Turbo Frotas # 07

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#7 OUTUBRO 2017

EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

PEUGEOT 308

ATAQUE À LIDERANÇA A PARTIR DE 28 140€ // CONSUMO 3,6 L/100KM // 94 GR/KM CO2

OPEL GRANDLAND X O TERCEIRO SUV CARRO DO MÊS

AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI MAIS TECNOLOGIA. MAIS DINÂMICA. O CAMPEÃO NAS EMPRESAS ESTÁ AINDA MAIS FORTE

OPEL

ARMANDO CARNEIRO GOMES

“OFERTA AJUSTADA ÀS EMPRESAS”




SUMÁRIO

#7

OUTUBRO 2017 NOVOS MODELOS

CARRO DO MÊS

8 Salão de Frankfurt

28 Audi A5 Sportback

14 Opel Grandland X 17 Volkswagen T-Roc 18 Volkswagen Polo DESTAQUE

34 Opel: Oferta ajustada às frotas CLIENTE

20 LeasePlan

24 ALD

58 Sofrapa: “Aquisição direta para controlar custos” TENDÊNCIAS

66 Condução autónoma

ENSAIO

46 Opel Insignia Grand Tourer GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO

38 Peugeot 308 42 Hyundai Ioniq Tech PHEV 4

TURBO FROTA OUTUBRO 2017

50 Nissan Micra 1.5 dCi 54 Volkswagen Golf GTE

70 Ford Fiesta 1.0 EcoBoost 72 smart forfour passion 0.9 auto



EDITORIAL

UM ANO COM AMBIÇÃO

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Turbo Frotas chega ao primeiro aniversário. Nada que surpreenda, uma vez que estamos perante um projeto editorial que veio preencher uma lacuna importante: informar, com rigor, aqueles que têm a responsabilidade de decidir os investimentos de mobilidade nas suas empresas. Foi de propósito que utilizámos a expressão porque, na verdade, as soluções de mobilidade estão cada vez menos circunscritas às fórmulas tradicionais. Sobretudo no caso das empresas. Da mesma forma que o “renting” veio alterar o panorama há alguns anos, também agora a “partilha” está a desafiar o que parecia intocável. Para uma mesma necessidade, há hoje um leque mais vasto de respostas, cada uma com as suas caraterísticas, vantagens e inconvenientes que é fundamental conhecer em detalhe. Surgimos, então, alicerçados na marca Turbo, com tudo o que isso representa no capítulo das qualificações para analisarmos os automóveis. Mas fomos capazes de perceber que os novos tempos pedem mais. Pedem que sejamos competentes a diagnosticar os trunfos e defeitos de um determinado modelo, na perspetiva empresarial, mas exigem, cada vez mais, que coloquemos nessa equação outras “premissas”, como a possibilidade de a noção de partilha ou utilização temporária se revelar economicamente mais “sexy” do que modelos a que estávamos acostumados. Vivemos desafios novos a que, com empenho, temos sido capazes de responder de forma positiva. Testemunho disso mesmo é o facto de, desde o nosso surgimento, termos registado um crescimento significativo. Hoje a Turbo Frotas chega a quase 5000 empresas, assumindo-se como uma ferramenta de trabalho relevante para todos os que pretendem fazer escolhas com base em informação rigorosa. Continuará a ser essa a nossa ambição.

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO LDA NPC 508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000€ CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL: TURBO@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt DIRETOR ADJUNTO

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DEKRA - O USED CAR REPORT É UM RELATÓRIO ANUAL DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA DEKRA COM BASE EM TESTES REALIZADOS, NA ALEMANHA, AO LONGO DE MAIS DE DOIS ANOS DE PERMANÊNCIA EM MERCADO DE CADA UM DOS MODELOS. SÓ SÃO FORNECIDOS DADOS QUANTITATIVOS PARA MODELOS DE QUE TENHAM SIDO INSPECIONADOS PELO MENOS MIL UNIDADES. SÃO DEFINIDAS DIFERENTES CLASSES E O “BENCHMARK” (RESULTADO DE REFERÊNCIA) É RESPEITANTE Á MEDIA DE CADA SEGMENTO, NÃO SENDO, PORTANTO, INFLUENCIADO POR RESULTADOS DE OUTRO TIPO DE AUTOMÓVEIS. DEFEITOS RESULTANTES DE MODIFICAÇÕES REALIZADAS PELOS PROPRIETÁRIOS AO MODELO ORIGINAL NÃO SÃO LEVADOS EM CONTA

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

TIRAGEM 4500 EXEMPLARES ISENTA DE REGISTO NA ERC AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART.O 12º Nº 1 A. DEPÓSITO LEGAL N.º 415871/16 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



NOVIDADES

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SALÃO DE FRANKFURT

ELÉTRICO E AUTÓNOMO O Salão Automóvel de Frankfurt de 2017 deu a conhecer os mais recentes desenvolvimentos dos construtores automóveis. Caso as tendências se concretizem, os veículos do futuro serão elétricos, conectados e autónomos

confirmar-se a visão apresentada pelos principais fabricantes no Salão de Frankfurt, o automóvel do futuro vai ser elétrico e autónomo. Quase todos os construtores revelaram conceitos e protótipos que antecipam essa realidade já para o virar da década. Algumas marcas também avançaram que, a partir dessa altura, as suas gamas serão eletrificadas. As alterações climáticas, o Dieselgate e os elevados níveis de poluição nalgumas cidades criaram a tempestade perfeita para que alguns governantes viessem anunciar a limitação ou mesmo a proibição de veículos de combustão interna nos seus territórios. Sabendo de antemão que os custos de desenvolvimento de motores de combustão, principalmente diesel, que cumpram normas de emissões cada vez mais exigentes, a indústria automóvel tem vindo a investir no desenvolvimento de novas soluções, que, em muitos casos, passam pelo elétrico, quer seja a bateria ou a célula de combustível. A edição de 2017 também ficará marcada pela ausência de algumas das marcas de referência no mercado europeu, como a Alfa Romeo, a DS, a Fiat, a Jeep, a Mitsubishi, a Nissan, a Peugeot e a Volvo.

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OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

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NOVIDADES

SALÃO DE FRANKFURT

MERCEDES-BENZ

ESTRELAS ELÉTRICAS

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Mercedes-Benz tem vindo a apostar fortemente na área da eletromobilidade através do conceito CASE, uma sigla que significa os pilares estratégicos da conetividade (Connected), da condução autónoma (Autonomous) da utilização flexível (Shared & Services) e dos sistemas motrizes elétricos (Electric), e criou uma submarca específica denominada EQ. Até 2022, a marca prevê produzir mais de dez novos automóveis elétricos, desde o pequeno smart ao grande SUV. Alguns protótipos foram estreados no Salão de Frankfurt, incluindo o EQA, que antecipa a quarta geração do Mercedes Classe A, que será lançada na primavera de 2018, no nosso país. Com um comprimento de 4,28 metros e uma distância entre-eixos de 2,72 metros, conta com dois motores elétricos que desenvolvem mais de 200 kW (270 Cv) e uma bateria de iões de lítio com uma capacidade de 60 kWh. A autonomia anunciada é superior a 400 quilómetros. A visão da smart para o automóvel partilhado das megacidades do futuro é o Vision EQ fortwo, um protótipo com um comprimento de 2,7 metros e uma largura de 1,72 metros. As baterias de iões de lítio disponibilizam uma capacidade de 30 kWh. A Mercedes-Benz está igualmente a trabalhar na área da célula de combustível e apresentou o GLC F-Cell. Estamos perante um SUV com 4,67 metros de comprimento, que combina duas fontes de energia e tecnologias classificadas como EQ Power: híbrido plug-in e fuel cell. A marca anuncia uma autonomia até 437 km como híbrido fuel-cell e 49 km em modo totalmente elétrico.

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EQA ANTECIPA NOVO CLASSE A O concept EQA apresenta uma carroçaria coupé de três portas, mas o modelo final de produção terá a tradicional configuração de cinco portas. O EQA tem um comprimento de 4,28 metros, uma largura de 1,81 metros, sendo mais curto, mas mais largo do que a atual geração do Mercedes Classe A



NOVIDADES

SALÃO DE FRANKFURT

BMW

OFENSIVA CONTINUA

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BMW revelou o protótipo i Vision Dynamics, com carroçaria de quatro portas do tipo Grand Coupe, que oferece uma autonomia superior a 600 km e uma velocidade máxima de 200 km/h. Destaque ainda para o X7 iPerformance, um SUV que combina um motor TwinPower Turbo e eDrive, isto é um motor a gasolina e um sistema híbrido plug-in. A BMW aproveitou o Salão de Frankfurt para atualizar o i3 , que passou a contar com uma versão mais desportiva, denominada i3s. A intervenção dos designers no i3 abrangeu os pára-choques, introdução de LED em todas as funções de iluminação, os pilares A negros. No interior destaque para o ecrã de 10,25” no centro do painel, além de revestimentos novos. O i3s passa a contar com uma motorização elétrica de 184 CV contra os 170 CV do i3, permitindo uma velocidade máxima de 160 km/h em vez de 150 km/h. O carregamento de 80% da bateria demora cerca de 11 horas numa tomada doméstica de 10A/240V. A Mini, por sua vez, confirmou o lançamento de uma versão totalmente elétrica em 2019 da atual gama e apresentou o protótipo Electric, com quatro lugares e um comprimento de 3 ,82 metros. O Mini Electric mantém o design tradicional do modelo e a sua vocação urbana. /

TERCEIRO PONTO NO “I” Com o estudo elétrico i Vision Dynamics, a BMW coloca o terceiro ponto no “i”, após o i3 e o i8. É de esperar que o modelo definitivo, com autonomia de 600 km, receba a designação de i5

VOLKSWAGEN I.D.CROZZ

HONDA

APOSTA NA ELETROMOBILIDADE

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Honda anunciou que a tecnologia elétrica passará a estar presente em todos os modelos novos da marca lançados na Europa, segundo garantiu Takahiro Hachigo, presidente e CEO da Honda. O compromisso foi assumido durante a apresentação do novo protótipo Urban EV Concept. “Esta não é uma visão do futuro a longo prazo; uma versão de produção deste carro estará aqui na Europa já em 2019”, afirmou o responsável da marca nipónica, confirmando que o conceito se tornará uma realidade dentro de dois anos. O Honda Urban EV Concept vai ser construído numa plataforma completamente nova e apresenta tecnologia avançada dentro de

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um design simples e sofisticado. O emblema Honda no Concept Car é retro iluminado em azul, deixando antever aquela que será uma característica de estilo para os futuros veículos elétricos da marca. /

A Volkswagen aproveitou o Salão de Frankfurt para demonstrar que está empenhada em recuperar a liderança no desenvolvimento tecnológico e em particular na transição da era da combustão para a da mobilidade elétrica. A marca estreou uma versão maior do I.D. Crozz, um SUV com 4,66 metros de comprimento e um habitáculo com quatro lugares individuais.



NOVIDADES

OPEL GRANDLAND X

COMO SE DIZ 3008 EM ALEMÃO? Grandland X! A Opel chega tarde ao segmento crossover, mas agora já tem três elementos na gama X TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

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ão dez anos de atraso face ao dominador do segmento, o Nissan Qashqai, que o Grandland X vai tentar recuperar, oferecendo um completo equipamento, preços simpáticos e tudo aquilo que faz do 3008 um dos melhores do segmento. O modelo da Opel utiliza o chassis, as mecânicas e as suspensões do Peugeot e é feito em França ao lado do 3008. O Grandland X não é fruto da compra da Opel pelo grupo PSA, mas sim de um acordo feito anteriormente que deu corpo à gama crossover da casa de Rüsselsheim com o Crossland X (base do 2008) e agora este Grandland X. Estava pre-

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vista a sua chegada a Portugal já em novembro, mas foi confirmado que só estará à venda entre nós no primeiro semestre de 2018. Não há preços ou arrumação em termos de equipamento, mas sabendo-se que a versão base custa, na Alemanha, menos de 24 mil euros, não custa acreditar que ficará na fronteira dos 30 mil euros. Mais um trunfo face ao 3008. O Opel Grandland X estará disponível apenas com dois motores, um 1.2 litros turbo a gasolina com 130 CV e um 1.6 litros turbodiesel com 120 CV, ambos acoplados a caixas de seis velocidades manual ou automática. O modelo não terá tração integral e terá de se contentar com o IntelliGrip que com os seus cinco modos (nor-


mal, areia, lama, nesse e desligar o ESP) de utilização do ESP, dá uma ajudinha. Mas nada de muito entusiasmo, pois é mesmo só uma ajuda. O modo que desliga o ESP é para os mais aventureiros, mas volta a ligar tudo a partir dos 50 km/h. ESTILO EXTERIOR PRÓPRIO Se não soubesse, já, que este Grandland X tem por base o 3008, olhando para as fotos nunca diria que, por baixo, está um Peugeot. Nunca! Mark Adams, o responsável pelo estilo da Opel, tem de ser elogiado pelo trabalho feito no crossover da casa alemã. Mantendo a frente típica da Opel, mas sem estar demasiadamente em destaque, com linhas fluídas e um arranjo da superfície vidrada que forma um conjunto har-

monioso finalizado com uma traseira que rima com o resto do carro. Não há forma de identificar o 3008, exceção feita á volumetria da frente e a altura dos guarda-lamas dianteiros, semelhante à do Peugeot. Mas, lá está, não sabendo, nunca descobrirá o que está por baixo do Grandland X. Bonito ou feio, decidirá o mercado, mas na nossa opinião, o Grandland X é um carro atraente que dispensa fogo-de-artifício. Exatamente na direção oposta do seu “irmão” 3008. INTERIOR AINDA MAIS DIFERENTE Dentro do Grandland X as diferenças são, ainda, maiores. Franqueada a porta, entramos num... Astra! A diferença está na posição de condução mais elevada e em um ou outro detalhe, pois, na

essência, o interior é do Astra. Os bancos são confortáveis e com excelente apoio. Porém, estando localizados bem mais acima que num Astra, tornam a posição de condução menos natural do que num Astra. Porque o volante fica mais horizontal devido à mesma regulação do Astra. Nada de muito penalizador, apenas um detalhe. O espaço oferecido é suficiente para quem viaja atrás – parece-nos um nadinha mais curto que os rivais – o conforto é elogiável e na bagageira existe lugar para tudo aquilo que tem de levar com as crianças, para o campo de golfe, para o ginásio. Contas feitas, são 580 litros que podem se alargar bastante com o rebatimento dos bancos. Não tendo possibilidades de se destacar do 3008

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NOVIDADES

OPEL GRANDLAND X

QUALIDADE Os materiais utilizados e os sistemas de apoio à condução contribuem para um bom ambiente a bordo

INFOENTRETENIMENTO Os sistemas de informação e entretenimento são compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay, permitindo ligar até sete dispositivos

exceto pelo estilo interior e exterior, a Opel decidiu jogar o trunfo da tecnologia. E dentro do Grandland X não faltam caraterísticas de segurança e ajuda à condução. Aliás, o novo crossover da Opel é muito generoso nesse aspeto, oferecendo avisador de transposição involuntária da faixa de rodagem com correção no volante, avisador de cansaço do condutor, travagem autónoma de emergência, proteção dos peões, reconhecimento dos sinais de trânsito, enfim, tudo aquilo a que tem direito. Excelente! O QUE VALE ESTE GRANDLAND X Vale mais ou menos o mesmo que o Peugeot 3008, mas com menos emoção e mais racionalidade. Com o motor turbodisel de 1.6 litros e 120 CV, o Grandland X não tem problemas de mobilidade e é muito agradável de utilizar. Não gosta de abusos e apesar de ter alma até Almeida, não o faz apressadamente. Não é particularmente veloz nem entusiasmante, mas com consumos,

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120 CV POTÊNCIA

580 LTS BAGAGEIRA

4,3

/100 KM CONSUMO

111 G

/KM EMISSÕES CO2

reais, abaixo dos cinco litros de gasóleo por cada centena de quilómetros, o Grandland X diesel chama, imediatamente, á atenção. Momentos houve em que conseguimos médias de 4,3 litros mas, no final e com alguma autoestrada pelo meio, a média ficou-se pelos 5,1 l7100 km. Excelente! GRANDLAND X OU 3008? Esta será a pergunta do milhão de euros! Partindo da mesma base técnica e mecânica e com produção no mesmo local, Peugeot e Opel seguiram caminhos diferentes no estilo e no interior. Se procura estar na moda, servem os dois. O Opel é seguro, pela tecnologia de ajudas á condução que oferece, tem estilo é bem construído e equipado. Juntando tudo isto ás vantagens que são inerentes á qualidade do 3008, temos um Grandland X muito interessante e que pode ser o carro para si. Resta saber se a Opel o mantém com um preço abaixo dos 30 mil euros. /


O SUV DE PALMELA Produzido em Palmela, o Volkswagen T-Roc combina a robustez de um SUV com o dinamismo de um hatchback

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abricado na AutoEuropa, o novo Volkswagen T-Roc está inserido na ofensiva SUV da marca alemã, que inclui o lançamento das novas gerações do Tiguan e do Touareg, culminando no próximo ano com a apresentação do T-Cross, um mini-SUV que irá partilhar a mesma base do Polo. Com um comprimento de 4,32 metros é o segundo SUV compacto da Volkswagen, posicionando-se abaixo de Tiguan, que é 25,2 centímetros mais comprido. As dimensões do T-Roc são semelhantes às do Audi Q2, o que não será de estranhar, pois partilha a mesma plataforma MQB A1 e grande parte dos componentes mecânicos. O design da carroçaria carateriza-se por um tejadilho ao estilo coupé e secção frontal acentuadamente ampla e plana, com proporções concisas. A oferta do Volkswagen T-Roc vai incluir versões de tração dianteira e integral, e partilhará os motores do Golf, sendo propostas três opções

a gasolina - incluindo uma de três cilindros 1.0 TSI e uma nova de quatro cilindros 1.5 TSI -, e igual número de alternativas diesel – com níveis de potência de 115 cv, 150 cv e 190 cv. O Volkswagen T-Roc será comercializado em três níveis de equipamento: Base, Style e Sport. O novo SUV estará dotado com as mais recentes tecnologias de ajuda à condução, como a travagem de emergência anticolisão frontal com detetor de peões, o sistema de arranque e travagem automática em engarrafamentos urbanos, o cruise control adaptativo, o sistema de manutenção na faixa de rodagem, entre outros. No habitáculo, a grande mudança está bem à frente do condutor, com a adaptação de uma evolução do Active Info Display para mostrar as informações principais a quem vai ao volante, enquanto o sistema de infoentretenimento foi igualmente adaptado a este modelo. A conectividade de última geração, com aplicações online e acesso pelo smartphone ou pelo sistema Volkswagen Car Net, também faz parte do paco-

te tecnológico oferecido neste T-Roc. As opções da Volkswagen para os sistemas de informação e entretenimento, da família Discovery, estão associadas a ecrãs tácteis de 6,8, 8,0 ou 11,7 polegadas, com função MirrorLink e compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto. Na consola central há também uma base de carregamento de smartphones por indução. Com cinco lugares, a marca quis oferecer espaço suficiente para os ocupantes, mas também para as suas bagagens, disponibilizando um total de 445 litros de capacidade. Rebatendo as costas dos bancos posteriores, esse valor aumenta para os 1.290 litros. A comercialização do Volkswagen T-Roc arranca em novembro e, numa primeira fase, estará disponível na Europa, nos Estados Unidos e na China. Os modelos destinados ao mercado europeu serão produzidos na fábrica da AutoEuropa, em Palmela, que deverá atingir uma produção recorde em torno das 200 mil unidades por ano, em velocidade de cruzeiro. /

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NOVOS MODELOS

VOLKSWAGEN POLO

GRANDE SALTO A sexta geração do Volkswagen Polo representa uma grande evolução em relação à anterior, estando cada vez mais próxima do Golf TEXTO MARCO ANTÓNIO

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Volkswagen continua a disponibilizar produtos de referência em todos os segmentos em que está representada, incluindo o segmento B, com o Polo. Mesmo assim a marca alemã não hesitou em apresentar um modelo completamente novo, repleto de inovações, desde os motores, às múltiplas ajudas à condução, passando pela instrumentação digital, inédita em carros desta dimensão. O interior cresceu nas dimensões e

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apresenta muitas diferenças. A mais significativa é o desenho do tabliê, onde o painel de instrumentos e o ecrã do sistema de infoentretenimento se encontram inseridos num módulo que pode ter oito cores diferentes, que combinam com catorze cores da carroçaria. Esta apresenta agora com um aspeto mais robusto e, à semelhança de outros concorrentes, deixou de contemplar a versão de três portas. O novo Polo é 8,1 centímetros mais comprido, enquanto a distância entre eixos tem mais 9,2

centímetros, permitindo que a habitabilidade tivesse aumentado (principalmente nos lugares traseiros) e a mala ganhasse 71 litros, ultrapassando agora os 350 litros de capacidade. No conteúdo e nas dimensões, a sexta geração do Volkswagen Polo está cada vez mais próxima do Golf, ao mesmo tempo que apresenta um dos melhores comportamentos dinâmicos do seu segmento, graças a uma rigidez estrutural que passou ser a referência da sua classe. Reside aí a explicação para a redução do ruído e conse-


quente aumento do conforto a bordo, bem como uma qualidade real cada vez maior. Dos nove motores alguns são novos, com potências que vão desde os 65 CV até aos 200 CV do bloco de 2.0 litros do Polo GTI, que substitui o anterior 1,4 TSI, em relação ao qual tem mais 20 CV e uma transmissão manual, ou automática DSG de 7 velocidades. Com preços que começam nos 16 285 euros e vão até aos 32 140 euros do GTI com caixa DSG de 7 velocidades a diferença de preço da versão Trendline para a Confortline é sempre de 1000 euros enquanto para o Highline sobe para os 3500 euros. Na fase de lançamento, que se inicia a 18 de outubro, as primeiras 200 unidades terão um reforço de equipamento composto pelo GPS, cruise control normal, o ar condicionado eletrónico e os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. /

1.0 TSI DE 95 CV

2.0 TSI DE 200 CV

1.6 TDI

DE 80 CV E 95 CV VERSÕES TRENDLINE, CONFORTLINE HIGHLINE, BEATS, R E GTI PREÇOS DESDE 16 285 EUROS A 32 140 EUROS

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PERSPETIVA

GESTORA DE FROTAS

ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS DIRETOR-GERAL LEASEPLAN PORTUGAL

AGENTE DE RENOVAÇÃO DE FROTAS Líder no mercado português de gestão de frotas, com mais de 110 mil veículos sob contrato, a LeasePlan conseguiu alcançar uma forte posição nas grandes empresas e agora a estratégia passa pelas PME TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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om mais de 110 mil veículos sob contrato, a Leaseplan detém uma liderança no mercado nacional de gestão de frotas. “Temos um know-how que não é comparável a qualquer um dos nossos concorrentes e um historial na Europa, que remonta a 1963, de que beneficia a LeasePlan em Portugal”, afirma António Oliveira Martins, diretor-geral da gestora de frotas. “A nossa posição no mercado português resultou de “uma conjugação de fatores históricos”, que incluí-

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ram duas aquisições, pelo que o crescimento “não foi simplesmente orgânico”. O diretor-geral da LeasePlan salienta que apenas metade dos contratos correspondem a veículos propriedade da Leaseplan. “Temos uma componente que assegura a gestão operacional de clientes diretos e de parceiros, uma vez que também prestamos serviço de backoffice para concorrentes”. O portefólio da LeasePlan inclui ainda produtos de garantia e extensões de garantia. “Acreditamos que a preferência dos nossos clientes


também se deve ao facto de levarmos muito a sério todo o feed- A LeasePlan lançou ainda um guia online para apoiar as PME back, que recebemos de uma forma constante”, refere o entre- e os particulares no processo de decisão relativo ao renting, vistado. “Temos uma atitude também muito desassossegada que recebeu a designação de “Escola do Renting”. Segundo em Portugal e estamos sempre a impor objetivos ambiciosos António Oliveira Martins, esta iniciativa tem como objetivo de melhoria à nossa equipa. Cada expetativa não totalmente “desfazer muitos mitos acerca do renting que não corresponsatisfeita de um cliente é uma oportunidade para melhorarmos dem à verdade”, consistindo num investimento em formação os nossos serviços. Ao longo de vários anos, isto criou proces- de potenciais clientes. “A ideia é ter um papel mais pedagógisos e produtos muito robustos, que dão uma resposta muito co. Pensamos que é uma forma de transmitir a mensagem de efetiva às necessidades dos clientes com quem trabalhamos”. uma forma mais engraçada e ligeira, com uma carga menos O investimento na inovação, na criação de novos negócios e pro- empresarial”. dutos e na formação dos colaboradores são outros fatores que No que se refere aos veículos mais contratados pelos clientes têm contribuído para os resultados da LeasePlan em Portugal. da LeasePlan, o segmento C, D e B continuam a ser aqueles com “Mesmo em períodos mais difíceis nunca nos desviámos deste maior expressão e refletem a realidade do mercado nacional caminho que escolhemos para nos superarmos, assim como das empresas. Os veículos comerciais ligeiros também têm para exceder as expetativas dos nossos clienuma importância relevante, representando tes”, afirma António Oliveira Martins. entre 25% e 33% do mercado. “Esses veículos A LeasePlan conseguiu obter uma elevada petêm uma importância considerável na atividanetração junto das grandes empresas e agora a de dos nossos clientes”, realça o interlocutor. APÓS A CONQUISTA estratégia passa por ganhar espaço nas PME. Em termos de tendência de mercado decorrente DAS GRANDES “O renting está completamente consolidada crise financeira que o país atravessou e da EMPRESAS, UM do nas médias e grandes empresas. Podemos introdução das novas regras de tributação auMERCADO QUE JÁ SE mesmo dizer, comparando com outros países tónoma, António Oliveira Martins refere que ENCONTRA MADURO da Europa, que é um mercado relativamente se verificou, entre os clientes da LeasePlan, “alNO MERCADO maduro”, refere o entrevistado e acrescenta gum downgrade de gamas, assim como de verPORTUGUÊS, A que o “grande desafio é trazer as PME para o sões e motorizações dentro de cada modelo”, ESTRATÉGIA DE adiantando que “os ajustamentos que foram renting”. Esse trabalho tem vindo a ser desenCRESCIMENTO DA feitos na altura da crise ainda se mantêm”. O volvido pela LeasePlan e por outros operadoLEASEPLAN PASSA res do mercado desde o início desta década. responsável adianta que também houve um POR GANHAR “Atualmente, já estamos a obter resultados em ajustamento em termos de política de atribuiESPAÇO NAS termos de volume”, adianta o diretor-geral da ção de veículo de serviço pelas empresas e nos PME. ESTASJÁ LeasePlan Portugal. “As PME já representam próprios níveis de entrada para atribuição de REPRESENTAM carro de serviço. “Houve uma diminuição da cerca de um terço da nossa produção de novos CERCA DE UM TERÇO dimensão do mercado de renting por uma recontratos, o que já é muito assinalável, tendo DA PRODUÇÃO DE em conta que há cerca de dez anos era compledução do mercado de automóveis de empresa. NOVOS CONTRATOS tamente residual. A penetração continua a ser Essa tendência na política de frota mantém-se”. DE RENTING relativamente modesta, mas há uma tendência Por outro lado, a retoma da atividade económica levou as empresas a voltar a investir nas claramente positiva, que tem vindo a acelerar”. A LeasePlan criou uma divisão para o segmenpessoas e, indiretamente, na frota. Como conto das PME em 2011 e adaptou a sua oferta para sequência, a procura tem vindo a aumentar, estes clientes. “Temos vindo a fazer investimentos em comu- assim como o mercado de renting. Para a LeasePlan, o ano de nicação e na criação de vários canais de angariação”. 2017 está a ser “muito positivo”, com um crescimento de 12% nos primeiros oito meses em comparação com período homóESCOLA DO RENTING logo do ano passado. “Tendo em conta as tendências não totalPara apoiar os seus clientes PME, a LeasePlan passou a dispo- mente benéficas da alteração da política de frotas pelas grandes nibilizar um relatório com indicadores de gestão. O objetivo empresas, este resultado é excelente e está acima do mercado, consiste no fornecimento de dados sobre o desempenho da frota assim como das nossas expetativas”, confirma o entrevistado. para que possam ser feitas recomendações no sentido de se to- “Este crescimento está relacionado com a nossa conquista de marem medidas para aumentar a satisfação dos colaboradores espaço no mercado das PME. Os investimentos efetuados no que utilizam automóveis, reduzir custos inerentes à frota ou passado não geraram volume, mas deram notoriedade ao londiminuir as emissões associadas a essas mesmas frotas. “São go de anos sucessivos. Isso agora está a ter um reflexo positivo relatórios que fornecem informações relativas às quilometra- em termos de volume e de crescimento”. gens percorridas, aos desvios face ao que estava inicialmente planeado, consumos de combustível, sinistralidade, exceções, SUBSÍDIOS NÃO SÃO SOLUÇÃO isto é, casos que originam custos acima do expectável”, explica O mercado português de frotas está aposta sobretudo na opção António Oliveira Martins. “Estes relatórios têm por base to- diesel, que está sob forte pressão na Europa. O diretor-geral da dos os serviços que gerimos e todos têm relevância económi- LeasePlan, António Oliveira Martins, acredita que a tendênca porque todos representam um custo para a empresa e para cia no futuro seja de um “maior equilíbrio e nivelação” entre quem utiliza um automóvel”, acrescenta. diesel, gasolina, elétrico e híbrido plug-in. “Na LeasePlan e

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PERSPETIVA

GESTORA DE FROTAS

A FROTA GERIDA PELA LEASEPLAN TEM, NO MÁXIMO, QUATRO ANOS. MAIS DE METADE DOS VEÍCULOS JÁ SÃO EURO 6 E DAQUI A UM ANO ESSA PENETRAÇÃO IRÁ AUMENTAR PARA OS 70%. ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS AFIRMA QUE A LEASEPLAN É UM AGENTE DE RENOVAÇÃO DO PARQUE AUTOMÓVEL

no renting vemos um papel muito em linha com essa dinâmica porque somos um agente de renovação de frotas”, afirma, salientando que a frota gerida pela LeasePlan tem, no máximo, quatro anos. “Mais de metade da nossa frota já é Euro 6 e daqui a um ano será 70%. Vemos com naturalidade essas tendências e aceitamo-las. As próprias gestoras de frotas devem ter um papel muito importante para ajudar os clientes a fazer em transição”. Relativamente aos incentivos fiscais introduzidos pelo Governo em sede de Orçamento de Estado para aumentar a taxa de penetração dos veículos elétricos e híbridos Plug-in junto das empresas, o diretor-geral da LeasePlan afirma que o impacto tem sido “muito reduzido”, argumentando que “não são suficien-

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tes para tornar o produto elétrico claramente mais benéfico” do que outros produtos diesel ou gasolina. “A infraestrutura que não existe. Os veículos elétricos são mais caros e as marcas não têm políticas de descontos agressivas. Há ainda ansiedades que não estão resolvidas em termos de autonomia. Há uma tendência, mas há que ter a noção de que a massificação tem de ser suportada pela racionalidade”. Para o responsável da maior gestora de frotas do nosso país, os subsídios não são solução porque quando estes acabam, essas tendências também. “Acredito que as marcas irão desenvolver carros com cada vez mais autonomia, com economias de escala que se traduzem em preços mais competitivos”, conclui o diretor-geral da LeasePlan Portugal. /



PERSPETIVA

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GESTORA DE FROTAS


MANUEL DE SOUSA – DIRETOR-GERAL ALD AUTOMOTIVE

COMERCIAIS LIGEIROS SÃO ESTRATÉGICOS Com mais de 2 500 clientes e mais de 16 200 veículos sob gestão, a ALD Automotive, que assinala o seu 25º aniversário em Portugal, tornou-se numa das principais gestoras de frota do nosso país. As PME têm sido decisivas para o crescimento e os comerciais ligeiros constituem aposta estratégica TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

A

ALD Automotive está a assinalar o 25º ani- marcas não conseguiam ter ofertas de renting para os seus versário do inicio de atividade em Portugal e clientes porque o renting exige uma estrutura dedicada para transformou-se numa das principais gesto- gestão dos contratos e das frotas. A ideia da ALD Automotive ras de frotas do nosso país, com mais de 2 500 foi propor acordos a essas entidades e estamos sempre à proclientes e mais 16 200 veículos sob gestão. “O cura de oportunidades para alargar a nossa rede de parcerias”. acompanhamento comercial permitiu crescer e renovar contra- A mais recente foi estabelecida com a Norauto, tendo sido criatos ao longo destes 25 anos”, refere Manuel de Sousa, diretor- da uma unidade de negócio interna para fazer a interação com -geral da ALD Automotive Portugal. “Ao longo deste período aquela rede de centros auto. O acordo permitiu a criação do foram feitas aquisições e fusões, o que permitiu absorver fro- produto Norauto Renting, que tem imagem e canal de entrada da Norauto e backoffice da ALD Automotive. ta, mas temos uma grande taxa de fidelização “Este produto Norauto Renting está vocacionado de clientes e de renovação dos contratos. O para o particular e para a pequena empresa que nosso objetivo é estar sempre junto dos nos“UMA DAS tem até cinco viaturas”, afirma o diretor-geral sos clientes. A estabilidade nas equipas e na ESPECIALIZAÇÕES oferta de produto têm contribuído para esda ALD Automotive, salientando que se trata de DA ALD tes resultados”, acrescenta. uma outra forma da gestora de frotas “aumentar AUTOMOTIVE a sua penetração”, O objetivo é tentar alargar Em comparação com outras filiais da ALD CONSISTE NO cada vez mais a rede onde estamos presentes e Automotive, com um volume de frota idênESTABELECIMENTO tentar angariar mais clientes”, adianta. tico, a subsidiária portuguesa conta com um DE ACORDOS DE A ALD Automotive tem igualmente uma parceleque significativamente mais alargado de PARCERIAS COM ria com o Millennium bcp, que permite alcanclientes. “O tecido empresarial em Portugal VÁRIAS ENTIDADES” çar uma base alargada de clientes e a uma vasta é diferente e a concentração menor”, explica rede de balcões. “O potencial desta parceria é Manuel de Sousa. “Uma empresa multinaciofantástico. Todos os clientes do banco – partinal tem uma dimensão de frota considerável culares ou empresas – é um cliente potencial da e oferece pouca margem para crescimento, uma vez que já temos uma presença forte neste mercado. O po- ALD Automotive, constituindo mais um canal de distribuição tencial nas pequenas e médias é muito superior, que têm sido do nosso produto de renting. O cliente é do parceiro. A ALD decisivas para o crescimento da ALD Automotive”, adianta o Automotive assegura os serviços, mas o contacto primordial responsável, salientando que as PME representam 20% do to- é realizado através do gestor de conta ou de cliente”, esclarece Manuel de Sousa. tal de contratos, com 3 500 veículos sob gestão. Dos mais de 16 mil veículos geridos pela ALD Automotive, entre renting e gestão de frotas, o segmento corporate (clientes dire- VEÍCULOS COMERCIAIS SÃO ESTRATÉGICOS tos) é naturalmente o mais representativo, contudo as parcerias Ao longo dos 25 anos, a ALD Automotive tornou-se num dos têm também uma fatia bastante expressiva. Uma das especiali- operadores mais inovadores do mercado, implementando os zações da gestora de frotas do grupo Société Générale consiste mais recentes avanços tecnológicos, através de ferramentas precisamente no estabelecimento de acordos de parceria com digitais e aplicações móveis, que permitem apoiar e aumenmarcas automóveis, bancos ou outras entidades. “As parcerias tar o nível de segurança dos seus condutores, otimizar custos fazem parte do nosso ADN. Sempre tivemos essa visão, com e facilitar a gestão dos veículos dos seus clientes. duas áreas comerciais distintas: corporate e indireto, maio- Um dos investimentos mais recentes consistiu no desenvolritariamente white label”, garante Manuel de Sousa. “Muitas vimento de um novo back-office, que já está operacional, para

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PERSPETIVA

GESTORA DE FROTAS

ultrapassar algumas limitações do sistema anterior e propor novas soluções ao mercado. “O novo back-office é mais flexível e a capacidade passou a ser ilimitada pois podemos abrir produtos totalmente diferentes sem estarem “presos” a único contrato”, afirma Manuel de Sousa. “A nova plataforma veio permitir a melhoria e a otimização dos processos internos. Além disso, é mais agradável para o utilizador e também mais rápida”, acrescenta o diretor-geral da ALD Automotive Portugal. A nova plataforma veio permitir ainda o desenvolvimento de novos produtos de renting, em especial para veículos comerciais ligeiros, que são “um eixo estratégico para ALD Automotive e uma aposta a curto prazo”, segundo garante Manuel de Sousa. “A evolução da plataforma informática veio permitir apostar nesta área para conseguirmos crescer”, afirma o responsável, referindo que o “peso dos veículos comerciais ainda é pouco expressivo, existindo uma grande margem para progressão”. Em termos de oferta ao mercado, a gestora de frotas pretende disponibilizar uma solução de renting que integra na mesma renda o valor do veículo e de equipamentos específicos em fibra para transporte de materiais de apoio à atividade do utilizador. “Um canalizador, um eletricista ou um mecânico têm necessidades diferentes em termos de equipamentos para transporte de ferramentas. O equipamento instalado no interior do veículo tem de ser específico, mas seguro, protegendo ainda a própria estrutura do veículo contra a corrosão”. A nova plataforma informática vai conseguir adaptar a tipologia de equipamento, a qual também oferece a possibilidade de ser retirada com facilidade para um veículo de substituição em caso de sinistro ou de avaria. “A renda vai incluir o veículo e o equipamento, com a respetiva valorização do residual no final do contrato”, garante Manuel de Sousa. A ALD Automotive também irá reforçar a estrutura comercial com um especialista em veículos comerciais para ajudar as equipas a definir a necessidade real do cliente. “Temos casos em que um cliente pede um grande furgão, quando só necessita de utilizar toda essa capacidade de transporte três ou quatro vezes por ano. Provavelmente, será mais racional optar por outras dimensões e quando for mesmo necessário disponibilizarmos um furgão maior para suprir essa necessidade esporádica”, explica o entrevistado. “Isso passa por uma análise da frota do cliente para evitar viagens em vazio com furgões grandes”. SIMULADOR ALD AUTOMOTIVE Com o objetivo de ajudar o potencial cliente a tomar uma decisão relativamente à opção mais adequada para as suas necessidades, a ALD Automotive vai lançar um simulador online no seu website. Com base nos dados introduzidos

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“A ALD AUTOMOTIVE INTRODUZIU UMA NOVA PLATAFORMA QUE VEM PERMITIR O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS DE RENTING EM ESPECIAL PARA VEÍCULOS COMERCIAIS LIGEIROS”

pelo utilizador – quilometragem, percursos e renda – o simulador irá aconselhar o veículo mais adequado não só em termos de segmento, como também de energia (gasolina, diesel, híbrido ou elétrico). O simulador deverá estar disponível até final do ano e poderá ajudar os gestores de frota a fazerem as opções mais racionais para as suas frotas, especialmente num mercado empresarial totalmente dominado pelo diesel. O diretor-geral da ALD Automotive acredita que essa situação se deverá alterar no futuro, uma vez que o diesel se encontra sob forte pressão e algumas cidades já anunciaram a intenção de limitarem ou restringirem a entrada desse tipo de viaturas. “Essa é a variável que pode-

rá levar a uma alteração na política de frotas”, admite. “As gestoras de frotas devem estar preparadas para essa transição e ter valores de renda ajustados para veículos a gasolina”, adiantando que “neste momento não existe nenhum sinal no mercado nacional que aponte para essa tendência”. Em termos de balanço dos primeiros oito meses de 2017, a ALD Automotive registou um forte crescimento, acima do mercado nacional, uma tendência que se deverá manter até final do ano. “No primeiro semestre tivemos um crescimento muito forte, o que se deveu à conquista de novos clientes e ao aumento da penetração num cliente já existente”, conclui o responsável. /



CARRO DO MÊS

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AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI

ARGUMENTOS REFORÇADOS A forte notoriedade de que a Audi goza entre os clientes empresariais deve-a, em grande parte, ao anterior A5 Sportback. O novo modelo tem tudo para ampliar esse sucesso, pois junta à aparência ainda mais cativante um “pacote” tecnológico sem rival e custos ainda mais baixos. TEXTO JÚLIO SANTOS

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CARRO DO MÊS

AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI

C

om o anterior A5 Sportback a Audi preencheu, de forma inédita, as necessidades dos clientes empresariais que procuravam um automóvel de qualidade, com aptidões familiares e uma dinâmica apaixonante, reduzidos custos de utilização e uma imagem premium, ao mesmo tempo informal e estatutária. A elegante carroçaria coupé de cinco portas, a conciliar a aparência desportiva e a funcionalidade, com os elementos característicos da Audi, depressa se afirmou como uma tendência incontornável para todos os que quisessem ter sucesso neste segmento. E quando assim é as responsabilidades de sucessão tornam-se ainda maiores. A fasquia estava bem alta, até porque os concorrentes reagiram, mas a verdade é que o novo A5 Sportback, mesmo sem revolucionar, tem, por diversas motivos, aspirações justas a posicionar-se de novo como a referência neste segmento. No que à carroçaria diz respeito, à aparência ainda mais elegante, com detalhes como as nervuras no capot, as proporções equilibradas e os faróis Matrix LED, vem juntar-se uma enorme eficácia aerodinâmica (o melhor CX

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ACESSO AO SISTEMA AUDI MMI Um comando giratório permite aceder a todas as funcionalidades do sistema Audi MMI, incluindo a navegação, entretenimento, conforto. Toda a lógica de controlo do Audi MMI é semelhante ao de um smartphone

do segmento), o que explica os bons consumos e a total ausência de ruído no habitáculo. Sai reforçado o conforto, aliado importante do novo Audi A5 Sportback, conseguido, também, por via das alterações introduzidas no chassis e na suspensão, enquanto o espaço disponível beneficiou bastante com o aumento (179 milímetros) da distância entre eixos. O principal ganho regista-se ao nível do espaço para pernas para os ocupantes dos lugares traseiros e, claro, da bagageira, cuja capacidade ascende

agora a 480 litros, praticamente o mesmo que uma carrinha, com uma estética mais cativante e original, a que se junta a possibilidade de abrirmos o portão passando com o pé sob o para-choques traseiro. A par da qualidade de construção e dos materiais destaque, ainda, para a incorporação de um “pacote” tecnológico sem rival. O objetivo é o reforço da segurança, para o que conta com os mais avançados dispositivos, mas, também, da dinâmica e principalmente do prazer de vida


AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 524,60€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, IPO + IUC, Linha de Apoio ao Cliente, Assistência em viagem 24h, Seguro de avarias. Valor inclui IVA. Contrato Audi Financial Services / Volkswagen Renting

Farois xénon com LED diurnos e luzes traseiras em LED; Assistente de máximos; Sensor de chuva; Audi MMI Radio Plus com ecrã touch 7”; Volante multifunções de três raios em pele; Sistema de condução dinâmica Audi Drive Swelect; Sistema de Assistência à Condução Audi Pre Sense City; Ar condicionado trizona; Keyless go

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

47 113€ 27 326€ 19 787€ 1 691€ 4 344€ 25 822€ (32,28)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 47 113 € // MOTOR 4 CIL; 1968 CC; 190 CV; 3800 RPM // BINÁRIO 400 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL Man // PESO 1575 kg // COMP./LARG./ALT. 4,73/1,84/1,37 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,00 // MALA 465 L // DESEMPENHO 7,9 0-100 KM/H; 238 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,4 (6,3*) // EMISSÕES 114 G/KM // IUC 218,92€

MOTOR IMAGEM CONFORTO VISIBILIDADE TRASEIRA

*As nossas medições

ARQUITETURA HORIZONTAL O painel de instrumentos horizontal aumenta a sensação de espaço

CAIXA S-TRONIC O A5 Sportback pode receber uma caixa de velocidades S-Tronic, de dupla embraiagem, e equipamento S line

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CARRO DO MÊS

AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI

PAULO MEIRA – LISBOA

“CUMPRE TODAS AS EXPETATIVAS”

H

abitabilidade, fiabilidade, conforto, dinâmica de condução, linhas desportivas foram os principais fatores que levaram Paulo Meira, de Lisboa, a optar pelo Audi A5 Sportback. Após a utilização durante cinco anos de um A5 Sportback da anterior geração, decidiu trocar pelo novo modelo. “Nunca tive um problema com o carro, que cumpriu sempre todas as expetativas e foi sempre seguido pela marca”, afirma, adiantando que o novo modelo apresenta mudanças “totalmente radicais”, sendo mais envolvente, moderno e adaptado às novas tecnologias”. O espaço interior, é outro dos pontos fortes, ao que se junta o elevado “conforto em longas viagens”, uma vez que os bancos desportivos proporcionam um excelente o apoio lombar. O prazer de condução é outra caraterística do Audi A5 Sportback, não só pela disponibilidade do motor, mas também pela capacidade de resposta da caixa de velocidades S tronic de dupla embraiagem que, segundo o interlocutor, “é muito rápida”, contribuindo para a agradabilidade de utilização. “Estou muito satisfeito com o Audi A5 Sportback. Cumpre totalmente todas as minhas expetativas. O veículo da geração anterior já correspondia, mas este é claramente superior, tendo-me surpreendido pelas melhorias introduzidas em termos de tecnologia e conforto. Os materiais são agradáveis ao tato e o volante tem a dimensão correta”.

LUÍS FERNANDES – CAXIAS

“INCOMPARAVELMENTE SUPERIOR”

F

ã incondicional da Audi, que considera uma marca de referência, e utilizador durante muitos anos do modelo A4, Luís Fernandes, de Caxias, teve, durante muito tempo, a intenção de proceder à substituição pelo A5 Sportback, quando tivesse disponibilidade para o fazer. A passagem do A4 para o A5 Sportback considera ser uma “evolução natural”, uma vez que oferece um maior conforto e já pertence a um segmento superior. O veículo tem uma utilização particular, sendo utilizado em viagens mais longas, em deslocações de lazer. No Audi A5 Sportback destaca a avançada tecnologia e, em particular, a “usabilidade”, uma vez que todos os comandos estão facilmente acessíveis, “simples e intuitivos”. O conforto proporcionado aos ocupantes e a facilidade de condução são outras caraterísticas realçadas por Luís Fernandes. “O A5 Sportback ‘agarra-se bem à estrada, transmite segurança e oferece uma elevada fiabilidade”. O consumo de combustível em comparação com o Audi A4 anterior é “muito inferior”, o que constituiu mais uma “surpresa agradável”. Em comparação com veículos do mesmo segmento da concorrência, Luís Fernandes afirma que o Audi A5 Sportback “não tem comparação” em termos de preço e equipamento, além de apresentar linhas mais agradáveis. “Estou muito satisfeito”, conclui.

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IMAGEM MODERNA As linhas da carroçaria caraterizam-se pela elegância e pelo equilíbrio das proporções. A habitabilidade traseira é outro dos fortes argumentos deste modelo, que pode receber um motor 2.0 TDI de 190 CV


AUDI A5 SPORTBACK 2.0 TDI ÍNDICE DE QUALIDADE (USED CAR REPORT)* KM (em milhares) 0-50

50-100 100-150 (1,0) 0,1 (3,8) 0,7 (8,4) 2,4

CHASSIS DIREÇÃO

(1,6) 0,2 (5,3) 1,2 (10,6) 2,6

MOTOR E AMBIENTE CARROÇARIA

(0,5) 0,5

(1,1) 1,2 (2,1) 1,8

INTERIOR TRAVAGEM

(2,4) 0,2 (7,8) 1,2 (12,7) 3,1 (5,4) 3,0 (11,8) 5,1 (21,4) 9,1

ELÉTRICA E ELETRÓNICA

(92,8%) 96,9% (82,6%) 92,9% (71,8%) 87,8%

S/DEFEITOS RELEVANTES PEQS DEFEITOS DEFEITOS

(2,2%) 0,8% (6,1%) 2,1 (10,3%) 3,4 (5,1%) 2,3% (11,3%) 5,0 (17,8%) 8,8

CONSIDERÁVEIS

*Os dados referem-se a defeitos verificados nas unidades ensaiadas da anterior geração  entre parêntesis, os valores médios do segmento  melhor do que a média do segmento  pior do que a média do segmento Nota: Apenas foi considerada a geração atual, pelo que só há registo para viaturas com até 50 mil kms percorridos

a bordo, neste caso para todos os ocupantes. Se o Audi Select Drive permite ao condutor ajustar a firmeza da suspensão, a resposta do motor e o “feeling” da direção, em função de uma atitude mais desportiva ou a privilegiar o conforto, já os restantes passageiros podem contar com as mais avançadas tecnologias de segurança e, não menos importante, com tudo aquilo que de mais moderno existe em matéria de entretenimento e conectividade. Neste caso, de salientar que no ecrã policromático de grandes dimensões é possível replicar um conjunto significativo de apps “nativas” Audi, bem como o sistema de navegação e, claro, o acesso à internet, com um “hot spot” para até oito utilizadores. Tudo de forma clara e com comandos intuitivos. Se os revestimentos em couro, o equipamento evoluído e as linhas elegantes reforçam o estatuto do novo Audi A5 Sportback, enquanto o espaço, o conforto e os dispositivos de segurança respondem às necessidades da família, já

aqueles que privilegiam a dinâmica e o prazer de condução vão descobrir motivos de satisfação por ventura ainda maiores. As alterações na suspensão e direção resultaram em pleno e a nova plataforma mostra-se muito mais sólida e apta a permitir-nos explorar, de maneira plena, as capacidades do motor 2.0 TDI com 190 CV. Silencioso e muito disponível em todos os regimes, o motor é, também, muito bem explorado pela caixa automática sequencial de sete velocidades, eficaz para garantir os mais elevados níveis de conforto em viagem e, também, rápida em condução desportiva. Atrevemo-nos a dizer que é nesta utilização que o A5 Sportback mais nos surpreende, uma vez que o nível de precisão do chassis não perde em nada para a versão coupé, de duas portas. Com uma capacidade de resposta convincente o conjunto motor/caixa de velocidades surpreende, ainda, pelos consumos baixos, em linha com a tradição TDI. Prova disso é o facto de durante o nosso ensaio termos registado uma

média geral de 5,6 litros que apenas subiu um litro quando “abusámos” dos trajetos em cidade. Já em estrada e mesmo em ritmo “dinâmico”, é fácil conter os consumos abaixo dos 5.0 litros, um valor muito bom para um automóvel com as características do Audi A5 Sportback. Mas os baixos consumos não são, sequer, o único aliado daqueles que não podem deixar de fazer contas. Destaque para a renda mensal de 525€ (IVA incluído) para um contrato de 48 meses e 80 000 quilómetros (com manutenção e seguro), embora não esteja aqui incluído o valor da indispensável caixa automática. Uma renda aliciante só possível como resultado do bom valor residual (desvalorização inferior à média) e custos de manutenção que são dos mais baixos para esta classe de automóveis: menos de 1700€ para quatro anos. Tudo somado, não faltam motivos para continuarmos a acreditar que o Audi A5 Sportback continuará a afirmar-se como uma opção incontornável entre os clientes empresariais. /

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DESTAQUE

ARMANDO CARNEIRO GOMES – DIRETOR COMERCIAL OPEL PORTUGAL

OFERTA AJUSTADA ÀS FROTAS A Opel está a reforçar a aposta nas pequenas empresas contando para isso com uma rede de concessionários que integra consultores dedicados e uma oferta de produto ajustada às necessidades desses clientes TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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om o objetivo de responder à procura do mercado empresarial, a Opel Portugal tem vindo a disponibilizar, ao longo do tempo, uma oferta de produto ajustada às necessidades dos clientes, destacando-se, entre os ligeiros de passageiros, modelos como o Corsa, o Astra e o novo Insignia. A marca também desenvolveu versões especiais para frotas, que receberam a designação de “Business Edition”, as quais já representam mais de 35% no total de vendas a este segmento de mercado. “Procuramos dar uma resposta aos clientes, com um preço mais competitivo e melhores condições comerciais, mas que tenha tudo aquilo que é básico nesse modelo”, afirma Armando Carneiro Gomes, diretor comercial da Opel Portugal. A própria rede de concessionários da Opel passou a ter uma lógica de funcionamento “B2B” para o mercado empresarial, com consultores dedicados, uma assistência após-venda prioritária e soluções de financiamento. A estratégia da marca para crescer no mercado nacional passa pela criação de relações de proximidade com as pequenas empresas, que se traduz num acompanhamento dos clientes para garantir que a opção seja feita pela cadeia de valor e não numa lógica de preço. Qual a importância do rent-a-car para uma marca generalista como a Opel? O rent-a-car tem registado uma evolução bastante significativa nos últimos anos. Atualmente já representa entre 22 e 25% do total, o que se deve a uma maior dinâmica do turismo nos últimos anos. Não escondo que também é uma das formas que as marcas encontraram para fazerem matrículas adicionais

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de veículos que depois são escoados para os clientes de rent-a-car. Este segmento de mercado está em franca expansão, tendo-se assistido a uma consolidação ano após ano. Qual é o posicionamento da Opel neste segmento do rent-a-car? A Opel tem um posicionamento que se pode considerar normal numa marca generalista. Apesar do aumento do peso das marcas premium nesse canal, a Opel está ao nível das principais marcas generalistas do mercado. Não fazemos muito mais ou muito menos. Diria que as coisas estão equilibradas. Tentamos, isso sim, que aquilo que o rent-a-car representa tenha um aspeto de razoabilidade na produção deste canal para limitar os impactos indiretos nos efeitos dos residuais. Não podemos fugir daquilo que é a tendência do mercado, mas com uma certa cautela. Em relação ao mercado empresarial? O facto de ter tido a oportunidade de trabalhar no estrangeiro levou-me a algumas conclusões acerca da evolução do mercado empresarial em Portugal. Por força dos impostos, entre aquilo que é o valor do automóvel e o pagamento do salário, o benefício dado por uma empresa ao atribuir um automóvel não é igual em

Portugal, em Espanha ou na Alemanha. No nosso país, a atribuição de um automóvel faz parte integrante do pacote remuneratório e tem um peso significativo. Essa foi uma forma de as empresas cativarem os colaboradores. Por outro lado, taxação sobre a utilização do automóvel também não era tão rigorosa como noutros países e, por isso, é natural que este segmento corporate tenha uma relevância significativa. Qual a expressão do mercado de frotas para a Opel? Para a Opel, e para qualquer marca generalista, o segmento de frotas tem um peso significativo, uma vez que representa uma maior possibilidade de venda. O segmento das grandes empresas é interessante para qualquer marca porque, de repente, se pode fazer um volume significativo. Todavia, as pequenas empresas, que são milhares, oferecem maiores possibilidades. Estamos a falar de clientes como uma padaria, um cabeleireiro, um canalizador. Esse é o tipo de cliente que ambicionamos alcançar. Com essas pequenas empresas temos a possibilidade de estabelecer uma ligação duradoura, uma vez que a escolha da viatura não depende exclusivamente do fator preço. Queremos sair um pouco desse efeito, que assumiu uma

“COM AS PEQUENAS EMPRESAS TEMOS A POSSIBILIDADE DE ESTABELECER UMA LIGAÇÃO DURADOURA, UMA VEZ QUE A ESCOLHA NÃO ESTÁ EXCLUSIVAMENTE DEPENDENTE DO FATOR PREÇO. AS MILHARES DE PEQUENAS EMPRESAS OFERECEM AS MAIORES POSSIBILIDADES DE CRESCIMENTO PARA MARCAS GENERALISTAS COMO A OPEL”


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DESTAQUE

OPEL PORTUGAL

“UMA MARCA COMO A OPEL TERÁ DE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO FAVORÁVEL DO MERCADO E CONTINUAR A CRESCER GRAÇAS AOS SEUS PRODUTOS. OS NOVOS SUV PERMITIRÃO RESPONDER À PROCURA NESTE SEGMENTO COM UMA OFERTA AJUSTADA”

maior importância em Portugal devido à crise. A política de promoções leva a uma perda de valor e de margem de toda uma atividade. Se fizermos todo um trabalho na criação de relações com essas pequenas empresas, dando um acompanhamento aos clientes, quer de serviço quer de futura escolha e seleção, a possibilidade de optar pela nossa marca será feita dentro desta cadeia de valor e não numa lógica simplista de preço. A rede de concessionários tem alguma estrutura dedicada para o mercado empresarial? Cada um dos nossos concessionários dispõe de uma estrutura B2B, com consultores especializados, para permitir implementar a estratégia da marca e um modelo de abordagem para as frotas. É um trabalho mais difícil. Enquanto no segmento corporate, a consulta aparece e concretiza-se no imediato, nas pequenas empresas é um trabalho de fundo, mais demorado, mas mais efetivo. Muitas aquisições para o corporate são feitas através das gestoras de frotas? No segmento corporate é assim. Nas pequenas empresas, a regra habitual é o financiamento tradicional, embora o renting também tenha vindo a ganhar expressão. Qual a importância dos novos modelos lançados pela Opel, casos do Astra, do Insignia? Nos últimos anos, a Opel teve a possibilidade de renovar significativamente a sua gama de veículos de passageiros e, em particular, nos

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segmentos com maior importância nos canais de empresa. Começamos com o Corsa em 2015, seguiu-se o Astra e mais recentemente o Insignia. Estes anos têm sido de alterações de produto. Para além destes três modelos dos segmentos B, C e D, que representam cerca de 65% do volume de vendas de passageiros, verifica-se uma tendência no mercado últimos anos que é o crescimento das vendas dos SUV, que passaram de uma quota de mercado de 10% em 2012 para 23% em 2017. O SUV passou a ser um elemento fundamental. Aquilo que não era um modelo importante nas empresas, passou a ser. A Opel tinha - e não tinha – um produto para este segmento, o Mokka. É um carro fantástico, que tem um elevado sucesso na Europa. Infelizmente para a Opel, a legislação nacional, algo desajustada naquilo que é a lógica de regulamentação das portagens, penalizou o Mokka, classificando-o como Classe 2. Quando assistimos a um crescimento segmento dos SUV nos últimos cinco anos e não podermos dar resposta, e tendo um modelo totalmente ajustado à procura, estavamos limitados. Agora em 2017 lançamos o Crossland X, que já é um dos primeiros produtos produzidos com o Grupo PSA, embora não esteja relacionado com a aquisição que entretanto se verificou. Passámos a ter um elemento que é fundamental em toda a nossa estratégia de vendas futura porque já não tem esta limitação, pois é Classe 1. Lançado em julho está a ter uma excelente recetividade quer junto dos clientes particulares quer dos empresariais. Em 2018, vamos ter o lançamento do Grandland X, que também resulta

da cooperação em termos de desenvolvimento e engenharia com o Grupo PSA. Isso irá permitir a disponibilização de uma gama alargada X, constituída pelo Mokka, pelo Crossland e pelo Grandland. Em conjunto com o Astra, que foi eleito “Carro do Ano em 2016” e possui um conjunto de argumentos diferenciadores face à concorrência, e com o lançamento do Insignia, só posso estar satisfeito com aquilo que é dado a dispor em termos de produto para o mercado. As regras da tributação autónoma para as empresas obrigaram as marcas a desenvolver versões específicas para obter um posicionamento ajustado para o mercado empresarial. Qual foi a abordagem da Opel para as frotas? Enquanto marca generalista, não diria que a Opel esteja condicionada pelos patamares da tributação autónoma, mas tem de levar em conta esses limites de 25 mil e 35 mil euros. A marca teve de criar soluções específicas? As marcas não se podem dissociar de regras de mercado. Agora não podemos procurar cumprir esses patamares cegamente porque, se o fazemos, arriscamo-nos a degradar o valor do nosso produto. Todavia, a Opel disponibiliza versões ajustadas para o mercado nacional, designadas Business Edition? Tentamos que o Business Edition dê uma resposta à procura dos clientes, com um preço mais competitivo e condições comerciais, mas tenha tudo aquilo que é básico naquele modelo.


levou ao cancelamento de contratos de renting ou ao prolongamento dos mesmos. Fruto da conjuntura económica na Europa, verificou-se uma recuperação, que irá continuar. Penso que uma marca como a Opel terá de acompanhar a evolução favorável do mercado e continuar a crescer graças aos seus produtos. Além dos ligeiros de passageiros, a Opel também disponibiliza uma gama de veículos comerciais? Qual a estratégia e importância desta área de negócio? Os veículos comerciais constituem uma área de negócio muito importante. Por vezes, as marcas tendem a desprezar um pouco os comerciais porque não é tão ‘nobre’ estar a falar de um furgão ou de um veículo de segmento D ou E. Os comerciais ligeiros, porém, são muito interessantes do ponto de vista de serviço e após-venda porque a fidelização de um cliente é muito maior, pois necessita mesmo do veículo, que é a sua ferramenta de trabalho. A ligação que tem à marca é mais forte do que no ligeiro de passageiros. A oferta é mais agressiva nos comerciais ligeiros e a Opel disponibiliza produtos que resultaram de sinergias com outros fabricantes… Essa situação é natural. A dimensão do mercado global não justifica o investimento em desenvolvimento por apenas para uma marca. Cada vez mais as parcerias que existem entre as diferentes marcas servem para rentabilizar o desenvolvimento. Temos duas grandes parcerias: com a Renault para os furgões médios e grandes e com a Fiat para os pequenos furgões. Em 2018 iremos ter o lançamento de uma nova geração do Opel Combo, que resulta de mais uma parceria com o Grupo PSA. Este novo comercial vai ser extremamente importante porque o segmento dos pequenos furgões representa cerca de 45% das vendas. Isso vai permitir à Opel ter uma proposta competitiva no segmento.

As versões Business Edition têm algum peso significativo nas vendas totais da Opel? Já têm um peso significativo nas nossas vendas a frotas, acima de 35% do total. Há margem para crescer no segmento empresarial? Qual o objetivo da Opel? A margem de crescimento está condicionada pela evolução do tecido empresarial do país e pela atividade económica. A crise de 2012 a 2015 traduziu-se no encerramento de empresas e na redução de pessoas nas existentes, que

“AS MARCAS NÃO SE PODEM DISSOCIAR DE REGRAS DO MERCADO, MAS PARA CUMPRIR OS PATAMARES DOS ESCALÕES DE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA NÃO DEVEMOS DEGRADAR O VALOR DO NOSSO PRODUTO”

Vai ser produzido na Península Ibérica? Garantidamente irá ser produzido na Península Ibérica, na fábrica de Vigo do Grupo PSA. Temos vindo a preparar a nossa rede para a chegada do novo Combo. Reforçamos a nossa estrutura interna, assim como a nossa rede de concessionários. Vai ser um elemento fundamental para o nosso acréscimo de vendas, que será quase imediato. Com a entrada da nova Combo deveremos ter um crescimento de vendas quase exponencial. A nossa expetativa é elevadíssima. Isto sem menosprezo para as outras gamas comercializadas pela Opel. Nos derivados de ligeiro alternamos na liderança com o Corsa Van, que continua a ser uma alternativa interessante em Portugal, mesmo sem as vantagens fiscais que teve no passado. /

OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

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ENSAIO

PEUGEOT 308 1.6 BLUEHDI ACTIVE

LUTA PELA LIDERANÇA O Peugeot 308 está diferente, ainda melhor. Para além do aspeto há conteúdos novos desde a segurança a motores e transmissões. A liderança está ao virar da esquina TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

C

om caixa de 6 velocidades e 120 CV, a versão 1.6 BlueHDi do Peugeot 308 tem uma panóplia de adversários de peso, com destaque para o Renault Mégane, o Volkswagen Golf e o Opel Astra, sem esquecer os coreanos da Kia e da Hyundai. Independentemente da guerra aos diesel, esta é ainda uma das versões mais procuradas da gama 308, embora o 1.2 Puretech de 130 CV ganhe cada vez mais adeptos. Polémicas à parte, muitas escolhas a favor do motor diesel requerem contas muito bem feitas (número de quilómetros por ano e à diferença de preço a favor dos carros equipados com motores a gasolina). O Peugeot 308 é um bom exemplo disso. Apesar do diesel emitir mais NOx e partículas, é mais limpo na emissão


4 CIL.

9,6 S

3,6 L

94 G/KM

DIESEL

0-100 KM/H

100 KM

CLASSE B

120 CV

143,17 € IUC

de CO2 e de hidrocarbonetos não queimados (HC), pois tem uma combustão mais eficiente. Os consumos são neste caso mais baixos, quer do ponto de vista teórico, quer do ponto de vista prático, como demonstrado na nova norma. O Peugeot 308 continua a ser um carro extraordinariamente bem concebido do ponto de vista construtivo e a prova disso é a boa insonorização, aspeto em que o carro francês consegue superar o seu principal rival, o Volkswagen Golf, do qual se diferencia por ter agora uma silhueta que segue a tendência das realizações mais recentes, como o 3008 e o 5008. A grande diferença está à frente onde o capô mudou e enquadra a grelha que agora assume uma posição mais vertical, enquanto os faróis foram redesenhados e são de LED, Os parachoques

embora novos não alteram o comprimento (4,25 metros). O mesmo se passa com a distância entre eixos que se situa nos 2,62 metros, razão pela qual a habitabilidade e a capacidade da mala sejam as mesmas. Da habitabilidade, destacamos o espaço para as pernas atrás e o comprimento do habitáculo. Este último não registou qualquer mudança de estilo, continuando a ser um dos mais simples e ergonómicos do seu segmento e onde quase não existem botões. A Peugeot segue a tendência de concentrar a generalidade dos comandos no ecrã tipo tablet, uma moda que quase já ninguém dispensa. O seu manuseamento é rápido e intuitivo. Numa altura em que ninguém dispensa o telemóvel, o novo Peugeot 308 oferece a possibilidade de replicar, graças à função “Mirror Screen”, o ecrã do smartphone no touchscreen do 308 de

modo a usar as aplicações compatíveis entre os dois sistemas. Neste campo a evolução é notável e acompanha a concorrência. Fiel ao volante de dimensões reduzidas estreado no 208, o 308 investe também nas ajudas à condução. Embora a versão ensaiada não tivesse todas as novidades, não dispensava o alerta de colisão, o alerta ativo de transposição involuntária de faixa, o assistente automático de máximos, o sistema ativo de vigilância de ângulo morto, o “park assist”, entre outras ajudas também relevantes. Também o cruise control evoluiu sendo agora adaptativo o que permite ter uma condução muito mais relaxada e segura. Outra ajuda importante é o reconhecimento dos sinais de velocidade e de recomendação de limite de velocidade, uma informação integrada no sistema de navegação.

OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

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ENSAIO

PEUGEOT 308 1.6 BLUEHDI ACTIVE

PEUGEOT I-COCKPIT As mudanças no interior do Peugeot, resultantes da recente renovação, são quase impercetíveis, pois a simplicidade do desenho do tabliê continua a ser uma aposta ganha

O sistema de navegação passou a estar ligado ao sistema TomTom Trafic, o que permite otimizar os trajetos escolhidos em função do trânsito. No que à condução diz respeito é manifesto que a Peugeot soube manter um excelente compromisso entre o comportamento e o conforto, um equilíbrio nem sempre fácil quando as soluções encontradas para a suspensão não fogem das estruturas triviais. Neste caso, a diferença está na boa rigidez da carroçaria e em pormenores como uma geometria criteriosamente escolhida e testada. Não sendo o diesel mais potente, esta versão de 120 CV mostrou-se expedita nos 0 aos 100 Km/h que realiza em 10 segundos, enquanto o primeiro quilómetro é feito em 31,8 segundos. O mesmo se passa com as recuperações, graças a um escalonamento inteligente da caixa de 6 velocidades que beneficia simultaneamente os consumos que quase sempre rondam os 5 l/100 Km. Mesmo numa condução mista de estrada e cidade, os valores que registámos rondaram sempre os 5,5litros aos cem quilómetros. O Peugeot 308 continua a estar entre as melhores propostas do seu segmento e com preços que o torna numa das escolhas que melhor se encaixa quer no mercado dos particulares, quer para as empresas a avaliar pelos custos de utilização (25,81 euros por cada 100 quilómetros) de acordo com os dados fornecidos pela consultora 4Fleet. /

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

PEUGEOT 308 1.6 BLUEHDI ACTIVE

TCO

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

29 182€ 14 007€ 15 175€ 1 819€ 3 653€ 20 646€ (25,81)

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - Informação não disponibilizada pela marca até ao fecho desta edição.

Hill assist, cruise control, sensores traseiros, faróis nevoeiro, volante multifunções, Peugeot i-Cockpit, espelhos elétricos aquecidos, ar condicionado bi-zona, ecrã tátil 9,7”, rádio USB, Bluetooth, jantes 16”, Pack Look, Pack Visibilidade

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 28 140€ // MOTOR 4 cil.; 1560 c.c.; 120 CV; 3500 rpm // RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA 10,4 KG/CV // TRANSMISSÃO Diant. Man. 6 vel. // PESO 1255 KG // COMP./LARG./ALT. 4,25/1,80/1,47 M // DIST. ENTRE EIXOS 2,62 M // MALA 398432 L // DESEMPENHO 9,6 S 0-100 KM/H (10*); 189 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 3,6 (5,1*) L/100 KM // REPRISES 4090 KM/H IV/V/VI 9,3/17,3/35,9 S* // EMISSÕES CO2 94 G/ KM (Classe B) // IUC 143,17 € *As nossas medições

CONSUMOS; COMPORTAMENTO DINÂMICO; PRESTAÇÕES HABITABILIDADE; PUNHO DA CAIXA EM ALUMÍNIO; ESPAÇOS DE ARRUMAÇÃO



ENSAIO

4 CIL.

10,6 S

4,7 L

26 G/KM

GASOLINA + ELÉTRICO

0-100 KM/H

100 KM

CLASSE A

141 CV

133,10 € IUC

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017


HYUNDAI IONIQ PLUG-IN HYBRID

CARREGADO DE VANTAGENS A Hyundai entra no segmento dos híbridos de carregar na tomada com o novo Ioniq Plug-in Hybrid. Gasta pouco, não tem os problemas de autonomia dos elétricos e ainda desconta o IVA TEXTO RICARDO MACHADO FOTOS VASCO ESTRELADO

E

nquanto se discute se a eletrificação do parque automóvel pertence ao campo da ficção científica ou a um futuro mais ou menos próximo, a generalidade dos construtores encontra nas soluções híbridas uma forma de oferecer o melhor dos dois mundos. A Hyundai não é exceção. Encarando o problema de uma forma mais abrangente, o construtor coreano criou uma família de veículos que marca presença nas três principais vertentes da mobilidade futurista: elétrica, híbrida e híbrida plug-in. Com 4,47 metros de comprimento e carroçaria de cinco portas, a gama Ioniq começa nos 33 056€ da versão híbrida, que uma campanha promocional sem final previsto desce para os 29 900€. Um valor bastante mais competitivo que os 39 500€ das versões elétrica e plug-in. No entanto, estas duas têm a vantagem de poderem deduzir o IVA, reposicionando o preço nos 30 415€. Continuam a ser ligeiramente mais caras que o híbrido, mas como podem deduzir também as despesas de utilização (custo da energia, por exemplo) e manutenção, acabam por compensar no longo prazo. Ou imediatamente, a partir do momento em que termine a campanha do híbrido. Porque a autonomia das baterias e a duração da carga ainda continuam a ser uma grande limitação para os elétricos, escolhemos o Ioniq Plug-in Hybrid. Como se justifica então a diferença de 10 000€ entre o híbrido e o híbrido plug-in? Pela bateria de 8,9 kWh, face aos 1,56 kWh do híbrido, e pelo motor elétrico de 60,5 CV, contra os 44 CV do gémeo falso. O motor térmico 1.6 GDI de 108 CV é igual para as duas versões, tal como os 141 CV de potência máxima.

Com a bateria totalmente carregada, operação que demora cerca de quatro horas numa tomada doméstica, tem autonomia para aproximadamente 30 km em modo EV. Sem produzir qualquer emissão. Uma excelente opção que permite circular fora dos centros urbanos com um motor térmico sem qualquer tipo de limitação, reservando o modo elétrico para a cidade. O arranque é sempre feito no modo elétrico, podendo o híbrido ser ativado num botão da consola central. A grande vantagem de ter o motor a gasolina é não estar dependente de tomadas elétricas para seguir viagem. Por outro lado, atestar o depósito custa cerca de 60€, aos quais acrescem 1,4€ de eletricidade para a bateria. Como os 30 km de autonomia do modo elétrico podem e devem ser gastos em cidade e situações de para-arranca, os consumos podem ser muito reduzidos. Como sempre, o consumo oficial (1,1 l/100 km) é muito otimista, mas não consideramos a média ponderada por nós registada, por ser demasiado elevada. Fazendo as contas a custos por cada 100 km percorridos, os 4,7 l/100 km que o Ioniq Plug-in gasta representam 6,93€. Com um preço de venda ao público de 39 500 euros, a versão Plug-in do Ioniq oferece um custo total de utilização de 30,00 euros por cada cem quilómetros percorridos, segundo dados da consultora 4Fleet. Ainda de acordo com estes dados, apresenta um valor residual de 35% no final de 48 meses ou 80 mil quilómetros, que significa que esta versão deverá valer 13 789 euros. O custo de manutenção previsto situa-se nos 1560 euros. CAIXA DE DUPLA EMBRAIAGEM Ao contrário do Prius da Toyota, o grande concorrente e refém do esforço interminável

OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

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ENSAIO

BEM EQUIPADO Com um equipamento de série tão completo não se compreende que o travão de estacionamento seja de pedal… Atrás atesta gasolina, à frente carrega eletricidade. Uma carga completa demora cerca de quatro horas

do trem epicicloidal, o Hyundai Ioniq Plug-in Hybrid utiliza uma caixa de dupla embraiagem e seis velocidades. Sem ser muito rápida no modo normal, ganha uma alma nova no modo Sport, onde utiliza o motor elétrico para acelerar a resposta. Neste modo é possível utilizar o seletor como comando sequencial. Fluída como em qualquer automóvel com caixa automática, a condução varia entre o silêncio do modo elétrico e o ruído, mais audível do que seria desejável, do motor térmico. A complexidade do sistema híbrido condiciona a capacidade da bagageira, que não oferece mais do que 341 litros, e transforma o híbrido de carregar na tomada no mais pesado dos Hyundai Ioniq. Apesar disso, chega aos 178 km/h, depois de gastar 10,6 segundos no arranque até aos 100 km/h. Como não se espera encontrar materiais da mais alta qualidade, o interior do Ioniq não desilude. Surpreende até, com bancos dianteiros aquecidos e ventilados ou soluções inteligentes como a possibilidade de utilizar o ar condicionado apenas para o condutor. Não falta a indispensável integração com smartphones e a possibilidade de os carregar numa das diversas tomadas USB espalhas pelo habitáculo ou mesmo por indução. /

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

HYUNDAI IONIQ PLUG-IN HYBRID

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 599,00€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Seguro, manutenção, quatro pneus, viatura de substituição. Valor inclui IVA.

Bancos dianteiros aquecidos; Carregador de telemóvel sem fios; Volante em pele; Câmara traseira; Sensores de estacionamento; Sistema de manutenção na faixa de rodagem; Faróis LED

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

39 500€ 13 789€ 25 609€ 1 560€ 3 860€ 31 029€ (38,79)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 39 500€ // MOTOR 4 CIL; 1580 CC; 108 CV // MOTOR ELÉTRICO 60,5 CV // POTÊNCIA TOTAL 141 CV // BINÁRIO TOTAL 265 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL man // PESO 1550 kg // COMP./LARG./ALT 4,47/1,82/1,45 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,70 M // MALA 341 L // DESEMPENHO 10,6 S 0-100 km/h; 178 km/h VEL MAX // CONSUMO 1,1 (4,7*) L/100 KM // EMISSÕES 26 G/KM *As nossas medições

AUTONOMIA; CONSUMOS

RUÍDO; TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO



ENSAIO

OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.6 TURBO D INNOVATION

UM SALTO DE GIGANTE A segunda geração do Opel Insignia representa uma grande evolução em relação à sua antecessora. Desta vez escolhemos a berlina e a motorização 1.6 D de 136 CV, por ser a opção mais adequada para as frotas TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017


OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.6 TURBO D INNOVATION

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 624,51€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Pintura metalizada, manutenção, pneus (sem limite), seguro danos próprios (incluindo ocupantes), assistência em viagem, linha telefónica de apoio, IUC, IPO. Valor inclui IVA. NOTA: A Opel disponibiliza uma versão Business Edition, com motor de 110 CV, e renda mensal de 505,64€

Jantes de 17”; Kit de reparação de furos; ABS c/EBD; ESP Plus; Travão de mão elétrico; Cruise Control; Airbags frontais, laterais e de cortina; Capot ativo; On Star; Opel Eye; Faróis diurnos LED; Monitorização da pressão dos pneus; Rádio com IntelliLink; AC eletrónico; Volante multifunções forrado a couro; Sensores de estacionamento à frente e atrás; Pack visibilidade (Sensor de chuva, sensor de luminosidade, comutação automática de médiosmáximos)

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

33 6780€ 16 890€ 16 890€ 2010€ 4 245€ 23 145€ (28,93)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 33 780€ (37 680€ unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1598 CC; 136 CV // TRANSMISSÃO 6 VEL man // PESO 1503 kg // COMP./LARG./ALT 4,89/1,86/1,45 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,82 M // MALA 490-1450 L // DESEMPENHO 10,5 S 0-100 KM/H (10,7*); 211 KM/H VEL. MÁX // CONSUMO 4,3 (5,4*) L/100 KM // EMISSÕES 114 G/KM // IUC 143,17 €

CONSUMOS; COMPORTAMENTO DINÂMICO; PRESTAÇÕES CAPACIDADE DA MALA; ACESSIBILIDADE

*As nossas medições

4 CIL.

10,5 S

4,3 L

114 G/KM

DIESEL

0-100 KM/H

100 KM

CLASSE C

136 CV

143,17 € IUC

N

um mercado dominado pelas três marcas premium (Audi, BMW e Mercedes) e a que aspiram a Jaguar e a Volvo, o novo Opel Insignia surge com aspirações. No que à estética diz respeito, destaque para a nova silhueta que denota algumas semelhanças com o BMW Série 4 Gran Coupé! Desta vez, a Opel distingue esta versão de 4 portas com o nome Grand Sport, uma novidade em relação ao anterior sedan, um carro bem proporcionado e com uma aparência bastante apreciada. Entretanto, a utilização de uma plataforma mais evoluída permitiu não só reduzir

o peso do conjunto, sem comprometer a segurança, como otimizar o comportamento dinâmico. No caso desta versão diesel que utiliza o motor de quatro cilindros de 1,6 litros de cilindrada e 136 CV. de potência, a relação peso/potência é de apenas 11 Kg/CV. Um valor que permite boas prestações, nomeadamente no campo das acelerações (10,7 segundos nos 0 a 100 km/h) e recuperações. A caixa manual de 6 velocidades dá uma boa ajuda e para além de revelar rapidez, tem um trato suave e uma grande precisão, quase a fazer lembrar as melhores realizações japonesas nesta matéria. As prestações medidas estão quase ao nível de alguns motores de

cilindradas superiores, o que constitui um bom cartão de visita, enquanto os consumos estão num plano que coloca este Insignia como uma opção que deve ser levada a sério pelas empresas, com médias que, numa utilização normal, situam-se claramente abaixo dos cinco litros para cada centena de quilómetros. Ao contrário do que acontecia com a versão 2 litros ensaiada na edição anterior da Turbo Frotas, , esta versão de entrada na gama não contempla o amortecimento variável que a Opel chama de Flex Ride. E diga-se que ela pouca falta faz, a não ser quando o conforto é posto em causa pelo mau estrado das

OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

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ENSAIO

OPEL INSIGNIA GRAND SPORT 1.6 TURBO D INNOVATION

CONSOLA CENTRAL REDESENHADA O desenho da consola central está dividido em três zonas funcionais distintas: informação e entretenimento, climatização, apoio à condução

estradas. Já em pisos normais gostámos especialmente do bom compromisso entre o conforto e as aptidões dinâmicas, graças a uma afinação de suspensão e chassis bastante inteligente para a vocação deste Insignia que, no plano tecnológico, não tem receio em “ir a jogo” com aquelas que são as propostas mais vendidas no segmento. E é no interior (onde, afinal, passamos a maior parte do tempo) que essa imagem “high tech” se faz notar de forma mais evidente. Pelo desenho e pelos conteúdos que, não sendo tão completos quanto aquilo que nos é oferecido nas versões de topo, contempla um conjunto de dispositivos interessantes, como o sistema On Star que é uma ajuda indispensável, numa

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

emergência ou quando queremos uma informação importante, por exemplo, uma morada e respetiva orientação pelo GPS. Gostámos, também, do desenho muito ergonómico da consola central que está agora dividido em três zonas funcionais distintas. De cima para baixo surgem primeiro os comandos do sistema de informação e entretenimento concentrados num ecrã tátil de grandes dimensões, segue-se a climatização e mais abaixo os comandos de alguns equipamentos de assistência à condução que hoje em dia ninguém dispensa. Entre as novas tecnologias destaque para a nova geração dos faróis IntelliLUx de matriz LED. Mas nem tudo são boas notícias na

comparação com a anterior geração, porque se o habitáculo é maior e mais luxuoso, a mala é mais pequena, tendo passado de 530 litros para 490 litros, um valor em linha com alguns modelos premium. A Opel prevê que esta carroçaria represente cerca de 55 por cento das vendas, daí a grande aposta na relação preço/equipamento. Apesar da versão ensaiada custar um pouco mais de 40 mil euros, o preço base situa-se nos 37 680 euros. Os clientes frotistas beneficiam ainda de um desconto que pode chegar aos 5000 euros. Os custos de utilização são também baixos e situam-se nos 28.93 €/100 Km, enquanto a desvalorização prevista ao fim de 4 anos é de 50 por cento, segundo dados da 4Fleet. /



ENSAIO

NISSAN MICRA 1.5 DCI 90

UTILITÁRIO ADULTO A Nissan oferece um modelo adulto com o comprovado bloco diesel de origem Renault e elevado equipamento TEXTO TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS JOSÉ BISPO

O

s automóveis andam a crescer e os utilitários, hoje, são bem diferentes do passado, capazes de cumprir a função de familiar com uma ou outra concessão. Por isso, são cada vez mais veículos olhados como alvos para as frotas. O Nissan Micra é um utilitário que oferece espaço, um estilo atraente e qualidades que o destacam no segmento. E para o preço pedido – na versão Visia custa 16.100 euros e 17.400 euros para a variante mais equipada N-Connecta - um equipamento muito completo. A Nissan não pode esperar pela nova plataforma que a Aliança Renault Nissan está a ultimar para a próxima geração do Clio, pelo que o Micra continua a ter como base a plataforma V (a mesma da quarta geração do Clio e do Micra), mas profundamente remodelada. Tanto que apenas a posição dos pedais, os apoios do motor, o depósito de combustível e alguns componentes da suspensão ficaram iguais. Alargadas as vias e reduzido o centro de gravidade, a base do Micra é, quase, nova. Perguntarão os menos atentos “o que é que isso interessa?”. Serve para lhe explicar como a Nissan foi buscar espaço ao anterior modelo e proporcionar a adição de muita tecnologia importante. Arrumada a questão da plataforma, a Nissan vasculhou o caixote de peças da Aliança e trouxe de lá motores, transmissões e muitas outras coisas para o Micra, deitando mão aos componentes usados no Qashqai para compor o interior. Por exemplo, o painel de instrumentos, o ecrã colocado na consola central e os comandos da climatização. Tudo integrado num tabliê desenhado com gosto e cuja cereja no topo do bolo é o novo volante. Depois, entramos no mundo dos detalhes e preciosismos. Alguns deles nem imagina que existem, mas depois de os conhecer, garantimos que fazem a diferença.

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

Por exemplo, nesta versão diesel, o para brisas tem um escudo acústico que filtra, bastante, o ruído do bloco 1.5 dCi 90 CV (todos sabemos que não é um primor em termos de refinamento e silêncio…) e para acomodar o maior peso do propulsor a gasóleo, as molas da suspensão foram endurecidas evitando assim que a frente mergulhe em travagem. Naturalmente a frente fica um pouco mais seca, mas não prejudica o conforto geral do Micra. ESTILO SEDUTOR A ideia inicial quando olhamos para o Micra é a de alguém ter “amachucado” a zona central. A frente é volumosa com faróis rasgados e a grelha dianteira “V Shaped” que é, agora, imagem do estilo Nissan. Já a traseira, bojuda com os farolins colocados alto e com extensão para as ilhargas traseiras, segue o desenho da frente. A zona do habitáculo parece ter sido apertada, efeito visual dado pela linha de cintura em cunha e pelo entalhe na base das portas, um detalhe semelhante ao Renault Clio. Os puxadores das portas traseiras escondidos nos pilares e as cavas das rodas pronunciadas, completam um visual sedutor que bebeu inspiração no Clio, claro, mas com os detalhes que hoje todos reconhecemos nos modelos da Nissan. Como referimos acima, muitos elementos conhecidos do Qashqai fizeram a viagem até ao Micra, a qualidade dos materiais e da montagem subiu e o utilitário da Nissan não teme a comparação com os rivais. MOTOR COMPETENTE É verdade que tem apenas 90 CV, mas o bloco 1.5 dCi é robusto, fiável e nunca nos deixa ficar mal. Se pretende um carro espigado, tire daqui a ideia pois o Micra está nos antípodas dessa forma de estar. Acoplado a uma caixa de cinco velocidades manual, o motor do Micra revela algumas dificuldades nas recuperações por-


4 CIL.

11,9 S

3,2 L

92 G/KM

GAS??

0-100 KM/H

100 KM

CLASSE A??

75 CV

143,17 € IUC

OUTUBRO 2017 TURBO FROTAS

51


ENSAIO

NISSAN MICRA 1.5 DCI 90

DESIGN RADICAL O novo Micra rompe totalmente com o passado, adotando um design mais radical, para poder disputar os primeiros lugares no segmento B. O estilo, os consumos e um custo de 20,26 euros por cada cem quilómetros percorridos são alguns dos seus argumentos para o mercado empresarial

NISSAN MICRA 1.5 DCI 90

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 310,40€ 4 anos/80 000 km INCLUI: Manutenção, Pneus, Linha de Apoio ao Condutor e Assistência em Viagem, IUC, Seguro Manutenção, Danos Próprios, Responsabilidade Civil e Ocupantes. Contrato Nissan Business Finance / ALD Automotive

Bancos dianteiros aquecidos; Carregador de telemóvel sem fios; Volante em pele; Câmara traseira; Sensores de estacionamento; Sistema de manutenção na faixa de rodagem; Faróis LED

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

17 405€ 9 113€ 11 138€ 1 914€ 3159€ 16 211 (20,26)

PVP – Preço de venda ao público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor Residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos de manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil quilómetros)

TÉCNICA PREÇO 17 405€ // MOTOR 4 cil.; 1461 c.c. ; 75 CV; 4000 RPM // BINÁRIO 200 Nm //TRANSMISSÃO Dianteira; 5 vel. Manual //PESO 1590 kg // COMP./LARG./ALT. 3,99/1,74/1,45m // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,52 m //MALA 300/1004 lts // DESEMPENHO 11,9 s (0-100 km/h) / 179 km/h (VEL. MÁX.) // CONSUMO 3,2 l/100 km (4,7 l/100 km*) // EMISSÕES CO2 92 gr/km // IUC 143,17€ *As nossas medições

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

ESTILO CONSUMOS

DESEMPENHO; DETALHES DE ACABAMENTO; EQUIPAMENTO DE SÉRIE

que as relações são alongadas para manter os consumos baixos. Temos de recorrer, amiúde, à caixa para aplacar aquela sensação de lentidão que, depois, o velocímetro acaba por desmentir. Em cidade, o motor responde de forma adequada mesmo com a caixa longa. Porém, a grande vantagem deste motor reside nos baixos consumos em todas as situações enfrentadas. Com uma gama completa, o Micra é oferecido na versão Visia por pouco mais de 16 mil euros (preço promocional), um valor muito interessante se olharmos para aquilo que é oferecido como equipamento de série. Ar condicionado, computador de bordo, rádio, sistema Bluetooth, chassis control (controlo ativo da inclinação da carroçaria e da trajetória), além de ESP e ABS, são itens importantes que sublinham a boa relação preço/equipamento. Além disso, tem custos de utilização muito interessantes e no que toca às rendas, as opções são diversas. Se desejar adquirir o Micra num concessionário, a marca propõe um crédito com uma renda mensal de 255,5€ com uma entrada de 3.220€ e pagamento em 60 meses. Em termos de utilização, esta versão diesel Nissan Micra oferece um custo muito competitivo de 20,26 euros por cada cem quilómetros percorridos, constituindo mais um forte argumento para a sua implementação junto do mercado das frotas. /



ENSAIO

VOLKSWAGEN GOLF GTE

HÍBRIDO DESPORTIVO? O prefixo GT deixa antever que esta versão híbrida com carregamento exterior pode, realmente, ter um gostinho desportivo. E quando lemos que tem 204 CV, mais aguçados ficam os sentidos. Mas, será mesmo assim? TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS JOSÉ BISPO

S

e fosse apenas por olhar para o GTE, dificilmente dirá que estamos perante um carro remotamente ligado a um espírito desportivo e, para honrar a verdade, o Golf GTE não é um desportivo. Para isso existem na gama o GTI e o R. Este Golf é mais virado para a ecologia, para responder à consciência ambiental da maioria e para a redução dos custos de utilização, a que se juntam importantes vantagens ficais para as empresas, como a dedução do IVA inerente à compra e manutenção, bem como importantes vantagens em sede de tributações autónomas. Não é todos os dias que por cerca de 45 mil euros podemos ter um carro com 204 CV a gastar 1,5 l/100 km e a emitir meras 35 gr/km de CO2 e por isso a TURBO FROTAS decidiu trazer até si o ensaio ao revisto Golf nesta versão que, olhando para as contas do Custo Total de Utilização, pode ser uma interessante opção. O novo Golf, ou melhor, o remodelado Gol,f trouxe consigo a boa notícia de baixa de preços. E o GTE também foi bafejado por essa felicidade e com o reforço de equipamento o preço diminuiu. Porém, a tecnologia que utiliza, a complicação que é conjugar o motor de combustão interna sobrealimentado com um motor elétrico e uma caixa de dupla embraiagem com seis velocidades e a qualidade que exibe, obrigam a um preço final encostado aos 45 mil euros. Sem extras! Pior... quando olhamos para a desvalorização, após 48 meses e 80 mil quilómetros “voaram” mais de 26 mil euros, embora nestas contas tenhamos que levar em conta a dedução do IVA e as já restantes vantagens ficais já referidas, pelo que a depreciação real é, então, muito menor. Felizmente que o Golf GTE é poupadinho. Sim, é a gasolina (o que, para já,

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torna impossível a dedução do IVA do combustível), mas a combinação com o motor elétrico faz com que, em condições ideais, o consumo seja de 1,5 litros de gasolina a cada centena de quilómetros. Contas feitas, o Golf GTE é, realmente económico. Porquê? Porque utiliza um motor elétrico com 102 CV que, alimentado por uma bateria recarregável pelo exterior com 8,7 kWh, anúncia uma autonomia em modo elétrico de 50 quilómetros. Um valor teórico, que em utilização normal, desce para cerca dos 35 quilómetros, ainda assim, capaz de nos permitir uma média de 2,5 litros aos 100 quilómetros, muito convidativa mesmo que ultrapasse em cerca de um litro aquilo que a marca anuncia... nas chamadas condições ideais. Do equipamento do Golf GTE fazem parte as mais recentes novidades tecnológicas da marca, caso do sistema de info-entretenimento, bem como o ar condicionado automático, sistema de navegação Premium englobado no VW Media Control, ou o cruise control com radar. Inexplicavelmente, foram atiradas para a lista de opcionais funções de segurança como o sensor de ângulo morto (344 euros), o Active Info Display (461 euros), os faróis LED (344 euros), câmara traseira de estacionamento (216 euros) e o alerta para a transposição inadvertida de faixa de rodagem, reconhecimento de sinais e faróis ativos (678 euros). O Virtual Cockpit da Volkswagen é de série no GTE e o arranjo do interior é um nadinha mais atraente, graças á aplicação de detalhes em azul. No que à utilização diz respeito, como dissemos, os modos de condução são intuitivos. Pode optar pelo modo GTE, tendo, então, disponível a máxima potência, de 204 CV, para uma condução desportiva, ou forçar o Golf a circular até esgotar a carga da bateria (E-Mode). Pode, ain-


4 CIL.

7,6 S

1,5 L

40 G/KM

GASOLINA + ELÉTRICO

0-100 KM/H

100 KM

CLASSE A

204 CV

133,10 € IUC

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ENSAIO

VOLKSWAGEN GOLF GTE

ESTRATÉGIA HÍBRIDA A Volkswagen desenvolveu uma estratégia híbrida que, em combinação com o sistema de navegação, no modo híbrido, utiliza os dados do GPS e do tráfego para otimizar a intervenção dos motores elétricos e a gasolina na rota programada, poupando assim energia

da deixar que o modulo eletrónico faça a gestão mais conveniente entre a utilização do motor de combustão e o elétrico (Hybrid Mode), ou proceder ao carregamento da bateria em andamento (Battery Charge Mode) que se traduz numa penalização do consumo que pode chegar a um litro aos cem quilómetros. Porém, se a seguir vamos conduzir em cidade, o ganho é bem mais significativo. O Golf GTE está equipado com os amortecedores adaptativos DCC e isso assegura que podemos escolher o lado suave da suspensão, ou estender o sorriso de orelha a orelha e endurecer os amortecedores para uma condução mais entretida. Mas atenção: este não é um Golf GTI, não tem a aderência do eixo dianteiro do GTI e o peso das baterias torna o GTE menos ágil. Contas feitas, será que vale a pena investir num carro que custa uns milhares de euros mais que um Golf... “normal”? Bom, se encara a coisa pelo lado certo, sim, vale a pena pois as vantagens fiscais são importantes e a economia de utilização muito significativa. Acresce o prazer de condução e a facilidade em explorar os diferentes modos, permitindo-nos privilegiar a economia ou a dinâmica. Porém, tenha em conta que se abordar pelo lado errado, este não é carro para si, pois o GTE não é um desportivo. /

VW GOLF GTE

TCO PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

44 687€ 17 875€ 26 812€ 2 228€ 1 998€ 31.028€(38,79)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

EQUIPAMENTO

RENDA - 537,87€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, Linha de Apoio ao Condutor e Assistência em Viagem, IPO+ IUC, Seguro Avarias. Valor inclui IVA. Contrato Volkswagen Financial Services

ABS, airbags, ar condicionado automático, auxiliar de arranque em subidas, bancos dianteiros desportivos, bloqueio eletrónico de diferencial, computador de bordo, controlo de tração, controlo de estabilidade, cruise control adaptativo, ecrã tátil, espelhos elétricos recolhíveis, limitador velocidade, sensores de chuva e luminosidade, sensores estacionamento

TÉCNICA PREÇO 44 687€ // MOTOR 4 CIL.; 1395 C.C.; turbo Plug-In; 204 CV (150 CV motor combustão, 102 CV motor elétrico); 5000 – 6000 RPM // BINÁRIO 350 NM // TRANSMISSÃO Dianteira, cx. auto. DSG 6 velocidades // PESO 1599 KGS // COMP./LARG./ALT. 4,27/1.79/1.45 M // D.E.E 2,63 M // MALA 272/1162 L // DESEMPENHO 7,6 S 0-100 KM/H; 222 KM/H VEL. MÁX. // CONSUMO 1,5 L/100 KM // IUC 133,10€ *As nossas medições

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FINANCIAMENTO

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

SISTEMA HÍBRIDO PERFORMANCES

PREÇO CONSUMOS ANUNCIADOS


EFEMÉRIDE

ALD

BODAS DE PRATA A ALD Automotive assinalou 25º aniversário em Portugal, com um evento onde reuniu colaboradores, parceiros e clientes ma festa de colaboradores e clientes – foi assim o deve a um tecido empresarial constituído maioritariamente por evento que assinalou os 25 anos ALD Automotive pequenas e médias e empresas. em Portugal. Manuel de Sousa, diretor geral da Com 3 500 veículos sob gestão, as PME representam cerca de empresa, salientou a importância determinante 20% do total de contratos da ALD Automotive em Portugal. de uns e de outros para o sucesso que se traduz Uma das especializações da desta gestora de frotas consiste hoje no facto de a ALD Automotive ser, hoje, uma marca de refe- no estabelecimento de parcerias com marcas de automóveis, bancos e outras entidades. A empresa refere rência num setor cada vez mais importante. mesmo que as parcerias fazem parte do seu No que aos clientes diz respeito, Manuel de ADN. Os parceiros comercializam o produSousa agradeceu a confiança depositada e a to de renting com a sua própria marca, mas abertura para um espírito de parceria que tem toda a gestão do sistema de informação e da permitido que a ALD Automotive continue a inovar com as soluções melhor adaptadas operação é assegurada pela ALD Automotive. Neste quarto de século, a financeira toràs necessidades das empresas, qualquer que nou-se num dos operadores mais inovadoseja a dimensão e especificidades. res, tendo implementado os mais recentes Reiterando a confiança no futuro e no emavanços tecnológicos, através de ferramenpenho de todos os colaboradores, Manuel de tas digitais e aplicações móveis. Sousa contextualizou a ALD Automotive em Para otimizar os processos internos e mePortugal para dizer que a operação nacional lhorar a resposta ao cliente, a gestora de froestá entre as mais dinâmicas de todo o grupo. A ALD Automotive conta com mais de 2 tas do grupo Société Générale implementou um nova plataforma interna que permite que 500 clientes e mais de 16 200 veículos sob 25º ANIVERSÁRIO todos os processos passem a ser realizados gestão. Em comparação com outras filiais Manuel de Sousa informaticamente, agregando um conjunto da ALD Automotive, com um volume de frocelebra as bodas de prata de outros sistemas como o credit check e o ta idêntico, a subsidiária portuguesa possui abrindo o bolo customer care. / um leque mais alargado de clientes, o que se

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CLIENTE

SOFRAPA

RUI CUNHA – GESTOR DE FROTA

AQUISIÇÃO DIRETA PARA CONTROLAR CUSTOS Especializada no comércio e distribuição de peças a nível nacional, a Sofrapa dispõe de uma frota de 58 veículos para apoiar a sua atividade. Para garantir a mais elevada operacionalidade e controlar os custos, a empresa aposta na aquisição direta TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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undada em 1958, a Sofrapa A Sofrapa tem, atualmente, nove lojas espalhaAutomóveis é uma empresa das pelo país, tendo-se tornado num grossista especializada no comércio e de todo o tipo de peças e componentes auto, distribuição de peças, quer no assegurando uma oferta bastante alargada ao segmento de peças originais, setor automóvel. A distribuição das peças é efequer de material para o mercado de reposi- tuada a partir dos quatro centros de logística, ção (aftermarket). No início, esta empresa de- localizados em Lisboa e em Braga, que asseguram entregas em qualquer dicava-se à representação de ponto do território nacional. componentes e acessórios de Mais recentemente, a Sofrapa automóveis franceses, designaestabeleceu um acordo com damente das marcas Citroën, A SOFRAPA CONTA Peugeot, Talbot e Simca. Essa o Grupo PSA, passando a ser COM UMA FROTA vocação mantem-se. uma das placas de distribuiDE 58 VEÍCULOS ção da rede DistriGo – Parts Ao longo dos seus quase 60 PARA APOIAR A SUA Distribution para o nosso país, anos de história, a Sofrapa ATIVIDADE, CUJA a qual irá comercializar petem vindo a alargar a abranESPECIALIDADE É ças originais da Peugeot, da gência e oferta de serviços ao A DISTRIBUIÇÃO Citroën e Eurorepar, a sua prómercado para conseguir manDE PEÇAS NO pria marca para dar resposta ter um crescimento sustenTERRITÓRIO ao aftermarket. tado. Atualmente, a Sofrapa NACIONAL A Sofrapa está igualmente é distribuidor de peças origipresente nas áreas de manunais da Peugeot, da Citroën, tenção e reparação automóda Opel e da Fiat, comerciavel, contando com uma oficilizando igualmente peças e acessórios para os restantes fabricantes auto- na autorizada Opel, e na área do comércio de móveis, disponibilizando as principais marcas automóveis seminovos, possuindo um stand junto à sua sede em Odivelas. presentes no aftermarket.

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017


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CLIENTE

SOFRAPA

VEÍCULOS COMERCIAIS DOMINAM Para apoiar a sua atividade, a Sofrapa dispõe de uma frota automóvel constituída por 58 viaturas, além de quatro motos para pequenas distribuições urbanas. Desse total, 80% da frota é relativo a veículos comerciais ligeiros e os restantes 20% a ligeiros de passageiros. “A maioria dos veículos comerciais pertence à tipologia dos pequenos furgões, designadamente Peugeot Partner, Citroën Berlingo, Fiat Doblò Cargo e Opel Combo, que asseguram as entregas de peças aos clientes”, afirma Rui Cunha, gestor de frota da Sofrapa. “Não temos preferência por nenhuma marca. Contudo, quando fazemos a aquisição de veículos para a frota levamos em conta as parcerias que temos com as marcas que representamos em termos de peças, casos da Citroën, da Peugeot, da Fiat e da Opel”. A Sofrapa possui ainda dez furgões médios e três furgões grandes, que asseguram o fornecimento de material de maior volume aos quatro centros de distribuição e logística de peças. “Um dos veículos de maiores dimensões faz viagens diárias de ida e volta entre Lisboa, Porto e Braga”, refere o responsável, existindo um outro que assegura a cobertura da zona leste. No que se refere à política de financiamento da frota, a opção da Sofrapa recai na aquisição direta, com capitais próprios. “Ao não recorrermos ao financiamento externo, conseguimos um poder negocial totalmente diferente e um maior competitividade, garantindo uma maior rapidez no negócio”, refere o entrevistado. “O investimento inicial é superior, mas o nível de operacionalidade da frota é mais elevado. Tivemos já experiências no passado com financiamento em renting, mas sempre que tínhamos de devolver os veículos no final do contrato, havia um compasso de espera até recebermos as viaturas novas. No nosso nicho de mercado, que é a entrega de peças atempadamente, essa situação originava alguns problemas operacionais e víamo-nos forçados a alugar viaturas a empresas de rent-a-car para suprir essas necessidades”, recorda o gestor de frota da Sofrapa, admitindo, no entanto, voltar a recorrer ao financiamento em renting, “desde que as condições sejam favoráveis”. Os critérios mais relevantes na aquisição dos veículos são os baixos custos de operação e a elevada disponibilidade. As intervenções são realizadas na própria oficina da Sofrapa, o que constitui uma vantagem em termos de agendamento das revisões, bem como nos próprios custos das intervenções. A dimensão da frota também permite à empresa obter melhores condições negociais na contratação de seguros, na aquisição de pneus e de combustível. A gestão da frota também efetuada internamente pela própria Sofrapa, que tem a preocupação de substituir os veículos comerciais

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NO QUE SE REFERE À POLÍTICA DE FINANCIAMENTO DA FROTA, A OPÇÃO DA SOFRAPA RECAI NA AQUISIÇÃO DIRETA COM CAPITAIS PRÓPRIOS. AS REVISÕES DOS VEÍCULOS SÃO EFETUADAS NAS SUAS PRÓPRIAS OFICINA E O ESCOAMENTO DOS USADOS É ASSEGURADO PELO STAND DA EMPRESA EM ODIVELAS

150MIL NÚMERO DE QUILÓMETROS ANUAIS EFETUADOS PELOS VEÍCULOS DA SOFRAPA NA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS

1 ANO

O TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS VEÍCULOS COMERCIAIS NA FROTA

quando estes totalizam entre 120 mil a 150 mil quilómetros, o que, na atividade desta empresa, se traduz num período de tempo entre seis meses a um ano. Os veículos são depois colocados no mercado, com todas as revisões efetuadas, sendo a sua comercialização realizada pela própria empresa, que também dispõe de um stand de vendas. “Também poderemos ficar com o veículo para uma segunda linha, isto é, como veículo de substituição para colmatar situações de sinistro ou avaria, entre outras”, refere Rui Cunha. “Isso permite-nos ter uma frota para alugarmos a nós próprios, evitando ter de alugar fora”, acrescenta. Relativamente ao próximo ano, a frota da Sofrapa poderá aumentar, uma vez que se prevê um crescimento na atividade da empresa. “O contrato com a DistriGo vai obrigar ao reforço da frota para assegurar a distribuição de peças a nível nacional, assim como a introdução de uma nova rota diária entre Lisboa e o Algarve”, salienta o entrevistado, adiantando que a empresa irá continuar a apostar nas mesmas marcas. VEÍCULOS DE SERVIÇO A Sofrapa possui ainda veículos de passageiros que se destinam a vendedores, chefias de vendas, cargos de direção e administração. Ao contrário do que se verifica habitualmente nas frotas, onde existe uma tendência para a subcontratação, esta empresa de Odivelas faz a aquisição direta dos veículos, assegura a sua manutenção e a sua comercialização, apostando essencialmente em veículos seminovos com garantia de fábrica. Os veículos de serviços adquiridos para o stand são atribuídos aos utilizadores durante 60 a 90 dias, sendo depois vendidos a particulares quando atingem um determinado número de quilómetros. “Como fazemos a aquisição de veículos para o nosso stand de seminovos, existem algumas unidades que são atribuídas aos colaboradores, as quais podem ser vendidas em qualquer altura”, explica Rui Cunha. “Isso permite-nos comprar um veículo com poucos quilómetros e garantir uma elevada rotação, assim como uma considerável fluidez no negócio”, adiantando que mensalmente são adquiridas entre 10 a 15 unidades. O leque de veículos de passageiros é mais alargado do que nos veículos comerciais, abrangendo modelos e segmentos desde o Opel Corsa ao Peugeot 5008. Com o objetivo de aumentar o volume, a Sofrapa irá estabelecer um protocolo com uma marca do Grupo PSA, que permitirá reforçar o portefólio de veículos não só para o stand como também para a frota. A empresa admite ainda introduzir veículos elétricos ou híbridos na sua frota, o que também permitirá responder a uma maior procura do mercado para soluções com baixas reduções de dióxido de cabono e de consumos. /

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EM MOVIMENTO

NOTÍCIAS

DRIVENOW

CARSHARING EMPRESARIAL A cidade de Lisboa é a primeira na Península Ibérica a receber o serviço de carsharing DriveNow, que conta com uma frota de 211 veículos. O mercado empresarial terá uma oferta específica

O

mercado empresarial vai ser uma aposta importante do serviço de carsharing DriveNow em Portugal, que, a partir de outubro, terá uma oferta vocacionada para esse tipo de cliente. A cidade de Lisboa é a primeira na Península Ibérica e a 13ª à escala europeia a dispor de um serviço que foi desenvolvido originalmente por uma joint-venture para o carsharing entre o BMW Group e a Sixt SE. Na capital portuguesa, a operação é assegurada por uma participada da Brisa, a Via Verde Carsharing, que disponibilizará uma frota de 211 veículos das marcas BMW e Mini, incluindo 91 veículos BMW Série 1, 64 Mini Cooper de cinco portas, 30 Mini Clubman 15 Mini Cooper de três portas e 11 BMW i3.

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A escolha da tipologia de frota levou em conta a experiência da DriveNow nas outras 12 cidades europeias, mas também na expetativa relativa à utilização dos veículos em Lisboa. “Nos BMW Série 1 e nos Mini Cooper de cinco portas existe uma percentagem mais elevada de unidades com caixa automática, o que constitui uma progressão para uma frota totalmente elétrica”, afirma João Oliveira, diretor da Via Verde Carsharing, em declarações à Turbo Frotas. “Provavelmente, daqui a seis meses já teremos uma informação estatística que permita, com base na utilização real, tomar decisões para renovação de frota”, acrescenta o responsável. Os utilizadores registados terão acesso ao serviço de carsharing, com tudo incluído – combustível, seguro e estacionamento – assente no conceito de free floating car

sharing, sendo possível deixar ou apanhar o veículo em qualquer local da área de operação na cidade de Lisboa, que abrange um total de 48 quilómetros quadrados, de Leste a Oeste e de Norte a Sul. Os preços variam entre os 29 e os 34 cêntimos por minuto (em função do veículo selecionado) sem custos anuais nem outras comissões. A Via Verde Carsharing acredita que conseguirá atingir dez mil utilizadores registados até final do ano, número que deverá aumentar para 25 mil até final de 2018. O diretor da Via Verde Carsharing considera que o serviço DriveNow se posiciona entre o transporte público e o táxi, podendo servir, para algumas empresas, como “alternativa a frota própria” ou como “complemento” para outras. O responsável refere que a DriveNow


AGORA EM LISBOA O serviço de car sharing DriveNow, que em Lisboa é operado pela Via Verde Carsharing, do Grupo Brisa, iniciou a sua atividade a 12 de setembro e já conta com mais de dois mil utilizadores. As empresas também serão estratégicas para o crescimento deste operador, que lançará ofertas específicas para essa tipologia de utilização

irá estabelecer contactos com as empresas para promover a inscrição dos colaboradores e explicar o modo de funcionamento do serviço. O sucesso junto das empresas dependerá da sua adesão, uma vez que em Portugal existe “uma grande tradição do carro de serviço, que não se muda de um dia para o outro”. Todavia, a dificuldade de estacionamento na cidade de Lisboa poderá ser um fator que leve as empresas a optar pelo DriveNow. “Mesmo com as percentagens muito elevadas de carros de serviço, há muitas empresas que têm imensas dificuldades de estacionamento e têm custos muito elevados porque pagam espaço de estacionamento em instalações alheias para que os seus funcionários possam estacionar. O carsharing constitui uma boa solução para esse tipo de problemas”, adianta João Oliveira. /

OPINIÃO

JOAQUIM ROBALO DE ALMEIDA SECRETÁRIO GERAL DA ARAC

RENT-A-CAR

MODERNIZADOR DO PARQUE AUTOMÓVEL NACIONAL

O

crescimento do turismo, onde o rent-a-car se insere de forma substancial (já representa cerca de 70% da atividade das empresas de rent-a-car) é o trabalho de uma década em que os setores público e privado arregaçaram as mangas e trabalharam arduamente no desenvolvimento turístico do destino Portugal. As centenas de prémios conquistados por Portugal no ano passado são o fruto de muito trabalho desta equipa, que são os profissionais do turismo. O turismo é, hoje, o setor que mais está a ajudar o aumento das exportações – cerca de 25% das exportações, e aquele que mais ajudou àsaída de Portugal por défice excessivo. Além disso, é o setor que mais tem contribuído nos últimos anos para o aumento do PIB, que mais cria emprego (prevê-se que em 2025 represente cerca de 1 milhão de postos de trabalho). Os meios de transporte significam, antes de mais em linguagem corrente, meios de mobilidade que permitem às pessoas deslocarem-se de um local para outro. O transporte é para o turismo o seu principal componente, pois sem deslocação não existe turismo. A própria palavra tourisme vem de tour (passeio/deslocação). O rent-a-car, ou melhor dizendo, o aluguer de sistemas de mobilidade, estará cada vez mais, nos próximos anos, na ordem do dia e será certamente um dos principais pilares da atividade turística. Tal como no início do século XX Henry Ford tornou popular o veículo automóvel, as empresas de locação de sistemas de mobilidade liderarão a deslocação de pessoas e bens no século XXI. As viaturas ligeiras de passageiros adquiridas pelas empresas de rent-a-car nos primeiros 8 meses de 2017 ascenderam a 44.747 viaturas, o que se traduz num crescimento de 28% face ao ano anterior. No que respeita a viaturas ligeiras de mercadorias, o crescimento é menor, situando-se nos 24%, a registar um total de 3.004 viaturas adquiridas, face ao ano anterior. O rent-a-car é, devido à forte aquisição de veículos novos, um setor decisivo para a modernização do parque automóvel nacional através da colocação no comércio, após a sua utilização, de um número significativo de veículos de ocasião (os chamados veículos seminovos), substituindo-se assim veículos antigos por veículos recentes e com motores mais eficientes e amigos do ambiente, a preços mais convidativos para o público em geral. Num horizonte muito próximo, logo que a autonomia dos veículos aumentar e o número de postos de carregamento satisfaçam as necessidades dos utilizadores, as viaturas elétricas substituirão as chamadas viaturas clássicas (viaturas com motor a combustão), as quais tenderão a desaparecer gradualmente. O rent-a-car será certamente o porta-estandarte desta mudança, como o foi no início do século passado com os veículos a combustão, que agora cedem o lugar aos veículos elétricos. O rent-a-car é, sem dúvida, uma atividade económica com grande significado para a economia portuguesa. /

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EM MOVIMENTO

NOTÍCIAS

ESTUDO DA MERCER

FROTAS NÃO VÃO CRESCER

A

esmagadora maioria das empresas portuguesas (71%) não planeia implementar políticas que limitem ou reduzam o número de automóveis nas suas frotas e apenas 10% admite alterar esta prática nos próximos dois anos. Estas são algumas das conclusões do estudo “Company Cars Policy Survey 2017”, que foi efetuado pela consultora Mercer sobre a Política Automóvel das empresas e inclui uma análise detalhada da realidade nacional. Das empresas inquiridas, mais de metade (59%) gere a sua política automóvel a partir do departamento de Recursos Humanos, estando essa responsabilidade afeta ao departamento financeiro em 22% das empresas. O critério mais frequente (81%) para a atribuição de um automóvel a um colaborador é a posição que o mesmo ocupa na organização. Relativamente à titularidade dos veículos, mais de 71% das empresas não tem veículos próprios e cerca de 90% opta pelo financiamento em leasing. O estudo da consultora Mercer destaca que 67% das empresas utiliza o critério do número de meses para a substituição do veículo, sendo que a maioria (62%) procede à sua troca quando os veículos têm entre três e quatro anos. No que se refere a custos, metade das empresas com frota própria oferece o combustível na totalidade aos seus colaboradores, sendo que 42% apenas o fornece para uso profissional. No que se refere ao regime de leasing, 43% das empresas garante a totalidade do combus-

GAMA COMPLETA HYUNDAI IONIQ Todas as versões da gama Ioniq já estão em comercialização no mercado nacional. Este modelo é o primeiro do mundo a disponibilizar três motorizações elétricas na

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

mesma carroçaria: Hybrid, Electric (EV) e Plug-in Hybrid (PHEV). As três variantes apresentam a mesma silhueta aerodinâmica, inspirada pela passagem natural do ar, com um coeficiente aerodinâmico de 0,24. As versões Electric e Plug-In têm um preço de venda ao público de 39500 euros, enquanto o Ioniq Hybrid é proposto a partir de 33065 euros, estando em vigor uma campanha que possibilita a sua aquisição por 29900 euros.

KIA COM PRÉMIO DE FIABILIDADE A Kia Motors obteve o primeiro lugar entre todas as marcas na edição deste ano do J.D. Power Dependability Study relativo à qualidade e fiabilidade dos seus produtos. O estudo é efetuado todos os anos no maior mercado automóvel europeu – o alemão –, sendo a sondagem de longo prazo mais abrangente entre os proprietários de veículos. Em 2017, a pesquisa da

J.D. Power incluiu mais de 14 mil proprietários, que conduzem os seus carros, em média, há dois anos. A análise envolveu um total de 71 modelos de 24 fabricantes automóveis.


BMW

GAMA I3 ATUALIZADA

A

EMPRESAS RESISTEM AO ELÉTRICO As conclusões do estudo da consultora Mercer, relativo à políticas de frotas, indica que a maioria das empresas inquiridas vai continuar a adquirir veículos com motores de combustão. Para cerca de metade das empresas, a introdução de veículos híbridos ou elétricos não faz parte dos planos, a curto prazo

BMW atualizou a gama i3 e vai introduzir uma versão mais desportiva, denominada i3s. Destaque para os para-choques redesenhados, os grupos óticos otimizados, com luzes full-LED. Além disso, uma barra em cromado mate assegura um maior destaque aos pilares A de cor negra e à linha do tejadilho. A gama é reforçada com a nova versão, denomimada i3s, que recebe uma suspensão desportiva com um curso 400 mm mais largo do que o i3 normal, jantes de 20 polegadas e um modo de gestão do motor elétrico “Sport”. A potência desenvolvida pelo motor elétrico passa de 126 kW (170 cv) para os 137 kW (184 cv). O mesmo aconteceu com o binário, que cresceu de 240 para 269 Nm. As melhorias fazem-se sentir na aceleração do 0 aos 100 km/h, com um ganho de 0,2s (6,8s contra os 7,0s anteriormente registados). As duas versões do BMW i3 partilham a mesma bateria de iões de lítio de 33 kWh. O tempo de carga de 80% da sua capacidade é 11 horas numa tomada doméstica de 10 A / 240 V. Caso seja utilizada uma wallbox de 32 A / 7,4 kW, esse período diminui para 3h45. /

tível e 35% financia apenas o uso profissional. O estudo adianta que 22% das empresas inquiridas já implementou a introdução de automóveis híbridos ou elétricos nas suas frotas e 29% tenciona fazê-lo nos próximos dois anos. Quase metade refere não equacionar a hipótese de apostar em automóveis híbridos ou elétricos à sua frota, sendo que 53% referiram que não faz parte da sua estratégia limitar o seu parque automóvel a veículos com baixas emissões de dióxido de carbono. /

MAZDA CX-5 RENOVADO A Mazda iniciou a comercialização da segunda geração do modelo CX-5 no mercado nacional. Distinguese pela sua imagem exterior, assente na linguagem de design Kodo, e está dotado com a tecnologia Skyactiv. Em termos mecânicos, a aposta recai no bloco turbodiesel 2.2, nos níveis de potência de 150 e 175 cv. A transmissão pode ser manual ou automática, com tração 2WD ou integral

i-Activ AWD. A gama está disponível em três níveis de equipamento, Essence, Evolve e Excellence, com preços a partir de 33 310 euros.

VOLKSWAGEN TIGUAN TECH Posicionando-se como o SUV premium do seu segmento, o Volkswagen Tiguan recebeu uma nova versão Tech, que vem equipada com motor 1.6 TDI de 115 cv e conta com App Connect. A dotação de série é bastante completa, incluindo ar condicionado Climatic, sensor de chuva, luzes de condução automáticas com luzes de condução diurnas e função “Coming Home” e

“Leaving Home”, indicador Multifunções “Plus”, espelhos retrovisores exteriores elétricos e aquecidos, cruise control, sensor de pressão dos pneus, sensores de estacionamento, entre outros. O Volkswagen Tiguan Tech está disponível a partir de 31 500 euros.

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TENDÊNCIAS

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CONDUÇÃO AUTÓNOMA

SERÁ QUE TODOS QUEREM CARROS AUTÓNOMOS? Não será a pergunta do milhão de euros, mas um estudo feito pela consultora IHS Markit oferece resultados inesperados TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

A

reputada consultora IHS Markit levou a cabo um estudo, pertinente, que visava saber qual a opinião dos consumidores sobre a grande tendência do momento, a condução autónoma. E a verdade é que, de acordo com os analistas da IHS Markit, os consumidores não estão muito recetivos à ideia de serem conduzidos pelo seu carro, sendo esta uma das vertentes menos populares da condução autónoma. Enfim, não querer ser comandado não significa que não tenhamos a vaidade de equipar o nosso carro com um destes sistemas. Foi exatamente isso que este estudo desvendou: as pessoas não querem ser guiadas, mas pagariam bom dinheiro, caso seja necessário, para terem este equipamento no seu carro novo. MERCADOS PRINCIPAIS DIZEM… NIM O estudo recolheu respostas de mais de 5 mil consumidores que têm como alvo adquirir um veículo novo nos próximos 36 meses. Foi esta a amostra do estudo “Autonomous Driving and Urban Mobility Consumer Analysis 2017” recolhida em cinco mercados chave a nível mundial – Estados Unidos da América, Canadá, China, Alemanha e Reino Unido – e que tinha como pano de fundo a condução autónoma, olhando a fatores como preferências, desejos e interesse futuro dos consumidores que têm intenção de comprar carro nos próximos três anos. Dentro do estudo, foram questionados vários sistemas de segurança para se perceber se a questão condução autónoma é vista, ou não, como essencial para o futuro. Quando foi perguntado aos consumidores qual é a caraterística de segurança que mais desejam ter no seu carro novo, a monitorização de movimento no ângulo morto, recolhe as preferências da maioria, sejam novos ou idosos. A disponibilidade para pagar mais ou menos pelo sistema difere de região para

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TENDÊNCIAS

CONDUÇÃO AUTÓNOMA

região. Os americanos, por exemplo, estão dispostos a pagar significativamente mais por esta tecnologia do que os consumidores de outras regiões, como os europeus e os chineses. Este resultado não espantou os analistas da IHS Markit, pois nas palavras de Colin Bird, analista sénior e um dos autores do estudo, “no que toca à segurança, a travagem de emergência autónoma e a monitorização do ângulo morto, são os equipamentos que as pessoas mais desejam ter nos seus carros na maioria dos mercados. Existe uma larga base de consumidores que estão dispostos a pagar a autonomia total na condução, demonstrando que os consumidores vêm a condução autónoma como mais um extra que fica bem no carro do que uma verdadeira aposta na segurança. Pelo menos por agora!” CHINESES… GOSTAM O mercado chinês foi o que mais entusiasticamente respondeu à perspetiva de ter um veículo autónomo. Segundo o estudo, os chineses adoram a ideia de estar a fazer outra coisa qualquer

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enquanto estão a caminho do escritório ou do trabalho e interessam-se pela possibilidade de chegar ao trabalho e o veículo assumir a tarefa de estacionar-se. Para a maioria dos chineses entrevistados, caso o veículo que escolham não tenha de série o sistema, vale a pena fazer o esforço e pagar para que o carro esteja equipado com a condução autónoma. Mais de 72% expressaram o desejo de ter nos seus carros um sistema de condução autónoma como equipamento de série no seu automóvel novo, a maior percentagem de todos os mercados analisados. E os que por algum motivo escolherem um automóvel sem essa caraterística de série, estão dispostos a pagar por esse opcional. Mas, não mais de 400 euros. De forma surpreendente, os chineses interessam-se muito sobre as tecnologias ligadas à segurança. De acordo com o estudo da IHS Markit, a monitorização do ângulo morto (89%), a travagem automática de emergência (92%), o aviso de transposição involuntária de faixa (88%) e a condução autónoma (83%), são

as caraterísticas que os chineses mais desejam ter nos seus veículos. AMERICANOS NA EXPETATIVA Curiosamente, os americanos não se mostraram muito entusiasmados com o sistema – apenas 44% de todos os inquiridos referiram interesse na completa autonomia - mas revelaram ter disponibilidade para pagar a condução autónoma como extra. Estranhamente, os americanos colocam a condução totalmente autónoma na última posição da lista de caraterísticas de segurança que o seu veículo deve ter, mas aceitam pagá-lo como extra. E mais estranho ainda é que a condução autónoma é a caraterística de segurança mais procurada, como opcional, pelos americanos, estando dispostos a pagar um preço elevado por esse equipamento. Adicionalmente, referiram os elementos da amostra que os norte-americanos estão dispostos a pagar mais que o normal para conseguir ter no seu carro a condução autónoma, até cerca de 700 euros (800 dólares). Contas feitas, cerca de metade dos americanos


JOVENS ABRAÇAM TECNOLOGIA Quem não tem dúvidas e abraça de forma entusiástica a condução autónoma são os jovens, algo que não espanta os mais atentos. O estudo da IHS Markit analisou, também, o interesse pelas tecnologias de segurança na perspetiva da idade e por grupos. Por isso é que a Geração ZX e os Millenials surgem em destaque entre os que mais interesse têm na condução autónoma EUROPEUS TAMBÉM DIVIDIDOS total. São 61% a sugerirem interesse em possuir Os números deste estudo nos principais mer- este equipamento no seu próximo veículo. Os “baby boomers” e outros mais cados europeus não divergem jovens, todos eles reputam de muito daquilo que sucede nos interessante estas novas tecEUA. Mais de metade dos connologias. Curiosamente, entre sumidores não tem como prioOS CONSUMIDORES os mais idosos, esta tecnologia ridade a condução autónoma VÊEM A CONDUÇÃO que iria-lhes facilitar a vida, é e quase igual número entenAUTÓNOMA MAIS vista com desconfiança e até de que isso não é prioritário. COMO UM EXTRA mesmo desdém. Porém, estariam dispostos a QUE FICA BEM NO pagar mais de mil euros (mais AUTOMÓVEL DO QUE OUTRAS CONCLUSÕES 20% que os americanos) para UMA VERDADEIRA O estudo “Autonomous exibir no seu carro novo um APOSTA NA Driving and Urban Mobility sistema de condução autónoSEGURANÇA. Consumer Analysis” permima. E a verdade é que a condutiu saber que a maioria dos ção autónoma surge entre os 10 inquiridos anda sozinho no equipamentos que os clientes carro, sendo esta a sua forma estão dispostos a pagar, mesmo sem saber muito bem o que pensar ou como de mobilidade preferida, seguindo-se o caminhar e só depois os transportes públicos. Por realmente se comporta o sistema. Olhando para os resultados do estudo a nível outro lado, os chineses mostram-se muito remundial, a condução autónoma em autoestra- cetivos ao serviço “car-sharing” e “ride-haida está no topo das tecnologias de segurança, ling” (espécie de boleias gratuitas). Segundo estando a maioria disposta a pagar um valor a resposta dos inquiridos na China, 42% maextra para possuir o sistema no seu veículo. nifestaram interesse em andar à boleia, 16% Mesmo que, depois, refiram que têm dúvidas preferem partilhar o veículo. Nos EUA, estas sobre a sua utilização e se manifestem muito percentagens caiem bastante e na Europa essas práticas são ainda residuais. / céticos face à valia do sistema. indicaram ser adeptos da condução autónoma total e menos ainda referiram que desejavam ter no seu veículo um sistema destes. Por seu lado, os consumidores norte americanos não se importavam de ter de série no seu próximo carro a monitorização do ângulo morto, sistema de navegação, travagem automática de emergência e controlos colocados no volante.

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RENT-A-CAR

FORD FIESTA 1.0 ECOBOOST 125 CV S/S TITANNIUM

MAIS TECNOLOGIA A sétima geração do Fiesta tem como objetivo prosseguir a carreira de sucesso de 40 anos deste modelo TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS LUÍS VIEGAS

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om mais de 16 milhões de unidades comercializadas desde o seu lançamento em 1976, o Ford Fiesta tem sido uma das referências da sua classe. Ainda hoje é o quarto modelo mais vendido na Europa e o terceiro no segmento. A sétima geração deste modelo, que foi recentemente lançada, mantém as qualidades da sua antecessora em termos de comportamento dinâmico e recebeu um conjunto de novas tecnologias para reforçar os níveis de conforto, conveniência e segurança. Apesar de utilizar a mesma plataforma da geração anterior, o novo Fiesta é maior (7 cm) do que o modelo que veio substituir, o que se deve ao aumento da distância entre-eixos. Isto teve

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reflexos positivos ao nível da habitabilidade, designadamente nos bancos traseiros, que oferecem mais 16 mm de espaço para as pernas. A capacidade da bagageira também foi ampliada para os 292 litros, sendo maior do que do Opel Corsa, mas inferior à do Volkswagen Polo. Se no capítulo da imagem externa, os designers da Ford foram conservadores, pouco alterando as linhas deste modelo, o interior está radicalmente diferente. Os inúmeros botões que dominavam a consola central na geração anterior foram reduzidos para metade e substituídos por um ecrã tátil a cores de 6,5”, estando ainda disponível uma versão de oito polegadas, como na unidade ensaiada. A qualidade geral de construção também melhorou e os comandos principais – direção,

caixa de velocidades – têm excelente tato. Os bancos foram redesenhados e são confortáveis, assegurando uma boa posição de condução. A nível mecânico, esta versão do Fiesta recebe o motor de três cilindros de 998 cc EcoBoost, que desenvolve uma potência de 125 cv às 6000 rpm e um binário de 170 Nm entre as 1400 e as 4500 rpm. Este propulsor carateriza-se pela suavidade de funcionamento e pela sua elasticidade, designadamente a regimes intermédios, respondendo com rapidez às solicitações do acelerador. Outra boa ajuda é prestada pela caixa manual de seis velocidades, que além de ser precisa e bem escalonada, consegue tirar o melhor partido deste pequeno motor turbo. O consumo é uma agradável surpresa para um motor a gasolina, com o computador de bor-


VERSÕES BUSINESS Para o mercado empresarial a marca propõe uma versão de acesso, denominada Business, com motores 1.1 Ti-CVT de 70 e 80 CV, 1.0 EcoBoost de 100 CV ou 1.5 TDCi de 85 CV. O equipamento não é tão completo como da unidade ensaiada, Titannium, mas o custo de investimento inicial também é mais convidativo, a partir de 13 876 euros

do a indicar um valor médio de 6,3 l/100 km, ou seja, mais 2,0 l/100 km do que o anunciado pela marca. Em termos de economia de exploração, esta versão a gasolina do Fiesta 1.0 EcoBoost 125 S/S revela-se bastante competitiva, com um custo total de utilização de 19,10 euros por cada cem quilómetros percorridos, segundo dados da consultora 4Fleet, apresentando um valor 42% de 48 meses ou 80 mil quilómetros, o que significa que deverá valer 8 086 euros. O custo de manutenção previsto situa-se nos 1 272 euros. Para quilometragens anuais inferiores a 25 mil quilómetros, estes custos de utilização fazem desta versão 1.0 EcoBoost 125 S/S Titannium a opção mais racional face à sua congénere 1.5 TDCi de 120 cv. Menos competitivo será o valor da renda em renting, com um valor mensal de 406,82 euros para um prazo de quatro anos e 80 mil quilómetros. Para o mesmo modelo equipado com um motor diesel de maior cilindrada, o valor da renda seria bastante inferior. Isso significa que o mercado de usados ainda não está recetivo a veículos a gasolina, penalizando o valor residual. Todavia, sob uma perspetiva de análise económica, esta versão a gasolina é, para muitos casos, a opção mais racional na relação entre custos totais e equipamento. /

FORD FIESTA 1.0 ECOBOOST 125 CV S/S TITANNIUM

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA* - 406,82€ 4 anos/80 000 km INCLUI: Manutenção / IPO, Linha de Apoio ao Cliente, IUC, Pneus, Seguro Manutenção, Danos Próprios e Ocupantes. Valor inclui IVA. Contrato Ford Renting / ALD Automotive

Faróis halogéneo com luzes diurnas LED, faróis automáticos, espelhos elétricos e aquecidos, ar condicionado manual, sistema de áudio com ecrã tátil e Ford SYNC 3, Ford My Key, assistente de arranque em subidas; assistente de manutenção em faixa, airbag duplo, lateral à frente, sistema deteção de deflação pneus

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

19 252€ 8 086€ 11 166€ 932€ 4 114€ 15 281 (19,10)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 19 252 € (21 712 €) // MOTOR 3 CIL; 998 CC; 125 CV; 6000 RPM // BINÁRIO 170 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL Man // PESO 1164 kg // COMP./LARG./ALT. 5,19/1,81/1,78 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,00 // MALA 1010 KG // DESEMPENHO 9,9 0-100 KM/H; 195 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,3 (6,3*) // EMISSÕES 98 G/KM // IUC 100,08€

EQUIPAMENTO MOTOR

BAGAGEIRA OPÇÕES

*As nossas medições

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RENT-A-CAR

SMART FORFOUR PASSION 0.9 AUTO

CUSTOS BAIXOS O smart forfour carateriza-se pela excelente agilidade e pela sua imagem agradável. Os custos de utilização surpreendem pela positiva TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

C

om um comprimento de 3,49 metros, o smart forfour é um veículo extremamente compacto, estando vocacionado para deslocações em ambiente citadino, especialmente nas ruas estreitas e sinuosas dos centros históricos. Para o efeito conta com um diâmetro de viragem das rodas incrivelmente curto, de apenas 6,95 metros, o que se deve à tração traseira. Quer para o segmento empresarial, quer para o turismo (rent-

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

-a-car), este pequeno automóvel de quatro portas pode constituir uma solução interessante. Um dos seus argumentos consiste num baixo custo de utilização, mesmo no caso da unidade ensaiada, com nível de equipamento Passion, motorização turbo de 898 cc e caixa de velocidades de dupla embraiagem twinmatic. De acordo com a consultora 4Fleet, este smart de quatro lugares tem um custo total de utilização de 19,48 quilómetros por cada cem quilómetros percorridos. Ainda de acordo com estes

dados, o valor residual é de 41% no final de 48 meses ou 80 mil quilómetros, o que significa que ainda deverá valer 5 869 euros, refletindo a boa imagem que a marca tem no mercado de usados. Os custos de manutenção são pouco superiores a 700 euros para o período em questão, sendo ligeiramente inferiores à média do segmento, o que também contribui decisivamente para os baixos custos de exploração. Globalmente, o smart forfour apresenta um aspeto moderno, jovial e agradável. Tal como


SMART FORFOUR PASSION 0.9 AUTO

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 393,84€ 4 anos/80 000 km INCLUI: Manutenção, Pneus, Assistência em Viagem, IUC, Assistência Jurídica, Seguro Manutenção, Danos Próprios. Valor inclui IVA. Contrato Athlon

Programa eletrónico de estabilidade; ABS + EBD; Assistente de vento lateral; Célula de segurança tridion; Cruise control com limitador; Airbag duplo e laterais, Computador de bordo; Vidros elétricos dianteiros; Fecho centralizado, Start-stop

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

14 320€ 5 869€ 8 445€ 704€ 5 029€ 15 582 (19,48)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 14 320 € (15 788 €) // MOTOR 3 CIL; 898 CC; 90 CV; 5500 RPM // BINÁRIO 135 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL Aut // PESO 1025 kg // COMP./LARG./ALT. 3,49/1,66/1,55 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,49 // MALA 185 L // DESEMPENHO 11,9 0-100 KM/H; 165 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,2 (6,9*) // EMISSÕES 98 G/KM // IUC 100,08€

MOTOR AGILIDADE

BAGAGEIRA CONSUMO

*As nossas medições

COMBINAÇÕES DE CORES Como já vem sendo tradicional, a smart disponibiliza várias combinações de cor na carroçaria e no interior. O nível de equipamento Passion disponibiliza uma opção que foge a essa regra, uma vez que oferece uma pintura exterior e revestimentos interiores em preto. A transmissão do forfour pode ser assegurada por uma caixa de velocidades de dupla embraiagem twinmatic

é habitual na marca, estão disponíveis diversas combinações de cores na carroçaria. Na unidade ensaiada, que corresponde ao nível de equipamento Passion, a opção recaiu num só tom, preto, que oferece uma maior sobriedade. O mesmo princípio se estende ao habitáculo, baseado a célula de segurança Tridion, que apresenta o painel de instrumentos e o painel central da porta em tecido preto e elementos de realce em preto e bancos com estofos também nessa cor. O painel de instrumentos é dominado por um visor TFT de 3,5”, que transmite ao utilizador as informações do computador de bordo, incluindo a distância total percorrida, o histórico do consumo. Os bancos dianteiros asseguram uma posição de condução e garantem uma boa visibilidade. Mais generoso poderia seria o volume útil da bagageira, que disponibiliza apenas 190 litros, embora possa ser ampliado para os 975 litros. A nível mecânico, a unidade ensaiada estava equipada com o bloco de três cilindros em linha, montado sob o trem traseiro, com 898 cv, turbo intercooler. Com uma potência de 90 cv às 5500 rpm e um binário de 135 Nm às 2500 rpm, este propulsor revelou-se bastante agradável de utilizar em combinação com a caixa de velocidades de dupla embraiagem twinamic. Com seis relações bem escalonadas para tirar o melhor partido do motor, esta transmissão revelou uma progressividade surpreendente. As relações fluem sem

sobressaltos, procurando manter o regime na faixa de rotação mais eficaz. A combinação do pequeno motor sobrealimentado com a caixa de velocidades twinmatic e o baixo peso do veículo, apenas 1025 kg, contribui para uma elevada agradabilidade de utilização, que se traduz não apenas na agilidade, mas também, no comportamento, sendo possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em 12,1 segundos, segundo medições da Turbo. Contudo, não há sem senão. Estamos a falar do consumo de combustível. A média anunciada pela marca, de 4,2 l/100 km, dificilmente se consegue obter em condições reais de utilização. Em piso plano ainda se consegue alcançar um valor simpático de 4,5 l/100 km, mas quando aparecem as primeiras subidas, isso tem um reflexo imediato na média apresentada pelo computador de bordo. Em autoestrada pode facilmente ultrapassar os 7,5 l/100 km. Durante o ensaio e numa condução sem restrições, o consumo médio registado situou-se nos 6,9 l/100 km. Com um preço de venda ao público de 15 788 euros, valor que inclui opcionais como o ar condicionado ou rádio com Bluetooth, o smart forfour constitui uma alternativa interessante para as deslocações urbanas e oferece baixos custos de utilização. A versão a gasolina (já está disponível a elétrica) tem uma renda mensal de 393,84 euros para 48 meses ou 80 mil quilómetros, segundo uma simulação da gestora de frotas Athlon. /

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COMERCIAIS

MITSUBISHI L200 4WD CAB CLUB INTENSE STRAKAR

PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO Para manter a competitividade da quinta geração da L200, a Mitsubishi procedeu a uma primeira atualização da sua pick-up TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

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ois anos depois da introdução da quinta geração da L200, a Mitsubishi procedeu a uma primeira atualização da sua pick-up para manter a competitividade do seu produto num segmento de mercado onde a concorrência é cada vez mais numerosa. A nível de imagem exterior, as principais novidades consistem na nova grelha cromada escurecida e no novo estribo de acesso nas versões de cabina longa (Club Cab) e Dupla. O habitáculo também recebeu algumas alterações, designadamente o painel de instrumentos que apresenta um novo

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TURBO FROTAS OUTUBRO 2017

fundo preto, um novo volante multifunções e ligação Bluetooth e um retrovisor interior anti-encadeamento. A gama L200 é proposta em duas versões de carroçaria, Cabina Dupla e Cabina Club (longa), com tração traseira (2WD) ou integral (4WD). Com o objetivo de tornar a sua pick-up mais competitiva em termos de preço de aquisição, a Mitsubishi disponibiliza variantes de três lugares, tendo removido o assento traseiro do lado esquerdo. Esta solução está disponível nas versões 2WD e 4WD, nos níveis de equipamento Invite e Intense Strakar. Na versão ensaiada, Cabine Club 4WD Intense

Strakar, este recurso permite reduzir o preço de venda ao público, apenas pela via fiscal em relação a uma versão de quatro lugares, em mais de 7500 euros. A versão Cabina Club carateriza-se por apresentar um comprimento exterior de 5,19 metros, uma largura de 1,78 metros, uma distância entre-eixos de três metros e uma altura ao solo de 20,5 centímetros. Estas dimensões exteriores generosas permitiram disponibilizar uma caixa de carga com um comprimento interno de 1,85 metros, uma largura de 47,5 centímetros e uma altura dos painéis de carga de 84,5 centímetros. O taipal traseiro rebate


por completo, criando uma superfície plana, o que possibilita o carregamento da pick-up com recurso a um empilhador. A capacidade de carga útil é ligeiramente superior a uma tonelada. Como veículo com aptidões para fora de estrada, a pick-up da Mitsubishi oferece um ângulo de ataque de 30º, um ângulo ventral de 24º e um ângulo de saída de 22º. O equipamento de série da versão ensaiada, Intense Strakar, é bastante completo, incluindo ar condicionado automático, câmara de estacionamento traseira, sensor de chuva, espelhos elétricos recolhíveis, entre outros. O habitáculo oferece bastante espaço à frente, sendo bastante limitado atrás, uma vez que o terceiro banco consiste numa solução de recurso, como já vem sendo hábito nestas versões de cabina longa. Os materiais utilizados são agradáveis à vista, embora os plásticos sejam duros. A correta posição de condução encontra-se com facilidade, graças à possibilidade de ajuste do banco do condutor em altura e profundidade, assim como à regulação do volante em altura e profundidade. Em termos mecânicos, a L200 4WD Cab Club Intense Strakar conta com o motor diesel de 2,4 litros, que desenvolve uma potência máxima de 180 cv às 3500 rpm. Em conjunto com uma caixa manual de seis velocidades, bem escalonada, é possível tirar o melhor partido de um binário máximo de 430 Nm às 2500 rpm. A utilização em fora de estrada é assegurada pelo sistema Super Select 4WD II, com seletor eletrónico na consola central, que oferece modos de condução em cidade e autoestrada (2H-2WD), em condições atmosféricas adversas mesmo em piso seco (4H-4WD), em pisos com aderência reduzida, incluindo lama, neve ou areia (4HL). No que se refere ao consumo de combustível, a marca anuncia uma média combina de 6,9 l/100 km, embora em condições reais de utilização os valores apresentados pelo computador de bordo variassem entre os 9,4 e os 12,0 l/100 km. A unidade ensaiada tinha montados pneus mistos BF Goodrich LT245/75 R All Terrain, que visualmente transmitem uma imagem mais apelativa de veículo todo-o-terreno, mas, por outro lado, são mais penalizadores em termos de consumo de combustível. Quando o motor funciona em regimes mais elevados, a insonorização da cabina é um ponto a rever no futuro pela marca. A suspensão também se revelou algo seca e dura em estrada, não obstante o trabalho desenvolvido pela Mitsubishi na afinação da suspensão dianteira e no aumento do comprimento das molas semi-elípticas traseiras. O diâmetro mínimo de viragem das rodas de 5,9 metros e um peso máximo rebocável sem travão de 3000 quilos são outros dos argumentos desta L200 4WD Cab Club Intense Strakar, que está disponível no mercado nacional com um preço a partir de 28 850 euros. /

SISTEMA SUPER SELECT 4WD II Para operação em fora de estrada, a versão de tração integral da L200 conta com o sistema Super Select 4WD II, com comando junto à caixa de velocidades. Esta última está bem escalonada, mas poderia ser mais precisa

MITSUBISHI L200 4WD CAB CLUB INTENSE STRAKAR

TCO

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

RENDA - 516,31€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, assistência em viagem, IUC, assistência jurídica, seguro. Valor inclui IVA. Contrato: Athlon

Espelhos elétricos e recolhíveis, câmara estacionamento traseira cruise control, fecho central portas com comando, ar condicionado automático bi-zona, sensor de chuva; Limitador de velocidade ajustável; airbags, ABS com EBD, controlo de estabilidade e tração, ajuda ao arranque em subida; Rádio CD com ecrã de 6,1”, assistente travagem de emergência

29 850€ 14 328€ 15 522€ 3 452€ 6 318€ 25 292€

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 29 850 € // MOTOR 4 CIL; 2442 CC; 181 CV; 3500 RPM // BINARIO 430 NM // TRANSMISSÃO 4WD; 6 VEL Man // PESO 1840 kg // COMP./LARG./ALT. 5,19/1,81/1,78 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 3,00 // MALA 1010 KG // DESEMPENHO ND 0-100 KM/H; 179 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 6,9 (9,4*) // EMISSÕES 180 G/KM // IUC 304,47€ *As nossas medições

MOTOR IMAGEM

HABITABILIDADE TRASEIRA; CONSUMO

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COMERCIAIS

MERCEDES-BENZ CITAN ACTIVE STANDARD 108CDI/27

AGORA COM TRÊS LUGARES

Respondendo às solicitações do mercado, a Mercedes passou a disponibilizar uma versão com três lugares no Citan TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

A

aproveitando a introdução dos motores Euro 6, a Mercedes-Benz Vans efetuou uma atualização no pequeno furgão Citan, que passou a estar disponível, em opção, com três lugares dianteiros. Nesta configuração 1+2, o banco do passageiro é duplo e dispõe de cintos de segurança ajustáveis em altura em ambos os lugares. Se o assento central não estiver a ser utilizado, é possível dobrar as suas costas para

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a frente, podendo servir como mesa de apoio. Por baixo deste assento duplo existe um prático compartimento para arrumações. Além dos três lugares dianteiros, com bancos exclusivos da Mercedes, a cabina do Citan poucas alterações apresenta em relação à versão original de dois lugares. O tabliê é moderno e prático, estando todos os comandos localizados onde é tradicional num veículo da marca alemã, designadamente das luzes, do limpa pára-brisas, da luz de emergência ou do computador de

bordo. A identidade própria da Mercedes-Benz é reforçada com um design próprio no painel de instrumentos e na consola central, que integra o rádio e o ar condicionado. Uma das versões em comercialização no mercado nacional é o Citan Active Standard 108 CDI/27 Standard, com um comprimento exterior de 4,32 metros e uma distância entre-eixos de 2,7 metros. A versão furgão de mercadorias oferece um compartimento de carga com um comprimento de 1,7 metros, uma lar-


AMBIENTE MERCEDES Os principais comandos do habitáculo do Citan são de origem Mercedes. O compartimento de carga oferece um volume útil de 3 m3. Os custos de utilização situam-se nos 23,19 euros por cada cem quilómetros percorridos

MERCEDES-BENZ CITAN ACTIVE STANDARD 108CDI/27

TCO

FINANCIAMENTO

EQUIPAMENTO

RENDA - 260,65€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutençãoo (contrato serviço), Serviço Mobility Go. Valor inclui IVA. Contrato Mercedes-Benz Charterway / Mercedes-Benz Financiamento

Assistente travagem de emergência, sistema travagem com ABS e ASR, programa eletrónico de estabilidade, Pack BlueEfficiency, airbag duplo, banco do passageiro duplo, ar condicionado manual, sensores estacionamento traseiro, fecho centralizado com comando, sistema de assistência no arranque, Eco Start/Stop

CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE

gura de 1,41 metros e uma altura de 1,28 metros. A combinação destas medidas permite a disponibilização de um volume útil de 3 ,0 m3 . A unidade ensaiada estava equipada com um motor diesel de 1.461 cc, que desenvolve uma potência de 75 cv às 4000 rpm e um binário de 200 Nm às 1.750 rpm, estando associado a uma caixa manual de cinco velocidades. Apesar de pesar em vazio mais de 1,4 toneladas, este motor oferece um comportamento honesto, principalmente em cidade, o que se deve sobretudo à disponibilidade a baixas rotações. O Citan Active Standard vem equipado de série com o pack BlueEfficency, que inclui sistema Eco Start / Stop para otimizar o consumo de combustível. A marca anuncia uma média de 4,3 l/100 km, mas em condições reais esse valor sobe para os 6,0 l/100 km. Proposto por 20 426 euros, o Mercedes-Benz Citan Active Standard 108 CDI/27 está vocacionado para um clientes frotistas, onde o fator preço e imagem é determinante num segmento tão competitivo como dos pequenos furgões. /

PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ

20 426€ 8 778€ 11 636€ 2 278€ 4640 € 18554€ (23,19)

PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)

TÉCNICA PREÇO 20 426 € // MOTOR 4 CIL; 1461 CC; 75 CV; 4000 RPM // BINARIO 200 NM // TRANSMISSÃO Dianteira; 5 VEL Man // PESO 1421 kg // COMP./LARG./ALT. 4,32/1,82/1,82 // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,69 // MALA 529 KG // DESEMPENHO ND 0-100 KM/H; 160 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,3 (6,4*) // EMISSÕES 112 G/KM // IUC 42,80€

MOTOR IMAGEM

EQUIPAMENTO TERCEIRO LUGAR

*As nossas medições

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COMERCIAIS

NOTÍCIAS

VOLKSWAGEN

NOVO CRAFTER JÁ CHEGOU O

novo Volkswagen Crafter já está em comercialização no mercado nacional pela rede de concessionários da Volkswagen Veículos Comerciais. A nova geração do comercial ligeiro de grandes dimensões da marca alemã foi eleita “Comercial Internacional do Ano de 2017” por um júri constituído por jornalistas da imprensa especializada europeia. A nova geração da Volkswagen Crafter é produzida numa fábrica que foi construída de raiz para o efeito na Polónia e tem o objetivo de revolucionar o segmento dos comerciais de maio-

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res dimensões, da mesma forma que o modelo Amarok fez nas pick-up. Para que todos os interessados em conhecer a nova geração do Crafter possam experimentar a geração que acaba de ser lançada no mercado nacional, a Volkswagen Veículos Comerciais está a realizar o “Volkswagen Experience” que permite aos empresários utilizar o novo Crafter no seu dia a dia de trabalho, num período até 48 horas. No mercado nacional, a nova geração vem equipada, de série, com ar condicionado, que era opcional no modelo anterior. Outro argumento é o preço de venda, que, segundo a marca, é

bastante competitivo, tendo sido significativamente melhorado. Tomando como referência a versão de 3500 quilos com motorização de 140 cv e distância entre-eixos média com teto alto (a mais vendida), a nova geração do Crafter viu o preço base diminuir em mais de 1300 euros face ao modelo antigo de 136 cv, mas dispõe de mais equipamento de série, estando disponível a partir de 33 980 euros. O novo Crafter oferece ainda mais inovações, como a compensação do vento lateral automática, o Hill Hold Assist, o Automatic Post-Collision Braking System ou ainda a iluminação do habitáculo e do espaço de carga em LED. /


SCANIA

CAMIÕES AUTÓNOMOS

A

Scania e a Ericsson estão a cooperar no desenvolvimento da tecnologia 5G, que permitirá estabelecer comunicações remotas com camiões e autocarros autónomos. Isto possibilitará aos operadores assumirem o comando manual quando o veículo se deparar com um objeto não reconhecido e que o impede de avançar sem infringir as regras de trânsito. Se isso suceder, o veículo poderá parar junto a esse obstáculo e estabelecer uma ligação com a sua base para solicitar auxílio a um operador humano. Este último poderá assumir o comando manual do veículo autónomo. Ao conduzir em tempo real, a Scania recorre a redes de telecomunicações 5G, tendo sido instalada uma central base móvel de última geração no seu centro de pesquisa e desenvolvimento. A Scania é a primeira empresa a testar os componentes com a nova tecnologia 5G da Ericsson, no âmbito de uma colaboração com a Ericsson Research.

MITSUBISHI

DUAS L200 PARA ICNF Mitsubishi Motors cedeu duas pick-up L200 ao Instituto de da Natureza e das Florestas (ICNF) para vigiA Conservação lância das florestas. Os veículos foram fornecidos no âmbito de um protocolo entre o Exército Português e o ICNF – Plano Faunos 2017 – que permite a realização pelas Forças Armadas de diversas atividades, que compreendem a vigilância e sensibilização das populações em matas nacionais, perímetros florestais e áreas florestais. As duas pick-up todo-o-terreno Mitsubishi L200 Invite foram utilizadas pelos militares das Forças Armadas em ações de vigilância e de sensibilização.

VOLKSWAGEN EXPERIENCE A Volkswagen tem em curso uma ação que permite aos clientes utilizar o novo Crafter na sua atividade diária, pelo período de 48 horas

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NOVIDADES

COMERCIAIS

FORD TOURNEO CUSTOM

TRANSPORTE VIP

A Ford concebeu uma nova solução para o transporte premium de passageiros, oferecendo um ambiente espaçoso e luxuoso TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

P

ara um segmento premium de transporte de passageiros, designadamente shuttles para executivos ou VIP, entre outros, a Ford desenvolveu uma versão mais requintada do modelo Tourneo Custom. A nova proposta, que estará disponível para encomenda no final do ano e com as primeiras entregas previstas para o início de 2018, distingue-se pelo novo design dianteiro, que adota a mais recente linguagem de estilo da marca norte-americana. Passando ao interior, este também recebeu argumentos para oferecer um ambiente espaçoso e luxuoso aos passageiros, onde não faltam materiais e revestimentos de alta qualidade. A principal novidade reside numa configuração com seis bancos individuais, podendo as últimas duas filas assumir um formato de conferência, melhorando o acesso e a interação entre os passageiros. As duas últimas filas também podem assumir uma configuração clássica, com os três bancos virados para a frente.

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PREÇO ND // MOTOR 4 CIL; 1995 CC; 105 / 130 / 170 / CV // TRANSMISSÃO Manual ou SelectShift, 6 veloc // CONSUMO 6,1 a 6,6 l/100 km

O condutor tem ao seu dispor um painel de instrumentos elaborado com base na nova filosofia de design interior da Ford, estreada no Fiesta, que se carateriza por estar centrada no utilizador e profundamente influenciada pela forma como as pessoas interagem com dispositivos inteligentes e tablets. O sistema de comunicação e entretenimento Ford SYNC 3 permite aos condutores controlar o áudio, a navegação e os smartphones conectados, recorrendo a simples comandos vocais de conversação. O sistema é compatível com Apple CarPlay e Android Auto. O novo Tourneo Custom é o primeiro veículo do seu segmento a oferecer a função de Limitador Inteligente de Velocidade, que possibilita o ajuste automático da velocidade máxima do, utilizando o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito para detetar sinais de limite de velocidade. A nível mecânico, a marca disponibiliza o motor diesel Ford EcoBlue em níveis de potência de 105 CV, 130 CV e 170 CV. As mais recentes especificações incluem uma transmissão automática de seis velocidades, SelectShift. /


AGENDA FISCAL

INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA

TAXONOMIAS E O NOVO SAFT Taxonomia tem origem num vocábulo grego que significa “ordenação”. Trata-se da ciência da classificação aplicada à biologia para a ordenação sistemática hierarquizada dos grupos de animais e de vegetais TEXTO PAULO LUZ CEO TCAGEST

A

taxonomia biológica faz parte da biologia sistemática, dedicada à análise das relações de parentesco entre os organismos. Uma vez identificada a árvore filogenética do organismo em questão e conhecidos os respetivos ramos evolutivos, compete à taxonomia estudar as relações de parentesco. Afinal, esta é uma ferramenta de suporte à Gestão do Conhecimento. E mais ainda, esta nova gestão lança vários desafios e operacionalizá-la é difícil e requer tempo e o envolvimento de todos.

Hoje, mais do que nunca, sabemos que a informação é de vital importância para a nossa sociedade, onde é cada vez mais valorizado o conhecimento. Mas mesmo assim, ainda encontramos vários problemas no momento de armazená-la, recuperá-la, padronizá-la e até de transmiti-la. A uniformização de processos por via da tecnologia continua a marcar a transformação digital das organizações, sendo a desburocratização e a simplificação dois dos muitos objetivos perseguidos neste tipo de projeto, principalmente quando estão em causa serviços fiscais. A 1 de julho de 2017, as aplicações de

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AGENDA FISCAL faturação e de contabilidade voltaram a ser melhoradas, com vista a agilizar os processos de comunicação com a Autoridade Tributária e Aduaneira. MAS AFINAL, O QUE SÃO AS TAXONOMIAS APLICADAS À FISCALIDADE E PARA QUE SERVEM? • As taxonomias são códigos de contas sequenciais, aplicados a cada conta de movimento da contabilidade de todas as entidades que são obrigadas a dispor de contabilidade organizada com o objetivo de permitir o preenchimento automático de alguns dos quadros dos anexos A e I da IES (Informação Empresarial Simplificada), nomeadamente os que se referem ao balanço e à demonstração de resultados. Esta classificação está refletida no novo ficheiro SAF-T em vigor desde de 1 de julho, o qual servirá para automatizar o preenchimento dos anexos A e I da IES. QUANDO ACONTECEM ESTAS ALTERAÇÕES? • A Portaria n.º 302/2016, de 2 de dezembro de 2016, alterou a estrutura de dados do ficheiro SAF-T, fazendo com que o uso de taxonomias seja obrigatório para todos os períodos de tributação iniciados a partir de 1 de janeiro de 2017. • Assim, todos os lançamentos contabilísticos, a partir de 1 de janeiro, devem ter associado, a cada conta de movimento, o código de taxonomia adequado. A partir de 1 de janeiro de 2017, a Contabilidade das sociedades deve refletir as alterações necessárias para permitir o cumprimento em 2018 da obrigação declarativa IES já simplificada no preenchimento daquilo que hoje conhecemos como anexos A e I. A partir de 1 de julho de 2017, os sujeitos passivos devem estar qualquer registo efetuado em qualquer dos módulos, é lido e capazes de facultar à autoridade tributária o ficheiro SAF-T(PT) registado no ficheiro, que a qualquer momento, se solicitado na sua nova estrutura, quer na perspetiva contabilística quer pela AT, terá que ser exportado e disponibilizado à mesma. na perspetiva de faturação. É neste ficheiro que os serviços de inspeção podem analisar As alterações à estrutura do ficheiro SAF-T são obrigatórias toda a informação registada pelo sujeito passivo, e colocar para todas as empresas com sede ou estabelecimento estável questões sobre eventuais situações que careçam de análise e em território português, que têm de passar a gerar o ficheiro esclarecimento. segundo as novas regras. O ficheiro SAFT-PT foi criado com o objetivo de tornar mais A versão 1.04 do SAF-T exige a evolução dos softwares de fatu- fácil e simples as inspeções às empresas, aumentando o comração para uma completa compreensão e conbate à fuga e à evasão fiscal. Antes da existência trolo da informação relativa à contabilidade, do SAFT-PT, as inspeções tributárias poderiam em virtude da flexibilidade existente na utilitornar-se em tarefas complexas, uma vez que “OS PROGRAMAS zação das contas pelas diferentes entidades. cada empresa é livre de escolher um programa DE FATURAÇÃO SÃO As novas regras obrigam a que, para além da de faturação e os procedimentos necessários OBRIGADOS, POR informação já prevista, o SAF-T passe a intepara extrair os dados variam de programa para LEI, A EXPORTAR grar os denominados Documentos Internos programa. Assim surgiu a ideia de se criar um UM CONJUNTO DE e/ou de trabalho, como por exemplo: ficheiro normalizado (isto é, igual para todas DADOS ATRAVÉS • notas de encomenda as empresas) que facilite as Finanças a obter as DA CRIAÇÃO DE UM • notas de honorários informações que pretende. FICHEIRO SAFT” • orçamentos As empresas continuam a poder escolher um • faturas pró-formas programa de faturação (da lista que as finanças • guias de consignação, etc. certificam e aprovam). Contudo, todos esses programas são obrigados a exportar um conjunto Uma das principais alterações impostas que convém ter em de dados através da criação de um ficheiro SAFT. atenção é que estes documentos, depois de estarem gravados A uniformização de processos por via da tecnologia continua serão incluídos no SAF-T, o que leva a deixar de poder editá- a marcar a transformação digital das organizações, sendo a -los e/ou anulá-los (a não ser que cumpram todos os requisitos desburocratização e a simplificação dois dos muitos objetivos necessários, tal como já acontece com as faturas). perseguidos neste tipo de projeto, principalmente quando esOra, a finalização de um documento é obrigatória para que o tão em causa serviços fiscais. documento possa ser emitido para o cliente, seja através de Desta forma, todas as entidades devem estar aptas para gerar e facultar à Autoridade Tributária e Aduaneira o ficheiro norimpressão, envio por email, ou outra via. Estando o sistema informático de processamento de informa- malizado de auditoria SAF-T (PT) na sua nova estrutura, quer ção contabilística e de faturação munidos do ficheiro SAF-T PT, na perspetiva contabilística quer na perspetiva de faturação. /

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