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Vin\u00EDcius Cantu\u00E1ria

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O popular Silva

O popular Silva

Com carreira consolidada na cena jazz dos Estados Unidos, o autor de megassucessos dos anos 1980 ensaia volta ao Brasil e já produz trilha sonora para filmes nacionais

de_ Nova York

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Autor de megassucessos inesquecíveis como “Só Você” (gravado por ele e, depois, por Fabio Jr. e Fagner) ou “Lua e Estrela” (gravado por Caetano Veloso), o manauara Vinícius Cantuária foi aportar em outras terras. Há mais de duas décadas radicado em Nova York, ele deu um tempo do pop e enveredou no mundo do jazz com seu inconfundível tempero brasileiro e latino. Vem trilhando um caminho de prestígio, altas parcerias com nomes como Arto Lindsay, Brian Eno, David Byrne, Ryuichi Sakamoto e Sean Lennon, além de discos lançados só em terras gringas.

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ubc.vc/UBCSemDuvida

Mas bateu a saudade. Cantuária planeja uma contundente volta ao mercado nacional: com disco de inéditas e um projeto especial em conjunto com o Netflix, uma homenagem aos rios e povos amazônicos. A ideia nasceu após ele receber um presente do amigo Caetano. “Ele me deu um poema sobre o Rio Negro. Resolvi musicálo e compor outras canções com nomes de rios”, explica o multiinstrumentista, compositor, produtor e cantor, entre uma pausa e outra de uma longa turnê com o quarteto jazzístico estadunidense que ele lidera. Foram nove apresentações nos Estados Unidos e no Canadá, entre junho e julho, além de três em Paris e Lugano (Suíça). Em outubro, Cantuária retoma o tour.

“Meu contato com o mercado brasileiro já começa a esquentar, através de trilhas sonoras. Acabo de fazer uma para o novo filme do José Alvarenga, ‘Intimidade Entre Estranhos’”, conta o artista, que, antenado ao filão crescente do audiovisual, se movimenta para seguir no mundo da música original, mas sem tirar um pé dos EUA. Para ele, prosperar no mercado internacional traz muita satisfação e requer esforço para fazer bons contatos. “Para fazer carreira fora, primeiramente tem que morar fora (risos). Aí, as coisas vão aparecendo. Eu tinha uma carreira sólida no Brasil, que me deu abertura em Nova York. Mas a sorte grande foi ter produzido o CD do Arto Lindsay. Abriu muitas portas, e não parei mais.”

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