AMCHAM ARENA 2018
AUnisinos Porto Alegre recebeu, no fim de julho, a final da segunda edição do Amcham Arena. Promovida pela Amcham de Porto Alegre, a competição busca estimular a inovação e o empreendedorismo ao conectar empresas, executivos, empreendedores e investidores. O concurso teve início em maio, culminando na final, que lotou o Teatro Unisinos.
Presidente do Conselho da Amcham de Porto Alegre, Walter Lídio Nunes deu início ao evento saudando as empresas concorrentes, banca avaliadora, público e equipe da Amcham. “Estamos aqui atendendo o nosso propósito, que é favorecer e criar uma ambiência empreendedora no nosso Rio Grande do Sul. Vamos ter aqui a união dos ecossistemas de startups com o ecossistema empreendedor.”
Em seguida, o Superintendente Centro-Sul da Amcham Porto Alegre, Marcelo Rodrigues, lembrou as mais de 80 startups inscritas desde o início da disputa e os associados e parceiros da instituição. O objetivo de todos ali, resumiu, é a retomada do protagonismo do Rio Grande do Sul através do desenvolvimento de um ecossistema e uma comunidade empreendedora.
“Mais do que um concurso, o Amcham Arena é um instrumento, é um processo de conexão para criar laços e construir esse futuro que tanto desejamos. Nesse sentido, num mundo tão competitivo nós precisamos conectar o empreendedorismo, as instituições consagradas, a academia e a sociedade para que possamos então resolver problemas de forma escalável e gerando riqueza.”
A segunda edição do projeto teve startups inscritas de 16 cidades do Rio Grande do Sul e também de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Os empreendedores participaram de sete seletivas presenciais e uma etapa de repescagem, totalizando
mais de 400 minutos de pitch, que são as apresentações de 5 a 10 minutos.
Na final, dez empreendedores apresentaram seus negócios para uma banca composta de executivos, empresários e investidores. A avaliação consistiu em verificar problema claramente delineado e real, viabilidade do modelo de negócio, solução inovadora e potencial competitivo, escalabilidade do negócio, perfil do empreendedor e experiência da equipe, potencial de mercado e, por fim, impacto social.
A banca avaliadora, que auxiliou na escolha da grande startup vencedora, foi composta pela Vice-Presidente de Produto e Operações do Grupo RBS, Andiara Petterle; pelo Vice-Presidente de Administração e Finanças do Grupo Random, Daniel Random; pela Gerente de Comunicação e Marketing Institucional da Unisinos, Débora Borges; pelo CEO da Rocket Chat, campeã do Amcham Arena 2017, Gabriel Engel; pelo CEO do Agibank, Marciano Testa; pela sócia da TozziniFreire Advogados, Maria Bofill; pelo cofundador e CEO do AMLabs, Michel Costa; pelo presidente da Soprano, Paulo Gehlen; pelo Conselheiro da CMPC e Presidente do Conselho da Amcham, Walter Lídio Nunes, e o sócio da kPMG, Wladimir Omiechuk. Além do grupo avaliador, as categorias ‘maior impacto social’ e ‘melhor empreendedor e equipe’ foram escolhidas por meio de voto popular na página da Amcham Porto Alegre no Facebook.
ALEXXO
Abrindo os trabalhos, a Alexxo, que foi apresentada por seu sócio-fundador e CEO, Alexandre Winck. A empresa de tecnologia foca no desenvolvimento de soluções da Internet das Coisas para a Indústria 4.0. Principalmente para a área de gestão de energia, controle de produção e gerenciamento de utilidades. “Nós desenvolvemos hardware e software para permitir conectar equipamentos e dispositivos, monitorando em tempo real, permitindo que pessoas possam acessar essas informações em qualquer lugar do mundo onde elas estejam.”
A Alexxo surgiu para viabilizar a utilização dessas modernas tecnologias da Indústria 4.0 ao pequeno e médio empreendedor. Conforme Winck, o Brasil tem 350 mil pequenas e médias indústrias e, dessas, 48% utilizam algum tipo de automação, mas algo ainda “muito inicial”. As perdas por falhas chegaram a U$ 2 bilhões em 2017, no país.
“E a Alexxo resolve isso desenvolvendo dispositivos de maneira simplificada que permitem conectar essas máquinas e equipamentos, mesmo os mais antigos, sem nenhum tipo de automação, dotando esses equipamentos de inteligência, permitindo que essas informações possam migrar para a nuvem, permitindo que os usuários possam, via celular, tablet ou computador, acompanhar o que acontece em máquinas, equipamentos e dispositivos em tempo real.”
Conforme o CEO, a empresa tem como diferencial seus quatro pilares: conectividade
“Nós somos a única plataforma que permi-
te conectar qualquer tipo de dispositivo de qualquer fabricante na nuvem”; escalabilidade – “Nossa solução permite começar desde uma pequena e simples solução de pequeno empresário, até milhares e milhares de pontos conectados para grandes projetos”; usabilidade – “A plataforma foi desenvolvida para ajudar o usuário sem qualificação técnica, permitindo reduzir em até 95% o tempo e implantação desse tipo de projeto”; e cocriação – “Temos uma plataforma aberta que permite ao próprio usuário desenvolver suas aplicações”.
No modelo de negócio, o cliente paga uma mensalidade na utilização tanto do hardware quanto da nossa solução de conectividade, pode licenciar e comprar os produtos para que a própria equipe instale. Por fim, os empreendedores estão desenvolvendo uma omnistore, que é, basicamente, uma grande loja onde aplicações desenvolvidas por parceiros e terceiros vão ser comercializadas.
BE ON
Gustavo Caleffi, CEO da Be On, explica que a startup é uma ferramenta de segurança colaborativa desenvolvida a partir do know-how da empresa Esquadra, especializada na área de gestão de riscos e segurança. “Entendemos que nós tínhamos a necessidade de poder permitir que a comunidade conseguisse de alguma forma ter uma forma de resposta à criminalidade nos dias de hoje. Então, buscamos uma parceria com a Mura, em-
presa de tecnologia do Tecnosinos e que tem mais de 10 milhões de usuários nas suas plataformas.”
O aplicativo, lançado há cerca de 90 dias, cobre cinco áreas específicas da segurança: incêndios, saúde, trânsito e ambiental. O objetivo é reduzir o tempo de resposta do Estado por meio da ação em comunidade. “Nosso diferencial é que integramos comunidades, polícias, guardas, exércitos, segurança privada, estados e municípios”, explicou Caleffi.
O usuário do Be On recebe alertas para qualquer situação relativa à segurança em um raio de um quilômetro. Ele também dispõe de um chat seguro e exclusivo por meio do aplicativo. Por fim, pode-se criar alertas de monitoramento para outros pontos, como a escola dos filhos e casa de familiares, por exemplo – que gerarão notificações de acordo com a movimentação no raio de um quilômetro, também.
Gustavo Caleffi explicou que a viabilidade do negócio foi um ponto relevante desde o início do projeto. Além do aplicativo individual, já disponível mediante download pago, bancos e uma empresa de transporte coletivo já utilizam ou estão em negociação para uso corporativo. A plataforma do Be On também será disponibilizada para a consulta de órgãos policiais.
Gustavo CaleffiCHECKLIST FÁCIL
A startup seguinte no Amcham Arena 2018 é a líder na América Latina em checklists eletrônicos. A Checklist Fácil foi apresentada por seu CEO, Rafael Zambelli. O aplicativo é uma solução simples para todos aqueles que precisam realizar a checagem de processos, racionalizando papeis, planilhas, imagens, compilação de dados e proporcionando acesso em tempo real.
“O cliente pode criar os seus checklists dentro da plataforma. Ele o aplica em campo através de tablets, smartphones, ou offline, registra as não-conformidades e gera uma série de relatórios de performance dessas unidades auditadas – unidade pode ser loja, pode ser caminhão, pode ser uma máquina – e também um outfile da solução de cada problema encontrado no campo.”
Há um ano, a iniciativa tinha 54 clientes. Em 2018, já são 85 as empresas e instituições parceiras no Brasil e em países vizinhos como o Equador e a Argentina. Tendo clientes como a Unilever, a Checklist Fácil ‘devolve’ em pouco mais de sete meses, por meio da economia gerada, o investimento para implementação. “Temos exemplos como a Doutor Consulta, que economizou R$ 1.200 no primeiro mês, ou a Toyota, deixando de gastar R$ 70 mil em papéis por mês. Então é uma contribuição social, também, porque obviamente a cliente tira do papel e traz para a plataforma eletrônica”, comenta Rafael.
Além disso, a startup de checagem de processos tem parcerias, a exemplo da integração
com a plataforma Treina Fácil, que consiste em EAD verificável, conforme Rafael Zambelli. “Quando você checa alguma unidade e se é identificado que a área de treinamento daquela unidade foi ruim, pode então levar a um treinamento nessa plataforma de EAD gameficado para que tenha uma correção daquela não -
-conformidade. Esse é um destaque que ainda está em desenvolvimento mas já foi aprovado pelo Inovapedia, do BRDE.”
Foram cerca de 900 mil checklists aplicados no ano passado. Neste ano, a Checklist Fácil já ultrapassou este número, estimando chegar ao dobro até o fim de 2018.
Rafael ZambelliCÍNGULO
Criado por psiquiatras e neurocientistas, o aplicativo Cíngulo mistura tecnologia, autoconhecimento e apoio emocional. Ele “promove o bem-estar emocional através do autoconhecimento, de modo efetivo, privado e acessível” no cenário contemporâneo, onde metade das pessoas tem problemas emocionais sérios ao longo da vida e somente 15% das pessoas recebe algum tipo de tratamento conforme um de seus idealizadores, o psiquiatra e neurocientista Diogo Lara.
“O usuário faz uma avaliação para identificar os seus pontos fracos, começa a usar sessões de autoconhecimento, técnicas de SOS e um diário emocional no processo de desenvolvimento pessoal. As sessões abordam temas como ansiedade, insegurança, stress, autoestima, ânimo, atitude. Elas têm esquemas, texto breves, áudios e vídeos, tudo de maneira personalizada. À medida que o usuário vai utilizando o aplicativo, ele pode refazer a autoavaliação e assim pode acompanhar sua evolução neste processo.”
A ferramenta pode ser usada tanto de forma individual, no modelo freemium, com download pago pela Play Store ou Apple Store, ou por meio de pacotes coletivos disponibilizados a empresas. Hoje, o Cíngulo conta com 474 usuários individuais, com os quais foi analisada a redução de ansiedade, melhora da energia, disposição e confiança em poucas semanas de uso.
Diogo LaraDONAMAID
Da cidade de Pelotas, a próxima startup é a Donamaid, plataforma líder entre os jovens quando o assunto é contratação e agendamento de limpezas residenciais e comerciais de vários tamanhos. “Quem busca esses serviços, hoje, no Brasil vê isso como algo inseguro, complexo e desconfortável, e é por isso que nós criamos a Donamaid”, resumiu o CEO da empresa, Luiz Gilberto Camargo.
Você escolhe a duração da limpeza, dia, hora e entre uma seleção de profissionais analisando o rating, a nota e o total de limpezas já realizados. Paga no boleto ou cartão de crédito e pronto: no dia e horário marcado o profissional vai estar lá para atendê-lo. Esse mercado movimenta hoje 19,2 bilhões só aqui no Brasil.”
Donamaid tem como público principal os millennials, geração que está atualmente entre os 25 e 35 anos. “Três a cada quatro millennials mora sozinho e trabalha fora. Ainda assim, nenhum dos grandes players no país atende o que a gente chama de ‘nova geração dos donos de casa’”, explica Camargo. O modelo é simples: há uma divisão do pagamento, ficando R$ 16 por limpeza com a plataforma e R$ 16 reais/hora com o profissional. O valor da hora varia conforme a cidade de atuação. Desde fevereiro de 2017, são mais de 11 mil horas de limpeza em 7 cidades da Região Sul, com quase R$ 200 mil transacionados e mais de R$ 35 mil em faturamento. A meta é multiplicar por dez as receitas, por 30 o número de limpezas, atender mais 1.400 residências, 6.700 empresas e atrair 800 novos profissionais de limpeza até fevereiro de 2019.
Luiz Gilberto CamargoJAMES TIP
De acordo com o PPTO da James Tip, Guilherme Masseroni, a startup é uma inteligência artificial que prevê o comportamento do varejo físico e dos sites de e-commerce. Ele trouxe a informação de que, em 2016, o varejo mundial faturou U$ 15 trilhões, mas, entre excessos e rupturas, perdeu 7%, o equivalente a U$ 1,1 trilhão. “Parece bobagem ou não, mas a Soprano está aqui e sabe disso: muita gente que só estoca, estoca, esto-
ca e não faz rodar. Os resultados são a curtíssimo prazo. Em uma semana o varejista consegue fazer a próxima compra e as reduções necessárias.”
A James Tip entrega ao usuário diretrizes de ação ao invés de gráficos. Essa é uma premissa da empresa, destaca Masseroni. “Gastamos muito em inteligência artificial, então não entregamos nenhum gráfico. É insano gastar em inteligência para entregar gráficos. Nós entregamos ações.”
Uma ferragem na Avenida Lucas de Oliveira, em Porto Alegre, que passou a utilizar a plataforma, economiza R$ 98 mil mensais com a solução. Em cinco meses 68% da ruptura diminuiu, além de 5.1% dos níveis de estoque da empresa. O próximo passo dos empreendedores da James Tip é ampliar a área de atuação da empresa, aplicando o seu know-how estatístico para oferecer serviços de uma fintech.
Guilherme MasseroniLINHA DIRETA
Mais uma iniciativa no segmento da segurança, o app Linha Direta foi criado no Rio de Janeiro, buscando aproximar a população dos batalhões de polícia. “O Linha Direta, é uma forma segurança compartilhada. Um aplicativo de aviso emergencial onde você pode acionar as pessoas que podem prestar auxílio imediato de forma rápida, sem que o autor da violência perceba”, ressalta o CEO Leonardo Gandelman.
Conforme seu representante no Amcham Arena, o aplicativo localiza a pessoa em qualquer local com extrema precisão, avisando os contatos no entorno do usuário – com uma sombra de 30 metros para não correr o risco de notificar o agressor. “Em 10 segundos, você dá um toque no botão, grava o que está acontecendo, vê o tipo de violência e aperta mais um botão se quiser. O aplicativo fecha automaticamente e a notificação vai para os seus contatos e para a polícia.”
Os empreendedores responsáveis pelo Linha Direta estão buscando a integração com meios de transporte, como Uber, táxis, 99, metrô e ônibus para a localização em trânsito. Outro ponto é a tra-
dução para outros idiomas. “Se um russo chegar aqui você vai entender alguma coisa? A polícia vai entender? Não vão. Mas ele terá como traduzir online com essa plataforma que estamos fazendo em 17 línguas”, resumiu Gandelman.
Por fim, o Linha Direta buscará a geração de renda com base no modelo de venda direta. Será dada prioridade a desempregados e estudantes para que atuem como agentes presenciais de vendas do aplicativo junto ao público, conforme o desenvolvimento do app no Rio de Janeiro. Isso, conforme seus desenvolvedores, deve estimular e remunerar toda uma cadeia de pessoas em situação de maior vulnerabilidade, auxiliando a questão da segurança.
Leonardo GandelmanMEERKAT
Soluções em visão computacional com reconhecimento facial, possibilitando a otimização de processos através da análise automática de imagens e extração de dados. É isto que oferece a startup Meerkat, representada no palco do Amcham Arena pelo cofundador Renan Franz. “Nossa caminhada começou com o desenvolvimento de uma solução de reconhecimento facial com o objetivo de fazer vigilância passiva de ambientes e também controle de acesso e autenticação facial mobile. Diferentemente dos concorrentes, não entregamos essas tecnologias somente na nuvem, mas na forma que o cliente precisar.”
Segunda tecnologia desenvolvida pelos gaúchos, o livedetection detecta expressões faciais, impedindo fraudes justamente em acessos de reconhecimento facial. A star-
tup também é responsável por um OCR (Optical Character Recognition) específico para a CNH. “Com uma simples imagem de uma CNH ou de um CRNV pode-se extrair todos os dados de maneira automática, fazer o cruzamento deles e, consequentemente, eliminar boa parte do teu backoffice que faria essa transcrição, ou o incômodo de ter que digitá-los um a um”, explica Renan.
A Meerkat também tem soluções tecnológicas para a detecção e identificação de placas de veículos e, um pouco diferente de todas as outras, o logodetection, voltado para o mercado de marketing. “Conseguimos treinar o algoritmo, baseado em deeplearning, para ‘entender’ o que é um logotipo ou um objeto, seja uma cadeira, um caminhão ou um carro”, esclarece o cofundador da empresa.
Buscando integrar parte ou a totalidade dessas tecnologias, os empreendedores da Meerkat oferecem suas ferramentas para empresas e bancos, para a aceleração de novos cadastramentos, por exemplo. Entre 60% e 70% da base de clientes, conforme Renan, é de fora do Brasil. A meta, agora, é ganhar mercado no país de origem.
Renan FranzMONITORGOV
A penúltima startup apresentada no Amcham Arena 2018 foi a MonitorGov, que atua no monitoramento e análise de informações sobre portais de contas e compras públicas. De acordo com seu CEO, Leonardo Rios, a ferramenta ajuda a resolver dois grandes problemas. “Temos uma ferramenta de robôs que capturam informações de portais de compra e portais de transparência. Hoje, monitoramos em torno de 700 portais com o objetivo de predizer o comportamento de compra do governo. Tentamos entender que órgão quer comprar, como quer comprar, que preço quer pagar, quais empresas já participaram ou qual é a ideia de preço, qual o preço referência desse produto.”
Mais de 400 mil empresas cadastradas já realizaram vendas para o governo federal. Destas, os empreendedores do MonitorGov acreditam que 150 mil utilizam algum tipo de monitoramento. “Nosso foco é cerca de 5% de empresas que vendem para o governo, em torno de 20 mil instituições dentro deste universo”, afirma Leonardo. A plataforma tem uma base de mais de 50 milhões de resultados em compras e 290 mil fornecedores cadastrados. São mais de 17 mil órgãos públicos cadastrados e mais de 87 mil atas de registro de preços.
O MonitorGov foi lançado fevereiro último, quando teve duas vendas. Em julho, já foram 14 os novos clientes, totalizando atuais 63 usuários da plataforma. A meta da startup é chegar a 130 clientes ainda em 2018, em um modelo de assinaturas anuais.
Leonardo RiosWHATSSHARE
A última startup no palco do Amcham Arena 2018 foi a WhatsShare, uma plataforma de marketing digital para empresas que utilizam o Whatsapp como ferramenta de venda e captação de leads. “Trabalhamos a partir de uma funcionalidade oficial liberada pelo Whatsapp, facilitando todo esse processo de contato em apenas um clique. Você coloca o seu número lá, que é transformado em um link de acesso direto para compartilhamento na web.” As palavras são do fundador da ferramenta, Marlon Candido.
“Temos um cliente que trabalha com o nosso link para aumentar a capacidade de captação. Antes era enviado o número de telefone para o retorno do contato, e a conversão era muito baixa. Com o link direto do Whatsapp, o destinatário apenas clica e o chat abre-se automaticamente. Em outro exemplo, um parceiro utiliza a funcionalidade do WhatsShare no próprio site como uma opção para o seu cliente fazer pedidos e tirar dúvidas.”
Com o WhatsShare também há a opção transformar o link para o usuário final em um distribuidor sequencial de contatos. “Em um mesmo link criamos uma tecnologia que faz a distribuição dos usuários de forma organizada e totalmente sem recorrência, mas sim de forma padronizada”, destaca Marlon.
Também são opções o escaneando de
QR code para acesso direto ao chat do Whatsapp e o pixel de remarketing – este último exemplificado posteriormente por Marlon Candido: “você acessa um site e clica em um tênis que achou interessante, mas que não está interessado em com-
prar naquele momento. Então, você vai ao Facebook e aquele tênis vai te ‘perseguir’. Isso é remarketing.” Conforme ele, seu modelo de negócio é freemium. São pouco mais de sete meses no ar e mais de 4 mil usuários, com mais de 17 mil links criados.
Marlon CandidoAPOIO DA UNISINOS E ANÚNCIO
DA STARTUP VENCEDORA
Enquanto os jurados finalizam a votação e tinham suas indicações computadas pela organização do evento, o Gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Tecnosinos, Carlos Eduardo Aranha, falou sobre a contribuição da Unisinos para o sistema de inovação no Rio Grande do Sul.
A universidade insere-se neste contexto por meio do Tecnosinos, um parque de tecnologia internacionalizado, localizado no campus São Leopoldo. Junto ao setor público e entes privados, a academia contribui para que a região entre no mapa mundial da inovação, abrigando startups, multinacionais de tecnologia e gerando milhares de empregos diretos e indiretos.
Por fim, o troféu do Amcham Arena 2018 foi entregue à equipe da Cíngulo, que obteve a maior média geral da banca ao fim das apresentações. O grupo que trabalha na startup porto-alegrense recebeu R$ 20 mil em patrocínio e divulgação de marca pela Amcham, pitch no fórum da Amcham para mais de mil executivos em 9 de novembro, participação no evento Breaking the Wall, da StartSe, Melhor Empreendedor e Equipe – Cíngulo, Maior Impacto Social – Fala Cidadão e ingressos para outros eventos da apoiadora.
Os vencedores também têm direito a 10 horas de consultoria jurídica com a TozziniFreire Advogados, mentoria de negócios com o Agibank e duas bolsas para cursos de extensão na Unisinos no valor de R$ 400.
Equipe Cíngulo