Gil em Revista 2017

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PUBLICAÇÃO EXPERIMENTAL DO CURSO DE GESTÃO PARA INOVAÇÃO E LIDERANÇA DA UNISINOS - EDIÇÃO 6 - NOVEMBRO/2017


Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Endereço: Avenida Unisinos, 950. São Leopoldo, RS Cep: 93022-750. Telefone: (51) 3591.1122 Internet: www.unisinos.br ADMINISTRAÇÃO REITOR: Pe. Marcelo Fernandes de Aquino VICE-REITOR: Pe. José Ivo Follmann PRÓ-REITOR ACADÊMICO: Pe. Pedro Gilberto Gomes PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO: Luiz Felipe Jostmeier Vallandro DIRETOR DA UNIDADE DE GRADUAÇÃO: Gustavo Borba GerenteS dos Cursos de GRADUAÇÃO: Paula Campagnolo, Tiago Lopes e Simone Rohden COORDENADORES DO CURSO GIL: Janaína Lemos e Marcelo Jacques Fonseca

A GIL em Revista é uma publicação experimental voltada a alunos e professores do Ensino Médio e aos alunos e aos professores do curso de Administração: Gestão para Inovação e Liderança (GIL) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Esta edição foi realizada por alunos dos Programas de Aprendizagem 1 e 2 das duas turmas – São Leopoldo e Porto Alegre – do ano de 2017

REDAÇÃO Professores

Aline Jaeger (alijaeger@unisinos.br) - Edição e revisão Sabrina Vier (sabrinavier@unisinos.br) - Edição e revisão

Alunos

Turma São Leopoldo: Ana Valentina de Souza Lourenço, Andressa Sperb Caliari, Anna Laura Mattje Jacobus, Ary Kuhn Souza, Carmela Georgia Tomasini, Caroline Maldaner Heller, Eduarda Fleck Dacroce, Felipe Möller Sperb, Gabriela Henzel Gossler, Gerson Luiz Wallauer Filho, Giuseppe Delavald Groth, Gustavo Lawrence Cadó, João Henrique Alves Neves Stein, João Vitor Fink Henrich, Júlia Frantz Predabon, Leonardo Saldanha Mittmann, Luan Sperb Caliari, Luan Pereira Saldanha, Luis André Natus Junior, Matheus Henrique Müchen, Matheus de Azevedo Michalski, Paula da Silveira Puhl, Pedro Augusto Schaefer, Rafael Fetzner dos Santos, Taís De Zanetti de Souza, Vinicius Leotte de Souza e Willian Weiler Battistella Turma Porto Alegre: Ana Paula Franciosi, Angelo Fanton Broilo Matsuo, Armando Chaves Garcia de Garcia Neto, Arthur Kalil Muniz, Augusto Severo Chagas, Breno Felipe Neves Schneid, Dafne Vardaramatos Zwetsch, Daniel Constantin De Marchi, Eduarda Vieira da Cunha Corletto, Eduardo de Abreu Toribio Menalda, Fernando Da Silva Kiperman, Galeno Azeredo Soares, Giordano da Silva Pereira, Guilherme OderichTrein, Jeferson Rafael Falheiro Romano, João Victor Knauth Bohs, João Vitor Amaral Ungaretti Lopes, Lorenzo Isotton Ribeiro, Lucas Mog Sanhudo, Marcelo Nunes Ciancio, Natan Fischer, Pedro Silveira Netto Otto, Rafaella Tavares Barcelos, Rafaella Vieira da Cunha Silva Corletto, Raphael Schmitz Mayer, Rodrigo Kiperman Rojas e Víctor Caldas Garcia

Arte da Capa

Anna Laura Mattje Jacobus, Ary Kuhn Souza e Luis André Natus Junior

Colaboração

Andrea Wolwacz, Diego Alberton, Janaina Audino, Janaína Lemos, Jorge Vershcoore, Marcelo Jacques Fonseca, Rodrigo Castilhos, Soraia Schutel, Taiane Malabarba, Tatiane Carvalho e Vicente Saldanha

Ilustrações

FreePik (páginas 5, 10, 11, 22, 23, 24, 25, 28, 37, 38, 39, 42, 43) e Svilen Milev (página 29)

ARTE

Agência Experimental de Comunicação (Agexcom) COORDENADORA-GERAL: Cybeli Moraes

Editoração

PROJETO GRÁFICO: Mariana Matté DIAGRAMAÇÃO: Marcelo Garcia e Nathalia Haubert SUPERVISÃO TÉCNICA: Marcelo Garcia

PATROCÍNIO


Editorial

Uma revista para chamar de sua! E sta revista é uma produção conjunta que envolve alunos e professores do GIL de São Leopoldo e Porto Alegre. Desde a escolha e o design das seções à escrita do texto, o processo de produção da revista é pensado em conjunto, evidenciando o trabalho em parceria que é marca do GIL. Muitos dos textos que compõem a revista são resultado de trabalhos em sala de aula. Outros divulgam saídas de campo e pesquisas empreendidas no dia a dia do curso. Além disso, os alunos entrevistaram diferentes pessoas que pudessem falar um pouco sobre gestão e inovação. A revista é um desafio para alunos de segundo semestre, mas ela é feita a muitas mãos, pois é a revista do GIL e não só dos alunos do PA2 e, por isso, contamos com todos os alunos atuais, de diferentes PAs, e também com os nossos queridos egressos. Ver nossos alunos já formados contando

como estão no mundão lá fora nos enche de orgulho e também de saudades! Esperamos que a revista consiga divulgar um pouco do que é ser e estar no curso mais inovador na área da administração e que forma profissionais qualificados para as mais diferentes e desafiadoras áreas de gestão. Vem ser GIL com a gente!

Aline Jaeger

Sabrina Vier

Coordenadora do PA1 e PA2

Professora de Comunicação e Expressão no PA1 e PA2

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Diferencial Cartola

Porque estudar no GIL S ou professor no curso de Gestão para Inovação e liderança (GIL) desde o ano de 2008 e desde aquele momento pais e alunos de outros cursos me perguntam o que o GIL tem de diferente. Eu respondia que os diferenciais eram os professores, a perspectiva transdisciplinar, as experiências internacionais e a abordagem de imersão integral na qual o aluno tomava conhecimento das atividades de um gestor já nos primeiros meses de aulas. Hoje penso um pouco diferente. Ainda acho que esses elementos são incríveis e realmente entregam um valor fantástico ao aluno do GIL. Contudo, o maior diferencial do curso está no enfoque dado ao aluno. No GIL, todos que por aqui passam são múltiplos futuros em construção. Não são apenas aprendizes de técnicas e modelos de gestão, mas sim potenciais em franco desenvolvimento. Por isso, desde 2008, eu acompanho os ex-alunos do GIL se tornando grandes gestores, mas também se tornando grandes empreendedores, professores, pesquisadores, analistas de mercado, formadores de opinião.... As oportunidades são ilimitadas para aqueles que estão preparados para aproveitá-las.

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Jorge Verschoore

Professor do Curso de Gestão para Inovação e Liderança Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração

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Cartola Quiz

ANA ANDRESSA ARMANDO VINÍCIUS FRANCIOSI CALIARI NETO DE SOUZA

Descubra qual o seu nível de criatividade!

A

tualmente, a criatividade é uma competência muito valorizada dentro das empresas, não só pelo fato de aprimorar produtos ou serviços, mas também para solucionar problemas de forma mais rápida e eficiente. Este teste lhe dará uma noção básica do seu nível de criatividade. Descubra-se e venha fortalecer mais competências fundamentais como esta aqui no GIL!

8) Muitas vezes, faço avaliações rápidas e decisivas sobre fatos da minha vida e trabalho.

Marque a alternativa que expresse a sua avaliação. Ordem crescente: 1 = pouco / 5 = muito

5 4 3 2 1

5 4 3 2 1

9) Costumo envolver os outros no meu processo criativo.

1) Acredito que a criatividade é importante.

10) Realizo a maior parte do meu trabalho criativo isoladamente.

5 4 3 2 1

5 4 3 2 1

2) Tenho tendência a evitar desafios à criatividade.

Some os números que assinalou em cada um dos itens da avaliação e use a seguinte tabela para avaliar a sua criatividade.

5 4 3 2 1

3) Reservo tempo para usar minha imaginação. 5 4 3 2 1

4) As minhas ações refletem as minhas próprias ideias. 5 4 3 2 1

5) As minhas ações são influenciadas pelas

ideias dos outros.

5 4 3 2 1

6) De modo geral, sou “atento”, sensível, consciente

e concentrado.

5 4 3 2 1

7) Eu tenho uma postura de questionamento em relação à vida. 5 4 3 2 1

Total de pontos Interpretação 32-40 – Muito criativo 24-31 – Moderadamente criativo 16-23 – Pouco criativo 08-15 – Relativamente não criativo Ao interpretar os seus resultados, tenha sempre em mente que:

• Esta avaliação não é uma medida exata da sua criatividade, mas tem por objetivo ser um índice geral do nível de criatividade que tem perante si mesmo e a vida.

• O número de pontos indica o nível de criatividade com o qual está a agir no momento, não o seu potencial de criatividade.

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PAs

Mas, afinal, o que é um PA? O curso de Gestão para Inovação e Liderança - GIL é composto por 8 PAs, ou seja, Programas de Aprendizagem. Cada PA – como denominamos entre os alunos do curso – representa

um conjunto de atributos e competências que serão desenvolvidos por cada aluno ao longo do semestre. Assim, PA1 equivale ao primeiro semestre do curso, assim como PA 6, o sexto semestre. As avaliações dos PAs são diferenciadas de ou-

tros cursos na universidade. Mas o que isso quer dizer? A forma de avaliar cada aluno não é por meio de simples números ou notas, e sim uma descrição e um parecer formal em que o aluno pode enxergar claramente o seu desempenho ao

PA 1 - Encontro no Vilas Flores, em Porto Alegre, com o empreendedor social da Convexo Bruno Bittencourt

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longo do PA e o reflexo de suas atitudes ao longo do semestre. Isso faz com que a relação aluno-professor se torne mais íntima e direta, tendo em vista que o aluno consegue atingir mais plenamente seu potencial e se conhecer melhor.


Armando Daniel neto De Marchi

E como os PAs funcionam na prática? Programa de aprendizagem em que alunos e professores começam a conhecer as competências de cada um a partir de inúmeras atividades práticas relacionadas às teorias do mundo da administração, fazendo com que, de cara, o aluno já sinta na pele o que é ser um gestor!

autonomia e proatividade para lançar os produtos desenvolvidos no PA3. Além disso, os e n s i n a m e n to s d o s e m e s t re proporcionam aos estudantes a oportunidade de conhecer novas culturas, o que é consolidado por meio do intercâmbio ao Chile, momento em que uma nova visão empresarial é adquirida pelos alunos.

Semestre em que a pesquisa acadêmica e aplicada se torna o foco de todos, aliada aos projetos sociais que os alunos desenvolvem durante o semestre, com saídas de campo que visam verificar a gestão acontecendo na prática, o que resulta em incríveis experiências.

Momento de aprofundar ferramentas de gerenciamento e de colocar mais uma vez em prática os aprendizados do curso. A partir do BSC (Balanced Scorecard, uma metodologia de gestão estratégica) e do estágio obrigatório, os alunos desenvolvem habilidades estratégicas para solucionar problemas de empresas reais, o que proporciona ao aluno do GIL mais uma vivência da realidade dos negócios.

PA1

PA2

“Divisor de águas” no curso: ampliação do horizonte acadêmico do aluno tendo em vista a dupla vivência profissional do semestre - tanto no estágio curricular, que compreende os principais processos administrativos de uma organização na prática, quanto na idealização do produto que será desenvolvido ao longo do ano, que visa exercitar a capacidade empreendedora dos alunos a partir do trabalho integrado de várias áreas.

PA3

PA4

Consolidação do que foi estudado nos programas de aprendizagem anteriores, exigindo dos alunos

PA5

Semestre do segundo intercâmbio curricular do GIL: nesta etapa, cada aluno vai estudar em um país ao redor do mundo: - Estados Unidos, Espanha, Canadá, Alemanha, Portugal, Coreia do Sul, são alguns dos países que já receberam alunos do GIL. É o momento de sair da zona de conforto, embarcando em uma transformação pessoal e profissional a fim de buscar novas oportunidades, conhecer novas pessoas e desenvolver a capacidade gestora e de autonomia do futuro gestor.

PA6

Na volta do intercâmbio, o momento é de focar no empreendedorismo. Os alunos desenvolvem competências que os habilitam à prática empreendedora, identificando e conhecendo como atuam e como são criados os negócios/ empreendimentos tradicionais, sociais e de novas tecnologias. Aprendem, de fato, a criar um plano de negócios em todos os seus aspectos e contextos, incluindo micro, pequenas, médias e grandes empresas/ instituições, tornando-se capazes de iniciar ou gerir um negócio. O PA 7 também visa estruturar a primeira parte do trabalho de conclusão de curso, que será concluído no último semestre.

PA7

Etapa de Planejamento da carreira, tanto pessoal como profissional, tendo em vista a história de vida de cada aluno. Além disso, semestre de foco total no trabalho de conclusão para a finalização do curso. Há aulas de/ em inglês durante todo curso – idioma essencial para o gestor contemporâneo -; assim, o aluno está apto a se comunicar facilmente caso for trabalhar em uma empresa internacional. Após o encerramento do semestre, o aluno do GIL estará preparado para ingressar no mercado de trabalho, a partir das muitas experiências, tarefas e problemas solucionados ao longo do curso: o egresso do GIL não se intimida ao receber um desafio na sua empresa!

PA8

* Explicação produzida por Augusto Massena, Christian Antunes e Pietro Ventura – alunos do PA4

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PAs

PA 2 - Visita técnica às instalações do ITT Nutrifor (Unisinos) e da Unitec (incubadora de base tecnológica da Unisinos)

PA 3 - Apresentação do produto no Pitch

PA 5 - PA 5 - Abertura do SAP Next-Gen, evento de inovação do qual cinco alunos do estágio obrigatório participaram

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PA 4 - Intercâmbio no Chile

PA 6 - Um dos locais que recebe alunos do Gil em intercâmbio curricular – Alemanha

PA 7 - Apresentação do Projeto Integrador ao CEO da empresa Grupo RPH, Sr. Rafael Madke

PA 8 - Encontro no Hub da Unitec para um bate-papo com Marcella Riedi. A pauta de discussão abordou os temas processo criativo e gestão do conhecimento, altamente relevantes no atual contexto do mundo dos negócios

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Nossa Rotina

Você já imaginou como é o GIL no dia a dia? Nesta página, você encontra um pouquinho do que rola no nosso cotidiano

08:30

– Sexta-feira, primeira oficina do dia, aula de Inovação com o professor Alexandre Pereira. Montamos um mapa cognitivo relacionando “Cérebro” e “Inovação”.

09:45

– Intervalo de 15 minutos para tomar café.

11:23

– Continuação da montagem do mapa. Término da primeira oficina.

12:00 – Almoço! 14:00 – Início da segunda

oficina, Estratégia, com o professor Jorge Verschoore. Na aula de hoje, analisamos o caso da BEATS. Fomos organizados em pequenos grupos e começamos a leitura de uma reportagem sobre o assunto.

15:15 – Intervalo. Enquanto

metade da turma saiu para comer algo, alguns alunos ficaram na sala de aula batendo papo com o professor.

16:53 – Depois da análise do

texto, o professor sorteou um dos grupos para apresentar seus posicionamentos e suas ideias para a turma, e assim houve um espaço para discussão em que todos os grupos puderam participar. Fim da aula: término de um dia de estudos e aprendizagens!

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ANDRESSA ANGELO FERNANDO GIORDANO GUSTAVO CALIARI MATSUO KIPERMAN PEREIRA CADÓ

JOÃO HENRICH

PAULA PUHL

PEDRO RAFAELLA WILLIAN SCHAEFER corletto BATTISTELLA

RAIO X DO GIL O que faz: Além da parte mais teórica da Administração, tendo Economia e Contabilidade, por exemplo, estudamos também a prática, como em Inovação e Projeto Social. Durante o curso, todas oficinas têm como princípio a apresentação oral para aprendermos a nos comunicar quando estivermos expondo nossas ideias. Além disso, contamos sempre com a oficina de Inglês, em diferentes níveis, com o intuito de dar o suporte necessário para a internacionalização do aluno. Duração do curso: 4 anos (2 primeiros anos turno integral e os 2 seguintes noturno) Você vai adorar se: For extremamente criativo e gostar de lidar com pessoas, ou ao menos estar disposto a aprender sobre gestão, inovação e liderança.

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Sobre o GIL

Para conhecer melhor o curso Professores respondem a dúvidas de pais de alunos Qual área minha filha trabalharia caso se formasse no GIl?

Quais são as habilidades mais desenvolvidas com a experiência do intercâmbio?

Graça Bins

Alexandre André Koch, 50 anos

“Prezada Graça: a formação no GIL permite que o egresso tenha múltiplas possibilidades de carreira. Uma delas é atuar nas áreas tradicionais de gestão de uma empresa (Marketing, Finanças, RH, Operações, Estratégia, etc.), também podendo atuar como líder de equipe. Outra possibilidade de carreira é o empreendedorismo, pois o curso também prepara os alunos nesta competência. Outras alternativas de carreira, como a acadêmica, de pesquisa e de inovação também são fortes possibilidades. Com o mercado de trabalho cada vez mais complexo, em virtude das mudanças nas empresas, procuramos preparar nossos egressos para serem profissionais adaptáveis e transformadores da realidade”. Quem responde é Diego Marocco Alberton, coordenador do PA7 e 8

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“Olá, Alexandre. O intercâmbio é fundamentalmente uma experiência de vida. Existe uma dimensão acadêmica muito importante, claro. Contudo, pelos relatos dos nossos estudantes que já retornaram, constatamos que o intercâmbio é uma jornada de conhecimento do mundo e de autoconhecimento. Nela, o aluno aprende a ser autônomo, a conviver melhor com as diferenças, a ser mais empático e tolerante com os outros, ampliando, enfim, a sua visão de mundo. Essas são habilidades cosmopolitas que acabam fazendo muita diferença na formação dessa gurizada. Um abraço! ” Quem responde é Rodrigo Castilhos, coordenador do PA3 e 4


Qual o nível de satisfação que os alunos já formados têm sobre o curso GIL diante do mercado de trabalho?

Como funcionam as oficinas? Qual a diferença em relação a outros cursos?

Derly Sartori, 51 anos

Jaime Kuhn, 49 anos

“A primeira turma se formou no GIL em 2006. De lá para cá, temos acompanhado de perto todos os nossos egressos, tanto de São Leopoldo quanto de Porto Alegre (que teve a primeira turma formada em 2014). Percebese, invariavelmente, que são profissionais muito reconhecidos pela formação que tiveram. Não são raros os momentos em que recebemos relatos dos ex-alunos mencionando como determinada atividade no curso havia sido determinante para um dado desafio profissional. Tais relatos não envolvem apenas a sólida formação técnica na área; muitas vezes, dizem respeito às diversas e diferentes experiências vividas ao longo do curso. No entanto, mais do que a satisfação dos alunos, o que nos chama mesmo a atenção é o grau de protagonismo com que os formados no curso levam suas carreiras. Independentemente do contexto profissional (executivos de grandes empresas, empreendedores, consultores, empresários etc.) e da área de atuação (gestão estratégica, finanças, marketing, gestão de pessoas, inovação etc.), há sempre um conjunto de características relativamente semelhante, e que explica parte desse protagonismo: análise sistêmica da realidade, autonomia de pensar e agir, reflexão crítica e capacidade de trabalho em equipe. A manifesta satisfação dos ex-alunos passa, normalmente, pelo reconhecimento de que tais competências, desenvolvidas no curso, foram fundamentais para suas conquistas profissionais”. Quem responde é Marcelo Jacques Fonseca, coordenador do Curso de Bacharelado em Administração - Gestão para Inovação e Liderança

“O GIL é um curso inovador tanto no conteúdo quanto na forma de aprendizagem. Cada Programa de Aprendizagem (PA) compreende um conjunto de oficinas que são organizadas de acordo com a temática e proposta de cada um dos PAs, de modo que a relação transdisciplinar seja fortalecida, sempre de forma coerente com os temas trabalhados ao longo do curso e visando ao desenvolvimento das competências previstas. As oficinas buscam dar ênfase à integração das atividades, à facilitação do diálogo entre as áreas, à multidisciplinaridade e integração com atividades práticas. O processo avaliativo adotado também é um diferencial, pois oportuniza e estimula reflexão e aprimoramento constantes. Diferentemente do que ocorre em uma graduação tradicional, na qual os alunos recebem uma nota ao final de cada etapa do semestre (GA e GB), no GIL o aluno recebe dois pareceres por PA (parecer parcial e parecer final). Em cada um destes pareceres, cada professor faz uma descrição do modo como o aluno desenvolveu as competências da oficina e apontamentos acerca do que pode ser melhor desenvolvido. Estas competências estão de acordo com aquilo que é demandado de um administrador contemporâneo e incluem questões que não são avaliadas em cursos tradicionais, como, por exemplo, relacionamento e comunicação interpessoal, integração e trabalho em equipe, potencial para exercício da liderança, pensamento crítico e reflexivo e, a solução de desafios reais em consonância com princípios éticos, humanistas e sustentáveis”. Quem responde é Tatiane Carvalho, coordenadora do PA6

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Comentário Crítico

Criando um negócio do zero Filme “Chef” e a criatividade no mundo atual

A

tualmente, o ser humano apresenta dificuldades para ser criativo, impedindo a criação de ideias e soluções inovadoras para problemas corriqueiros. Porém, para nos destacarmos, precisamos obrigatoriamente de invenções criativas que possam ser colocadas em prática. O filme “Chef” trata justamente de uma aventura que conta a história do chef de cozinha Carl Casper (Jon Favreau), funcionário de um restaurante badalado de Los Angeles. No início do longa-metragem, Carl é demitido do estabelecimento após uma discussão com seu chefe pelo fato de não poder criar pratos novos. Por estar divorciado há um tempo, e agora desempregado, Carl aproveita para passar mais tempo com seu filho Percy (Emjay Anthony), que morava com a mãe. E, da convivência com o garoto, é criada a ideia de abrir um caminhão de comida. A partir dessa invenção, é iniciada uma jornada em que Carl, junto de seu filho e um ex-colega (John Leguizamo), atravessa os Estados Unidos vendendo comida em seu “food truck”: por onde o caminhão passava, era um sucesso devido à propaganda que seu filho fazia nas redes sociais. O longa metragem é um exemplo de uma ideia criativa que foi colocada em prática e divulgada de forma correta. Por meio das redes sociais, Percy conseguiu divulgar a todos a rota que o caminhão estava fazendo. Assim, os clientes poderiam se programar para quando o “food truck” fosse estar em sua

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cidade. Precisamos, como futuros profissionais, inovar, pois uma descoberta inovadora que supra uma necessidade do consumidor é algo que destaca nosso negócio em relação a outros e ajuda na decisão final do consumidor. Apesar do filme não mostrar explicitamente como é um modelo de um negócio, podemos observar como as redes sociais podem ser úteis na divulgação de algo e como as formas “antigas” de divulgação em massa podem estar ultrapassadas. Por isso, este é um filme que pode ser assistido por quem se interessa em abrir um negócio, pois demonstra um ótimo exemplo de um empreendimento que surgiu do zero.

Guilherme Trein


João Vitor Ungaretti

À Procura da Felicidade

P

ara os primeiros passos para o sucesso, é preciso saber confiar em si próprio, ter convicção nos seus projetos, acreditar que é capaz de realizar aquilo a que se propõe e manter o foco. À procura da felicidade direciona o público a um único objetivo: se você realmente estiver a fim de alcançar um sonho, tem tudo para conseguir, ou pelo menos chegar muito perto. Chris, o personagem de Will Smith, enfrenta uma série de dificuldades financeiras, devido a uma manobra comercial pouco estudada com muitos riscos, por ter um público-alvo pequeno. Assim, ele sempre se foca em seu único objetivo: conseguir dar um futuro melhor para sua família. O filme, dirigido por Gabriele Muccino, mostra a luta diária do personagem principal. Depois de perder a esposa, ele se vê em uma situação complicada e com dificuldades financeiras, apostando em uma vaga como corretor da bolsa. Nesse momento, traça um objetivo na sua vida, em que teria que acreditar no seu potencial para proporcionar uma vida melhor para seu filho. Ao longo do caminho para se tornar um possível corretor da bolsa, o filme retrata a vontade de Chris para vencer e, ao mesmo tempo, o seu espírito de querer ser um ótimo pai. Após o período de estágio sem remuneração, em que trabalhou com muito empenho, finalmente em uma reunião os diretores da companhia anunciam o seu

cargo de corretor. Após a reunião, as lágrimas de emoção nos olhos de Chris refletem uma frase: ‘’Vocês não imaginam o quanto eu batalhei e o quanto sofri para conseguir chegar até aqui”. A principal mensagem do filme é a importância de acreditar em si próprio, e buscar, acima de tudo, a felicidade. Vale a pena assistir ao filme pela competência e força de vontade que Chris tem ao longo da história em proporcionar uma qualidade de vida melhor para seu filho. E, para isso, ao longo de sua trajetória, ele aumenta o seu nível de aprendizagem como empreendedor.

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Educação

F

Instituto Jama

ilha caçula de família humilde, cresci ouvindo meus pais falarem da importância de uma boa educação. Sem muitos recursos financeiros, estudei em colégio privado até a 4ª série do Ensino Fundamental e finalizei o Ensino Médio em escola pública. Apesar das dificuldades do ensino público, o sonho de ingressar na universidade sempre me acompanhou. Aliás, estudar sempre foi um dos valores da minha educação familiar. Formada em Pedagogia pela PUCRS, comecei ainda jovem a jornada na área da educação. Durante a graduação, tive a oportunidade de trabalhar em escolas públicas desde a educação infantil até educação de jovens e adultos, mas foi aos 23 anos que eu descobri uma inquieta gestora. Inquieta e com muita vontade de

contribuir com a educação pública, integrei a equipe da Secretaria Estadual da Educação do Estado do Rio Grande do Sul durante seis anos, momento em que tive a oportunidade de aprender e conhecer a realidade da educação pública brasileira. Aprendizagem esta que fundamentou meu desenvolvimento profissional. Na Secretaria, formei uma rede de relacionamento profissional e amizades que permanecem até hoje. Em 2009, uma nova oportunidade profissional surgiu: integrar o time de técnicos da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho/Grupo RBS. Experiência única que em um ano foi a ponte para entrada no Instituto JAMA. Instituto familiar, criado em 2009, tem o objetivo de direcionar o investimento social da família de Jayme Sirotsky, apoiando projetos nas áreas da educação, assistência social e cultura. Durante 7

Janaina Audino

• Executiva do Instituto JAMA • Mestre em Gestão Educacional • Doutoranda em Educação pela Unisinos

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anos, priorizamos nossas atividades e apoio a projetos educacionais a partir de três frentes de atuação: bolsas de estudo, formação de gestores escolares e parcerias institucionais que visam à melhoria do ensino e da aprendizagem. A área social é ao mesmo tempo complexa e apaixonante. São tantos desafios para construção de uma sociedade melhor que fica difícil priorizar uma área ou outra. Tudo é importante na medida em que os problemas sociais são diversos; porém, no Instituto, temos a crença de que a educação é o fomento para o desenvolvimento de pessoas e comunidades. Nesse período, como executiva, ampliei minha formação acadêmica por meio de um Mestrado em Gestão Educacional e, atualmente, do doutorado em Educação - ambos na Unisinos.


Conheça alguns projetos e parcerias Primeira Chance

Primeira Chance é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que promove a inclusão social de jovens de baixa renda, alunos do Ensino Médio da rede pública que demonstram capacidade e dedicação necessárias para serem bem sucedidos em sua vida acadêmica e profissional. O principal critério utilizado para selecionar os bolsistas é a classificação na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). Iniciamos, em 2014, com a seleção de dois jovens, em um processo seletivo que contempla análise do perfil escolar/financeiro, prova objetiva de português/matemática e entrevistas. Em paralelo, buscamos escolas privadas para receberem nossos bolsistas. O Colégio João Paulo I concedeu as duas bolsas para iniciarmos o programa em Porto Alegre.

Bolsas em Graduação

Desde 2009, o Instituto investe em jovens e adultos de baixa renda para terem acesso e oportunidade de cursar o Ensino Superior de duas formas:

1- Profissionais da educação com vínculo empregatício em ONGs, visando à qualificação da organização; 2- Jovens que se destacam no Ensino Médio e no ENEM, a partir de seleção por mérito. Até hoje, 34 bolsistas ingressaram no programa de bolsas de estudo de graduação. Destes, 13 continuam na sua formação acadêmica.

Unisinos

Em 2016, o Instituto firmou uma parceria institucional com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). O Projeto Primeiro Saque no município de Canoas, fundado pelo tenista profissional Matheus Triska, foi a entidade indicada pelo Instituto JAMA para participar do processo pedagógico. O Primeiro Saque tem por objetivo estimular, através do esporte, a inclusão social de crianças que vivem em situação de vulnerabilidade. O objetivo é que alunos do GIL pudessem aproximar a teoria com a prática, contribuindo com a gestão de um projeto social.

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Projeto Social São Leopoldo

O que os alunos vivenciaram na Oficina? “Tendo em vista que a oficina tem oficinas do GIL sendo aplicados na por objetivo despertar nos graduandos prática. A programação contemplou a consciência da responsabilidade visita a Hollic patisserie e conversa s o c i a l , d a s u s t e n t a b i l i d a d e com a fundadora Amanda Selbach, que empresarial e do impacto social do estudou em uma das melhores escolas empreendedorismo, os alunos foram de gastronomia do mundo - Paul introduzidos aos conceitos de Bocuse, na França. Ela compartilhou organizações do terceiro com os alunos os desafios setor bem como ao setor do empreendedorismo e dois e meio, ou negócios o brilho no olho de fazer sociais. Além disso, o que se ama. A médica tiveram a oportunidade e empresária Mariela de conversar com Silveira apresentou o case executivos e empresários do Kurotel, o programa que investem no terceiro global da saúde Global setor, como Sr Jayme Wellness Day, e o projeto Sirotsk y, fundador do social que coordena Mente Soraia Schutel, Instituto Jama e presidente Viva de meditação nas emérito do Grupo RBS, Sr professora orientadora escolas. Ainda tivemos a Leandro Siminovich, gestor do Projeto Social em oportunidade de visitar a São Leopoldo de Inovação da Getnet e startup Bela Pagamentos, que participa do projeto social Pedal com um ambiente arrojado inspirado da Inclusão. O auge do semestre foi no Vale do Silício e um modelo de a realização da viagem de imersão gestão de organizações exponenciais. para Gramado e Canela, momento em O primeiro dia de imersão foi que os alunos puderam vivenciar os concluído no Lago Negro, onde os aprendizados do semestre e relacionar alunos puderam individualmente falar os conteúdos teóricos vistos nas sobre seus aprendizados individuais

e coletivos. O segundo dia iniciou na Monã Centro de Estudos Ambientais em Canela, guiados pelo fundador Daniel Castelli. Um empreendimento fundado nos pilares da sustentabilidade que busca proporcionar experiências únicas de convívio com a natureza e da gastronomia slow food. A última experiência marcante da viagem foi a visita à escola estadual Neusa Mari Pacheco, referência nacional em gestão. Esta escola centenária transformou uma região de alta vulnerabilidade, re d u z i n d o a c r i m i n a l i d a d e e propiciando um futuro digno aos jovens da região. Guiados pelo Diretor Marcio Boelter, compreendemos os imensos desafios da gestão pública e, ao mesmo tempo, da importância da liderança e do engajamento da comunidade na construção de uma educação de alta qualidade que atende mais de 1000 crianças em período integral. Propiciar momentos transformadores, que fortaleçam os vínculos dos alunos com o conhecimento, com os colegas e com os professores, é um dos diferenciais do GIL”.

SAÍDA DE CAMPO – CONHECENDO O VILAS FLORES: No dia 4 de abril, tivemos o prazer de conhecer o Vilas Flores, em Porto Alegre. Lá tivemos um encontro com o empreendedor social Bruno Bittencourt, que ampliou nosso conhecimento sobre diagnóstico social, e conhecemos um lugar totalmente diferente e inovador. A visita ajudou os alunos a contextualizar o que tange o terceiro setor e também gerou aos alunos insights que foram muito importantes para a evolução do Projeto Social.

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luan matheus SAldanha münchen

ENCONTRO COM JAYME SIROTSKI: Tivemos a oportunidade de conhecer um dos fundadores do Grupo RBS na Unisinos/Poa. Ele passou aos alunos todas suas experiências para conseguir gerar o maior grupo de comunicação do estado. Além de gentil e muito atencioso com os alunos, o sr. Jayme ainda ensinou alguns dos seus grandes conhecimentos de vida.

rafael feztner

CONHECIMENTO DAS CRIANÇAS DO PROJETO: Nesse dia, ocorreu o primeiro contato com as crianças e pais do projeto social Primeiro Saque. Foi um dia de lanches, brincadeiras, e muita conversa para entendermos os problemas que ocorrem na comunidade em que vivem. Conhecer outras realidades fez com que os alunos tivessem uma outra visão sobre suas vidas, e também adquirissem uma maior empatia.

VIAGEM A GRAMADO E CANELA: Em parceria com o instituto Jama, arrecadamos fundos para levarmos as crianças de um bairro carente de Canoas para visitarem Gramado e Canela. Elas tiveram a oportunidade de visitar vários pontos turísticos das cidades, como a Cascata do Caracol, a fábrica de chocolate, o Lago Negro. Enquanto as crianças visitavam esses locais, nós, alunos do Gil, fomos para diferentes tipos de empresas, cinco no total.

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Projeto Social São Leopoldo

Dois dias de muitos aprendiz 1º dia

Pensa num macaron MARAVILHOSO!!! Na Holic Pâtisserie, fomos recebidos pela dona, chef e empreendedora Amanda Sehlbach, que nos apresentou seu negócio e contou um pouco sobre sua trajetória na França - tudo com um gostinho delicioso!

Abrindo os trabalhos: chegada da turma do PA2 de São Leopoldo a Canela, com a típica foto em frente à Catedral de Pedra (perdoem a carinha de sono dos colegas, rolou AQUELA sonequinha no bus).

Na visita ao Kurotel - Centro Médico de Longevidade e Spa, além de ouvirmos a história da origem do SPA, tivemos a oportunidade de ampliarmos o conhecimento sobre a área da saúde física e mental. Na foto, um símbolo de apoio ao Global Wellness Day junto a uma das embaixadoras do projeto no Brasil e filha dos fundadores do Hotel, a queridona Mariela Silveira.

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Depois de uma longa jornada, finalmente chegamos à hora do almoço! Ambiente simples com comida caseira e ingredientes orgânicos! Mas essa ainda não foi a melhor parte. Tivemos a maravilhosa companhia das crianças do Projeto Social Primeiro Saque! Elas se divertiram e fizeram com que nosso almoço fosse muito mais iluminado e proveitoso. Fomos recebidos pelas senhoras que lá trabalhavam com os braços abertos. Um salve à Casa da Maria, localizada em Canela.


anna jacobus

carmela caroline eduarda tomasini heller dacroce

paula puhl

zados em Gramado e Canela! 2º dia Guiados por um ex-gildo, Felipe Morsch, conhecemos a Bela Pagamentos - uma startup completamente voltada pra inovação e empreendedorismo, a qual tem seu modelo baseado nas famosas empresas do Vale do Silício. Abrindo novos horizontes, pudemos ver de perto as mudanças que estão ocorrendo nas organizações e os caminhos que podemos seguir com o GIL.

Super abençoados por essa vista incrível que o Monã nos proporcionou. Conversamos com Daniel Castelli, desenvolvedor desse projeto, que nos acolheu com carinho e com muito conhecimento, além de comermos um delicioso almoço - orgânico, é claro.

Descobrindo como podemos fazer a diferença com o belo exemplo da Escola Neusa Mari Pacheco - já eleita a melhor escola pública de turno integral do país -, situada no bairro Canelinha, na cidade de Canela.

Comida orgânica, caseira e com gostinho de amor: apenas uma entre tantas delicadezas do Monã - Centro de Estudos Ambientais. Enquanto o mundo corre nas redes de fast-food, eles têm como característica o movimento “slow-food”, em que todas as etapas são feitas de forma natural e sustentável.

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Projeto Social POA

Mas, afinal, o que é a Oficina de Projeto Social?

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Augusto Guilherme Marcelo Chagas Trein Ciancio

Natan Fischer

Pedro Otto

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Resenhas

Como superar os obstáculos da primeira gestão

breno schneid

ARTIGO

H

á uma tendência chamada juniorização da gestão, caracterizada pela presença de profissionais cada vez mais jovens em funções gerenciais dentro das empresas. Em “Os Desafios da Primeira Gestão: Uma Pesquisa com Jovens Gestores”, são investigados os diversos desafios enfrentados pelos jovens que exercem um cargo de gestão dentro de organizações pela primeira vez. As autoras deste artigo são Renata Celeste Guberfain do Amaral e Lucia Barbosa de Oliveira, ambas vinculadas à Faculdade de Economia e Finanças IbmecRJ, sendo que a segunda é Doutora e Mestre em Administração pelo COPPEADUFRJ e possui graduação em Ciências Econômicas pela PUC-RJ. A primeira parte do artigo situa o contexto em que o estudo foi realizado. Embasando-se em estudos prévios, vemos que uma grande parcela de novos gestores falha ao assumir uma nova posição gerencial. A segunda seção é dividida em quatro subseções. A primeira discute o modelo de demandas e recursos do trabalho (modelo JD-R), que serviu como base conceitual para realizar a coleta de dados do artigo. A segunda identifica

o que se tem discutido a respeito dos desafios enfrentados por novos gestores e os recursos organizacionais e pessoais que, segundo o modelo JD-R, ajudam o empregado a lidar com o trabalho. A subseção seguinte aborda a literatura sobre o desenvolvimento de líderes, e a quarta analisa estudos sobre emocional/ cognitivo e pessoal/contextual. A seção subsequente mostra que a coleta de dados foi realizada por meio de uma metodologia qualitativa e exploratória. Foram entrevistados sete homens e oito mulheres que atendiam a critérios previamente definidos pelas autoras, dentre esses a idade e o tamanho daempresaondeexerceucargodegestão. Na quarta parte do artigo, somos apresentados aos resultados da coleta de dados. Foi identificado que os desafios mais frequentes dizem respeito a gerenciar outros e a si mesmo e o suporte organizacional, este último na maioria das vezes pouco ou inexistente. A última seção sintetiza o que foi visto no estudo, ressaltando que as questões relativas à gestão dos subordinados e a conquista do respeito da equipe, especialmente dos mais velhos, são os desafios mais recorrentes. Ainda assim, as experiências on-the-job e

AMARAL, Renata Celeste Guberfain do; OLIVEIRA, Lúcia Barbosa de. Os desafios da primeira gestão: u m a p e s q u i s a c o m j o ve n s gestores. Revista de Administração Contemporânea. Rio de Janeiro, v. 21, n.3, p. 373 – 392, maio/jun 2017. Disponível em: http://www.anpad. org.br/rac. Acesso em 12 set. 2017.

vivências anteriores se mostraram fundamentais para superar os desafios da primeira gestão, juntamente com os relacionamentos com gestores, exgestores e amigos. Ciente dos problemas identificados e como os entrevistados passaram por eles, o artigo cumpre seu propósito de investigar os desafios encontrados por um jovem em um cargo de gestão, bem como as soluções encontradas para superá-los. Desse modo, o estudo se mostra interessante a empresas, de modo que estas possam compreender melhor o que esses novos gestores enfrentam no dia a dia e saber como os auxiliar para que esses desafios não atrapalhem os resultados da companhia, e, especialmente, a jovens acadêmicos de administração que estão ou ingressarão no mercado de trabalho, a fim de que conheçam e entendam os obstáculos que um cargo de gestão pode oferecer e quais são os meios de superá-los.


Cartola

Júlia predabon

As cinco principais peças para o quebra-cabeça da vida

O

mundo contemporâneo foca muito Aqui, Jim ensina-nos a trabalhar em conjunto com em profissionais que saibam trabalhar- as três fases da vida: o passado, o presente e o se, sem necessariamente precisar de futuro: - use o passado como escola, o presente motivação de outrem para fazê-lo. E como oportunidade e o futuro como motivação. livros têm grande importância nesse O livro trabalha intensamente as associações de quesito. “As cinco principais peças para o quebra- vida, mostrando que o aparente clichê “Diga-me cabeça da vida”, de Jim Rohn, trabalha o ajuste dos com quem andas e te direi quem és” tem muito cinco pontos principais que levam alguém para a valor. Assim, o que concretiza e testa nossa jornada do sucesso ou do fracasso. Filosofia e Atitude é nossa Atividade. O nosso Jim Rohn foi um dos maiores oradores do mundo, nível de Atividade determina como usamos nosso ajudando milhares de pessoas a mudarem suas potencial, determinado por nossas partes cognitiva estratégias de vida, por meio do desenvolvimento e emocional. Para fazer o que precisa ser feito, é pessoal e de negócios. Como membro da Associação necessário o comprometimento de usar todo o Nacional dos Oradores dos Estados Unidos, recebeu potencial. o cobiçado Prêmio CPAE, em 1985, pelo desempenho O quarto e quinto capítulos abordam a colheita como orador e palestrante. Foi, também, fundador das sementes plantadas. Esse é o momento de da Jim Rohn International, sua corporação, e um rever nossas filosofias e atitudes, para nos manter grande empreendedor. alinhados com novos e maiores objetivos. Nossos O livro traz, em sua introdução, uma visão resultados indicam se seguimos o caminho certo geral sobre a obra, o porquê de ter sido escrita ou se devemos nos mudar. O resultado de hoje é – para inspirar, como Jim mesmo alega - e, além espelho da colheita de ontem. Para colher amanhã disso, algumas quebras de o que desejamos, precisamos paradigmas, que muitos nos comprometer a não nos alimentam, por exemplo, que permitir fazer menos que LIVRO o mundo precisa mudar para podemos, porque esse é o ROHN, Jim. As cinco principais que nós mudemos. O primeiro primeiro passo para jogar tudo peças para o quebra-cabeça da vida. S.l.: Lydia Cólon/ Jim Rohn capítulo, Filosofia, trabalha por água abaixo. Sobre estilo Latin America, 1995. justamente aquilo que pode de vida, Jim Rohn nos convida ser nosso melhor amigo ou pior a viver o melhor que podemos inimigo: nosso modo de pensar. com o que temos hoje, porque Nossa filosofia pessoal é o filtro que avalia tudo isso nos ajuda a valorizar e sermos gratos pelo que aquilo que vemos, ouvimos e vivenciamos, mas já conquistamos. se hoje não estamos onde gostaríamos de estar, O livro é finalizado nos instigando a aumentar muito é por causa da filosofia, ou, do içar de velas. nosso senso de urgência, porque o aprendizado O modo como os ventos sopram não vai mudar, o sobre a vida já foi feito na escola. Assim, a que precisa mudar é como posicionamos nossas obra cumpre seu objetivo principal, que seria velas. Além de nos ajudar a perceber isso, Jim Rohn inspirar. Além disso, supera as expectativas em ensina-nos a criar uma poderosa filosofia pessoal, relação à conexão criada entre o autor e o leitor, com dicas muito interessantes. principalmente pela simplicidade na escrita. O segundo (Atitude) e terceiro (Atividade) Recomendo a leitura para quem está capítulos se conectam intimamente. Nossa atitude descontente ou infeliz com sua situação atual e influencia na nossa atividade. A Atitude nada mais busca liberar seu potencial, em todas as áreas da é que a parte emocional da Filosofia. O modo vida. A obra é, também, muito interessante para como nos sentimos em relação ao que ocorre aqueles que não sabem muito quais caminhos tem muita importância nos nossos resultados. seguir, como nós, estudantes, por exemplo.

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English Class

Classes in English E

nglish is widely recognized as the language of business. This is why all GIL students attend five semesters of English classes despite their proficiency level. At the beginning of their first academic year, students take a placement test that allows us teachers to group them according to their previous knowledge (Beginner to Advanced). The classes are varied and include specific business language (vocabulary, posture and even voice adjustments), business

case discussions, negotiation techniques, intercultural awareness, visits to local companies and academic reading and writing. That guarantees that even those who studied English before or lived/ traveled abroad will benefit from the English classes at GIL. Check out some pictures of this year’s classes! * Aline Jaeger, Andrea Wolwacz, Taiane Malabarba, Tatiane Carvalho e Vicente Saldanha, professores de Língua Inglesa no curso.

Poh Tan, a TedxUnisinos speaker, talking to our students about hard choices and her professional experience.

PA4 Students talking about their two-week experience in Chile

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Students roleplaying a negotiation meeting across very distinct cultures Students presenting a recent new product project

Students creating an infographic about overcoming challenges (depression)

Students working in groups producing videos and games to review grammar topics studied in class

Students creating an infographic about overcoming challenges (saving money for college)

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Culture

Ana Lourenço

How does

Anna Jacobus

Júlia Predabon

Lorenzo Ribeiro

Rodrigo Rojas

Víctor Garcia

intercultural I

contact affect you?

n order to be influenced by one’s culture, it is necessary to develop some competences. The most relevant one is the so-called “Intercultural competence”, which is nothing less than being able to develop and acquire targeted behaviors, such as to listen, to understand one’s culture, and to be empathetic. A person who has the intercultural competence is able to be openminded to learn about other’s culture. The intercultural competence is also an important allied when it comes to management. When managing a business, decision making is one of the toughest and most challenging tasks new managers can face. One of the prominent factors in effective decision making is experience: not only business experience but also life experience. One of the best ways for anyone to acquire experience is by traveling the world and meeting different cultures other than your own. By interacting and getting to know other cultures, you get to see

new perspectives on life, how different people react to different situations, how human behavior differs from place to place, among other things. You may even understand international markets better so you can improve your sales and networking. All of that can help you overcome the challenges you face when you have to make tough business-related decisions. Understanding how people with different backgrounds act can also open up your mind to new pathways in your business. By knowing different cultures and learning their traditions and social behaviors, you start to see the world from a different perspective and realize that your way of thinking is not the only one out there. Therefore, people tend to be more humble and open-minded, because

there is no “right way to be or act”. In business, you have to understand and respect your client if you want their trust, and by doing this, you gain more reliability of different people. For example, to understand how your client acts and communicates, it is fundamental to do research about their cultural background and see if the way you plan on doing business and sharing your message with them is respectful. In East Asian countries, they usually bow/nod to other people as an act of politeness. Little things can be of great difference when it is time for the client to reach a decision. When you show that you care about their culture, like learning how to speak their language, their gestures and traditions, you have better chances of gaining their trust. It is indispensable for those, who want to be touched by - and touch – others, to develop intercultural skills, because it allows you to become a better human being. So how can you develop those skills? By living!


Cartola Entrevista com Empregador

felipe sperb

matheus rafaella michalski barcelos

“Talentos é um dos temas centrais da nova economia” GIL — Qual o diferencial que o senhor notou em seu profissional e qual o maior motivo para a contratação? Marcelo — Um dos grandes ativos da Amcham é a equipe, formada por jovens com alto potencial e um espírito inovador e empreendedor, ao que chamamos de perfil “Chamber”. Encontrar esse perfil é o principal gatilho para contratação, e vemos em vários egressos do GIL este perfil com capacidade analítica sobre o mercado sem perder de vista a capacidade empreendedora da execução ágil. GIL — Como percebe que o curso pode ter ajudado na formação do profissional? Marcelo — Talentos é um dos temas centrais da nova economia. O equilíbrio entre compreender o mercado com a capacidade de execução é um diferencial importante para equipes com

taís souza

foco em inovação, resultado e impacto. Uma visão global sobre inovação ajuda muito na formação desses profissionais.

Nome: Marcelo Rodrigues Cargo: Gerente Regional Empresa: Amcham

GIL — O GIL significa Gestão para Inovação e Liderança. Como o senhor nota as capacidades de gestor, líder e inovador de seu empregado? Marcelo — Esse é o perfil que buscamos. Nosso negócio exige capacidade de articulação com os principais executivos e empreendedores do Estado, pautando o que é inovador e necessário para construção de um futuro mais empreendedor. Nesse contexto, eles são postos à prova diariamente e o reconhecimento que o mercado outorga às nossas atividades é um reconhecimento direto da capacidade da equipe sobre as habilidades de liderança e inovação dos profissionais.

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Pitch

Evento de investimentos e aprendizado inovador

P

ara os alunos do GIL, o formato tradicional de aulas expositivas já está no passado. O foco do curso está em aulas práticas e dinâmicas, mais próximas da realidade do mundo da administração para o qual os alunos estão se preparando. Pensando nisso, os alunos têm, em cada semestre, um “Projeto de Aprendizagem”, em

que enfrentam um desafio relacionado ao mundo acadêmico ou empresarial que buscam adentrar. Durante o PA 3, mais precisamente no dia 27 de Junho de 2017, os alunos tiveram o desafio de apresentar um produto inovador de sua escolha, desenvolvido em aula, para que se familiarizassem com os desafios do empreendedorismo e da inovação. Ao final desse

projeto, tiveram que passar pelo “Pitch”, momento em que apresentaram seus projetos para investidores diversos com o objetivo de conseguir um investimento e tocar sua start-up. O Pitch, que objetiva simular a busca de investimentos por parte de empreendedores, possibilitou, ainda que na “segurança” do ambiente acadêmico, que os alunos obtivessem

a experiência de expor suas ideias ao julgamento de investidores reais, tendo, assim, a vivência da realidade de um empresário. Esse tipo de dinâmica é a representação perfeita do espírito do GIL e o que o diferencia de maneira positiva dos cursos de administração tradicionais: tirar os alunos da sala de aula para que possam aprender de maneira prática e próxima da realidade!

Produtos | PA 4

O produto é uma plataforma em que cadastramos empresas (microempreendedores ou restaurantes) que confeccionam marmitas com todas as especificidades destas: cardápio, horário da entrega, planejamento para vários dias, preço, possibilidade de trabalho com segmento fitness, entre outras especificidades da empresa. Junto com isso, a plataforma busca clientes que comem marmitas, os quais teriam acesso às empresas, podendo realizar o pedido de marmitas de acordo com as suas preferências. Dessa forma, a plataforma possibilita a praticidade para as pessoas que comem marmita compararem os cardápios e opções disponíveis na área em que a pessoa está localizada, planejando a sua alimentação e pedindo a(s) marmita(s).

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Pablo Maino - Tiago Toldo - Bernardo Streb - Caio Santos - Matheus Faller / PA 4 - SL

Já para as empresas que cozinham as marmitas, a plataforma busca trazer uma maior visibilidade às pessoas que acessariam a plataforma, além de prover um auxílio no agendamento de marmitas vendidas, juntamente com uma visão gerencial, como fluxo de caixa, vendas mensais, recebimentos.

Ou seja, buscamos facilitar o cotidiano das pessoas que se alimentam por meio de marmitas, juntamente com os cozinheiros em seus empreendimentos. Site: www.easyrango.com FB: www.facebook.com/ easyrango/


rodrigo rojas

David Vaz, Pietro Lanzoni, Ana Stumpf, Giulia Sandri Groehs, Augusto Hommerding Massena / PA 4 - SL Pietro Bitelo Ventura Sarmento, Lucca Beust Milleto, Felipe Leão Chotgues e Fabio Turkienicz / PA4- POA

Compactamos a experiência online no offline: o dinamismo e a praticidade do ecommerce agora também em uma experiência offline. Acreditamos no tocar, no sentir, no vivenciar, no se apaixonar. Buscamos uma relação transparente entre consumidor e produto; conecte-se ao mundo offline!

Somos cinco jovens universitários e queremos resolver um problema real da sociedade brasileira! Descobrimos que, no Brasil, apenas 1,9% da população doa sangue regularmente, sendo o recomendado pela ONU o mínimo de 3%. Assim surgiu o bloodify! O Bloodify é uma plataforma que vai tornar a doação de sangue um hábito dos brasileiros, além de dar informações sobre hemocentros e hospitais. Iremos, junto às nossas marcas parceiras, oferecer cupons de descontos exclusivos e experiências transformadoras para doadores bloodify. Site: www.bloodify.com.br

Andre Schiavon Obino, Christian Antunes Pinheiro, Gabriel Dadda Machado, Tomaz Johannpeter e Ângelo Galtieri Filho / PA 4 - POA

O Churrasquinho dos Guri é um empreendimento na área de alimentação. Pretendemos nos tornar a melhor opção de refeição popular de qualidade em nossa região de atuação. Nossa proposta é oferecer uma combinação de carnes selecionadas dentro dos padrões de qualidade estabelecidos, agregando a isso a presença de molhos especiais desenvolvidos e produzidos por fornecedor exclusivo. Contamos com um ponto comercial em localização estratégica que visa favorecer o ótimo atendimento“dos Guri”e oferecer comodidade e conveniência para nossos clientes.

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Intercâmbios GIL - PA4 e PA6

Vivências e aprendiz J á pensou em morar fora do Brasil por um semestre, mas nunca teve essa opor tunidade? Cursando GIL, você terá a possibilidade de fazer um intercâmbio e passar um semestre estudando em alguma das universidades parceiras que

estão espalhadas pelo mundo, em cidades como Barcelona, Toronto, Montreal e Bruxelas, por exemplo. Ter experiências internacionais, além de agregar no sucesso p ro f i s s i o n a l, t r a z v i vê n c i a s e aprendizados inesquecíveis. Você aprende sobre novas culturas,

f a z a m i g o s d o m u n d o t o d o, passa a valorizar o que tem e se to r na u m a pes s o a a utô n o m a . Muitas vezes, a vontade de conhecer e morar em um novo lugar é grande, mas falta oportunidade. O GIL traz o intercâmbio até você, tornando essa experiência muito mais acessível.

Chile

O intercâmbio do PA4 do GIL tem duração de 2 seDiego manas. Acompanhados de Alberton PROFESSOR um professor do curso, os alunos viajam ao Chile para realizar diversas atividades acadêmicas, visitas em empresas e roteiros culturais. É um momento rico para troca de experiências e novos aprendizados, que fazem toda a diferença na formação do aluno. De alguma forma, é um bom começo para vivenciar o que virá de forma ainda mais intensa no PA6.

Winnipeg, Canadá

Barcelona, Espanha

Estamos vivendo um dos melhores momentos das nossas vidas, e agradecemos muito ao GIL por essa oportunidade única. Temos certeza de que iremos voltar com muito aprendizado e uma bagagem incrível de conhecimentos e experiências. Além disso, iremos crescer muito profissionalmente, potencializando nosso networking, e, pessoalmente, por sairmos da nossa zona de conforto e nos aventuramos mundo a fora! (Ricardo Lerrer Denardin, Victória Cafruni, Gabriel Kunst Bohnen e Lucas Backes Rodrigues – Universidade Autônoma de Barcelona)

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Estou morando dentro do campus da University of Manitoba, Canada, em um dormitório individual. A experiência de morar na universidade é muito legal! Além de ser super fácil de ir para as aulas, convivo com muitos outros jovens em situações semelhantes, pessoas que estão longe de casa (tanto canadenses como outros estrangeiros), aprendendo a se virar sozinhas e buscando sua independência e crescimento. Escolhi o Canadá justamente por ter o inglês como primeira língua. O fato de ser a única brasileira aqui faz com que eu tenha que exercitar muito o meu inglês, esforçar-me mais e aprimorá-lo. Posso dizer que o intercâmbio está valendo muito a pena para me conhecer melhor, conhecer diferentes pessoas, diferentes culturas e diferentes opiniões! (Lívia Burmann University of Manitoba)


Eduarda Corletto

Galeno Soares

Gerson João Victor Filho Bohs

Paula Puhl

zados inesquecíveis Mittweida, Alemanha Seoul, Coreia do Sul

Quando o assunto é realizar um intercâmbio na Coreia do Sul, muitos consideram uma escolha bem peculiar, principalmente levando em consideração o atual cenário em que nos encontramos. Mesmo sendo um país com uma cultura completamente diferente da nossa, a Coreia do Sul apresenta inúmeros aspectos positivos. Em relação aos estudos, estamos estudando na Universidade Sogang, que fica localizada em Seoul, capital da Coreia do Sul. Optamos por morar no dormitório dentro da universidade, por questões de valores e de acessibilidade, e por coincidência somos colegas de quarto. Já as matérias que cursamos, International Business, Operations Management e Fundamentals of Business Writing, são ministradas em inglês e apresentam um sistema diferenciado: são divididas em duas aulas semanais de 1h15min cada. Por essa configuração, conseguimos conciliar outras atividades durante a semana. Nossas maiores dificuldades até o momento dizem respeito à alimentação e à saudade dos familiares e amigos, pois, querendo ou não, não há nenhuma nacionalidade no mundo que tenha o calor humano dos brasileiros! (Isabella Török Bernardes e Luiza Ten-Cate Fróes – Sogang University)

O início do intercâmbio sempre é o mais complicado. Bate saudades da família, dos amigos, da nossa casa, da nossa zona de conforto e, inclusive, da rotina do GIL, mas no fim tudo vale muito a pena. Nós sabemos disso porque estamos em Mittweida apenas há três semanas e já não queremos que o tempo passe muito rápido! Estamos morando em uma residência universitária e essa foi a melhor escolha que fizemos, pois todos nossos colegas também estão aqui e é muito mais fácil para se integrar. A consequência disso é que já temos amigos de várias partes do mundo, como, por exemplo, italianos, espanhóis, russos, franceses, paquistaneses, chilenos, egípcios, eslovacos, indianos e alemães. A faculdade oferece aulas em inglês e alemão, além de disponibilizar cursos de idiomas como francês, italiano, russo e/ou espanhol de graça, então aproveitamos a oportunidade e estamos dando uma incrementada no nosso horário. Sendo assim, acabamos tendo aulas quase todos os dias! O que chamou muito a nossa atenção é a forma como o pessoal da universidade é preocupado em acolher bem os alunos. Para aproveitarmos o máximo possível dessa oportunidade, chegamos antes do início das aulas e vamos ficar um tempo a mais após acabarem (na verdade, só vamos voltar quando começarem as aulas do GIL). É uma experiência indescritível. Assim, vale aproveitar cada momento como se fosse o último e fazer com que tudo valha a pena. Afinal, o único responsável para ter uma experiência sensacional dessas somos nós mesmos! (Juliana Elisa Fischer, Victor Mainieri e Laura Grala Nogueira– Hochschule Mittweida)

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Intercâmbios GIL - PA4 e PA6

Coimbra, Portugal

Na FEUC (Faculdade de Economia) da Universidade de Coimbra, as cadeiras são divididas de uma maneira diferente de como estamos acostumados no Brasil. Cada cadeira é dividida em duas partes, sendo elas: (1) aula teórica; (2) aula prática. Quando você escolhe uma matéria para se matricular, existem várias opções de turma, em diferentes dias e horários, ou seja, você deve escolher um dia para a aula teórica e outro para a aula prática. Cada período de aula (teórico e prático) tem a duração de duas horas, totalizando quatro horas semanais por matéria. No momento, estamos matriculados em três cadeiras, Gestão e pessoas, Marketing Relacional e Introdução a Gestão. Organizando nossos horários, conseguimos colocar a maioria das aulas pela manhã, podendo assim ter a tarde livre. No momento não tivemos grandes dificuldades em adaptação com o país, mas muitas coisas nos chamam a atenção nos costumes, formas de lidar com as pessoas. Coimbra, é uma cidade de dois extremos: têm muito jovens universitários e muitos idosos. Além disso, é uma cidade que tem tudo: shoppings, fast food, diversos comércios, festas. Vale a pena visitar e estudar aqui principalmente pelo fato de a Universidade de Coimbra ser considerada umas das melhores universidades da Europa! (Pedro Cusin Petrucci, Valeska Bueno Miranda de Mendonça e Nicole Zurobski Remus – Universidade de Coimbra)

Bruxelas, Bélgica

Chegamos a Bruxelas algumas semanas antes das aulas para algumas atividades com a universidade. A primeira semana foi de integração com os alunos em intercâmbio. Fizemos diversas atividades pela Bélgica, como visitar fábricas de chocolate e cerveja, museus, outras cidades. A segunda semana de atividades da universidade foi de aulas de intensivo de francês. Aproveitamos essa oportunidade, pois percebemos que as pessoas aqui na Bélgica nos levam mais a sério quando falamos “bonjour” e “merci”, já que o francês é uma das três línguas oficiais do país (as outras duas são holandês e alemão). Estamos fazendo quatro cadeiras de administração em inglês e uma cadeira de de francês. Temos bastante tempo livre para conhecer diversos lugares da cidade e temos uma combinação: todas semanas conhecer pelo menos um lugar novo, pode ser uma cidade, um país ou um parque. Estamos morando em uma residência estudantil do lado da universidade onde a maioria dos outros estudantes em intercâmbio mora. Estamos crescendo muito, pois temos que nos virar totalmente por conta própria, cozinhar, lavar as roupas, limpar o quarto. Além disso, temos contato com muitas pessoas, estamos fazendo diversas amizades de diversos países. Acreditamos que nossa experiência só esteja no início e que ainda há muito mais por vir! (Yasmin Tomasoni de Bastos, Gabrielle de Azeredo Burzlaff e Thaís Berwanger – Universidade Saint-Louis)

Seoul, Coreia do Sul

Ter escolhido a Coreia do Sul foi uma das escolhas mais desafiantes que já fizemos. Sabíamos, desde o início, que iríamos passar por muitas dificuldades e perrengues, mas que tudo valeria a pena pela oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Aproveitamos a viagem longa e visitamos outros países da Ásia, como Emirados Árabes, Japão e China. Fomos nos acostumando com a cultura asiática aos poucos, mas chegar à Coreia foi simplesmente um choque de realidade. Costumes e valores diferentes, sem falar da língua e da comida, né? Mas tudo é questão de adaptação e aprendizado. Fazemos quatro cadeiras e ainda sobra tempo para visitar toda cidade, aproveitar nosso tempo aqui e conhecer gente do mundo inteiro. Cada dia nos sentimos mais preparadas para as dificuldades que nos esperam daqui pra frente! (Laura Spier Cohen e Nathália Chamis – Sungkyunkwan University)

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Barcelona, Espanha

Viver em Barcelona é incrível. A cidade por si só é maravilhosa, cheia de vida, unindo arte, cultura e urbanismo. O idioma mais falado é o Catalão, língua co-oficial na região da Catalunha, porém a maioria das pessoas fala, também, o castelhano e o inglês. Na faculdade, estudamos cerca de 11 horas semanais, fazendo com que tenhamos tempo livre para aproveitar as diversas atrações da cidade. As aulas são em inglês e espanhol, podendo optar pela mesma cadeira nas duas línguas. Além disso, a Universitat Ramon Llull é a melhor universidade privada de Barcelona e a segunda melhor da Espanha, segundo o ranking do jornal El Mundo, 2017. Por fim, destacamos o momento histórico que estamos presenciando, no processo de tentativa de independência da Catalunha em relação à Espanha, o que torna a experiência mais rica ainda. (Irvaine Trentin, Julhete Mignone, Vinicius Machado e Joao Gabriel Tigre – Universidade Ramón Llull)

Montréal, Canadá

Montréal é incrível, a cidade encanta desde o primeiro momento por ser moderna com aspectos europeus e por oferecer tantas opções de atividades culturais. Estamos estudando na HEC Montréal, uma das melhores escolas de business do mundo. Todas as nossas aulas são em inglês e focadas em business. Nós estudamos 5 disciplinas, mas todas são na terça, quarta e quinta, o que nos proporciona tempo para viajar e aproveitar tudo que Montréal tem para oferecer. Estamos morando juntas e nos divertindo muito, aprendendo a como cuidar da casa e cozinhar. Viver tudo isso é uma experiência muito enriquecedora e mesmo estando aqui há somente 2 meses já podemos perceber o quanto nós evoluímos desde que chegamos. (Carolina Andrade e Amanda Barth – Universidade HEC)

Algarve, Portugal

A minha experiência na cidade de Faro, região de Algarve, em Portugal, tem sido muito boa e intensa. Tenho aula todos os dias, menos em sextas feiras, porém sempre arranjo tempo para outras atividades, como andar de bicicleta com amigos, visitar pequenos comércios na região e, aos fins de semana, visitar cidades vizinhas e outros países. As aulas na Universidade de Algarve são boas, passadas em português, com bastante trabalhos extras, mas todos os conteúdos, até o presente momento, já haviam sido estudados antes, considerando que estou fazendo as cadeiras do último ano de estudos. O processo de preparação e seleção para estudar em Portugal é bem tranquilo, tens que receber a carta de aceite da universidade, juntar os documentos e dar entrada com o pedido de visto, e dificilmente o visto vai ser negado. No entanto, a universidade de Algarve demorou a enviar os documentos necessários para dar entrada no processo do visto. Isso causou um atraso na minha ida, portanto quando cheguei as aulas já haviam começado. Até o presente momento, minha maior dificuldade foi arrumar moradia, pois a cidade estava sobrecarregada com muitos estudantes. (Pedro Wurth – Universidade do Algarve)

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TCCs

Pesquisa acadêmicocientífica no GIL E

screver um artigo acadêmico pode ser muito assustador, ainda mais no primeiro ano de curso! Mas, graças ao desenvolvimento do trabalho em sala de aula, com professores que nos auxiliam durante todo o processo, tudo fica mais tranquilo. Assim, já desenvolvemos um estudo científico no PA 1 e 2: vivenciando diferentes aprendizagens, como uso da linguagem acadêmica e

“Fazer um Trabalho de Conclusão em formato de Artigo Acadêmico foi muito interessante, pois ter a possibilidade de publicar o artigo deu maior motivação para realizar o trabalho. A realização do artigo acadêmico no PA1 e PA2 ajudou muito na construção do Artigo Final, pois já sabíamos todas as etapas que teríamos que seguir para chegar ao final, por exemplo, buscar referências, configurar o artigo com as normas ABNT, fazer as referências bibliográficas. Os prazos, que ficaram curtos para alguns alunos, por não conseguirem escolher um tema que deixasse satisfeito acadêmica e pessoalmente logo no início, foi um dos maiores desafios. Também ir a campo realizar a pesquisa é sempre complicado, tanto para pesquisa qualitativa quanto para quantitativa, pois entrevistar pessoas ou responder a questionários requer tempo do entrevistado. Por fim, o acesso aos professores e às oficinas do GIL dedicadas especificamente para o TCC e o orientador de cada aluno ajudaram muito na elaboração de cada etapa do trabalho.” (Alunos de São Leopoldo)

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desenvolvimento do senso crítico em relação às fontes de informação. E, em relação à formatação ABNT, hoje, não nos conformamos com menos! Com certeza, no último semestre do curso, a escrita do trabalho de conclusão de curso será mais uma aprendizagem e um desafio que vivenciaremos com excelência!

“Fazer um trabalho de conclusão de curso é bastante desafiador, porque o espaço é bem limitado e as ideias têm que estar bem resumidas; porém, ao mesmo tempo, é mais divertido, pelo fato de ter que se concentrar mais nos textos e apresentar as teorias de forma mais eficiente. Para estudar um assunto em um artigo, precisamos gostar de nos aprofundar e ler MUITO sobre aquele tema. Fazer um artigo no início do curso nos mostrou que não basta gostarmos do assunto, precisamos gostar tão profundamente a ponto de passar 10 horas lendo sobre ele em um dia e as outras 10 horas do dia escrevendo sobre ele - e esse dia não só pode, como deve, ser sábado ou domingo (ou ambos), durante quase um ano.” (Alunos de Porto Alegre)


caroline heller

luis natus

Artigo Acadêmico de cada aluno

Carolina Ribeiro Título: Tendências alimentares contemporâneas: uma análise do discurso de diferentes agentes Objetivo: Compreender os diferentes discursos relacionados a tendências alimentares.

Guilherme Fusquine Título: O hiperlocalismo como instrumento de disseminação de ideologias sustentáveis: um estudo de caso na empresa Urban Farmcy. Objetivo: Entender se uma empresa pode gerar um alinhamento ideológico sustentável em seus consumidores devido a proposta do Hiperlocalismo.

Kathleen Enzweiler Título: MOOCS como prática: uma perspectiva dos cursos a partir de estudantes universitários brasileiros. Objetivo: Compreender como se constituem práticas de educação dos estudantes brasileiros em relação aos MOOCs.

Guilherme Fetter Título: Educação empreendedora: um estudo multicaso em escolas criativas. Objetivo: Identificar e comparar como é percebida a entrega do ensino empreendedor por gestores, professores e alunos das escolas criativas selecionadas.

Laura Kreuz Título: A persistência na transformação de identidade: um estudo sobre pessoas que escolhem parar de comer glúten. Objetivo: Entender como ocorre a persistência no processo de transformação de identidade.

Leonardo de Wallau Título: M apeamento da inovação na indústria radiofônica: um estudo multicaso nas rádios do Rio Grande do Sul. Objetivo: Identificar quais os tipos de inovação que são realizados nesse mercado, suas principais barreiras e facilitadores.

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TCCs

Natalia Musso Título: Radar da Inovação: um estudo de casos múltiplos em micro e pequenas empresas B2B do setor calçadista. Objetivo: Identificar e analisar quais dimensões do Radar da Inovação as Micro e Pequenas empresas B2B do setor calçadista mais focam.

Rafael Giacomet Título: A motivação ao uso de sacolas ecológicas em supermercados. Objetivo: Entender o que motiva os consumidores a utilizarem ou não sacolas ecológicas em supermercados.

Tilara Brenner Título: Os Modelos de Negócio da Economia Compartilhada no Brasil. Objetivo: Compreender como são criados e gerenciados os modelos de negócio das empresas que atuam na economia compartilhada no Brasil.

Nícollas Wulff Título: Futebol Americano: um estudo do consumo do esporte no Rio Grande do Sul. Objetivo: Entender como acontece a experiência de consumo do futebol americano no RS pelos aficionados pelo esporte. Além disso, identificar quais elementos da cultura global e/ou local se integram nessa experiência.

Thaís Kasper Título: Conteúdo gerado em blogs de moda e beleza: a influência na tomada de decisão para compra de cosméticos das leitoras. Objetivo: Analisar a influência do conteúdo gerado em blogs de moda e beleza (CGM) na tomada de decisão de compra de cosméticos das leitoras.

Vitória Lufiego Título: A vantagem competitiva sob a ótica das capacidades dinâmicas: estudo de casos múltiplos em microcervejarias. Objetivo: Compreender como as microcervejarias desenvolvem vantagem competitiva sob a ótica das Capacidades Dinâmicas.

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Gustavo Sturmer Título: Coopetição no futebol: como a rivalidade se torna atrativa. Objetivo: Analisar a criação e a captura de valor no contexto de coopetição do futebol do Rio Grande do Sul.

Lauren Lorenzini Tí t u l o : O r i e n t a ç ã o empreendedora em microempresas: uma leitura sobre o empreendedorismo de mulheres negras. Objetivo: Analisar a mobilização da orientação empreendedora quando desenvolvida em novos negócios, cr iados por mulheres negras, motivadas a empreender por necessidade ou por oportunidade.

Luiza Jawetz Título: A liderança c r i at i va : co m o e l a s e manifesta em ambientes coletivos. Objetivo: Entender a liderança criativa em ambientes coletivos, i d e nt i f i c a n d o s e e s s a liderança reforça a dimensão coletiva do trabalho.

Marcelo Schmitt Título: A influência da capacidade absortiva na melhoria contínua: um estudo em uma empresa gráfica. Objetivo: Analisar a influência da Capacidade Absortiva no processo da Melhoria Contínua, visando gerar utilidade profissional e acadêmica a partir da junção dos conceitos.

Fernando Batistela Título: Promoção de confiança organizacional: uma pesquisa-ação em uma empresa de softwares. Objetivo: Compreender o processo de confiança dentro de uma empresa de software de gestão e promovê-lo a partir de uma pesquisa-ação.

Murilo Schneider Título: Economia circular e colaborativa: a percepção dos consumidores de uma empresa sustentável. Objetivo: Analisar mais profundamente o comportamento de uma determinada população de clientes de uma empresa sustentável de produto, situada em Porto Alegre.

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Entrevista: Janaína Lemos

Liderança feminina na contemporaneidade 1. Como você percebe a liderança feminina nas organizações nos dias de hoje? Minha leitura é que as mulheres que desejam exercer um cargo de liderança executiva em qualquer setor possuem, na atualidade, uma enorme oportunidade! De acordo com dados apresentados por Karina da Silveira Gaspar, orientanda de Mestrado da Prof.ª Patrícia Martins Fagundes Cabral, apenas 9% dos cargos de CEO das organizações em âmbito mundial são ocupados por mulheres. No Brasil, estimase número ainda menor: ele não deve ultrapassar 6%! Os desafios da liderança feminina, no entanto, são inúmeros e me parecem passar, muitas vezes e antes de mais nada, pelas próprias mulheres.

2. Sabemos que você viveu uma experiência internacional de formação de mulheres líderes recentemente. Que experiência foi essa? Em junho deste ano, participei do W30 Program: Developing Women Leaders in University Administration, uma parceria entre o Banco Santander e a UCLA Anderson Executive Education, em Los Angeles, que prepara mulheres atuantes na gestão universitária para posições de liderança de responsabilidade crescente. Em 2017, foram concedidas menos de trinta bolsas a mulheres de doze países diferentes – e eu tive o privilégio de ser uma das contempladas. De fato, como o programa é destinado especialmente a mulheres que trabalham na gestão universitária, que já alcançaram sucesso e que demonstram potencial para avançar, a ficha demorou a cair quando recebi a notícia de que eu participaria do curso neste ano.

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O que faz? É coordenadora do GIL. Formação: Doutorado em Linguística Aplicada (UNISINOS), Mestrado em Letras (PUC-RS) e Licenciatura em Letras: Português (UNISINOS). Educação executiva: MBA em Gestão Empresarial (UNISINOS) e W30 Program: Developing Women Leaders in University Administration (UCLA).


carmela dafne gabriela rafaella tomasini Zwetsch gossler corletto

3. Nesse curso de educação executiva, quais foram seus principais aprendizados?

Brasileiras no W30 Program: Developing Women Leaders in University Administration: Senai Cimatec (Salvador), UNISINOS (São Leopoldo), Fundação Cecierj (Rio de Janeiro) e FAAP (São Paulo)

Essencialmente, nós estudamos fundamentos de liderança, aprendizagem organizacional, pensamento focado no futuro, criação de emprego, mentoring e networking e estilos de liderança. Um dos meus aprendizados mais transformadores, no entanto, se relaciona à identificação dos meus interesses, dos meus comportamentos – os que são usuais e os que me causam estresse – e das minhas necessidades. A fim de exemplificar, eu trouxe na mala a informação de que, também no exercício da minha profissão, eu possuo uma necessidade acima da média de “energia emocional”, o que significa que ser genuína em relação aos meus sentimentos, empática, emotiva e cuidadosa me define, por exemplo, ao ser coordenadora do GIL. Essa informação – que eu escuto também dos meus amigos há muitos anos – emergiu de um mapeamento sério das principais características das alunas em formação no W30. E, desde então, essa constatação – e eu nem referi as outras (risos) – mudou sensivelmente a forma como eu me relaciono com as pessoas ao meu redor.

4. Quais conselhos você daria para meninas que almejam a carreira da gestão e da liderança?

W30 Program: Developing Women Leaders in University Administration, UCLA Anderson Executive Education, Los Angeles, EUA

O primeiro é que a profissionalização é imprescindível para o sucesso! Definitivamente eu considero essencial que busquemos formação – ou inicial (em nível de graduação) ou continuada (após a faculdade) – a fim de que nos apropriemos conceitualmente dos princípios da gestão e da liderança. Especialmente em relação às mulheres, eu concordo com as falas de acordo com as quais, ao nos sentirmos em desvantagem em relação aos homens, buscamos mais ferramentas do que eles para que nos fortaleçamos, entendem? E o conhecimento, na minha opinião, é a mais forte delas. Em segundo lugar, minha sugestão é que nos orientemos, cada vez menos, para o fato de que somos mulheres em um domínio profissional predominantemente masculino: isso, de fato, é verdade, mas só deveria ser relevante ao considerarmos diferenças – se é que há – entre o feminino e o masculino.

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Alumni

Ex-alunos falam BRUNA BUENO

DANIEL DE CASTRO SARMENTO

Ter cursado o GIL, fez grande diferença no rumo que a minha carreira tomou e na velocidade que fui evoluindo dentro da Braskem. Entrei na empresa como trainee há sete anos e hoje sou responsável pelo gerenciamento de projetos de TI que tenham escopo global. O GIL proporciona uma série de disciplinas que vão muito além do conhecimento técnico ofertado em cursos regulares de administração e eu considero esse o diferencial do curso que mais teve relevância na minha carreira até o momento. Entre as disciplinas, estão aquelas com foco no autoconhecimento, como aprendendo a aprender, que me ajudou a entender as formas de aprendizado mais adequadas para mim, bem como o desenvolvimento de competências para trabalho e liderança de equipes fundamentais para quem quer seguir carreira em multinacionais. Outro pilar que sustenta o curso e que com certeza contribuiu para minha formação profissional foram as oficinas de inovação, que estão presentes durante todo o curso. Essas oficinas me ajudaram a me posicionar em um mercado que está em constante mudança e com tecnologias que se transformam em uma velocidade cada vez maior. As empresas estão em busca de profissionais que consigam tomar decisões, adaptar caminhos traçados e liderar projetos e pessoas em ambientes ambíguos, de indecisão, e que estão sempre se modificando. As oficinas de inovação do GIL não só analisam cases de cenários similares e a teoria por trás deles, como nos desafiam por meio de atividades práticas e vivenciais que permitem experimentar situações adversas. Essas vivências ainda na universidade nos colocam muito mais preparados no mercado de trabalho e isso acaba acelerando a carreira, pois já saímos com competências interpessoais e de aprendizado desenvolvidas.

Minhas expectativas iniciais quanto ao curso eram desenvolver competências de um profissional contemporâneo - criatividade, pensamento sistêmico, inovação, oratória,“pensar no todo”. O Gil superou minhas expectativas. As oficinas que mais te agregaram foram aquelas relacionadas ao pensamento sistêmico, porque é preciso entender o todo, entender a administração como uma ciência holística, que envolve números, pessoas, soluções. É preciso harmonizar tudo isso, como uma orquestra!

Ano de formatura: 2010 Lugar em que trabalha: Braskem Função: Responsável pela governança global de TI

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Ano de formatura: 2014 Lugar em que trabalha: Arezzo&Co Função: Coordenador de Moda e Produto na marca Schutz

MILENA DALACORTE

Ano de formatura: 2014 Lugar em que trabalha: Endeavor Função: Coordenadora A Endeavor é uma organização global sem fins lucrativos que fomenta o empreendedorismo de alto impacto. Conheci o GIL por acaso, em uma revistinha dos cursos de vestibular da Unisinos. Gostaria de fazer um curso que realmente desse uma base forte para minha formação profissional, e pela grade curricular do GIL e as atividades ao longo do curso, parecia o caminho certo. Resolvi arriscar. Hoje, tenho certeza de que não poderia ter tomado decisão melhor. Além de me preparar para o mercado, o GIL complementou a minha formação como pessoa. O nível de exigência me mostrou o que era excelência; as constantes atividades em grupo me ensinaram sobre a importância da comunicação, do trabalho em equipe e da liderança; com a evolução dos desafios a cada semestre, aprendi que é fora da zona de conforto que a gente cresce. O desenvolvimento de um produto inovador, em especial, me marcou muito, por me aproximar de uma experiência empreendedora, fazendo com que eu me apaixonasse pelo tema. O GIL nos forma para a vida: independentemente do caminho que eu opte seguir, tenho certeza de que as competências que desenvolvi no curso serão fundamentais em qualquer trajetória.


sobre a carreira LETÍCIA A. POZZA

Ano de formatura: 2010 Lugar em que trabalha: Cappra Data Science Função: Cientista de Dados Líder Antes do curso, lembro de ser uma pessoa cheia de ideias e sonhos, que queria aprender sobre novas formas de trabalho e de negócios. Acreditava que vida e trabalho eram conectados e que o papel das pessoas estava mudando nas organizações, pois ele deixaria de ser rendimento extremo e passaria a ser um equilíbrio entre rendimento, propósito, satisfação pessoal, desenvolvimento e auto-conhecimento. Na época, saí do curso de Engenharia para o Gil pois entendi que o mundo seria de competências pessoais, não só técnica ou de resolução de problemas. Ao me formar no GIL, precisei de muito tempo no mercado de trabalho para entender por que eu havia aprendido o que aprendi. E ainda estou processando algumas coisas, pois é uma vivência muito intensa e saímos do Gil em um ritmo diferente do ritmo do mercado. A realidade não é fácil. Mas hoje vejo que o Gil me preparou para aprender a pensar a me desafiar. Tudo que eu aprendi há 10 anos ainda faz sentido e o curso está muito à frente do mercado. Talvez só faltou gerenciar as nossas expectativas em relação a essa diferença de tempo entre o que aprendemos versus o que o mercado vive hoje. As oficinas que mais me agregaram foram todas que envolveram pensamento sistêmico sem dúvida. Sejam elas relacionadas à teoria, à liderança ou a aplicações em projetos. Vejo que a capacidade de enxergar seu papel no todo (como o meu trabalho contribui ou as minhas atitudes contribuem - ou não) é um dos grandes problemas em organizações. Pensar sistemicamente me permitiu compreender que não existem áreas ou processos, mas sim tomadas de decisões para objetivos fins em comum. E se isso não estiver claro para as pessoas, elas trabalham para o individual e não para o coletivo. A inovação só acontece por meio da co-construção, do compartilhamento e democratização da informação. Foi essencial para me tornar a líder que sou hoje e apoiar meus clientes e minha equipe. Além disso, a constante exposição e oficinas de apresentação (de como se comunicar, escrever e falar), que parecem simples, são essenciais, pois com elas descobrimos que são, na verdade, as habilidades mais difíceis

de se desenvolver. Em um mundo de informação, as pessoas têm muita dificuldade de tangibilizar e simplificar o complexo. Aprender a escrever, me portar, falar e apresentar foi essencial para minha carreira e diferencial definitivo. O Gil me trouxe diversas “soft skills” , ou habilidades não tangíveis,que são muito difíceis de se encontrar no mercado.

GUILHERME MANTOVANI

Ano de formatura: 2007 Lugar em que trabalha: Grupo Riedel, Holanda Função: Gerente Internacional de Vendas Europa Meu avô e meu pai sempre foram do mundo dos negócios, e busquei manter a tradição da família. Minha expectativa não era somente de fazer negócios locais, porém desbravar o mundo dos negócios internacionais. E minha expectativa era exatamente esta: entender o mundo atual a partir de uma olhar diferente, mais analítico, em que teríamos espaço para discussões, e, principalmente, para receber profissionais para tratar de diferentes temas de mercado, negócios e oportunidades. É difícil ter uma expectativa de longo prazo, quando vivemos o novo. A cada PA as expectativas mudavam, assim como a visão do que eu gostaria de ser ou fazer. A constante evolução pessoal fazia com que a expectativa se aproximasse da realidade, sendo mais concreta e menos de sonhos. Acredito que as oficinais mais práticas, em que estudos de casos eram apresentados e discutidos, ou então o de desenvolvimento de um novo produto, eram as que mais me agradavam pois traziam um pouco da realidade do que se sente no mercado. Poder pôr em prática o que estávamos estudando/aprendendo, aumentava a satisfação e motivação para aprofundar o conhecimento teórico por meio da prática.

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Roda de Entrevista

Empreendedores GIL con DOBRA ENTREVISTA BANANA NUDE

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Como as conexões criadas no GIL te ajudaram a desenvolver o teu negócio? (professores, alunos, Unisinos como um tudo) O GIL foi extremamente importante para o desenvolvimento da Banana Nude, inclusive, as primeiras conversas sobre meias diferentes sugiram nas próprias aulas. Todas discussões durante os PA’s nos ajudaram a moldar o negócio de uma maneira criativa. Além disso, toda a rede de contatos que desenvolvemos ao longo do curso foram de extrema valia, tanto com os professores, quanto os palestrantes e ex alunos.

Como tá sendo lidar com o dia a dia de um emprego fixo + banana nude? Ta sendo insano, mas um baita aprendizado! Por ser muito nova, a Banana Nude demanda muita atenção, porque ainda não caminha sozinha. Um ponto positivo é que estamos utilizando as redes dos nossos empregos para disseminar a Banana Nude. Conseguimos ter contatos diferentes e plurais a todo momento por causa disso.

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Como chegou nesse ramo de meias? Nós dois já curtíamos meias diferentes há um certo tempo, consumíamos de forma esporádica. Durante os intercâmbios internacionais, percebemos que era algo muito forte fora do Brasil e que, inevitavelmente, chegaria às terras tupiniquins em breve. Foi aí que começamos a

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buscar marcas nacionais que matassem nosso desejo de consumo. Como encontramos poucas opções nacionais, decidimos montar nossa própria marca.

Como tu vislumbras o futuro da banana nude? Algo entre desfiles nas principais semanas de moda do mundo e lançar aviõeszinhos de dinheiro igual ao Silvio Santos, mas sempre pensando como o nosso alcance e nossos recursos podem fazer a diferença no mundo. Na verdade, a Banana Nude não coloca metas, mas se bater elas, provavelmente vamos dobrá-las. (*) Felipe Stumpf e Rafael Fischborn Bohrer, formados em 2016


ntam seus segredos BANANA NUDE ENTREVISTA LUV e entrevistamos vários maquiadores até conseguirmos passar para a fábrica o nosso ideal de produto. Passamos um ano só no desenvolvimento de produto e conceito de marca até que, por fim, em 2014, nasceu o nosso Full Luv, um kit com 12 pincéis profissionais de maquiagem do jeitinho que sonhamos.

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Como surgiu a ideia de criar a Luv? Eu e minha irmã sempre gostamos muito de maquiagem, embora nenhuma das duas nunca tenha pensado em seguir carreira como maquiadora. Assistíamos a vários tutoriais de automaquiagem no youtube e sempre que viajávamos ou até mesmo quando alguém próximo viajava, nosso pedido era sempre o mesmo: maquiagem! Em 2012/2013, a área da beleza crescia muito no país, mas, em contrapartida, os fornecedores de maquiagens e pincéis no Brasil eram poucos e estavam em dois extremos, ou eram produtos baratos e de péssima qualidade, ou eram produtos importados caros. Percebemos que havia um mercado ainda a ser explorado: pincéis de maquiagem com preços acessíveis e com qualidade profissional. Em 2013, resolvemos tirar a ideia do papel e fazer acontecer. Fomos para a China em busca de fornecedores para a linha de produtos de beleza que estávamos idealizando e encontramos fornecedores de pincéis de maquiagem. Como é um produto muito nichado, tem diversas particularidades; por isso, fizemos diversas pesquisas

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Quais foram as maiores dificuldades no processo de desenvolvimento da Luv? As dificuldades sempre foram muitas, nada foi fácil. Aliás, se fosse fácil, todo mundo fazia. Trabalhamos com importação direta e os processos, além de serem burocráticos, costumam ser muito demorados. Por isso, sempre temos que trabalhar com programação de longa data, levando em conta tempo de produção, atrasos e logística. Fora isso, tem a dificuldade de comunicação com o fornecedor, que está do outro lado do planeta com fuso horário de diferença de 12 horas, além de nos comunicarmos em inglês e muitas vezes os fornecedores não dominam

o idioma, tornando a comunicação ainda mais complexa.

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De que maneira o ecossistema GIL ajudou a superar essas dificuldades? Acredito que minha formação no Gil foi fundamental para despertar características empreendedoras. O curso permite que tenhamos uma visão ampla de cada área existente em uma empresa. Essa visão sistêmica é imprescindível para quem deseja empreender. Além disso, o contato com outras culturas foi essencial para que eu quisesse trabalhar com importação. Adoro essa troca de experiências e acho esse um dos pontos altos do curso.

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Que dica tu darias para quem está pensando em colocar uma ideia em prática e abrir o próprio negócio? A dica fundamental é conhecer bastante a área que pretende atuar. Converse com pessoas que já atuam no segmento, coloque no papel as maiores dificuldades, trace alternativas para os caminhos difíceis. Não há segurança no empreendedorismo, há sempre muitos riscos envolvidos. É importante planejar, mas quem muito planeja, não executa. Em algum momento a gente erra, é preciso sempre trabalhar com essa margem de erro e avaliar as ações para ter tempo para corrigir e acertar o caminho. Não existe sucesso no final, o sucesso é construído diariamente, com muito trabalho e perseverança. (*) Sarah Guerra, formada em 2011

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Roda de Entrevista

LUV ENTREVISTA A DOBRA

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Sabemos que os empreendedores são expostos à desafios todos os dias, é um risco inerente ao processo. Qual o maior desafio que você já enfrentou na carreira empreendedora e qual a lição que você tirou dessa experiência? A dobra por si só já é um desafio por quebrar conceitos de que o lucro deve ser aquilo que mais importa para uma empresa, deixando de lado todo o resto para que isso ocorra. O que fazemos aqui é pensar muito mais no impacto positivo que vamos causar na sociedade e como cada ação nossa vai inter ferir nisso. No início, era um pouco complicado, mas o que aconteceu foi que, justamente por pensarmos mais no impacto e menos no lucro, conseguimos atingir um nível de sustentabilidade econômica super saudável (ou seja, lucros altos). Esse digamos que é o desafio diário aqui na Dobra e vai ser assim pra sempre, mesmo que seja algo natural nosso. Porém, pensando em um desafio específico acho legal

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contar esse: logo nos nossos primeiros meses, adquirimos uma impressora industrial super cara, pois acreditávamos que, como as vendas estavam crescendo semanalmente, estava na hora de fazer esse investimento visando à melhoria da qualidade do produto. Empolgados com a nova aquisição, saímos vendendo feito louco (umas 400 unidades - na época era muito para duas semanas) e o que aconteceu foi que a tinta não penetrava na fibra que usamos para fazer as carteiras e saía tudo com poucos dias de uso. Logo nos primeiros recebimentos, alguns clientes nos relataram isso e pensamos: “MEU DEUS, É O FIM DA DOBRA :(“. E aí quebramos a cabeça e resolvemos jogar limpo, dar a real, falar o que realmente estava acontecendo. Então, através do Batman, nosso diretor de atendimento, um Pug, enviamos um e-mail para todos os clientes que haviam comprado o lote de carteiras da impressora nova, contando que havia um problema e que a tinta sairia, mas que não sabía-

mos o motivo disso ocorrer, muito menos como e quando resolveríamos. Junto com isso oferecemos 3 opções: 1-dinheiro de volta; 2-escolher uma carteira de estampa mais clara; 3-aguardar a gente resolver o problema que nao sabíamos qual era, nem como e quando resolver. Agora o resultado: 3 pessoas pediram o dinheiro de volta; umas 50 escolheram carteiras com tons mais claros; e cerca de 350 pessoas acreditaram num pug chamado Batman e esperaram o problema ser solucionado. Desfecho da história: em 3 semanas, solucionamos o problema, mas, em contrapartida, tínhamos uma impressão bem mais apagada e menos viva, super diferente da que tínhamos no site e os clientes novos em mãos. O feedback da galera foi tão positivo que aprendemos uma baita lição: temos que ser transparentes. Se não abríssemos o jogo poderíamos ter destruído a empresa e eu nem estaria escrevendo aqui hoje. Acho que foi um dos meus maiores aprendizados.


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Vi que a Sheryl Sandberg mencionou a Dobra em um post recente em seu facebook como uma das empresas que utiliza as redes sociais para alavancar seu negócio. Como ela ficou sabendo da história da Dobra e quais são ações digitais que são essenciais para vocês? O post da Sheryl foi o ponto mais lindo da Dobra, foi emocionante, choramos muito por aqui :p ela ficou sabendo da gente pois somos, desde dezembro/16, uma empresa case

de sucesso no Facebook (https://www.facebook. com/business/success/dobra) e Instagram (https:// business.instagram.com/ success/dobra), em função do nosso crescimento em vendas a partir dessas duas plataformas. Em agosto/17, o Instagram veio até nossa sede para gravarmos um documentário contando a nossa história e com a rede social colaborou com a gente - deve ir ao ar até o final do ano. A partir desse documentário, a Sheryl nos conheceu e nos usou como exemplo mundial de suces-

so nas redes sociais <3 Toda e qualquer ação digital é essencial pra gente, pois somos uma empresa 99,9% digital (só vendemos de forma principal através das feirinhas locais) e que não vende um produto, mas sim experiência. E hoje a gente aprendeu a vender essa experiência no online e estamos com um grande desafio nas mãos que é transmitir isso no local. Por isso, estar presente em todas as redes sociais é essencial pra que a gente possa continuar crescendo, aprendendo, vendendo e impactando.

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decisões, buscar soluções e impulsionar o negócio.

Valorizem esse curso e esses professores, poucos têm a oportunidade de criar relações tão próximas com pessoas tão boas e dispostas a colaborar com o nosso crescimento. Ah, e última dica, não pensem só em ganhar dinheiro, mas sim em como a sociedade pode crescer com as ações da tua empresa!

Quais as competências desenvolvidas no Gil que foram indispensáveis para construir a Dobra? Dentre as maiores competências desenvolvidas no GIL, eu considero que a proatividade, o espírito de liderança e a capacidade de se conectar, conversar, dialogar, etc. Acho que essas 3 são básicas pra desenvolver qualquer negócio, pois são fatores que fazem um grande diferencial na hora de tomar

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Se você pudesse dar uma dica valiosa para os alunos do Gil, qual seria? Não tenham pressa. Tudo acontece no seu tempo se tu for atrás daquilo que tu sonhas. Aproveitem muito os anos de GIL, vai agregar muito pra aliar o conhecimento teórico ao prático e aplicar isso no dia a dia quando estiverem formados.

(*) Guilherme Massena, formado em 2015, e Augusto Massena (atual aluno do PA4)

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