Urban F Magazine ( 5ª Edição)

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Urban F Magazine Abril,2016 Editor Fábio Martins Fotografia Fábio Martins Revisão Samanta Massano Todos os trabalhos estão protegidos e são propriedade dos respectivos autores. Nenhum pode ser utilizado sem autorização dos mesmos.

Informações urbanfmagazine@gmail.com www.facebook.com/urbanfmagazine

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Que idade tens e de onde és natural? Tenho 30 anos e sou natural de Vila Nova de Gaia. Desde que idade te dedicas à dança? Com 6 ou 7 anos já fazia aulas, na altura de ballet e jazz. Como e quando começou a tua paixão pela dança? Desde que me lembro de mim como pessoa, que adoro dançar! Em criança, costumava copiar os passos de dança dos videoclipes que via, dançava horas a fio! Na escola era sempre eu a coreógrafa dos espetáculos de final de ano e cheguei a ter um grupo de dança amador com amigas (treinávamos nas garagens umas das outras).

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Sempre estiveste envolvida profissionalmente nesta área? Nem sempre. Profissionalmente mesmo, comecei há cerca de 6, 7 anos a dar aulas com mais frequência. Fala-nos um pouco do teu percurso pelo mundo da dança. Passei pelo Ballet (muito poucas aulas, pois não me identificava com o estilo), pelo Jazz (onde estive durante alguns anos), pelas Danças de Salão e Danças Latino Americanas (o Tango sempre me fascinou), mas o que sempre me cativou foram as Danças Urbanas. Comecei a fazer aulas regulares de Hip Hop, bem como formações e vários workshops nesta área, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Até que surgiu um convite para começar a dar aulas regularmente. Comecei com um grupo pequeno no Porto, numa Academia de Estudo (como atividade extra-curricular), e uns anos mais tarde abracei o meu projeto principal como professora: a Royal Crew (danças urbanas). A Royal Crew (Espinho) começou há cerca de 4 anos, com meia dúzia de alunos. Entretanto, cresceu tanto que já conta com 3 turmas distintas (kids, teens e avançados). Tenho muito orgulho nos meus alunos e na maneira como se empenham. Somos uma grande família. Recentemente abracei outro projeto na Escola de Dança Carolina Araújo (Canelas, V.N. Gaia): Street Dance. Uma turma pequena, mas com muito talento. Para além destas aulas regulares, dou aulas pontuais em algumas escolas públicas e privadas.

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Tens algum artista na área que tomes como referencia? Tenho vários: Bogle, Crazy Hype, Laure Courtellemont, Sonia Soupha, Jose Hollywood e Parris Goebel. Tens alguma inspiração? Quem? Sou inspirada por muita gente e muitas coisas, mas o Michael Jackson é, sem dúvida, uma grande inspiração. Tanto a nível de dança como musical. Em Portugal é possível viver da musica e/ou da dança? Com muito esforço, trabalho e dedicação tudo se consegue, mas não é nada fácil. Os portugueses apoiam a arte? Penso que os portugueses, no geral, são um pouco desligados das artes. Ser bailarino, músico, fotógrafo, etc, ainda é visto como um hobbie e não uma profissão a sério. Quando digo a alguém que sou professora de dança e cantora, perguntam-me: “mas qual é a tua profissão a sério”?! Outra coisa que me choca, é que detestam pagar para ver cultura, sejam €10 ou €2! Mas começo a ver algumas mudanças nas mentalidades, por isso penso que ainda há esperança!

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O que é a dança para ti? A Dança é vida, é uma extensão de mim… Quando danço consigo desligar-me do mundo à minha volta e atingir um estado de felicidade tão grande que é impossível descrever. Dança é felicidade, alegria, é maravilhoso! É como diz a letra de uma das minhas músicas: Dance, You’re gonna feel alright! Fala-nos um pouco do projeto “dancehall connection”. O grupo Dancehall Connection surgiu, também, quase por acaso. Não nos sentámos e combinámos: “vamos formar o Dancehall Connection”! Costumávamos fazer vídeos, treinos e aulas juntos e desta partilha surgiu o projeto Dancehall Connection. Somos 6 bailarinos com backgrounds, influências e estilos totalmente diferentes, mas que se conjugam e complementam muito bem e com uma grande paixão em comum, o Dancehall! Daí a “connection”.

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Sabemos que és bailarina, mas que a tua ligação ao mundo da musica não se fica pela dança. Fala-nos um pouco dessa experiencia que, pelo que sabemos se mantém até hoje. Sim, sou cantora. A música sempre foi uma constante na minha vida. Desde muito pequena que dizia que queria ser cantora. E assim foi! Tudo acasos do destino, mas aconteceu. Tenho dois projectos principais: The Royal Band (formato mais pequeno, de trio a sexteto, a tocar covers) e The Acoustic Foundation (o meu projecto de originais e concertos grandes). Com The Royal Band tocamos quase todos os fins-de-semana: em bares, hotéis ou eventos privados. Tocamos, maioritariamente, covers de soul music, jazz, funk e rock’n’roll. Com The Acoustic Foundation estamos neste momento em estúdio a preparar o nosso primeiro albúm, que se chamará Big Sculpture. Já temos dois singles lançados: o Dance e o Silence, que estão a passar em algumas rádios nacionais e locais. Tenho noção que sou uma sortuda por trabalhar no que sempre quis e no que gosto!

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• Fotógrafo profissional * Formou se em fotografia geral pela ETIC_Algarve * Fotógrafo das áreas de moda, publicidade, urbano e artístico. * É fundador do único projeto fotográfico de dança a nível nacional, conhecido como Urban Dance * Já fotografou bailarinos nacionais e internacionais, * Já realizou exposições nacionais do seu projeto de dança * Fotografou o 1º modelo em cadeira de rodas do país *Entrada no Guinness book pela participação no maior álbum fotográfico do mundo *Mais de 40 fotos no site da Vogue Itália *Patrocinado por várias marcas nacionais e internacionais. *Fundador da revista online Urban F magazine • Facebook – www.facebook.com/fabiomartinsphotography www.facebook.com/urbanfmagazine

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Fotografia – Fábio Martins Modelo – Andreia Andrade Make Up – Marta Svet

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Que idade tens e de onde és natural? Tenho 23 anos e sou de Penafiel mas vivo no Porto. Desde que idade te dedicas à dança? Desde os 14 anos. Como e quando começou a tua paixão pela dança? Começou de uma maneira um bocadinho invulgar. Eu fui uma criança obesa, odiava fazer qualquer tipo de desporto e a minha mãe queria tentar com que eu fizesse alguma atividade física para tentar combater o meu peso. Na altura dos meus 14 anos surgiu um grupo de dança na minha freguesia, criado pela professora Isabel Teixeira, professora de fitness, e a minha mãe tentou com que eu fizesse as aulas do grupo. No início não queria por pensar que não ia ter jeito nenhum, mas no entanto lá fui experimentar, e a partir daí não quis outra coisa. Nunca faltava às aulas, treinava imenso fora das aulas e foi assim que a paixão foi surgindo. Adorava dançar naquele grupo mas aos poucos fui descobrindo outras coisas, como workshops e convenções e a ver uma realidade completamente diferente daquela que tinha noção mas que me fascinava imenso. Depois fui á procura de mais informações, procurar escolas, fazer cada vez mais workshops, mais formação, mais professores e a paixão foi crescendo até perceber que é mesmo a dança a arte que me fascina.

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Fala-nos um pouco do teu percurso pelo mundo da dança. Como já referido, o meu percurso começou no grupo da minha terra e posteriormente com mais formações. Passei um pouco por vários estilos desde as danças de salão, contemporâneo, jazz até perceber qual o estilo que me preenchia mais e sem dúvida que foi as danças urbanas, inicialmente pelo Hip Hop e mais tarde pelo Dancehall. Entrei numa escola de dança no Porto, a Momentum Dance Studio, uma das melhores decisões da minha vida pois foi aqui que aprendi muito e conheci excelentes professores que contribuíram imenso para a minha evolução como bailarino. Comecei por ser convidado para dar aulas nesse mesmo grupo onde comecei a dançar e a partir dai começaram a surgir mais convites e oportunidades. Criei o grupo de competição infantil “Blazing Dancers” que me orgulham imenso e que contam com várias vitórias e participações em campeonatos de grupos pelo país. Tive um grupo com alguns amigos chamado “Iconic” que também participávamos em competições e espetáculos. Fiz parte do grupo do competição da Momentum Dance Studio, onde também conseguimos o pódio em algumas competições tendo ido competir a Barcelona com trabalho da Ana Borges. Faço formações sempre que posso tendo já ido a Barcelona e Paris para fazer formação e tentando aproveitar tudo o que de bom existe e é trazido a Portugal. Fiz formação com Jerome Esplana, Pat Cruz, Anthony Lee, Chris Martin, Rie Hata, Jun Quemado, Keron Proverbs, Leighton Ress, Arnold Arakaza, Jerky Jessy, Liam Pentland, Tyron Mpinda entre outros na área de hip hop, e com Lil’GBB, Camron One Shot, Sonia Shoupa, Melpo Mellz, Blacka Di Danca, Kwal, Jiff Di Bossman, Tevin Killer Bean, Bigga, Rudey Legacy, Ricky Trice entre outros na área de Dancehall e o objetivo é sempre fazer mais e melhor. Neste momento estou a dar aulas em várias associações e escolas de dança em Penafiel, Gondomar, Castelo de Paiva e Porto (Associação Revela Desafios, Associação Liga-Dura, Academia de Dança de Castelo de Paiva, Associação de Pais do Couto Mineiro do Pejão, Blaster’s Crew e Blazing Dancers) tentando passar a todos os meus alunos aquilo que sei e da forma que considero mais correta. Participei em videoclips dos artistas Expensive Soul, The Acoustic Foundation e Dj Overule. Sou bailarino da banda “The Acoustic Foundation”. Participação em shows nos casinos de Espinho e de Chaves a convite de Max Oliveira. Fui professor convidado pela Urban Xpression para um Workshop de Dancehall no Algarve. Atuações nos programas “Grandes Manhãs” e “Olá Maria” do Porto Canal com o meu grupo “Dancehall Connection”. Professor convidado para os eventos “Like a Boss Dance Sessions” juntamente com os “Dancehall Connection”. Fui vencedor das battles de Dancehall 2x2 no Dancehall Camp Portugal organizado pela Boom Academy, ficando nas meias-finais em 1x1. Vencedor e classificação em pódio nalgumas competições com os meus grupos de competição de alunos: Blazing Dancers e LD Crew. E tantas outras coisas. O objetivo nunca é para e é sempre tentar fazer mais coisas e melhores.

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Tens algum artista na área que tomes como referência? As minhas maiores referências são as minhas professoras: Isabel Teixeira, Ana Borges (Hip-Hop) e Aysha Jhanne (Dancehall). Posso dizer que sem elas não tinha começado e dançar e não tinha descoberto os estilos em que trabalho e que de tanto gosto. Tenho-as como referencia não só pelo seu trabalho enquanto professoras e bailarinas mas também a nível pessoal pois sempre me ensinaram valores muito importantes como pessoa. Ao longo destes últimos anos fui também conhecendo e observando o trabalho de muitos bailarinos, tanto portugueses como estrangeiros e descobrindo alguns no qual me identifico imenso. Vejo-os como referência no sentido em seguir o seu trabalho e de olhar para eles e sentir que é aquele estilo e aquela linguagem corporal que pretendo seguir e atingir. De salientar, Lil’Gbb no Dancehall e Jerome Esplana no HipHop. Tens alguma inspiração? Quem? A minha inspiração fundamental é a minha família, pessoas com quem eu cresci e me transmitiram os valores essenciais com ser humano e são uns grandes exemplos para mim. Inspiro-me também nos meus alunos. É tão bom vê-los a crescer como bailarinos e saber que sou eu que estou a contribuir para esse crescimento (posso dizer que sou um professor muito babado ahahah). E claro, nos elementos do meu grupo, Dancehall Connection que são sem dúvida grandes inspirações e é um grande orgulho poder trabalhar com elas.

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Acreditas que é possível viver da dança em Portugal? Essa é uma das questões que me tem dado muito que pensar nos últimos tempos devido ao que quero fazer no faturo. Acredito que seja possível sobreviver da dança em Portugal, e com sobreviver quero dizer que pode ser possível ter uma vida razoável, mas sem nenhuma estabilidade, porque tanto se tem muito trabalho como no momento seguinte torna-se complicado tê-lo ou procurá-lo. Acima de tudo o mundo da dança é muito instável, e esse é o medo da maioria dos bailarinos. O essencial é lutar pelos sonhos, por aquilo que acreditas e acima de tudo nunca desistir. Vais ouvir muitos “não” mas um dia vai aparecer aquele “sim” que compensa todo o esforço feito.

Sentes que os portugueses apoiam a arte? Sinceramente, ainda não. Falando na dança, é muito fácil encontrar propostas de trabalho em que remuneração dada é apenas visibilidade e currículo. Sim, isso é importante e fundamental na vida de um bailarino mas não é isso que vai pagar as suas contas e muito menos compensar todo o dinheiro gasto em formações e todas as horas de treinos que são gastas todos os dias. Da mesma maneira que não fazem este tipo de propostas, por exemplo, a um arquiteto porquê fazê-lo a um bailarino? Não é uma profissão tão digna? E o mesmo se passa na música, fotografia ou em qualquer arte, e é neste sentido que digo que os portugueses não apoiam a arte e pior que não apoiarem é não respeitarem, nem a arte em si nem o próprio artista. No entanto sinto que isso esteja a começar a mudar.

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O que significa a dança para ti? Essa é aquela pergunta que tem tanto de fácil como de difícil. Dançar acima de tudo faz-me sentir feliz e sinto que é isto que quero fazer para o resto da minha vida. Acaba por ser uma forma de expressão e consegue esconder os sentimentos menos bons e celebrar os melhores. Dançar faz-me sentir tão bem que consigo até esquecer tudo o que está a acontecer à volta. Se não fosse a dança não era a pessoa que sou hoje. Sabemos que és licenciado em Engenharia Informática, no entanto decidiste colocar de parte essa formação para te dedicares inteiramente à dança. Como é que foi para ti tomar esta decisão? Foi um bocado difícil, não só por mim, mas talvez por desapontar quem tanto acreditou em mim e me ajudou para a realização deste curso. Primeiro foi a mudança do futuro que eu tinha planeado na minha adolescência, que ia ser um engenheiro, trabalhar numa grande empresa e ter uma vida estabilizada pessoal e financeiramente. Depois a desilusão que poderia ser para a minha família, sendo o único dos meus irmão a ir para a faculdade e no fim do curso encostar o diploma no armário, tendo ela feito tantos esforços para eu poder faz o curso. No entanto neste momento a informática não é algo que me está a trazer a realização que preciso, o que já acontece com a dança porque mesmo depois daqueles dias em que estou super cansado e cheio de dores, devido a aulas ou espetáculos, estou feliz e com um grande sorriso na cara e é isso que eu quero sentir até o meu corpo não me deixar mexer mais. Terminei a licenciatura em Outubro, e apesar desta minha decisão tenciono estar sempre dentro dos assuntos relacionados e quem sabe um dia exercer a profissão pois é algo que também sempre gostei imenso, mas agora não é a altura certa para isso. Sabem aquela famosa frase “Segue os teus sonhos e sê feliz”? É o que estou a tentar fazer e digo-vos que é a melhor sensação do mundo.

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Sabemos também que te dedicas ao Hip Hop e ao Dancehall, mas que é o dancehall que te preenche. O que é que sentes quando danças este estilo? Ao dançar Dancehall sinto-me mais livre, mais forte e mais feliz do que a dançar Hip Hop. Comecei pelo Hip Hop, gosto mesmo muito deste estilo e foi por ele que comecei a entrar na dança mais asserio e a ter certezas que era da dança que queria fazer a minha vida e no qual quero continuar a trabalhar, mas o Dancehall acabou por se tornar aquele estilo que me completa por inteiro. O Dancehall nasceu de uma cultura pobre onde a dança era o único meio de alegria desse povo e só isso torna este estilo muito especial. Desde a liberdade dos movimentos, à história por detrás deste cada passo, à sonoridade das músicas, à boa vibe, tudo neste estilo me fascina.

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Fala-nos um pouco sobre os Dancehall Conection. Os Dancehall Connection são um grupo composto por 6 bailarinos: Aysha Jhanne (Tina), Diana Duarte, Marta Oliveira, Daniela Dias, Ângela Castro e eu. Todos nós temos a paixão pelo Dancehall e foi por ai que tudo começou. Todos conhecíamos os trabalhos uns dos outros e começamos por filmar uns vídeos para mostrar o trabalho de cada um. E a partir daí as coisas foram surgindo muito naturalmente e fomos percebendo que funcionávamos muito bem em equipa e que tínhamos todos um gosto e um objetivo comum: poder trabalhar e divulgar o Dancehall em Portugal. Uma das coisas que nos torna diferentes é o facto de cada um possuir, dentro do Dancehall, o seu próprio estilo, pois cada um de nós tem uma formação e uma experiência diferente no mundo da dança que acabamos por completar uns nos outros. Além disso sentimos uma amizade muito forte um com os outros, o que dá um gozo ainda maior para trabalharmos porque acima de tudo divertimo-nos uns com os outros e a fazer aquilo que mais gostamos. O nosso grande objetivo é divulgar o Dancehall pelo país, daí a criação do nosso evento “Dancehall Connection Workshops” que já conta com a sua 5ª edição, tendo passado por Penafiel, Aveiro, Vila Nova de Gaia e Vigo (Espanha) em que em cada edição damos a conhecer o estilo e o trabalho de cada um de nós fazendo também uma abordagem a toda a história e essência por detrás deste estilo de dança que tanto adoramos.

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Olá a todos, espero que estejam tão ansiosos para ler tal como eu estive para escrever sobre mim, Vamos começar pelo meu nome, sou a Marta Svet e podem achar um pouco peculiar mas isso deve-se por ter nascido na Moldávia. Hoje em dia vivo em Albufeira mas estudo em Lisboa. A paixão pela maquilhagem começou aos 18 anos quando dei por mim rodeada de maquilhagem e com um bichinho que me fazia querer experimentar e ver como as coisas iam ficar na minha cara. Ver se , de facto, ia ficar mais bonita. Começou por ser uma questão bastante pequena, apenas maquilhagem básica e ver o que resultava e o que não resultava. Mas passados 3 anos, a maquilhagem é muito para além do básico para mim. O bichinho começou a crescer a passos largos e hoje em dia a maquilhagem faz parte do meu ser. Comecei a comprar maquilhagem sempre que tinha possibilidade e felizmente tive muitas pessoas que me apoiaram e me incentivaram a prosseguir uma vez que estava na minha cara a paixão. Tive o apoio de todos os meus amigos, de toda a minha família, para dar pés ao que estava a sentir. Então comecei a interessar-me por maquilhagem mais a nível profissional.

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Há uma coisa muito diferente em mim no que toca à maquilhagem, que é a forma como eu a vejo. A maquilhagem pode ser vista como um acessório extra para realçar os pontos fortes de cada um, pois sabemos que cada pessoa tem a sua própria beleza e as qualidades de cada um são diferentes, a maquilhagem serve para os realçar . Todas as maquilhagens que eu faço tanto em mim como nas pessoas que eu maquilho são sempre viradas para o realce dos melhores pontos do rosto e não tanto para esconder. A maquilhagem hoje em dia é aquilo que eu pretendo fazer, tenho em mim tanta imaginação e tanta criatividade que só espero conseguir mostrar às pessoas que a maquilhagem deixou de ser as criticas que recebemos. A maquilhagem deve ser para nos fazer sentir mais confiantes e melhor connosco mesmas. Hoje em dia, tenho um canal no Youtube que é quase exclusivamente dedicado à maquilhagem, há vídeos mais interativos virados para atrair também as pessoas que não se interessam tanto pela maquilhagem profissional, mas regra geral os vídeos são sobre maquilhagem. Desde tutoriais em mim, como também cada vez mais tento trazer pessoas para o canal para dar aos visualizadores a possibilidade de me verem a maquilhar outras pessoas. Fora do Youtube, maquilho esporadicamente algumas pessoas e tenho recebido algumas propostas para maquilhar para sessões fotográficas. Todo o apoio que tenho recebido é mais um passo para deixar o bichinho crescer ainda mais. O sonho? O sonho é trabalhar a maquilhar, é viver da maquilhagem. Tanto na vida ativa, ou seja, a maquilhar, como também posteriormente a criar produtos a pensar em todos vós. Fiquem atentos, porque ideias surgem todos os dias e propostas também!

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Desde que idade te dedicas a dança? Olá eu sou o Rudrigu , dedico-me à Dança dentro da Cultura Hip Hop há sensivelmente 15 anos e sou um orgulhoso albufeirense a residir atualmente em Lisboa. Como e quando começou a tua paixão pela dança? Foi um pouco por acaso, mas é quase sempre assim não é? Em plenos anos 90, passei por tudo, desde wannabe writer ao ter estragado completamente as paredes do meu quarto entre outras paredes que não posso aqui referir (ahaha) , a wannabe Mc (faziamos uns ensaios numa radio local...a Kiss Fm). Nesses ensaios conheci um dos pioneiros no Djing e Scratching em Portugal...o DJ Sundance. Ele tinha material em VHS e um dia insistiu comigo para ver o filme Beat Street. Foi a primeira vez que vi B-boying, Popping, Locking... O meu pai tinha uma boa colecção de vinyl de James Brown, Stevie Wonder, Otis Reading , Jackson 5, Imagination ,etc e ouviase muito na minha casa. Creio que isso terá também contribuido. De resto só materializei esta paixão anos mais tarde quando em Quiaios, num evento de estudantes vi um rapaz chamado Dário (de Coimbra) a dar uma masterclass de Hip Hop . Foi das primeiras vezes que vi Hip Hop Dance em Portugal. Sempre estiveste envolvido profissionalmente nesta área? Sempre estive envolvido na área do Desporto, do Ensino e da Dança. Claro que inicialmente como curioso, fan , entusiasta, estudante e só mais tarde como profissional.

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Fala-nos um pouco do teu percurso na dança. O meu percurso na Dança....passa pela Universidade, formações cá mas também fora do país, centenas de alunos, milhares de aulas, milhões de horas de treino invariavelmente sozinho, montes de experiências positivas e boas amizades. Eventos memoráveis relembro atuação no Estádio da Luz na Gala New Seven Wonders, a International Urban Dance Battle na Hungria, espetáculo de homenagem a Michael Jackson no Olga Cadaval ou mais recentemente o Espetáculo “()no Movimento” no TEMPO. Ao nível do ensino há mais de dez anos que sou Professor no International sports Meeting e já coreografei e dançei para várias crews. Tens algum artista na área que tomes como referência? Não tenho não, assim nenhum bailarino que seja “A” referência. Claro que tenho imenso respeito pelos originais e pioneiros.... eles abriram o caminho para todos nós.... mas sinceramente já passei essa fase, dos ídolos.... com a maturidade vamos percebendo que todos somos iguais com mais ou menos defeitos e qualidades. As minhas referências acabam por ser as pessoas que me são próximas e estão no meu circulo e que me inspiram a ser uma pessoa melhor, dentro e fora da Dança.

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Tens alguma inspiração? Quem? Sim, como respondi na pergunta anterior e nomeando alguns , a Carolina Tendon, a Mariana Rodrigues, o Kevin Zoltan Scholle, a Patricia Rebelo, o Pedro Pinto (Kimahera), o Fernando Lopes, o fotógrafo Fábio Martins, o Bruno (Repto), a Márcia, os meus avós e claro não me posso esquecer os meus alunos. Estes são as minhas grandes inspirações. Para ti, é possível viver da dança, no nosso país? Não é impossível , tenho alguns amigos que só vivem de trabalhos comerciais, outros que só vivem do ensino, outros que estão em companhias, e por aí fora. Claro que também existem milhares que não o conseguem... e subsistem de outras atividades...O problema todo ganha forma... quando tens problemas de saúde, quando passas os 40 ou 50 anos, a situação fiscal , os direitos e as obrigações legais, etc etc... Aí ainda existe um longo caminho a percorrer. O que é a dança para ti? É uma das bonitas páginas do livro da minha vida. É uma sensação e experiência que recomendo a toda a gente. Como a Carolina escreveu “Se acham que já são felizes, então experimentem dançar!” Quando ouves a palavra “dança” qual é a primeira coisa que te vem à cabeça? O que é que sentes? O que me vem à cabeça é alegria , Funk , bounce , expressão.

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Sabemos que és membro de um grupo, os “OhMyGod Family”. Fala-nos um pouco da história deste grupo. Fundei o grupo pela necessidade de existir um grupo que evoluísse dentro do Hip Hop (old school e new school) no Algarve...a oferta de Dança existente na altura era nula.... creio que no que à Cultura Hip Hop diz respeito fomos uma grande pedrada no charco... fizémos imensas coisas, numa altura em que não haviam os meios e as academias que existem atualmente. Hoje até me rio disso... mas chegámos a treinar em parques de estacionamento de supermercado ou na praia ao som do radio do meu carro.. ou num ginásio cedido onde eu trabalhava... mas é como alguém disse... o sonho comanda a vida... Depois de ter sido formador num curso de Dança decidi convidar os melhores alunos desse curso para integrarem o grupo... a Liliana, a Ana Sofia e a Carolina. Mais tarde entrou a Mariana , o Speedy e por algum tempo a Andreia... Participámos em vários eventos, competições, atuações....sempre numa perspectiva de crescermos juntos. Atualmente, alguns seguiram outros caminhos, a Carolina como é sabido infelizmente já não se encontra entre nós, mas orgulho-me de dizer que o sonho continua vivo.... acordo todos os dias com vontade de fazer o que mais gosto e sentir-me recompensado por isso, a minha mana Mariana evolui num dos prestigiados grupos deste país, outros elementos passaram também pelo ensino e por outros projetos... e o grupo foi acolhido pela editora Kimahera, uma das raras editoras independentes de Hip Hop em Portugal. A Sara Pina juntou-se a nós com várias colaborações, e continuamos ativos e , (passe a redundância) a vivermos os nossos sonhos.

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Sentes que os portugueses apoiam a arte? Os portugueses são excelentes apreciadores de Arte, e são excelentes críticos, seja para o bem ou para o mal. Só falta valorizarmos um bocadinho mais a Arte . Falta ter a consciência que comprarmos online uma música por um euro , darmos uma moeda ao artista de rua , pagar por uma formação de Dança , comprar um livro ou ver um espetaculo de teatro é no fundo suportarmo-nos e apoiarmo-nos todos uns aos outros …. e é bem mais significativo do que termos uma peça de roupa da moda ou o ultimo modelo de smartphone. Penso que existem duas franjas de população : a pequena minoria que tem capacidade económica para apoiar seja o que for e a geração de teens ou jovens adultos que ainda não trabalham e são independentes e por isso até gostavam muito de apoiar mas não podem. Tal como disse antes, é a maioria situada entre estas duas franjas que falta consciencializar. Por vezes basta apenas um pequeno passo e dar o exemplo... Se tivesses que descrever a dança e o que esta significa para ti numa palavra, qual seria? Porquê? A palavra seria “alegria” por tudo o que referi ao longo desta entrevista. Peace, Love, Unity , Having Fun !!!

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Que idade tens e de onde és natural? - Tenho 23 e sou natural do Porto

Desde que idade te dedicas à musica? - Desde muito novo na altura deveria ter uns 13 ou 14 anos Como e quando começou a tua paixão pela música? - Começou tudo muito naturalmente, comecei a ouvir RAP americano com os amigos, na altura, (e ainda hoje), ouvia-mos muito Mobb Deep, Wu-tang, Eminem, Notorious BIG entre outros, até que que chegou até nós clássicos portugueses como, Dealema, Sam The Kid, 7PM, Kapataz, e muitos mais, formamos uma "crew", a Invicta Crew na altura só com writer's e mais tarde despertou o "bichinho" da rima, improvisava-mos nas ruas, gravava-mos maquetes muito "foleiras" para rodar pelo pessoal até que se foi tornando algo cada vez mais sério com a formação dos CO2, (Contingente Ofensivo), com o meu mano Razol.

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Fala-nos um pouco do teu percurso pelo mundo da música. - Como já tinha referido comecei com o meu mano Razol com a formação dos CO2 na altura, por volta de 2006, fazíamos apenas umas maquetes para o "nosso pessoal" e improvisávamos nas ruas do Porto até que tudo se tornou mais sério e fizemos, já por volta de 2009, 4 ou 5 singles, (já não me recordo ao certo porque os anos não perdoam), que sairam para o youtube e apartir daí começamos a ter concertos e então continuamos a aplicar na música com várias participações e singles lançados até que em 2014 surgiu a oportunidade de gravarmos o primeiro projecto mais sério no que surgiu a Mixtape Contingência de CO2, a partir daí apenas lançamos mais um single o "É Ofensivo" porque nos encontramos num projecto diferente e a trabalhar quer a solo quer como CO2, sendo que me encontro envolvido em todos os projectos RockitMusic e Invicta Crew. Tens algum artista na área que tomes como referencia? - Muitos. Tenho muitas referências quer dentro do RAP quer fora, sou um bom ouvinte desde estilos mais clássicos a mais modernos, e tenho aquela mão cheia de artistas que para mim são as maiores referências.

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Tens alguma inspiração? Quem? - Inspiro-me muito em experiencias, pessoas, sentimentos, etc... Inspiro-me muito também na minha família nos amigos no meu dia-a-dia, penso que tudo serve de inspiração para mim. Em Portugal é possível viver da música? - Não faço menor ideia, mas enquanto tiver força para viver para a musica eu vou cá estar. Os portugueses apoiam a arte? -Os portugueses não sei mas as portuguesas sim (eheheh), tenho sentido muito carinho pelas pessoas que se cruzam comigo, é um facto...

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O que é a música para ti? - É a minha vida num som. Fala-nos de como surgiu a tua relação com a rockit. Conta-nos como tem sido o teu percurso na Rockit. - Desde que estou na RockitMusic, quer como sócio quer como artista, tenho estado envolvido em todos os projectos Rockit como a Cypher e a 4X4, encontro-me também a trabalhar em projectos CO2 e a solo, sendo que estou prestes a lançar a minha mixtape a solo intitulada de "XXV".

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• Condições ✔ Higiene ✔ Qualidade ✔ Profissionais ✔ Clientes ✔ Bom ambiente ✔ Evolução ✔ Destaque ✔ Prémios ✔ https://www.facebook.com/trueworldtattooportugal www.facebook.com/urbanfmagazine

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