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em
Maio de 2012
Maio em Revista
EVISTA
SPMS abre concurso da discórdia O Ministério da Saúde, através da SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde), lança-se no mercado à procura do mais baixo preço por hora de trabalho clínico para a prestação de serviços no SNS. São mais de 2,5 milhões horas postas a concurso. Os sindicatos acusam a tutela de promover o «total desmantelamento» da carreira e de querer «entregar serviços inteiros de várias especialidades a empresas privadas de aluguer de mão-de-obra médica»
Texto: Sérgio Gouveia Fotos: Arquivo «TM»
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A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) já está a proceder à retenção de 15% dos adiantamentos, relativos aos contratos-programa para este ano, aos hospitais que falham o reporte mensal sobre a sua produção e desempenho económicofinanceiro. A aplicação da medida é confirmada ao «TM» por João Carvalho das Neves, presidente da ACSS, à saída de uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde. De acordo com os dados referentes à actividade até Fevereiro, houve cinco centros hospitalares que «falharam» o reporte previsto na lei: Barlavento Algarvio, Baixo Vouga, Tondela-Viseu, Leiria-Pombal e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Perante os deputados, o presidente da ACSS revela entretanto que a dívida total do SNS ascendeu aos 3,1 mil milhões de euros em 2011. Uma subida em flecha de quase 650 milhões de euros, comparando com o montante atingido em 2010 (2,4 mil milhões). O aumento ainda conseguiu ser mais estrondoso só na parte respeitante aos hospitais-empresa, pois as respectivas dívidas cresceram cerca de 700 milhões
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) já está a proceder à retenção de 15% dos adiantamentos, relativos aos contratos-programa para este ano, aos hospitais que falham o reporte mensal sobre a sua produção e desempenho económico-financeiro. A aplicação da medida é confirmada ao «TM» por João Carvalho das Neves, presidente da ACSS
de euros em apenas um ano (1,6 mil milhões em 2010 contra 2,3 mil milhões de euros em 2011).
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A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) «está
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a proceder à averiguação e monitorização» da estratégia comercial que a distribuidora Alliance Healthcare adoptou para alguns fármacos. Nomeadamente a sua recusa em comercializar certos genéricos se não for à consignação. O seguimento do caso, revelado em primeira mão pelo «TM», por parte do regulador constitui um dos esclarecimentos dados pelo Ministério da Saúde (MS) ao deputado João Semedo (BE), que questionou Paulo Macedo acerca da referida actuação. «O MS tomou conhecimento de informação genérica de alteração de condições comerciais da distribuidora de medicamentos Alliance Healthcare a 13 de Fevereiro através de informação da empresa», responde o gabinete do ministro, fazendo saber ainda que foram alegadas «dificuldades de sustentabilidade do “stock” de múltiplos medicamentos com a mesma substância activa». Na sequência dos factos a tutela «solicitou a análise e pronúncia do Infarmed em relação à conformidade das alterações comunicadas». A assinatura dos contratos-programa para este ano está atrasada, reconhece Maio de 2012 • Tempo Medicina