
1 minute read
tado Romano
Capítulo 3
Advertisement
Retomamos aqui o assunto que deixamos para trás no primeiro capítulo, e analisaremos os novos rumos da política religiosa que o Estado Romano adotou na pessoa de seu soberano, o imperador Graciano, na qual teve influência decisiva a figura de Santo Ambrósio. Desta vez, porém, em vez de proibir a religião do Estado, adotou medidas que a reduziram a uma religião particular.
Os cristãos estavam cansados da conduta reservada e dúplice dos seus imperadores. Viam com desgosto os anos se sucederem, sem que a conversão de Constantino produzisse os resultados esperados. Os templos continuavam abertos a todas as crenças; o imperador trazia ainda as insígnias de sumo pontífice; no início de cada ano, os cônsules, antes de começar as funções, subiam ao Capitólio para sacrificar a Júpiter; o povo continuava apaixonado pelas festas e jogos instituídos em honra dos deuses; numa palavra, o paganismo era ainda a base da cultura que dirigia a sociedade. Constantino estava morto há trinta e oito anos e o Império continuava na mesma situação em que o havia deixado. Os cristãos compreendiam que não deviam permitir que sua primeira vitória ficasse sem efeito por vão respeito pelo adversário; assim, conjugaram seus esforços e desfecharam contra o antigo culto o golpe decisivo. As suas aspirações e anseios concentraram-se na pessoa de