1 minute read

A epopeia de Otto

Em novo e maduro álbum, “Ottomatopeia”, o cantor, músico e compositor sintetiza os sons do Brasil e faz dueto com Roberta Miranda

do_ Bruno Albertim ■ do_ Recife ■ foto_ Kenza Said

Advertisement

Foram cinco anos desde “The Moon 1111”. Notase o tom maduro que Otto, 49 anos, imprimiu a “Ottomatopeia”, seu mais recente álbum, lançado em agosto. Coerente e diverso, tem a musicalidade mais amplamente brasileira do bicho que pula, alcunha que recebeu nos tempos de percussionista da Mundo Livre S.A. As dez canções inéditas vão do samba de terreiro ao pop. E, além delas, há uma refrescante versão de “Meu Dengo”, sucesso de Roberta Miranda, que faz dueto com Otto. Outros feats são de Céu, Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro, Andreas Kisser e Zé Renato.

Seria “Ottomatopeia”, pela diversidade, seu disco mais “brasileiro”?

Eu sempre trouxe o Brasil nos meus discos. “Ottomatopeia” talvez seja o que mais sintetiza minha brasilidade. Sem perder a universalidade.

O título do álbum remete à sonoridade das suas letras, mas também a epopeia, ao tempo contado pela saga e pelas experiências. Sente que é mesmo seu disco mais maduro?

Não só (traz) a maturidade minha, mas a da geração que tocou os arranjos... A produção de Pupillo, os músicos... Somos uma geração bem atuante e, felizmente, elevadora na música brasileira.

Os donos do bom gosto poriam Otto e Roberta Miranda em gavetas distintas. Na era do pós-tudo, faz algum sentido essa distinção?

Roberta Miranda foi um presente. Muito sensível, muito arretada. Uma amiga. Dadivosa e generosa, permitiu que eu gravasse “Meu Dengo” e ainda veio cantar. Uma voz maravilhosa. Roberta ensina, e eu aprendo a cantar meu país.

LEIA MAIS!

Reveja entrevista de Otto ao site da UBC, em que fala sobre o relançamento de um álbum clássico em vinil e o embrião de “Ottomatopeia”! ubc.vc/SonhosIntranquilos

This article is from: