UniFatos ed01

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Foto: Eder de Oliveira

Educação: Projetos de pesquisas são comums nas universidades públicas mas aos poucos, o ensino privado adere a esta importante proposta.

PÁG. 6

Problema Social: A Declaração Universal dos Direitos converge com o Índice de Exclusão Social do Brasil. Um a cada cinco brasileiros, vivem em cidades com altos níveis de desigualdade.

PÁGS. 12 E13

Saúde:

Reurbanização da Tito Muffato aguarda parecer da prefeitura Há dois anos a população dos Bairros Santa Cruz e Paulo Godoy aguarda a reforma em uma das vias mais movimentadas da região. A Avenida Tito Muffato, além de ser passagem obrigatória de universitários é usada para o escoamento da safra. O projeto da reurbanização está pronto, mas até agora a prefeitura não autorizou a execução das obras. PÁG. 8

Golpe Militar de 64 Das mãos de ferro de Getúlio Vargas até a presidência não empossada de Tancredo Neves: a Ditadura Militar no Brasil é o primeiro destaque da série de reportagens Fatos Históricos. No mês de março, a instituição do regime militar completará 44 anos. A cada edição será mostrado o acontecimento do mês.

A venda de alimentos gordurosos nas cantinas dificultam a alimentação. Mas nutricionistas alertam: é possível mudar a rotina alimentar. PÁGS. 14

Foto: arquivo revista Fatos & Fotos

Entre generais: Castelo, Peri Bevilacqua, o presidente , Osvino Ferreira Alves, Amaury Kruel, Albino Silva e Jair Dantas Ribeiro.Por trás da descontração geral, o que passava na cabeça de Jango e dos generais?


02

MARÇO/2008

CHARGE

Expediente Diretora Geral da Univel: Viviane da Silva Coordenador do curso de Jornalismo: Cezar Roberto Versa Professor orientador: Jeferson Popiu Editores: Eloi de Almeida e Nubia Lisiane Pauteiros: Drielly Fernanda de Melo, Claudemir Binatti, Mariana Leite de Almeida, Siro Aparecido Stempinhaki

EDITORIAL

Moderno, arrojado e dinâmico Com design moderno e arrojado a primeira edição de 2008 do jornal laboratório do curso de Jornalismo da Univel – UNIFATOS -, produzido pelos estudantes do terceiro ano do curso, foi elaborada de uma forma totalmente diferente do que vinha sendo feito. O projeto bem mais audacioso sofreu inúmeras mudanças no seu planejamento gráfico, na diagramação, na estrutura e no número de páginas, que dobrou de oito para 16, além da segmentação das reportagens. O novo perfil do jornal laboratório UNIFATOS foi criado pensando em

seus leitores, que terão agora muito mais assuntos de seu interesse, todos pautados em editorias. Com uma edição mensal e oito durante o ano, o impresso abordará assuntos variados de interesse dos acadêmicos da faculdade, além de notícias sobre política, economia, esportes e variedades. Além das mudanças que ocorreram na estrutura do jornal, também buscamos envolver todos os estudantes do terceiro ano de jornalismo no mesmo projeto. Assim se criou um novo espírito de equipe, mais sólido e fortalecido. O processo

Foto Arquivo

“NovasDA pessoas, novos FOTO TURMA

projetos, mas um único ideal. Esta é a nova filosofia do UNIFATOS, que foi encarado como um desafio pelos acadêmicos do 3º de Jornalismo da Univel”.

de elaboração das reportagens foi pautado pelo compromisso da ética que temos com nossos leitores. Cada repórter teve o discernimento de averiguar todos os dados necessários para cada reportagem publicada, sempre com o cuidado de apresentar um material sólido e coerente aos nossos leitores. Essa nova dinâmica adotada pela equipe de jornalismo do UNIFATOS contribui muito para o resultado final dessa edição, que não poderia ser diferente, um trabalho produzido com seriedade e profissionalismo para todos os estudantes da Univel.

Repórteres: Ademilson Fonseca, Anna Claudia Barbato Kaczan, Anna Paula dos Santos, Claudia Menon, Deummury Gomes de Souza, Eder Rodrigues de Oliveira, Evandro Paulo Adada, Fernando Mauricio Pinho, Isabela Cecchele de Oliveira, Izaias Martins Alves, Janaina Aparecida Vicentin, Juliane Villa Jung, Laís Lainy Cavalcante Vieira, Luis Guilherme Formighieri, Luiz Carlos Wessler, Marcia Daiane Barbosa, Marcos Fernando Sefrin, Mariana Lioto, Marli Terezinha Castilho, Michele de Souza Cezar, Nileide Matos Herdina, Patricia Andrade Sonsin, Patricia Sepka Limas, Paulo Vitor Segovia, Pryscila Andressa Nat Arrosi, Taise Galdino da Silva, Valéria Aparecida de Andrade Fotógrafo: Eron Gustavo Zeni e Cristiane de Oliveira Diagramadores: Laís Laíny, Leandro Navarro e Noeli Rossa dos Santos Impressão: Jornal O Paraná Tiragem: 1000 exemplares Jornal Laboratório do 3º Ano do Curso de Jornalismo / Comunicação Social da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Fone: (45) 3036-3636. www.univel.br Envie seu artigo científico, sugestão de pauta e fotos para unifatos@gmail.com


OPINIÃO 03

MARÇO/2008

ARTIGO CIENTÍFICO

Maioridade Penal

Via inconstitucionalidade do pedágio, sem vias alternativas

Pryscila Arossi

Leandro Tenfen

Em face da inexistência de vias alternativas que possibilitem aos usuários da rodovia o acesso ao mesmo destino ofertado pela rodovia na qual é cobrado o pedágio, referidas pessoas estão obstadas em seu direito fundamental de ir e vir direito de locomoção, bem como na oportunidade de escolha do serviço que lhe pareça mais adequado. O legislador, com o intuito de pôr termo às divergências quanto à obrigatoriedade do oferecimento de vias alternativas, dirimindo as eventuais lides e dinamizando o processo de terceirização, pela edição da Lei 8.987/95, alterou expressamente o teor do artigo 9º, § 1º da Lei 8.987/95, que dispõe sobre o Regime de Concessões de Serviços Públicos e regulamenta o artigo 175/CF, estabelecendo, que: a tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expres-samente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de um serviço público alternativo e gratuito ao usuário. A necessidade de vias alternativas, em boas condições de trafegabilidade, é tema muito controverso, tanto na doutrina como na jurisprudência pátria, existindo decisões em ambos os sentidos. A cobrança de pedágio, sem a

existência de vias alternativas, fere a Carta Suprema, que dispõe em seu artigo 5º, inciso XV: “É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. O direito de locomoção ou circulação engloba não só o direito

“O direito de locomoção ou circulação engloba não só o direito de ir e vir, mas o direito de ir, vir, ficar, parar e estacionar.” de ir e vir, mas o direito de ir, vir, ficar, parar e estacionar. Na lição de Silva, este nobre constitucionalista “[...] o direito de circulação” ou liberdade de circulação”, consiste na faculdade de deslocar-se de um ponto a outro através de uma via pública ou afetada ao uso público”[1] Nesse sentido, esclarece Ribeiro que o direito de circulação não proíbe o legislador de disciplinar essa

liberdade, contudo veda as proibições abusivas (BASTOS: 2000).[2] Assim, a cobrança de pedágio é legal desde que não impeça o livre tráfego das pessoas pelo território nacional, independentemente de sua capacidade econômica. Meirelles esclarece que: “No caso particular do pedágio de rodovia, exige-se que a estrada apresente condições especiais de tráfego (via-expressa de alta velocidade e segurança), seja bloqueada e ofereça possibilidade de alternativa para o usuário (outra estrada que o conduza livremente ao mesmo destino), embora em condições menos vantajosas de tráfego”[3] Nesse sentido, reforçando o que diz Bernardo Ribeiro de Moraes, “[...] Inicialmente, o pedágio se apresentava como uma regalia ou prestação similar”. hoje, porém, apresenta-se como uma necessidade, pois muitas vezes não existem vias alternativas e quando estas existem estão em péssimo estado de conservação, obrigando os usuários a trafegarem pela via pedagiada. Objetiva-se, assim, afastar-se a incidência do pedágio, até que nova via de acesso, adequada ao uso, seja colocada à disposição daqueles usuários que não pretendem valerse das vantagens oferecidas pela estrada explorada pela concessionária.

A mãe de todas as contas Quando o rei João mandou o filho Pedro fajutar a independência, em 1822, deu-se o caso em que nós compramos, sem o desejar, o território nacional. Da Argentina à Venezuela, seus povos pagaram um tributo de luta e sangue, mas não compraram seus territórios. Quanto pagamos pelo Brasil? Os reis portugueses, desde d. Maria I, a Louca, mãe do tal rei João, eram bons para torrar dinheiro, principalmente porque não era deles, mas péssimos em arrumar as finanças caseiras. Daí que ficaram devendo até os corpetes de d. Carlota Joaquina aos ingleses, que generosamente emprestaram dinheiro farto a Portugal e adivinhe quem pagou a conta. Pois foi esse o preço que pagamos pelo Brasil: fizemos empréstimos para pagar a dívida de Portugal com os ingleses. Assim, Portugal ficou livre da dívida e começou a escravidão do Brasil aos banqueiros ingleses. Essa conta,

depois da Revolução de 1930, passou a ser paga aos EUA, que financiaram o desenvolvimento do Brasil à custa do suor dos operários e camponeses, sempre enganados por presidentes “trabalhistas”, “trabalhadores”, “democráticos”, pais dos pobres e mães dos ricos. Crise após crise, sempre veio uma conta a pagar, e ela era apresentada aos trabalhadores da cidade e do campo. Pagaram para a polícia da Primeira República bater nos líderes anarquistas, para os gorilas de Vargas prender, torturar e matar sindicalistas, para os brucutus de 1º de abril fazer seu terrorismo de Estado. Pagaram também o fracasso dos planos Cruzado, Collor, Real e agora PAC, já caindo pelas tabelas. E depois dessas contas todas, vem aí uma conta brutal, ofensiva, criminosa: a conta pelo fracasso final do capitalismo, na esteira da atual e recentemente iniciada recessão nos EUA.

Alceu A. Sperança

O mundo deles desaba em meio a bombas, sangue, discursos e falsa democracia. Tudo isso terá um custo fenomenal, a maior conta já calculada, uma montanha de zeros. Quem vai pagar essa mãe de todas as contas? Os pobres do mundo, os trabalha-dores, os operários das cidades e dos campos. Os empregos serão reduzidos, os salários ainda mais arrochados, os preços serão insuportáveis para vários milhões de trabalhadores que em todo o mundo não terão como fazer frente a suas necessidades básicas. É por isso que a Europa começou a fechar as portas aos imigrantes do Sul do mundo: essa massa de massacrados e deserdados está tentando entrar de qualquer jeito nos paraísos capitalistas, onde enfrentam os mastins desse mundo corrupto e desumano, que se arruína por suas próprias contradições.

O mundo do crime alista soldados cada vez mais jovens. São adolescentes que cometem assassinatos, portam armas de fogo e alimentando o tráfego de drogas. O ingressos destes jovens na criminalidade levou a discussão da redução da maioridade penal ao Congresso Nacional. Está em votação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei que prevê esta diminuição da maioridade penal para 16 anos. Atualmente, se responsabilizam pelos crimes cometidos os que forem maoir de 18 anos. Se aprovada, o menor adolescentes com 16 e 17 responderão legalmente por seus atos. Segundo o sistema jurídico vigente, a maioridade penal se dá aos 18 anos. Esta norma encontrase inscrita em três Diplomas Legais: artigo 27 do Código Penal, artigo 104 caput do Estatuto da Criança e do Adolescente e artigo 228 da Constituição Federal. Este artigo, define o menor como incapaz, psiquica e mentalmente, de compreender o que são atos criminosos. O argumento de contraponto dos defensores redução da maioridade pena enfatixza que o menor perde a inocência e a incapacidade de dissernento cada vez mais cedo. Em meados do século passado, o jovem era inserido em outro contexto, que mantinha os menores mais afastados da criminalidade. Mesmo na juventude, eles tomam atitudes graves: que de pequenos delitos chegam a homicídios e até grandes assaltos. Prova disso, são é a quantidade de jovens que É perceptível que nos últimos 50 anos aconteceram evoluções jamais vistas na história da humanidade, acarretando principalmente o maior acesso à informação. Assim, os que exigem a mudança da constituição acreditam que o adolescente é capaz de fazer distinção entre certo e errado. A Lei é de 1969, hoje a situação se agravou, devido ao aumento significativo de jovens com menos de 18 anos que se envolvem em crimes hediondos. Outra questão bastante discutida é onde esses jovens serão detidos. Unir réus primários com presos reincidentes poderia agravar a situação, devido a más influências. Uma solução seria a divisão em celas separadas dos demais.


04 ECONOMIA

MARÇO/2008

Fotocópias: ônus para o acadêmico Gastos diários com xerox fazem muitos acadêmicos estudarem sem o material necessário Michelle César

O sonho de várias pessoas é ter o nível superior completo, mas algumas pessoas sentem dificuldades financeiras, mesmo com o surgimento de financiamentos e ajudas do governo como o Fies (Financiamento Estudantil) e Prouni (Proframa Universidade para Todos), muitos acadêmicos para darem continuidade no curso escolhido, precisam fazer milagres com o seu dinheiro. São gastos com meio de transporte, alimentação, livros e os materiais exigidos pelo curso que mesmo não sendo obrigados a comprarem os livros precisam quase que diariamente tirar xerox do material solicitado pelos docentes. Na Univel não é diferente. Apenas com uma empresa de xerox e nenhuma outra aos arredores da faculdade, o valor de cada xérox é de R$ 0,10, mas somado com todos os materiais que adquirimos no final de cada bimestre, em alguns cursos e para aqueles alunos que possuem cópias de todos os materiais, chegam a gastar aproximadamente R$ 60,00. Sendo que a faculdade possui o site que disponibiliza o RM para que os professores possam fornecer os materiais. Outro meio seria enviar o material com antecedência por email, e os estudantes fazerem suas impressões onde acharem conveniente, porém poucos professores fazem isso. A professora do curso de Jornalismo, Karin Betiati, afirmou que é melhor fornecer as matérias via internet para seus alunos e que ela faz isso, mas às vezes é dificultoso por ser muito material, devido a isso fica difícil postar no RM. Outros professores concordam com o que Karin disse, mas por terem muitas turmas é mais fácil para eles deixarem os materiais no xerox.

Economia

Guilherme Formighieri

Recorde

Estima-se que a safra de grãos no Paraná este ano bata novos recordes, de acordo com a secretaria de estado da agricultura o Paraná deverá colher 31 milhões de toneladas, ultrapassando a maior produção já registrada que é de 30 milhões de toneladas em 2003.

Recorde II

Esses números animadores são uma injeção de ânimo para os agricultores, que devido ao bom clima predominante nesta safra, possivelmente irão ultrapassar a produção de 2003. Como vivemos em uma região em que a agricultura domina a economia, temos também muitos motivos para ficarmos felizes, visto que isso irá movimentar o comércio geral.

Recorde III

O aumento na produção de grãos mostra mais uma vez, que o Paraná é um dos maiores produtores do mundo, colocando sua cultura de plantio como a mais bem estruturada. Ponto para os agricultores, que estão a cada dia mais investindo em novas tecnologias do campo, com isso colhem lucros cada vez maiores.

Gado

Acadêmicos preferem materiais enviados por e-mail a ficarem na fila da xerocadora

Os acadêmicos afirmam que preferem que os materiais sejam enviados por e-mail ou pelo RM. A aluna do 4º ano de Direito noturno, Maria Laís, disse que a turma em que estuda, os materiais são todos fornecidos pelos professores no RM, quando isso não acontece o líder da sala escaneia o material e manda por e-mail para os colegas, uma ótima forma para as outras turmas adotarem. Já o funcionário Anderson Bressan do xerox da Univel, disse que se a

maioria dos materiais fossem fornecidos pela internet seria bom para os alunos, porém seu movimento cairia, ressaltou ainda que eles possuem empresas em outras faculdades como Unipar, Unioeste e Unipan, mas elas não ficam dentro das faculdades, sendo assim o aluguel de suas salas se tornam mais barato, já na Univel a empresa é dentro da faculdade e o aluguel é quatro vezes maior que os outros alugueis, fazendo com que o valor do xerox seja este exceutado.

TRANSPORTE PÚBLICO

Univel solicita aumento da frota de coletivos

Os pecuaristas acharam uma nova forma de negociar, estão exportando bois vivos, estima-se que 40% dos bois comercializados têm como destino o Líbano, visto que os libaneses têm como razão religiosa a preferência de comer carne de bois abatidos em seu próprio país.

Consumo

A venda de veículos no Brasil cresceu 39,1% no primeiro bimestre em relação a 2007, isso é reflexo da facilitação de se financiar um automóvel. Já em contrapartida nos EUA a comercialização caiu 5,6% no mesmo período.

Consciência

Para finalizar, gostaria de parabenizar o professor de economia da Univel, Rui São Pedro, pela citação apresentada a acadêmicos do 3º ano de jornalismo, e que para mim é de extrema importância a empresários e comerciantes. “Lucro é conseqüência e não deve ser o objetivo da empresa. O foco deve estar na conquista de clientes”.

Patrícia Sepka

Há tempos os universitários da Univel sofrem com um problema de primeira necessidade: o transporte. A falta de ônibus nos horários de pico atrapalha os estudantes e os moradores dos bairros próximos. Nesses horários a situação faz jus ao nome popularmente dado de “lotação”. A frota que atende o Bairro Santa Cruz é insuficiente até mesmo para os moradores. E o grande número de estudantes que dependem do transporte faz com que cada espaço seja disputado. Além disso, o problema se agrava nos dias chuva, pois a procura

aumenta e o espaço diminui. Após muitas reclamações solicitando mais ônibus e uma maior flexibilidade nos

horários, finalmente podemos ter esperança. No dia 4 deste mês, a direção da Univel encaminhou à Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Tráfegio) um ofício que solicita o aumento na frota e também mais opções de horários. Assim os estudantes que têm problemas com o tempo terão mais chances de conseguir chegar à faculdade sem atrasos. Dulce, a responsável pelo Setor de Transporte Coletivo

da Cettrans, “a proposta já está sendo analisada, e faremos o possível para atender a necessidade da faculdade, mas ainda não temos uma data prevista para a disponibilização dos ônibus”, informou ela. A diretora da Univel, Viviane da Silva, relatou que as reformas para melhoria estética da faculdade também contemplam benefícios para os usuários do transporte coletivo. Os estudantes poderão contar com mais conforto na hora da chegada ou na saída da faculdade, já que será instalado um novo ponto de ônibus com formato diferenciado, para abrigar mais e melhor os universitários.


UNIFATOS COMUNICA 05

MARÇO/2008

Unifatos

Fernando Pinho e Juliane Jung

Comunica

DCE

Intercom Sul

O Diretório Central Estudantil da Univel divulga em março o edital de eleição da nova diretoria. Os acadêmicos interessados em compor chapa devem procurar a sala do DCE.

De 29 a 31 de maio, o campus da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) em Guarapuava será sede do Intercom Sul, um dos maiores eventos de comunicação do Brasil. Informações sobre a viagem com o acadêmico Osmar Lautenschleiger Jr.

Arteefatos I Criado em 2007, com a proposta de regatar a arte com persistência e dedicação, o grupo de teatro Arteefatos, da Univel, surgiu da iniciativa do acadêmico Aparecido Chagas de Souza, Tide, do 2º ano de Jornalismo. Os interessados podem procurar o acadêmico diretor do grupo, na sala do 2º ano de Jornalismo.

Simpósio de Direito O 9° Simpósio de Direiro será em Gramado (RS). A saída de Cascavel será dia 28 de maio. O retorno em 1º de junho. O prazo para as inscrições encerra dia 26 de maio. Informações com os acadêmicos Alex e Priscila do 5° ano de Direito, sala 5 bloco B.

COMUNICAÇÃO

Entre a pauta e a informação Anna Kaczan e Paulo Segovia É narural do homem interagir com seus semelhantes em busca de comunicação Este processo, natural do ser humano, tem sido aperfeiçoado de acordo com as incessantes mudanças de nossos costumes, hábitos e através das transformações que transcorrem em um lapso de tempo tão contínuo, que nem percebemos essas mutações. A técnica do “communicare” foi aprimorada, e esse fato ganhou suma importância que tornou-se indispensável para a sobrevivência. A comunicação tem hoje profissão regulamentada, e as universidades tem por papel, lançar anualmente centenas de novos profissionais ao mercado. Segundo a professora e publicitária Katiuscia Lopes Fogaça, o comunicador tem responsabilidade social e pertence ao espaço público, ao coletivo, portanto é dever do jornalista informar, repassar informações. “O comunicador deve ser mediador, sugar as informações, digerir e repassar ao público de maneira clara e sucinta, além do importante trabalho de desenvolver de forma correta e séria a democracia, a educação e a cidadania,

pois o comunicador social tem função participativa na educação das pessoas”, afirma a especialista. Para o coordenador do curso de Jornalismo da Univel, Cezar Versa, o comunicador social é aquele que faz um elo entre a informação e as pessoas. Ele tem a função de tornar pública a notícia com muita responsabilidade deste ato. Uma vez que ao informar, deve ser verdadeiro, zelar pelo princípio da imparcialidade, e ouvir todas as versões. “O curso de comunicação social oferece hoje um processo de reflexão que aborda o cunho prático, onde o aluno aprende como será a prática jornalística, mas também a idealização dos processos éticos e compromisso com a responsabilidade. A faculdade prepara o aluno como ‘ser’ crítico”, completa. Cezar afirma ainda que o curso de jornalismo da Univel se fortalece a cada ano, pois o quadro docente é composto por especialistas da área, os laboratórios estão equipados com equipamentos de ponta, e é o único curso da região que conta com turmas nos quatro períodos da graduação.

Para ser Comunicador Social... ... não basta comunicar-se, tem que cumprir os quatro eixos, tem que ser graduado, ter criatividade, responsabilidade e ter consciência que comunicador não julga os atos dos outros, não expressa seu ponto de vista e sim tem a função de mediar e colocar vozes, expressar a opinião da sociedade como um todo. Katiuscia Lopes Fogaça, Publicitária e Doutoranda em Teorias da Comunicação.

PROFISSÕES

Pós-graduação Univel oferta 16 cursos de especiliazação em diversas áreas Luiz Carlos Wessler Desde 1999 a Univel atua na área de ensino de pós-graduação, formando diversos alunos nas áreas de finanças, marketing, recursos humanos, direito, estratégias empresarial, assessoria de imprensa, redes e gerenciamento de projetos. Os professores que atuam na pós-graduação da Univel, são profissionais de outras cidades, todos com vasta experiência na área que lecionam para possibilitar novos conhecimentos aos alunos. Os professores da graduação da Univel levam a sua experiência para outras cidades, nos cursos de pós que Univel mantém em parceria em Medianeira e Foz do Iguaçu. Além dos cursos próprios, a faculdade mantém parcerias com renomadas instituições de ensino: INBRAPE (Instituto Brasileiro de Pesquisas SócioEconômicos) e com a FGV(Fundação Getúlio Vargas). Durante nove anos de atuação a Univel já especializou mais de 110 turmas. Só no primeiro ano foram formados 213 alunos em 4 turmas: duas turmas de Marketing e Propaganda; uma turma de Direito Civil e Processual Civil; e uma turma de Psico-Pedagogia. Segundo o Coordenador de PósGraduação da Univel, Lúcio Sheuer, o que os graduados buscam na pós é a experiência prática que na graduação é trabalhada só a teoria. A maioria dos alunos são profissionais que buscam na experiência dos professores os novos modos de fazer na sua atuação profissional. Pois ao contrário dos mestrados que trabalham a especialização para a docência no ensino superior, a pós-graduação trabalha a relação com o mercado de trabalho. A Univel está com as inscrições abertas para novas turmas de pós-graduação: são 16 opções, sendo 12 cursos em Cascavel, 2 em Medianeira na FACEMED e 2 em Foz do Iguaçu, na UNIFOZ. A duração dos cursos é em média de dois anos. Os cursos oferecidos são: MBA Executivo em Estratégias Empresariais; Assessoria de Imprensa e Comunicação Empresarial; Direito Civil e Processual Civil; Direito e Planejamento Tributário; Direito e Processo do Trabalho; Convênio com o INBRAPE: Auditoria e Perícia Contábil; Marketing, Propaganda e Vendas; Recursos Humanos; Redes de Computadores com Preparatório para Academia Cisco;

Professor Lúcio Scheuer

Diferencial: “O que os alunos buscam é o conhecimento e novidade. E esse o grande diferencial da Pósgraduação da Univel - trazer as novidades até os profissionais. Não adianta o melhor ambiente se não tiver o melhor professor. Pois é o melhor professor que faz a diferença”, afirmou o coordenador. Atualmente são 22 turmas com cursos em andamento, sendo 18 em Cascavel, três em Foz do Iguaçu e uma em Medianeira. Novidades: A partir de junho de 2008 estão confirmados novos cursos - Agro Negócio pela FGV e Gestão Ambiental pela própria Univel. Ainda está em avaliação à implantação de novos cursos na área de direito. Administração Financeira, Contábil e Controladoria; Com a FGV: MBA em Gestão Empresarial; MBA em Gerenciamento de Projetos; Em Medianeira: MBA Executivo em Estratégias Empresariais; Docência no Ensino Superior Em Foz do Iguaçu Administração Financeira e Contábil MBA Executivo em Estratégias Empresariais; As inscrições podem ser feitas diretamente na Coordenação da Pós-Graduação junto a sede da Faculdade, pelo telefone (45) 30363600 ou pelo site www.univel.br. O início das aulas está previsto para o mês de abril.


06 EDUCAÇÃO

MARÇO/2008

Pesquisas científicas propiciam avanços para humanidade Os trabalhos visam descobrir progressos nas mais diversas áreas, que culminam em avanços para a população Patrícia Sonsin Quando assistimos pela televisão, ouvimos pelo rádio ou lemos num jornal descobertas nas mais diversas áreas que beneficiam a humanidade, não paramos para pensar como este processo foi realizado. Apenas nos admiramos com a sabedoria do homem. “Como Deus deu inteligência para o homem”, balbuciou uma senhora enquanto acompanhava o jornal. Na realidade muitas pessoas confundem as descobertas com meras coincidências do destino. Pesquisas que investigam algo que muitas vezes julgamos irrelevantes para a sociedade, como foi o caso do café, servido na maioria das vezes pela manhã, usado para despertar o sujeito que iria trabalhar ou estudar. Ninguém conhecia suas potencialidades, apenas julgavam os seus poderes de manter as pessoas acordadas. No entanto estes e outros conceitos vêm mudando com o tempo. Hoje sabemos que o café ajuda na prevenção de doenças do coração, ou seja, uma pesquisa detalhada mostrou que o café vai além do que se imaginava. Os avanços científicos têm origem nas pesquisas realizadas, principalmente, nas universidades. Os trabalhos visam descobrir progressos, nas mais diversas áreas que culminam em avanços para a população. Atualmente no Estado do Paraná, as Universidades estão cada vez mais buscando parceiros para realizar suas

Faculdades particulares também aderem a pesquisa, comuns nas universidades públicas pesquisas. Porém o termo ‘Pesquisa Científica’ ainda não é muito difundido entre o meio acadêmico. Sabe-se que existe, e, na maioria das vezes nas universidades, o que também vem mudando já que cada vez mais as faculdades particulares buscam seu espaço no mundo das pesquisas. Um exemplo disso é a União Educacional de Cascavel, a Univel. Há algum tempo percebeu-se a necessidade da faculdade investir nas pesquisas que já aconteciam, entretanto de forma espalhada sem um norte certo. Em

virtude do potencial creditado entre os acadêmicos, no ano de 2007 deu-se um passo fundamental para que se efetivasse de fato a pesquisa e a extensão na faculdade. “Fez-se necessário perceber a educação como um eterno construir, a qual dentro do nível superior se encontra alicerçada em mais duas bases: a Pesquisa e a Extensão”, afirma o coordenador do Centro de Pesquisa e Extensão, professor Cezar Roberto Versa. Uma das alternativas que se busca para o fomento dos projetos para

pesquisa nas instituições de ensino são as parcerias. Para a Univel esta é uma possibilidade que vem sendo estudada, visto que com os parceiros, os acadêmicos envolvidos neste processo receberiam um incentivo, ou seja, uma bolsa auxílio para realizarem suas pesquisas. Já na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste existem sete parceiros que financiam bolsas para os alunos que desejam desenvolver qualquer tipo de pesquisa. Há também o subsidio por meio das inscrições do vestibular, isto é, aproximadamente 50% do valor arrecadado com as inscrições são usados ao longo do ano para subsidiar os bolsistas que desenvolvem pesquisas na universidade. Os incentivos aos alunos variam de acordo com a pesquisa e o tempo nela aplicado. Vale dizer que a universidade também desenvolve projetos de extensão, ou seja, projetos que estão diretamente ligados à comunidade. Uma das pesquisas desenvolvidas na Unioeste é a ‘Implementação e Difusão de Biossistemas Integrados’, o que vem a calhar para nossa região que tem sua economia pautada no agro negócio. Por isso o projeto estuda a suinocultura que atualmente ocupa uma posição de destaque no ranking nacional, detendo a 2º posição em rebanho do Brasil, estimado em mais de 4.200 mil cabeças. Outro ponto apresentado pela equipe é fortalecer a rede de instituições que possibilitem ao suinocultor trabalhar o aproveitamento dos dejetos suínos com a utilização da tecnologia de Biossistemas Integrados. Os resultados já começam aparecer a exemplo dos biodigestores e tudo isso devido aos projetos científicos desenvolvidos por pessoas sérias que visam à expansão de uma idéia antes contida apenas no papel e agora em pleno funcionamento.

Pesquisa e Extensão deixam de ser ‘bicho de sete cabeças’ Foi realizada na Univel na ultima semana de fevereiro uma pesquisa popular entre os acadêmicos sobre o que seria um projeto de extensão ou uma pesquisa científica. Dos 30 entrevistados a maioria divagou sem muita propriedade sobre o assunto, porém todos tinham uma noção, ao menos do que seria uma pesquisa científica. Já sobre um projeto de extensão o conceito foi mencionado como algo que se estende além da faculdade, o que não está errado, visto que a extensão trabalha diretamente com a comunidade. Um exemplo prático para a extensão e pesquisa seria um estudo numa penitenciária. Na pesquisa você teria um estudo aprofundado sobre deter-minado assunto que gira em torno da penitenciária, por exemplo, as dificuldades de se conseguir um emprego ao deixar a cadeia. Já um projeto de extensão trabalharia junto aos presos visando a sua ressocialização após sua saída do

centro de detenção, ou seja, um trabalho junto aos detentos não somente de pesquisa apon-tando o que poderia ser feito e sim fazendo o que tem que ser feito. A extensão universitária é, na realidade, uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de ponte permanente entre a universidade e os diversos setores da sociedade. Ocorre, uma troca de conhecimentos, em que a universidade também aprende com a própria comunidade sobre os valores e a cultura dessa comunidade. Por outro lado a pesquisa

é uma investigação sistemática, que inclui o desenvolvimento, a experimentação e a avaliação da pesquisa, que

deve ser planejada para desenvolver ou contribuir com conhecimentos e uma aplicabilidade ampla.


EDUCAÇÃO 07

MARÇO/2008

Quatro turmas mostram credibilidade de praticamente nove anos A aliança entre a teoria e a prática são pontos fortes do curso de jornalismo na Univel, hoje a única Faculdade de Cascavel a ter estudantes cursando os quatro anos Taise Galdino e Ademilson Fonseca No dia 19 de outubro de 1999 era publicada no Diário Oficial da União a instalação do primeiro curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, em Cascavel, na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel (Univel). O fato de ter sido a primeira agrega certa credibilidade, mas o destaque agora se deve ao fato da instituição ser a única da cidade a oferecer os quatro anos do curso de Jornalismo. Não são somente os números, o profissional da comunicação necessita de conhecimento aprofundado e forte, e isso depende de um curso superior com qualidade. Tendo uma aliança entre teoria e prática, conforme explica o

coordenador do curso, Cezar Versa durante a entrevista na sua sala. “A Univel é a única faculdade com os quatro anos de estudantes do curso de comunicação social com habilitação em jornalismo”. Após organizar as idéias, continua, “o nosso foco é manter a qualidade e buscála de forma incessante, para isso priorizamos a qualidade das aulas, buscando a teoria vinculada à prática, incentivo à pesquisa e extensão, buscamos colocar o curso de jornalismo em sintonia com a sociedade”, detalha Cézar antes de me ajudar a qualificar o grupo docente do curso conforme as qualificações. O resultado da soma realmente nos mostra um ensino de qualidade, pelo menos no que diz

respeito à qualificação profissional dos professores. Da equipe formada por 12 pessoas, metade é mestre, uma é doutoranda, três são especialistas e dois são graduados. Ana Paula Zimmerman, acadêmica ingressante do curso, quando entrevistada e questionada sobre a escolha da instituição apresentou a seguinte resposta: “após optar pelo curso de jornalismo, pesquisei a respeito de várias instituições de ensino e, depois de analisar valores de mensalidades, matrizes curriculares, professores e estruturas, concluí que a Univel era capaz de oferecer a melhor formação e garantia de um bom futuro profissional”.

FÁBRICA DAS LEIS

Futur os adv ogados visitam Brasília uturos advogados Luciano Neves, assessor de imprensa da Univel Após 25 horas de viagem e cerca de 1500 quilômetros rodados, o grupo de 30 acadêmicos do curso de Direito da Univel chegou a Brasília. O seu idealizador, o presidente Juscelino Kubtschek definiu a capital como “Brasília não é um artifício, mas criação de rico impulso vital, imperativo da unidade da Pátria”. A visita foi organizada pelo Centro Acadêmico de Direito. O cansaço da viagem foi compensado pelo passeio turístico realizado na capital federal. Na manhã do primeiro dia, 09, os alunos visitaram a Catedral de Brasília e o Memorial JK. À tarde, os acadêmicos visitaram o Catetinho, primeira residência do presidente JK. A acadêmica do 1o ano, Dandari Gabrieli Rossi destacou a organização da capital. “Nós tivemos a oportunidade de conhecer uma Brasília que não vemos na TV. A cidade é organizada e a arquitetura surpreende pela grandeza, e em todos os locais visitados fomos muito bem recebidos. A visão que fica para nós é a amplitude da administração do país”, afirmou. No segundo dia, 10, os alunos conheceram o Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde acompanharam a uma seção de julgamentos. No Superior Tribunal Militar (STM), os alunos assistiram a uma palestra com o ministro do STM, Tenente-Brigadeiro-do-Ar, Cherubim Rosa Filho. Ele explicou a origem da justiça e do exército e explicou que o STM é a corte de justiça mais antiga do país, instituída por D. João VI. O terceiro dia foi o ponto alto da viagem. Os acadêmicos tomaram um

café da manhã no com o senador Flávio Arns (PT/PR). O senador apresentou o Senado e a Câmara Federal aos acadêmicos. O senador Álvaro Dias (PSDB/PR) recebeu o grupo de alunos em seu gabinete. Os alunos ainda passaram pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI dos Cartões Corporativos, aberta no mesmo dia, e na Comissão da Educação, onde foram recebidos pelo

senador Cristovam Buarque (PDT/DF), presidente da comissão. Após o almoço, o grupo se dirigiu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na manhã de quarta-feira, 11, o grupo tomou um café da manhã com o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB/PR). A viagem foi encerrada com a visita ao Supremo Tribunal Federal(STF), considerado a última instância da justiça.

Luciano Neves

Farol

Acadêmico Marcos Fernando Sefrin

A Unioeste que consome Qual será o real motivo da não aceitação do Reitor Alcibíades, pela Acic , CDL, Amic, entre outras e a mídia de todos os quilates? Teria ele cometido algum desvio de conduta? Ou teria talvez contrariado alguns interesses? Se não é este o caso, porque tanta polêmica? Pois se está dentro da legalidade...

Trabalho a ser considerado Pelo que tem apresentado nestes últimos anos a administração do atual Reitor merece elogios, pois tem prestado um ótimo trabalho e se bem me lembro às administrações anteriores acabavam em processos administrativos vexatórios. O que não é o caso.

Contaminação Não podemos deixar que interesses alheios nos emprenhem. Afinal de contas somos, ou pelo menos, achamos que somos da elite pensante.

Anti-contaminação Só um lembrete. Nunca é tarde para começar usar camisinha!

Parabéns para a Univel! Nossa instituição é a única da região que conseguiu manter um curso de Jornalismo e com ótima conceituação no meio acadêmico. Mas não devemos simplesmente deitar sobre os louros, a responsabilidade aumentou.

Produto final Temos uma base de professores extremamente competentes e esforçados, que são parte importante neste resultado, pois de que adianta ter uma estrutura formidável, com obras fantásticas, se quando o aluno sai é para ser um simples peão no tabuleiro do mercado.

Fim da Linha Ótimo filme nacional, comédia de costumes que retrata muito bem nossa sociedade, mostrando nossa realidade com muita propriedade, vale à pena!

Cuidado, escalada!

O senador Flávio Arns acompanhou os acadêmicos na Câmara e no Senado Federal


08 POLÍTICA

MARÇO/2008

População espera por reformas na Tito Muffato Má sinalização, a falta de calçadas e imprudência de alguns motoristas já causaram diversos acidentes Marli Stempinhaki e Isabela Cecchele

Desde a implantação da Univel a Avenida Tito Muffato é palco de vários acidentes, alguns fatais, causados devido ao aumento no fluxo de veículos, pela má sinalização e iluminação além da falta de calçadas para pedestres. A população cobra melhorias e vários protestos já foram realizados por universitários e moradores da região nos últimos anos. A avenida é uma das principais vias de acesso às Faculdades Univel e Fag. Muitos acadêmicos e funcionários da instituição também cobram por reformas. Ao longo da pista existem até sete faixas de sinalização, os motoristas perdem o sincronismo, principalmente à noite, pela má iluminação e sinalização das lombadas. O desrespeito de alguns motoristas também contribui para o acréscimo de acidentes no local. Esta avenida abrange os bairros Esmeralda, Santa Cruz e Paulo

Godoy que têm hoje aproximadamente 25.500 moradores. Além deles, acadêmicos e fazendeiros das linhas Scanagatta, São Martins e fazenda Chaparral transitam por ali, fazendo o escoamento da safra, o que prejudica ainda mais a avenida. O presidente do Jardim Esmeralda, Imoacir Angheben afirma que aguardam as reformas a mais de dois anos, e as A Avenida Tito Muffato é uma das principais vias de acesso às Faculdades promessas já foram feitas em diversas campanhas políticas. Milkiewicz, que reside a dez anos no da rua, o que dificulta na passagem Alécio Espínola, presidente do Paulo bairro, diz que já presenciou diversos dos motoristas. Outra moradora e Godoy diz que pretendem realizar acidentes que envolveram princi- comerciante, Josiane Sena Webber, uma manifestação no inicio do mês palmente os pedestres, já que a falta reside em frente à Univel há cinco de abril, “levaremos até o ministério de calçadas tornam a via intransitável anos, já presenciou três acidentes em público nossas reivindicações, pois nos horários de início das aulas dos frente ao seu estabelecimento. pediram para aguardarmos ate o mês colégios Caic e Mário Quintana. Segundo ela, a instalação de de março”. Fátima afirma também que os redutores de velocidade ajudaria Em entrevista, Fátima Inês pedestres ocupam quase meia pista diminuir os acidentes.

Foto: arquivo Gazeta do Paraná

2002: a Avenida Tito Muffato sofreu a sua primeira reformulação

HISTÓRIA DA AVENIDA Em 1999, Renato Silva, diretor da Univel, realiza um abaixo assinado para mudar a nomenclatura da Rua Chaparral para Tito Muffato. Foi uma forma para homenagear o amigo e empresário de renome para a cidade, falecido em 13 de Março 1996 em acidente aéreo. Então em 23 de Julho de 1999, Salazar Barreiros, prefeito na época, sancionou a lei que denomina a Rua Chaparral de Avenida Tito Muffato.

O projeto Conforme o Secretaria de Serviços e Obras Públicas (Sesop) no ano passado foi feito um projeto para a reestruturação da Avenida, que ficou no aguardo do parecer do prefeito. Na seqüência, com a execução da pavimentação de ruas do bairro Santa Cruz, através do Programa Paraná Urbano, foi tentado viabilizar a execução do projeto da Tito Muffato usando o saldo dessas obras, especificamente no trecho entre as Ruas Caiçaras até a Tupinambás. Mas esta tentativa não obteve êxito, devido a mudanças na licitação, novamente as melhorias foram proteladas. Para este ano há um projeto de reurbanização, na qual é prevista a instalação de ciclovia e calçamento para os pedestres. Conforme o engenheiro Luiz Oscar Serra Junior, um novo projeto prevê que a via deverá se estender até a Avenida Brasil. A intenção é diminuir o tráfego de carros nas ruas do bairro para uma via direta, aproximando as faculdades Univel e FAG. Para melhorar a iluminação, está previsto a troca de lâmpadas de 150 watts pelas de 250 watts, informou o engenheiro de iluminação Sílvio Torres. “Este projeto só será viável após o término da reurbanização”, acrescentou. Para resolver problemas de sinalização, a assessoria de imprensa da Cettrans diz que as placas e pinturas da referida via serão feitas após o término das obras feitas pelo Sesop. O vereador Julio Cezar Leme da Silva indicou à prefeitura a viabilização de estudos no sentido da realização dos serviços de melhorias da avenida. Se for aprovado, todos os motoristas e pedestres que utilizam a via se beneficiarão, os índices de acidentes diminuirão e a segurança da via evitará mais tragédias.


POLÍTICA 09

MARÇO/2008

Cansaço e risco na estrada vividos por estudantes Acadêmicos percorrem até 330 km diários para estudar. Uma dura rotina que necessita de esforço e determinação Deummury de Souza A cidade de Cascavel considerada pólo universitário na região, diariamente recebe uma grande demanda de estudantes que se deslocam de seus municípios de origem para buscar aqui uma formação superior. A faculdade Univel, por exemplo, além de receber acadêmicos de municípios ligados a Amop – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. Atende ainda municípios da Cantuquiriguaçu e Acomcan. Uma das principais dificuldades desses acadêmicos, que em sua maioria trabalham fora e que vem de outros municípios é a viagem, feita por ônibus ou vans. O cansaço diário, e o risco na estrada são obstáculos vividos por estudantes e motoristas diariamente. Este assunto foi discutido recentemente pelos acadêmicos do 3º ano de jornalismo da Univel, durante a aula de Técnicas de Reportagem III com o professor, Jeferson Popiu. Para os acadêmicos a segurança dos estudantes na estrada depende e muito principalmente das condições físicas e psicológicas dos motoristas de ônibus ou vans que são os responsáveis pelo transporte. Após a discussão surgiu a idéia entre os futuros jornalistas de levar à direção da instituição, a sugestão de se construir uma sala destinada para abrigar os motoristas durante o horário de aula, que na maioria das vezes ficam nos bares ou no estacionamento enquanto os universitários estudam. A idéia de se construir uma sala equipada com tevê, sofá, copa e banheiro, foi aceita por unanimidade entre motoristas e universitários, pois assim os responsáveis

pelo transporte dos estudantes, poderão ter um local para descançar enquanto aguardam o término das aulas. O acadêmico Elói de Almeida do 3º ano de Jornalismo da Univel, residente na cidade de Laranjeiras do Sul, distante 128Km de Cascavel, explica que sai de casa para estudar todos os dias às 16:45h e chega em casa sempre por volta das 01:20h da madrugada. Segundo ele para estudar, percorre diariamente em torno de 330km incluindo o percurso que é feito entre as demais faculdades em Cascavel. Na avaliação do acadêmico, uma sala de descanso aos motoristas irá proporcionar mais segurança aos estudantes. “Mesmo tendo experiência é importante que o motorista esteja descansado, pois a estrada oferece perigo. Está em Enquanto os acadêmicos estão em sala, motoristas ficam no estancionamento ou em lanchonetes jogo à vida dele e a nossa”, alerta Não sendo contrários, os motoristas seus veículos, como é o caso de Valdenir Elói. A mesma opinião foi dada por Diana Priscila Oening de Souza, também aprovam a idéia. Entre um Bassa, que vem de Guaraniaçu, distante acadêmica do 2º ano de Contábeis da chimarrão e outro no estacionamento da 70km de Cascavel. Segundo ele não tem Univel. Ela mora em Nova Aurora e faculdade, os amigos Abgard Gonçalves o hábito de freqüentar bares e por isso percorre cerca de 150km entre ida e dos Santos, Olinda Decol e Rubens fica na van. “Uma sala equipada volta. Para ela só o fato de estar na Souza, motoristas de Vans, aguardam principalmente com banheiro será uma estrada os universitários já estão diariamente das 19:00h às 10:45h. Neste maravilha, assim não precisamos correndo risco e os motoristas estando período eles permanecem na faculdade encomodar nas lanchonetes”, disse descan-sados a viagem pode ser feita à espera dos universitários. Para estes Valdenir. Essa sugestão do Jornal com mais tranqüilidade. Roberto dos motoristas a instalação de uma sala Unifatos, através dos acadêmicos do 3º Santos Oliveira, acadêmico do 1º ano destinada a eles, vai contribuir ano de Jornalismo, quer contribuir de Jornalismo que também mora em significamente nos dias de chuva, principalmente com o bem estar entre Nova Aurora, disse que gostou da enquanto esperam os universitários. Além faculdade, professores, motoristas e estrutura que a faculdade oferece e deles outros motoristas aguardam o universitários. A iniciativa tem o objetivo também concordou com a idéia levantada horário de retorno nos bares nas de fazer com que todos se sintam proximidades da faculdade ou mesmo em satisfeitos na Univel. pelos colegas do 3º ano.

Polissonografia é o novo teste exigido pelo DETRAN Carlos Militão e Izaias Martins

Desde o dia 25 de fevereiro de 2008, esta em vigor em todo o pais a resolução 267, do conselho nacional de transito (CONTRAN), que estabelece que todos os motoristas que forem realizar renovação e mudança para as categorias C(caminhão), D(ônibus) , E( carreta), devem passar pelo exame do distúrbio do sono. Os exames de avaliação relativos ao distúrbio do sono serão realizados juntamente como os demais exames de aptidão física e mental exigidos para a aquisição ou renovação da categoria. Quando fora critério do médico o candidato pode ser aprovado temporariamente ou pode ser encaminhado para avaliação médica especifica e a realização de polissonografia. O exame custa em média R$ 500,00, o resultado pode levar meses e, nesse meio tempo, o profissional não pode

dirigir o que prejudica o seu trabalho. Se o resultado for positivo cabe o afastamento da função durante ao tratamento. Na maioria o tratamento é clinico, em 15 a 20 dias a pessoa já sente uma melhora significativa no quadro. Para o médico Elizeu Castro, vários fatores podem apontar o problema na hora de dormir, como diabetes e a insuficiência renal. No Brasil existem mais de 8.617.331, que possuem essas categorias, veículos de carga ou passageiros superior a 3,5 mil quilos, desses 12,8%, 1.103.241 são motoristas registrados no Paraná. Clovis Kenalt Diretor da 90ª CIRETRAN/PR, avalia como positivo essa medida, pois aumenta o grau de exigência dos exames médicos para evitar acidentes de transito. Dos 35 mil e oitocentos acidentes registrados no estado, de janeiro a outubro do ano passado, pelo menos 2 mil e

novecentos deles têm como a origem alguma causa física do motorista de ônibus e transporte de cargas. Esta estimativa para o Paraná é proporcional a realizada pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) que, ao levar em conta cerca de 1 milhão de acidentes que ocorrem anualmente no Brasil, calcula entre 60 mil e 80 mil os acidentes provocados por causa das condições físicas do motorista. Reginaldo Pegoraro, 32 anos, motorista há 17 anos, avalia como positivo essa medida, apesar do alto valor do exame, “sentirei mais seguro na estrada, pois nunca passei por nenhum tipo de avaliação médica desse gênero, vai ser bom saber como anda minha saúde” disse. Quem precisar renovar a habilitação, pode dar entrada ao processo pela Internet, no site www.detran.pr.gov.br.

Polissonografia A polissonografia é o exame que é feito na clinica do sono, onde o paciente dorme uma noite e é monitorado em vários aspectos do seu sono, contrações musculares, problemas respiratórios e cardíacos entre outros, é necessário para detectar a apnéia do sono. É através da polissonografia que se pode medir se o paciente tem uma apnéia leve, moderada ou grave, também podemos verificar se existem outros distúrbios do sono que tem sintomas parecidos com a apnéia, mas tratamentos diferentes, também para que se possa avaliar os resultados do tratamento faz-se uma antes e outra depois para comparar os resultados.


10 CULTURA

MARÇO/2008

Saber Português: usos ou regras? Mariana Lioto Tem sempre um engraçadinho na roda pra corrigir quem fala “manda o trabalho pra mim fazer” ou “eu se visto muito rápido”, talvez por isso seja tão freqüente a afirmação de que não sabemos Português. Mas será que esses “erros”, tão freqüentes na língua falada prejudicam a comunicação? Até que ponto sabemos Português? Ao pensarmos nossa relação com a língua, acabamos por associar saber Português a saber reconhecer estruturas gramaticais. Daí nos lembramos das intermináveis aulas de Português, onde devido a tantas nomenclaturas, ficava bastante difícil relacionar as regras com o nosso cotidiano. O resultado da falta da ligação entre teoria e prática nas aulas faz com que a tentativa de nos ensinar a reconhecer e nomear as estruturas da língua seja frustrada. Muitos quadros de programas de televisão ajudam a reforçar essa imagem, como o Soletrando, exibido no caldeirão do Huck. Regras como: “se acentuam todas as paroxítonas terminadas em ditongo” são enfatizadas, mas, a grande maioria dos falantes já faz isso normalmente, sem se dar conta da norma. O lingüista Mario Perini estabelece a seguinte comparação: mesmo não sabendo nada sobre a fisiologia do ato de andar, e ainda andando um pouco diferentes um dos outros conseguimos andar muito bem; Assim também é a língua: mesmo não sabendo explicar como se dá o funcionamento da linguagem, é por meio da língua portuguesa que nos comunicamos, há ainda as diferentes formas de falar, mas, no geral, conseguimos nos compreender. Possuímos o chamado conhecimento implícito da língua, que é de ordem prática, em oposição ao conhecimento explícito, que se refere à formulação de explicações teóricas. Sabemos Português. Afinal, muito antes de ter a nossa primeira “aula de português”, já sabíamos nos comunicar muito bem.

Governo beneficia municípios com novas bibliotecas Bibliotecas Cidadãs são implantadas no Paraná; 71 cidades serão beneficiadas Janaina Vicentin O governo do Paraná pretende implantar bibliotecas cidadãs em mais 35 municípios do estado ainda este ano. A escolha foi feita a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), isto é, as cidades mais pobres do Paraná. A implantação de cada biblioteca cidadã, custa em média, R$ 258 mil. Valor referente a imóveis, móveis e livros. O acervo inicial conta com dois mil livros cada. Também serão instalados tele-centros, cada um com seis computadores com acesso a Internet, além de aparelhos de som, gravador, vídeo, Tv e DVD. A idéia é essencial para a formação dos jovens e para que a população tenha acesso garantido à literatura. Lindoeste faz parte das 71 cidades que serão beneficiadas com esse

projeto. O acervo terá duas mil obras, num prédio de 180m², que além da biblioteca, terá um salão comunitário, espaço cívico e de recreação. Esse projeto beneficiará inclusive as bibliotecas das escolas. A diretora do Colégio Vila Lobos em Laranjal, diz que esta obra é muito importante e valiosa

para todos da comunidade escolar e pedagógica. “Os professores agora vão poder fazer pesquisas aqui mesmo, melhorando o conteúdo das aulas”, afirmou. Para a estudante e freqüentadora da biblioteca, Silvana de Fátima Mendes, esta é uma oportunidade para estudar, pesquisar, ler e ter acesso a informações da Internet. A secretária da Cultura Vera Mussi explicou que as Bibliotecas Cidadãs possuem um amplo acervo, que contempla todos os gêneros literários. “Este é um presente do governo para o crescimento humano, só o conhecimento e o saber trazem à luz, é isso que o governo traz, acesso a todo esse mundo de ação e conhecimento”, destacou a secretária de Cultura do estado do Paraná.

Biblioteca: o melhor lugar para pesquisa Valéria Andrade e Anna Paula Santos Desde muito tempo os livros são as melhores e mais confiáveis fontes de pesquisa do mundo, por isso o surgimento das bibliotecas que em grego significa “depósito de livros”. A profissão de bibliotecário é uma das mais antigas, é ele quem trabalha com a administração de dados, processa, cataloga e guarda as informações. Cabelhe analisar, sintetizar e organizar livros, revistas, documentos, fotos, filmes e vídeos. É de sua responsabilidade planejar, implementar e gerenciar sistemas de informação, além de preservar os suportes para que resistam ao tempo e ao uso. Com essa importância que os livros das bibliotecas universitárias são cuidados. A Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel - Univel, sabe dessa importância e investe na sua biblioteca. As mudanças não apneas na aquisição de novos livros, o acervo que era de 35.000 livros passará a ter aproximadamente 36.500, além de fitas de vídeo, CDs e DVDs com conteúdos didáticos, mas também na parte estrutural, salas de informática estão sendo instaladas, nas quais os acadêmicos poderão realizar pesquisas e ter acesso à internet sem sair da biblioteca. O local conta ainda com um novo balcão na entrada permitindo um atendimento mais rápido apenas para a

entrega de livros. A maioria dos acadêmicos procuram com frequência a biblioteca, como é o caso de Fabiane Heisler, aluna do quarto ano de Jornalismo, “vou a biblioteca sempre, além das pesquisas, procuro me informar com revistas e jornais do dia”. Com o surgimento da internet, alguns esquecem dos livros. “A maioria das coisas que preciso encontro na internet, só vou até a biblioteca quando a professora pede para lermos um livro”, diz Eder Oelinton, acadêmico de Jornalismo. No entanto a bibliotecária da Univel, Mariana Senhorini, formada em Biblioteconomia pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), deixa claro que a internet veio para complementar, não para substituir. “Apenas 20% do que encontramos na internet é confiável, recomendamos alguns sites para os acadêmicos, mas o melhor é criar hábitos de ler e assim a pesquisa flui”. A biblioteca Santa Inês funciona de segunda à sexta-feira das 7h30 às 12h e das 14h às 22h40. Aos sábados das 7h30 às 17h30. Lembre-se: ler também é um exercício.

CANTINA

Uma das primeiras mudanças percebidas no início do ano letivo da Univel foi a da cantina, freqüentada por cerca de 2,5 mil alunos Para abril, a promessa é de mais mudanças. No espaço que agora é cercado por paredes, os gerentes da cantina projetam a instalação de um restarante. A idéia é que ele funcione próximo a reprografia e garanta uma alimentação diferenciada aos acadêmicos. Para os que preferem os lanches e salgados, na atual cantina o atendimento será mantido.


CULTURA 11

MARÇO/2008 Foto: Eder de Oliveira

CRÔNICA:

Carta para você que vai ao Rio de Janeiro Nileide Matos

Falta espaço no Centro Cultural Gilberto Mayer Transtornos constantes faz com que o público deixe de prestigiar peças teatrais em Cascavel Cláudia Menon Cascavel é considerada a capital do oeste do estado do Paraná, com quase 300 mil habitantes, mas deixa a desejar em algumas áreas, como na cultura. O anfiteatro Emir Sfair construído em 2003, tem capacidade para 800 pessoas, porém os artistas regionais não têm oportunidade de se apresentarem no local, pois o processo é bastante burocrático. Em virtude disso, o espaço acaba sendo utilizado para palestras, somente palestras. Um total desperdício de dinheiro e talentos, um grande investimento, sendo utilizado raras vezes para seu devido fim. As casas de shows (danceterias), é que têm propiciado algum tipo de aproximação cultural. É nesse espaço que os artistas costumam se apresentar, quando as oportunidades surgem. A sala verde, anexa à biblioteca municipal, ainda é o local mais utilizado para trazer exposições, mas a falta de divulgação e espaço adequado acaba não atingindo o público desejado. Assim também acontece no teatro Gilberto Mayer, construído em 1982. Comparado a proporção de espectadores, é com uma estrutura pequena, contando com apenas 352 lugares, o que acaba comprometendo as atrações

culturais. O projeto de reestruturação já foi aprovado, mas devido a trâmites burocráticos a obra não começou, pois a empresa vencedora da licitação não assinou o contrato. Na apresentação Pluft – O Fantasminha que tem medo de gente, peça teatral destinado ao público infantil, o número de espectadores superou o esperado, fazendo com que o grupo realizasse três apresentações, possibilitando para todos à contemplação do espetáculo. Contudo houve diversos transtornos devido à desorganização, alguns pais que haviam comprado seus ingressos antecipadamente, chegando ao local descobriram que a primeira sessão já estava lotada, o que fez com que as crianças e seus pais, ficassem ao lado de fora do teatro, para assistir a próxima sessão. Durante a espera foram surpreendidos pela chuva, “foi um tumulto para tentar não se molhar, e mesmo assim muitos não conseguiram se abrigar”, relata uma das mães. Em virtude desse tipo de acontecimento várias pessoas preferem o aconchego do lar a ter eventuais surpresas. Enquanto os problemas estruturais não são solucionados, os cascavelenses ficam a mercê de cultura.

Um alerta aos interioranos que pretendem viajar para o Rio de Janeiro nos próximos dias ou meses. Meu espírito muito solidário não permitiria deixá-los passar por situações tão difíceis. Minha primeira dica começa pelo hotel: em tempos tão modernos, as boas e velhas chaves foram substituídas por cartões magnéticos, e que somente permitem a abertura das portas pelo lado de fora. Uma caipira jamais saberia disso, não fosse por ter ficado trancada do lado de fora, depois de desconfiar do mecanismo de funcionamento da fechadura automática, vestindo um micropijama de bolinhas e sem nenhum calçado nos pés. Caso isso aconteça com você, meus amigos do interior, sugiro que desçam dez andares rumo à recepção do hotel, mentalizando que o elevador não vai parar em nenhum momento, a não ser quando chegar ao destino e encontrar mais de vinte americanos esperando por ele, ansiosamente. Cristo Redentor. Mais do que a nova maravilha do mundo, ele está incluído no roteiro de qualquer pessoa, exceto para os cariocas, que passam anos morando ao lado da estátua, mas nunca a visitam. Aqui sugiro que ao posicionar-se para foto (tirada por um estranho, é claro, porque você provavelmente estará sozinho em um lugar tão bonito) cuidado para não cair sentado de costas em plena escadaria principal. A sensação é de que até o próprio Cristo abaixou a cabeça para olhar seu tombo e está se curvando de tanto rir. Ah! As cenas de novela da TV Globo... Sempre tem uma mulher de salto alto que pára um táxi no meio da rua e diz “siga aquele carro” ou ainda “para o lugar tal”. Cena invejável, uma vez que no interior, táxi é opção de luxo... Depois de andar meia dúzia de quarteirões ao descer do ônibus (o preço para percorrer todo o trajeto de táxi é inacessível para quem está viajando a trabalho) você deverá olhar ao redor, nas proximidades da praia de Copacabana, porém sem ficar admirando os arranha-céus e parecendo um caipira. Se identificar o seu destino, não pare um táxi na rua e peça-o para levá-lo ao Otton Palace, afinal, você já estará em frente dele.

Cidades do sul do país têm temperatura muito diferente da capital fluminense, onde roupas de inverno não são sequer conhecidas pela maioria dos habitantes. De volta para a sua terra, após conferir a temperatura abaixo de zero com algum conhecido, se vista com roupas totalmente díspares das demais pessoas que o rodeiam (casaco pesado de lã, botas e luvas). Tudo bem que o mês é o de julho e você levou apenas um par de meias, (aquele que você usou na viagem de ida, com aquele tênis preto que mancha). É justamente com estas meias sujas, que você deverá viajar novamente. Chegando ao aeroporto, use o carrinho para carregar suas malas. Não precisa pagar nada. E ao dirigirse para a sala de embarque, não se recuse a tirar as botas somente porque suas meias estão em situação delicada, os seguranças certamente já estarão desconfiados da sua conduta diante da porta identificadora de metais que insiste em bloquear sua entrada. Ah! Diante disso, lembre-se que o referido metal identificado podem ser seus óculos. Caso não enxergue nada sem suas lentes, solicite ajuda aos funcionários do aeroporto, ou você corre um grande risco de bater com a testa na parede de vidro e causar um surto de riso nos demais passageiros. Após um dia inteiro de passeios pelo jardim botânico, Cristo Redentor e muitos shoppings centers sugiro que faça o impossível para manter-se acordado na viagem de volta, mesmo cansado. Você poderá acordar de um sono profundo, e deparar-se com dois nordestinos na poltrona ao lado, perguntando “porque o pessoal aqui do sul dá risada enquanto dorme?”. No último hotel antes do seu triunfal retorno ao lar, confira as voltagens das tomadas antes de ligar seu secador de cabelos, se não for compatível, o aparelho poderá explodir em suas mãos. Após todas estas dicas, espero contribuir para a sua tão sonhada viagem ao Rio, a cidade maravilhosa, sobretudo se você mora no interior do Paraná, afinal, qualquer lugar, por mais bonito e encantador que seja, não tem o aconchego da sua casa, e quanto mais você tentar mostrar-se familiarizado com o ambiente, mais estranho parecerá.


12 PROBLEMA

MARÇO/2008

SOCIAL

Cinco Antônios e a estrada amarela A igualdade humana é destruída pela desigualdade financeira Laís Laíny

Declaração Universal dos Direitos Humanos Art 1° Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Art 23° Toda a pessoa tem direito ao trabalho [...] Quem trabalha tem direito a uma remuneração eqüitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social. Art 24° Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas. Art 25° Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social. Art 26° Toda a pessoa tem direito à educação.

Toda pessoa tem direito? Antônio, um nome como qualquer outro que une um trabalhador, um jovem sem estudos, um menor abandonado, um homossexual e um milionário prodígio, como a estrada amarela une Dorothy e seus amigos. Toninho mora há cinco quilômetros do Centro e há sete do seu emprego. No caminho, ele sempre encontra Tonico, que teve de abandonar a escola ano passado, depois da morte do pai. As bicicletas cargueiras levam os dois até o trabalho, na mansão de Ozz. Ozz é o dono do maior teatro cidade e pai do futuro advogado, Antonio. Toninho ganha R$ 500 por mês. Como tem menos experiência e idade, Tonico ganha R$ 200. Sem a ajuda do coração, ele reflete e lamenta não ter freqüentar uma faculdade. “Sabe Toninho, este ano era pra eu começar, mas não tem jeito não. Você já viu uma pessoa como eu se dar o luxo de estudar?” Toninho, que ainda pensa com o coração, entende a revolta e teme que seus dois filhos tenham o mesmo destino. Os R$ 500 que ele recebe vão caindo pela estrada amarela. Saldo do mês: R$ 0,05. “Eita, Tonico, não compro nada com isso!”. O jeito é dar a moeda para Tonho, um menino que todos acham que perdeu o cérebro. O que ele perdeu, na verdade, foi à perspectiva de vida, junto com a certidão de nascimento e com a família. Morando em frente ao teatro, sua cabeça o protege da chuva e sua pele o esquenta do frio. “Ô tio, brigadu”. Tonho corre até a sorveteria da esquina para enganar a fome com uma balinha. Nesta correria, tromba com Tony, o mais novo renegado à procura de emprego e de coragem. Sua dupla de genes não combinou com sua paixão por Otávio e a família o enjeitou. Em frente ao teatro, Tony vê a placa antes enxergada por Tonico: Oferta de uma vaga para trabalhar na bilheteria. Domingo passado foi feriado das crianças e os dois filhos de Toninho

A exclusão social não é cruel por que atinge milhares de pessoas, e sim porque atinge sujeitos, um a um. viram na tevê que a peça O Mágico de Oz estará no maior teatro da cidade. Este mês Toninho comprou refrigerante e uma blusa de manga longa para cada filho. O pedido inesperado das crianças de ver a peça o deixou arrependido das compras que fez. Seu patrão, Ozz, não o olhava nos olhos e só o reconhecia durante a inspeção da obra. Pedir um ingresso? Não, Toninho não poderia se arriscar a ter que devolver à Ozz parte do salário de novembro. A venda de ingressos começaria em uma semana e Antônio, filho de Ozz, é que escolheria quem ocuparia a vaga na bilheteria. Entre tantos candidatos estavam Tonico e Tony, sonhando com o salário de R$ 700. Antonio lembrou

que gasta muito mais que isso com um sapato. “Por isso que no Brasil a renda é má distribuída. Um salarinho desse e esta fila enorme de gente para entrevistar. Não estudam e agora ficam aqui, mendigando este empreguinho”, pensou o filho de Ozz. Nenhum dos Antonios conquistou a vaga, Tonico porque não tem o Ensino Médio Completo e Tony por ter deixado transparecer sua opção sexual. “Lamento rapazes”, sentenciou o jovem milionário. Ele sai como um maço de ingressos na mão, alvo do olhar de Tonico. Do lado de fora do teatro, Antonio deixa um cair na estrada amarela. Tonho enxerga, pega o bilhete e grita: “Moço, deixou cair este papel”. Antonio recebe

e diz. “Peça para o seu pai comprar um. Você está sempre aqui, deve morar perto não é?”. Entra no carro, e pensa. “Esta desigualdade no mundo é culpa deles. Se tivessem trabalhado como meu pai, teriam o que tenho”. Esta estória não termina aqui, segue todo dia nas estradas amarelas do Brasil, perto ou longe vemos Tonys que por sofrer preconceito não acham emprego, Tonhos já nasceram sem direito a um lar, Tonicos privados da educação formal, Toninhos sem acesso a bens culturais, e alguns poucos Antonios privilegiados que têm acesso a tudo isso. A exclusão social não é cruel por que atinge milhares de pessoas, e sim porque atinge sujeitos, um a um.


PROBLEMA SOCIAL 13

MARÇO/2008

No Brasil, uns mais iguais que os outros Índice de Exclusão é elevado em 42% das cidades brasileiras; apenas 3,6% têm parâmetros razoáveis de igualdade Mariana Lioto Excluir é igual a eliminar, pôr fora, expulsar, retirar, privar, isentar-se. Essas são algumas definições dadas para o termo no dicionário Aurélio. Quando a expressão é exclusão social logo remetemos a um grupo que sofre privação de algo. Para o professor de geopolítica Francisco Ritevando “Exclusão social é um processo caracterizado pelo acúmulo de capitais, que impede o acesso de grande parcela da população mundial aos bens de consumo industrializados duráveis e não duráveis e aos serviços” a conseqüência disso é que “no mundo, mais de 1 bilhão de pessoas se encontram abaixo da linha de pobreza, na miséria”, afirma. Excluídos são tanto os que não tem acesso a emprego, saúde ou educação, quanto os que são privados do lazer e de bens culturais como teatro, cinema e música. Para verificar como está a situação de exclusão social dos brasileiros, foi criado em 2002 o IES (Índice de Exclusão Social) que verifica o grau de desenvolvimento de cada cidade do País. Os fatores considerados são: porcentagem de famílias pobres, desemprego, desigualdade de renda, alfabetização, anos de estudo e número de homicídios. Os números são alarmantes: 2.290 42% - das cidades brasileiras têm IES elevado. Em termos populacionais isto

equivale que um a cada cinco brasileiros vive em uma cidade com altos níveis de desigualdade social. O patamar considerado adequado foi atingido por somente 200 cidades - 3,6%. Os resultados desse levantamento foram publicados no livro Atlas da Exclusão Social no Brasil, coordenado pelo professor da

Amazonas e 11 no Piauí. Já entre as 100 cidades com melhor resultado, na região Nordeste, somente Fernando de Noronha aparece na 35ª colocação. Entre os municípios do Paraná, quatro cidades aparecem entre as 100 mais bem colocadas: Curitiba (9º), Maringá (27º), Quatro Barras (43º) e Londrina (72º).

Unicamp (Universidade de Campinas) Marcio Porchmann, pela editora Cortez. O estudo confirmou um maior IES nos estados do norte e nordeste. Todos os 100 municípios com resultado mais negativo se encontram nessa região, sendo que 34 deles estão no Maranhão, 15 em Alagoas, 13 no

Algumas ações do Governo Federal contribuem para mudar esse quadro, Francisco ressalta algumas delas. “O País possui programas de transferência direta de renda para os mais pobres. Também exige a contrapartida de quem recebe a ajuda, o que acaba por universalizar o acesso à

Exclusão X Sistema Características que diferenciam os sistema político/ econômico adotado pela sociedade.

Socialismo

Capitalismo

È o sistema político/ econômico onde não há propriedade privada, ou seja, os meios de produção seriam da coletividade dos indivíduos. Tudo o que fosse produzido deveria ser repartido com igualdade entre todos. Dessa maneira, todos os indivíduos teriam acesso aos bens produzidos na mesma proporção. Para Karl Marx o Socialismo seria um momento de transição para o Comunismo, onde não haveria necessidade de existência do Estado. No entanto, a grande maioria das tentativas de implantação do socialismo podem ser consideradas frustradas como a URSS e a Alemanha oriental, que acabaram voltando ao modo de produção capitalista.

O capitalismo é o sistema adotado por quase todas as nações hoje. Baseia-se na propriedade privada e na liberdade de contrato. Nessa sociedade acontece o desejo de acumular bens, assim, teoricamente, a prosperidade financeira depende do esforço de cada um. Essa prosperidade, no entanto, tem sua face oposta: quando a maior parte do capital fica acumulado nas mãos de poucos, uma grande massa passa a não ter acesso aos bens produzidos, por não ter poder aquisitivo para adquiri-los Isso causa um efeito que vai contra os próprios princípios do capitalismo, já que não tendo como comprar, essa grande faixa da população não contribui para o crescimento econômico

educação básica. Obriga as pessoas a se preocuparem com a vacinação de seus filhos o que culmina em uma intensa melhoria em nossos indicadores sócioeconômicos”, ressalta. Ainda estamos longe do ideal, isso é certo, e a estória que usamos como exemplo é verossímil: estima-se que 25% da população viva em situação de exclusão aos elementos básicos para a sobrevivência. O percentual tende a aumentar quando se trata de bens culturais e lazer. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil em 2007, o Produto Interno Bruto. Foi de R$ 2,6 trilhões. A divisão do PIB pelo número de habitantes resulta em outro índice de renda per capita. Em 2005, ele foi de R$ 11,661 mil. A renda por habitante, no entanto, não considera a concentração de renda, ou seja, apesar de R$ 11,661 mil ser um valor razoável, ele não é distribuído de maneira eqüitativa. A concentração financeira é que dificulta o acesso a bens tão elementares. Se somos iguais, como afirma a já citada Declaração Universal dos Direitos Humanos, a afirmativa feita por George Orwell, no metafórico A Revolução dos Bichos, lançado em 1945, ainda é verdadeira: somos todos iguais, mas uns mais iguais que os outros.


14 SAÚDE

MARÇO/2008

Rotina Universitária x Alimentação Saudável É possível manter uma dieta equilibrada na rotina alucinada de quem trabalha e estuda, desde que haja controle Nileide M. Herdina No trabalho, o expediente não dura menos do que oito horas, e a noite o descanso não vem tão rápido. Não antes das 23 horas. Esta é a rotina diária da grande maioria dos universitários, que tem a difícil, porém comum, missão de conciliar trabalho e estudos. Na correria do vai e vem da empresa para a faculdade, a alimentação não é a prioridade, o que pode facilmente comprometer a saúde e o rendimento de quem desprende tanto esforço físico e mental. Para a nutricionista Adriana Cruz Lopes, a tripla jornada dos estudantes não é o modelo ideal de rotina, mas é possível estabelecer hábitos saudáveis de alimentação, basta força de vontade e muita resistência às tentações dos doces e refrigerantes. “Investir em frutas, iogurtes e alimentos integrais resulta em uma dieta saudável, com reflexos muito significativos na saúde”, afirma a nutricionista. A jornada de estudos não termina com a última aula do dia, muitos dão seqüência aos trabalhos e pesquisas até muito tarde, travando uma verdadeira guerra contra o sono e investindo no café preto. Aos adeptos desta prática, aqui vai um alerta da nutricionista: “Apesar de não prescrever, indico o consumo máximo de três xícaras de café por dia, porque tudo o que é em excesso pode fazer mal para a saúde”. Adriana sugere o uso de chás de ervas claras como

camomila, hortelã, erva doce e erva cidreira que funcionam como calmantes do trato gastrintestinal. A dica é tomar uma xícara da infusão destas plantas antes de dormir. Para quem faz o jantar na lanchonete da faculdade ou nas imediações, a sugestão é optar por salgados assados e sucos naturais; na maioria das vezes o único suco que é feito na hora é o de laranja, pela praticidade, os demais são derivados de polpas congeladas de frutas. Almoçar fora de casa também pode ser saudável. A nutricionista Adriana sugere que o primeiro prato seja de saladas, que contém vitaminas, sais minerais e fibras, seguido do bom e velho arroz com feijão e carne, ricos em ferro, proteína, e carboidratos essenciais. A maioria dos restaurantes que servem comida por quilo já oferecem suplementação de fibras como a linhaça e a proteína de soja, para serem acrescentados à comida. A vantagem é que o sabor do alimento não é alterado e as fibras são indispensáveis para um bom funcionamento dos intestinos. E para quem pensava que o famoso X-Salada era um alimento completo por conter ingredientes nutritivos como a carne e a salada, estava enganado. A substituição de uma refeição pelo lanche não é indicada. A nutricionista revela que o hambúrguer é feito de carne muito gorda. O pão do X-Salada é rico em calorias e poucas fibras. A sugestão da

Barras de Cereais A nutricionista Adriana Cruz Lopes alerta sobre o consumo das barrinhas de cereais: “Elas contém um alto valor calórico e um baixo teor de fibras, ao contrário do que se imagina”, comenta Adriana. Desta forma, a ingestão diária das barras não é indicada para quem quer perder peso, e sim para quem tem um gasto intenso de energia, como os atletas, por exemplo. A dica é substituí-las pelas frutas, como maçã e pêra, que podem ser embrulhadas em papel alumínio e colocadas na mochila. A quantidade de fibras é maior e a de calorias é menor, ao contrário das enganosas barrinhas de cereais. Portanto, atenção ao rótulo de informação nutricional, obrigatório em todos os Adriana Cruz Lopes, nutricionista produtos industrializados.

profissional é optar pelo bom e velho ‘sanduíche paulista’ feito com pão integral, bife grelhado, queijo branco fresco e muita salada. Mais nutritivo e saudável. As refeições não devem ser ‘puladas’, cada uma deve ser feita, preferencialmente em horários fixos. Diariamente devem ser feitas oito refeições, em média: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, lanche da noite e ceia. Lembrando que os lanches entre as refeições e a ceia pode ser o consumo de uma fruta, iogurte natural ou light ou uma porção pequena de biscoitos integrais. Esta rotina é importante para que o corpo não fique muito tempo se receber alimentos, o que melhora o

aproveitamento dos mesmos. Para encerrar, a nutricionista indica a ingestão de uma castanha do Pará por dia, que é rica em vitamina E, e um antioxidante natural. Nenhum alimento deve ser exterminado do cardápio, mas os doces, refrigerantes e as frituras devem ser evitados. Deixe para ‘sair da linha’ no fim de semana, sempre com moderação para não se arrepender na segunda-feira. Uma alimentação saudável depende da consciência de cada um. Se você leva uma rotina intensa, dividida entre o trabalho e a faculdade, vale a pena investir na sua saúde, e se o tempo para ir ao médico está escasso, comece pela alimentação. Os resultados você vai sentir no dia-a-dia.

Cantinas: é possível mudar Vitrines lotadas de frituras, salgadinhos industrializados e geladeiras repletas de refrigerantes. Assim são as cantinas, ou lanchonetes, das faculdades. Diferente da realidade das escolas estaduais, onde já vigora uma lei proibindo a venda destes produtos aos estudantes, nas universidades qualquer guloseima pode ser substituída por uma das refeições, e o preço passa a ser um grande atrativo. A alimentação saudável, infelizmente custa mais caro. Na cantina da UNIVEL, por exemplo, um sanduíche natural custa, em média, R$3,50, enquanto que um pastel frito com recheio de queijo custa R$1,50. Em uma faculdade de Cascavel, por exemplo, graças às intensas solicitações dos alunos, a realidade das cantinas está mudando, se oferece buffet de sanduíches, com preços acessíveis, e com produtos como queijo fresco, peito de peru defumado, alface fresca e pães integrais. Os sucos naturais também têm cedido lugar aos refrigerantes e sucos feitos a partir de polpas congeladas de frutas. A nutricionista Adriana Cruz Lopes revela que estes sucos não contêm a mesma quantidade nutricional porque as vitaminas são voláteis no processamento, neste caso o congelamento por um longo período.

DORES DE CABEÇA

Ingestão de aspirina reduz risco de AVCI Marcia Daiane Barbosa O número de pessoas que sofrem derrames e infarto do miocárdio cresce a cada ano. Para reverter este quadro, pesquisadores comprovam a eficácia da aspirina:fármaco barato que se usado corretamente traz bons resultados. “A aspirina se ingerida 100 miligramas após as refeições interfere na coagulação sangüínea e inibe a formação de plaquetas

e trombos, tornando a pessoa menos propensa a ter AVCI [Acidente Vascular Cerebral Isquêmico]”, diz o cardiologista Celso Violin. Porém, alguns cuidados têm de ser tomados. “Em casos de cirurgias, o medicamento tem que ser suspenso no mínimo uma semana antes, pois ele continua agindo no organismo e pode

dificultar o andamento”, complementa Celso. Para os que sofrem de problemas gástricos devem se atentar ao fato de que a aspirina é um ácido. Caso não seja ingerida em quantidade correta pode lesionar a parede estomacal, aparecer úlceras e outras complicações. Nesses casos a ingestão não pode passar de 100

mg, e não deve ser feita em jejum. Segundo a farmacêutica Manuela Aparecida Soares Dourado quem está propenso ao AVCI são os fumantes. “Além de fazer regularmente a ingestão da nicotina que interfere na oxigenação cerebral, eles não costumam praticar nenhum tipo de exercício físico e com isso atrasam o metabolismo do corpo”, afirma.


MARÇO/2008

31 de março de 1964: acontece o Golpe Militar

FATO HISTÓRICO 15 Foto: arquivo revista Manchete

tendo como vice Jango, a oposição coloca o então governador de São Paulo Jânio Quadros tendo como vice Milton Campos. O governador paulista entra na campanha com grande apoio popular prometendo “varrer” (usava uma vassoura para caracterizar) a corrupção e a inflação. Como se votava separadamente para presidente e vice * Informações coletadas na Coleção Caros Amigos - A Ditadura Militar no Brasil elege-se Jânio e Jango. No inicio de seu - Fascículo 2 - Antecedentes do Golpe:suicídio de Getúlio. governo (que durou apenas sete meses), Jânio fez coisas inúteis só para se Marcos Sefrin manter sob os holofotes, proíbe os jogos Após a revolução de 1930, chega ao general Fiúza, soterrando assim mais de azar, o biquíni em concursos de miss, o lança-perfume e a briga de galo. Mas poder Getúlio Vargas, que fica por 15 anos esta tentativa. Em 31 de janeiro de 1956, JK assume também cria uma Política Externa governando o país com mãos de ferro. Em 1945 é derrubado, assume o a presidência, implanta o lema “50 anos Independente, que previa relações com presidente do Supremo tribunal federal em 5”, constrói Brasília, levando assim todos os países, particularmente com convocando novas eleições. Vence o desenvolvimento ao interior do país, atrai africanos e socialistas, restabelece General Eurico Gaspar Dutra com o apoio capital internacional trazendo as relações com a União Soviética e a de Vargas. Dutra então se alinha aos montadoras de automóveis que são China, nomeia o primeiro embaixador interesses dos Estados Unidos, favorecidas com câmbio especial para negro da história do Brasil, cria as rompendo relações com a União Sovi- importar peças, provocando assim a reservas indígenas, acaba com os ética, cresce o sentimento anticomunista quebra da pequena indústria nacional subsídios que beneficiavam grupos no país. São cassados os mandatos do tendo como sua maior representante a econômicos, combate a burocracia e parlamentares comunistas e cai na FNM – Fábrica Nacional de Motores, que gastos desnecessários. Seis dias antes produzia tratores, caminhões e peças. da renúncia, condecora o guerrilheiro Capa da extinta manchete: a condecoração de Che, ilegalidade o partido comunista. O Brasil é pressionado pelos EUA a Acusam-no de entreguista e de corrupto, Che Guevara, que havia salvado do que irritou a direita, especialmente a militar. gastar seus créditos acumulados com as negligencia a educação, destinando fuzilamento vinte sacerdotes. Gera exportações durante a Segunda Guerra, apenas 3% das verbas previstas, assim descontentamento, a Imprensa e popular.Os conservadores, no entanto pois mantinha um saldo em sua balança transferindo a maior parte para a o Congresso exploraram o episódio, concluíram que ainda não era o momento devolveram suas para enfrentar a retomado do poder, e era comercial. Começa a importar desde educação técnica, que era de interesse militares condecorações. Com este simples ato preciso uma maior mobilização e um brinquedos a automóveis, quebrando esquema mais profissional, e já que não Jânio entrou na mira da direita. assim a indústria nacional. Quando o Foto: arquivo revista Fotos & Fotos Carlos Lacerda, agora governador chegavam ao poder pelo voto, chegariam governo tenta retomar as rédeas, já é da Guanabara, aparece à frente de pelo golpe. Iniciaram então, através da tarde, já estamos com nossa mais um golpe, apoiado pelos barões reativação do Ipes-Instituto de Pesquisas economia sob a supervisão de da imprensa nacional, como Roberto e Estudos Sociais (que correspondia ao instituições internacionais. Marinho, Júlio de Mesquita e também que hoje são as ONGs), e do Ibab – Em 1951 Vargas volta ao poder do Arcebispo do Rio, Lacerda trata de instituto Brasileiro de Ação Democrática, pelo voto e inicia seu governo em meio convencer a opinião pública de que o com financiamento de empresas à violenta oposição, dá inicio a um Brasil estava sendo levado para o nacionais e multinacionais e o apoio de processo de constituir o país como Comunismo. No dia 24 de agosto de adversários do governo , militares nação independente, baseando a 1961, Carlos Lacerda, em cadeia de conservadores, reacionários, setores política econômica numa forte rádio e tevê, denúncia uma falsa tradicionalistas da Igreja Católica, das participação do estado em associação conspiração que daria a Jânio poderes classes médias urbanas e dos com a iniciativa privada nacional. Em “excepcionais”. No dia seguinte Jânio latifundiários, uma cruzada para 1953 durante uma reforma ministerial renuncia, atribuindo o gesto a “forças combater o “comunismo ateu”.DirigindoGetúlio nomeia Jango para o Ministério poderosas” prometendo revelá-las se principalmente à classe média baixa do Trabalho, o novo ministro propõe (morreu em 1992 sem jamais dizer e aos formadores de opinião a quem um aumento de 100% no salário nada). Acredita-se que ele esperava levava filmetes, documentários, livros, mínimo, mostra-se também favorável um levante popular pelo qual seria panfletos, cartazes. Contratam os ao direito de greve, gerando assim guindado novamente ao cargo, o que melhores profissionais, produzindo desconfiança na classe média, nos excelentes curtas metragens de títulos não aconteceu. industriais e nos militares Quando da renúncia, o vice Jango, como Criando Homens Livres, Deixem o conservadores. Todos incomodados estava em visita oficial a China e nos Estudante Estudar, O Brasil Precisa de com a crescente participação popular treze dias que se seguiram, a tensão Você, O que é Democracia; que alardeavam no cenário político do país. foi grande, o país foi governado por uma greves, passeatas, amedrontando os Em 1954 o presidente concede o junta militar composta pelos três espectadores com a idéia de caos e de aumento salarial proposto por Jango. ministros militares. Novamente as ameaça comunista eminente.Usando as Consolida-se ai a base conspiratória forças de direita tentam tomar o poder, melhores gráficas, agências de publicidade para derrubá-lo novamente, oficiais da mas Jango tinha um aliado de peso, e produtoras, fazendo suas reuniões nos Base Aérea do Galeão e udenistas. Leonel Brizola governador do Rio mais caros salões de festas e também o Em 5 de agosto de 1954 acontece o Grande do Sul, que era seu cunhado, utilizando-se do trabalho voluntário de atentado a Carlos Lacerda, de que é acusado o presidente culminando com A revista, de 9 de setembro de 1961, anuncia Jango presidente e que com seu forte poder de mulheres da sociedade que eram eficazes comunicação, dá início (na multiplicadoras de opinião. Financiavam seu suicídio. Adiando assim o golpe, pois assume o vice Café Filho que monta das indústrias. No final de seu governo o madrugada do dia 26 de agosto) ao maior cursos, seminários, conferências, um ministério de agrado das oposições analfabetismo chega a quase metade dos movimento popular desde a Revolução de entidades, tendo como trabalho principal, e alinha-se novamente aos interesses cidadãos brasileiros (39,35%). 1930, através de uma rede de 104 preparar o terreno para a entrada dos internacionais, apaziguando assim os Pressionado externamente pelas emissoras de rádio de vários estados, militares em cena, escorados numa ânimos. Em 1955 haveria novas eleições imposições do FMI, quanto ao pagamento convoca as forças democráticas para agir doutrina vinda da Escola Superior de que levariam ao poder Juscelino da dívida externa e internamente sendo a favor da posse de Jango. E mesmo sob Guerra, que enfatizava a “segurança Kubischeck e seu vice Jango. Vencem responsabilizado pela alta da inflação, ameaça de bombardeio 100.000 pessoas interna” e a “ameaça indireta” do as eleições, mas quase não assumem, em razão do endividamento como os se concentram em frente ao Palácio do comunismo. Estando em plena Guerra Fria onde pois em novembro o presidente Café Filho gatos na construção de Brasília e pela governador do Rio Grande do Sul, tem um “distúrbio cardiovascular” entrada em massa de capital enfrentando assim os prometidos ataques pairava a ameaça da destruição total por deixando vaga sua cadeira, assume a estrangeiro, surgem novas denúncias que viriam do porta-aviões Minas Gerais. um embate atômico entre a URSS e os Jango assume em 9 de setembro de EUA e com o planeta dividido entre presidência Carlos Luz, que em conjunto de corrupção e favorecimento de com civis e militares golpistas, alegam empreiteiras, greves, manifestações 1961, mas desde daquela proposta de comunistas e capitalistas, foi terreno fértil que JK não teve a maioria absoluta dos organizadas por estudantes e aumento do salário do mínimo em 100% para o desenvolvimento da doutrina a ser votos (35,6%), mas para terem sucesso trabalhadores, perde apoio em sua base ele não era visto com bons olhos pela implementada. E com este trabalho de faltava tirar do caminho o marechal Lott, política. As eleições de 1960 acontecem direita civil e militar, que não admitia desmoralização do presidente e de ministro da Guerra, que era legalista que e JK lança à candidatura do marechal Lott medidas de cunho nacionalista ou infiltração nos meios sociais, os militares em conjunto com as forças imperialistas pede exoneração por não concordar com tomaram o poder no Brasil. Ficando até o Golpe, conclama seus principais “NÃO ADMITIREMOS UM NOVO JAPÃO AO SUL DO EQUADOR”. 1984 quando um colégio eleitoral elegeu comandados para a defesa do regime Henry Kissinger, secretário de Estado americano, justificando as ditaduras militares que os EUA patrocinaram na Tancredo Neves para a presidência da constitucional, coloca as tropas nas ruas América do Sul, para evitar a emergência de uma nova potência que tal como o Japão, os ameaçasse. república. e prende seu sucessor no ministério,


16 VARIEDADES

MARÇO/2008

Fotos: Eder de Oliveira

Deise Rosa

Renato e Viviane Silva, com Dom Mauro após primeira missa realizada na Univel

Professor Rui com as acadêmicas de Jornalismo Patrícia, Valéria e Patrícia Sonsin

O Supremo Tribunal de Festas, DCE e Univel realizam no dia 18 de abril uma grande festa na Chácara Sarolli. O evento é a confraternização entre acadêmicos de todos cursos da Univel. Os alunos que apresentarem a carteirinha do DCE ou comprovante de matrícula não pagam ingresso. Para o demais, a entrada custa R$ 10.

Idade: 27 anos Música: MPB Hobby: Cantar Disciplina que leciona: Psicologia Mensagem: O mundo sempre abre portas para quem sabe onde quer chegar.

Carla (1º Contábeis), Ana Paula e Renata (1º Direito)

Vanderlei Luiz Ratto, Fernanda (secretário de jornalismo) e Luciano Neves (assessor de imprensa)

Daniele, Maiara (RH) e Tania (1º ADM – Loira)

Lissa e Caroline (2º Contábeis)

Este ano as edições do jornal Unifatos darão dicas de livros e sites direcionados aos acadêmicos. Nesta primeira edição a dica é direcionada aos acadêmicos de Ciências Contábeis. Trata – se do livro “A evolução das Ciências Contábeis no Brasil” do autor Carlos Barros Leite, que relata a história, não só da atualidade mas também do progresso da contabilidade desde o descobrimento do Brasil.

Fernanda, Patrícia, Mariana, Letícia, Jaqueline

Franciele, Izela, Cleiton, Ester e Jaqueline, acadêmicos do 1º e 2º ano de Jornalismo

Cristiane, Silvana, Prof. Fabiano, Edilaine e Carolina

Funcionários da Xeroqui: Jéssica, Leila, Caroline, Priscila, Kátia, Anderson e Paula


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