14.11
sexta-feira, 21h30, Teatro Aveirense
Ópera Orfeu nos Infernos de Jacques Offenbach ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS Alunos da classe de canto do departamento de comunicação e arte da Universidade de aveiro CORO DE CÂMARA DA ACADEMIA DE MÚSICA DE CASTELO DE PAIVA
Orfeu nos Infernos Jacques Offenbach
Considerando o carácter formativo desta produção, que será interpretada por alunos da classe de Canto do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, que participaram na 16ª Edição do Curso Internacional de Música Vocal 2014, a Orquestra das Beiras apresenta a ópera burlesca “Orfeu nos Infernos”, de Jacques Offenbach, integrada nos Festivais de Outono 2014. “Orfeu nos Infernos” é uma sátira ao mito de Orfeu, com música de Jacques Offenbach (1819-1880), na qual surge o tema que tornou o compositor e esta ópera dignos de notoriedade internacional: o Can-Can. Orfeu e a sua mulher Eurídice não fazem uma típica vida de casal, estão cansados um do outro e, por isso, já nenhum deles é fiel aos votos do matrimónio. Enquanto Orfeu se encanta com as suas belas alunas, Eurídice jura amor a Aristeu… Depois de descoberta a traição e em prol da sua imagem, Orfeu prepara a morte do amante da mulher e esta corre para lhe contar os planos do marido. Aristeu (na verdade, é Plutão disfarçado) atrai Eurídice e toma o mesmo veneno que ela, em nome do amor. Ela morre e é conduzida por Aristeu/Plutão para o inferno. Orfeu fica feliz com a morte da mulher, mas, para seu desfortúnio, a opinião pública exige-lhe que a vá salvar. Entretanto, no Monte Olimpo, os deuses exigem mais diversão e melhor comida. Já no Inferno, em virtude de investigar a difícil situação, na qual se encontra Orfeu, o próprio Júpiter, disfarçado de mosca, apaixona-se por Eurídice. Na festa dos “olimpianos”, Júpiter consente que Orfeu recupere a sua mulher, desde que não se vire para trás no seu regresso. Mas Júpiter provoca Orfeu e este vira-se e Eurídice é forçada a permanecer no Inferno, como bacante.
SINOPSE
O primeiro quadro inicia-se com a aparição da
O terceiro quadro, com o qual se inicia o
Opinião Pública, personagem alegórica, que se
segundo ato, desenrola-se nos aposentos de
intitula guardiã da moralidade. O pano abre e
Plutão, onde Eurídice se tenta escapar aos
surgem Orfeu e Eurídice, esposos infiéis, fartos
avanços sexuais de John Styx, criado de Plutão.
um do outro. Orfeu prepara uma armadilha para
Também Júpiter, assim que chega, tenta seduzir a
apanhar Aristeu, o favorito amante: uma serpente
bela mulher, para conseguir cortejá-la, mascara-se
venenosa. Mas Aristeu é, na verdade, Plutão,
de mosca.
Rei dos Infernos e o veneno acaba por matar Eurídice que, feliz, é transportada para o Inferno.
Mas o casal adúltero não conseguirá escapar ao
Orfeu rejubila ao saber da morte da mulher, mas a
quarto quadro, onde os deuses se reuniram num
Opinião Pública intervêm, obrigando-o a resgatar
bacanal, celebrando Baco e Plutão. Orfeu chega
Eurídice do Inferno. Para isso, devem dirigir-se ao
para vir resgatar a esposa e tudo converge para
Olimpo e pedir a ajuda de Júpiter.
o final. Júpiter impõe uma última condição: Orfeu não deverá ver Eurídice até chegar à Terra. Vendo
No segundo quadro, somos transportados até
que Orfeu não se volta para trás, Júpiter fulmina-o
às nuvens do Olimpo, onde os deuses vivem
com um relâmpago e, para levar Eurídice para o
entediados sob a mole autoridade de Júpiter,
Olimpo, transforma-a numa bacante, para alegria
que se limita a salvar as aparências. Mas Diana,
de todos, que festejam dançando o último galope
Vénus, Cupido e Mercúrio, expõem a Juno, mulher
infernal, o can-can.
de Júpiter, as suas infidelidades e o escândalo rebenta. Com a chegada de Plutão, Júpiter tenta esconder as suas próprias falhas acusando-o de ter raptado Eurídice. Assim que Orfeu e Opinião chegam, Júpiter convida todos a descerem com ele ao Inferno a fim de que se faça justiça.
(Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e realizou também estudos de Direção de Orquestra, desde 1990, em Portugal, Espanha e França com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean-Sébastien Béreau (Paris). Foi Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Aveiro, entre 2000 e 2004 e, em 2006, criou o Estúdio de Ópera de Centro, projeto que tem desenvolvido importante atividade formativa e tem realizado produções de ópera por todo o país que incluem, para além da apresentação de importantes António Vassalo Lourenço
óperas de repertório, produções em português,
(Direção Musical)
ópera portuguesa e ópera para crianças.
Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras desde 1999 e do Coro Regina Coeli entre 1983 e
Atualmente é Diretor do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.
2008, é ainda responsável pelas classes de Coro e Direção da Universidade de Aveiro desde 1997.
ClAudio Hochman (Encenação)
Com estes grupos tem dado particular atenção
Claudio Hochman nasce na cidade de Buenos
à música portuguesa, tendo realizado diversas
Aires no mesmo ano em que Fidel, Che, Camilo
estreias, primeiras audições modernas e gravações
Cienfuegos e outros revolucionários derrotam
de obras de compositores portugueses.
Batista em Sierra Mestra.
Em 1996 terminou o mestrado em Direção
Um quarto de século antes, os seus avós, que
de Coro e Orquestra pela Universidade de
tinham nascido na Polónia, chegam de barco à
Cincinnati (EUA), onde também foi Assistente,
Argentina, fugindo da miséria, da iminência da II
tendo concluído o Doutoramento em Direção de
Grande Guerra e da perseguição dos judeus.
Orquestra em 2005. Nesta universidade estudou
Começou a escrever na adolescência. Depois,
Orquestração com Samuel Adler, Direção de
passou pelo teatro, pelo desporto, pela dança,
Coro com Elmar Thomas, Earl Rivers e John Leman e Direção de Orquestra com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel e ainda com Christopher Zimmerman, de quem foi Assistente de Direção. Frequentou cursos de Direção Coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro
pela música, pela pintura, mas nunca fez artes marciais. No princípio do século XXI, em plena crise financeira do seu país de nascimento, mudase para Lisboa. Não fugia da crise, tinham-lhe oferecido fazer o Cyrano no Teatro da Trindade. E ficou. O seu último espetáculo foi Macbeth de Shakespeare no teatro de Carnide, peça que ganhou o Prémio Nacional de Teatro. Há quatro anos que encena as óperas no Curso Internacional de Música Vocal de Aveiro.
Dino da Costa (Desenho de luz)
Nascido em Salreu, iniciou a sua atividade em Manuel Jerónimo
1993 com os pais (fundadores do GEMDA/CDA),
(Assistente de Encenação)
onde começa como assistente de palco e termina
Manuel Jerónimo nasceu em 1988 em Cascais.
em 2000 como coordenador técnico. Em 1999,
Em 2009 termina a licenciatura em Filosofia pela
entra para o Efémero (CTPA) onde fica até 2000.
Universidade Nova de Lisboa, onde fez também
Em 2000, deixa Aveiro para ir estudar para o
a formação de Filosofia para Crianças. Em 2011
Porto. Forma-se em luminotecnia e sonoplastia
é mestrado em Filosofia Geral, pela mesma
no ESMAE (IPP) em 2003. Durante esse tempo
Universidade.
é técnico freelancer no Porto, trabalhando em
Em 2013, termina também o mestrado em
quase todas as salas de espetáculo da cidade,
Encenação pela Escola Superior de Teatro e
e participa ativamente no “Porto 2001 Capital
Cinema. Em 2010 e 2011 fez o curso de artes
Europeia da Cultura”.
performativas da Associação Sou. Dá aulas de
Volta a Aveiro em 2003 como designer e técnico
teatro desde 2006 e de Filosofia desde 2009. Em
freelancer. Nesse mesmo ano ingressa como
2012/2013 foi assistente de Claudio Hochman.
técnico no Teatro Aveirense, onde é atualmente
É atualmente encenador da Companhia de Teatro
responsável do departamento de luz, mantendo-
da SMUP.
se como designer e técnico freelancer em paralelo. Continua a realizar trabalhos de desenho de luz e concelhia técnica, como trabalhos plásticos (iluminação doméstica, candeeiros de autor), cursos de iluminação cénica, iluminação de espetáculo e espaços (dança, teatro, música, óperas, bares, etc...) e algumas incursões na área da cenografia. Realiza projetos para escolas artísticas no âmbito de conceção e realização de espetáculos de final de ano.
Os seus projetos já o levaram a vários locais do
O Coro de Câmara da Academia de Música de
mundo, como Açores, Macau, Espanha, França,
Castelo de Paiva surgiu no ano letivo 2009/2010 e
Itália e Brasil.
é constituído por alunos e ex-alunos desta Escola
Tem vindo a trabalhar com encenadores
do Ensino Artístico Especializado.
como Nuno Cardoso, António Pires, Rui Sérgio,
Desde o início da sua existência, muita tem
Jen Heyes, José Topa, Eliana Carneiro, Carlos
sido a atividade realizada, devendo destacar-se a
Avilez, Carla Lopes, Vítor Correia, Guilherme
interpretação de obras de referência do repertório
Mendonça, Cláudio Hochman, Luca Aprea; e
coral como o Gloria de A. Vivaldi e a Messe de
alguns coreógrafos, nomeadamente, Maria do
Minuit de M. A. Charpentier, ambas em conjunto
Carmo Costa, António Rodrigues, Elisa Worm, Zé
com a Orquestra de Câmara da AMCP, e solistas
Seabra, Sávio de Luna, João Costa, Lara Pereira
da Licenciatura em Canto da Escola Superior
entre outros.
de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de
Atualmente é colaborador criativo e técnico da
Castelo Branco, sob a direção do seu responsável
OFB (Estúdio de Ópera do Centro), Lpmovimento,
artístico, Prof. César Freitas. Realizou em 2012
D´Orfeu, Quarteto de Bolso, Souq.
um concerto integralmente dedicado ao Jazz, no qual interpretou alguns dos mais conhecidos
Coro de Câmara da Academia
standards e em 2013 apresentou-se na 9ª
de Música de Castelo de Paiva
edição dos Festivais de Outono organizados pela Universidade de Aveiro, onde interpretou exclusivamente repertório coral do compositor portuense Cláudio Carneyro. No âmbito do Curso Internacional de Música Vocal de Aveiro, executou no Teatro Aveirense as óperas Dido e Eneias de H. Purcell (2011), As Bodas de Fígaro de W. A. Mozart (2013) e Orfeu nos Infernos de J. Offenbach (2014) em conjunto com a Orquestra Filarmonia das Beiras, dirigido em ambas pelo maestro António Vassalo Lourenço e com encenação de Claudio Hochman. Neste mesmo curso, realizou um concerto dedicado à música coral inglesa, onde foi dirigido pelo maestro Paulo Lourenço. Foi selecionado para participar, em 2012 e 2014 na 2ª e 3ª edição do F.I.C.C. – Freamunde International Choir Competition, obtendo neste último um diploma de Bronze, nível 2. Este coro tem como principal objetivo oferecer aos alunos das diversas classes instrumentais da
escola, a oportunidade e o desafio de interpretar
cultura musical, através de ações de captação,
repertório coral exigente.
formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos,
Orquestra Filarmonia das Beiras
democratizando e descentralizando a oferta
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu
cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos,
primeiro concerto no dia 15 de dezembro de 1997,
além de desenvolver frequentes e constantes
sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro
atividades pedagógicas (programas pedagógicos
diretor artístico. Criada no âmbito de um programa
infantojuvenis, cursos internacionais vocais,
governamental para a constituição de uma rede
instrumentais e de direção de orquestra, etc.).
de orquestras regionais, tem como fundadores
Também sob estes princípios, apresenta, desde
diversas instituições e municípios da região das
2006, produções de ópera diversas (infantil, de
beiras, associados da Associação Musical das
repertório ou portuguesa).
Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB tem participado nos principais festivais
A OFB é composta por 23 músicos de cordas
de música do país e do estrangeiro, ou em
de diversas nacionalidades, com uma média etária
impor tantes cooperações e coproduções
jovem e é, desde 1999, dirigida artisticamente pelo
com outros organismos ar tísticos, sendo
Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por
regularmente dirigida por alguns maestros
princípios de promoção e desenvolvimento da
estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores. Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direcção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Estrutura Financiada pelo Secretário de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes:
Intervenientes
2 Orquestra Filarmonia das Beiras 2 Coro de Câmara da Academia de Música de Castelo de Paiva 2 Eurídice Daniela Matos 2 Orfeu Pedro Rodrigues 2 Aristeu/Plutão André Lacerda 2 Júpiter Miguel Maduro-Dias 2 Opinião Pública Daniela Araújo 2 Cupido Diana Ochôa 2 Diana Mariana Lopes 2 Vénus Nataliya Gorban 2 Mercúrio/John Styx Carlos Lima 2 Juno Catarina Vita Ficha Artística
Direção Musical António Vassalo Lourenço Encenação Claudio Hochman Desenho de Luz Dino da Costa Ficha Técnica
Assistente de Encenação Manuel Jerónimo Operação de Luz Dino da Costa Técnico de Palco Lino Aidos Pianista Correpetidor Valeriu Stanciu Produção OFB Artur Neves, Bruno Marques, Belinda Morais, Margarida Mendes, Rita Carvalho Coprodução Orquestra Filarmonia das Beiras/ Estúdio de Ópera do Centro/Universidade de Aveiro Duração cerca de 120m Classificação etária maiores de 12 anos