Revista autopress 27

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Ano 1, Número 27, 7 de novembro de 2014

E ainda: Fiat Punto Sporting Peugeot 108 Hyundai Veloster Turbo Salão de Milão – EICMA 2014 10ª edição - FetransRio

Medida certa Desempenho, preço e tecnologia embalam as vendas do hatch Ka 1.0 SEL


EDITORIAL

Sumário

Vigor dos compactos

A Revista Auto Press traz uma avaliação detalhada do mais recente sucesso de vendas brasileiro: o novo Ford Ka. O hatch de entrada da fabricante norte-americana emplacou quase 10 mil unidades em outubro, embalado por fatores como bom desempenho, preço competitivo e farta lista de itens de tecnologia – que se destacam na versão SEL com motor 1.0. O outro teste completo é com o Fiat Punto Sporting, uma versão do compacto que reúne opcionais esportivos ao já conhecido motor 1.8 de 132 cv da marca italiana.

EDIÇÃO DE 7 de novembro 2014

03 - Ford Ka 1.0 SEL

24 - Hyundai Veloster Turbo

11 - Fiat Punto Sporting

30 - 10ª edição - FetransRio

19 - Peugeot 108

35 - Salão de Milão – EICMA 2014

Diretamente da Europa, o Peugeot 108 dá as caras e mostra que o estreitamento de “laços” estratégicos entre as fabricantes pode trazer bons resultados. Do Velho Continente também vem uma avaliação com o Hyundai Veloster Turbo, que rende por lá 186 cv, mas chegará aqui com 204 cv. Há ainda uma amostra de dois grandes eventos que movimentaram o setor automotivo nesta semana. Na Itália, o Salão de Milão, evento mais prestigiado do segmento duas rodas no mundo, mostrou uma invasão de motos superesportivas. Já no Rio de Janeiro aconteceu a 10ª edição da FetransRio, que reforçou a importância do Brasil no mercado global de ônibus. Mesmo diante da atual queda de vendas, o país ainda ocupa o terceiro lugar no ranking mundial. Boa leitura!


teste

Sedução

fotos: Isabel Almeida/CZN

racional

Ford combina desempenho,

preço e itens de tecnologia na versão SEL do Ka 1.0 hatch

por Márcio Maio Auto Press


A

Ford sempre pensou grande quando projetou o pequeno Ka. Com um line-up de veículos globais no Brasil, a marca americana planeja médias mensais de venda de 12 mil unidades do seu atual hatch de entrada. E esse número não está tão longe de ser conquistado. Em seu segundo mês de comercialização – o primeiro cheio, na verdade –, o modelo já figura entre os dez automóveis de passeio com mais saída das concessionárias. Ocupa a sétima posição, com 9.603 emplacamentos em outubro. E seu principal atrativo é o bom custo/benefício, já que chega por menos de R$ 40 mil com itens de segurança presentes apenas em modelos superiores – caso do assistente de partida em rampa e dos controles eletrônicos de tração e estabilidade. Esses recursos, no entanto, ficam restritos à configuração de topo SEL. Montado em Camaçari, na Bahia, o novo Ka aposentou de vez o motor 1.0 Rocam, que equipava a linha de mesmo nome do Fiesta, e marcou a estreia nacional do novo tricilíndrico 1.0 de 85 cv de potência com etanol. Há ainda as versões que trazem sob o capô o já conhecido motor Sigma 1.5 de 110 cv com etanol, que passaram a ser comercializadas no mês passado. O câmbio, pelo menos por enquanto, é sempre manual de cinco marchas. O principal trunfo para entregar mais tecnologia no segmento de hatches de entrada está justamente na sua base de construção. O Ka compartilha com o New Fiesta e o EcoSport a mesma arquitetura de estrutura e de tecnologia. Exatamente por isso, está pronto para oferecer recursos que normalmente só são vistos em automóveis superiores. Uma característica


que se explica por se tratar de um projeto global. Hoje, o modelo só é vendido no Brasil, mas em breve deve entrar na lista de ofertas de outros mercados – a começar pelos emergentes. A Ford quis pensar o Ka para o mercado real. Daí ter itens de série com o que é exigido normalmente pelo consumidor nacional em um modelo que custa R$ 39.990. Na versão top SEL com motor 1.0, o compacto já conta com ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas com controle remoto, chave canivete, airbags frontais, freios ABS com EBD, abertura elétrica do porta-malas, ajuste de altura da coluna de direção, sistema de multimídia com comandos de voz e assistência de emergência – que liga sozinho para o Samu em caso de acidentes graves –, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de liga leve com 15 polegadas, faróis de neblina dianteiros, computador de bordo e alarme. Do antigo Ka, só ficou mesmo o nome. De subcompacto espichado, o modelo passou a ser um compacto de verdade. Ele tem 4 cm a mais de entre-eixos que o modelo anterior, totalizando agora 2,49 metros. Houve acréscimo ainda de 6 cm tanto na largura quanto no comprimento e 11 cm na altura. Já o porta-malas foi diminuído e tem capacidade de 257 litros – 6 litros a menos. Com as dimensões maiores e uma mistura bem dosada de tecnologia, conectividade e preço competitivo, a Ford tem boas chances de fazer o Ka se firmar entre os modelos mais vendidos do país e alcançar o objetivo de liderar o ranking de carros 1.0 no Brasil.


Ponto a ponto

Desempenho – O novo motor de três cilindros da Ford empurra o Ka com facilidade. As saídas de sinal são boas, mas o propulsor começa a responder de maneira bem mais eficiente quando o conta-giros atinge 3 mil rpm - o torque máximo de 10,2 kgfm com gasolina no tanque aparece aos 3.500 giros, enquanto que com etanol chega aos 10,7 kgfm, mas só em 4.500 mil rpm. Ultrapassagens e retomadas são feitas sem grandes problemas e o câmbio manual de cinco velocidades tem engates precisos. Nota 8. Estabilidade – O Ka mantém as quatro rodas bem presas ao chão, mesmo em curvas mais fechadas. As rolagens de carroceria até aparecem, mas de maneira muito leve. E no caso de qualquer excesso, a versão SEL conta com controle eletrônico de estabilidade e tração – um diferencial e tanto para um modelo no segmento de entrada. Em alta velocidade, porém, sofre bastante os efeitos de ventos laterais. Nota 8. Interatividade – O painel do Ka SEL é simples, fácil de ler e tem poucos comandos. Tudo fica bem à mão do motorista e há recursos como o Sync, com comandos de voz, para controlar o sistema multimídia. Um falha não dispor de regulagem elétrica para os retrovisores externos – item reservado como acessório de concessionárias. Nota 7. Consumo – O Programa de Etiquetagem do InMetro registrou 8,9 km/l e 10,4 km/l com etanol e 13 km/l e 15,1 km/l com gasolina, respectivamente nos ciclos urbano e rodoviário. Os números renderam nota “A” tanto no segmento quanto no geral. Seu índice de consumo energético – de 1,56 MJ/km – só fica atrás do Renault Clio sem ar-condicionado ou de modelos híbridos, como o Toyota Prius e Ford Fusion. Na avaliação, o consumo pelo computador de bordo foi de 11 km/l em ciclo misto com gasolina. Nota 9. Conforto – O espaço interno é bom o suficiente para quatro passageiros sem grandes apertos, mas os bancos dianteiros não têm uma ergonomia exemplar e cansam os ocupantes. O barulho do


propulsor entra na cabine com facilidade. Por outro lado, a suspensão filtra bem as irregularidades. Nota 7. Tecnologia – O Ka compartilha com os novos Fiesta e EcoSport recursos eletrônicos como controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida em rampa. Na versão SEL, o sistema multimídia Sync é item de série e aceita comandos vocais, lê SMS, opera uma série de aplicativos para celular e ainda liga sozinho para o SAMU caso de colisão grave. Nesta configuração, o carro já traz ar-condicionado e direção, travas e vidros elétricos nas quatro portas. Nota 9. Habitabilidade – Agora com quatro portas em todas as versões, o Ford Ka se tornou facilmente acessível em todos os assentos. Há bons espaços para garrafas, latas e outras coisas nos porta-trecos espalhados pelo modelo. Mas o porta-malas leva apenas 257 litros, capacidade abaixo da média do segmento. Nota 6. Acabamento – Há plásticos por toda a parte, mas de qualidade aparentemente boa. Não há folgas nos encaixes, mas também não se tratam de materiais de toque agradável. Na versão SEL, o console central tem pintura prateada e botões organizados simetricamente, na mesma lógica do Ford New Fiesta. Nada transparece requinte ou sofisticação. Nota 6. Design – A frente do novo Ka leva grade trapezoidal e faróis alongados, elementos da nova identidade visual da marca e que, de certa forma, deixam todos os modelos que foram renovados com a dianteira parecida. Linhas fortes e vincos marcantes dão certa robustez à carroceria e a cintura alta adiciona charme ao hatch compacto. Nota 8. Custo/benefício – A Ford cobra R$ 39.990 pelo Ka 1.0 SEL. Ou seja: fica no grupo dos mais baratos entre os compactos 1.0 modernos do mercado – na mesma faixa de Renault Sandero e Nissan March. Mas é o único com controle eletrônico de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa. Ele fica entre 5 e 10% abaixo do preço das versões de topo de Volkswagen Up, Novo Palio, Hyundai HB20 e Chevrolet Onix. Nota 8. Total – O Ford Ka 1.0 SEL somou 76 pontos em 100 possíveis.


Impressões ao dirigir

Um novo tempo À primeira vista, o que mais chama atenção no Ford Ka é o fato dele não ter absolutamente nenhuma relação com sua geração anterior. As dimensões ganharam proporções dignas da competição entre os hatches compactos nacionais. Isso sem falar nas quatro portas, agora a única opção de carroceria disponível. O motor tricilíndrico de 997 cm³ pode ser apontado como um dos principais pontos positivos do Ka. Com potência de 80/85cv com gasolina/etanol a 6.500 rpm e torque de 10,2 kgfm a 3.500 rpm com gasolina e 10,7 kgfm com etanol a 4.500 mil rpm, o propulsor movimenta com tranquilidade os 1.026 kg da versão SEL do modelo. As saídas de sinal não chegam a chamar tanta atenção, mas ultrapassagens e retomadas de velocidade são facilmente conseguidas sem que seja necessário recorrer a reduções de marcha. A suspensão é bem-acertada e filtra de maneira satisfatória as imperfeições. A direção elétrica também tem boa precisão e é bastante progressiva: mantém-se extremamente leve para as manobras de estacionamento e ganha peso conforme a velocidade aumenta. As vibrações do propulsor quase não são sentidas, mas o barulho

entra sem maiores cerimônias na cabine. Em curvas, a estabilidade é exemplar e instiga a conduzir de forma mais agressiva. Ainda mais com a salva-guarda dos controles eletrônicos de estabilidade e de tração, que se encarregam de mantê-lo na trajetória correta. A insegurança só aparece – e mesmo assim de maneira sutil – ao se deparar com ventos fortes laterais, que fazem o modelo balançar incomodamente.


Ficha técnica Ford Ka 1.0 SEL Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 997 cm³, três cilindros em linha, duplo comando variável na admissão e no escape no cabeçote e quatro válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração. Potência: 80/85cv com gasolina/etanol a 6.500 rpm. Torque: 10,2 kgfm a 3.500 rpm com gasolina e 10,7 kgfm com etanol a 4.500 mil rpm. Diâmetro e curso 1.0: 71,9 mm X 81,8 mm. Taxa de compressão: 12:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. Oferece controle de estabilidade. Pneus: 195/55 R15. Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. ABS com EBD e assistência de frenagem. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,89 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,53 m de altura e 2,49 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Peso: 1.026 kg. Capacidade do porta-malas: 257 litros. Tanque de combustível: 51,6 litros.

Produção: Camaçari, Bahia, Brasil. Lançamento no Brasil: 2014. Itens de série: Ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas com controle remoto, chave canivete, airbags frontais, freios ABS com EBD, abertura elétrica do porta-malas, ajuste de altura da coluna de direção, sistema de multimídia com comandos de voz e assistência de emergência – que liga sozinho para o Samu em caso de acidentes graves –, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de liga leve com 15 polegadas, faróis de neblina dianteiros, computador de bordo e alarme. Preço: R$ 39.990.


Sinal para ultrapassagem

Grandalhão repaginado

Às vésperas de encerrar 2014, a Mitsubishi inicia as vendas da linha 2015 do seu balzaquiano Pajero Full. O visual é quase o mesmo, com mudanças pontuais. Oferecido em versões de duas e quatro portas, o utilitário esportivo ganha novos para-choques e grade frontal, além de luzes de leds diurnas, rodas de liga leve exclusivas com seis raios e 20 polegadas e nova capa para o estepe traseiro, na cor preta. Por dentro, acabamento em preto brilhante, pedais em alumínio e um novo pacote que melhora o isolamento acústico se juntam aos já presentes sistema multimídia com TV digital, câmara de ré, sensor de estacionamento, DVD, CD, rádio AM/FM, USB, Bluetooth e GPS. O SUV conta com sistema de tração Super Select SS4-II com quatro modos de operação, controle de estabilidade e tração, suspensão independente nas quatro rodas, assistente para descida e oito airbags, além de outras tecnologias. Sob o capô, há duas opções de motores: um diesel 3.2 de 200 cv e outro a gasolina, um 3.8 litros V6 de 250 cv. O câmbio é sempre automático de cinco velocidades. Os preços começam em R$ 164.990, na versão de duas portas a gasolina, e chegam a iniciais R$ 207.990, na versão quatro portas com motor diesel.

O Fiat Palio se aproxima cada vez mais da chance de fechar 2014 como o líder de vendas entre os automóveis no Brasil. Com 16.622 unidades emplacadas em outubro, o hatch garantiu mais de 3 mil unidades de vantagem sobre o segundo colocado do mês, o Chevrolet Onix, e mais de 4 mil acima do Volkswagen Gol, que é o primeiro lugar do ranking há mais de duas décadas e se mantém nessa posição no acumulado do ano por cerca de 1.800 emplacamentos. Outros destaques do último mês no mercado automotivo nacional foram o Fiat Uno e o Ford Ka. O primeiro conseguiu emplacar 11.192 unidades depois de ter sua linha 2015 lançada. Já o hatch compacto da fabricante americana, que ganhou nova geração em setembro, fechou seu primeiro mês cheio de vendas com uma marca expressiva, levando em conta que as versões 1.5 do modelo não estavam disponíveis em boa parte do período: 9.603 emplacamentos, ganhando o sétimo lugar no ranking do mês.

Briga de gigantes

A expectativa de vendas para o mercado de ônibus no Brasil em 2015 segue pessimista. Pelo menos para a Mercedes-Benz, de acordo com o chefe da divisão global de ônibus da marca, Hartmut Shick. A previsão da fabricante é que sejam emplacadas entre 25 mil e 27 mil unidades em 2015. Um pouco menos que os resultados deste ano. Entre janeiro e outubro foram vendidos 25.537 novos ônibus no país – uma redução de 12,5% em comparação com o mesmo período de 2013. Destes, 12.544 foram da Mercedes-Benz, garantindo à empresa uma participação de mercado de quase 50%, de acordo com o relatório da Fenabrave. A intenção é continuar neste patamar no próximo ano. Para melhorar esse cenário, a aposta da marca é no crescimento da implantação de BRTs e nos avanços do transporte escolar e rodoviário.


Sem fazer alarde

autoperfil

Fiat Punto Sporting une visual comportado e motor 1.8, mas emplaca apenas 5% da gama

por Raphael Panaro auto press fotos: Isabel Almeida

CZN


O

Fiat Punto caminha na linha da diversidade. As versões Attractive e Essence – campeãs de venda — são conservadoras visualmente e trazem sob o capô motores “discretos”, como o 1.4 e o 1.6. Já as configurações BlackMotion e T-Jet exaltam a esportividade do hatch. A primeira tem o propulsor 1.8, mas a “roupagem” é igual a “top” turbinada T-Jet, a verdadeiramente esportiva, com 152 cv. No meio disso tudo, está a Sporting, que responde apenas por 5% do mix de vendas da gama – percentual semelhante à T-Jet. Mas ela traz um equilíbrio: não é tão espalhafatosa esteticamente, mas vem acompanhada do motor 1.8 16V. O Punto não vive seus melhores dias. O modelo chegou a emplacar em 2012 – seu melhor ano de vendas – mais de 3.500 unidades por mês. Mas o segmento evoluiu. Peugeot 208, Citroën C3 e Ford Fiesta se renovaram completamente e diminuíram o “gap” para o modelo da Fiat. Hoje, na “onda” de queda geral do mercado brasileiro de automóveis, o Punto vende pouco mais de 2 mil carros mensalmente – menos que os 2.400 do C3 e quase empatado com o 208, que tem média de 1.900. Umas das justificativas para receber o nome Sporting está debaixo do capô. A configuração é uma das que recebe o


motor 1.8 litro. O conhecido propulsor da família E.torQ produz 130 cv quando abastecido com gasolina e chega a potência máxima de 132 cv com etanol – tudo a 5.250 rpm. Já o torque fica em 18,4 kgfm com gasolina e 18,9 kgfm com etanol – sempre a 4.500 rpm. Ele vem sempre associado à transmissão manual de cinco relações. O outro motivo seria o visual – embora a versão não tenha um apelo de design tão forte quanto as configurações acima. Traz pequenas diferenças para a de entrada Attractive e a Essence. Uma delas é a roda de liga de leve de 16 polegadas, que ganhou um novo desenho na linha 2015. A Fiat ainda inseriu pequenas saias laterais para não deixar o carro totalmente “órfão” de apetrechos estéticos. No quesito tecnologia, o Punto Sporting traz itens de série interessantes como rádio CD/MP3 com entrada USB, volante em couro multifuncional, sensor de estacionamento e vidros elétricos traseiros. O preço inicial é de R$ 51.690. Requintes extras como câmbio automatizado, ar digital, retrovisor interno eletrocrômico, sensor crepuscular e de chuva, o sistema multimídia Blue&Me – que traz, entre outros, Bluetooth e comandos de voz –, teto solar elétrico Skydome e airbags laterais e de cortina estão disponíveis. Mas podem fazer a conta do hatch ultrapassar os R$ 65 mil.


Ponto a ponto

Desempenho – O motor 1.8 E.torQ empurra bem o Punto Sporting. O compacto mostra disposição em acelerações e retomadas, mas o hatch está um pouco longe da esportividade que o nome sugere. O conjunto mecânico até instiga uma tocada mais entusiasmada, mas não resulta em grandes emoções ao condutor. Nota 8. Estabilidade – O Punto é um carro bem equilibrado. É capaz de seguir a direção apontada sem sustos e torcer dentro da normalidade prevista. A suspensão também executa o seu trabalho de forma eficiente com o bom controle de rolagem da carroceria. Nota 8. Interatividade – O Punto Sporting é um carro bem simples de lidar. Os comandos mais importantes estão nos lugares certos e o volante tem ótima pegada. Achar a posição de dirigir também é uma tarefa fácil, pelos amplos ajustes de banco e volante. A versão testada tinha uma grande quantidade de opcionais, mas nem por isso o modelo se torna complicado. O teto solar abre e fecha rapidamente Talvez o único item que o condutor perca alguns minutos seja no sistema de som Blue&Me, tentando configurar o smartphone ao dispositivo. Nota 8. Consumo – O InMetro não testou o Fiat Punto Sporting. E o computador de bordo não perdoou o motor 1.8 E.torQ e acusou média de 7,1 km/l – com gasolina – em trecho predominantemente urbano. Nota 5. Conforto – O Punto é um carro aconchegante. Os bancos são revestidos parcialmente em couro – opcional – e recebem bem o corpo. A acústica isola quase todo o ruído proveniente, principalmente, do escapamento. Com o ar-condicionado digital – opcional — é possível regular a temperatura exata. A suspensão também é eficiente e filtra as irregularidades do piso e, ao mesmo tempo, oferece um bom comportamento dinâmico. Nota 8. Tecnologia – O Punto Sporting vem com bons itens de série, como ar-condicionado, direção hidráulica, sinalização de frenagem de emergência e trio elétrico. Mas os dispositivos da moda são pagos à parte. Destaque para o teto solar Skydome, que é dividido entre dian-


teira e traseira, mas só na frente possui abertura elétrica. O sistema de som Blue&Me com Bluetooth é outro item que pode ser adquirido. Nota 7. Habitabilidade – Apesar de compacto, há lugar para quatro adultos e a adição de um quinto elemento não provoca grandes apertos. O opcional teto solar Skydome cria uma maior sensação de espaço. Já os porta-objetos não são eficientes. Existe apenas um porta-copos na frente da alavanca de câmbio que pode receber itens pessoais. O compartimento acima das saídas de ar é pouco prático. O porta-malas leva 280 litros, bem de acordo com o segmento. Nota 7. Acabamento – O Punto é um dos carros da Fiat com melhor finalização. Os plásticos pretos agradam visualmente e os encaixes demonstram qualidade na montagem. Nos painéis das portas, inclusive, há inserções de couro. Os bancos opcionalmente revestidos parcialmente em couro com o bordado “Sporting” também agregam valor à cabine. Para fechar, as pedaleiras de alumínio são vistosas. Nota 8. Design – Tirando as discretas saias laterais e as rodas de 16 polegadas com desenho interessante, o Punto Sporting tem o visual de uma pacata versão Attractive ou Essence. Não que isso seja ruim. A pequena reestilização do hatch em 2012 de um novo fôlego ao carro que surgiu em 2007 no Brasil e que já agradava no design. Mas como uma versão que traz Sporting no nome, mais algumas alterações estéticas seriam bem-vindas. Nota 8. Custo/benefício – O Punto rivaliza com os chamados hatches superiores, como Citroën C3, Peugeot 208, Hyundai HB20 e Ford Fiesta. A versão Sporting custa iniciais R$ 51.690 – BlackMotion e T-Jet são mais caras. A favor do modelo da Fiat está o motor 1.8 litro de 132 cv, enquanto os concorrentes são equipados com propulsores 1.5 ou 1.6 litro. Por outro lado, alguns rivais trazem dispositivos modernos como central multimídia com tela sensível ao toque com GPS integrado, luzes diurnas de leds, ar-condicionado digital dualzone e controles eletrônicos de tração e estabilidade por um valor bem parecido com o pedido pela marca italiana. Nota 6. Total – O Fiat Punto Sporting somou 73 pontos em 100 possíveis.


Impressões ao dirigir

Aspirações esportivas

As credenciais implícitas na versão Sporting animam em um primeiro momento. Motor 1.8 litro, transmissão manual, peso relativamente baixo do carro e um nome sugestivo. Mas uma vez a bordo do hatch, o condutor pode chegar à conclusão que não é bem assim. Os 132 cv e 18,9 kgfm máximos até conferem boa agilidade ao hatch, com saídas de sinal vigorosas e retomadas robustas, porém não resulta em corpos pressionados com força contra os bancos ou mãos suadas por causa da adrenalina. Prova disso é que o zero a 100 km/h é cumprido em 9,6 segundos com etanol no tanque – o Hyundai HB20 com motor 1.6 litro de máximos 128 cv faz em 9,3 s. Os engates do câmbio manual de cinco de marchas poderiam ser mais curtos e precisos para elevar a suposta esportividade do modelo. O fator que chega mais perto de carro genuinamente esportivos é “zumbido” que sai do escapamento. Ele começa logo ao girar ao chave e prossegue durante todo o funcionamento do carro – com destaque quando se pressiona o pedal da direita de forma mais incisiva. O ruído vicia e instiga

o motorista sempre querer acelerar mais. Porém, em viagens mais longas, o barulho incomoda. Se o desempenho do Punto Sporting não é como o nome sugere, o comportamento dinâmico é de se elogiar. O conjunto suspensivo com calibração intermediária controla as adernações da carroceria e encara trechos sinuosos com dignidade, além de dar conforto no rodar pelas esburacadas ruas brasileiras.


Ficha técnica Fiat Punto Sporting Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.747 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração. Potência: 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm. Torque máximo: 18,4 kgfm com gasolina e 18,9 kgfm com etanol a 4.500 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 9,9 s com gasolina e 9,6 s com etanol. Velocidade máxima: 190 km/h com gasolina e 193 km/h com etanol. Diâmetro e curso: 80,5 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,2:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços oscilantes fixados em subchassi e barra estabilizadora. Traseira com rodas semi-independentes, com barra de torção, barra estabilizadora integrada e amortecedores hidráulicos pressurizados. Pneus: 195/55 R16. Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EDB. Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,06 metros de comprimento, 1,69 m de largura, 1,50 m de altura e 2,51 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série e laterais e de cortina como opcional. Peso: 1.229 kg. Capacidade do porta-malas: 280 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Betim, Brasil.

Lançamento no Brasil: 2007. Reestilização: 2012. Itens de série: rádio CD/MP3 integrado ao painel com entrada USB, volante em couro com comando de rádio, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensor de estacionamento e vidros elétricos traseiros, sinalização de frenagem de emergência e duplo airbag e freios ABS. Preço: R$ 51.690. Opcionais: sistema multimídia Blue&Me com Bluetooth e comando de voz, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, teto solar, vidros elétricos traseiros com “one touch” e antiesmagamento, transmissão automatizada Dualogic Plus com DNA, ar-condicionado digital, sensor de luminosidade e chuva, retrovisor interno eletrocrômico, airbags laterais e de cortina, banco traseiro bipartido com apoia-braço central e bancos revestidos parcialmente em couro. Preço completo: R$ 65.097.


Segurança prioritária

Versão de excelência

Após antecipar a versão Sport do hatch compacto New Fiesta no Salão do Automóvel de São Paulo, a Ford segue investindo em novas versões para seu line-up. A “boa nova” agora é a versão Titanium Plus, disponível para apenas na carroceria sedã. A intenção é entregar nesta configuração itens de série que normalmente só são encontrados em carros de categorias superiores. A nova versão será a mais completa da linha e terá todos os equipamentos e acessórios já disponíveis na versão Titanium 1.6 PowerShift, que custa R$ 64.590 e traz bancos e volante em couro, rodas de liga leve 16 polegadas, sensor de chuva e de luminosidade, controle automático de velocidade e ar condicionado digital. O “Plus” do nome adiciona sistema de navegação Sync com navegador e câmara de ré com tela “touch” de 6,5 polegadas, teto solar elétrico e sete opções de cores para iluminação interna. A previsão de chegada às lojas é no início de 2015 e o preço deve beirar os R$ 70 mil.

A União Europeia acaba de dar mais um importante passo na busca pela redução do número de acidentes e mortes nas estradas. A partir do ano que vem, todos os veículos da região terão obrigatoriamente o controle eletrônico de estabilidade – também conhecido como ESP – dentro de sua lista de itens de série. Atualmente, essa tecnologia já é exigida por lei em carros de passeios e veículos comerciais leves de até 3,5 toneladas. De acordo com Gerhard Steiger, presidente da divisão Bosch Chassis Systems Control, a medida que tornou o ESP obrigatório já evitou mais de 33 mil acidentes e salvou mais de mil vidas entre países membros da União Europeia. No Brasil, no entanto, essa visão preventiva ainda é limitada. Só a partir de janeiro último se tornaram obrigatórios os airbags frontais e freios ABS nos carros produzidos no país.

Excluída

O grupo FCA – fusão entre as empresas Fiat e Chrysler – anunciou a separação da Ferrari do conglomerado. Com isso, a marca de carros superesportivos terá 10% de suas ações cotadas para o mercado americano e um mercado europeu ainda não definido, com o intuito de arrecadar capital. A operação incluirá também a marca Maserati, e o valor estimado de mercado está em torno de 2,3 bilhões de euros. Segundo o presidente da FCA, Sergio Marchionne, a Ferrari não fazia parte do planejamento dos próximos anos do grupo. Já John Elkann – presidente do conselho FCA e bisneto do fundador da Fiat, Giovanni Agnelli – acredita que a separação da Ferrari preservará a renomada herança italiana.


vitrine

fotos: divulgação

Tempos modernos Subcompacto Peugeot 108 é resultado de esforço conjunto entre PSA e Toyota

por Raphael Panaro Auto Press


A

crise vivida nos últimos anos impactou diretamente o setor automotivo na Europa. Fábricas foram fechadas, empregados dispensados e algumas montadoras amargaram grandes prejuízos. Mas esse período de dificuldades também serviu para criar soluções, como novas parcerias ou o estreitamento ainda maior dos “laços” estratégicos entre as fabricantes – principalmente na criação de modelos compactos e de baixo custo. O último caso vale para Peugeot. A empresa francesa renovou o compartilhamento de arquitetura – a parte mais cara de qualquer projeto. Dessa aliança, surgiu o novo carro de entrada: o 108, que divide a base com o Citroën C1 e com o renovado Toyota Aygo. Mostrado pela primeira vez no Salão de Genebra, na Suíça, em março –, o 108 chega para suceder o 107, ser o carro de entrada a fabricante francesa e competir com a nova “leva” de subcompactos que surgiram no continente europeu como o Volkswagen Up, Renault Twingo e Fiat Panda. No aspecto visual, o 108 traz a identidade “animal” apresentada pela Peugeot no 308. A frente tem faróis com luzes diurnas de leds que lembram um olhar felino, acompanhados da grade de três filetes e o nome da marca na borda superior. Na traseira, as lanternas remetem mais ao 208, com três fileiras – e alusão às garras de um leão. O design é completo pela tampa do porta-malas de vidro, e segue a tendência dos novos – e rivais – subcompactos, como o Renault Twingo e o Volkswagen Up europeu. Alinhada ao tamanho do carro está a motorização. O 108 conta apenas com propulsores de três cilindros. As versões de entrada são equipadas com um 1.0 litro que produz 68 cv de potência, equanto as mais potentes vem com um 1.2 litro de 82 cv. A transmissão pode ser manual ou automática, ambas de cinco marchas. Mas talvez a grande novidade do sucessor do 107 seja a inédita configuração Top. Além das quatro portas, o carrinho traz um retrátil teto solar de tecido com rebatimento elétrico, que se estende até os bancos traseiros – semelhante ao do Fiat 500C. Apesar de ser um carro de entrada da Peugeot na Europa, o

108 pode vir com interessantes equipamentos para o segmento. Ar-condicionado digital, botão de partida, seis airbags, controle de estabilidade, rodas de liga leve de 15 polegadas, além de um tela de LCD de 7 polegadas que agrega as funções da central multimídia e sistema start/stop. O modelo francês ainda pode ser totalmente personalizado. Carroceria em dois tons, rodas, adesivos e interior vêm de acordo com o gosto do proprietário. Com duas portas, o 108 parte de 10.150 euros – cerca de R$ 32 mil – em sua terra natal e chega até os 16.050 euros – em torno de R$ 50.100 – pela “top” Féline com quatro portas.


Primeiras impressões

Ar quase livre

Lisboa/Portugal – Nesta configuração, o 108 ganha outro apelo graças ao teto em lona de abertura integral e comando elétrico. Não se trata de um carro verdadeiramente conversível, mas esta esta solução permite desfrutar do prazer ter os cabelos ao vento por uma verba relativamente contida. O “porém” é que o som do motor se torna mais audível no habitáculo, do mesmo modo que aumentam os ruídos aerodinâmicos e a turbulência. Em termos de desempenho, o pequeno propulsor três cilindros de 1.199 cc impressiona pela facilidade com que sobe de giro. Os 82 cv permitem tirar bom proveito do conjunto, principalmente devido ao peso ser inferior a uma tonelada. A transmissão manual de cinco velocidades, apesar das duas últimas relações serem extremamente longas, é também uma agradável surpresa em termos de precisão e rapidez das trocas. Em percurso de estrada, o ruído típico dos tricilíndricos acaba por impor a sua presença a bordo. Por outro lado, o “apetite” do motor é relevante. Em trechos sinuosos, os apreciadores de uma condução mais dinâmica não deixarão de tirar proveito do bom torque em baixo regime e, principalmente, do chassi extremamente equilibrado e ágil. Isso tudo é aliado a uma direção direta e um freios corretamente dimensionados. No habitáculo, o espaço disponível para as pernas dos ocupantes traseiros – ainda que diminuto –, permite transportar quatro pessoas com relativo conforto. Como se trata de um modelo “low-cost”, os materiais usados e o acabamento são apenas aceitáveis – mesmo para esse segmento. Digno de registro são os bancos dianteiros bem desenhados com “ar” esportivo, encosto de cabeça integrado e razoável apoio para o corpo. A tela do sistema multimídia tem um bom tamanho e reúne quase todos os comandos, ainda que nem sempre esta solução seja a mais indicada para manter o foco na estrada. por António de Sousa Pereira do Absolute-Motors/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press


Ficha Técnica Peugeot 108 Top 1.2 Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.199 cm³, três cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro com abertura variável na admissão. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 82 cv a 5.750 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 11 segundos. Velocidade máxima: 170 km/h. Torque máximo: 12 kgfm entre 2.750 rpm. Diâmetro e curso: 77,0 mm x 78,9 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Dianteira tipo McPherson e traseira com eixo de torção. Controle eletrônico de estabilidade de série. Pneus: 165/60 R15. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Subcompacto em monobloco com quatro portas e quatro lugares. Com 3,47 metros de comprimento, 1,62 m de largura, 1,46 m de altura e 2,34 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 865 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 227 litros. Tanque de combustível: 35 litros. Produção: Kolín, República Tcheca. Lançamento mundial: 2014. Itens de série : Rodas de liga leve de 15 polegadas, central multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, controle de estabilidade, luzes diurnas de led, ar-condicionado, teto solar de tecido com rebatimento elétrico, computador de bordo, controle de cruzeiro, faróis de neblina e vidros dianteiros elétricos. Preço: 15.910 euros – o equivalente a R$ 49.700.


Estratégia segmentada

A Mercedes-Benz está disposta a marcar presença em todas as categorias de SUVs, inclusive entre os compactos. A marca alemã se prepara para mostrar no Salão de Los Angeles, que acontece neste mês, o conceito G-Code, que antecipa as linhas de um futuro utilitário esportivo pequeno, pensado para ser inserido abaixo do crossover GLA no portfólio de veículos da empresa. O modelo conta com um conjunto mecânico alimentado por

eletricidade e hidrogênio e adianta tecnologias que a MercedesBenz pretende inserir em seus modelos no futuro. Realizado pela matriz da Alemanha em parceria com a filial da China, o projeto leva carroceria capaz de captar energia solar para abastecer as baterias de íons de lítio que dão força aos motores elétricos que tracionam o eixo traseiro. Na frente, um bloco alimentado por hidrogênio se encarrega de puxar o veículo.


De fora

automundo

fotos: divulgação

para dentro

por José Macário do Absolute-Motors.com/Portugal com Márcio Maio, da Auto Press

Versão Turbo do Veloster, que chega em 2015 ao Brasil, dá mais fôlego ao cupê de três portas da Hyundai


O

Hyundai Veloster é um autêntico carro de imagem. Em todos os sentidos. O modelo causou surpresa com sua carroceria de três portas e visual esportivo. Porém, essa agressividade não ultrapassava a casca. Sob o capô, havia apenas o mesmo motor 1.6 que equipa as versões de topo do brasileiro HB20, com 128 cv. Essa potência impressiona no hatch, mas deixava demais a desejar no cupê. Agora, a marca confirmou a retomada das importações do Veloster – interrompidas no início do ano – no segundo semestre de 2015. Dessa vez, virá a configuração Turbo vendida nos Estados Unidos, capaz de atingir 204 cv. Na Europa, o modelo contempla versões menos “apimentadas”. Caso da T-GDi Style com o mesmo motor 1.6, mas que rende apenas 186 cv a 5.500 rpm e 27 kgfm aos 1.500 giros. Com esta regulagem, o Veloster é capaz de sair do zero e chegar aos 100 km/h em 8,6 segundos. E atingir uma velocidade máxima de 214 km/h. A diferença nos dados técnicos das configurações europeia e americana se dá em função de uma característica do povo do Velho Continente. Isso porque lá eles preferem saídas mais rápidas, o que fez


com que a fabricante coreana ajustasse o propulsor para entregar o torque – sempre de 27 kgfm, em ambos os continentes – mais rapidamente. No modelo vendido nos Estados Unidos, ele aparece em 1750 rpm, ou seja, 250 giros a mais. Além das mudanças no desempenho, o Veloster Turbo também ganha um ligeiro “tapa” no visual. O cupê segue exalando esportividade, mas com linhas ainda mais agressivas do que na variante normal. A grade dianteira está maior e adota um formato hexagonal, o que obrigou à reestilização do para-choques, que agora acomoda faróis de neblina redondos. Por baixo ainda existe um spoiler, que garante maior suporte aerodinâmico. De perfil, destacam-se as saias laterais mais esculpidas e as rodas de liga leve de cinco raios e aro de 18 polegadas. Já a traseira leva um defletor na parte de cima e também para-choques redesenhado. O escapamento duplo avantajado completa a imagem de esportividade. Por dentro, as alterações são menos perceptíveis. Os pedais são em metal e uma tela touchscreen de 7 polegadas facilita a operação do sistema de navegação. De resto, tudo no habitáculo permanece como antes.


Primeiras impressões

Vigor latente

Lisboa/Portugal – A habitabilidade é boa, especialmente para quem senta na posição de condução. Atrás, há pouco espaço para a cabeça dos dois ocupantes permitidos, principalmente se eles forem mais altos que 1,80 metro. Mas pior que isso é a usabilidade do porta-malas – de 320 litros de capacidade – para cargas mais pesadas, já que a tampa foi projetada de forma elevada, o que obriga a um esforço extra para carregar a bagagem. A regulagem do banco é elétrica e a coluna de direção tem ajustes de altura e profundidade. A interatividade é muito boa, visto que todos os comandos são facilmente alcançados. Em movimento, o motor do Veloster Turbo não se intimida ao pedido transmitido pelo pé direito. O bom torque de 27 kgfm já disponível aos 1.500 giros deixa o carro sempre pronto para saídas de sinal, ultrapassagens e retomadas de velocidade. A transmissão manual de seis velocidades tem funcionamento preciso e o cupê se mantém colado à estrada e sempre alinhado à vontade do condutor. Os controles de tração e estabilidade servem como rédea para segurar algum ímpeto extra induzido pelo saboroso roncar do 1.6 turbinado. por José Macário do Absolute-Motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press


Ficha Técnica Hyundai Veloster 1.6 G-TDi Style Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.591 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor e duplo comando de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível. Transmissão: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 186 cv a 5.500 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,6 segundos. Velocidade máxima: 214 km/h. Torque máximo: 27 kgfm entre 1.500 e 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 77,0 mm X 85,4 mm. Taxa de compressão: 9,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores a gás de dupla ação. Traseira semi-independente, do tipo eixo de torção com molas helicoidais e amortecedores a gás de dupla ação. Pneus: 215 / 40 R18. Freios: Dianteiros a disco ventilados e traseiros a discos maciços. Oferece ABS de série. Carroceria: Cupê em monobloco com três portas e quatro lugares. Com 4,25 m de comprimento, 1,81 m

de largura, 1,40 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e do tipo cortina. Peso: 1.330 kg. Capacidade do porta-malas: 320 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Ulsan, Coreia do Sul. Lançamento: 2012. Preço na Europa: 31.560 euros, o equivalente a R$ 99 mil.


cilindradas de quatro tempos e 13,6 cv de potência, com sistema de injeção eletrônica e Idling Stop System – que desliga o propulsor em paradas, economizando combustível –, além do sistema de freios CBS, que distribui parte da força da frenagem traseira para a dianteira. As vendas começam ainda em novembro, por R$ 8.990.

Pressão verde

Honda PCX DLX: divulgaçao

Questão de gosto

Mesmo mantendo a liderança nas vendas de scooters do Brasil, a Honda não se acomoda. A marca lança uma versão DLX para a linha 2015 de sua urbana PCX. Mas a novidade nada mais é do que uma nova combinação de cores para o modelo. Agora, além opções branca e preta perolizadas, chega a configuração com carenagem preta fosca e rodas douradas. De resto, segue o motor de 150

A preocupação intensa com as emissões de poluentes muitas vezes não leva em conta pequenas atitudes que podem melhorar a eficiência energética dos veículos. A calibragem dos pneus do carro, por exemplo. De acordo com o chefe do Laboratório de Motores do Instituto Mauá de Tecnologia, Renato Romio, um composto sem a quantidade de libras ideal pode aumentar o consumo em até 20%. Os pneus foram desenvolvidos para rodar com uma área especifica de contato. No caso da calibragem incorreta, a força de arrasto pode aumentar, o que gera a necessidade de mais força do motor e, consequentemente, implica no crescimento do consumo de combustível. Para evitar esse desperdício e aumentar a vida útil da peça, o ideal é que a calibragem seja realizada, no máximo, de 15 em 15 dias. E, preferencialmente, com os pneus frios, para que o calor não disfarce a real pressão interna.


Esforço coletivo

Foto: Comil Campione 3.25: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

transmundo

Décima edição da FetransRio reforça a importância do Brasil no mercado de ônibus

por Márcio Maio Auto Press


F

ala-se muito sobre a crise no setor automotivo nacional e ela envolve todas as categorias. Mas nem por isso o Brasil deixa de figurar entre os principais mercados mundiais. Terceiro do planeta nas vendas de ônibus, o país é foco dos grandes fabricantes globais de chassis – e as encarroçadoras brasileiras competem em condições de igualdade com as melhores do mundo. A importância do mercado brasileiro de transporte coletivo urbano e rodoviário ficou evidenciada na 10ª edição da Feira de Transportes do Rio de Janeiro, a FetransRio, realizada entre os dias 5 e 7 de outubro, no Rio de Janeiro. A Mercedes-Benz aproveitou o evento carioca para lançar seu chassi OF 1724 com câmbio automatizado, enquanto a MAN direcionou sua atenção para o VW 9.160 OD Piso Baixo. O modelo é o primeiro micro-ônibus dotado desta configuração no mercado e chega ainda com suspensão pneumática, equipado com motor Cummins ISF de 3.8 litros. A Scania preferiu dar destaque a três chassis. O K 310 6X2*4 tem aplicação urbana, 15 metros e eixo de apoio que gira para o lado oposto do eixo das rodas dianteiras, reduzindo o raio de giro em 10%. Já o K 400 6X2, com motor 13 litros de 400 cv, é uma das principais apostas para o incremento das vendas para operação de linhas rodoviárias e de turismo. Por fim, o K 310 4X2 é o mais emplacado da sueca no Brasil, voltado para fretamento e linhas curtas. A FetransRio também foi palco da entrada da Iveco no mercado de ônibus brasileiro. A marca mostrou seu chassis 170S28, projetado e fabricado no Complexo Industrial localizado em Sete Lagoas, em Minas Gerais. O modelo de 17 toneladas tem foco no transporte urbano e fretamento e seus testes de desenvolvimento envolveram mais de 1,2 milhão de quilômetros para validação dos componentes e constatação da disponibilidade do uso, além de 600 mil km percorridos por empresas do transporte de passageiros.

Iveco 170S28

Volksbus 15.190 ODR


Destaques da FetransRio BYD K9 – A chinesa Build Your Dreams, BYD, exibiu o coleti-

vo elétrico K9, montado sobre chassi Spartan K2. O ônibus já passou por testes em circulação no Brasil e tem piso baixo e rampas de acesso. O modelo se move a partir de baterias de fosfato de ferro e a autonomia é de até 320 km. Recentemente, a marca anunciou a intenção de construir uma fábrica em São Paulo.

Comil Campione 3.25 – A Comil mostra a reestilização

de seu Campione 3.25, que atua no segmento de fretamentos e linhas rodoviárias intermunicipais. O veículo conta com opção de sanitário, iluminação em leds no interior e no conjunto ótico, com luzes diurnas, e transporta até 52 passageiros. Pode ser montado sobre chassis VW 17.230 OD, Mercedes-Benz OF 1721 e OF 1724 e Volvo B270F.

BYD

Comil Campione DD – Indicado para trajetos longos,

o Campione Double Decker reúne sofisticação e conforto na carroceria de dois pisos da Comil – exibido sobre o chassis Volvo B 420R. O modelo pode se tornar sala de reunião com sofás ou virar um ambiente de diversão com mesa de jogos e bar.

Iveco 170S28 – A Iveco Bus estreia no Brasil com o chassis

170S28, montado no evento com carroceria Marcopolo G7. Fabricado em Sete Lagoas, Minas Gerais, o modelo de 17 toneladas chega em duas configurações: urbano e fretamento. O chassi recebe o motor N67, da FPT Industrial, com seis cilindros em linha, 6.7 litros e sistema SCR, capaz de gerar 280 cv. A transmissão utilizada é ZF, manual, de seis marchas.

Comil Campione DD


Scania K 400 DD – A Scania exibiu o K 400 8X2 Double

Decker, utilizado pelos atletas da Confederação Brasileira de Judô. Para reforçar a ideia de conforto – é quase um hotel sobre rodas –, o modelo conta com uma exclusiva sala de reuniões equipada com TV de leds, Blu-ray player e frigobar. Freios ABS e proteção antitombamento, além da válvula de segurança de freio de estacionamento e freio auxiliar Scania Retarder, reforçam a segurança das viagens. Também contribuem para o conforto dos passageiros as suspensões dianteira e traseira pneumáticas.

Scania K400 8X2 DD

Volvo Hibribus – A marca sueca levou para a FetransRio

sua “vedete verde”: o Hibribus, que alia motores diesel e elétrico e tem sistema start/stop. Os dois têm o mesmo torque de 81,5 kgfm. Para o público conferir as diferenças no funcionamento dos dois motores, um simulador foi instalado no estande da fabricante.

Volksbus 15.190 ODR – A marca alemã comemorou a

liderança nas entregas para o programa “Caminho da Escola” de seus mais de 15 mil Volksbus 15.190 ODR. O modelo atende às normas do ORE2, sigla para Ônibus Rural Escolar Reforçado Médio, pensado para chegar aos lugares mais remotos. O veículo tem equipamentos de acessibilidade, porta larga, vidros temperados verdes, dispositivos passa-balsa, lixeiras, porta-mochila no teto e rede nas costas dos assentos para acomodação do material escolar e é feito exclusivamente com carroceria Marcopolo. O eixo traseiro com bloqueio do diferencial facilita a transposição de atoleiros e de trajetos de difícil acesso. Já a suspensão “jungle bus” proporciona uma altura mais elevada ao veículo, tornando-o ideal para operações fora de estrada. O motor é um MAN D08 4.6 litros de 4 cilindros e 186 cv. O torque é de 71,4 kgfm.

Volvo Hibribus


Letra mágica A

BMW antecipou o lançamento dos utilitários-esportivos X5M E X6M. Os modelos serão exibidos no Salão de Los Angeles, entre os dias 21 e 30 de novembro, e mostram o mesmo visual da versão com o M Sport Package, já lançada: duas saídas duplas de ar, rodas de liga leve aro 21, para-choques

mais agressivos e tomadas de ar maiores, além de novos bancos de couro, painel revisado e volante com acabamento em alumínio no interior. A real diferença está no trem de força, com um 4.4 litros V8 com 567 cv movido a gasolina, gerenciado por uma transmissão automática de oito marchas e tração integral.


Velozes e furiosas Kawasaki Ninja H2: divulgação

C

Por Raphael Panaro auto press

Salão de Milão 2014 testemunha a voraz briga

entre as fabricantes no segmento das superesportivas

motomundo

em anos de história, 72 edições, 280 mil m² e 1.053 expositores – entre fabricantes, lojas de acessórios, peças e customização – vindos de 34 países. Estes números dão a ordem de grandeza da versão 2014 do Salão de Milão ou EICMA, sigla para Exposição Internacional de Ciclomotores, Motocicletas e Acessórios, realizado entre os dias 6 e 9 de novembro na Fiera Milano. O evento mais prestigiado do segmento duas rodas no mundo é sempre o palco principal para as marcas apresentarem produtos inéditos. E esse ano não foi diferente. O Salão de Milão viu novamente uma invasão de superesportivas, que ultrapassam a barreira dos 200 cv. E a briga clássica é entre Itália e Japão. De um lado, a Ducati 1299 Panigale de 205 cv. Do outro, três “torpedos”: o protótipo da Honda RC213V-S e a nova geração da icônica Yamaha YZF-R1 – ambas na casa dos 200 cv –, além da inédita Kawasaki Ninja H2 de absurdos 207 cv. BMW, MV Agusta, KTM e Triumph também não ficam de fora, mas pegam mais leve. A fabricante alemã levou a S1000 XR, uma variação estradeira da naked S1000 R com 160 cv e talhada para brigar com a Ducati Multistrada. De olho nesse segmento, a MV Agusta mostrou pela primeira vez a Stradale 800. Baseada da Rivale, a touring tem 115 cv de potência e adereços para encarar uma boa estrada. A austríaca KTM lançou a 1050 Adventure, um modelo “mais em conta” na gama aventureira. A inglesa Triumph fez pequenas alterações na linha da Tiger e adicionou configurações mais completas.


Destaques de Milão

BMW S1000 XR – A BMW Motorrad manteve a aposta em

variações da superesportiva S1000 RR. Depois da naked R, a divisão de motos da marca alemã mostrou em Milão a touring S1000 XR. De acordo com a fabricante, o modelo alia desempenho e conforto para viagens longas – já que a posição de condução é mais ereta. A potência é igual à da S1000 R: 160 cv a 11 mil rpm e 11,4 kgfm de torque a 9.250 giros. Controle de tração, ajustes de pilotagem e freios ABS integram os itens de série. A Motorrad também aproveitou o Salão de Milão para mostrar a renovada F 800 R. A moto ganhou um farol dianteiro em formato de diamante – e não mais dois assimétricos como antes. Já o motor dois cilindros sofreu modificações e pulou de 87 cv para 90 cv a 8 mil rpm.

Ducati 1299 Panigale – A Ducati guardou para o salão do-

méstico a inédita 1299 Panigale. O motor de 1.285 cc entrega 205 cv a 10.500 rpm – 10 cv a mais que a 1199 Panigale –, além de 14,6 kgfm de torque a 8.750 rotações. Vale ressaltar que o peso – em ordem de marcha – é de “apenas” 179 kg. Para “domar” tamanha força, a casa de Borgo Panigale promoveu alterações no chassi, suspensão e eletrônica. A 1299 Panigale conta com três modos de pilotagem, freios ABS, controle de tração, um sistema que evita que a roda dianteira empine e um sistema quickshift, que dispensa o uso de embreagem, tanto nas subidas quanto nas reduções de marcha. A versão S ganha amortecedores ativos e discretas alterações no visual. A Ducati ainda mostrou a reestilizada Multistrada e recémlançada Scrambler, que chega ao Brasil em 2015.


Honda RC213V-S Prototype – Com direito à presença

do atual e mais novo bicampeão da MotoGP – a principal competição duas rodas do mundo – Marc Marquez, a Honda foi à Itália mostrar a RC213V-S Prototype. O conceito, que já demonstra linhas muito perto da realidade, será uma versão legalizada de rua da moto utilizada por Marquez nas pistas. As especificações técnicas não foram reveladas, mas o protótipo deve ser equipado com o mesmo motor V4 de 1.000 cc, mas com potência na casa dos 200 cv – na MotoGP chega a 240 cv.

Kawasaki Ninja H2 – A moto-conceito H2R de impression-

antes 305 cv apresentada recentemente no Salão de Colônia, da Alemanha, serviu para deixar os aficcionados pela marca japonesa ainda mais ansiosos pela versão de produção. E a Kawasaki não decepcionou. Mostrou a supermoto, chamada apenas de H2 – e conservou grande parte das linhas altamente ousadas – com direitos a aletas aerodinâmicas. O motor quatro cilindros de 998 cc também permaneceu, mas a potência foi enormemente reduzida. Dotada de um compressor, ela chega a 205 cv. Sem a admissão induzida de ar, a potência cai para “vulgares” 197 cv. O torque é de 13,5 kgfm. A eletrônica também é respeitável: assistente de arrancada, controle de tração com três modos e transmissão quickshift.


MV Agusta Stradale 800 – A Strad-

ale 800 é a versão touring de uma das motos considerada mais bonitas de todas: a Rivale. A estratégia é a mesma que a Ducati seguiu com a Hyperstrada – configuração estradeira da Hypermotard. As principais diferenças em relação à Rivale estão no para-brisas, bolsões laterais com luzes embutidas e as três ponteiras do escapamento quadradas – em vez de ovaladas. O motor é o conhecido três cilindros de 798 cc, mas na Stradale ele foi “amansado”. São 115 cv a 11 mil rpm – 10 cv a menos. O torque é de 8 kgfm a 9 mil giros.


KTM 1050 Adventure – A marca

austríaca levou para Milão uma opção mais acessível das aventureiras. A 1050 Adventure chega para ser o modelo de entrada no segmento, já que conta com a 1190 e 1290 Adventure. Com um propulsor de 1.050 cc e 95 cv, o modelo traz, de série, controle de tração e freios ABS. Em junho último, a KTM anunciou a volta ao Brasil e, a partir de dezembro, entra no mercado com nove motocicletas – uma delas será a 1190 Adventure. Até 2015 serão 14 modelos.


Triumph Tiger XRx – A britânica Triumph expandiu a

linha da aventureira Tiger com mais versões. Além da conhecida off-road XC – com discretas mudanças estéticas, a marca mostrou a XR, voltada para o asfalto. Já a XRx e a XCx são versões mais completas que ganham de série, itens que são opcionais em outras configurações. Alguns deles são cavalete central, parabrisa ajustável, protetores de mão, piscas desligáveis automaticamente e protetor de motor. O propulsor continua intacto. O três cilindros em linha entrega 95 cv a 9.250 rpm e 8 kgfm de torque a 7.850 rotações.

Yamaha YZF-R1 – Se a Honda levou Marc Márquez para

Milão, a Yamaha tinha Valentino Rossi. Ao lado de executivos da marca japonesa, o heptacampeão da MotoGP revelou a nova geração da mítica superesportiva R1. Com traços da YZF-M1, moto de competição usada por Rossi e Jorge Lorenzo, a R1 traz luzes de led embaixo da carenagem dianteira e acima dos faróis principais. Já o escapamento converge para uma única saída na lateral direita. A Yamaha manteve o motor quatro cilindros de 998 cc com a tecnologia crossplane, mas ganhou novidades como as bielas e válvulas de admissão feitas de titânio e pistões forjados. O resultado é um ganho de potência: 200 cv – 18 cv a mais que a anterior. Com 199 kg em ordem de marcha – um ganho de 15 kg –, a superesportiva ainda traz controles de tração e de derrapagem, modos de pilotagem, câmbio quickshift e freios ABS unificados. A marca dos três diapasões ainda levou uma edição especial mais hardcore e voltada para uso em pista da R1, batizada de R1M, com diversas peças em fibra de carbono. Outra estreia foi a MT09 Tracer, uma versão touring da naked tricilíndrica de mesmo nome e a YZF-R3, para competir com a Kawasaki Ninja 300.


Volkswagen Cross Up: divulgação

Repouso forçado –

Devido aos resultados negativos apresentados pelas vendas do setor automotivo nacional, a Chevrolet suspendeu o contrato de 850 funcionários da fábrica de São Caetano do Sul por cinco meses. A medida foi uma alternativa apresentada em negociação com o sindicato, uma vez que a idéia principal era a demissão de 1.070 trabalhadores considerados excedentes pela marca.

No limiar do milhão – De acordo com dados do Pro-

con de São Paulo, o número de veículos que sofreram recall nos dez primeiros meses de 2014 atingiu 941.700 unidades no país. Este resultado representa um aumento de 71% em comparação com o mesmo período do ano passado. Problemas com airbags lideram o ranking de chamados, com 186.500 unidades.

Efeito visual –

A Volkswagen quer usar o fetiche aventureiro que povoa a imaginação do consumidor nacional para empurrar seu compacto Up nas concessionárias. Para isso, a marca alemã já vende o Cross Up, que dá uma maquiagem off-road ao modelo, mas não inclui qualquer alteração mecânica para uso na terra – nem mesmo pneus de uso misto ou de perfil mais alto. O preço inicial é de R$ 38.040, mas por esse valor não traz nem ar-condicionado. O carro completinho sai da loja por elevados R$ 48.360. Estrela do oriente – Para agradar aos padrões estéticos chineses e tentar ampliar a participação no maior mercado automotivo do globo, o grupo Daimler abriu um centro de pesquisa e desenvolvimento em Pequim. A iniciativa sinaliza um compromisso da Mercedes-Benz em diminuir a larga vantagem no número de vendas das concorrentes Audi e BMW, que alcançaram 581 mil e 448 mil unidades respectivamente no país oriental, contra 291 mil da marca da estrela.

Plano de expansão –

A Ducati está disposta a expandir suas vendas no Brasil – país onde o segmento de motos de alta cilindrada segue em crescimento. Tanto que a marca italiana já se prepara para inaugurar mais duas lojas: uma em Recife, em Pernambuco, outra em Natal, no Rio Grande do Norte. A ação marca a entrada da fabricante no Nordeste e, com ela, a Ducati passará a ter 11 showrooms espalhados pelo território nacional.

Arrancada feroz – A Maserati vem se destacando no mer-

cado global com suas vendas recentes. A fabricante italiana fechou o terceiro trimestre de 2014 com lucro de 90 milhões de euros, cerca de R$ 282 milhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a marca do tridente cresceu mais que o dobro – eram 43 milhões de euros entre julho e setembro de 2013. Essa alavancagem se deve principalmente aos sedãs Ghibli e Quattroporte. De janeiro a setembro deste ano, a Maserati comercializou 26.428 carros em todo o mundo, contra 7.548 nos nove primeiros meses de 2013.


Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 1, Número 27, 7 de novembro de 2014 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.144 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raphael Panaro redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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