#11 JUNHO 2018
WLTP
NOVA NORMA GERA POLÉMICA
60 ALTERNATIVAS ECOLÓGICAS
V W GOLF 1.5 TSI
ALTERNATIVA INTELIGENTE TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA: 2º ESCALÃO // 150 CV // 4,8 L/100 KM
MITSUBISHI OUTLANDER PHEV QUALIDADES INTACTAS MERCEDES CLASSE A 180D
MUITO À FRENTE 116 CV 4,1 L/100 KM 26,04 €/100 KM RENDA 550 €
DUARTE GUEDES HERTZ PORTUGAL “CARSHARING É RENT-A-CAR 2.0”
HONDA CIVIC AGORA O DIESEL
SUMÁRIO
#11
JUNHO 2018
NOVOS MODELOS
6 Audi A6 12 Mercedes Classe A Berlina TENDÊNCIAS
14 WLTP
CARRO DO MÊS
CLIENTE
54 Inforphone
22 Volkswagen Golf 1.5 TSi DESTAQUE
48 FCA Portugal COMERCIAIS
70 Mercedes Sprinter 2018 72 Fiat Fullback Cross 74 MAN TGE 79 Opel Vivaro Tourer 80 Ford Fiesta Van
10 Ford Focus
32 BMWTouring 520d
FINANCIAMENTO
81 Crédito com Opções RENT-A-CAR
64 Hertz GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO
28 Mercedes-Benz Classe A 180d / 36 Opel Insignia Sports Tourer 136 Innovation / 40 Mitsubishi Outlander PHEV 2018 / 44 Honda Civic Diesel / 54 Kia Niro PHEV JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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EDITORIAL
A RATOEIRA DO NOVO REGULAMENTO
N
um contexto de acelerada mudança tudo aquilo de que não precisamos é de fatores capazes de causar incerteza. Mas é isso que, infelizmente, está a acontecer com a entrada em vigor do novo regulamento de homologação dos consumos dos automóveis (WLTP). É verdade que os portugueses são hábeis na arte do “desenrasca”, conhecemos bem a propensão para deixarmos tudo para o último dia (os preparativos para o novo regulamento de proteção de dados é o último exemplo) mas, se a acrescentar a tudo isto, as próprias entidades oficiais são incapazes de dar respostas, então o cenário que temos pela frente é preocupante. Para realizar o trabalho sobre o novo regime (WLTP) procurámos informação junto de organismos oficiais, da ACAP e das marcas. Num ponto verificámos consenso: “Sabemos ainda muito pouco”. Convém dizer que estamos a falar de um novo enquadramento que vai (mesmo) entrar em vigor em setembro e que terá profundas implicações nos preços dos automóveis, uma vez que em Portugal a fiscalidade tem por base as emissões de CO2. E é aqui que a questão reside. No espírito original do novo regulamento, o Parlamento Europeu tinha determinado que ele deveria ter impacto nulo sobre os preços finais, o que, já se viu, não acontecerá. Foi, então, assumido que, para evitar aumentos de preços (em muitos casos) brutais, o Governo poderia introduzir um novo quadro legal transitório, que vigoraria entre setembro e o novo regime fiscal vertido no Orçamento de Estado para 2019. No entanto, aquilo que parecia um caminho óbvio tornou-se num beco sem saída, uma vez que a Assembleia da República já não pode aprovar mais nenhuma autorização legislativa (indispensável para qualquer alteração ao OE 2018) até ao final do ano. A confusão está instalada e o problema não parece ter solução. As marcas poderão utilizar alguns mecanismos legais para minimizar o impacto da medida, matriculando carros por antecipação, mas parece inevitável que para os últimos dois meses do ano os preços deverão aumentar de forma significativa. Todos saberão que é transitório – é verdade. Mas resta saber se o governo não irá aproveitar a situação para, em 2019 aumentar a carga fiscal sobre o automóvel, acreditando que alguém que compre automóvel em janeiro de 2019 vai ficar muito feliz porque o preço é inferior ao de dezembro anterior… esquecendo-se de fazer a comparação com junho ou julho de 2018.
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TIRAGEM 4500 EXEMPLARES ISENTA DE REGISTO NA ERC AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/99 DE 9/6 ART.O 12.º N.º 1 A. DEPÓSITO LEGAL N.º 415871/16 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
NOVOS MODELOS
AUDI A6
UM A8 MAIS PEQUENO Além de um estilo mais dinâmico e informal a nova geração do Audi A6 tem o melhor pacote tecnológico da sua classe, fruto da herança do mais recente Audi A8 TEXTO MARCO ANTÓNIO
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40 TDI 204 CV
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RODAS DIRECIONAIS
5,4
L/100 (40 TDI)
BERLINA/ AVANT
DEPOIS DO VERÃO
Q
uando os principais concorrentes seguem uma via mais formal, a Audi envereda por estratégia inversa na renovação do A6, talvez porque uma das principais críticas que lhe apontavam era um excesso de conservadorismo. O aumento das dimensões exteriores com destaque para o comprimento (mais seis milímetros) e para a largura (mais doze milímetros) não impediu que o autor do novo design tivesse conferido ao A6 a emotividade de um desportivo. Para essa imagem contribui a enorme grelha “single frame” integrada numa frente poderosa e os traços laterais que realçam uma aparência mais musculada dando a a sensação de o carro ser ainda mais baixo do que realmente é. O capot mais longo e um habitáculo mais recuado melhoram entretanto a aerodinâmica, com um Cx (0,24) invulgar numa berlina deste tipo. Além da habitabilidade ter crescido, a mala viu a capacidade aumentada para os 530 litros, só ficando atrás, entre rivais, do Mercedes Classe E (540 litros). A fórmula interior é uma cópia da do A8, desde a qualidade dos materiais aos conteúdos, passando pela elegância de um tablier hi-tech e envolvente. Na era da digitalização, não admira que quase todos os comandos estejam inseridos nos dois ecrãs que servem de suporte ao
sistema MMI. Este ganhou novas funções táteis sem contudo abandonar atalhos mais diretos cujo acesso à informação pode ser vista no quadro de instrumentos digital A rede wi-fi permite a ligação de todos os passageiros à internet enquanto grande parte das funções do sistema MMI podem ser comandadas por voz e o “layout” configurável pelo utilizador numa lógica de funcionamento mais intuitiva, idêntica à que encontramos nos “smartphones”. Do lado da mecânica as novidades começam pela plataforma modelar estreada no A8, em que o material predominante é o alumínio que contribui para aligeirar o peso e aumentar a rigidez estrutural. Que, juntamente com a estreia das quatro rodas direcionais, é responsável pelo excelente comportamento dinâmico do A6, bem como pelo seu elevado conforto. O funcionamento elétrico do sistema das quatro rodas direcionais é simples e, como em todos os outros, facilita as manobras nas velocidades mais baixas em que as rodas de trás viram ao contrário das da frente e aumenta a estabilidade nas velocidades mais altas, quando todas as rodas viram no mesmo sentido, mas com amplitudes diferentes. Outra grande novidade são os motores de seis cilindros e a utilização da tecnologia “Mild Hybrid” composta por um motor elétrico que desempenha
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NOVOS MODELOS
AUDI A6
ECRÃ TÁTIL O comando tátil é igual ao do Audi A8. Para não dar aso a erros ao acedermos a um comando temos de pressionar com uma certa força. A instrumentação é totalmente digital
simultaneamente a função de motor de arranque e alternador, uma ajuda que torna o funcionamento do motor mais suave e económico. Este não é um sistema híbrido convencional, pois em momento algum o A6 funciona no modo elétrico. Isso não invalida que, em determinadas circunstâncias e num intervalo de velocidade entre os 55 e os 160 km/h, o motor de combustão possa ser desligado aproveitando a inércia, à semelhança do que acontece no A7 e no A8. O facto de os motores de seis cilindros 45 TDI (231 cv), 50 TDI (286 cv) e 55 TFSI (340 cv) estarem pela primeira vez ligados a uma rede elétrica de 48 volts permite a utilização de um maior número de órgãos elétricos e com isso diminuir os consumos e as emissões. O único motor que mantém a rede de 12 volts é o 40 TDI de 204 cv. Os motores Diesel V6 vêm sempre associados à caixa automática Tiptronic de oito velocidades
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com conversor de binário enquanto os outros dois dispõem da transmissão de dupla embraiagem (S tronic) de sete velocidades. O sistema de tração total é comum a todos os motores de 3 litros com uma diferença: enquanto com a caixa Tiptronic a ligação entre os dois eixos se faz por um diferencial central autoblocante (sistema quattro), com a transmissão S tronic a ligação é feita por uma embraiagem do tipo multidisco (sistema quattro ultra) colocada logo à saída da caixa de velocidades. Em condições normais o A6 funciona como um carro de tração dianteira. A suspensão, para além da configuração normal independente à frente e atrás, pode ter uma afinação mais desportiva ou integrar amortecedores de dureza variável ou ser pneumática. Do contacto com o novo Audi A6, no Douro, destacamos a grande agilidade e a enorme precisão em curva, sem que a transferência de
peso influencie negativamente a estabilidade. Comparativamente aos rivais, o novo A6 é o mais equilibrado na relação dinâmica/conforto. A margem de segurança cresceu imenso, sendo por isso muito fácil estabelecer com o carro, em qualquer circunstância, elevada relação de confiança. Relação que cresce ainda mais no caso de optarmos pelo sistema de direção às quatro rodas, ajuda que retarda a intervenção das ajudas ativas mais conhecidas como o controlo de tração e estabilidade. Em resumo, o novo A6 é uma das grandes referências do seu segmento. Uma referência que só marcará presença no nosso mercado depois do verão, uma vez que o importador local decidiu comercializar em simultâneo a berlina e a versão Avant, cuja apresentação internacional ainda não aconteceu. Quanto a preços ainda nada se sabe. /
NOVOS MODELOS
FORD FOCUS
RENOVAÇÃO TOTAL
A Ford lançou uma geração totalmente nova do Focus, desenvolvida com base na plataforma global C2. A gama será a mais extensa de sempre e inclui uma versão crossover, designada Active. Chega em outubro TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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rimeiro veículo global da marca norte-americana desenvolvido com base na nova plataforma C2 – concebida para melhorar o comportamento em colisão e disponibilizar mais espaço interior aos modelos do segmento médio da marca, sem causar impactos negativos nas dimensões exteriores –, o novo Focus promete ser uma das novas referências do segmento C em termos de tecnologia, espaço e experiência de condução. Segundo a Ford, a nova geração deste modelo, que chega em outubro ao mercado, introduz uma “nova filosofia de design centrada no ser humano”, que combina estilo exterior com uma aerodinâmica otimizada, bem como um interior mais espaçoso, que inclui materiais de qualidade e elevados padrões de construção.
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A gama do novo Focus vai ser a mais extensa de sempre, uma vez que compreende as carroçarias berlina de cinco portas (hatchback), station wagon e, em certos mercados, uma berlina de quatro portas. Para ir ao encontro das mais variadas aspirações dos seus clientes, estarão disponíveis as versões Trend, Titanium, ST-Line, Vignale. O novo Focus também terá uma versão a dar ares de crossover, designada Active. No capítulo mecânico, as opções a gasolina incluem uma versão ainda mais otimizada do motor Ford EcoBoost de 1,0 litros, disponível em níveis de potência de 85, 100 e 125 cv, e o novo EcoBoost, de 1,5 litros, que será proposto em versões com 150 e 182 cv. Ambos dispõem do sistema Ford de desactivação de cilindros, uma estreia mundial para blocos de três cilindros. A oferta diesel assenta nos propulsores
EcoBlue, de 1,5 litros, com 95 ou 120 cv, e 2,0 litros, com 150 cv. Os grupos propulsores contam, de série, com o sistema Auto Start-Stop que ajuda a reduzir os custos de utilização, e estão associados a dois tipos de transmissão: a rápida e eficaz caixa manual de 6 velocidades ou a nova caixa automática de 8 velocidades. Em termos de dinâmica de condução e comportamento em estrada, a nova geração mantém-se fiel ao legado de duas décadas do Focus, que foi reforçado com a primeira aplicação, no modelo, da tecnologia de Controlo Contínuo de Amortecimento (Continuously Controlled Damping, CCD) na arquitetura de suspensão independente nos dois eixos. O mesmo legado é também reforçado pelos novos Modos de Condução (Normal, Eco e Sport), permitindo
4,37 M COMPRIMENTO
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VERSÕES
88 KG
REDUÇÃO PESO
125 CV
MOTOR 1.0 ECOBOOST
ao condutor ajustar instantaneamente o pedal do acelerador, a caixa automática de 8 velocidades, a direção assistida eletrónica (EPAS) e as caraterísticas do ACC, em função da situação de condução. Quando equipado com a suspensão adaptativa CCD (Controlo Contínuo do Amortecimento), o Focus disponibiliza também os Modos Comfort e Eco-Comfort, ajustando as propriedades da suspensão em função destes padrões. O novo Focus dispõe de um subchassis traseiro independente, que oferece maior refinamento, e conta com uma tecnologia de molas de suspensão patenteada pela Ford. O Focus estreia também o sistema Controlo de Estabilidade Ford, exclusivo e desenvolvido internamente, feito à medida para complementar a dinâmica de condução da Ford e dotado de Controlo de Vectorização de Binário (Torque
Vectoring Control). As distâncias de travagem a 100 km/h foram reduzidas até um metro. Em certas versões, o sistema de travagem dispõe da nova função Electric Brake Booster, que aumenta mais rapidamente a pressão hidráulica e oferece, diretamente no pedal dos travões, uma sensação de maior confiança e consistência num amplo conjunto de condições de utilização. O novo Focus disponibiliza a mais sofisticada gama de tecnologias de assistência à condução da Ford, que inclui: Controlo de Velocidade Adaptativo (ACC), agora reforçado com a função Stop & Go, Reconhecimento de Sinais de Velocidade e Centragem na Faixa, para lidar sem esforço com o pára-arranca do trânsito; Sistema Ford de Faróis Adaptativos com a nova função Preditiva de iluminação em curva (utiliza a câmara) e sensível à si-
nalização que pré-ajusta os padrões dos faróis e melhora a visibilidade ao monitorizar as curvas na estrada e – em estreia na indústria – os sinais de trânsito; Sistema Activo de Assistência ao Estacionamento 2, que agora opera automaticamente a caixa de velocidades, a aceleração e a travagem, de forma a proporcionar manobras 100% autónomas ao simples premir de um botão; primeiro sistema Head-up display (HUD) da Ford disponibilizado na Europa, ajuda os condutores a manter a sua atenção na estrada à sua frente; Assistente de Manobras Evasivas, uma tecnologia que representa uma estreia no segmento, ajudando os condutores a contornar veículos mais lentos ou que estejam parados, contribuindo, dessa forma, para evitar colisões. /
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NOVOS MODELOS
MERCEDES CLASSE A
INÉDITA BERLINA A Mercedes-Benz desenvolveu a inédita versão berlina do Classe A, que será produzida na China. Deverá ser lançada no segundo semestre naquele país, estando prevista a sua introdução noutros mercados até ao final do ano TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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ouco antes do início da comercialização da nova geração do Mercedes-Benz Classe A no mercado europeu, a marca alemã apresentou a carroçaria berlina (três volumes) deste modelo no salão Automóvel de Pequim. O objetivo inicial da marca alemã é responder à elevada procura deste tipo de carroçaria no mercado chinês. Com um comprimento exterior de 4,6 m, uma largura de 1,79 m e uma altura de 1,46 m, o Mercedes-Benz Classe A L Limousine – estreia absoluta na família A – cresceu seis centímetros na distância entre-eixos (2789 mm em vez de 2729 mm) para oferecer mais espaço às pernas dos passageiros dos bancos traseiros. A bagageira oferece uma capacidade de 420 litros. Desenvolvido para o mercado chinês, o Mercedes-Benz Classe A L Limousine será produzido na Beijing Benz Automotive Co., Ltd (BBAC), joint-venture entre a Daimler e a sua parceira chinesa, a BAIC Motor. A sua co-
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mercialização deverá ter início no segundo semestre naquele mercado. Para os clientes fora da China, a marca também irá disponibilizar esta versão do Classe A, mas só mais próximo do final do ano. A versão “limousine” também reflete a atual filosofia de design da Mercedes-Benz, com as suas superfícies acentuadas, destacando-se pelas projeções extremamente curtas da dianteira e da traseira e, em combinação com as linhas caraterísticas do perfil lateral, reforça a imagem desportiva. O design da secção dianteira transmite uma aparência extremamente progressiva. Essa impressão visual é reforçada pelo capô prolongado de baixo perfil, os faróis horizontais com elementos cromados, as luzes diurnas em forma de tocha, a grelha do radiador com padrão diamante, lamela simples e a estrela central. Os farolins traseiros bipartidos realçam a largura do modelo. Os refletores foram deslocados mais para baixo no para-choques para per-
mitir que os farolins beneficiem de um design particularmente horizontal. O interior do Mercedes-Benz Classe A L Limousine oferece elevado espaço aos ocupantes e, segundo a marca, revoluciona a classe dos compactos. A sua arquitetura, juntamente com os ecrãs e os controlos, é inovadora, destacando-se a estrutura principal do tabliê com o seu nível de revestimento, que se estende entre as portas dianteiras sem descontinuidade visual. Esta versão também oferece o sistema multimédia MBUX – Mercedes-Benz User Experience, com as suas capacidades únicas de aprendizagem graças à inteligência artificial. No lançamento estará disponível na China com o novo motor de quatro cilindros, de 1,33 litros, com potências de 134 e 160 cv (com sistema de desativação de cilindros); posteriormente seguir-se-á o motor de quatro cilindros de 2 litros e 190 cv. A transmissão é assegurada por uma caixa de dupla embraiagem de sete velocidades. /
TENDÊNCIAS
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WLTP
CONSUMOS, EMISSÕES E OUTRAS VERDADES… A Comissão Europeia quer acabar com a mentira sobre os consumos e emissões dos veículos ligeiros de passageiros. O novo ciclo de testes WLTP aproxima o consumo real do consumidor. Mas continua no segredo dos deuses a influência que terá no plano fiscal... TEXTO JOÃO SENA
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assado o período de turbulência provocado pelo Dieselgate da Volkswagen, e por rumores que puseram em causa o bom nome de outras marcas, a União Europeia decidiu impor uma política ambiental mais rigorosa, de modo a melhorar a qualidade do ar e reconquistar a confiança do consumidor. O novo protocolo de homologação WLTP (World Harmonised Light Vehicle Test Procedure) vem substituir o obsoleto NEDC (New European Driving Cycle) que apresentava enormes discrepâncias entre os dados oficiais e os consumos obtidos no mundo real. Quem não foi já apanhado de surpresa com consumos superiores em, pelo menos, dois litros ao anunciado pelo construtor? Essa conversa acabou… ou tenderá pelo menos a amenizar-se de forma significativa! Os valores do NEDC, sempre muito favoráveis às marcas, vão dar lugar aos números mais sóbrios e verdadeiros do WLTP. O consumidor agradece. A mais recente normativa europeia exige a realização de um teste em laboratório certificado aos novos modelos antes de poderem circular nas estadas europeias. É nesse contexto que surge o teste WLTP – ainda assim realizado sem impacto de elementos exteriores e com o carro colocado sobre rolos – que determina com maior rigor o consumo de energia dos diferentes sistemas de alimentação de motores:
gasolina, Diesel, GPL, GNC e electricidade, e as emissões de escape (dióxido de carbono, óxidos de azoto e outras partículas). Além do WLTP, é realizado o teste RDE (Real Driving Emissions), que tem por objectivo comparar os valores laboratoriais com os dados obtidos em estrada, mas sempre com a obrigatoriedade de respeitar a norma Euro6. Os dois testes realizam-se em condições de circulação mais realistas e ambos serão levados em linha de conta, numa média ponderada. Por essa razão, os consumos e emissões serão, naturalmente, mais elevados que os até aqui anunciados pelos construtores, mas com a vantagem de permitirem ao consumidor ter ideia mais concreta do rendimento do automóvel e fazer uma estimativa real sobre os custos de utilização. O protocolo WLTP começou a ser aplicado aos novos modelos em setembro de 2017, enquanto os que foram homologados anteriormente e os que estão em fim de série seguem a norma anterior. É, por isso, natural que, neste momento, reine alguma confusão, uma vez que as marcas apresentam dois valores oficiais de consumo e emissões (WLTP e NEDC) para o mesmo modelo. A situação começará a clarificar-se em setembro próximo, quando os modelos novos e os que estão no mercado há mais tempo tiverem obrigatoriamente de adoptar o ciclo WLTP. A partir dessa data não haverá mais lugar a homologações, autorizações de venda e importa-
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TENDÊNCIAS
WLTP
ções de veículos novos que não respeitem esse protocolo. Os novos parâmetros de avaliação WLTP serão aplicados aos comerciais ligeiros em janeiro de 2019. EMISSÕES DE CO2 VÃO «AUMENTAR» De modo a espelhar as condições normais de utilização, o teste WLTP tem maior componente dinâmica. A distância percorrida passou para mais do dobro, a velocidade máxima é superior em 10 km/h e a velocidade média aumentou 14 km/h, tem mais 10 minutos de duração e o intervalo das temperaturas testadas é maior. Além disso, inclui acelerações mais frequentes e paragens mais curtas, sendo 52% do percurso feito em ciclo urbano e 48% em estrada. Ao contrário do NEDC, o WLTP tem em conta alguns equipamentos opcionais específicos, e a forma como estes influenciam o peso, a aerodinâmica e o consumo. Os opcionais que consomem energia, tais como o ar condicionado ou o aquecimento dos bancos permanecem desligados durante o teste. Os valores apurados são específicos de cada carro – homologação
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única para cada veículo – e não de forma genérica para um modelo ou versão como acontecia anteriormente. Do ponto de vista técnico, o WLTP muda muita coisa, e obriga as marcas a investir no desenvolvimento de motores mais ecológicos. Têm também de adoptar um discurso menos comercial e mais realista, explicando aos clientes como é que um modelo que, por exemplo, antes gastava quatro litros aos 100 quilómetros vai passar a gastar seis litros fazendo uma condução normal e sem que nada tenha mudado... Os exemplos práticos demonstram que um veículo que adopte o protocolo WLTP apresenta, em média, consumos e emissões de CO2 superiores em 20% aos valores registados pelo NEDC, apesar de o desempenho do veículo não sofrer alteração. Sabendo-se que o valor de CO2 é usado para estabelecer a política fiscal em muitos países – em Portugal tanto o ISV como o IUC dependem fortemente das emissões –, essa diferença pode levar ao aumento de impostos e consequente agravamento do preço. Aliás, a diretiva
que implementava a entrada em vigor do WLTP especificava claramente que esta alteração não deveria levar a qualquer aumento da carga fiscal suportada pelos consumidores! Os governos terão, por isso, de adaptar os valores do WLTP com algum cuidado para que não tenham impacto negativo no consumidor, até porque nada mudou debaixo do capô dos automóveis, e as performances não foram alteradas. CARROS VÃO AUMENTAR DE PREÇO? De momento, não se conhecem implicações financeiras resultantes da introdução do WLTP e da reclassificação dos veículos. Para evitar surpresas desagradáveis, a Comissão Europeia reforçou o aviso aos estados membros de que esta mudança não deve penalizar o preço dos automóveis novos, e que os governos devem ajustar a tributação dos veículos de modo a que o consumidor não tenha de pagar mais. A ACEA (European Automobile Manufacturer´s Association) fez leitura idêntica, e alertou para a possibilidade de o preço dos automóveis novos aumentar nos países onde o
CO2 é referência para definir a política fiscal. pre uma medida contraproducente. Até para O secretário-geral Erik Jonnaert deixou um o próprio Governo que veria as suas receitas aviso claro: «Os valores de CO2 vão ser mais fiscais caírem a pique… elevados com o WLTP. Os governos devem Hélder Pedro, secretário geral da ACAP, conassegurar que a carga fiscal para os consu- sidera: “O ciclo de testes WLTP é mais real e, midores vai ser justa». naturalmente, as emissões de gases de escape Perante este cenário, é expectável que, a partir vão subir. Os construtores aceitaram favorade setembro e até final do ano, os valores WLTP velmente a ideia, cabe agora aos diversos gosejam convertidos em dados NEDC através vernos integrarem a normativa europeia no do sistema CO2mpas, e que sejam esses os respectivo sistema fiscal. Contudo, em paívalores usados para cálculos fiscais. Ou seja, ses onde as emissões de CO2 são fortemendeverá manter-se tudo na mesma. Em janeiro te penalizadas, casos de Portugal, Irlanda, de 2019, será o WLTP a impor a sua lei, mas aí Holanda e Dinamarca, tem de haver algum cuidado. A ACAP tem estado já com Orçamentos de Estado a trabalhar em conjunto com feitos a pensar nesses novos lio Ministério das Finanças, de mites. O primeiro país a aplicar modo a encontrar uma soa taxa baseada no novo protoOS GOVERNOS lução que minimize o efeito colo será a Dinamarca, em juDEVEM ASSEGURAR lho deste ano. dessa alteração junto dos conQUE A CARGA Portugal é um dos 19 estados sumidores. Porque, se levarFISCAL PARA OS mos à letra os resultados do membros que aplicam imposCONSUMIDORES WLTP, é óbvio que os carros tos com base nas emissões de VAI SER JUSTA novos vão aumentar, o que é CO 2 . Como o ISV e IUC baAPÓS A ENTRADA negativo para o setor. A ACAP seiam parte do seu cálculo nas EM VIGOR já expôs essa situação ao goemissões, a carga fiscal poderá DO CICLO WLTP verno e aconselhou a que fosaumentar se a forma de integrar o CO2 não mudar ou não sem aplicados os valores do NEDC até final de 2018, senforem criados incentivos, já do encontrada no Orçamento que as marcas não têm capacidade para compensar o aumento de impostos. do Estado de 2019 uma solução para atenuar O Governo ainda não se pronunciou sobre as o impacto do WLTP. O Governo mostrou-se consequências da aplicação do WLTP. Mas sensível a essa matéria mas, neste momento, uma coisa é certa, o eventual aumento da car- não consigo dizer se vai haver, ou não, aumenga fiscal desincentivará fortemente a compra to do preço dos automóveis novos. A norma de carro novo nos últimos meses deste ano e existe e pode provocar alterações, estamos levará os portugueses a manter os seus car- a tentar evitar que isso aconteça», disse-nos ros mais antigos e poluentes, o que será sem- Hélder Pedro. /
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TENDÊNCIAS
WLTP
INCENTIVOS PARA CARROS MAIS LIMPOS Elétricos e híbridos “plug-in” passaram a ser particularmente atraentes alternativas enquanto veículos de frotas pelas vantagens fiscais e os menores custos de utilização, além da boa imagem da preocupação ambiental TEXTO JOÃO SENA
A
indústria automóvel está em plena revolução elétrica, cabendo às entidades oficiais promover e acelerar a mobilidade sustentável. E há já fortes indícios de que a mentalidade está a mudar. No ano passado foram vendidos, em Portugal, 4237 veículos de baixas emissões (elétricos e híbridos “plug-in”), o que representou 1,9% do mercado de automóveis novos. É um valor residual, sim, mas representou uma duplicação relativamente a 2016. Com o objectivo de incrementar a utilização de veículos amigos do ambiente no meio empresarial, o Ministério do Ambiente, através do Fundo Ambiental, dá incentivos e benefícios fiscais na compra de veículos ligeiros de passageiros e comerciais eléctricos e híbridos “plug-in”. Além da componente económica, é a oportunidade de as empresas transmitirem uma imagem positiva, distinta e moderna aos clientes. O incentivo dado à aquisição (até cinco unidades) de veículos novos, sem matrícula, 100% elétricos, é traduzido num subsídio de 2250 € aos primeiros mil pedidos (rápido, já não restam muitos!...). Para obterem esse apoio, as empresas podem candidatar-se no site
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
www.fundoambiental.pt, apresentar o comprovativo de compra e não podem ter dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira ou à Segurança Social. Existem outros benefícios para as empresas que se convertam à mobilidade eléctrica. As viaturas adquiridas não pagam Imposto Sobre Veículos (ISV), Imposto Único Circulação (IUC) e estão isentas de Tributação Autónoma em sede de IRC. De referir que, pela primeira vez, o Fundo Ambiental apoia a compra de motociclos e ciclomotores elétricos, com uma compensação de 20% do preço, até um máximo de 400 euros. HÍBRIDOS «PLUG-IN» TAMBÉM CONTEMPLADOS A comparticipação do Estado na compra de veículos híbridos “plug-in” é menos generosa mas, ainda assim, não deixa de ser uma ajuda. Os modelos que tenham uma autonomia mínima de 25 quilómetros em modo elétrico e que possam ser recarregados (ligando à corrente doméstica ou em postos de abastecimento), deduzem o IVA na sua totalidade. Está igualmente contemplada uma redução de 75% no ISV até ao limite de 562,50 €. Este tipo de veículo
paga um valor de IUC mais baixo, dependendo das emissões de CO2. Já a taxa de Tributação Autónoma varia em função do preço: 5% (< 25.000 €), 10% (25.000 € a 35.000 €) e 17,5% (>35.000 €). As empresas podem ainda deduzir 100% do IVA das despesas relacionadas diretamente com viaturas elétricas e híbridas “plug-in”, nomeadamente na aquisição, aluguer, utilização e reparação. Outro aspecto a ter em consideração é que são aceites como gastos, para efeitos fiscais, as depreciações das viaturas na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação até ao montante de 62.500 € para os veículos elétricos, e de 50.000 € para os híbridos “plug-in”. Os construtores estão empenhados em melhorar a qualidade do ar que respiramos, mas só isso não chega. É preciso aumentar os incentivos à compra de automóveis amigos do ambiente. Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, considera que os benefícios deveriam ser alargados, pelo menos, às primeiras duas mil unidades elétricas, e que o subsídio devia aumentar para 3500 euros. Em Espanha, por exemplo, o incentivo à compra de carros elétricos é de 5000 euros e em França o bónus é de 6000 euros. /
OPÇÕES NÃO FALTAM!
O TEMA WLTP FOI TAMBÉM ACOMPANHADO DE PERTO PELA ALD AUTOMOTIVE, AUXILIANDO OS SEUS CLIENTES E PREPARANDO AS SUAS FROTAS PARA O FUTURO! VEJA A VISÃO DA GESTORA EM: WWW.ALDAUTOMOTIVE.PT
As marcas aceleraram a mudança, multiplicando ofertas híbridas “plug-in” e elétricas, enchendo o mercado de produtos elegíveis para beneficiarem das vantagem fiscais. Aqui ficam cerca de seis dezenas de exemplos para todos os gostos e necessidades AUDI A3 SPORTBACK 1.4 E-TRON
BMW I8 ROADSTER
BMW 740E IPERFORMANCE
HYUNDAI IONIQ ELECTRIC
POTÊNCIA 204 CV // V. MÁX 222 KM/H // 0-100 KM/H 7,6S // CONSUMO 1,5 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 44.310 €
POTÊNCIA 374 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 4,6 S // CONSUMO 1,9 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 37 KM // PREÇO 165.000 €
POTÊNCIA 326 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 5,4 S // CONSUMO 2,2 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 48 KM // PREÇO 105.210 €
POTÊNCIA 120 CV // V. MÁX 165 KM/H // 0-100 KM/H 9,9 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 250 KM // PREÇO 39.500 €
AUDI Q7 3.0 TDI E-TRON
BMW 225XE IPERFORMANCE
BMW X5 4.0E IPERFORMANCE
HYUNDAI IONIQ 1.6 HYBRID
POTÊNCIA 373 CV // V. MÁX 230 KM/H // 0-100 KM/H 6,2 S // CONSUMO 1,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 56 KM // PREÇO 96.356 €
POTÊNCIA 224 CV // V. MÁX 202 KM/H // 0-100 KM/H 6,7 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 40.654 €
POTÊNCIA 358 CV // V. MÁX 210 KM/H // 0-100 KM/H 6,8 S // CONSUMO 3,3 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31KM // PREÇO 83.250 €
POTÊNCIA 105 CV // V. MÁX 185 KM/H // 0-100 KM/H 11,1 S // CONSUMO 3,9 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 63 KM // PREÇO 33.231 €
BMW I3
BMW 330E IPERFORMANCE
CITROËN CZERO
JAGUAR I-PACE
POTÊNCIA 170 CV // V. MÁX 160 KM/H // 0-100 KM/H 8,1 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 47.794 €
POTÊNCIA 252 CV // V. MÁX 225 KM/H // 0-100 KM/H 6,1 S // CONSUMO 1,9 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 46 KM // PREÇO 49.960 €
POTÊNCIA 67 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 15,9 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 150 KM // PREÇO 30.646 €
POTÊNCIA 140 CV // V. MÁX 200 KM/H // 0-100 KM/H 4,8 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 480 KM // PREÇO 80.416 €
BMW I8
BMW 530E IPERFORMANCE
CITROËN EBERLINGO MULTISPACE
KIA SOUL EV
POTÊNCIA 374 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 4,4 S // CONSUMO 1,9 L/100 KM// AUTONOMIA ELÉTRICA 37 KM // PREÇO 142.894 €
POTÊNCIA 252 CV // V. MÁX 235 KM/H // 0-100 KM/H 6,2 S // CONSUMO 1,9 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 46 KM // PREÇO 67.117 €
POTÊNCIA 67 CV // V. MÁX 110 KM/H // 0-100 KM/H 19,5 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 170 KM // PREÇO 32.108 €
POTÊNCIA 110 CV // V. MÁX 145 KM/H // 0-100 KM/H 11,2 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 250 KM // PREÇO 30.890 €
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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TENDÊNCIAS
WLTP
KIA NIRO 1.6 GDI PHEV
MERCEDES GLC 350 E
NISSAN LEAF
PORSCHE PANAMERA TURBOS E-HYB
POTÊNCIA 105 CV // V. MÁX 172 KM/H // 0-100 KM/H 10,8 S // CONSUMO 1,3 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 58 KM // PREÇO 37.500 €
POTÊNCIA 320 CV // V. MÁX 235 KM/H // 0-100 KM/H 5,9 S // CONSUMO 2,5 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 34 KM // PREÇO 59.890 €
POTÊNCIA 150 CV // V. MÁX 144 KM/H // 0-100 KM/H 8,4 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 250 KM // PREÇO 29.150 €
POTÊNCIA 680 CV // V. MÁX 310 KM/H // 0-100 KM/H 3,4 S // CONSUMO 2,9 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 197.934 €
KIA OPTIMA 2.0 SW PHEV
MERCEDES GLC COUPE 350 E
PEUGEOT ION
PORSCHE PANAMERA 4 E-HYBRID SPORT TURISMO
POTÊNCIA 156 CV // V. MÁX 192 KM/H // 0-100 KM/H 9,7 S // CONSUMO 1,4 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 62KM // PREÇO 43.320 €
POTÊNCIA 320 CV // V. MÁX 235 KM/H // 0-100 KM/H 5,9 S // CONSUMO 2,5 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 34 KM // PREÇO 63.309 €
POTÊNCIA 67 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 15,9 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 150 KM // PREÇO 30.390 €
POTÊNCIA 462 CV // V. MÁX 275 KM/H // 0-100 KM/H 4,6 S // CONSUMO 2,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 131.512 €
MERCEDES C 350E
MERCEDES GLE 500 E
PEUGEOT PARTNER TEPEE ELETRIC
RANGE ROVER 2.0 PHEV
POTÊNCIA 279 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 5,9 S // CONSUMO 2,1 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31 KM // PREÇO 55.344 €
POTÊNCIA 449 CV // V. MÁX 245 KM/H // 0-100 KM/H 5,3 S // CONSUMO 3,3 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 30 KM // PREÇO 89.500 €
POTÊNCIA 67 CV // V. MÁX 110 KM/H // 0-100 KM/H 19,5 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 170 KM // PREÇO 31.765 €
POTÊNCIA 404 CV // V. MÁX 220 KM/H // 0-100 KM/H 6,8 S // CONSUMO 2,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 124.667 €
MERCEDES C 350E STATION
MINI COUNTRYMAN COOPER S E
PORSCHE CAYENNE E-HYBRID
RANGE ROVER 2.0 PHEV LWB
POTÊNCIA 279 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 5,9 S // CONSUMO 2,1 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 31 KM // PREÇO 56.644 €
POTÊNCIA 224CV // V. MÁX 198 KM/H // 0-100 KM/H 6,8 S // CONSUMO 2,1 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 40 KM // PREÇO 39.344 €
POTÊNCIA 462 CV // V. MÁX 253 KM/H // 0-100 KM/H 5 S // CONSUMO 3,4 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 44 KM // PREÇO 97.771 €
POTÊNCIA 404 CV // V. MÁX 220 KM/H // 0-100 KM/H 6,8 S // CONSUMO 2,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 130.360 €
MERCEDES E 350E
MITSUBISHI 2.0 OUTLANDER PHEV
PORSCHE PANAMERA 4 E- HYBRID
RANGE ROVER SPORT 2.0 PHEV
POTÊNCIA 299 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 6,2 S // CONSUMO 2,1 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 30 KM // PREÇO 63.800 €
POTÊNCIA 203 CV // V. MÁX 170 KM/H // 0-100 KM/H 11 S // CONSUMO 1,7 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 52 KM // PREÇO 34.000 €
POTÊNCIA 462 CV // V. MÁX 278 KM/H // 0-100 KM/H 4,6 S // CONSUMO 2,5 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 117.180 €
POTÊNCIA 404 CV // V. MÁX 220 KM/H // 0-100 KM/H 6,8 S // CONSUMO 2,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 200 KM // PREÇO 92.037 €
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
RENAULT KANGOO Z.E.
SMART FORFOUR ELECTRIC
TESLA X P100D
VW GOLF 1.4 GTE PLUG IN
POTÊNCIA 60 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 22,6 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 270 KM // PREÇO –
POTÊNCIA 82 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 12,7 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 155 KM // PREÇO 23.400 €
POTÊNCIA - // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 3,1 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 542 KM // PREÇO 162.050 €
POTÊNCIA 204 CV // V. MÁX 222 KM/H // 0-100 KM/H 7,6 S // CONSUMO 1,8 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 44.687 €
RENAULT TWIZY
TESLA S 100D
TESLA X 75D
VW PASSAT 1.4 GTE PLUG IN
POTÊNCIA 13 CV // V. MÁX 80 KM/H // 0-100 KM/H - // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 90 KM // PREÇO 8.120 €
POTÊNCIA 422 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 4,3 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 632 KM // PREÇO 114.580 €
POTÊNCIA - // V. MÁX 210 KM/H // 0-100 KM/H 5,2 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 417 KM // PREÇO 95.550 €
POTÊNCIA 218 CV // V. MÁX 225 KM/H // 0-100 KM/H 7,4 S // CONSUMO 1,6 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 47.530 €
RENAULT ZOE
TESLA S P100D
TOYOTA PRIUS PLUG IN 1.8 HYBRID
VW PASSAT VARIANT 1.4 GTE PLUG IN
POTÊNCIA 92 CV // V. MÁX 135 KM/H // 0-100 KM/H 13,2S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 300 KM // PREÇO 32.910 €
POTÊNCIA 613 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 2,7 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 613 KM // PREÇO 153.480 €
POTÊNCIA 122 CV // V. MÁX 162 KM/H // 0-100 KM/H 11 S // CONSUMO 1L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 63 KM // PREÇO 41.380 €
POTÊNCIA 218 CV // V. MÁX 225 KM/H // 0-100 KM/H 7,6 S // CONSUMO 1,6 L/100 KM // AUTONOMIA ELÉTRICA 50 KM // PREÇO 50.533 €
SMART FORTWO CABRIO ELECTRIC
TESLA S 75 D
VW E-UP!
VOLVO S90/V90 T8 PLUG IN HYBRID
POTÊNCIA 82 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 11,5 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 160 KM // PREÇO 26.050 €
POTÊNCIA 332 CV // V. MÁX 225 KM/H // 0-100 KM/H 5,4 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 490 KM // PREÇO 93.250 €
POTÊNCIA 82 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 12,4 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 160 KM // PREÇO –
POTÊNCIA 390 CV // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 4,8 S // CONSUMO 2,0 L/100 KM // AUTON. ELÉT. 50 KM // PREÇO* 57.810 € (S60) E 59.470 € (V90) * Campanha até 31 de Julho
SMART FORTWO COUPE ELECTRIC
TESLA X 100D
VW E-GOLF
VOLVO XC90 2.0 T8 PLUG IN HYBRID
POTÊNCIA 82 CV // V. MÁX 130 KM/H // 0-100 KM/H 11,5 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 160 KM // PREÇO 12.500 €
POTÊNCIA - // V. MÁX 250 KM/H // 0-100 KM/H 4,9 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 565 KM // PREÇO 115.450 €
POTÊNCIA 136 CV // V. MÁX 150 KM/H // 0-100 KM/H 9,6 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 300 KM // PREÇO 40.872 €
POTÊNCIA 407 CV // V. MÁX 230 KM/H // 0-100 KM/H 6,5 S // CONSUMO 0 // AUTONOMIA ELÉTRICA 45 KM // PREÇO 87.983 €
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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CARRO DO MÊS
VW GOLF 1.5 TSI DSG R-LINE
ALTERNATIVA AO DIESEL O tema das emissões tem feito correr muita tinta e alterado os planos de muitas marcas como a VW que marca presença neste teste com um dos motores mais económicos da sua classe, o novo 1.5 TSI na versão de 150 cv TEXTO MARCO ANTÓNIO
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
A
pressão política sobre os motores Diesel e a nova norma WLTP que, dentro de pouco tempo, substituirá de vez a antiga NEDC têm reduzido as vendas dos motores a gasóleo na Europa e, consequentemente, aumentado o interesse pelas motorizações a gasolina, cuja oferta tem crescido. Entre as muitas propostas existentes destacamos a aposta que a VW está a fazer na sua mais recente geração de motores. Se esta é uma situação conjuntural ou estrutural não sabemos, no entanto há marcas que continuam a apostar no desenvolvimento dos Diesel, para quem recentemente a Bosch apresentou uma solução que reduz significativa-
mente as emissões dos famigerados óxidos de nitrogénio (NOx) composta por duas válvulas EGR, uma que funciona a baixas pressões e outra a altas pressões, além de uma gestão da temperatura do motor mais eficaz. CONTRA TODAS AS PREVISÕES Contrariando as previsões de que os motores a combustão, incluindo os gasolina, têm os dias contados, preferimos acreditar nas evidências e que o futuro da mobilidade passará não por uma solução, mas por várias, incluindo motores de combustão mais eficientes do ponto de vista energético. Como está provado, estes têm ainda uma capacidade de desenvolvimento muito grande.
A
4 CIL.
9,1 S
4,8 L
110 G/KM
GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE B
150 CV
134,98 € IUC
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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CARRO DO MÊS
VW GOLF 1.5 TSI DSG R-LINE
Prova disso é o mais recente motor a gasolina da VW aqui utilizado no Golf na sua versão mais potente (150 cv) associado à caixa DSG de sete velocidades, uma combinação que classificamos de perfeita. Pelas prestações, pelo prazer de condução que proporciona e pelos consumos. Se a versão de 130 cv, ensaiada anteriormente, consegue pela primeira vez num motor a gasolina consumos mais baixos que um motor Diesel equivalente, esta versão mais potente pouco inflaciona essa meta. Ambos os motores antecipam em nada menos que dois anos a normativa europeia agendada para 2020. E se ela é mais exigente para os motores a gasóleo, não deixa de impor limites igualmente severos aos motores a gasolina já que aproxima muito mais os consumos reais daqueles que são efetivamente anunciados. APOSTA NO FUTURO Não admira que a VW, depois de ter estado no centro do furacão do caso Dieselgate, canalize todo o investimento para soluções alternativas, entre as quais a continuidade do desenvolvimento da tecnologia TSI com inovações importantes, ao mesmo tempo que prepara
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
BOA ERGONOMIA A colocação correta dos comandos, como o controlo manual da caixa DGS de 7 velocidades faz parte de um estudo cuidado da ergonomia do VW Golf onde tudo foi estudado ao pormenor
uma grande ofensiva no domínio dos híbridos e dos elétricos. Conforme já tinha acontecido com a versão de 130 cv, também o desempenho desta proposta mais potente excedeu as nossas expectativas, ao mesmo tempo que os consumos continuam excecionalmente baixos, ao nível dos Diesel mais económicos. Este aparente milagre deve-se a algumas inovações importantes como é o caso da função “coasting” que permite a
desativação seletiva dos cilindros quando levantamos o pé do acelerador, num intervalo de funcionamento entre as 1400 e as 3200 rpm. O sistema de desativação dos cilindros (ACT – Active Cylinder Mangement), além de contribuir para uma redução significativa dos consumos, funciona com tanta suavidade que mal sentimos a sua intervenção a não ser quando no painel de instrumentos aparece a indicação “2”, o que significa que só dois dos
VW GOLF 1.5 TSI (150 CV)
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
27 240 € 13 620 € 13 620 € 2070 € 6192 € 21 882€ (27,35€)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 349,00€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, seguro. Valor inclui IVA. Contrato: Volkswagen Financial Services
Série: Airbag de cortina e lateral; Ajuda ao estacionamento; Cruise Control; ESP com função XDS; Gestão ativa dos cilindros; Monitorização da pressão dos pneus; AC bi-zona; Travão elétrico com função Auto-Hold; Sensor de chuva; Sensor de luz; Apple CarPlay + Android Auto + Mirror Link; USB; Ecrã tátil de 8”; Recuperação de energia
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 31 301 € // MOTOR 4 CILIN.// 1498 C.C.// 150 CV // TRANSMISSÃO DSG 7 VEL // PESO 1280 KG COMP./LARG./ ALT. 4,58/1,79/1,49 M //DIST. ENTRE EIXOS 2,62 M //MALA 380 L // DESEMPENHO 9,1 S 0-100 KM/H // VEL. MÁX. 210 KM/H //CONSUMO 4,8 L/100 KM // EMISSÕES CO2 110 G/KM (CLASSE B)// IUC 134,98 €
MOTOR/CONSUMOS/ COMPORTAMENTO
MALA/ EQUIPAMENTO DE SÉRIE
*As nossas medições
CAIXA DSG DE 7 VELOCIDADES A caixa automática de dupla embraiagem é a maior aliada do motor 1.5 TSI de 150 cv
A ERA DA DIGITALIZAÇÃO A tendência para digitalizar a informação é evidente no VW Golf
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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CARRO DO MÊS
VW GOLF 1.5 TSI DSG R-LINE
VOLKSWAGEN GOLF ÍNDICE DE QUALIDADE (USED CAR REPORT)
NÉLSON LOPES – VOLKSWAGEN FINANCIAL SERVICES
KM (em milhares) 0-50 CHASSIS
50-100 100-150 (1,4)0,2 (4,3)0,7 (9,4)2,4
DIREÇÃO MOTOR
(2,5)0,3 (6,0)0,5 (13,8)0,5
E AMBIENTE CARROÇARIA
(0,6)0,3 (1,4)1,1 (2,8)2,0
INTERIOR TRAVAGEM
(3,7)0,3 (10,1)3,5 (16,9)5,8
SISTEMA ELÉTRICOS
(7,2)2,8 (14,9)4,8 (28,5)7,5
E LUZES S/DEFEITOS
(90,0%)96,3% (79,5)92,3% (65,7%)87,9%
RELEVANTES PEQS DEFEITOS
(3,4%)0,7% (7,5%)1,1% (13,0%)3,0%
DEFEITOS CONSIDERÁVEIS (6,6%)3,0% (13,0%)6,0% (21,3%)9,1%
*Os dados referem-se a defeitos verificados nas unidades ensaiadas da anterior geração entre parêntesis, os valores médios do segmento melhor do que a média do segmento pior do que a média do segmento Nota: Apenas foi considerada a geração atual, pelo que só há registo para viaturas com até 50 mil kms percorridos
“BAIXOS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO“
O
facto de se ter anunciado a possibilidade do fim dos motores a Diesel e a crescente procura da eletrificação, foi determinante para a procura de novas soluções tecnológicas a gasolina. Foi neste sentido que o Grupo Volkswagen apresentou uma nova geração de motores, com a sua mais recente tecnologia da gestão ativa dos cilindros (ACT), complementada com um turbocompressor de geometria variável instalado no Volkswagen Golf 1.5 TSI. Para o cliente empresarial o Volkswagen Golf 1.5 TSI destaca-se pela possibilidade de garantir uma viatura de segmento C no 1.º escalão de Tributação Autónoma, uma boa opção para quem quer ter um carro mais potente, uma vez que debita 130 cv, com a garantia de ter um motor que gasta menos gasolina e emite menos emissões. De uma forma geral, os custos de exploração do Golf 1.5 TSI são ligeiramente mais baixos que o tradicional motor diesel. Esse estudo tem validade para quilometragens abaixo dos 20.000 km/ano, pese embora os custos do combustível serem diferentes. O Volkswagen Golf 1.5 TSI mantém um posicionamento residual acima dos seus concorrentes do segmento, sendo assim uma excelente opção para quem quer ter um carro deste segmento”.
sumo real é tão baixo que a autonomia é semelhante à do 1.6 TDI.
cilindros estão a produzir trabalho. Ou quando aparece a indicação “inércia”, altura em que os quatro cilindros se “apagam” e sem que isso comprometa a segurança. Estas duas funções, muito importantes na redução simultânea dos consumos e das emissões, não funcionam porém em duas circunstâncias muito particulares: com o motor frio e no modo “sport”. Estes são fatores evidentes e fáceis de percecionar quando conduzimos esta versão mais moderna do VW Golf, porém há outras inovações que, não sendo percetíveis, tam-
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
bém contribuem para a excecional prestação deste motor. Um deles é a introdução do ciclo Miller que prolonga a fase de expansão dos gases, de forma a aumentar o rendimento. Outro é o incremento da pressão de injeção do sistema “common rail” que chega a atingir os 350 bar. Por fim, há ainda a redução significativa do atrito interno do motor juntamente com um sistema de gestão térmica inovador, com um novo mapa de refrigeração. Perante todas estas novidades não admira que o Golf nos tivesse surpreendido tanto. O con-
A VIRTUDE DA CAIXA DSG Outra constatação surpreendente é a redução do consumo por via da utilização da caixa automática que, normalmente, só acontece nos Diesel devido ao facto de esta explorar o binário melhor em todas as circunstâncias no Diesel. Se observarmos a forma como o menor binário do motor 1.5 TSI se desenvolve verificamos que este tem um comportamento semelhante, daí a explicação para o bom desempenho da caixa DSG de 7 velocidades em matéria de consumos e da suavidade de funcionamento do motor, contribuindo para um elevado conforto a bordo, onde o equipamento se estende à digitalização completa da informação com a opção do “cockpit” virtual. Esta versão que coloca o VW Golf no topo das melhores realizações do seu segmento é também um dos principais concorrentes do Mercedes Classe A que, nesta geração, estreia um novo motor 1.4 Turbo também com um sistema de desativação dos cilindros. Não admira que os dois disputem as melhores prestações e os consumos mais reduzidos da classe. A redução dos consumos é uma variável importante para a diminuição dos custos de utilização, ao mesmo tempo que constatamos que os valores de retoma dos modelos com motores a gasolina têm vindo a aumentar. Neste caso, o VW Golf não é exceção. /
ENSAIO
MERCEDES CLASSE A 180 D
GERAÇÃO TABLET O crescimento também se pode fazer na direção da juventude. O novo Classe A está maior, mas seduz a clientela jovem como nenhum outro Mercedes o conseguiu até hoje TEXTO ANTÓNIO AMORIM FOTOS JOSÉ BISPO
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
É
uma espécie de crescimento na direção contrária, ou seja, de velho para cada vez mais novo. Esta parece ser a tendência das sucessivas gerações do Mercedes Classe A, que depois de monovolume, se transformou num hatch back de caráter desportivo e agora, na nova geração de 2018, fala literalmente à “geração tablet”. Porque nunca um carro falou tanto com quem lhe dirige a palavra, e nunca um carro “percebeu” e obedeceu a tantas ordens vocais. Basta uma abordagem inicial “olá Mercedes” para que o sistema Linguatronic mais evoluído de que há memória (mais até que no Mercedes Classe S) inicie uma quase conversa com o utilizador. A voz feminina que nos responde aceita ordens para navegar para determinado destino, mostra-nos rotas alternativas, faz uma chamada telefónica para qualquer um dos nossos contactos, escolhe a estação de rádio que lhe pedirmos, seleciona músicas de dispositivos externos que tivermos emparelhados a partir de um dispositivo externo ligado por uma porta USB ou AUX, por exemplo, ou regula a climatização de acordo com as nossas ordens verbais. E podemos falar com ela em qualquer das línguas que estejam configuradas no sistema. O sistema de comandos por voz é talvez o principal cartão-de-visita de um novo modelo que evoluiu de dentro para fora, já que é pelo habitáculo que mais se afirma, seguindo precisamente uma estratégia que a Mercedes julga acertada, de ir ao encontro dos principais interesses das novas gerações: a conetividade e a postura “digitalizada” do seu relacionamento com o veículo. As diversas formas de aceder ao sistema multimédia MBUX (Mercedes-Benz User Experience) incluem um touchpad na consola, botões de arrasto no volante e o acesso direto pelo ecrã central, que é tátil e pode ter uma medida diagonal de sete ou 10,25 polegadas. Este ecrã está integrado na mesma moldura que a instrumentação, também ela digital e a poder assumir uma das referidas medidas. Em qualquer dos casos os gráficos são excelentes, tanto no detalhe como na quantidade e arrumação da informação. A sensação de qualidade é uma constante a bordo do novo Mercedes Classe A, incluindo esta versão Diesel de 116 cv com 1.5 litros e quatro cilindros. O motor é suficientemente ágil para garantir uma boa utilização, seja na cidade seja em viagem, em que a caixa automática de sete velocidades revela o escalonamento certo para
que toda a força do motor seja devidamente aproveitada. As recuperações de velocidade são suficientemente ágeis para que qualquer ultrapassagem se complete sem demoras, embora as patilhas no volante não sejam a melhor forma de tornar as reações mais céleres. É sempre preferível deixar que a tecnologia da 7G-DCT se encarregue de escolher qual a melhor relação para cada momento. Basta ao condutor gerir a pressão que exerce sobre o pedal. O botão Dynamic Select, que nos dá acesso aos modos de condução Individual, Sport, Comfort e Eco, também faz parte do equipamento de série. Conjugado com este motor, o sistema brilha mais nos modos Comfort ou Eco, já que o modo Sport é o que mais cedo denuncia as limitações do 180 D, cujo motor chega para as necessidades mas não sobra. BOAS CONTAS A grande vantagem está nos custos de utilização, especialmente reduzidos no que diz respeito às médias de consumo. Na verdade, verificámos que não é difícil conseguir valores de 3,5 litros aos cem conduzindo descontraidamente numa estrada nacional dentro dos limites legais. Mesmo no mais agressivo ambiente urbano, raramente o A 180 D atinge a fasquia dos 6 litros. A média do teste, essa, ficou-se pelos 4,3 l/100 km. O fator menos convidativo desta versão Diesel é a sua dotação de equipamento de série, que se fica, por exemplo, pelo ar condicionado manual, pelas jantes de 16 polegadas e pelos ecrãs mais pequenos, de 7 polegadas. Isto significa que, para se poder usufruir com prazer de um novo Mercedes A mais espaçoso, mais eficaz e muito mais tecnológico, é necessário abrir os cordões à bolsa para adquirir equipamento opcional que consideramos imprescindível. Colocaríamos nesta lista a pintura metalizada (750 € a 2300 €), a Linha Progressive (jantes 17”, forros em pele e tecido Artico, climatização automática, volante multifunções em pelee faróis LED por 1650€) e o Pack Advantage, com o sistema de navegação, o ecrã central de maiores dimensões e mais alguns elementos, a custar 2250 € no seu conjunto. Talvez haja no segmento mais um ou dois carros onde basta abrir a porta e entrar para sentirmos este nível de qualidade. Seja a nível estrutural, seja no que toca ao rigor de acabamentos e precisão de montagem, o novo A é um hino. De olhos fechados, poderíamos estar a abrir a porta de um Classe C. De olhos abertos, vemos as molduras seladas nos faróis, a selagem do rebordo do para-brisas, os retro-
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ENSAIO
NÃO PARECE MAS É A renovação do Mercedes Classe A não lhe revolucionou a aparência. Na rua, quase passa despercebido. Mas por dentro a realidade é outra. Mudou tanto estruturalmente que o espaço interior cresceu e a mala também. Quanto a motores, há um novo 1.4 a gasolina e este Diesel de 1,5 litros passa a debitar uns suficientes 116 cv de potência, com a vantagem de ter sede de passarinho
MERCEDES CLASSE A 180 D
4 CIL.
10,5 S
4,1 L
108 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE A
116 CV
143,17 € IUC
MERCEDES CLASSE A 180 D
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 550€ 48 meses/80 000 km INCLUI: Aluguer, gestão de sinistros, manutenção preventiva e corretiva, pneus ilimitados, seguro franquia 2%, gestão de multas, Assistência em Viagem, IUC
Sistema multimédia; Dynamic Select; Touchpad; Cuise control; Assistente ativo da faixa de rodagem; Funções avançadas MBUX; Patilhas de passagem de caixa no volante
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
32 445 € 18 594 € 13 951 € 2 514 € 4 366 € 20 836€ (26,04€)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 32 450 € // MOTOR 4 cil / 1461cc/ 116 CV // BINÁRIO 260 NM // TRANSMISSÃO Dianteira, 7 vel. Auto // PESO 1445 KG // COMP./LARG./ALT 4,42/1,80/1,44 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,73 M // MALA 370-1200 L / DESEMPENHO 10,5 (10,9*) s 0-100 KM/H; 202 KM/H VEL. MÁX // CONSUMO 4,1 (4,3*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 108 G/KM // IUC 143,17€ *As nossas medições
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QUALIDADE/ CONFORTO/ TECNOLOGIA
PREÇO/ SÓ CAIXA AUTOMÁTICA
visores agora colocados na linha de cintura, os mini spoilers nos farolins traseiros. Tudo o que é elemento exterior mais solto está devidamente incrustado e fixo, nivelado com as superfícies adjacentes. Tudo para melhorar o coeficiente aerodinâmico, que atinge o referencial valor de 0,25 e para reduzir o ruído de vento, que é quase nulo. Ganha o conforto e ganham os consumos. Embora tenha ficado cerca de 20 kg mais leve que o modelo anterior, o novo Mercedes Classe A cresceu por fora e por dentro. Ficou 12 cm mais comprido, 1,6 cm mais largo e apenas 6 mm mais alto, mas por dentro nota-se que há bastante espaço em altura e nunca falta espaço nem para os pés nem para os joelhos, mesmo de quem viaja atrás. Por outro lado, a mala ganhou 29 litros, mantendo-se entre as mais modestas da classe, com os seus 370 litros disponíveis com os bancos na sua posição normal. Com um preço de 32.445 €, o Mercedes A 180 D custa exatamente o mesmo que o A 200 a gasolina, o que coloca a qualquer frotista uma dupla possibilidade de escolha. No entanto, no caso específico do A 180 D convém salientar o seu elevadíssimo valor residual de 57 por cento (18.594 €), no final de um contrato a 48 meses. /
ENSAIO
BMW 520D TOURING
ARGUMENTOS REFORÇADOS Um dos pilares do sucesso do BMW Série 5 Touring é a forte aceitação no segmento empresarial. As razões estão reforçadas na atual geração apresentada há menos de um ano TEXTO JÚLIO SANTOS
O
BMW Série 5 é elogiado pela maneira como concilia as características premium mais valorizadas pelos utilizadores empresariais, com o desempenho desportivo que apaixona os amantes da condução. Uma “dupla personalidade” espelhada na aparência sóbria e informal, mesmo que percebamos imediatamente que estamos perante um automóvel estatutário, bem como na sensação de qualidade que irradia e que não tardaremos a confirmar. É assim há décadas mas, sintomaticamente, é assim ainda mais, agora que o Série 5 assume uma vocação ainda mais tecnológica, correspondendo aos novos tempos, ao tomar como ponto de partida o Série 7, o topo de gama da BMW. Uma proximidade que sendo notória no conteúdo e na tecnologia tem a sua expressão mais evidente na aparência, porventura menos desportiva que no passado. AINDA MAIS REFINADO O mesmo é válido para definir o interior que nos oferece mais espaço e mais conforto, sobretudo ao nível do silêncio, como consequência da utilização da plataforma do Série 7. Esta é caracterizada pela ampla distância entre eixos e pela construção sólida, mesmo que muitos dos elementos principais (como a suspensão) sejam agora construídos em alumínio, o que explica a redução no peso, num automóvel que é maior e tem muito mais equipamento. Numa lista cujo tamanho depende daquilo que estivermos dispostos a pagar, destaque para a instrumentação digital e para o sistema iDrive, com uma imagem mais “arrumada” e, portanto, de mais fácil leitura, apesar do aumento da quantidade de funções, onde se inclui a câmara traseira de ajuda ao estacionamento (de série), bem como a ligação à Internet, o que nos permite aceder
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
ao email e receber mensagens. Conservando as aplicações em alumínio que emprestam um toque desportivo, o interior do Série 5 aposta agora em materiais de ainda melhor qualidade, com destaque para os revestimentos em couro do volante, tablier e painéis das portas. Para quem escolhe uma carrinha a versatilidade é um dos pontos mais valorizados e também aqui a nova geração viu os seus argumentos reforçados, já que a capacidade da bagageira ascende agora aos 570 litros, podendo mesmo chegar aos 1700 litros com os bancos rebatidos. O portão é operado eletricamente e o acesso ao interior de objetos mais pequenos pode ser feito abrindo apenas o óculo traseiro. Nessa altura a chapeleira sobe automaticamente, baixando de novo quando fechamos o vidro. CONDUÇÃO MAIS EFICAZ Capaz de convencer sem restrições aqueles que pretendem um automóvel topo de gama, com amplas capacidades de trabalho e apto a responder às necessidades da família, o Série 5 Touring conserva intacta outra das características que sempre caracterizou a BMW: o prazer que consegue oferecer àqueles que privilegiam a condução desportiva. E aqui vale a pena assinalar que nem as dimensões (4,94 metros de comprimento) restringem a dinâmica desta “carrinha”. A explicação reside no equilíbrio do chassis e, principalmente, na suspensão pneumática na traseira que não só assegura elevados patamares de conforto, como evita que o peso interfira com o comportamento. Outro aliado importante para este compromisso entre conforto e eficácia dinâmica é o sistema que nos permite ajustar os modos de condução, sendo-nos oferecida a possibilidade de darmos prioridade à economia, ao conforto, ou a uma atitude mais dinâmica, mediante a alteração da firmeza da suspensão, resposta
4 CIL.
7,8 S
4,3 L
114 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
190 CV
221,70 â&#x201A;¬ IUC
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ENSAIO
BMW 520D TOURING
PRÁTICA E DINÂMICA A carrinha BMW Série 5 tem diversos detalhes que aumentam a sua funcionalidade, como a possibilidade de arrumar pequenos objetos através do óculo traseiro. Chassis eficaz e suspensão traseira pneumática contribuem para notável comportamento dinâmico
do acelerador e cartografia do motor, para uma resposta mais incisiva ou tranquila. O conjunto motriz é outro aliado deste Série 5. Mesmo a versão de entrada na gama, com o bloco de quatro cilindros, com 2.0 litros e 190 cv, mostra argumentos mais que suficientes, graças ao elevado binário 400 Nm, à rapidez proporcionada pelo turbocompressor e ao escalonamento inteligente da caixa de oito velocidades automática. A conjugação destas características traduz-se, na verdade, em performances que estão em plena sintonia com a vocação desportiva, um elevado prazer de condução e, não menos importante, consumos que facilmente se situam abaixo dos 6,0 l/100 km. É, em boa parte, aqui que reside a explicação para os reduzidos custos de utilização do BMW 520d Touring, conforme o estudo da FleetData, mas não menos importante é notar os baixos custos de manutenção e o elevado valor de retoma. Na verdade, a preservação de um valor residual de 50% e o facto de a BMW oferecer um contrato de manutenção que isenta de preocupações o proprietário durante todo o tempo do contrato é um importante trunfo valorizado pelas empresas, mas também por particulares que sabem que têm no BMW 520d Touring um valor seguro no momento da revenda e com reduzidos custos de utilização. /
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
BMW 520D TOURING
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 1012,94 € 48 meses e 80 mil km INCLUI: Manutenção, pneus, seguro danos próprios. Contrato: BMW Financial Services
Luzes de travagem dinâmicas; Proteção de peões, faróis LED; Regeneração de energia; Botão experiência de condução; Cruise control adaptativo; Computador de bordo; Rádio professional; Função mãos livres com USB; Sistema iDrive.
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
63 405 € 31 702 € 31 702 € 2720 € 5324 € 38 742€ (48,43)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 63 405€ // MOTOR 4 CIL.; 1995 cc; 190 CV: 4000 RPM // BINÁRIO 400 NM // TRANSMISSÃO 8 VEL.Auto // PESO 1735 KG // COMP./LARG./ALT. 4,94/1,86/1,49 M // DIST. ENTRE EIXOS 2,97 M // MALA 570 L // DESEMPENHO 7,8 (8,6*) 0-100 KM/H; 225 KM/H VEL MAX // CONSUMO 4,3 (6,5*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 114 G/KM // IUC 221,70 € *As nossas medições
COMPORTAMENTO DINÂMICO HABITABILIDADE EQUIPAMENTO DE SÉRIE MALA
ENSAIO
4 CIL.
10,7 S
4,5 L
119 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE C
136 CV
145,05â&#x201A;¬ IUC
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OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER 1.6 TURBO D (136 CV) INNOVATION
A PENSAR NOS RESIDUAIS
Com um elevado valor residual e baixos custos de utilização, o Opel Insignia Sports Tourer assume-se como uma das propostas mais competitivas para o mercado empresarial TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
C
om um valor residual de 53% no final de um período de quatro anos ou 80 mil quilómetros, de acordo com dados da consultora FleetData, o Opel Insignia Sports Tourer foi projetado para se tornar numa das propostas mais competitivas em termos de custos totais de utilização junto do mercado empresarial. Segundo a Opel, a versão equipada com o motor 1.6 Turbo D é uma das referências neste capítulo, apresentando um valor que se situa 7,2% abaixo da média praticada no segmento. Os baixos custos totais de utilização, de 29,18 euros por cada cem quilómetros percorridos, e uma desvalorização inferior à média contribuem para elevar o seu valor como usado, o que se reflete favoravelmente não só no residual como também na própria renda mensal de renting. Para o segmento empresarial, a Opel aposta no nível de equipamento Business Line, delineado para ir ao encontro das preferências de empresas e frotistas, que inclui dispositivos como o OnStar, os sensores de chuva e de luz, a comutação automática de médios e máximos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema de fechadura sem chave, travão de estacionamento elétrico e câmara dianteira ‘Opel Eye’. Estas versões Business Line estão associadas à motorização 1.6 Turbo D Ecotec de 110 cv e têm um preço recomendado de venda ao público de 32 330 euros, o que permite o seu enquadramento abaixo do último escalão de tributação autónoma. Subindo na gama, a Opel disponibiliza a versão 1.6 Turbo D Innovation, com motorização de 136 cv, que corresponde à versão ensaiada e tem um preço recomendado de venda ao público de 39.100 euros. Com desconto de frotas, uma empresa conseguirá obter um valor que se ajuste ao terceiro escalão de tributação autónoma. Combinando elegância e tecnologia, o Insignia
Sports Tourer possui um comprimento de 4,99 metros, sendo maior do que alguns dos seus concorrentes mais diretos, como o Ford Mondeo, o Mazda 6 ou o Renault Talisman. A distância entre-eixos de 2,82 metros permitiu disponibilizar um habitáculo onde não falta espaço à frente nem atrás, assim como uma bagageira com um volume útil de 560 litros, que pode ser ampliada para os 1665 litros, com o rebatimento dos bancos traseiros, na proporção 40/20/40. Para facilitar as operações de carga, a tampa da bagageira dispõe de um comando elétrico que pode ser operado, tanto para abrir como para fechar, com um simples movimento de pé sob o para-choques traseiro, não sendo necessário tocar no veículo ou recorrer ao telecomando do fecho centralizado. TECNOLOGICAMENTE AVANÇADO O interior é sóbrio e moderno, sendo dominado na consola central por um ecrã tátil, que permite controlar dispositivos como o ar condicionado, o rádio, o sistema de navegação ou o sistema multimédia IntelliLink, o qual é compatível com o Apple CarPlay e Android Auto. O tabliê possui superfícies subtilmente esculpidas, com uma orientação para o condutor e uma disposição aberta na horizontal. A consola central foi desenhada para ter três zonas funcionais independentes. De cima para baixo, surgem primeiro os comandos do sistema de informação e entretenimento, seguindo-se os da climatização e dos equipamentos de assistência à condução. O habitáculo do Insignia conta com variados compartimentos para arrumação de objetos. As prateleiras das portas podem receber garrafas até 1,5 litros e as das portas traseiras até um litro. O porta-luvas com iluminação tem 5,5 litros de volume e o compartimento com tampa do apoio de braços dianteiro acrescenta outros 2,8 litros. Os bancos dianteiros dispõem de bolsas nas costas.
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ENSAIO
OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER
BEM EQUIPADO A tampa da bagageira possui comando elétrico. O interior é sóbrio e moderno. A caixa manual de seis velocidades é de série. O motor diesel de 136 cv é um dos responsáveis pelos baixos custos de utilização desta carrinha da Opel
O nível de equipamento também é bastante completo nesta versão Innovation, incluindo câmara traseira de apoio ao estacionamento, ar condicionado automático com controlo automático, regulador de velocidade adaptativo, alerta de transposição de faixa, alerta de veículo no ângulo morto, luzes LED Matrix IntelliLux. A unidade ensaiada contava igualmente com vários opcionais, caso do Pack Innovation Plus, proposto por dois mil euros e inclui bancos forrados a couro, “head up display”, Park & Go e reconhecimento de sinais de trânsito, assim como a roda sobressalente de 17 polegadas (100 euros) ou a pintura metalizada (600 euros). Em termos mecânicos, a unidade ensaiada estava equipada com o motor diesel de 1598 cc, que desenvolve uma potência de 136 cv e um binário de 320 Nm entre as 2000 e as 2250 rpm. Estes valores permitem obter boas prestações, nomeadamente no campo das acelerações (10,7 segundos dos 0 aos 100 km/h) e recuperações. A transmissão é assegurada por uma caixa manual de seis velocidades, precisa e bem escalonada. O consumo de combustível é um dos fatores que contribuem para um custo total de utilização de 29,18 euros por cada cem quilómetros, segundo os dados da consultora FleetData. A marca anuncia uma média combinada de 4,3 l/100 km, embora em condições reais de utilização o computador de bordo tenha indicado um valor de 5,8 l/100 km. Referência ainda para o comportamento da suspensão que digere com eficácia as irregularidades do piso, mesmo sem o sistema de controlo adaptativo de chassis FlexRide, que só está disponível nas versões ainda mais equipadas. /
OPEL INSIGNIA SPORTS TOURER 1.6 TURBO D (136 CV) INNOVATION
TCO PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
TURBO FROTAS JUNHO 2018
39 100 € 20 723 € 18 377 € 2010 € 4792 € 23346€ (29,18€)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
EQUIPAMENTO
RENDA - 624,32€ 4 anos/48 meses INCLUI: Manutenção, IUC, IPO, Pneus, Seguro Danos Próprios e Assistência em Viagem, Viatura de substituição. Valor inclui IVA. Contrato LeasePlan
Jantes de 17”; Travão de mão elétrico; Cruise Control; Airbags frontais, laterais e cortina; Capô ativo; OnStar; Faróis diurnos LED; Monitorização pressão pneus; Rádio com IntelliLink; Ar condicionado eletrónico; volante multifunções forrado a couro; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
TÉCNICA PREÇO 39 100 € (41 800 € UNIDADE ENSAIADA) // MOTOR 4 CIL; 1598 CC; 136 CV; 3500-4000 RPM // BINÁRIO 320 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL MAN // PESO 1503 KG // COMP./ LARG./ALT. 4,98/1,86/1,50 M // DISTÂNCIA ENTRE-EIXOS 2,82 M // MALA 560 L // DESEMPENHO 10,7S 0-100 KM/H; 212 KM/H VEL MÁX // CONSUMO 4,5 (5,8*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 119 G/KM // IUC 145,05€ *As nossas medições
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FINANCIAMENTO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
EQUIPAMENTO CONSUMOS
ACESSIBILIDADE CHAPELEIRA
ENSAIO
MITSUBISHI OUTLANDER PHEV INSTYLE NAVI
BELO EXEMPLO PRÁTICO! Os híbridos “plug-in” têm estado a ganhar mercado, com destaque para as frotas em que beneficiam de vantagens várias. Mas há já bastante tempo que a Mitsubishi mostrara as virtudes desse caminho com o Outlander PHEV que, entretanto, viu a sua imagem renovada e reforçada a eficácia prática TEXTO SÉRGIO VEIGA FOTOS JOSÉ BISPO
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
MITSUBISHI OUTLANDER PHEV INSTYLE
TCO
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 844,68 € 4 anos/80.000 km INCLUI: Manutenção, IUC, IPO, seguro de danos próprios, assistência em viagem, pneus, carro de substituição, isenção de despesas de processo, gestão personalizada (Lease Plan)
Sensores de chuva e luz Ar condicionado bizona Câmara traseira e a 360º Bancos em pele e aquecidos Volante aquecido Sistema de navegação Sistema mãos-livres Carregamento rápido Porta da mala automát. Faróis dianteiros em LED 7 “airbags” Monitorização da pressão dos pneus
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
51 549 € 20 104 € 31 445 € 2720 € 2105 € 36 271 € (45,34)
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 44.280 € (c/desconto) // MOTOR TÉRMICO 121 CV // MOTORES ELÉTRICOS 2 x 82 CV // POTÊNCIA COMBINADA 203 CV // TRANSMISSÃO DIRETA 1 VEL. // PESO 1935 KG // COMP./LARG./ALT. 4,69/1,80/1,71 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,67 M // MALA 463-1602 L // DESEMPENHO 11 S 0-100 KM/H; 170 KM/H VEL MAX // CONSUMO 1,7 L/100 KM (3,5*) // EMISSÕES CO2 41 G/KM // IUC 201,58 €
SISTEMA HÍBRIDO CONSUMOS
CHAPELEIRA DINÂMICA
*As nossas medições
4 CIL.
11 S
1,7 L
41 G/KM
HÍBRIDO/GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE A
203 CV
201,58 € IUC
A
Mitsubishi foi das primeiras marcas a exibir as verdadeiras vantagens técnicas dos sistemas híbridos “plug-in” aplicadas num SUV de dimensões já algo avantajadas, ao lançar a versão PHEV do Outlander, em 2013. Logo desde o primeiro momento que o funcionamento do sistema híbrido da marca nipónica foi alvo dos maiores elogios, em especial pela suavidade com que conseguia gerir as motorizações a gasolina e elétricas, mas também pelos baixos consumos que conseguia num carro de 4,7 m e quase duas toneladas. Há, de facto, que tirar o chapéu à marca dos três diamantes por ter tido, neste capítulo,
um espírito visionário, anunciando o novo caminho que se abria aos SUV, como forma de continuarem a “cavalgar” a onda da moda, conseguindo cumprir critérios mais apertados de consumos e emissões de CO2. Cinco anos depois, com algumas alterações estéticas (2016) e de equipamento e eficiência (2017), continua o mesmo sistema do motor 2.0 atmosférico a gasolina (ciclo Otto), em conjugação com três motores elétricos – um como motor de arranque, mais um em cada eixo, todos funcionando também como geradores para recarregarem as baterias – com uma gestão brilhante que põe tudo a funcionar de forma quase impercetível. A potência total é de 203 cv, mas a mais recente evolução foi a melhoria da eficácia dos mo-
tores elétricos que permitiram um arranque mais rápido da posição de parado (4 em vez de 6 s até aos 40 km/h), embora o valor até aos 100 km/h se mantenha nos 11 s. No modo elétrico, a bateria de 12 kWh (utilizáveis são 8,4 kWh) permite fazer cerca de 40 km sem emissões, desde que se ande em circuito urbano, podendo regular-se o nível de regeneração de energia pretendido, com duas posições na manete da caixa. Pode ainda ativar-se o motor a gasolina como gerador, no botão “Charge”, de forma a ter a bateria carregada antes de chegar a uma zona urbana, ou poupar a sua carga no botão “Save” para que não se gaste antes de lá chegar. Mas o sistema funciona muito bem por si só, no modo híbri-
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ENSAIO
MITSUBISHI OUTLANDER PHEV INSTYLE
BAGAGEIRA ARRUMADINHA Na mala há um espaço para arrumar os cabos de carregamento da bateria de iões de lítio
do, optando pela melhor forma de satisfazer as necessidades do condutor mantendo os consumos sempre baixos. Só as autoestradas são grandes inimigos dos híbridos… O Outlander é um SUV “de corpo inteiro”, ou seja, guia-se “lá em cima” e não pretende ser um veículo propriamente ágil, mesmo se ganhou um centro de gravidade mais baixo que o “irmão” Diesel, pela colocação da bateria de iões de lítio sob o habitáculo. Mas nota-se bem o seu peso quando se quer curvar mais depressa e a suavidade das suspensões que contribui para o elevado nível de conforto, mas que não é fã de repentinas transferências de massas. O conforto está, contudo, num nível superior, em especial porque se vive num mundo de silêncio, mesmo quando o motor de combustão está em funcionamento. Num carro bem construído, de interior com um certo nível de requinte (bancos em pele, aquecidos os da frente) e muito bem equipado, só não compreendemos a “nódoa” que acaba por manchar um excelente trabalho… Parece picuinhice, mas a chapeleira, uma simples cobertura em tecido de desenrolar, pode ser de fácil utilização, mas não está ao nível do restante automóvel. Embirração? Longe disso, um trabalho mais cuidado teria conseguido melhor isolamento sonoro – além de até ajudar no ambiente acústico da aparelhagem musical –, evitando ouvir-se tudo o que se passa na bagageira, em que é normal que alguns objetos deslizem e embatam. E como o Outlander PHEV pode ser extremamente silencioso, este “facilitismo” no isolamento sonoro da bagageira pode incomodar uma belíssima experiência de condução… Este nível Instyle pode ser o mais caro – há o Intense por 41.821 € – mas tem um equipamento completíssimo e ainda a possibilidade do carregamento rápido da bateria. Ou seja, 80% da autonomia recuperada em meia-hora, face às três horas e meia que demora uma carga completa numa tomada de 230 V e 16 A. Mas é esta “ligação à tomada” que faz deste Mitsubishi Outlander PHEV um dos eleitos para ficar no “radar” das empresas de frotas, pelas inúmeras vantagens fiscais que apresenta, por ser um híbrido “plug-in”. Este é um modelo que pode começar num patamar de preço elevado mas, quando se fizerem as contas aos descontos em sede de IVA, ISV, despesas, desvalorização e até de Tributação Autónoma, o seu “preço real” virá por aí abaixo, emergindo como um bom negócio! /
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
08 outubro 2018
2ª CONFERÊNCIA
CENTRO DE CONGRESSOS ESTORIL
RESTRIÇÕES AO DIESEL CONSEQUÊNCIAS PARA AS EMPRESAS E PARA AS FROTAS. QUAL O CAMINHO?
DE ONDE VIMOS – PARA ONDE VAMOS. O NOVO SISTEMA DE HOMOLOGAÇÃO DE CONSUMOS WLPT. PORQUÊ? QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?
DO DIESEL PARA A GASOLINA
MERCADO DE USADOS E VALORES RESIDUAIS COMO VÃO EVOLUIR? QUAL O PAPEL DAS GESTORAS DE FROTAS?
FROTA ECOLÓGICA
TENDÊNCIA OU DECISÃO DE GESTÃO?
GARANTA A SUA PRESENÇA.
INSCREVA-SE JÁ INSCRIÇÃO INDIVIDUAL 40€ PACK DE 5 INSCRIÇÕES 175€ PACK DE 10 INSCRIÇÕES 325€ Limitado a 200 participantes Peça o formulário de inscrição: turbo@turbo.pt
ENSAIO
4 CIL.
9,8 S
3,5 L
93 G/KM
DIESEL
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE B
120 CV
145,05 â&#x201A;¬ IUC
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
HONDA CIVIC 1.6 I-DTEC
VIAJANTE DE LONGO CURSO Com 120 cv e consumos a rondar os 4,5 l/100 km, o motor 1.6 i-DTEC da Honda é a escolha ideal para quem precisa de percorrer muitos quilómetros. No Civic, alia a economia ao conforto TEXTO RICARDO MACHADO FOTOS JOSÉ BISPO
M
esmo sem o apelo comercial de outros tempos, o diesel continua a ser a tecnologia de eleição para quem percorre muitos quilómetros. Consciente dessa realidade e com um motor em pleno ciclo de desenvolvimento, a Honda rema contra a maré ao lançar o renovado 1.6 i-DTEC. Uma atualização mais importante do que os 120 cv e 300 Nm de binário às 2000 rpm deixam transparecer. Potência e binário podem ser iguais, mas as emissões baixam dos 100 para os 93 g/km nesta carroçaria de cinco portas. A versão de quatro portas chega aos 91 g/km. Mesmo sem efeitos práticos no cálculo do IUC, esta redução dos consumos tem influência direta no Imposto Automóvel, que passa do escalão C para o B. Além dos benefícios fiscais, o novo motor 1.6 i-DTEC está igualmente associado a uma série de vantagens funcionais que não devem ser descuradas pelo cliente frotista. Começa pela média anunciada 3,5 l/100 km. Mesmo que o consumo real seja ligeiramente mais alto, não se pode dizer que 4,5 l/100 km seja um valor desajustado. A tecnologia também ajuda, com o novo catalisador de NOx a dispensar adBlue ou qualquer outro tipo de aditivo para reduzir as emissões. E, por fim, a carroçaria, pois a versão anterior deste bloco 1.6 de quatro cilindros só estava disponível para a carrinha Civic Tourer. Excluindo a evolução tecnológica do motor, o Honda Civic mantém-se rigorosamente igual. Espaço adequado para quatro adultos, montagem rigorosa a compensar a qualidade mediana de alguns materiais e design moderno, mas consensual. Os atributos mecânicos também não sofrem alterações, mantendo a suspensão dianteira McPherson com esquema multibraço atrás, que é um dos segredos por trás do elevado grau de interatividade do chassis. Embora seja rápida e direta, a direção não é das mais comunicativas. Afinal, estamos ao volante de um Civic diesel e não de um
Type R. No entanto, a Honda otimizou os anéis sincronizadores da caixa manual de seis velocidades para suavizar as passagens, tornando-as igualmente mais precisas. Mantêm-se o curso curto e o toque mecânico, com a vantagem de ser necessário aplicar menos 40% de força para efetuar as passagens de caixa. Disponível nos médios regimes e sempre pronto a recuperar velocidade, ainda que o binário não se possa comparar com o dos atuais blocos de dois litros, é em cidade que a tecnologia diesel mais se faz sentir. Evoluiu por comparação com o anterior, mas é sempre
mais ruidoso no arranque que o bloco 1.0 a gasolina. Caraterística evidenciada pelo start/ /stop, que provoca um ligeiro tremor sempre que se pressiona a embraiagem a fundo para acordar o bloco 1.6. Acelerar a fundo também não é uma ação particularmente compensadora em termos de sonoridade. É preciso deixar o 1.6 i-DTEC estabilizar o regime para se perceber a grande evolução. O silêncio. Em viagem é tão silencioso como um motor a gasolina, o que é uma excelente notícia para quem fizer muitos quilómetros. Em teoria, o cliente tipo das motorizações diesel. /
HONDA CIVIC 1.6 I-DTEC
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
27 300 € 13 104 € 14 196 € 1 684 € 3 727 € 24 278 € (30,35)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 500,19 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Seguro danos próprios, com franquia; Manutenção; Pneus (quatro); IUC. Valor inclui IVA. Contrato: Finlog.
Faróis diurnos LED Lava faróis Cruise control Sensores de chuva e luminosidade Volante em pele Ar condicionado automático Computador de bordo Rádio com entrada USB e ligação Bluetooth Assistente de arranque em subida Alerta de colisão
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 27 300€ // MOTOR 4CIL; 1597 CC; 120 CV // BINÁRIO 300 NM // TRANSMISSÃO DIANTEIRA 6 VEL. // PESO 1340 KG // COMP./LARG./ALT 4,52/1,80/1,43 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 2,70 M // MALA 478/1267 L // DESEMPENHO 9,8 S 0-100 KM/H; 201 KM/H VEL MAX // CONSUMO 3,5 L/100 KM (4,5*) // EMISSÕES CO2 93 G/KM // IUC 145,05 €
CONSUMOS BAIXO RUÍDO
DIREÇÃO
*As nossas medições
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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ENSAIO
4 CIL.
10,8 S
1,3 L
29 G/KM
HÍBRIDO/GASOLINA
0-100 KM/H
100 KM
CLASSE A
141 CV
134,98 € IUC
KIA NIRO PHEV
RECHEADO DE VANTAGENS Espaçoso, bem equipado, confortável e com baixos custos de utilização, o Kia Niro PHEV é um “crossover” que ainda acrescenta enormes vantagens fiscais! TEXTO SÉRGIO VEIGA
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Kia Niro PHEV entra com as “formas da moda” na batalha que já se desenha entre os muitos modelos que fazem uma quantidade significativa de quilómetros em modo elétrico, tornando-se, por isso, particularmente interessantes a nível de frotas. E aqui podemos estar com o discurso politicamente correto da simpatia para com o ambiente mas, no final de contas, trata-se de negócio “puro e duro”: o superior preço de aquisição acaba por ser diluído pelas vantagens fiscais de que beneficiam, com a dedução total do IVA (neste caso são cerca de 7400 €…),
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
mais 562,50 € do ISV (limite máximo), 100% do IVA das despesas com a sua utilização e reparação, além de ter uma Tributação Autónoma mais reduzida (no caso, 17,5%). Por fim, a depreciação do veículo ainda é aceite como gasto para efeito fiscal. Estes são fortíssimos argumentos do Kia Niro PHEV, antes mesmo de o analisarmos… Com este modelo, a marca coreana explica claramente o conceito “crossover”, dando-nos um veículo que é 6 cm mais alto que a carrinha Ceed mas 10 cm mais baixo que o SUV Sportage. Um habitáculo espaçoso e bem equipado, confortável e bem construído, em que os únicos reparos vão
para o anacrónico travão de mão… de pé e para a inevitável redução da capacidade da mala para sofríveis 324 litros. Mas havia que encaixar a bateria de 8,9 kWh de capacidade nalgum sítio. Com a bateria carregada – cerca de 4 horas numa doméstica tomada de 16 A –, o Kia Niro PHEV consegue atingir os 50 km em modo elétrico, desde que em trânsito citadino. Aí se consegue apreciar, em silêncio, o bom nível de conforto deste modelo da Kia com um amortecimento macio, num conjunto que se torna quase “zen”... Terminada a carga da bateria, o motor a gasolina 1.6 GDI tem de ser chamado à ação. Se
KIA NIRO PHEV
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
39 740 € 13 909 € 25 831 € 2 188 € 1584 € 29 603 € (37,00)
FINANCIAMENTO RENDA - 516,87 € 4 anos/80 000 km INCLUI: IUC, Manutenção, IPO, Assistência 24 horas. Valor inclui IVA. Contrato Kia Renting/ LeasePlan
PVP – Preço de venda ao público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor Residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos de manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil quilómetros)
EQUIPAMENTO Sensores de chuva e luz Sensores de estacionamento Câmara traseira Assistente de manutenção na faixa de rodagem Ar condicionado automático Banco do condutor com ajuste elétrico Bancos em tecido e pele Navegação Carregador wireless para telemóvel
TÉCNICA PREÇO 37 500 € (c/campanha) // MOTOR ELÉTRICO 44,5 CV // MOTOR TÉRMICO 105 CV // POTÊNCIA COMBINADA 141 CV // BINÁRIO 147 NM // TRANSMISSÃO 6 VEL AUTO // PESO 1576 kg // COMP./LARG./ALT 4,36/1,81/1,55 M // DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1,70 M // MALA 324/1322 L // DESEMPENHO 10,8 S 0-100 KM/H; 172 KM/H VEL MAX // CONSUMO 1,3 l/100 KM (3,8*) // EMISSÕES CO2 29 G/KM
SISTEMA HÍBRIDO CONSUMOS CAIXA LENTA PRESTAÇÕES
*As nossas medições
pudermos continuar a fazer uma condução económica e tranquila, o motor mal se ouve e a suavidade de funcionamento continua a ser a nota digna de destaque. No mundo real, o consumo anunciado de 1,3 l/100 km é totalmente irrealista, mas é fácil ficar abaixo dos 4 l/100 km, sempre no modo híbrido, até porque o Niro não conhece outro, quando não pode rodar na “versão” 100 % elétrico. Não se esperem, contudo, grandes acelerações e prestações de um modelo que foi concebido para um bom serviço familiar com conforto elevado e baixos custos de utilização. O total de 141 cv e 265 Nm para os quase 1600 kg da ver-
são mais equipada, coloca o Niro PHEV numa encruzilhada: se quisermos manter os consumos naqueles valores quase irrisórios, teremos de ter paciência nos ganhos de velocidade; se tivermos pressa e precisarmos que ele se despache, lá se vão as vantagens híbridas… O sistema híbrido tem um funcionamento a todos os títulos brilhante, em grande parte ajudado pela boa insonorização e reduzido ruído do motor a gasolina, o que permite que nem se dê pela alteração entre modo elétrico e térmico. Seja no desempenho do sistema híbrido, no desenho do habitáculo ou na afinação das suspensões, o conforto esteve sempre nas priori-
dades da conceção deste Kia Niro PHEV. Notase bem na forma como filtra as irregularidades da estrada, embora com a contrapartida dos movimentos da carroçaria em curva se procurarmos uma condução mais rápida. Este Niro PHEV pode não ser barato – embora fique, se se puderem aproveitar todas as vantagens fiscais… – mas compensa com elevado nível de equipamento, em que destacamos o «pack safety» que inclui vigilância do ângulo morto, travagem autónoma de emergência, aviso de tráfego na retaguarda e «cruise control» adaptativo. Como opção só fica a pintura metalizada (390 €). /
JUNHO 2018 TURBO FROTAS
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DESTAQUE
EDUARDO ANTUNES - GRUPO FCA PORTUGAL
“APOSTAMOS EM SOLUÇÕES DE MOBILIDADE” A renovação da rede de distribuição, com a criação de Dealership Business Centre, a adequação da oferta de produto e a aposta em soluções inovadoras de mobilidade são alguns dos pilares da estratégia de crescimento no canal empresarial, que foi identificado como estratégico pelo Grupo FCA Portugal TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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om mais de 17 anos de experiência no setor automóvel, Eduardo Antunes foi nomeado para o cargo de “Fleet & Corporate Business Sales Director” do Grupo FCA Portugal. Para o novo responsável de frotas do grupo italo-americano, este projeto representou um duplo desafio, quer a nível profissional, quer pessoal. Na primeira vertente afirma que “foi um ponto de continuidade face a um histórico de 17 anos numa marca onde aprendi tudo o que sei, toda a experiência que ganhei no setor automóvel foi nesse período”. O entrevistado adianta que isso permitiu, com o novo desafio, perceber que “tinha o conhecimento do mercado”, assim como o reconhecimento B2B e corporate. “Quando há a concretização de um convite e não se está ativamente à procura de um novo desafio, isso é algo que nos dá satisfação”, refere o novo responsável de frotas do Grupo FCA Portugal. “Por outro lado, foi a necessidade de me desafiar a mim próprio em termos profissionais, uma vez que estava numa lógica de conforto e estabilidade”. Relativamente ao Grupo FCA Portugal, Eduardo Antunes diz que encontrou uma em-
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
presa “com dinâmica, com um ADN muito reativo à mudança, uma lógica de ambição de crescimento sustentado e perene no segmento de frotas”. O entrevistado acrescenta que havia “trabalho feito” e um histórico numa das vertentes do mercado de frotas – o rent-a-car e os seminovos – que é um pilar estratégico do Grupo FCA. “Ano após ano tem vindo a apostar numa lógica de estabilidade, quer seja nos volumes, quer seja na estratégia que vai delineando junto dos clientes empresariais e dos seus parceiros de negócio”. Quando o Grupo FCA regressou ao mercado nacional, no final de 2015, o segmento de frotas foi identificado como um canal estratégico no qual queríamos e queremos apostar”. Desde que voltou a estar representado diretamente no mercado português, o Grupo FCA renovou quase toda a sua rede de distribuição. “No arranque de 2018, 95% desse trabalho estava feito”, salienta Eduardo Antunes. “Com a renovação de todos os contratos com todos os grupos que nos representavam no final de 2015, conseguimos ter uma rede de distribuição capilar, que tem uma cobertura de norte a sul do País – incluindo ilhas –, e inclui 36 concessões com 40 pontos entre rede primária e
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DESTAQUE
EDUARDO ANTUNES – GRUPO FCA PORTUGAL
A OFERTA DE RENTING REPRESENTA MAIS DE 60% DO VOLUME DE VENDAS DO GRUPO FCA PORTUGAL AO CANAL EMPRESARIAL
secundária, com atividade de venda de novos e após-venda”. Segundo o entrevistado, esse trabalho “foi a primeira mensagem transmitida ao mercado de que o Grupo FCA está de volta, de forma perene e com uma ambição de crescimento, a qual não será desmedida!”. ESPECIALIZAÇÃO DAS EQUIPAS Nesta reestruturação da sua rede, o Grupo FCA apostou na implementação dos “Dealership Business Centre” para servir o mercado nacional, disponibilizando atualmente três pontos com estas caraterísticas, mas já foi definido o objetivo de aumentar esse número para dez entre 2018 e 2019. “O trabalho de renovação da rede foi realizado de forma massiva em termos de infraestruturas, com investimentos consideráveis por parte dos diferentes grupos económicos que decidiram apostar em nós”, afirma Eduardo Antunes, acrescentando que o passo seguinte consiste no processo de especialização, designadamente das equipas de vendas, que também têm vindo a aumentar. No final de 2015, a rede tinha 90 vendedores, estando previsto que esse número atinja os 146 até ao início do segundo semestre de 2018, o que constitui um crescimento de 70%. “O processo também irá evoluir numa lógica de especialização de infraestruturas e de equipas comerciais”, esclarece Eduardo Antunes. “Face ao nosso portefólio de marcas e produtos é impossível a um conselheiro comercial dispor
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TURBO FROTAS JUNHO 2018
do ‘know-how’ completo para aconselhar um cliente final relativamente à melhor solução de mobilidade, tendo em conta as diferentes alternativas de que dispomos. Nesse sentido há necessidade de termos vendedores especializados para as marcas Fiat, Alfa Romeo, Jeep e Fiat Professional. Paralelamente, os concessionários especializados também contam com pontos de acolhimento para a receção aos clientes profissionais”. O Business Centre não segue apenas uma lógica de espaço físico, mas também processual na sistematização do acolhimento na venda e no após-venda, em todo o ciclo de acompanhamento ao cliente profissional. “É no ciclo de fidelização – que se inicia com a venda, mas se conquista com o após-venda e se renova na aquisição de nova frota – que a FCA Portugal quer vingar”, garante Eduardo Antunes. “Todo este processo iniciou-se com a lógica do volume: infraestruturas, equipas comerciais de novos, seminovos e após-venda da nossa marca Mopar. Agora irá evoluir na lógica de qualificação e da especialização com formações direcionadas para cada uma destas realidades em termos de recursos humanos”. CRESCER NAS EMPRESAS Quando regressou ao mercado nacional, o Grupo FCA apostou no canal de rent-a-car para obter os volumes necessários para atingir os seus objetivos de quota de mercado. “Esse
trabalho foi sustentado na elevada capacidade que temos para trabalhar os seminovos, seja por via do comércio, seja pela nossa rede de concessionários, que cada vez mais queremos privilegiar no remarketing das nossas viaturas”, justifica o responsável de frotas do Grupo FCA Portugal. “A dada altura, percebemos que o canal de rent-a-car não é elástico e decidimos reequilibrar o peso dos canais, crescendo nas empresas para ficarmos mais em linha com a realidade do mercado automóvel nacional”. Atualmente, o canal particular representa cerca de 25% do volume de vendas do Grupo FCA Portugal e o canal de rent-a-car entre 25 a 30%. O objetivo passa agora por aumentar a penetração junto das empresas e das gestoras de frotas. “Começamos a implementar essa estratégia no final de 2016 e no início de 2017. Os primeiros resultados começaram a aparecer no último trimestre de 2017, com um crescimento de 70% no canal frotas através das vendas diretas do Grupo FCA Portugal. O objetivo para 2018 é duplicar os volumes neste canal, quer através da atividade de frotas dos nossos concessionários, quer através das vendas diretas do Grupo FCA Portugal, onde se privilegiam os grandes protocolos internacionais e obrigam a esforços comerciais mais consideráveis”. Para alcançar volumes maiores, o Grupo FCA Portugal tem vindo a apostar nas grandes frotas e nos grandes clientes com alinhamentos internacionais. O trabalho de conquista nas pe-
quenas e médias empresas está a ser desenvolvido pelos concessionários e com um sucesso considerável. “No primeiro trimestre de 2018, já estamos com um crescimento de 100% face a período homólogo do ano anterior”, salienta Eduardo Antunes. “Os crescimentos são ambiciosos em termos de objetivos, mas podem vir a ser atingidos por via do reenquadramento da estratégia do Grupo FCA e do ciclo de produto que estamos a viver atualmente, sendo um fator de que não nos podemos alhear deste sucesso”. Em termos de volumes de vendas, os modelos dos segmentos B e C são os mais representativos no canal de frotas para o Grupo FCA: o Fiat Punto continua a ser um caso de estudo em termos de ciclo de vida, uma vez que, apesar de já contar com 12 anos, continua ainda atual e muito competitivo no canal de frotas e de renting. No segmento C, o Fiat Tipo é o porta-estandarte da marca junto das empresas nas carroçarias hatchback e station-wagon, com as suas motorizações diesel 1.3 de 95 cv e 1.6 de 120 cv. Estas opções permitem à marca oferecer uma oferta vasta na lógica de procura de segmentos. “Com um modelo do segmento C que tem como lema da marca ‘value for money’, e graças às suas diferentes versões, conseguimos alcançar patamares de segmento B e funções hierárquicas no segmento C”, explica Eduardo Antunes. “Isto permite-nos ir de encontro à política de ‘downsizing’ de muitos clientes empresariais nas suas viaturas de serviço ou então agradar aos colaboradores pela subida em gama com um Fiat Tipo SW com uma motorização diesel 1.6 de 120 cv. O nosso Tipo foi pensado de raiz numa lógica de ‘value for money’ e está claramente direcionado para a conquista do canal de frotas o que, aliás, está a ser conseguido”.
“ O FIAT TIPO FOI PENSADO DE RAIZ NUMA LÓGICA DE ‘VALUE FOR MONEY’ E ESTÁ CLARAMENTE DIRECIONADO PARA A CONQUISTA DO CANAL DE FROTAS, O QUE ESTÁ A SER CONSEGUIDO”
‘URBANIZAR’ A JEEP Além do Tipo e do Punto, o Grupo FCA aposta igualmente noutras propostas para o canal empresarial. Uma delas é o Fiat 500X, que deriva do ícone da marca italiana, permitindo-lhe responder à procura do mercado de veículos ‘crossover’ ou SUV. “Sendo experimentado e testado, é impossível não gostar, pois oferece habitabilidade, qualidade imediatamente percebida ao nível dos materiais utilizados e da montagem dos mesmos. Nesta lógica de alternativa ao segmento C, o Fiat 500X é um modelo que começa a ser cada vez mais encarado como uma alternativa no canal de frotas”, esclarece o responsável do Grupo FCA Portugal, adiantando que “tem um excelente posicionamento em termos de valor residual, o que permite um TCO muito competitivo num mercado muito agressivo”. Para o segmento D, o Grupo FCA disponibiliza os modelos Giulia e Stelvio da Alfa Romeo, que representam “o testemunho do grupo de aposta na qualidade e na inovação”. Pela pri-
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DESTAQUE
EDUARDO ANTUNES – GRUPO FCA PORTUGAL
meira vez na história da Alfa Romeo foi lançado um SUV, “com todos os predicados da marca associados ao caráter desportivo”, garante o entrevistado. Com a Jeep, que é representada desde setembro de 2017, o Grupo FCA passou a oferecer a marca dos SUV e dos crossover, com diferentes alternativas para diferentes patamares hierárquicos numa empresa, desde o Renegade que permite o seu enquadramento abaixo do primeiro patamar de tributação autónoma, passando pelo Compass que já se posiciona no segundo patamar, e depois os modelos Cherokee e Grand Cherokee, vocacionados para chefias de topo e cargos de administração. Segundo Eduardo Antunes, a estratégia do Grupo FCA passa por “urbanizar” a marca Jeep, “despindo o conceito que ainda está muito colado de ‘puro e duro’ e associar cada vez mais os produtos que temos à oferta”. Nessa lógica, os modelos Renegade e Compass também estão disponíveis em versões 4x2, permitindo a sua classificação como Classe 1 nas autoestradas em associação com o identificador da Via Verde. TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA No posicionamento dos seus modelos para o mercado de frotas, o Grupo FCA tem a preocupação com o seu posicionamento em termos de escalões de tributação autónoma. “Hoje em dia é uma variável que tem um peso considerável no cálculo do TCO porque estamos a falar de um diferencial muito significativo entre o primeiro e o segundo patamar”, afirma Eduardo Antunes. “Quando todas as empresas estão focadas na racionalização de cus-
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tos, o peso da fiscalidade por via da tributação autónoma está presente na preocupação de todos os gestores de frotas, sendo mais uma variável que se vem juntar à renda da viatura, aos custos com o combustível e com a manutenção. A necessidade de estarmos atentos ao bom posicionamento da oferta que fazemos – sempre enquadrada na lógica da negociação e da relevância estratégica do cliente final – tem de estar sempre presente. Caso contrário corremos o risco de ficarmos sem posicionamento face aos nossos concorrentes mais diretos”. Para apoiar os clientes no domínio do financiamento, o Grupo FCA conta com uma financeira cativa – a FCA Capital – que tem ofertas para o canal de retalho (particular) e empresarial – e acordos com gestoras de frotas, que são, segundo o entrevistado, “nossos parceiros de negócio”, adiantando que “nenhuma marca automóvel e nenhuma gestora de frotas pode existir sem a outra”. Relativamente à oferta de renting, esta representa mais de 60% do volume de vendas ao canal empresarial, estando disponível nas mo-
AS GESTORAS DE FROTAS SÃO NOSSAS PARCEIRAS DE NEGÓCIO. NENHUMA MARCA AUTOMÓVEL E NENHUMA GESTORA DE FROTAS PODE EXISTIR SEM A OUTRA
dalidades tradicionais, com prazos entre 12 e 48 meses, ou em novas modalidades como o Private Lease, vocacionado para o cliente particular, ou o Renting Mobility. De acordo com Eduardo Antunes, esta última solução consiste na modalidade de renting “mais flexível possível”, oferecendo ao cliente empresarial uma solução de mobilidade adequada em função das suas necessidades, que tanto pode ser um pequeno furgão, um grande furgão ou um ligeiro de passageiros. “O Grupo FCA, aliado aos seus parceiros, quer estar no pioneirismo nestas novas ofertas de renting”, afirma o entrevistado. “Hoje em dia, um cliente empresarial pode necessitar de um Fiat Doblò para a sua atividade profissional e de uma viatura ligeira de passageiros, como o Fiat Tipo SW para as suas férias. A nossa solução de Renting Mobility permite combinar as duas realidades, disponibilizando um produto híbrido, o qual possibilita o acesso a uma viatura ligeira de mercadorias durante a maior parte do ano civil e de uma viatura ligeira de passageiros durante um período de tempo pré-definido. No fundo, temos aqui o melhor dos dois mundos, uma vez que damos a possibilidade aos clientes de não ficarem presos a uma solução fechada”. Segundo Eduardo Antunes, o objetivo do Grupo FCA passa pela criação de conceitos novos de soluções de mobilidade porque o renting tradicional estará muito perto da sua maturidade. “O crescimento do renting e da FCA Portugal no canal de frotas passará por explorar as novas formas mais flexíveis de financiamento”, sublinha o responsável. /
CLIENTE
GRUPO INFORPHONE
TIAGO RAMOS – CEO DO GRUPO INFORPHONE
OTIMIZAÇÃO CONSTANTE DE PROCESSOS Com um investimento de meio milhão de euros na renovação da frota, o Grupo Inforphone aposta numa otimização dos seus recursos, em que os veículos elétricos jogam um papel decisivo, não esquecendo também os furgões movidos a gás natural para o desenvolvimento da sua atividade TEXTO DAVID ESPANCA FOTOS JOSÉ BISPO
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Grupo Inforphone foi criado sas marcas ao mercado de segunda linha, conem 2011 para atuar no campo correntes ou não da Inforphone”. das telecomunicações, infor- Outra área de atividade importante é a marca mática, redes, áudio e vídeo, própria de computadores Inphtech, um projeto sendo constituído por quatro que existe desde o início do grupo, embora só reempresas: a Inforphone que é a empresa mãe do gistada em 2013 . Os “laptops” são feitos à sua megrupo, a Waveland que trabalha a gestão do pro- dida e imagem, produzindo também “desktops” duto, a Galacticpixel e a Inphtech, uma marca dentro dos mesmos moldes. A Inphtech foi, até própria de portáteis, produzida há pouco tempo, o parceiro tecà imagem do cliente. nológico oficial do Sporting A Inforphone detém todo o Clube de Portugal, desvincuA OTIMIZAÇÃO DE conhecimento a nível de enlando recentemente o contrato CUSTOS PASSOU genharia e construção, laboque os ligava até 2019. PELA SUBSTITUIÇÃO No âmbito das telecomunicarando na área de telecomuniDE VEÍCULOS cações, nomeadamente com ções, o grupo oferece a comerA GASÓLEO POR os operadores móveis, para os cialização, distribuição, engeELÉTRICOS quais desenvolve e implemennharia e implementação para E PELA REDUÇÃO ta projetos de “indoor”. Neste as áreas de radiofrequência, DO CONSUMO caso concreto, Tiago Ramos, fibra ótica, coaxiais, redes, áuDE ENERGIA chief executive officer (CEO), dio e vídeo. O Grupo faturou explica: “Atualmente somos 3,5 milhões de euros em 2017 e, parceiros da NOS. No passado, no final deste ano, as previsões tivemos um contrato com a MEO que foi inter- apontam para um volume de vendas na ordem rompido após aquisição da operadora por parte dos cinco milhões de euros. do grupo Altice”. A Waveland foi criada para que o grupo pudes- OPTAR POR VIATURAS ELÉTRICAS se garantir aos seus clientes projetos de chave Para a prossecução do seu negócio, que implica na mão, evitando desta forma margens sobre- deslocações constantes de cerca de dois terços postas, assim como a necessidade de aquisição dos colaboradores, pelo País inteiro e regiões de produto externamente. O nosso interlocu- autónomas, por forma a satisfazerem as necestor refere: “Conseguimos fazer toda a elabo- sidades dos seus clientes, torna-se necessário ração do produto ou do serviço internamente. possuir uma frota automóvel considerável, que Garantimos também o fornecimento das nos- neste momento é de 23 veículos. “Somos clien-
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CLIENTE
GRUPO INFORPHONE
tes de viaturas elétricas desde que esse conceito arrancou em Portugal”, adianta Tiago Ramos. E explica por quê: “Uma das coisas que nos diferencia é a constante otimização de custos, mas não à custa dos salários dos colaboradores. Daí que a otimização de processos seja bastante importante, pois as deslocações têm um grande impacto financeiro na nossa atividade”. Foi com base nessa premissa que optaram por veículos elétricos, em 2014, numa altura em que havia o sistema de aluguer de baterias. As vantagens eram evidentes: isenção do imposto do selo, abate na totalidade do IVA, na eletricidade, isenção de estacionamento em alguns parques em Lisboa ou até mesmo a tributação, já que um carro de 5 lugares era tributado da mesma forma que um veículo comercial. Mas a grande vantagem para o CEO da Inforphone é mesmo “a nível do preço do combustível”. Relembra que “na altura adquirimos quatro Renault ZOE e dois Nissan LEAF e, no ano seguinte, efetuámos um avultado investimento na colocação de painéis solares, por forma a poder carregar os veículos e a reduzir ainda mais os custos de abastecimento das viaturas”. Ou seja, prossegue o responsável, “a otimização de custos não passava apenas pela substituição do gasóleo por eletricidade, mas também por reduzir o consumo da própria energia através dos painéis solares”. Por outro lado, para tornar a gestão do Grupo ainda mais eficiente, no passado ano, foi efetuado um investimento ao nível de “software”, na criação de uma plataforma de gestão e faturação Navision, que foi configurada à imagem das necessidades da empresa, através do seu parceiro Aboutnav. Tiago Ramos avança com os pormenores que estão subjacentes: “Consegue, em dois minutos, dar as margens operacionais exatas daquilo que se está a produzir ‘on time’, permitindo obter os custos reais de consumos das viaturas, os quilómetros e as rotas em tempo real, o que nos leva a tomar decisões rápidas para reduzir ao máximo os custos a realizar, tirando daí o maior proveito, por exemplo.” O “software” fornece aos gestores de projeto toda a informação disponível, com margens reais fidedignas. Por exemplo, prossegue o entrevistado, “ao nível da gestão comercial, quando tem de se importar determinado tipo de material, podemos inserir os custos totais da operação (administrativos, transferências bancárias, alfândegas, etc.) e depois o programa apresenta-nos a margem real de faturação”. RENOVAÇÃO ESTRATÉGICA DA FROTA Neste momento, o Grupo acabou de renovar a sua frota e, dada a experiência que tem com veículos elétricos, “optámos por adquirir uma marca em função do seu consumo menor, fazendo o mesmo número de quilómetros, em detrimento do que normalmente é tido como
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o mais importante, a capacidade da bateria”, NOVAS INSTALAÇÕES A CAMINHO Na Inforphone, toda a frota é de aquisição dijustifica Tiago Ramos. E a escolha recaiu no Hyundai Ioniq Electric, tal reta: “Através da Leaseplan fizémos um ‘rencomo explica o entrevistado: “Os valores de aqui- ting’ de aquisição obrigatória ao final de quatro sição foram negociados e, depois de andarmos anos. Como realizamos muitos quilómetros cerca de três meses com os carros, foi a melhor não nos compensa os contratos normais de escolha que podíamos ter feito. Um Renault ZOE ‘renting’. Neste caso, está incluída toda a maconsome entre 16 a 17 kW, enquanto o Hyundai nutenção do veículo, troca de pneus e seguro, para fazer o mesmo trajeto gasta 12,5 kW. É uma só que ficou definido desde o início a aquisição redução de 4 a 5 kW por cada 100 quilómetros, o obrigatória no final de quatro anos, apenas teequivalente a uma poupança de cerca de 6 euros a mos de pagar o prémio estabelecido”, adianta cada 100 quilómetros, além de podermos ter em Tiago Ramos. funcionamento menos painéis solares a carregar Em média, um veículo na Inforphone tem um um maior número de carros, porque se consome tempo de vida útil entre os 6 a 8 anos e, com cermenos e não é necessário estar a carregar tanto”. tos cuidados e uma manutenção regular, fazem No que diz respeito à bateria, apesar de ser 28 entre os 400 a 600 mil quilómetros. Segundo o kWh, quando comparada com a de 40 kWh do fundador do Grupo, “a expansão da frota estaRenault ZOE, o Hyundai acaba por ter uma au- rá sempre dependente da celebração de novos tonomia real idêntica. O interlocutor adianta contratos, mas é ponto assente que, a haver reque “para fazer os 240 a 250 quilómetros, gasta forço, será com as mesmas marcas e gamas”. menos 12 kW, logo a escolha é óbvia. Também o Entretanto, a empresa está a preparar a mucoeficiente aerodinâmico do Ioniq era o melhor dança de instalações, a ocorrer em julho, que em relação à concorrência”. ficarão perto do Fórum Sintra. Os motivos Hoje, se Tiago Ramos tivesse de renovar a frota, prendem-se com o já pouco espaço de arma“faria exatamente da mesma zenagem atualmente existenforma. Não há dúvidas de que o te, cerca de 500 m 2 , daí que A INFORPHONE FOI A carro a nível de conforto, equiadquiram, com capitais próPRIMEIRA EMPRESA pamento, de imagem perante prios, um edifício com um área PORTUGUESA o cliente e consumo é melhor”. total de 4500 m 2 , dos quais A INTRODUZIR Para além dos 10 Hyundai 1200 serão para armazém. UMA FROTA DE Ioniq agora adquiridos, a resA nível estratégico, Tiago VEÍCULOS HYUNDAI Ramos explica: “Assim entante frota elétrica é constituíIONIC ELECTRIC. da por um Nissan Leaf e um globamos as empresas todas O CONSUMO Renault ZOE 40. Para uso prodo grupo no mesmo espaço, ENERGÉTICO DE fissional, o CEO da Inforphone dividindo os custos globais, 12,5 KW DESTE utiliza um veículo híbrido e criando uma estrutura gloMODELO FOI UM DOS plug-in, o Porsche Panamera bal ao Grupo. Trata-se de um CRITÉRIOS PARA A E-Hybrid Sport Turismo. investimento de 1,3 milhões OPÇÃO POR ESTE Depois, na área de projeto de euros”. MODELO e construção, o grupo está Atualmente, estão envolvidos também a renovar a frota e num projeto de engenharia de já adquiriu nove carrinhas grande dimensão, a nível de soVolkswagen Caddy longas a gás natural. A opção lução wi-fi, estando em testes neste momento, por estes veículos a GNC ficou a dever-se à sua projeto esse do “qual desenvolvemos a solumaior autonomia, já que com o depósito cheio ção de raiz sem que exista concorrência com conseguem ir ao Algarve e voltar, por exemplo. a mesma arquitetura, fugindo ao tradicional Para tal, estabeleceram um protocolo com a sistema de Ap´s, conseguindo ter um sistema DouroGás para abastecimento nos seus postos. híbrido de antenas e cabo radiante, diminuinQuanto à escolha desta carrinha, Tiago Ramos do assim o número de equipamentos ativos, esclarece que “apesar de ser cinco mil euros mais projeto esse que não podemos revelar, visto cara, em relação a outras marcas, pelos nossos estar ainda em negociações”. cálculos o diferencial de custo é recuperado Atualmente, estão envolvidos num projeto de quando ela fizer entre 110 a 120 mil quilóme- engenharia de grande dimensão, tanto da partros. A partir daí começa a haver uma poupan- te móvel como de wi-fi, no interior da mina de ça bastante significativa. Por exemplo, quando Neves-Corvo. O objetivo passa por ter, nas palaatingir cerca de 230 mil quilómetros, já tivemos vras do fundador do Grupo, “os operacionais da um lucro de cinco mil euros em cada viatura, o mina a trabalhar ao nível do solo e a comandar que perfaz um total de 45 mil euros”. remotamente as máquinas que estão abaixo do A frota fica completa com um furgão Iveco a solo, o que já conseguimos garantir”. “Depois gasóleo, para a área da logística, pois implica falta ainda definir alguns aspetos do projeto, o fornecimento de equipamento aos clientes, nomeadamente a parte móvel. Estamos a falar muitas vezes de grande porte, como é o caso de de um projeto na ordem dos 4 a 5 milhões de bastidores com dois metros de altura. euros, só na primeira fase”. /
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EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
EMOV
PRIMEIRO CAR-SHARING 100% ELÉTRICO DE LISBOA O Grupo PSA e a Eysa lançaram o primeiro serviço de car-sharing de veículos elétricos em Lisboa, em regime free-float. A frota do emov é constituída por 150 automóveis Citroën C-Zero
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isboa é uma cidade que abraça o futuro sem esquecer o seu passado, que se mostra a todos os momentos em locais como o Castelo de São Jorge, os típicos bairros populares, o Padrão dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerónimos ou a Baixa Pombalina. Mas é também um local que olha para o futuro, como se vê no mundo automóvel com vários projetos tecnológicos e a crescente aposta em novas formas de mobilidade. Algo que agora se reforça com o EMOV o primeiro car-sharing 100% elétrico da capital, que foi apresentado num evento com a presença de Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e do Diretor-Geral desta empresa de partilha de automóveis do Grupo PSA, Fernando Izquierdo. Este projeto procura seduzir pela junção de soluções para duas das principais preocupa-
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ções atuais no campo da mobilidade. Trata-se da redução do tráfego nos centros urbanos e também das emissões. E, pelo facto da frota do EMOV ser composta por 150 Citroën C-Zero, 100% elétricos, permite-se atingir a melhoria ambiental em conjunto com a diminuição do número de carros na cidade. E traz outro grande benefício, mas para os utilizadores, pois ao apresentar-se como o primeiro serviço de car-sharing 100% elétrico de Lisboa, significa que os utilizadores podem parar sem problemas em qualquer estacionamento EMEL, pois os modelos de emissões zero estão isentos de taxas nesses locais. E essas serão manobras fáceis de fazer para o citadino gaulês amigo do ambiente, pois ele tem apenas 3,48 metros de comprimento. Além da sustentabilidade, são enfatizadas outras vantagens deste serviço que, indicou Jorge Magalhães, do Grupo PSA, resulta da
visão do consórcio gaulês do que é a mobilidade urbana. Este responsável da comunicação destacou que este serviço é totalmente conetado, com toda a gestão a ser feita a partir do smartphone, e se foca numa ótica de partilha das viaturas num regime free-floating, quase como se fosse um self-service. Fernando Izquierdo, Diretor-Geral da EMOV, destacou o preço como uma grande vantagem, pois o custo de 21 cêntimos/minuto significa um preço próximo de 3€ para um quarto de hora de utilização, existindo ainda uma modalidade de 63€ para quem vá fazer uma utilização prolongada. E existe um grande potencial nesta solução. Primeiro porque já estudos internacionais de 2015 revelavam que soluções de partilha de veículos têm o potencial de reduzir em 90% o número de carros na capital. E também pelos resultados obtidos com a partilha de bicicletas.
DRIVENOW LISBOA AGORA EM LISBOA O serviço de car sharing emov foi lançado em Madrid no ano passado e agora está disponível em Lisboa. A área de cobertura do serviço é superior a 39 km2, podendo ainda os utilizadores iniciar ou finalizar a viagem nas imediações do aeroporto
CEM MIL VIAGENS
A
DriveNow atingiu mais de 100 mil viagens e 25 mil registos em oito meses, tendo superado os resultados previstos para o primeiro ano de atividade deste serviço de “carsharing”, representado pela Brisa. Com uma média mensal de 1500 registos, a DriveNow prevê atingir os 30 mil registos no final do primeiro ano da operação. Para tal, disponibiliza uma frota de 211 carros das marcas BMW e Mini, tendo definido uma zona de circulação dos veículos entre a estação de comboios de Algés até ao Parque das Nações, passando pela 2ª Circular até ao Lumiar. O serviço estende-se até ao Aeroporto de Lisboa e, mais recentemente, o parque empresarial do Lagoas Park. O conceito chegou a Portugal em setembro de 2017 e Lisboa foi a 13.ª cidade europeia a receber a DriveNow. Em média, por cada carro de “carsharing” há pelo menos seis carros particulares que deixam de circular nas estradas. Os valores cobrados ao utilizador são de 0,29 € (Mini) ou 0,31 € (BMW) por minuto, com combustível e seguro incluídos, podendo ainda estacionar a viatura em todos os lugares de parqueamento público de superfície, com ou sem parquímetros. Além disso, pode deixar o veículo em qualquer lado, dentro da zona de cobertura do serviço, quando não necessitar mais dele. /
AVIS E GRUPO PSA
FROTA CONECTADA
S
Esta outra solução, especialmente adaptada a viagens intermodais pois os principais “ancoradouros” estão junto das zonas de ligação aos meios de transporte, conta com 500 bicicletas que já fazem, diariamente, acima de 2700 viagens, com 70% delas realizadas à hora de ponta. Os próprios habitantes revelam interesse por estas soluções, como recordaram os responsáveis do EMOV. Três em cada quatro lisboetas estão dispostos a render-se a esta alternativa. E os motivos apresentados são diversos, com a redução dos custos de viagem (21%), ter alternativa à viatura própria (19%) e a facilidade e rapidez de utilização (13%) como principais aliciantes à utilização. Serviços como o primeiro car-sharing 100% elétrico de Lisboa serviriam, dizem os inquiridos, para viagens até ao aeroporto, férias na capital, saídas noturnas e poder deixar estacionada a viatura própria. /
eis mil novos veículos foram adicionados à frota de aluguer de automóveis conectados na Europa da Avis Budget Group. As marcas Peugeot, Citroën e DS estão a operar na Áustria, Bélgica, República Checa, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha, Suíça e Reino Unido (sob a égide da Avis e Budget) e em Itália, através da Maggiore. Até ao final deste ano está previsto que mais cinco mil carros estejam também conectados e, até 2020, todos os restantes veículos das marcas acima referidas. A empresa tem por objetivo garantir uma linha de comunicação contínua da frota ligada à aplicação móvel da Avis, na qual os passageiros podem aceder a informações relacionadas com os seus alugueres, como também trocar, atualizar ou localizar o seu veículo. Lançada há dois anos, através desta aplicação já se realizaram mais de 1,25 milhões de transações, efetuadas por mais de 360 mil clientes, aumentando o índice de satisfação do cliente em 20%. A nível mundial, o Grupo deverá ter este ano mais de 100 mil carros conectados e a frota completa até 2020. Para isso, instalou 50 mil dispositivos UTP (Unified Telematics Platform), fornecidos pela ID Systems, o que permitiu mais do que duplicar a frota de veículos conectados da Avis Car Rental. No passado mês, estabeleceu uma parceria com a Toyota Motor Company, que vai permitir ter dez mil veículos conectados nos Estados Unidos até ao final deste ano. /
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EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
EUROPCAR
RENTING PARA PME E PARTICULARES
A
Europcar anunciou a entrada na área do financiamento em renting para pequenas e médias empresas e particulares com o lançamento do novo serviço Europcar Longa Duração. Na fase de lançamento, o aluguer de longa duração compreende um período de 36 meses e inclui todos os serviços normalmente associados a esta solução de financiamento, designadamente seguro, manutenção, pneus ilimitados, viatura de substituição ilimitada e possibilidade de contratação de gestão de combustível e pagamento de portagens. Nesta primeira fase do Europcar Longa Duração serão propostos três modelos a gasolina e cinco a gasóleo, que fazem a cobertura de 80% das necessidades do mercado, estando ainda a ser preparadas novas ofertas em conjunto com algumas marcas automóveis. O lançamento deste serviço de renting é justificado por Nuno Barjona, Head of Marketing and New Mobility da Europcar Portugal, pelo interesse manifestado pelos clientes, ao longo dos anos, “em ter ofertas para períodos mais longos, mas com a mesma flexibilidade dos alugueres de curta e média duração e o Europcar Longa Duração é a resposta a toda esta procura de maior flexibilidade”, sublinhando: “O tempo é cada vez mais um ativo valioso, queremos a vida sem complicações e o renting permite ter um orçamento estável nos custos mensais e ter sempre uma viatura nova e actualizada,
HYUNDAI: RECORDE DE VENDAS NA EUROPA O primeiro trimestre deste ano foi o melhor de sempre da Hyundai, na Europa, registando um aumento de 7,5% nas vendas,
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quer em design quer em tecnologia”. Segundo a subsidiária portuguesa do Europcar Group, os principais fatores diferenciadores do novo produto de financiamento consistem na oferta de uma viatura de espera similar à contratada no preço e categoria, para fazer face ao período entre a encomenda e a entrega da viatura nova, assim como uma viatura de substituição ilimitada, por imobilização normal da viatura e de grupo idêntico ao contratado ou o acesso aos
comparativamente a igual período 2017, ultrapassando o crescimento do mercado europeu em 6,9%. No total, a marca registou 145.008 viaturas matriculadas, de acordo com a Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA). De salientar o crescimento das vendas em Espanha (+34%), França (+24%) e Alemanha (+16%). O Tucson continua a ser o modelo que desperta mais atenção no continente europeu, seguido pelos modelos de i10, i20 e i30.
centros de atendimento Europcar para receber os clientes que necessitam de serviços de manutenção em Lisboa, Porto e Faro. A título exemplificativo, a Europcar Portugal anuncia um valor de renda mensal para um Opel Corsa 1.3 CDTi de 365,99 euros para três anos/140 mil quilómetros ou de 305,99 euros para o mesmo modelo, mas para um período de três anos/80 mil quilómetros. Em ambas as situações, os valores incluem IVA. /
NOMEAÇÃO NA BMW FINANCIAL SERVICES PORTUGAL A BMW Financial Services Portugal passou a ser liderada pelo alemão Mortiz Lindemann. Formado em Business Administration pela Universidade LudwigMaximilians em Munique, conta com 13 anos de experiência em diversas áreas de negócio da BMW. O novo responsável iniciou o percurso profissional em
2005 como Risk Controlling na BMW Bank, passando mais tarde pela função de Head of Regional Controlling Asia Pacific na BMW Bank, função que desempenhava desde 2014.
GAS NATURAL FENOSA PORTUGAL
DEZ VEÍCULOS GNC
A
BOSCH
DIESEL TEM FUTURO
A
Bosch desenvolveu uma nova tecnologia diesel que permite resolver os problemas das emissões de NOx e cumprir os limites programados para entrarem em vigor em 2020. Segundo afirmou o CEO da Bosch, Volkmar Denner, a diminuição nas emissões foi alcançada com o refinamento das tecnologias já existentes, não havendo necessidade para a instalação de componentes adicionais, que só aumentaria os custos. “Os veículos diesel equipados com a tecnologia da Bosch serão classificados como veículos de baixas emissões e o custo continuará competitivo”, afirmou o responsável máximo da multinacional alemã, que apelou a uma maior transparência em relação às emissões de dióxido de carbono causadas pelo tráfego rodoviário e pediu que, no futuro, as emissões sejam medidas em condições reais na estrada. “O diesel vai continuar a ser uma opção no tráfego urbano, seja para veículos de passageiros ou comerciais,” adianta Volkmar Denner. A solução desenvolvida pelos engenheiros da Bosch para limitar as emissões de NOx combina uma tecnologia avançada de injeção de combustível, um sistema de gestão do ar recentemente desenvolvido e uma gestão inteligente da temperatura. A Bosch reivindica que a sua tecnologia consegue cumprir os limites atuais e futuros da legislação europeia relativos a esta matéria. Será de referir que, desde 2017, os novos modelos de passageiros testados segundo o ciclo RDE (Emissões Reais de Condução), que inclui uma combinação de ciclos urbanos, extraurbanos e autoestradas, não podem emitir mais de 168 miligramas de NOx por quilómetro, e a partir de 2020 este valor será reduzido para 120 miligramas. A Bosch garante que os veículos equipados com a sua tecnologia diesel podem atingir os 13 miligramas de NOx nos ciclos RDE standard, em conformidade com a legislação, o que representa cerca de um décimo do limite obrigatório em 2020. Em condições de tráfego urbana, que são mais exigentes e em que os parâmetros de teste estão acima dos requisitos legais, as emissões médias dos veículos de ensaio da Bosch são de apenas 40 miligramas por quilómetro. Como consequência, as emissões de NOx podem permanecer abaixo do nível legal permitido em todas as situações de tráfego, independentemente de o veículo ser conduzido de forma dinâmica ou lenta, em condições de baixas ou altas temperaturas, na autoestrada ou em tráfego congestionado na cidade. /
frota da Gas Natural Fenosa que opera em Portugal passou a contar com dez veículos a gás natural comprimido (GNC) que se destinam a ser utilizados pelos colaboradores da empresa em Lisboa e no Porto.Esta opção permitiu dar resposta a dois objetivos: assegurar uma solução para as necessidades de mobilidade, promovendo, em simultâneo, o gás natural veicular. Esta frota de dez Volkswagen Golf TGi adotou um modelo de gestão centralizada e integral através da figura de um gestor de frota. O pacote de serviços disponibilizados compreende a contratação de novos veículos e serviços associados, a assistência ao condutor através de um centro de atendimento telefónico e do portal do condutor, a gestão das manutenções, avarias, sinistros e multas. A Gas Natural Fenosa pretende implementar este modelo progressivamente nos restantes países onde está presente nos próximos anos, permitindo que as unidades operacionais e os colaboradores possam vir a beneficiar das melhorias na gestão operacional e no atendimento personalizado. /
GASNAM EM PORTUGAL
NOMEADO DELEGADO
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itor Cardial foi nomeado delegado em Portugal da GASNAM – Associação Ibérica de Gás Natural para a Mobilidade, com o objetivo de reforçar a sua atividade junto dos associados nacionais. A presença do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, na abertura do VI Congresso da GASNAM em Madrid representou um marco muito importante no reconhecimento da importância do Gás Natural no domínio dos combustíveis alternativos para a mobilidade. Contando com diversos associados em Portugal – entre os quais a Dourogás e a Galp Energia – e numa fase em que o Gás Natural se afirma como uma alternativa cada vez mais interessante aos combustíveis tradicionais, em particular para utilizadores profissionais, a ação da GASNAM na informação da opinião pública, nas relações com as entidades reguladoras e com os decisores políticos é essencial para um desenvolvimento sustentado da rede de abastecimento, do crescimento do mercado e das infraestruturas de assistência técnica. /
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EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
FÓRUM ALF
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
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inovação tecnológica como fator de crescimento económico para o leasing, o factoring e o renting foi o tema do Fórum da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), que contou com a presença de vários especialistas do setor do financiamento especializado. “A grande novidade da revolução digital é, sobretudo, a capacidade de resposta que as empresas têm perante os seus clientes. Neste sentido, o setor do financiamento especializado já está a aplicar as novas soluções digitais a modelos de negócio mais responsivos”, revelou Paulo Pinheiro, presidente da ALF. Para Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, “é crucial olharmos para a inovação tecnológica como um fator de crescimento económico e, acima de tudo, como um novo estágio civilizacional. O setor financeiro está a sofrer uma grande transformação digital, sendo que, nos últimos anos, este conjunto de alterações alcançou o core dos processos e negócios”. Através de uma análise das oportunidades, acrescenta que “hoje é preciso nascer digital ou proceder à transformação para um negócio digital”. “As empresas que não o fizerem, dificilmente serão competitivas. Neste âmbito, a estratégia terá de ser ‘client-centric’, com um grande foco na big data e no desenvolvimento e aplicação de soluções tecnológicas que permitem uma maior personalização da experiência, elevados
HERTZ CHAUFFEUR NA ÁSIA O Hertz Chauffeur é um novo serviço, disponível online para a Ásia, que vai tornar mais fácil a reserva de serviços de “chauffeurs” para os seus clientes, incluindo os agentes de viagens. Lançado pela Hertz Ásia, tem como principais características o facto de as reservas
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poderem ser feitas a qualquer hora e dia da semana, permitindo ainda escolher o tempo do serviço, se durante um dia inteiro ou meio-dia, e também os “transfers” de e para o aeroporto. O serviço pode ser acedido em https://www. hertzchauffeur.com/ e, por enquanto, só funciona em países como o Brunei, China, Hong Kong, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul, Singapura, Sri Lanka e Tailândia.
PEUGEOT 308 STYLE A Peugeot introduziu no mercado a edição especial Style do novo 308, que está disponível nas carroçarias berlina e station-wagon, oferecendo conteúdos tecnológicos avançados, incluindo navegação 3D conectada, eCall, sistema Mirror Screen (Mirrorlink, Android Auto e Apple Carplay), ou da totalidade das ajudas à condução. A nível mecânico, conta com o novo bloco
diesel 1.5 BlueHDi de 130 cv ou com a transmissão automática de oito velocidades. Com esta cadeia cinemática, o preço de venda é de 30.740 euros. O 308 Style oferece ainda versões a gasolina de 120 cv e diesel de 100 cv.
OPEL
NORMA EURO 6D-TEMP
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REVOLUÇÃO DIGITAL O setor financeiro está a sofrer uma grande transformação digital, afirma Paulo Pinheiro, presidente da ALF
níveis de produtividade e eficiência de custos”. A mesa-redonda, moderada por Miguel Fernandes, da PWC, contou com as intervenções de Pedro Duarte, Presidente do Conselho Estratégico para a Economia Digital da CIP, de Afonso Fuzeta Eça, cofundador da Raize, e de José Morera, fundador da Tech4fin – Algorithms for Finance. Admitindo o crescimento da utilização de várias soluções tecnológicas , os oradores referiram também o facto de estas terem surgido praticamente todas ao mesmo tempo, o que implicou uma rápida adaptação de empresas e consumidores, refletindo-se no investimento em tecnologia e na sua aplicação e capacitação de equipas. Neste novo paradigma, soluções como o blockchain, a inteligência artificial, o machine learning, a robótica e mobilidade inteligente surgem como estimulantes para o crescimento eficiente e sustentado das empresas e organizações. /
NOVA IDENTIDADE EUROPCAR O Grupo Europcar adotou uma nova identidade e designação que têm o objetivo de refletir a transformação da sua atividade, que passou de aluguer de automóveis a fornecedor de soluções de mobilidade (aluguer de automóveis, carrinhas e furgões, chauffeur service, car-sharing e car-sharing peer-to-peer). Essa mudança levou
este grupo a adotar a denominação Europcar Mobility Group, que procura exprimir a sua realidade atual, tendo em consideração a transformação acelerada pela qual atravessamos e que tem sido impulsionadora da construção de um portefólio de marcas mais rico e diversificado.
Opel anunciou que a maior parte dos seus veículos já estão em conformidade com a norma europeia de emissões Euro 6d-TEMP, que entrará em vigor daqui a 15 meses e se tornará obrigatória para todos os automóveis matriculados a partir de setembro de 2019. Entretanto, está prevista a chegada de novos motores como o 1.5 Turbo D de 130 cv do Opel Grandland X. A marca está também a preparar o lançamento de renovados turbodiesel 1.6 equipados com a mais recente tecnologia de tratamento de gases de escape. Todos os Insignia 1.6 Turbo D passam a incluir catalisador de redução seletiva. Este sistema utiliza AdBlue, que é injetado nos gases de escape e depois decompõe-se em amoníaco, sendo retido numa panela catalítica. Aí, os óxidos de azoto presentes nos gases de escape reagem e são reduzidos a azoto e água. /
ARAC
COMPRAS DE RENT-A-CAR
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ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor revelou que a compra de veículos ligeiros de passageiros, no canal de rent-a-car, atingiu as 6801 unidades, no passado mês de abril. Relativamente a veículos novos, o conjunto das empresas associadas da ARAC que se dedicam ao aluguer de curta duração (veículos ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros, pesados de mercadorias, todo-o-terreno e motociclos) adquiriu um total de 7304 veículos, relativamente aos 7186 do mesmo período do ano anterior. À semelhança do mercado nacional de um modo geral, os segmentos A, B e C são aqueles que representam a maioria das aquisições efetuadas pelas empresas de rent-a-car. /
DACIA DOKKER DE PASSAGEIROS A Dacia reforçou a sua oferta em Portugal com a introdução da versão de passageiros do modelo Dokker, que já está disponível em três versões distintas – “Essential”, “Comfort” e “Stepway” – e duas motorizações, TCe 115 (gasolina) e dCi 90 (diesel). Esta nova proposta pretende dar resposta a quem procura um veículo polivalente, seja para atividades de lazer ou profissionais. O Dacia Dokker
oferece portas laterais deslizantes, que facilitam o acesso aos lugares traseiros, e também se carateriza pela sua funcionalidade, graças ao banco traseiro rebatível, que facilmente se transforma em posição de mesa, conferindo-lhe uma notável versatilidade.
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RENT-A-CAR
DUARTE GUEDES - ADMINISTRADOR HIPOGEST
“HERTZ É A MARCA DE REFERÊNCIA NO SETOR DO ALUGUER” Presente no mercado nacional desde 1959, a Hertz passou a ser representada pelo Grupo Hipogest em 1998 como master franchise. Atualmente conta com 60 pontos no nosso país e uma frota de aluguer de aproximadamente oito mil veículos TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS CARLOS PEDROSA
O
Grupo Hipogest assumiu a responsabilidade de representar a Hertz em Portugal como master franchise em 1998 e esta ligação, que assinala agora duas décadas, revelou-se um sucesso para ambas as partes. O próprio crescimento do turismo nos últimos anos contribuiu para que esta área de negócio do aluguer de automóveis tenha ganho importância no volume de negócios do Grupo Hipogest, segundo afirma Duarte Guedes, administrador responsável pela Hertz em Portugal. Além do aluguer tradicional de automóveis, a representante nacional da marca norte-americana alargou o seu portefólio, tendo introduzido o serviço de carsharing 24/7 City com veículos elétricos, um serviço de veículos comerciais partilhados 24/7 e um inovador serviço de aluguer de motos Hertz Ride, que nasceu em Portugal e se está a implementar noutros países como Espanha, França, Itália, Áustria, Dubai e África. No próximo ano chegará aos Estados Unidos. A Hertz está a assinalar o seu centésimo aniversário e o 20º aniversário de presença no mercado nacional através do Grupo Hipogest, como master franchise. Qual o balanço desta parceria? O balanço é muito positivo. A Hertz está presente em Portugal desde 1959 e o Grupo Hipogest adquiriu a operação em 1998. A estratégia inicial passava por ter um cliente frotista no âmbito da atividade de distribuição automóvel. A
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partir daí a operação começou a ganhar vida, não só como cliente interno de frotas, mas assumindo um papel muito importante dentro do Grupo Hipogest. A Hertz é uma marca muito forte e o próprio conceito de aluguer de automóveis foi criado há um século, pelos seus dois fundadores, em Chicago. A Hertz é a marca de referência em todo o mundo no setor do aluguer. O que significa esta área de negócio do rent-a-car para o Grupo Hipogest? Com o crescimento do turismo em Portugal nos últimos anos, esta área de negócio do aluguer de automóveis tem ganho importância na atividade do Grupo Hipogest. O que é hoje a Hertz em Portugal em termos de estrutura, frota, funcionários? Hoje em dia, estamos presentes em 60 pontos do País, incluindo os aeroportos. Temos ainda vários clientes na área corporate e de veículos de substituição. A nossa equipa tem cerca de 250 pessoas. A nossa frota tem cerca de oito mil veículos em pico. A Hertz Portugal foi o primeiro franchise do Mundo a operar o conceito multimarca da Hertz, que inclui as marcas Hertz, Thrifty, Dollar, Firefly, as quais abrangem os mais diversos segmentos de mercado na área turística. Uma outra empresa da Hertz está vocacionada para o aluguer de equipamentos para construção, obras públicas e eventos.
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HERTZ PORTUGAL
A idade média dos colaboradores é relativamente baixa. O que significa para a empresa? Cerca de 70% dos colaboradores têm uma idade abaixo de 45 anos e metade abaixo de 35 anos. Temos um misto de pessoas relativamente jovens e outras mais experientes. É uma média equilibrada, o que também se aplica à distribuição entre homens e mulheres. Isto significa uma renovação de quadros para preparar o futuro? A experiência é muito importante para transmitir conhecimento, mas o rejuvenescimento dos quadros é essencial, não só do ponto de vista tecnológico, mas, também de novas experiências oriundas de outras áreas. O setor automóvel tem assistido a uma grande transformação. Nos próximos anos irá registar uma evolução maior do que aquela ocorrida nos últimos 40 a 50 anos. Na sua atividade tradicional de rent-a-car, como tem evoluído o negócio? O turismo tem sido o motor principal do aluguer de automóveis nos últimos cinco anos. O crescimento do turismo e do volume de negócios atraiu mais concorrentes para o setor, designadamente várias empresas estrangeiras, designadamente espanholas, especializadas neste mercado tipo de mercado. Há um crescimento do número de players. Qual tem sido a resposta do rent-a-car tradicional? Estamos a tentar dar o próximo passo para preparar a próxima fase, apostando no car-sharing e em plataformas digitais. Neste setor, quais os segmentos com mais procura em termos de automóveis? Neste momento, metade da frota pertence ao segmento económico (B/A) e depois disso do compacto para cima. Um terço da nossa frota é de fabricantes alemães. Isso revela que o segmento dos compactos tem crescido bastante nos últimos dez anos. Existem alguns mercados turísticos, como os Estados Unidos ou Brasil, onde os segmentos A e B já não penetram. Ao virem fazer turismo para Portugal, as pessoas procuram um carro de maiores dimensões. Esses turistas também procuram carros de caixa automática e, por vezes, é difícil responder a essa procura. Por outro lado, também temos vindo a assistir a uma alteração no comportamento das pessoas, que deixam de levantar o carro no aeroporto para o fazerem no centro da cidade. Em junho e julho do ano passado passámos a ter uma procura na loja do centro de Lisboa porque os turistas utilizam outros meios de transporte para acederem à cidade. Portugal continua a ser muito propício à utilização do automóvel porque em menos de três horas é possível ir de Lisboa ao Algarve ou de
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Lisboa ao Porto. A flexibilidade de andar num automóvel num país da nossa dimensão permite fazer um programa completo.
dade no destino, que também passa pelo automóvel que utiliza.
Os fun cars também se inserem nessa lógica? A Hertz também disponibiFaz parte da experiência das liza veículos de segmentos de férias e do turismo. Temos luxo ou desportivos. A quem uma parceria com a Fiat no A HERTZ ESTÁ se destina esse tipo de produto âmbito da Squadra Itália e PRESENTE EM 60 e qual a recetividade? colocamos uma frota de veíPONTOS DO PAÍS. A Hertz é uma marca que tamculos Abarth, com o 500 e o A FROTA PODE bém tem um posicionamento 124, e versões Quadrifoglio da CHEGAR AOS OITO premium no mundo inteiro Alfa Romeo. Procuramos tamMIL VEÍCULOS, com as suas frotas prestige. A bém fazer a diferença por aí. DOS QUAIS CERCA Hertz tem muitos clientes emVamos ter uma parceria com a DE 30% SÃO DE presariais e corporate a quem Mercedes para uma mini-froMARCAS ALEMÃS. disponibiliza veículos de substa AMG, com uma experiênEM MÉDIA CADA tituição de segmento superior. cia diferente para os clientes. VEÍCULO FICA OITO No segmento turístico, esta MESES AO SERVIÇO oferta também pode constituir Quando estará disponível DA RENT-A-CAR upgrades às reservas que os essa frota AMG? clientes trazem. Por exemplo, A partir do segundo semestre. no aeroporto de Lisboa temos Vamos ter veículos AMG em muitos upgrades vendidos aos frota e estamos a trabalhar clientes. O mercado brasileiro e norte-ameri- num produto AMG em circuito para oferecer cano gosta muito desse tipo de automóveis. É aos nossos clientes e parceiros um tipo de exum cliente que vem de férias e procura quali- periência diferente.
Em média, quanto tempo fica um veículo na frota? Cerca de oito meses. De referir que 75% da nossa frota está em regime de buy-back. Somos responsáveis por vender os restantes 25% ao cliente particular. Quais são as principais marcas na frota da Hertz? Cerca de um terço são marcas alemãs: BMW, Mercedes-Benz, Volkswagen e Audi. Depois também temos Renault, Opel, Peugeot, Citroën, Ford, Fiat. Nós acabamos por ser o reflexo do mercado. Quer no caso do buy-back ou das vendas diretas de usados temos interesse em que o produto tenha procura. Portanto, a nossa frota não será muito diferente daquela que existe no mercado português porque nós não exportamos. Se calhar, como empresa, temos uma percentagem um pouco maior no segmento C e superior porque se tratam de modelos com melhores valores residuais em Portugal. Essa preocupação não é só nossa como também das marcas para nos garantir um custo mais eficiente.
Numa frota que pode atingir os oito mil veículos, como é feita a sua gestão e a sua rotação? Quais as preocupações da empresa na sua política de aquisição? A nossa preocupação consiste na otimização do nosso principal custo que são os automóveis. Temos de levar em conta a sazonalidade do nosso negócio. Ao escalonar as compras temos de equacionar esse aspeto e temos uma grande preocupação para que os níveis de utilização sejam os mais elevados possíveis. Outro aspeto é o custo do próprio veículo. A partir daí temos várias formas de aquisição: direta, que depois vendemos; temos acordos de buy-back com as marcas, com períodos que podem ir dos três a quatro meses até aos 18 – 24 meses. Temos de montar este puzzle todo e tentar que se adeque à nossa procura. Há aqui um trabalho de planeamento que envolve preço, promoções e a estimativa da procura. Depois temos a parte de logística interna, que faz a análise diária das reservas, para que aeroportos e qual a movimentação de carros.
O que representa este canal de venda de usados para a Hertz? É essencial para o negócio porque estamos a trabalhar a componente do nosso maior custo. Ao irmos diretamente ao particular estamos a reduzir o custo da nossa frota. Em 2018, prevemos vender mil carros a particulares, o que já é muito relevante. 80% dos carros que compramos destinam-se a ser vendidos a cliente final. Temos de ter uma gama ampla que cubra diversos segmentos, mas somos muito criteriosos a comprar os automóveis e vamos ao detalhe em cada carro em termos de cores, equipamentos. A Hertz também oferece o serviço de aluguer de veículos comerciais 24/7 em parceria com a Leroy Merlin. Qual a caraterística deste serviço, a quem se destina, qual a recetividade e as principais vantagens? O serviço 24/7 arrancou há três meses e é pioneiro em Portugal no domínio do Van Sharing. Neste caso adotamos a tecnologia internacional da Hertz. Já estamos em 11 lojas da Leroy Merlin e com um elevado sucesso. O serviço permite resolver a questão do transporte de produtos de grandes dimensões adquiridos nesses espaços comerciais. Por vezes, os transportes assegurados pelos parceiros não têm disponibilidade imediata. Basta fazer o registo num iPad e fazer um aluguer à hora de um veículo comercial. É uma outra vertente que estamos a explorar no campo da mobilidade.
PIONEIRISMO COM 24/7 CITY A Hertz disponibiliza um serviço de carsharing com veículos elétricos, 24/7 City, cuja frota é atualmente constituída por 60 viaturas. O serviço é diferente de outros existentes em Lisboa porque não é free-float, isto é, o cliente tem de iniciar ou terminar a viagem nas suas bases: aeroporto de Lisboa, Parque das Nações, no centro de Lisboa na rua Castilho, Lagoas Parque, Tagus Park e, Cascais, desde o mês passado e em associação com a MobiCascais. Um dos motivos que levou a apostar na introdução do serviço de carsharing consistiu na parceria estabelecida com a start-up tecnológica portuguesa Mobiag, que desenvolveu uma plataforma digital. “Esta parceria foi interessante porque, embora a Hertz tivesse uma tecnologia semelhante, preferimos a solução portuguesa porque nos permitia desenvolver mais proximamente do que se tivesse no universo da Hertz”. O responsável adianta que este projeto possibilitou a obtenção do conhecimento relativamente ao aluguer de carros partilhados, sem chave nem balcão tradicional. “Sabendo nós que isso já é uma realidade queríamos, desde cedo, aprender a parte digital”, afirma. Outro motivo está relacionado com a mobilidade elétrica, que levanta desafios operacionais, como, por exemplo, a gestão da frota. Como a Hertz também tem uma componente de clientes empresariais, o 24/7 City permite alargar a oferta para esse público-alvo e disponibilizar mais uma solução. “Isto permite-nos ir a parques empresariais, instalar uma frota de automóveis partilhados e propor a grandes empresas soluções de carsharing interno”, afirma Duarte Guedes. “O Lagoas Parque e o Tagus Park já são nossos interlocutores, para os quais ampliamos a oferta juntamente com a Mobiag. O balanço tem sido positivo”.
Qual é a frota afeta ao serviço 24/7? Neste serviço temos cerca de 30 viaturas. Estamos a abrir lojas com outros parceiros e a tendência é para aumentar.
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RENT-A-CAR
HERTZ
CARSHARING É RENT-A-CAR O incentivo à experimentação do conceito de carsharing “é positivo”, defende Duarte Guedes, administrador do Grupo Hipogest, a propósito do novo regulamento para a atividade do rent-a-car, que prevê a desmaterialização dos procedimentos para aluguer de veículos e também tipificou o conceito de carsharing. “O Governo conhece este dossiê”, refere o entrevistado. “O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente tem feito investidas importantes e corajosas nesta área. Além disso, também conhece o setor. Por outro lado, a secretária de Estado do Turismo também é uma interlocutora que conhece o assunto”, acrescenta, adiantando que é “importante o fomento” do carsharing. “Nesta ótica das grandes cidades em que o aluguer substitui a posse, o carsharing vem de encontro aquilo que fazemos há cem anos”, afirma, considerando positivos os incentivos à utilização do rent-a-car. Relativamente à tipificação do conceito de carsharing, que se passa a alugueres com uma duração até 12 horas ou deslocações até 100 quilómetros”, Duarte Guedes considera que “é difícil perceber” a fronteira entre rent-a-car e carsharing. “Para nós, é tudo rent-a-car. Somos especialistas no aluguer de curto prazo. Já hoje alugamos ao minuto, à hora, ao dia, à semana, ao mês. O carsharing não é mais que um rent-a-car 2.0, mas continua a ser um rent-a-car! Quando temos a fiscalidade automóvel, o IVA, fica difícil dizer que uma coisa é rent-a-car e a outra é carharing. A polémica vai por aí. Como vamos tratar isto? Se alugar o carro por menos de x horas é carsharing? Mas tem de estar na plataforma de carsharing? Porque não é considerado um aluguer? A empresa que faz é a mesma”, refere o entrevistado.
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Qual tem sido a recetividade a este serviço? Tem sido bastante elevada. Iniciámos o serviço em janeiro em Matosinhos e em março já tínhamos dez lojas, com 1229 clientes registados. Em abril, a operação tinha aumentado para 11 lojas, com dois veículos em cada uma. Em março, a receita já era bastante considerável, superior à do 24/7 City. Vem responder a uma necessidade? Claramente. Com o 24/7 City estamos a procurar demonstrar que o car sharing é uma alternativa. O 24/7, por seu lado, vem resolver uma necessidade imediata. A Hertz tem alguma tradição no aluguer de veículos comerciais? Representa cerca de 5% do nosso negócio total. Acreditamos que podemos fazer mais. É muito para clientes empresariais. Quando o Ikea
veio para Portugal, começámos a fazer aluguer de veículos comerciais nas suas instalações, embora de uma forma mais manual porque na altura não tínhamos acesso à tecnologia. Além de Portugal, a Hipogest também está presente com a Hertz em outros mercados, designadamente Cabo Verde e Angola? O que representa esta expansão internacional? Em termos de Hertz avançámos, desde muito cedo, com o rent-a-car tradicional para Cabo Verde e Angola. Como grupo já tínhamos atividade nesses países e encontrámos procura para os nossos serviços. Em Cabo Verde numa lógica de resorts com durações mais curtas e em Angola numa ótica de serviços com motorista para empresas. Essas operações representam cerca de 3% do total de vendas. Após estes 20 anos, quais são as apostas da Hertz para o futuro? O objetivo é continuarmos a ser relevantes num setor que está a conhecer uma profunda transformação. Há dois anos, o setor do carsharing e ride-hailing valia 17 mil milhões de dólares em todo o mundo. Daqui a 12 anos vai valer mais de 80 mil milhões. Surgiram um conjunto de novos operadores no nosso negócio de aluguer, como por exemplo, os fabricantes com serviços de aluguer, empresas tecnológicas, que não estavam habituadas a estar neste setor. Estamos nisto há cem anos, mas agora temos o setor em revolução porque a tendência vai ser essa: menos posse e mais aluguer. A parte tecnológica deu um enorme impulso, assim como a alteração da mentalidade das gerações mais jovens. /
HERTZ RIDE
MAIOR OPERADOR EUROPEU DE MOTOTURISMO Nasceu em Portugal o maior serviço europeu de mototurismo, que inclui aluguer de motos e pacotes turísticos. O Hertz Ride já está disponível em Espanha, Itália, Áustria, Dubai ou África do Sul. No próximo ano, chega aos Estados Unidos TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTO CARLOS PEDROSA
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Grupo Hipogest desenvolveu um serviço inovador de aluguer de motos e de pacotes turísticos, denominado Hertz Ride. O conceito surgiu há cinco anos com motos BMW, cilindrada acima de 700 cc, idade até sete meses e menos de 15 mil quilómetros. As motos estão todas equipadas com malas laterais e de topo, bem como acessórios de proteção da Touratech. “Criámos esta marca específica porque os automóveis e as motos são mundos diferentes”, explica Duarte Guedes, administrador da Hipogest. “As motos têm uma componente mais emocional”, acrescenta o responsável, adiantando: “Desde sempre quisemos separar as duas atividades porque o aluguer de motos nunca iria funcionar como se se tratasse de automóveis ou de um segmento da Hertz”. “Neste negócio específico, a Hertz dá a marca. Nós tratamos do resto. Foi uma exigência nossa para construirmos a maior rede do mundo de aluguer de motos. Não queremos que a Hertz faça a gestão com a cabeça do rent-a-car. Tem de ser um projeto das motos e baseado em Lisboa”, refere o responsável. Atualmente, a Hertz Ride já é o maior operador na Europa em termos de rede e de frota de motos. “O que existe neste mercado é uma empresa espanhola, outra austríaca. Nós já somos uma rede que permite fazer um Lisboa – Madrid ou um Nice – Milão. Os nossos planos passam por uma maior expansão, quer diretamente como nos Estados Unidos no próximo ano, quer em regime de subfranchise desta marca que criámos, gerida por nós. Temos países, como por exemplo, Áustria, África do Sul ou Dubai interessados em participar na nossa rede, com exploração deles e nossa supervisão”. Para desenvolver o serviço, o Grupo Hipogest contratou pessoas especializadas em veículos de duas rodas e operadores turísticos de mo-
toturismo. “Pedimos à Hertz para fazer uma submarca, criada em Portugal, denominada Hertz Ride”, afirma Duarte Guedes. Quando começaram a ser desenvolvidos contactos internacionais para atrair turistas para o serviço de mototurismo, este suscitou interesse de empresas estrangeiras. O primeiro convite veio da Touratech, de Espanha, que pretendia ver este produto disponibilizado nas suas lojas. “A Hertz não estava interessada em desenvolver o produto de motos e deu-nos autorização para abrirmos em Espanha. Assim fizemos em Madrid, Barcelona e Alicante”, explica o entrevistado. “Ao ver este produto, a Hertz em França também se mostrou interessada – abrimos no ano passado em Paris e em Nice – e desenvolvemos circuitos nesses países. A seguir foi Itália que manifestou interesse: abrimos em maio em Roma e Milão”. Além do aluguer de motos, a Hertz Ride também comercializa pacotes turísticos que podem incluir ‘tour leader’, hotéis e refeições. As
rotas sugeridas podem ser consultadas nos sites dos países em que o produto está disponível. Outras opções consistem em ‘self-guided tours’, que são carregados no GPS, com sugestões de rotas, ou circuitos mais alargados. “O cliente pode juntar-se a um grupo e fazer um circuito liderado por nós ou, então, pode solicitar a construção de um circuito à medida, como já sucede nalguns mercados”, salienta Duarte Guedes. As rotas são aprovadas pela estrutura da Hertz Ride em Portugal, que também gere os sites e as reservas. “É um projeto que tem muita aceitação, mas é um nicho de mercado. Por isso, é que a Hertz não o toma em mãos. Pensamos que em Portugal temos perfil para agarrar esse desafio e estamos muito motivados a ir por esse mundo fora com o conceito Hertz Ride”, esclarece o entrevistado. “O conceito nasceu em Portugal e a sua gestão vai ser portuguesa”, assegura, adiantando que “os centros de reserva estão em Portugal”. /
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COMERCIAIS
MERCEDES-BENZ SPRINTER
A REINVENÇÃO A Mercedes-Benz Vans vai lançar a terceira geração da Sprinter já em junho. Uma família mais alargada que conta com sistemas de conectividade e estreia versões de tração dianteira TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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einventar a Sprinter foi o objetivo da Mercedes-Benz Vans ao desenvolver a terceira geração deste modelo, ao abrigo da iniciativa “adVANce”, que passa a ser o primeiro comercial ligeiro da marca a disponibilizar soluções inovadoras ao nível da conectividade e serviços digitais, como o avançado sistema de gestão de frotas, Mercedes PRO Connect. Proposto em oito pacotes de conectividade, tem como objetivo otimizar a eficiência da operação e diminuir a carga administrativa, facilitando ainda a tarefa quotidiana do utilizador. O Mercedes PRO Connect assegura a monitorização do veículo, operações do veículo, comunicação entre a frota, gestão da manutenção, gestão de acidentes e um registo
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digital do condutor. A função de monitorização do veículo apresenta todos os dados relevantes do veículo e mostra a utilização do veículo durante um período de tempo definido. As operações do veículo permitem o acesso à localização do veículo quase em tempo real ou a disponibilização de informação sobre quando um veículo entra ou sai de uma zona definida (geofencing). O envio de mensagens, endereços ou dados de contacto entre a Vehicle Management Tool e a aplicação Mercedes PRO connect melhora a comunicação entre a frota, enquanto as informações sobre as próximas operações de assistência do veículo facilitam a gestão da manutenção. O novo Mercedes-Benz Sprinter também é o primeiro comercial ligeiro a estar dispo-
nível, em opção, com o sistema multimédia Mercedes-Benz User Experience (MBUX), que permite uma conectividade permanente. Para o efeito, o veículo dispõe de um módulo de comunicação para assegurar a necessária ligação à Internet. O sistema pode ser comandado através de um ecrã tátil de alta resolução de 7 ou 12 polegadas, através de botões localizados no volante multifunções ou por voz. O sistema inclui ainda um interface Bluetooth que permite o emparelhamento com smartphones. O MBUX também inclui um sistema de navegação que oferece mapas de elevada resolução. A Mercedes-Benz também utiliza o sistema de comando “what3words”, que atribui três palavras a qualquer ponto na superfície terrestre. Isto torna a navegação ainda mais simples e segura. Este sistema MBUX
GAMA ALARGADA Pela primeira vez, a gama Sprinter estará disponível em versões de tração traseira, integral e dianteira. O furgão de mercadorias, o chassis-cabina e o “tourer” de passageiros são alguns dos derivativos deste modelo
também possibilita a criação de perfis de utilizadores diferentes em cada veículo, com os respetivos contactos individualizados na agenda telefónica. A própria gama Sprinter também foi substancialmente alargada, passando a contar com mais de 1700 versões, que resultam da combinação de quatro comprimentos máximos, quatro alturas de teto, três alturas de acesso ao compartimento de carga. A oferta da marca alemã para o segmento de veículos comerciais com pesos brutos das 3,0 às 5,5 toneladas compreende seis tipos de carroçaria: furgão fechado, “tourer” de passageiros, chassis-cabina simples e dupla, minibus ou plataforma para autocaravana. TRAÇÃO DIANTEIRA EM ESTREIA Pela primeira vez estarão disponíveis três conceitos de tração – traseira, integral e dianteira – e duas opções de motor, incluindo um bloco diesel de quatro cilindros em linha de 2,1 litros com três níveis de potência – 114 cv, 143 cv e 177 cv – e um propulsor de seis cilindros em linha de 3,0 litros e 190 cv. Esta oferta será reforçada, em 2019, com uma variante cem por cento elétrica, que irá oferecer uma autonomia máxima de 200 quilómetros. As versões de tração dianteira permitem não só aumentar o volume útil de carga em aproximadamente 0,5 m3 como a carga útil em 50 quilos, comparativamente com a versão equivalente
de tração traseira. A altura de carga baixou oito centímetros, facilitando as operações de carga e descarga dos veículos de transporte de mercadorias e a entrada/saída da zona de estar e dormir das autocaravanas. Além disso, a altura da porta traseira interior aumentou em oito centímetros. A capacidade máxima de reboque é de duas toneladas. O novo conceito de tração dianteira, que também será aplicado na versão elétrica, pode ser combinado com a nova caixa manual de seis velocidades ou com a transmissão automática de nove velocidades com conversor de binário. A tração dianteira estará disponível nas versões furgão, chassis-cabina ou trator, com distâncias entre-eixos de 3259 mm e 3924 mm e pesos brutos de 3,0 toneladas, 3,5 toneladas e 4,1 toneladas. A cabina da nova Sprinter também foi otimizada ergonomicamente para proporcionar as melhores condições de conforto aos utilizadores. Os bancos oferecem um bom apoio lombar, podendo ser ajustados manual ou eletricamente. O arranque sem chave e o sistema de ar condicionado melhorado foram algumas das inovações introduzidas. Em função das necessidades dos utilizadores estão disponíveis quatro painéis de bordo, desde o nível base, que não tem rádio, até ao topo de gama com revestimento de plástico em dois tons e ecrã tátil de 10,25”. /
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FIAT FULLBACK CROSS
APROXIMAÇÃO AOS SUV Com base na carroçaria de cabina dupla da pick-up Fullback, a Fiat desenvolveu uma versão mais equipada deste modelo, com imagem de SUV, motorização de 180 cv e aptidões de todo-o-terreno TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
C
om o intuito de oferecer ao mercado um conjunto alargado de soluções de mobilidade e transporte, a Fiat Professional entrou no segmento das pick-up com o modelo Fullback, ao abrigo de um acordo estabelecido com a Mitsubishi Motors. Como as versões de lazer deste tipo de veículos representam cerca de 25% das vendas na Europa, a marca italiana decidiu introduzir uma variante topo de gama, com base na carroçaria de cabina dupla e motorização turbodiesel de 2,4 litros com 180 cv que recebeu a designação Fullback Cross. Relativamente à versão convencional de cabina dupla apresenta um estilo exterior mais
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cuidado, inspirado à imagem dos SUV, onde se incluem vários detalhes em preto na carroçaria, designadamente a grelha frontal, as capas dos retrovisores ou os puxadores das portas. Para reforçar esta imagem distintiva, o arco de proteção aerodinâmico, a cobertura da caixa de carga, os estribos laterais e as jantes de 17” também são nessa cor. O pacote estético inclui ainda faróis bi-xénon e luzes de circulação diurna em LED. Com um comprimento exterior de 5,28 metros e uma distância entre-eixos de três metros, o habitáculo oferece cinco verdadeiros lugares e cotas generosas para os ocupantes. Mesmo os passageiros dos bancos traseiros dispõem de espaço mais que suficiente para as pernas.
Como não poderia deixar de ser numa versão mais vocacionada para o lazer, o equipamento de série é bastante completo, não faltando os bancos em pele, aquecidos à frente e com regulação elétrica no lado do condutor, o ar condicionado automático com saídas independentes, o volante em pele – que inclui comandos para o rádio, para o cruise-control ou para o sistema de mãos-livres Bluetooth -, o ecrã tátil de sete polegadas, que permite aceder ao rádio, ao sistema de navegação ou ao leitor de CD/MP3, vidros traseiros escurecidos, câmara traseira ou faróis automáticos. No que se refere à segurança, a Fullback Cross conta com sete airbags (incluindo o de joelhos para o condutor), programa eletrónico de es-
FIAT FULLBACK CROSS 2.4 D 4WD (180 CV)
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
-
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 671,62€ 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Manutenção, Seguro danos próprios, Assistência em viagem, Pneus (ilimitados), Veículo substituição, IUC, IPO. Valor inclui IVA. Contrato LeasePlan
Jantes de 17’; Bancos em pele, com regulação elétrica no lado do condutor; Ar condicionado automático; Volante em pele, com comandos para o rádio e cruise-cruise; Ecrã tátil de sete polegadas; Vidros traseiros escurecidos; Câmara traseira; Faróis automáticos, Estribos laterais: Start-Stop; Auxiliar de Arranque em Subida; Aviso de Desvio de Faixa.
TÉCNICA PREÇO 42088 € // MOTOR 4 CIL; 2442 CC; 180 CV; 3500 RPM // BINÁRIO 430 NM // TRANSMISSÃO 4WD; 6 VEL Man // PESO 1950 KG // COMP./LARG./ALT. 5,28/1,78/1,77 m // CONSUMO 6,9 (8,4*) // EMISSÕES CO2 180 G/KM // IUC 53,00€
EQUIPAMENTO MOTOR
SUSPENSÃO LÂMINAS CAIXA CARGA
*As nossas medições
tabilidade, auxiliar de arranque em subida, aviso de desvio de faixa (ativo a velocidades superiores a 65 km/h) ou o assistente de estabilidade de reboque. MOTOR DE 180 CV No capítulo mecânico, o motor disponível nesta versão é o diesel Euro 6 de 2,4 litros, que desenvolve uma potência máxima de 180 cv às 3500 rpm e um binário máximo de 430 Nm às 2500 rpm. Este propulsor denotou uma elevada elasticidade e disponibilidade de binário a partir das 1500 rpm. A caixa manual de seis velocidades está bem escalonada e permite retirar o melhor rendimento deste propulsor. O sistema de tração oferece quatro modos diferentes, sendo possível passar em andamento de duas para quatro rodas motrizes através de um comando giratório localizado na parte inferior da consola central, o qual também possibilita engrenar as redutoras ou o bloqueio do diferencial traseiro. Em termos de aptidões em fora de estrada, esta pick-up da Fiat Professional possui um ângulo de ataque de 30º, de saída de 22º, ventral de 24º e de inclinação lateral de 45º. A distância ao solo é de 200 mm. O consumo anunciado pela marca é de 6,9 l/100 km mas, em condições reais de utilização, o computador de bordo indicou valores entre 8,4
l/100 km em estrada e mais de 12,0 l/100 km em cidade ou autoestrada. O sistema Start-Stop é de série nesta versão. Será de referir que o veículo pesa em vazio quase duas toneladas. A capacidade de reboque é de 3100 kg com travão. A caixa de carga apresenta um comprimento de 1,52 metros e uma largura de 1,47 metros, encontrando-se totalmente revestida com uma “bedliner” em plástico preto que, em conjunto com o arco de proteção, proporciona um visual mais requintado. O único inconveniente é que cobre os pontos de fixação de carga, o que poderá levantar alguns problemas quando se pretende transportar mercadoria. A capacidade de carga anunciada é de 1,1 toneladas. A suspensão traseira é de lâminas, que é eficiente para transporte de cargas mais pesadas, mas que em vazio é penalizadora para o conforto dos passageiros, especialmente em pisos mais degradados. No que se refere ao preço de venda ao público, o Fiat Fullback Cross é proposto a partir de 42.088 €. Quanto a soluções de financiamento, a FCA Capital disponibiliza um contrato de leasing, sem entrada inicial e um valor residual de 20%, com uma mensalidade de 794,72 € para um prazo de 48 meses. Para quem prefere o renting, a LeasePlan propõe um valor de renda mensal de 671,62 € para igual período ou 80 mil quilómetros. /
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MAN TGE FURGÃO STANDARD 3.180
ESTREIA EM GRANDE A MAN entrou no segmento dos comerciais com a TGE, alargando a sua oferta de soluções de transporte com pesos brutos entre as 3,0 e as 5,5 toneladas. Uma das versões é o furgão standard com motorização diesel de 180 cv TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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MAN Truck & Bus abriu um novo capítulo na sua centenária história ao passar a disponibilizar uma gama de veículos comerciais com pesos brutos entre as 3,0 e as 5,5 toneladas. Designado como MAN TGE, o novo modelo foi desenvolvido em parceria com a Volkswagen Veículos Comerciais, partilhando a mesma plataforma
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e os principais componentes mecânicos com a Volkswagen Crafter. Para se diferenciar da sua “irmã”, também produzida na mesma fábrica na Polónia que foi construída de raiz para estes modelos, a MAN TGE apresenta os principais traços da atual linguagem de design da marca alemã, como, por exemplo, a grelha dianteira escura, com o logotipo ao centro e o leão cromado
na parte superior, assim como os grupos óticos com luzes de circulação diurna em LED. Uma das versões disponíveis consiste no furgão de mercadorias com paredes laterais em chapa, chassis médio e teto alto (L3H3). Isto traduz-se num veículo com um comprimento exterior de 5,98 metros, uma largura de 2,04 metros (2,42 metros com espelhos) e uma distância entre-eixos de 3,66 metros.
A combinação de um comprimento interno do compartimento de carga de 3,45 metros, uma largura de 1,83 metros – sendo de 1,38 metros entre as cavas das rodas – e uma altura de 1,96 metros, permite assegurar um volume útil de carga de 11,3 m3 , assim como o transporte de quatro europaletes. O compartimento de carga possui olhais para fixação da mercadoria e piso em chapa. A carga útil da unidade ensaiada, homologada com um peso bruto de 3500 quilos, é de 1265 quilos. A cabina foi concebida para proporcionar um ambiente confortável para os utilizadores que têm de passar muitas horas por dia a bordo. Os materiais são de qualidade e o rigor na montagem irrepreensível. O desenho do painel de bordo apresenta um design horizontal, estando dividido em três zonas funcionais: compartimento fechado no lado do passageiro, consola central e posto de condução. O banco do condutor, que na unidade ensaiada era pneumático, pode ser ajustável em altura, inclinação e profundidade. O volante também é regulável em altura e inclinação, além de dispor de comandos para o cruise control, limitador de velocidade, do rádio e do telefone. A alavanca da caixa de velocidades está localizada na consola central, libertando espaço no meio da cabina. O banco do acompanhante é duplo e possibilita a criação de um espaço adicional, levantando os assentos ou inclinando o encosto dos bancos dos passageiros. A TGE tem disponível, em opção, um sistema de infotainament, que pode ser utilizado através de comandos de voz e um ecrã tátil de oito polegadas. Este pode ser conectado a qualquer dispositivo SD/USB e ligado a um smartphone. Este sistema permite aceder aos dados do veículo, ao rádio e à navegação, entre outros. Em termos de equipamento, a dotação de série inclui fecho central de portas, ar condicionado Climatic, assistente de arranque em subida, assistência à travagem de emergência. Entre as opções destaque para dispositivos de apoio à condução como o assistente de estacionamento atrás e à frente, com câmara traseira e sensores, alerta de ângulo morto ou o assistente de faixa de rodagem. No capítulo mecânico, uma das opções é a motorização 2.0 TDi de 177 cv, que não só oferece um elevado binário a baixos regimes contribuindo para a agradabilidade de condução, mas também pelos consumos surpreendentes para um veículo que pesa em vazio mais de 2,2 toneladas. O computador de bordo indicou valores entre os 7,5 e os 7,9 litros por cada cem quilómetros. A MAN TGE Furgão Standard 3.180 está disponível a partir de 33.412 € (com IVA incluído). O acesso a uma versão mais bem equipada, designadamente em dispositivos de apoio à condução, como da unidade ensaiada, pode representar um acréscimo superior a cinco mil euros. /
MAN TGE FURGÃO STANDARD 3.180
TCO
CUSTO TOTAL DE PROPRIEDADE
PVP VR DEP MAN € COMB. UTILIZ
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FINANCIAMENTO
EQUIPAMENTO
RENDA - 485,85 € 4 anos/ 80 000 km INCLUI: Contrato de manutenção e reparação ConfortSuper MAN. IVA incluído. Contrato: MAN Financial Services.
Airbag duplo; Ar condicionado Climatic; Assistente de Arranque em Subida; Assistente de Vento lateral; Programa eletrónico de estabilidade; Regulação da velocidade de condução; Sistema de assistência à travagem de emergência; Fecho central de portas com telecomando; Vidros elétricos
PVP – Preço de Venda ao Público. Não inclui negociação da marca / VR – Valor residual / DEP – Depreciação / MAN – Custos com manutenção programada (exclui pneus) / COM – Custos com combustível / UTILIZ – Custo total de utilização para a totalidade do contrato (entre parêntesis, custo por 100 km). Todos os valores em Euros para a duração considerada (4 anos / 80 mil km)
TÉCNICA PREÇO 38.022€ (IVA incluído, unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1968 CC; 177 CV; 3.600 RPM // BINÁRIO 410 NM // TRANSMISSÃO DIANTEIRA, 6 VEL. Man // PESO 2.235 KG // COMP./LARG./ALT 5,98/2,04/2,59 M // CONSUMO 7,0 (7,9*) L/100 KM // EMISSÕES CO2 184 G/KM // IUC 53,00€ *As nossas medições
MOTOR CONSUMOS
OPCIONAIS PREÇO
CONFORTO E EQUIPAMENTO A cabina do TGE foi projetada para proporcionar um conforto semelhante ao de um ligeiro de passageiros, não obstante a posição de condução mais elevada. As opções incluem um sistema de infotainament com ecrã tátil de 8”
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NOTÍCIAS
MAN
TGE EM VERSÃO ELÉTRICA P
ara responder ao aumento da procura de veículos de emissões zero para distribuição e transporte de mercadorias em zonas urbanas, a MAN Truck & Bus vai lançar uma versão elétrica do modelo TGE, que será homologado com pesos brutos de 3,5 ou 4,5 toneladas, enquanto a capacidade de carga pode variar entre 950 e 1700 quilogramas. A MAN TGE recebe um motor elétrico síncrono de 100 kW e um binário de 290 Nm. Para não comprometer a autonomia, que pode chegar aos 160 quilómetros, a velocidade máxima está limitada eletronicamente a 90 km/h. O
RECORDE DE VENDAS MERCEDES A Mercedes-Benz Vans registou um novo recorde de vendas em 2017, tendo entregue 401 mil unidades, entre furgões e veículos para usos múltiplos, contra 359.100 unidades no ano
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consumo de energia anunciado é de aproximadamente 20 kWh/100 km. O comercial elétrico da MAN vem equipado com uma bateria de iões de lítio com capacidade de 36 kWh. O tempo de carregamento varia em função do equipamento utilizado. Num posto de carga rápido com potência de 40 kW, a bateria recupera cerca de 85% da sua capacidade em 45 minutos. Se a opção recair num posto de carga normal, a capacidade total é recuperada em 5h30. A bateria também pode ser carregada numa tomada doméstica de 220V, sendo necessárias cerca de nove horas para atingir a carga completa.
anterior (aumento de 12%). Para a divisão de comerciais ligeiros da Daimler, 2017 foi o quinto ano de crescimento e o quarto ano consecutivo de novos máximos de vendas. Igualmente positivo foi o volume de negócios de 13,2 mil milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 3%. Os resultados antes de juros e impostos (EBIT) atingiram 1,181 mil milhões de euros e também foram os melhores de sempre.
À semelhança da capacidade de carga, os sistemas de assistência também não foram afetados pela tecnologia elétrica. A MAN eTGE possui um elevado equipamento de série, incluindo sistema de navegação, pára-brisas aquecido, sistema de assistência à travagem de emergência (EBA), entre outras funcionalidades. Na fase inicial, a MAN eTGE pode ser encomendada com distância entre eixos standard (3,46 metros) e teto alto, com um preço de aproximadamente 69.500 €. As primeiras unidades serão utilizadas inicialmente nas áreas metropolitanas da Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Noruega e Holanda. /
DOIS MILHÕES DE VW CADDY A fábrica da Volkswagen Veículos Comerciais de Poznan, na Polónia, assinalou a produção de dois milhões de unidades do modelo Caddy. O veículo que assinala este marco histórico é um Caddy Maxi Trendline de 7 lugares, equipado com motor 1.4 TSI de 125 cv e caixa manual de seis velocidades. Lançado originalmente em 1982 no mercado europeu, o modelo Caddy já vai na sua quarta
geração. Este veículo é produzido na fábrica de Poznan desde 2003. No ano passado saíram da sua linha de montagem 165 mil unidades deste modelo, o que constituiu um aumento de 3,8% face a 2016 e um novo recorde de produção para esta unidade fabril.
OPEL VIVARO
PRODUÇÃO EM LUTON
O
RENAULT
EASY CONNECT FOR FLEET Renault Pro+ lançou um ecossistema de serviços conecpara os profissionais com o objetivo de facilitar a A tados gestão das frotas de veículos da marca e reduzir os custos. Trata-se do Renault Easy Connect que fornece, de forma segura, os dados dos veículos Renault, utilizando a caixa telemática Renault Communication Adapter, ligada à eletrónica do veículo. A solução permite o acesso a dados como a quilometragem, autonomia, localização geográfica, consumo, pressão dos pneus, alertas técnicos ou o número de quilómetros até à revisão seguinte. A adoção da solução Renault Easy Connect permite à empresa reduzir o custo de utilização da frota, graças a ganhos em termos de consumo, gestão e antecipação das operações de manutenção, facilitando a gestão da frota com base em dados fiáveis, rigorosos e diversificados. Esta solução possibilita também o fomento de uma condução eco-responsável, com ganhos a nível da redução de custos, diminuição das emissões de dióxido de carbono e no reforço da segurança através de um melhor comportamento ao volante. No desenvolvimento do Renault Easy Connect, a Renault celebrou parcerias com fornecedores de serviços de telemática (Telematics Service Providers -TSP) que criaram ferramentas adaptadas a cada atividade, permitindo responder não só às diversas exigências dos profissionais, mas também às particularidades de cada país em termos de legislação e seguros, entre outros. O contributo daqueles parceiros permitiu garantir a transmissão de dados dos veículos através de servidores seguros. Os dados são depois explorados pelos TSP e utilizados nos serviços adaptados à atividade do cliente. O Renault Easy Connect for Fleet proporciona elevada flexibilidade e compatibilidade, estando preparado para responder às necessidades dos profissionais que não beneficiam de um serviço de telemática na sua atividade. Mas também daqueles que já têm implementado um serviço de telemática e, assim, conseguem integrar esta solução para a transmissão dos dados dos veículos da marca Renault. A solução Renault Easy Connect for Fleet estará disponível em meados de 2018, na Europa, em toda a gama de veículos novos Renault e no parque circulante atual em após-venda. /
Opel/Vauxhall Vivaro irá continuar a ser produzido na fábrica de Luton, no Reino Unido, a partir de 2019, mas utilizará a plataforma EMP2 do Grupo PSA, adaptada para veículos comerciais ligeiros. A atual geração do comercial ligeiro de dimensões médias também é construído naquela unidade fabril, mas recorre à mesma plataforma e motorizações do Renault Trafic, ao abrigo de um acordo industrial com a marca francesa. A plataforma EMP2 foi estreada em veículos comerciais pelos modelos Citroën Jumpy, Peugeot Expert e também Toyota ProAce, sendo de admitir que algumas versões daqueles veículos, destinados ao mercado britânico, também possam passar a ser montados na fábrica de Luton. Será de referir que no ano de 2017 foram produzidas 60 mil unidades da atual geração Opel/Vauxhall Vivaro naquela fábrica. Com a nova plataforma EMP2, que estará operacional em meados de 2019, o objetivo é aumentar a capacidade de produção anual para 100 mil viaturas. /
FORD
RANGER WILDTRAK X
N
o seguimento do sucesso de vendas registado pela versão Black Edition, a Ford desenvolveu uma série especial da pick-up Ranger, Wildtrak X. A nova proposta está disponível, pela primeira vez, com uma pintura metalizada Azul Performance, e apresenta também acabamentos exclusivos em preto em elementos como a grelha do radiador, barra desportiva, barras de tejadilho, degraus laterais, jantes de liga leve e gráficos Wildtrak, bem como na cobertura do espaço de carga, que é de série nesta versão. O habitáculo recebe bancos em cabedal, com costuras contrastantes em cinza River Rock. A Wildtrack X será disponibilizada na carroçaria de Cabina Dupla, motor diesel TDCi de 3,2 litros de 200 cv, caixa automática de seis velocidades e sistema de tração integral. A Ranger Wildtrak X poderá ser encomendada nos concessionários Ford em Portugal a partir do próximo mês de julho e as primeiras unidades deverão começar a ser entregues aos clientes no último trimestre deste ano. /
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COMERCIAIS
NOTÍCIAS
VOLKSWAGEN VEÍCULOS COMERCIAIS
FROTA DE 28 AMAROK PARA ISN
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SIVA e a Volkswagen Financial Services entregaram uma frota de 28 pick-up Volkswagen Amarok ao Instituto de Socorros a Náufragos para apoiar a época balnear de 2018, no âmbito do projeto “Sea Watch”.Criado em 2011, o “Sea Watch” é resultado da parceria entre o ISN, a SIVA, o Volkswagen Financial Services e os Concessionários da Volkswagen e tem como objetivo promover a segurança nas praias de Portugal. Na cerimónia de entrega dos Volkswagen Amarok para a época balnear de 2018, que decorreu no Padrão dos Descobrimentos, estiveram presentes o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, o Diretor-Geral da Autoridade Marítima, Vice-Almirante Sousa Pereira, bem como João Pereira Coutinho e Pedro de Almeida, respetivamente Presidente do Conselho de Administração e CEO da SIVA, e Luís Schunk, Country Manager do Volkswagen Financial Services em Portugal. As viaturas serão utilizadas por militares da Marinha, que receberam formação específica para condução em todo-o-terreno e missões de socorro a náufragos, sobretudo em praias não vigiadas. As capacidades de todo-o-terreno, a elevada fiabilidade e os baixos consumos têm sido algumas das vantagens identificadas pelos operacionais relativamente ao Volkswagen Amarok, que dispõe de um motor diesel de 3,0
EMBAIXADOR MERCEDES CLASSE X O atleta profissional de BTT, Marco Fidalgo, é o novo embaixador do MercedesBenz Classe X em Portugal e para apoiar os seus
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litros V6 de 224 cv e um binário muito elevado que lhe confere melhores capacidades de condução na areia. Os Volkswagen Amarok ao serviço do ISN foram adaptados às necessidades do serviço de salvamento com uma transformação desenvolvida em Portugal pela SIVA que inclui suportes para equipamentos de emergência, pranchas de salvamento e macas, assim como as luzes de emergência. No final do período de utilização e da época balnear, duas destas pick-up serão entregues pelo Volkswagen Financial Services ao projeto
treinos e aventuras passou a contar com uma pick-up da marca alemã. Além de ser a primeira verdadeira pick-up de uma marca premium, o novo Mercedes-Benz Classe X representa a robustez típica do segmento e a sofisticação da marca – com uma performance pura e simplesmente inigualável, cujo intuito desde o primeiro momento é oferecer ainda mais confiança e fiabilidade associadas a um estilo de vida repleto de hábitos saudáveis.
“Sea Watch”, para utilização em ações de formação e sensibilização que decorrem ao longo de todo o ano em todo o País. O projeto “Sea Watch” possibilitou, em 2017, o salvamento de 72 veraneantes, efetuando 344 assistências de primeiros socorros e 22 buscas com sucesso de crianças perdidas. Desde o início do projeto, estimam-se que as pick-up Amarok tenham percorrido cerca de 250 mil quilómetros por cada época balnear (sobretudo em praias não vigiadas), tendo contribuído para mais de 1600 salvamentos de vidas humanas. /
PRÉMIO PARA FIAT DOBLÒ CARGO O Fiat Doblò Cargo foi eleito o “Veículo Comercial Compacto do Ano de 2018” pela publicação especializada inglesa “What Van?”. O modelo da Fiat Professional conquistou este prestigiado prémio pelo terceiro ano consecutivo. A carga útil de até uma tonelada, o volume útil de carga de até 5 m 3, a eficiência dos motores diesel de 1,3 e 1,6 litros e
do propulsor a gasolina de 1,4 litros, o excelente comportamento dinâmico graças à suspensão bi-link foram alguns dos fatores que levaram os membros do júri do prémio a atribuir o primeiro lugar na categoria a este modelo da Fiat Professional.
NOVIDADES
COMERCIAIS
OPEL VIVARO TOURER
PRIMEIRA CLASSE Por 417 euros mensais (já com IVA), a Opel e a ALD Automotive disponibilizam a nova versão Tourer da gama Vivaro, vocacionada para o transporte de passageiros
O
aumento da atividade turística está a contribuir para o crescimento da procura de veículos de transporte de oito e nove passageiros para transfers, shuttles, circuitos ou reuniões de negócio. Para responder às solicitações do mercado, as marcas têm vindo a introduzir propostas vocacionadas para o segmento de transporte personalizado e VIP, que se caraterizam por oferecer um nível de conforto mais elevado aos passageiros. A mais recente foi a Opel que passou a disponibilizar uma versão topo de gama do Vivaro, que recebeu a designação Tourer. A prioridade foi dada ao parâmetro “conforto”, procurando recriar o ambiente de uma sala onde não falta nem o requinte nem a versatilidade. Os bancos da segunda fila podem ser rodados em 180 graus e reclinados. Ao centro existe uma mesa rebatível que se instala sem dificuldade. A ligação de computadores e outros dispositi-
vos faz-se através de tomadas de corrente de 220 Volt e portas USB. O habitáculo possui iluminação de tejadilho em LED e os vidros são escurecidos. O equipamento de série compreende cruise control, volante em couro, espelhos retrovisores com comando elétrico, faróis de nevoeiro, luzes de circulação diurna, sensores de luz e chuva, sensor de estacionamento traseiro, vidros das portas dianteiros elétricos, ar condicionado (automático à frente e com regulação manual atrás), porta lateral deslizante, segunda fila de bancos para três passageiros amovível. Com um comprimento de 4,99 metros ou 5,39 metros, e uma altura de teto de 1,97 metros, esta versão foi homologada como ligeiro de passageiros e com um peso bruto de 2,7 toneladas. O seu interior permite transportar até nove passageiros e um volume útil de carga de 1,0 a 5,2 m3 .A nível mecânico, o Vivaro Tourer recebe um motor diesel Euro 6 com tecnologia BlueInjection de 1,6 litros que oferece níveis de
potência de 125 e 165 cv. A transmissão é assegurada por uma caixa manual de seis velocidades. O Opel Vivaro Tourer está disponível a partir de 44.450 euros (IVA incluído). A Opel e a ALD Automotive propõem uma solução de financiamento Opel Renting, com uma renda mensal a partir de 417 euros (já com IVA). /
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NOVIDADES
COMERCIAIS
FORD FIESTA VAN
O REGRESSO
A Ford vai regressar ao segmento dos derivados de ligeiros com o novo Fiesta Van apresentado no Salão de Veículos Comerciais de Birmingham e que será lançado em Portugal no primeiro semestre de 2019 TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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Ford revelou o novo Fiesta Van no Salão de Veículos Comerciais de Birmingham e introduziu a nova tecnologia FordPass Connect com modem integrado, que também estará disponível na nova Transit Connect. O novo Fiesta Van, que será lançado no mercado nacional no primeiro semestre de 2019, representa o regresso da marca ao segmento dos pequenos veículos comerciais urbanos de três portas. A nova proposta estará disponível, de fábrica, com dois motores a gasolina – 1,1 litros de três cilindros com 85 cv e EcoBoost de 1,0 litros com 125 cv – e um bloco diesel de 1,5 litros, que oferece níveis de potência de 85 ou 120 cv. O compartimento de carga do Fiesta Van disponibiliza um volume útil de aproximadamente 1,0 m3 e um comprimento de quase 1,3 metros. A carga útil anunciada é de 500 quilogramas. As paredes laterais da zona de carga receberam
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um revestimento durável, enquanto o piso recebeu uma proteção em borracha. O habitáculo, que se encontra separado do compartimento de carga através de uma divisória integral em material compósito e rede, proporciona um ambiente de trabalho confortável, revestido de materiais agradáveis à vista e resistentes ao desgaste, estando ainda dotado com as mais recentes tecnologias de bordo. Uma delas é o sistema de comunicação e entretenimento Ford SYNC 3, disponível em opção e compatível com o Apple CarPlay ou Android Auto, que inclui um ecrã tátil flutuante, tipo tablet de oito polegadas. Recorrendo à funcionalidade Ford SYNC AppLink, os utilizadores podem aceder a um vasto conjunto das principais apps a partir dos seus smartphones, recorrendo ao ecrã do veículo. FORD PASSCONNECT Os clientes empresariais também podem beneficiar da conveniência do novo modem
integrado FordPass Connect, que assegura a conectividade em movimento. O sistema transforma o veículo num hotspot WiFi móvel, permitindo a ligação de até dez dispositivos móveis, ajudando os condutores a planear as suas deslocações, graças às atualizações de trânsito em tempo real do sistema de navegação SYNC 3. Através da aplicação móvel FordPass, o sistema também permite aceder a um conjunto de funcionalidades, que tornam a experiência de propriedade mais produtiva, incluindo alertas de manutenção do veículo, estado do mesmo, abertura e trancagem das portas ou o localizador da viatura. A app FordPass carateriza-se pela flexibilidade, permitindo às empresas com mais de uma viatura interagir convenientemente com os outros veículos conectados da frota através de uma única conta FordPass ou através de várias contas. /
FINANCIAMENTO
CRÉDITO COM OPÇÕES: SOLUÇÃO INTERMÉDIA? O renting e o leasing são as principais soluções adotadas no momento de encontrar um veículo para a empresa mas, a meio caminho, está a ganhar notoriedade uma outra possibilidade, o crédito com opções TEXTO NUNO FATELA FOTOS JOSÉ BISPO
S
endo os dois produtos mais famosos e publicitados pelas gestoras de frotas e pelas marcas, o leasing (focado na aquisição) e o renting (desenvolvido para o uso sem pensar imediatamente numa futura compra) são as principais escolhas das empresas quando procuram uma solução de mobilidade. Mas está a ganhar preponderância uma via alternativa que conjuga características destas duas modalidades, e que pode ser uma interessante solução pela versatilidade
que oferece. Falamos do crédito com opções (também conhecido por outras designações), em que se destaca a possibilidade de escolher uma viatura já sabendo que existem quatro opções no momento final do contrato: a compra por um valor final garantido, o refinanciamento do montante em falta, a troca por um carro novo ou ainda a cessação da ligação ao fornecedor, através da devolução da viatura. Esta modalidade pode ser bastante interessante para quem goste de ter o futuro bem definido. Destina-se a empresas que estejam
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FINANCIAMENTO
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS . Pensado para viaturas novas . Pode contemplar uma entrada inicial, baixando o valor das rendas . O valor final a pagar no fim do contrato é definido logo à partida . As prestações são fixas . Obriga à manutenção prevista na garantia e pode contemplar outros serviços . No fim do contrato, existem quatro opções: . Comprar pelo preço definido para a 'renda-balão' (última prestação) . Refinanciamento para pagar o montante em falta . Trocar por outra viatura e fazer um novo contrato . Entregar a viatura e cessar a ligação à gestora/marca
interessadas em adquirir uma viatura a médio-prazo, mas sabendo logo à partida qual será o preço definido para esse momento de compra. Daí que entre na equação a expressão ‘valor final garantido’, pois quando é assinado o contrato fica logo estipulado qual o montante que será pago, desde que respeitadas as condições estabelecidas de cumprimento de quilómetros e boa manutenção do automóvel. Esta é a designada ‘renda-balão’, uma última prestação com montante mais elevado, que é fixada logo à partida. QUAL O PROCESSO ? Para se perceber o que significam estes valores, recorremos a um exemplo da Volkswagen Financial Services para um automóvel com um custo de 29.000 €. Para um prazo de três anos o valor final garantido do modelo em causa foi avaliado em 15.000 €, um montante fixo previamente atribuído àquele carro, após os três anos de contrato, desde que cumprida a manutenção e os 60.000 km estabelecidos previamente. Neste caso foi dada uma entrada inicial (é opcional, mas ajuda a baixar as prestações mensais) de 20% do montante, a que correspondem 5800 €. Depois, este automóvel tem uma renda mensal de 329 €, que será paga durante 35 meses. No final surge a designada renda-balão dos re-
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feridos 15.000 €, que o cliente pode pagar para ficar na posse do carro. Desta forma o montante total pago durante o contrato será de 32.315 €, o que significa mais 3315 € do que a avaliação inicial da viatura. Há que destacar que o custo final de aquisição parte de uma previsão, pelo que pode ser um bom negócio para o cliente. Se passados os três anos de prestações o carro estiver avaliado em 18.000 €, irá pagar na mesma os 15.000 € contratualizados. Mas, mesmo cumprindo os pressupostos do contrato, se ele valer apenas 12.000 €, tem uma outra opção igualmente aliciante: simplesmente desfazer-se da viatura, devolvendo-a à proveniência sem que isso acarrete qualquer penalização. Nesta situação, terá optado por uma visão mais próxima do renting (até porque pode contratualizar diversos serviços com a fornecedora, simplificando o uso), em que se limitou a utilizar a viatura e, no final, a devolveu à gestora de frotas ou marca . A versatilidade é um dos maiores atrativos do contrato com opções, pois existem mais duas soluções. A primeira passa por refinanciar o valor em falta, fazendo um novo acordo para completar a aquisição da viatura de forma faseada. Algo que pode ser quase avaliado na ótica de uma extensão de crédito, mas que vai exigir uma nova avaliação da situa-
ção financeira do cliente. Se desejar manter-se com a marca/gestora mas quiser trocar de viatura, resta-lhe a possibilidade de fazer um acordo para outra viatura, algo que acaba por funcionar de forma similar a um novo renting ou leasing. Se esta solução, destinada a automóveis novos, tem no aumento do grau de previsibilidade do futuro um dos maiores benefícios para os clientes, quais as vantagens para as empresas que oferecem esta modalidade? Desde logo aumentar o volume de negócios, pois o contrato com opções habitualmente reduz o ciclo de troca de viatura. Além disso, como são exigidas as manutenções previstas na garantia e podem ser incluídos outros serviços adicionais aquando da contratualização, o contacto com os clientes sai reforçado. Como se pode concluir, o crédito com opções acaba por aliar a liberdade que está ligada aos renting, em que o cliente se limita a pensar na utilização da viatura, com a possibilidade de adquirir a viatura no fim do contrato, que se costuma associar aos leasing. Por se tratar de um produto muito versátil, em que o cliente tem quatro opções no final do prazo de ligação, desde a compra até à simples devolução do automóvel, pode ser a solução certa para diversas empresas… /