é ajustável em altura até 110 mm e na posição de condução pode ser regulado entre 20 graus e 55 graus, oferecendo um ângulo semelhante à de um automóvel. Além disso, pode ser totalmente rebatido na horizontal para facilitar as entradas e saídas da cabina. O comando da caixa de velocidades MAN TipMatic está localizado numa alavanca junto à coluna da direção e atrás do volante. O motorista só tem de selecionar o programa de condução pretendido, sem tirar as mãos do volante.
GAMA DE DISTRIBUIÇÃO
Com base numa conceção modular, a MAN renovou a sua gama para o segmento da distribuição pesada, transporte regional e nacional. A oferta está articulada em função do peso bruto e compreende os seguintes modelos: TGL, das 7,5 às 12 toneladas;
REFERÊNCIA NA CONSTRUÇÃO A nova gama de construção e obras públicas visa reforçar a tradição da marca neste segmento de veículos multi-eixos
TGM, das 12 às 16 toneladas; e TGS, das 18 às 41 toneladas. Em função do tipo de aplicação, a marca propõe quatro tipos de cabinas em cada um destes três modelos. Todas têm uma largura de 2,24 metros e estão preparadas para operarem em ambiente urbano com espaço limitado. A cabina mais curta CC tem um comprimento de apenas 1,62 metros, estando disponível nos modelos TGL e TGM. A segunda cabina maior, NN, tem altura normal e um comprimento de 1,88 metros, mas só pode ser associada ao modelo TGS. Para os modelos TGL, TGM e TGS está ainda disponível a cabina FN, com comprimento de 2,28 metros e altura normal. A cabina maior para estes modelos é a FM, que tem o mesmo comprimento, mas uma altura maior. Estas duas cabinas podem ser equipadas, em opção, com duas camas.
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
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novidades
MAN TRUCK GENERATION
HAMBURG TRUCKPILOT
Teste com camiões autónomos
A
o abrigo de uma parceria para a mobilidade entre a Volkswagen AG e a cidade de Hamburgo, a MAN Truck & Bus e o porto de Hamburgo iniciaram um projeto-piloto para testes com camiões autónomos em condições reais num terminal de contentores. O “Hamburg TruckProject” tem o objetivo de analisar e validar os requisitos específicos para a integração de camiões autónomos nos processos automatizados de um terminal de contentores. Ao mesmo tempo, o projeto prevê a implementação de normas para este tipo de operação. No projeto em curso estão envolvidos dois protótipos de camiões MAN equipados com os necessários sistemas de automatização eletrónicos. O objetivo consiste em assegurar operações autónomas de carga e descarga no Terminal de Contentores de Altenwerder. O projeto encontra-se dividido em três fases. Na primeira foram definidas as condições de enquadramento técnico, que já se encontra concluída. A segunda fase teve início em 2020 e vai prolongar-se até à primavera de 2021. Inclui o desenvolvimento técnico no circuito de testes da MAN em Munique, respeitando os requisitos específicos identificados na fase preparatória. O teste operacional na primavera de 2021 será baseado nos resultados obtidos durante as fases preparatória e de teste, devendo ser conduzido com base numa aplicação orientada para o cliente. Um motorista especializado em segurança estará sempre dentro do veículo durante esta fase para monitorizar os sistemas de condução autónoma. Em caso de necessidade poderá intervir e assumir os comandos do veículo. As funções de condução autónoma permitirão aliviar o trabalho dos motoristas. Durante as operações de carga e descarga, os condutores poderão abandonar os camiões e utilizar a interrupção do tempo de condução nas pausas obrigatórias por lei.
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
POSTO DE CONDUÇÃO PREMIADO O posto de condução dos novos camiões da MAN foi distinguido com um prémio de design Red Dot, que reconheceu os esforços da marca no capítulo da ergonomia
GAMA DE CONSTRUÇÃO E TRAÇÃO INTEGRAL
A oferta da marca de Munique prevê versões para construção e com tração integral, dos modelos TGL, TGM, TGS e TGX. Com alturas três alturas ao solo - normal, média e alta (esta última só nas versões de tracção integral) -, a MAN propõe um leque alargado de veículos em termos de ângulos ataque e de saída. Nesta gama de construção, a MAN disponibiliza nos modelos TGL e TGM versões de cabina dupla DN, com largura de 2,24 metros, que permitem transportar até sete pessoas e carga. A oferta inclui ainda a cabina estreita CC, com apenas 1,62 metros de largura, ou a NN, que é ligeiramente mais comprida. Esta última está disponível no modelo TGS. A oferta de cabinas é complementada pela FN, FM ou GN. Em termos de configurações de eixos, o TGL está disponível apenas com dois eixos, 4x2 ou 4x4. Já o TGM é proposto em configurações 4x2, 4x4, 6x2 e 6x4. O TGS, por seu lado, também pode receber um quatro eixo na versão rígido, enquanto o trator pode ter dois ou três eixos. O MAN TGS pode ser equipado, em opção, com o sistema opcional MAN HydroDrive, que permite disponibilizar um sistema de tração integral temporário para pequenos percursos, sendo proposto em configurações 4x4H, 6x4H, 6x6H, 8x4H e 8x6H. A oferta de construção da MAN é complementada pelo modelo TGX, que oferece um peso bruto combinado até 250 toneladas. Este veículo é disponibilizado como chassis de carga e trator de dois e três eixos em configurações 4x2, 6x2 ou 6x4./
novidades
SCHMITZ CARGOBULL
SEMIRREBOQUES FRIGORÍFICOS ELÉTRICOS A Schmitz Cargobull vai iniciar a eletrificação de semirreboques frigoríficos, com o eTrailer, permitindo a operação em zonas urbanas com emissões zero. A autonomia elétrica da unidade de frio pode chegar às nove horas
A
Schmitz Cargobull vai lançar no mercado o seu primeiro semirreboque frigorífico, eTrailer, que integra um eixo elétrico, uma unidade de refrigeração elétrica, uma bateria que estará disponível em duas capacidades: 34 kWh e 68 kWh. Nesta última opção, o tempo de operação pode chegar às nove horas por dia. O novo sistema elétrico tem o objetivo de constituir uma alternativa aos tradicionais geradores diesel dos grupos de frio dos semirreboques frigoríficos, permitindo a operação em modo elétrico em zonas ambientalmente sensíveis ou de emissões zero. A base utilizada pela Schmitz Cargobull
para o seu eTrailer foi o semirreboque frigorífico S.KO Cool Smart. A unidade de refrigeração elétrica SCUe com eletrónica integrada permitiu eliminar o motor de combustão e está preparada para arrefecer ou aquecer a temperatura sem lançar emissões para a atmosfera. Segundo o fabricante alemão, aquela unidade de refrigeração tem uma potência de arrefecimento até 15.900 W e de 9.100 W. Em vez do depósito de combustível, as baterias estão localizadas junto aos rodados. O princípio modular de construção de semirreboques da Schmitz Cargobull permite oferecer várias opções de capacidade de bateria. A versão mais pequena tem uma capacidade de 34 kWh e permite disponi-
bilizar energia elétrica até 4,5 horas, em função da utilização. A bateria é recarregada externamente com recurso a um cabo trifásico, demorando essa operação cerca de 1,5 horas. O sistema pode ser associado, em opção, a um eixo elétrico, que possibilita a recuperação da energia das travagens e das desacelerações, ajudando a diminuir o tempo de carregamento da bateria. Num veículo não eletrificado, a bateria não pode ser carregada durante a condução. Quando for lançado, o sistema estará totalmente integrado no sistema de telemática da Schmitz Cargobull, permitindo analisar o seu estado no portal online, designadamente o nível de carga da bateria, a autonomia, o tempo de carga remanescente./
SETEMBRO 2020 TURBO COMERCIAIS
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novidades
DAIMLER TRUCKS
CAMIÕES MERCEDES VÃO USAR HIDROGÉNIO A Daimler Trucks revelou o protótipo de um camião de longo curso a hidrogénio, o Mercedes-Benz eGenH2 Truck, que deverá chegar na segunda metade da década e oferecer uma autonomia superior a 1000 km TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
A
principal alternativa ao diesel para distâncias superiores a 500 quilómetros no transporte rodoviário de longo curso é a tecnologia da célula de combustível, alimentada por hidrogénio líquido de origem renovável. Esta é a visão da Daimler Trucks que foi dada a conhecer pelo CEO do construtor alemão Martim Daum durante uma conferência online, intitulada “On our way to a hydrogen future”. O fabricante aproveitou a ocasião para revelar o protótipo de um camião a hidrogénio, o Mercedes-Benz eGenH2 Truck, que deverá chegar ao mercado na segunda metade da década.
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TURBO COMERCIAIS SETEMBRO 2020
APENAS VAPOR DE ÁGUA Vapor de água é a única emissão local de um camião equipado com tecnologia da célula de combustível
80 KG HIDROGÉNIO
-2530C TEMPERATURA
1000 KM AUTONOMIA
25 TON CARGA ÚTIL
Segundo Martim Daum, em função do tipo de aplicação deverá ser adotada a solução tecnológica mais adequada. Assim, para operações típicas de distribuição pesada e raios de ação relativamente limitados, o construtor acredita em camiões elétricos a bateria como, por exemplo, o MercedesBenz eActros, com autonomia de até 200 quilómetros. Para percursos até 500 quilómetros, a marca também aposta em camiões a bateria e revelou que está a desenvolver o protótipo de um veículo de longo curso, o Mercedes-Benz eActros LongHaul, que deverá ser introduzido em 2024. Já para distâncias superiores, a Daimler Trucks considera que a tecnologia da cé-
lula de combustível é a mais indicada porque permite uma autonomia de aproximadamente mil quilómetros com um único abastecimento de hidrogénio. O novo modelo será produzido a partir de uma nova plataforma modular, denominada ePowertrain, que será a base para todos os camiões elétricos de gama média e pesada da Daimler Trucks, quer a bateria, quer a célula de combustível. HIDROGÉNIO LÍQUIDO O Mercedes-Benz eGenH2 Truck está a ser desenvolvido para disponibilizar as mesmas prestações de um camião MercedesBenz Actros de longo curso em termos de tração, autonomia e rendimento. A versão
de produção deste protótipo terá um peso bruto de 40 toneladas e uma carga útil de 25 toneladas. O camião será equipado com dois depósitos especiais de hidrogénio líquido, com uma capacidade total de 80 quilos, e com um sistema de célula de combustível com uma capacidade nominal de 150 kW. A Daimler Trucks prefere utilizar hidrogénio líquido, armazenado a uma temperatura de -253ºC, porque oferece uma elevada densidade energética em comparação com o volume do hidrogénio em estado gasoso. Isto permite utilizar um depósito mais pequeno e aumentar a capacidade de carga. O sistema é complementado por uma bateria com uma capacidade de 70 kWh, que serve de apoio ao sistema de célula de combustível, designadamente nas acelerações com carga ou em subidas pronunciadas, permitindo aumentar momentaneamente a potência máxima até aos 400 kW. A linha motriz integra ainda dois motores elétricos, disponibilizando cada um 230 kW de potência e um binário de 1577 Nm. Para que a tecnologia da célula de combustível possa ser uma realidade no quotidiano, Martim Daum, CEO da Daimler Trucks, defendeu a disponibilização de uma infraestrutura de abastecimento de hidrogénio de origem renovável e que isso deve ser uma das prioridades dos países da União Europeia. O responsável considera que um sistema de pagamento de portagens baseado nas emissões de dióxido de carbono poderia servir para compensar a desvantagem de custo da solução a hidrogénio face ao diesel./
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novidades
TORSUS PRAETORIAN
AUTOCARRO 4X4 “PURO E DURO” Para operações em condições mais exigentes, os checos da Torsus desenvolveram o Praetorian, um autocarro 4x4 baseado em chassis MAN, que pode ser utilizado em várias aplicações
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undada em 2016 na República Checa e com fábrica na vizinha Eslováquia, a Torsus é uma empresa especializada no desenvolvimento de veículos pesados que se destinam a ser utilizados nas condições mais extremas. Os principais clientes encontram-se nos setores da indústria pesada, nas minas, em serviços governamentais, municipais ou militares, bombeiros, entre outros. Ao abrigo de uma parceria com o estúdio de design industrial e de veículos de transpor-
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te Werkemotion, a Torsus desenvolveu um autocarro pesado com tração integral para operação específica em fora de estrada. Projetado para serviços de transporte de pessoal e equipamentos nos ambientes mais exigentes, o Torsus Praetorian foi construído a partir de um chassis pesado da MAN, estando equipado com um motor diesel de 6,9 litros que desenvolve uma potência de 290 cv e com uma transmissão ZF preparada para missões em todo-o-terreno. Com um comprimento exterior de 8,7 metros, uma largura de 2,54 metros e uma
altura de 3,6 metros, este autocarro 4x4 pode transportar até 37 passageiros, além do motorista. Exteriormente, distingue-se pela sua carroçaria dotada de proteções do tipo militar e pneus de todo-o-terreno Michelin Line-X. Para vencer os obstáculos mais difíceis, este veículo conta com um ângulo de ataque de 32º e de saída de 26º. A altura ao solo na frente e na traseira é de 340 mm. Referência ainda para a sua capacidade de passagem a vau de 900 mm. Em termos de equipamento pode receber
AMBIENTES DIFÍCEIS O Torsus Praetorian é um "puro e duro", que foi projetado para enfrentar ambientes dificeis
um sistema de ar condicionado central, com distribuição de ar através de um compressor separado, permitindo operar em temperaturas ambientes de 13ºC até 50ºC. Para ambientes mais frios conta um radiador por baixo dos bancos e sistema de aquecimento.
PRÉMIO DE DESIGN
O autocarro 4x4 da Torsus dispõe de uma porta dianteira de folha dupla e ao meio, além de um degrau retrátil. Os espelhos laterais são aquecidos, assim como os vidros laterais.
290 CV MOTOR
8,7 M
COMPRIMENTO
37
LUGARES
34 CM
ALTURA AO SOLO
A qualidade do design do Torsus Praetorian foi reconhecida pelo júri do Red Dot Award que na edição de 2020 atribuiu o prémio de design de produto. “É um privilégio e uma honra que o respeitado e admirado prémio Red Dot tenha sido atribuído ao nosso icónico Praetorian pela qualidade do seu design”, comenta Vakhtang Dzhukashvili, CEO e fundador da Torsus. “Este prémio é o testemunho do trabalho da Torsus e dos nossos parceiros de design da Werkemotion, que ajudaram a produzir o autocarro de tracção integral mais robusto do mundo”./
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BYD
AMBIÇÃO EUROPEIA
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A BYD tem o objetivo de se tornar uma das referências no mercado europeu de autocarros elétricos. A marca tem vindo a consolidar a sua posição e também já tem veículos em operação no nosso país, na cidade de Coimbra
undada em 1995 na cidade de Shenzhen, a BYD tornou-se num dos maiores fabricantes mundiais de baterias recarregáveis, sistemas de armazenamento de energia e veículos elétricos de todas as tipologias, incluindo ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, camiões, autocarros e empilhadores.
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No domínio dos pesados de passageiros, a BYD transformou-se num dos principais fornecedores mundiais de autocarros elétricos, com mais de 50 mil unidades produzidas. A empresa é responsável pelo desenvolvimento dos três sistemas mais importantes que estão presentes nestes veículos: baterias, motores elétricos e centralinas dos motores elétricos. Em
termos de produto, a gama é constituída por modelos de tipologia urbana, disponíveis em três comprimentos de carroçaria - 8,7 metros (midi), 12 metros (standard) e 18 metros (articulado) - sendo a oferta complementada por um modelo de longo curso com 12,9 metros. A BYD está presente no mercado europeu desde 1998 e tem vindo a crescer consis-
OPERAÇÃO EM 100 CIDADES Os autocarros elétricos da BYD já estão em operação em mais de 100 cidades europeias. Uma delas é Coimbra
tentemente, com autocarros elétricos em operação em mais de 20 países e em mais de 100 cidades. Para apoiar a sua atividade, a BYD dispõe de duas fábricas de autocarros na Europa, localizadas em Beauvais (França) e Komarom (Hungria), além de uma parceria com a ADL (Alexander Dennis Limited) para o mercado do Reino Unido.
CONTRATOS NA EUROPA
No mercado europeu de referência de veículos elétricos, a Noruega, a BYD tem vindo a consolidar a sua posição, graças a adjudicações dos principais operadores. A Vy Buss encomendou 55 unidades, tendo já sido entregues oito autocarros standard de 13 metros e sete articulados de 18 metros,
que se destinam à cidade de Haugesund. Por sua vez, a Unibuss recebeu 23 autocarros standard de 12 metros para serem utilizados na cidade de Oslo. Além da Noruega também na Suécia estão em circulação autocarros elétricos da BYD. A empresa Nobina, que é o maior operador da região nórdica, recebeu um total de 34 veículos para as cidades de Linköping e Halland. Entretanto, aquela empresa já encomendou mais 13 unidades para a cidade de Pitea, localizada junto ao Círculo Polar Ártico. Mas não é só no norte da Europa que a BYD tem sucesso. Isso também sucede no sul como o demonstra o fornecimento de 15 unidades de 12 metros ao operador municipal da capital espanhola, EMT.
Será de referir que os serviços de transportes públicos da cidades de Badajoz e Badalona também já dispõem de autocarros desta marca. A BYD também já está presente em Portugal. Os SMTUC de Coimbra receberam no ano passado oito autocarros de 12 metros e já anunciaram a aquisição de mais cinco unidades à BYD, na sequência de concurso público internacional. Mais recentemente, a BYD entregou uma frota de dez unidades à cidade de Pecs, na Hungria, e uma outra de 29 unidades ao operador britânico National Express, ao abrigo de uma parceria com a ADL. Este consórcio também forneceu veículos para outras cidades do Reino Unido, como Londres, Cambridge ou Aberdeen. /
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COMERCIAIS
NISSAN E-NV200 XL
ESTREIA EM PORTUGAL PELOS CTT
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ara responder às necessidades de maior capacidade de carga dos operadores de distribuição postal, de serviços de entregas de encomendas ou refeições e logística de aeroportos, a empresa eslovaca Voltia desenvolveu uma versão grande volume do comercial elétrico da Nissan. Relativamente ao modelo base, o novo e-NV200 XL cresceu no comprimento exterior, passando de 4,56 metros para 5,03
metros, e na altura do tecto, que é de 2,42 metros em vez de 2,03 metros. Estas alterações tiveram um reflexo no compartimento de carga que passou a oferecer uma altura interior de 1,9 metros, um comprimento de 2,5 metros e um volume útil de 8 m3, valor semelhante, por exemplo, à versão de chassis curto e teto normal do Ford Transit Custom. O Nissan e-NV200 é homologado com um peso bruto de 2,2 toneladas e dispõe de uma
capacidade de carga até 580 quilogramas. O compartimento de carga pode receber até três europaletes. A autonomia deste veículo é de aproximadamente 200 quilómetros e a velocidade máxima está limitada a 123 km/h. A cadeia cinemática não sofreu alterações face ao modelo original. Os CTT vão ser a primeira empresa portuguesa a utilizar o novo Nissan e-NV200 XL em condições reais de utilização. O veículo foi transformado à medida do setor postal.
LAND ROVER DEFENDER
Também em versão comercial
A
Land Rover vai comercializar uma versão comercial da mais recente geração do Defender, que começará a ser vendida no mercado britânico no final de 2020. O novo Defender Hard Top estará disponível nas carroçarias de três e cinco portas, tendo sido eliminados os bancos traseiros para maximizar a capacidade de carga. Em opção será proposto um banco duplo do acompanhante. A marca britânica sublinha que o Defender Hard Top foi projetado para oferecer a maior capacidade de carga possível, mantendo as caraterísticas principais do modelo base. A suspensão mecânica independente é de série, estando disponível, em opção, uma suspensão pneumática no Defender Hard Top 110. Este último tem uma altura ao solo de 219 mm e oferece um ângulo de ataque de 38º, ventral de 28º e de saída de 40º.
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MAN TGE com tração integral
OPEL VIVARO COMBI
ALTERNATIVA PARA PASSAGEIROS
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gama de comerciais médios da Opel passou a contar com versões de passageiros, que oferecem nove lugares e uma altura máxima de 1,9 metros para permitir o acesso à maioria dos parques de estacionamento subterrâneos. As diversas configurações de bancos, na segunda e terceira filas, garantem uma elevada versatilidade e modularidade. Os bancos do condutor e passageiro da frente são ajustáveis em quatro posições, enquanto o banco da segunda fila (amovível sem ferramentas, se necessário) possui fixações
Isofix para os passageiros mais jovens. O Vivaro Combi será proposto em três comprimentos de carroçaria - 4,6 metros (L1), 4,95 metros (L2) e 5,3 metros (L3) - e quatro motorizações turbodiesel. Estas últimas cumprem a norma de emissões Euro 6d-TEMP, recorrendo, para o efeito, à tecnologia de pós-tratamento dos gases de escape com sistema de redução catalítica seletiva (SCR). A oferta compreende os blocos de 1,5 litros com 102 cv ou 120 cv e 2,0 litros com 122 cv ou 150 cv. Os preços iniciam-se nos 38 mil euros.
FORD TRANSIT / TOURNEO CONNECT
VERSÕES ACTIVE REFORÇAM GAMA
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s modelos Transit Connect e Tourneo Connect vão passar disponíveis, a partir do final de 2020, em novas variantes Active, que combinam um estilo exterior mais robusto, inspirado nos SUV da marca, uma maior altura ao solo (24 mm à frente e 9 mm atrás) e melhores capacidades de circulação em superfícies com menor aderência. Para se aventurarem em maus caminhos contam com um novo diferencial de deslizamento limitado mecânico / autoblocante (mLSD), que possibilita a transferência do binário do motor, em condições de baixa aderência, para a roda com mais tração. Isto permite ao condutor enfrentar, com mais à vontade, pisos molhados e escorregadios, assim como trajetos não alcatroados, trilhos em cascalho, superfícies com relva ou com neve e gelo.
As novas versões Active da Transit Connect da Tourneo Connect também se distinguem por um equipamento de série específico, que compreende barras de tejadilho para o transporte de equipamentos de maiores dimensões, jantes exclusivas de liga leve de cinco raios e 17 polegadas, que contrastam metal polido com detalhes escuros.
A MAN reforçou a oferta da gama TGE, com uma nova versão de tração integral com pesos brutos de 5,0 e 5,5 toneladas. A nova solução resultou de uma parceria com os austríacos da Oberaigner. O sistema permanente de tração integral inclui a transmissão ligada a um único eixo frontal e caixa de transferência de três eixos com distribuição de potência dependente da carga entre os eixos (diferencial de Torsen). Se a tração diminuir num eixo, mais binário é automaticamente transferido para o outro eixo sem demora.
Versão chassiscabina na Renault Master Z.E.
A Renault alargou a oferta de veículos comerciais elétricos com a versão chassis-cabina da Master Z.E. A nova proposta está disponível em dois comprimentos de carroçaria (L2 e L3) e uma altura de tecto (H1). A carga útil máxima pode chegar aos 1700 kg, antes de transformação, possibilitando um elevada variedade de adaptações, como, por exemplo, caixa de carga de grande volume ou caixa de carga aberta. A autonomia pode chegar aos 130 km em ciclo WLTP.
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PESADOS
BIOMETANO
ATÉ MENOS 55% DE EMISSÕES
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utilização de biometano em veículos a gás natural comprimido ou liquefeito permitirá reduzir 15 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono em 2030, segundo refere uma projeção da Associação Europeia de Biogás e da NVGA Europe. Aquelas duas entidades estimam que 40% do consumo total de gás utilizado como combustível por uma frota superior a 13 milhões de veículos GNC e GNL será biometano no início da próxima década. Como
resultado, as emissões de gases com efeito de estufa associadas à mobilidade vão diminuir cerca de 55%, permitindo evitar emissões de 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A Associação Europeia de Biogás e a NGVA sublinham que a produção local de combustíveis limpos, como o biometano, contribui para a criação de empregos a nível local e ajuda as cidades a baixar significativamente as emissões de dióxido de carbono e a poluição do ar.
Numa cidade com a dimensão de Bruxelas, com uma população de 1,2 milhões de habitantes, a produção anual de resíduos biológicos pode atingir 210 mil toneladas que podem ser utilizadas para produzir 14 mil toneladas de gás renovável. Isso permitiria abastecer uma frota de 75 mil veículos movidos a GNC e GNL com uma mistura de 40% de biometano, evitando a emissão de 85 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.
HYUNDAI
Primeiros camiões fuel cell na Suíça
O
s primeiros dez camiões a hidrogénio da Hyundai já estão a caminho da Europa, devendo começar a ser operados na Suíça a partir de setembro. A marca sul-coreana irá enviar ainda este ano mais 40 unidades do Hyundai Xcient Fuel Cell para aquele país. Este é o primeiro camião a hidrogénio a ser produzido em série, ao abrigo do compromisso da marca para a redução das emissões de carbono através de soluções com zero emissões. O Hyundai Xcient Fuel Cell é alimentado por um sistema fuel cell de 190 kW, distribuído por duas pilhas de combustível de 95 kW. Os sete depósitos de hidrogénio possuem uma capacidade de armazenamento de 32,09 kg. A autonomia é de 400 km.
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MAN testa camião autónomo
IVECO
CONSULTORES ANALISAM TCO
A
Iveco dispõe de uma equipa de consultores especializados em análise de custos de utilização dos veículos para ajudarem as empresas a diminuírem as despesas com cada viatura. Cada unidade Iveco é monitorizada remotamente através do sistema de telemática pela equipa de TCO da Iveco, que efetua uma análise do comportamento, das atividades realizadas e do estilo de condução graças ao DSE (Driving Style Evaluation). De acordo com estudos especializados, o consumo de combustível de um veículo pesado representa entre 35% e 40% do custo total de utilização anual. Com recurso à
consultadoria de consumo e à conectividade, este custo variável pode ser reduzido, graças à recolha informações relevantes: alerta de pressão dos pneus; estimativa total da economia de combustível da frota; impacto do motorista no consumo (DSE, ralenti, Cruise control); alerta de mau funcionamento do veículo ou análise do consumo em cada troca de reboque; dados de condução segura de cada motorista. A Iveco disponibiliza ainda uma ferramenta de cálculo do TCO no seu site para que cada utilizador possa conhecer o custo anual de cada veículo ou encontrar o modelo mais adequado às suas necessidades.
SCANIA
CONECTIVIDADE OTIMIZA CONSUMO
O
s pacotes de serviços conectados de gestão de frota da Scania permitiram à empresa D-Log, sediada na Guarda, reduzir o consumo médio de combustível das 20 viaturas da marca sueca em cerca de quatro litros. Uma das ferramentas utilizadas na recolha da informação dos dados de funcionamento de
cada veículo é o sistema C-300 que também disponibiliza diferentes relatórios de monitorização, assim como o controlo de acesso a dados. O portal de gestão de frotas da Scania FMS fornece dados em tempo real sobre estilos de condução, produtividade e poupança de cada unidade de transporte, possibilitando a otimização do planeamento e a gestão de condutores e veículos. “Aqui todos podemos ganhar. Cerca de 4/5 litros. Quando falamos em quatro anos, podemos pensar que é pouco, mas ao final do ano, multiplicando pelos milhares de quilómetros efetuados”, explica David Alves, gerente da D-Log, empresa de transportes internacionais, fundada em 2010.
A MAN vai fornecer um camião totalmente automatizado que será operado na movimentação de contentores num terminal de intermodal da DB Intermodal Services, localizado em Ulm, na Alemanha. Antes do início da operação será instalada a infraestrutura digital, assim como todos os interfaces necessários. Operadores de grua experientes manusearão os contentores para garantir que as operações possam ser testadas em condições reais. Um “condutor de segurança” da MAN, estará sempre a bordo durante os testes.
Santos e Vale investe em nova frota
A Santos e Vale investiu 4,7 milhões de euros na aquisição de 60 novas viaturas que se destinam a responder ao aumento do volume de entregas no retalho e em consumidores finais. As novas viaturas foram distribuídas pelas 17 plataformas da empresa, sendo que algumas estarão afetas às operações do Porto e de Lisboa, permitindo assim responder à alteração na procura do mercado naquelas regiões do país.
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TÉCNICA
CONDUÇÃO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA CONDUÇÃO A eficiência energética na condução tem um impacto na conta de exploração do transporte, mas é possível melhorar através da otimização dos procedimentos, das técnicas de condução e da manutenção preventiva TEXTO PEDRO MONTENEGRO
Q
uando analisamos os custos globais de uma frota existem dois fatores que representam mais de metade do total: o consumo de combustível e os custos profissionais (incluindo fiscais e sociais) do utilizador dos veículos. Os custos operacionais não param de aumentar devido à subida do preço do combustível e dos custos de manutenção. Além disso, a pressão ascendente sobre as taxas de mão-de-obra na manutenção e os preços mais elevados das matérias primas têm igualmente reflexo no custo dos pneus
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de reposição, incluindo os recondicionados. Um dos maiores desafios relacionados com o custo do combustível é o planeamento preciso da operação, a orçamentação e a mitigação deste custo variável. Isso pode ser alcançado mais facilmente pela combinação da abordagem do conhecimento e comportamento do motorista, controlando os relatórios de uso de combustível, pois existem diferenças muito significativas nas medições dos consumos entre os motoristas sob as mesmas condições. Como todos sabemos, a importância contínua de uma subida na margem de lucro deve ser sempre uma preocupação dos
responsáveis pela organização de transportes de mercadorias ou passageiros. A outra forma de obter um resultado melhor, relacionado com o aumento dos custos de combustível, será a análise das várias tecnologias de economia de combustível, disponíveis no mercado: veículos elétricos, híbridos, gasóleo. A seleção de novos modelos com consumos mais reduzidos face ao modelo anterior, parece ser a única solução encontrada por muitos gestores de frotas, continuando a impulsionar muitas estratégias na aquisição de frotas, juntamente com poucas iniciativas de sustentabilidade corpora-
OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS Para controlar o aumento de custos de operação, as empresas devem apostar na eficiência energética e na adoção das melhores práticas de condução económica
tiva. Como consequência, algumas frotas optaram por aumentar a aquisição de veículos híbridos.
OTIMIZAÇÃO DA TIPOLOGIA DA FROTA
Para reduzir a despesa com combustível estão a ser implementadas outras iniciativas, incluindo a adequação da dimensão do veículo à operação, assim como algumas ações específicas para redução dos consumos e a adoção de melhores métricas sobre os mesmos, que, por vezes, são algo descontroladas devido à troca de condutores com diferentes consumos ou à transposição de períodos de medida e diferentes desgastes dos órgãos elétricos e mecânicos do veículo. Em 2019, os custos de manutenção e reparação aumentaram mais rapidamente do que a taxa de inflação anual. Com os problemas de confinamento devido à crise do COVID-19, teremos certamente outros problemas de mercado em 2020. No entanto, estes aumentos de custos foram algo atenuados pela melhoria contínua na qualidade da construção do veículo e à utilização de componentes com maior fiabilidade ou longevidade. Por vezes, a manutenção não é a mais
preventiva, sendo descurados os pneus e principalmente o filtro de ar. O grande suporte da carga, da inércia do movimento e de todo o peso do camião recai sobre o pneu, mas principalmente da pressão do ar interior. O controlo deve ser mais frequente do que se verifica. Quanto tempo demora a encher um depósito de combustível, em que alguém deve estar por perto e terá tempo suficiente para controlar a pressão de mais de um par de pneus? Teremos noção que num veículo pesado são necessários cerca de 10.000 litros de ar para queimar um litro de gasóleo? Claro que os níveis dos fluídos são muito importantes, apesar de termos cada vez mais, dezenas de testemunhos luminosos e sonoros para os controlar. Mas será que lhes damos a devida importância hierárquica?
CONDUÇÃO EFICIENTE
Os melhores procedimentos duma condução eficiente e menos poluidora, continuam a ser desprezados. Procedimentos simples, no início do funcionamento do motor, onde nos primeiros minutos acontecem 70% do desgaste do mesmo, em que nem sempre temos cuidado com as rotações, não demasiado altas, mas as muito baixas rotações também são prejudiciais!
Que rotações deve imprimir o motorista para a melhor condição de consumo, devendo sair da zona verde por instantes, ao contrário do que muitos praticam! Diminuir os períodos de aceleração, aumentar os períodos de velocidade constante, o que as leis da física sempre mostraram, exige rotações mais elevadas por breves instantes para menores tempos de aceleração, com o óleo na temperatura certa! A condução mais eficiente exige uma melhor observação da envolvente rodoviária de forma a que o motorista consiga melhor antecipação e previsão do movimento do trânsito à sua frente! Distância de segurança, que quase todos desprezam, permitem sermos mais rápidos, se as soubermos calcular e pôr em prática, o que raramente acontece… Podemos ser bem mais eficientes, podemos conduzir com mais segurança, menos poluição e ganhar tempo na condução em muitos percursos de montanha, urbanos e de muitas outras via rodoviárias. Para que este modo de condução aconteça, os níveis de conhecimento sobre as técnicas mais importantes duma condução mais eficiente devem estar sempre presentes, a par e passo com as da segurança rodoviária, em muito semelhantes na condução dum automóvel pesado ou ligeiro. Boas viagens! / * Formador de Técnicas Avançadas de Condução de Veículos Pesados e membro da Associação Por tuguesa de Centros de Formação de Condução Avançada ampadrive@gmail.com
PARCERIA
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AFTERMARKET
DIESEL TECHNIC
AUTOMATIZAÇÃO DA LOGÍSTICA INTERNA
A
Diesel Technic introduziu uma nova tecnologia de transporte no seu armazém de peças pequenas para aumentar a eficiência da logística interna. A melhoria nos processos e a economia de espaço permitem à empresa garantir uma disponibilidade mais rápida dos produtos. Ciente da importância de uma cadeia de fornecimento rápida e segura para ajudar a manter os negócios dos clientes em movimento, o novo armazém automatizado recebeu tecnologia shuttle para proporcionar aos clientes uma maior qualidade nas entregas e um melhor desempenho interno. Isto possibilita à empresa adaptar as suas existências às necessidades do mercado. O armazém automatizado de peças possui quatro corredores, com 17,5 metros de altura. O interior permite receber 40 mil contentores e mais de 12 mil referências diferentes. Os 148 veículos shuttle conseguem processar um elevado número de ordens de armazenamento e a recolha num curto espaço de tempo. Isto permitir garantir tempos de entrega mais rápidos. “Com este investimento, reforçamos nosso negócio principal, e, graças ao aumento de serviços picking, oferecemos aos nossos clientes um serviço ainda mais
MAIS QUALIDADE Diesel Technic investiu no armazém de peças para melhorar serviço
fiável. É importante para nós pensar no futuro - o novo armazém oferece um alto nível de escalabilidade,” afirma Thomas Kaps, Gerente Executivo de Logística da Diesel Technic.
SCANIA PORTO
Horário alargado
T
al como já tinha sucedido em Mangualde e Vialonga, o concessionário oficial da Scania no Porto alargou o horário de funcionamento ao sábado para responder aos pedidos dos clientes permitindo que as reparações e manutenções se realizem neste dia, aproveitando o período de imobilização das viaturas. O novo período de funcionamento permite prestar assistência praticamente durante todos os dias durante a semana, de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 20h00, e também aos sábados, das 08h00 às 17h00, sem a necessidade marcação prévia. A Scania recomenda, no entanto, a marcação para garantir que todas as peças estarão disponíveis, caso seja necessária uma reparação.
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Lâmpadas Osram para camiões
IVECO
INTEGRAÇÃO DA SOVECO
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Iveco Portugal passou a ser responsável pela gestão direta das atividades das marcas Iveco e Iveco Bus na região norte, na sequência da absorção da totalidade da anterior estrutura e negócio da Soveco. Esta última era, até final de maio, a concessionária oficial da marca nas áreas de Vila Nova de Gaia e Aveiro. Com esta integração das operações da Soveco, a Iveco Portugal replicou a mesma estrutura de negócio implementada na região da Grande Lisboa. O objetivo consiste numa maior ligação aos clientes, proporcionando um serviço de maior qualidade
e proximidade no serviço de após-venda. Na sequência da absorção da atividade da Soveco na região norte, a Iveco Portugal passou a contar com cinco pontos de venda e serviços próprios - Vila Franca de Xira, Prior Velho, Vila Nova de Gaia e Aveiro - ao que se juntam cinco concessionários e reparadores autorizados. Esta rede é constituída por um total de 26 pontos de assistência, que disponibilizam os diferentes serviços de oficina a modelos das marcas Iveco e Iveco Bus em Portugal Continental e Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.
AMORTECEDORES SACHS
REVESTIMENTO EM PLÁSTICO
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ZF Af termarket lançou no mercado novos amortecedores da Sachs para veículos comerciais com tubos revestidos a plástico. Esta solução apresenta algumas vantagens face aos componentes similares com tubos protetores de metal. Uma delas é a maior resistência do plástico face a elementos corrosivos como a humidade ou o sal na estrada. Além disso também reduz o peso de cada amortecedor porque o plástico é um material mais leve, contribuindo para a redução do peso em vazio (tara) do veículo.
A ZF Aftermarket refere que a montagem dos amortecedores com tubos protetores de plástico se realiza da mesma forma que os amortecedores convencionais com cobertura metálica. Assim, deve ser observada a disposição correta das peças para a montagem dos amortecedores ( juntas de pinos/ rolamentos de amortecedores). Além disso, as fixações dos amortecedores, direção e peças de borracha-metal devem ser verificadas em cada inspeção. O fabricante recomenda ainda a lubrificação ligeira dos parafusos de fixação das juntas de anéis.
A Osram desenvolveu a gama de lâmpadas Truckstar Pro para responder às necessidades dos condutores de camiões. As novas lâmpadas oferecem até 100% mais luz em comparação com as lâmpadas convencionais de 24V. A Osram disponibiliza diferentes kits de substituição de 24V, que incluem as principais lâmpadas de farol e auxiliares. Os kits podem ser utilizados para reparar as falhas das lâmpadas sem recorrer à assistência, quando, onde e sempre que necessário.
Fuchs lança novos anticongelantes
O fabricante alemão Fuchs redefiniu a sua gama de anticongelantes que é comercializada sob a marca Maintain Fricofin. Estes produtos podem ser comercializados em forma concentrada - obrigando à sua diluição em diferentes concentrações para poder ser utilizada - ou em versão já diluída. O produto Maintain Fricofin - 35 é substituído por duas versões igualmente diluídas: Maintain Fricofin 50, com diluição a 50% e várias especificações, aprovações e recomendações; Maintain Fricofin - 25, com concentração de 40%.
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AFTERMARKET
MAN Portugal adquiriu AC MANutenção
TRANSPORTES JOÃO PIRES
SOLUÇÃO EFFITRAILER DA MICHELIN
A
empresa Transportes Internacionais João Pires introduziu a solução de comunicação telemática Effitrailer da Michelin em 2018 para ajudar a melhorar a gestão da sua frota de semirreboques. Esta solução permite controlar em todo o momento as condições de utilização dos pneus, recorrendo à informação transmitida pelos sensores do sistema eletrónico de travagem como do sistema de monitorização da pressão e temperatura dos pneumáticos. O sistema consegue detetar uma situação anormal e enviar uma notificação ao gestor de frota para que possa proceder à sua análise, programar a manutenção e controlar os custos. A solução telemática Michelin Effitrailer aju-
da a prevenir avarias, reforçando a garantia de cumprimento dos prazos de entrega, aumentando, por outro lado, a segurança dos motoristas e da frota. O sistema também possibilita a localização em tempo real dos semirreboques da empresa, assim como a otimização dos veículos, reduzindo os quilómetros em vazio. “Enfrentamos o futuro com otimismo, já que a confiança dos nossos clientes é o resultado de um trabalho de excelência. Neste sentido, o fortalecimento e a modernização permanente da nossa frota é uma ferramenta indispensável,” comenta João Pires, CEO da Transportes Internacionais João Pires, fundada no final da década de ’80, em Vila Nova de Cerveira.
ZF
OBJETIVOS CUMPRIDOS EM 2019
C
om um volume de negócios de 36,5 mil milhões de euros, a ZF anunciou ter alcançado os objetivos de 2019, que tinham sido revistos no verão. As vendas - ajustadas pelos efeitos cambiais e atividades de fusão e aquisição - ficaram ligeiramente abaixo de 2018 (-1,9%). O lucro antes de juros e impostos (EBIT) ajus-
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tado também registou uma diminuição de 2,1 mil milhões de euros para 1,5 mil milhões de euros, enquanto a margem EBIT foi de 4,1% em 2019 contra 5,6% em 2018. O financiamento da aquisição planeada do fabricante de travagem para veículos comerciais Wabco foi um sucesso. Para esse fim, a ZF colocou títulos e empréstimos garantidos no valor de 4,8 mil milhões de euros no mercado de capitais em outubro passado. As prioridades da ZF para 2020 passam pela minimização das consequências do novo coronavírus e pela manutenção das estratégias de longo prazo da sua “Next Generation Mobility” para moldar as necessidades de mobilidade do futuro.
A MAN Truck & Bus Portugal adquiriu as instalações da AC MANutenção. A gestão das operações nos distritos de Aveiro e Viseu, passou a gestão a ser efetuada pelo importador. A operação está inserida no programa iniciado no ano passado com a reorganização da estrutura comercial. A aquisição das oficinas dos distritos de Aveiro e Viseu veio reforçar a estratégia de crescimento, que passará pelo investimento na formação, equipamento e soluções de mobilidade, assim como na continuidade das equipas de trabalho.
Kits de desengate da Sachs
A ZF Aftermarket lançou no mercado kit completos de forquilhas de desengate da Sachs, que incluem todos os componentes necessários: eixos, vedantes ou parafusos. Estes kits podem constituir alternativas para as oficinas de veículos comerciais, já que permitem poupar tempo na identificação e encomenda de peças, evitando ainda o risco de atrasos nas reparações devido à falta de componentes. A ZF fornece forquilhas de desengate da embraiagem da Sachs não só para as transmissões AS-Tronic, mas também de outras marcas.
notícias
PNEUS
DUNLOP
NOVO SP247 PARA CAMIÕES
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Dunlop renovou a sua oferta para camiões com o lançamento do novo pneu SP247, que foi desenvolvido para proporcionar às frotas um desempenho melhorado em todas as condições climatéricas, assim como uma elevada quilometragem e um baixo custo por quilómetro. O novo Dunlop SP247 vem substituir o SP246. O design apresenta cinco ou seis nervuras para garantir uma distribuição uniforme das pressão de contacto e a solidez do ombro. As ranhuras no interior do perfil da banda de rolamento representam até dois terços da profundidade total da mesma. A criação de arestas pontiagudas adicionais veio garantir uma interligação com a superfície da estrada, com reflexos positivos a nível da performance e mesmo da sua vida útil. O novo pneu de camiões da Dunlop está preparado para todas as estações, em todas as suas medidas, garantidas pelas marcações M+S e 3PMSF (Three Peak Mountain Snow Flake). Estas últimas cumprem os regulamentos da União Europeia para pneus de inverno,
que exigem a utilização de produtos com a marcação 3PMSF nos eixos do reboque, além nos pneus direcionais e de tração.
Goodyear KMAX T GEN-2 para camiões
A Goodyear complementa a sua gama de pneus “premium” para camiões KMAX GEN-2, para eixos direcionais e de tração, com os novos KMAX T GEN-2. Outros benefícios oferecidos são a maior quilometragem e vida útil, além de cumprirem a legislação da UE relativa a pneus de inverno e conectividade RFID. O novo desenho da banda de rolamento tem 5, 6 ou 7 nervuras, dependendo da medida, o que proporciona resistência aos danos e ao desgaste, para uma elevada quilometragem e uma longa vida em condições severas.
MICHELIN
NOVO AGILIS 3 PARA VEÍCULOS COMERCIAIS
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Michelin acaba de renovar a sua gama de pneus para veículos comercias com o lançamento do Agilis 3, um produto que vem substituir o Agilis+. O novo pneumático foi concebido, de acordo com a marca, “para minimizar o impacto ambiental”, mas também ao nível da segurança, com um “excelente desempenho em travagem em piso molhado do primeiro ao último quilómetro”. Isto foi possível graças à tecnologia EverGrip, que combina canais com paredes verticais em forma de U. Assim, “incrementa-se a capacidade de escoamento da água, com o composto de goma com sílica e negro de carbono de última geração”. Em termos de duração, a Michelin garante que há um aumento de sete por cento. Isto graças à utilização de um composto
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BFGoodrich para aplicações exigentes
mais resistente ao desgaste, mas não só. Também devido à tecnologia adaptada dos pneus de camião, que evita a retenção de pedras nos canais, por forma a limitar as agressões.
Para os eixos de direção e de tração dos camiões de utilização mista, a BFGoodrich desenvolveu a gama Cross Control. Estes pneumáticos foram concebidos para cumprir as expetativas dos operadores no segmento - obras públicas, construção e pedreiras - que valorizam critérios como a relação qualidade / preço, associada a uma garantia de mobilidade em todos os tipos de terrenos.