Revista autopress 41

Ano 1, NĂşmero 41, 13 de fevereiro de 2015

P equenos fetiches V C U

olkswagen ross p usa sutis detalhes estĂŠticos para sensibilizar quem simpatiza com o estilo aventureiro

E ainda: Honda Civic 2016 Jeep Renegade Audi TT Fiat Doblò Cargo Gogoro Smartscooter

Sumário

EDITORIAL

Sacode a poeira

Os hatches compactos aventureiros são cada vez mais comuns no mercado brasileiro. E a Revista Auto Press dessa semana traz uma avaliação completa do mais recente representante desse segmento: o Volkswagen Cross Up. A edição também destaca a volta da versão topo de linha EXR do Honda Civic. Com mais equipamentos, o sedã quer fazer frente ao líder do segmento Toyota Corolla.

Prometendo fazer barulho entre os utilitários compactos e prestes a desembarcar no Brasil, o Jeep Renegade faz uma breve escala na Califórnia, nos Estados Unidos, onde foi posto à prova.

Pulando para a Europa, o novo Fiat Doblò Cargo foi testado na Itália. Com visual repaginado, o comercial leve está mais disposto do que nunca para encarar o trabalho.

Ainda na Europa, a nova geração do Audi TT acelerou nas estradas portuguesas. O cupê alemão, agora montado sobre a popular plataforma modular do Grupo Volkswagen, a MQB, traz novas tecnologias embarcadas. O modelo ainda deve desembarcar em breve ao Brasil. No mundo duas rodas, uma empresa taiwanesa apresentou uma scooter elétrica inteligente. Em vez de a recarga ser feita por meio uma tomada convencional, a startup oriental pensou em outra solução. Quando a autonomia estiver no fim, uma simples troca de bateria resolve o problema.

Boa leitura!

Edição de 13 de fevereiro 2015

03 - Volkswagen Cross Up

25 - Audi TT

12 - Honda Civic 2016

31 - Fiat Doblò Cargo

18 - Jeep Renegade Trailhawk

37 - Gogoro Smartscooter

Toques

teste

Fotos: Isabel Almeida/CZN

rústicos PorMárcio Maio Auto Press

Detalhes de estilo dão um insuspeito aspecto aventureiro ao pequeno e urbano Volkswagen Cross Up

O

mercado automotivo brasileiro aposta cada vez mais no nicho de compactos aventureiros. Na maioria das vezes, tratam-se de modelos urbanos e sem qualquer habilidade “off-road” – ou praticamente nenhuma. Mas a simples estética lameira ajuda a cativar o público que vive na rotina estressante das cidades, porém gosta de se imaginar em situações onde a adrenalina e a aventura imperam. Disposta a aumentar as vendas de seu modelo de entrada, a Volkswagen decidiu aderir à moda – que já é utilizada nos hatches Gol e Fox. E assim o pequeno Up ganhou sua mais nova configuração: a Cross Up, lançada no Salão do Automóvel de São Paulo.

A versão aventureira do Up traz, na dianteira e traseira, apliques prateados nos para-choques e na parte inferior deles, com aros cromados para os faróis de neblina na frente. A lateral ganha proteção em plástico preto nas caixas de roda. E as rodas são de liga leve e com desenho exclusivo da versão. Há ainda faixas laterais também em plástico preto, que protegem as portas e trazem o emblema da versão. Destaca-se também o rack de teto exclusivo desta configuração, que leva a mesma tonalidade presente nos para-choques, assim como a carenagem dos retrovisores externos. No geral, as mudanças deram ao carro um aspecto sutilmente mais másculo.

Os poucos diferenciais em relação ao Up comum podem até ser puramente estéticos, mas renderam à versão Cross um “efeito colateral” bem prático e interessante. O Cross Up foi eleito pelo Cesvi – Centro de Experimentação e Segurança Viária – o melhor automóvel nacional em seu índice de reparabilidade, com uma nota jamais conseguida por outro modelo: 10, o máximo que se pode conquistar. O Cross Up superou as outras versões do Up, que já ostentavam média 11 - neste índice, vale quem tem menos pontos no intervalo onde 10 é a melhor opção e 60, a pior.

Por dentro, as novidades da versão são extremamente sutis. O volante é revestido em material similar a couro, assim como as ala-

vancas de câmbio e do freio de estacionamento – igual à versão de topo High. Os bancos levam um revestimento exclusivo em tecido com faixa lateral em vinil e o nome da versão gravado no encosto.

E o painel possui alguns poucos detalhes também em prateado.

O pacote do Cross Up é baseado na versão de topo, a High.

De série, traz pneus de baixa resistência ao rolamento, computador de bordo com 10 funções, limpador, lavador e desembaçador traseiro; banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura, faróis e lanterna de neblina, bancos revestidos em tecido exclusivo com faixa em vinil, chave do tipo “canivete” com alarme e comando remoto, direção elétrica, travas, vidros dianteiros e retrovisores elétricos e sensor de estacionamento traseiro. Ar-condicionado, em compensação, é vendido como opcional.

Escondido sob o capô está o mesmo motor 1.0 tricilíndrico que equipa as outras versões do modelo. O propulsor é bicombustível e tem bloco e cabeçote feitos de alumínio, o que reduz o peso do conjunto. Com duplo comando de válvulas no cabeçote e variação na admissão, ele entrega 82 cv quando abastecido com etanol e 75 cv com gasolina no tanque. O torque máximo é de 10,4 kgfm a 3 mil rpm com etanol e de 9,7 kgfm à mesma rotação, com gasolina. Mas já a partir de 2 mil giros ficam disponíveis 85% do torque máximo. Para completar o trem de força, o Cross Up traz de série um câmbio manual de cinco marchas. E pode ser equipado, opcionalmente, com transmissão automatizada também de cinco velocidades.

O preço inicial do Cross Up é R$ 40.790. Mas, por esse valor, o modelo não entrega ar-condicionado – item quase que obrigatório para o conforto dos passageiros em um país com clima tropical – e nem sistema de som. Ao ser configurado completo, incluindo o sistema de entretenimento Maps&More, com navegador GPS, essa etiqueta sobe para R$ 46.059. Por esse preço, a aventura pode começar já na hora de pedir um orçamento na concessionária.

Ponto a ponto

Desempenho – O motor que empurra a versão Cross do Up é o mesmo três cilindros que equipa as outras configurações da linha. E sempre com desenvoltura. Nenhum elemento que pudesse promover um comportamento mais eficiente nas trilhas foi alterado. Ou seja, trata-se de um apelo exclusivamente estético – e que eleva o peso do carro em 50 kg, passando de 910 kg para 960 kg. De qualquer forma, as ultrapassagens e retomadas são feitas com eficiência, assim como as saídas de sinal. Nota 8.

Estabilidade – Em uma tocada menos agressiva, até 100 km/h, o modelo se comporta bem. As quatro rodas ficam grudadas no chão e as rolagens de carroceria são praticamente nulas.

Mas ao se exigir um pouco mais do carrinho, é preciso ter as mãos mais firmes no volante, principalmente nas curvas. Nota 7.

Interatividade – O painel do Up é charmoso, mas demasiadamente simples. Os comandos são bem poucos e, com isso, já era de se esperar que todos estivessem localizados em áreas de fácil acesso. O visor do computador de bordo no painel é pequeno e as saídas de ventilação têm um formato diferente na região central. Ao contrário das laterais, que jogam o ar para os passageiros, as do meio se direcionam para o para-brisa e o teto da cabine. É inusitado e causa um estranhamento inicial.

Nota 6.

Consumo – O Programa de Etiquetagem do InMetro registrou 9,1 km/l e 10 km/l com etanol e 13,4 km/l e 14,3 km/l com gasolina, respectivamente, nos ciclos urbano e rodoviário.

Os números renderam nota “A” tanto no segmento quanto no geral. Seu índice de consumo energético ficou em 1,56 MJ/km.

Nota 10.

Conforto – Com 1,50 metro de altura, o Up garante certa folga aos ocupantes com estatura avantajada – inclusive na traseira, em comparação com outros modelos compactos. Mas a suspensão firme castiga um pouco os passageiros por não absorver tão bem os impactos causados pelos desníveis das ruas brasileiras. O motorista também sente uma vibração incômoda do motor em baixas rotações e, principalmente, com o carro parado. Bancos dianteiros são pouco confortáveis e cansam em trajetos longos e os vidros, na parte de trás, não são elétricos nem como opcionais. Nota 6.

Tecnologia – A plataforma é a PQ12 – ou NFS, de New Small Family. É uma das mais recentes da Volkswagen, com boa rigidez torcional e excelente programação de áreas de deformação.

Tanto que o modelo ganhou nota máxima em testes de impacto. O motor três cilindros de 1.0 litro também é moderno, eficiente e bem econômico. Nota 8.

Habitabilidade – Há bons espaços para guardar as coisas que precisam ficar mais próximas das mãos do condutor e do carona. O porta-malas leva bons 285 litros e o eficiente ângulo de abertura das quatro portas facilita o acesso a todos os lugares.

Nota 7.

Acabamento – O Cross Up é um tanto dúbio nesse quesito.

Há plásticos por toda a parte e o habitáculo é extremamente simples. Porém, não deixa a impressão de estar faltando nada, de ter espaços vazios. Os bancos têm revestimento exclusivo de tecido com laterais de vinil e a alavanca do câmbio traz o nome da versão na parte superior, junto do mapa das marchas.

De maneira geral, os materiais são de qualidade aparentemente

boa, com encaixes bem feitos. Nota 6.

Design – O Up já é um carro com certa personalidade, principalmente graças à ausência de grade dianteira. Mas sua versão Cross se diferencia pelos detalhes prateados nos para-choques, retrovisores e rack de teto, apliques de plástico preto nas caixas de roda e soleiras e rodas esportivas. É uma tentativa de visual aventureiro, que efetivamente deu ao carro um aspecto um pouco mais robusto. Mas não chega a impressionar. Nota 7.

Custo/benefício – A Volkswagen cobra caro pelo Cross Up. Inicialmente, custa R$ 40.790, mas não traz de série o ar-condicionado e nem sistema de som. Completo, inclusive com sistema de entretenimento com navegador GPS, vai a R$ 46.059.

Um Fiat Uno Way 1.0 – que tem a mesma proposta aventureira – equipado à altura, mas sem GPS, custa R$ 42.262. Nota 4.

Total – O Volkswagen Cross Up somou 69 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigir

Questão de aparência

O visual do Volkswagen Cross Up insinua alguma vocação lameira. Mas, na verdade, exceto pela presença ostensiva de plástico preto na carroceria, detalhes prateados e uma roda especial para a versão, nada nele explicita qualquer capacidade para ser usado fora da estrada. A versão não passa de um Up que recebeu uma leve “maquiagem”. Não há diferenças na altura ou nos pneus e nem na suspensão. Puro marketing para tentar atrair o público que desde sempre foi foco principal do modelo: os jovens.

Por dentro, poucas coisas mudam. Bancos diferentes e inscrição da versão na alavanca do câmbio resumem as novidades.

O que nem é tão ruim, já que a ergonomia do Up agrada e seus comandos são bem intuitivos e fáceis de usar. Exceto pelo opcional sistema de navegação, que confunde bastante os usuários nas primeiras vezes de uso para procurar um endereço.

A verdade é que o principal trunfo do carro é o mesmo de todas as suas outras versões: o motor 1.0 de três cilindros. Seu desempenho é bem acima da média dos concorrentes no segmento de carros de entrada. Faz até parecer que erraram os números da ficha técnica. Dificilmente decepciona quem está ao volante, facilitando ultrapassagens, retomadas e até subidas de ladeiras. O câmbio manual de cinco marchas tem engates precisos e trabalha em bastante sintonia com o propulsor.

No trânsito urbano, o compacto se comporta muito bem, mostrando uma agilidade que impressiona. Em velocidades elevadas, acima de 100 km/h, por exemplo, convém ter mais firmeza ao segurar o volante, já que a direção é bastante leve e demanda algumas poucas correções. Mas, de uma maneira geral, a sensação de segurança é constante.

A suspensão é a típica da Volkswagen, firme e eficiente. Mas com uma absorção de impactos que deixa um pouco a desejar.

Encarar a buraqueira das ruas brasileiras com ele resulta em certo desconforto. Outro detalhe que prejudica o conforto é a disposição das saídas centrais do ar-condicionado, direcionadas para o teto. E os passageiros de trás podem sentir falta de contar com vidros elétricos, já que o modelo só oferece esse conforto aos ocupantes dianteiros.

Ficha técnica Volkswagen Cross Up

Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

Potência máxima: 82 e 75 cv a 6.250 rpm com etanol e gasolina.

Torque máximo: 10,4 e 9,7 kgfm a 3 mil rpm com etanol e gasolina.

Aceleração de 0 a 100 km/h: 13 e 13,2 segundos com etanol e gasolina.

Velocidade máxima: 161 e 160 km/h com etanol e gasolina.

Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 11,5:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção, com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.

Pneus: 185/60 R15.

Freios: Discos ventilados na frente e discos à tambor atrás. Oferece ABS com EBD de série.

Carroceria: Hatch compacto em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 3,60 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,50 m de altura e 2,42 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.

Peso: 960 kg em ordem de marcha.

Capacidade do porta-malas: 285 litros.

Tanque de combustível: 50 litros.

Produção: Taubaté, Brasil.

Lançamento mundial: 2011. Lançamento no Brasil: 2014.

Itens de série: Pneus de baixa resistência ao rolamento, computador de bordo com 10 funções, limpador, lavador e desembaçador traseiro; banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura, faróis e lanterna de neblina, bancos revestidos em tecido exclusivo com faixa em vinil, chave do tipo “canivete” com alarme e comando remoto, direção elétrica, travas, vidros dianteiros e retrovisores elétricos e sensor de estacionamento traseiro.

Opcionais: Ar-condicionado, rádio com CD/MP3/Aux/Bluetooth, sistema de entretenimento com tela sensível ao toque.

Preço: R$ 40.790.

Preço da versão testada: R$ 46.059.

Cinquentinha

Mesmo com o mercado de vendas automotivas em queda no Brasil, o Ford Ka já é um dos melhores negócios da fabricante americana nos últimos anos. Depois de apenas cinco meses de seu lançamento, o hatch compacto conseguiu emplacar mais de 50 mil unidades. Tal feito coloca o veículo na sétima posição no quadro dos mais vendidos do Brasil. Sua versão sedã, o Ka +, foi lançada posteriormente e também se sai relativamente bem, com dez mil unidades comercializadas.

Ambos os modelos são disponibilizados com motores 1.0 e 1.5 e possuem grande lista de itens de série, como ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico e rádio com Bluetooth. A linha Ka ainda apresenta em suas versões superiores tecnologias como sistema de conectividade Sync, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e assistência de emergência com App Link – que efetua uma ligação automática para o Samu em caso de acidente.

Resposta

autoperfil

Fotos:Raphael Panaro/CZN

à altura

por Rapahel Panaro auto press

Honda retoma venda da versão topo EXR do Civic 2016 para voltar à liderança do segmento de médios

F

oram longos meses de espera. Depois de ficar de fora do facelift do Civic em junho, a configuração “top” EXR volta a ser comercializada pela Honda no mercado brasileiro. E chega logo com uma difícil missão pela frente. O objetivo é ajudar o sedã a recuperar a liderança do segmento de médios – posto atualmente ocupado pelo Toyota Corolla. Para isso, a marca japonesa apostou suas fichas em uma combinação que promete fazer barulho: tecnologia e preço. A configuração mais cara do Civic agora parte de R$ 88.400 – o do rival, a Altis, começa em R$ 96.330. O preço R$ 10 mil acima da versão intermediária LXR – que custa R$ 78.400 – é explicado em grande parte por nova uma central multimídia com monitor LCD escamoteável de sete polegadas. Esse dispositivo traz GPS integrado com informações de trânsito das principais capitais do país – inicialmente só disponíveis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. O sistema ainda possibilita a conexão Wi-Fi com o uso de browser para acesso à internet – quando o veículo não estiver em movimento –, além da conexão Bluetooth.

Outro diferencial da tecnologia é uma inédita entrada HDMI. Ela permite a reprodução de áudio, vídeo e imagens em alta definição por meio de dispositivos como notebooks, câmeras digitais, smartphones, entre outros.

Também existem agora duas entradas USB, além do CD player e da entrada auxiliar. Já a câmara de ré segue a tendência de Fit e City e passa a ter três modos de visão – normal, com campo ampliado e de cima para baixo –, incluindo a função de guia dinâmica, na qual a linha de

guia acompanha a rotação do volante. O Civic EXR ainda traz controles eletrônicos de estabilidade e tração, direção elétrica progressiva e o assistente de rampa – que passam a ser itens de fábrica também na intermediária LXR. Já o teto solar e os airbags laterais e de cortina são restritos à configuração “top”.

Quanto ao visual, a versão EXR se assemelha às sutis mudanças recebidas no meio do ano passado pelas configurações LXS e LXR. Grade frontal diferenciada, barra cromada na tomada de ar do para-choque, farol de neblina em formato circular e rodas de liga leve de 17 polegadas.

A topo da gama ainda conta com maçanetas cromadas enquanto na LXR elas são da cor da carroceria. Já o interior conta com uma parte do painel em preto e acabamento em pintura metalizada na moldura do painel de instrumentos.

O que não sofreu alteração na gama 2016 do Honda Civic é a oferta de motores. A versão LXS continua ser empurrada pelo 1.8 litro flex i-VTEC de 139 cv a 6.200 rpm e 17,5 kgfm de torque a 4.600 giros com gasolina. Com etanol, os números sobem pouco: 140 cv a 6.500 rotações e 17,7 kgfm de torque a 5 mil rpm. Já nas configurações LXR e EXR, quem dá as cartas é o propulsor também bicombustível, mas 2.0 litros i-VETEC de máximos 155 cv a 6.300 rpm e 19,3 kgfm de torque. Quando abastecido com gasolina, a potência fica em 150 cv e o torque, em 19,5 kgfm. Todas as versões dispensam o “tanquinho” para partida a frio e contam com a transmissão automática de cinco marchas – sendo que na básica LXS ainda há a opção de um câmbio manual de seis velocidades.

Primeiras impressões

Múltiplas percepções

Indaiatuba/SP – Se não fossem as letras EXR na traseira, seria difícil identificar de que se trata de uma versão topo de linha do Honda Civic. Isso porque o modelo recebeu o mesmo pacote visual já adotado nos seus companheiros de gama. Mas com um olhar mais cuidadoso logo as discretas diferenças externas aparecem. A configuração conta com teto solar exclusivo e as quatro maçanetas são elegantemente cromadas.

Quando se entra no modelo, a confirmação imediata de que a configuração é realmente a “top” de linha vem através da tecnologia. Uma grande tela multimídia de sete polegadas está cravada no meio do painel. E é ela que dá o tom à “nova” versão EXR. Isso porque tem o manuseio extremamente fácil com a tela sensível ao toque e também capacitiva – que aceita movimentos iguais aos feitos em smartphones. A central ainda traz diferenciais como entrada HDMI, que espelha imagem e reproduz o som de aparelhos celulares – somente com o carro parado – , além de aceitar conexão com internet via Wi-Fi. Há ainda duas entradas USB. O GPS integrado é um capítulo à parte. É extremamente simples e intuitivo o uso do recurso. Tudo facilitado pela grande tela de excelente visualização. Ele ainda traz um item interessante. É possível escutar música durante uma rota selecionada e durante o percurso, as indicações sonoras de direção são transmitidas apenas pelo alto-falante do condutor, enquanto as outras caixas de som mantém o áudio musical. Em movimento, o Civic continua competente. O motor 2.0 de máximos 155 cv move o sedã com destreza.

O modelo ainda confere muito conforto a quem vai a bordo sem comprometer seu equilíbrio dinâmico. Para os motoristas que se empolgam na direção, os controles eletrônicos de tração e estabilidade estão presentes para garantir a ordem – sem esquecer os seis airbags que também acompanham a versão.

Ficha técnica Honda Civic 2016

Motor 1.8 (LXS): A Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.799 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável de válvulas e comando simples no cabeçote.

Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

Potência máxima: 139 cv (gasolina) a 6.200 rpm e 140 cv (etanol) a 6.500 mil rpm.

Torque máximo: 17,5 kgfm (gasolina) a 4.600 rpm e 17,7 kgfm (etanol) a 5 mil rpm.

Diâmetro e curso: 81 mm X 87,3 mm. Taxa de compressão: 10,6:1.

Transmissão: Manual de seis marchas à frente e uma a ré ou automática de cinco marchas à frete e uma a ré. Tração dianteiro.

Motor 2.0 (LXR e EXR): A Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável de válvulas e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

Potência máxima: 150 cv (gasolina) e 155 cv (etanol) a 6.300 rpm.

Torque máximo: 19,3 kgfm (gasolina) a 4.700 rpm e 19,5 kgfm (etanol) a 4.800 rpm.

Diâmetro e curso: 81,0 mm x 96,9 mm. Taxa de compressão: 11,0:1.

Transmissão: Câmbio automático de cinco velocidades à frente e uma a ré, com trocas manuais no volante. Tração dianteira.

Controle eletrônico de tração.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo multilink. Oferece controle eletrônico de estabilidade nas versões LXR e EXR. Pneus: 205/55 R16 (LXS) e 205/50 R17 (LXR e EXR).

Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quarto portas e cinco lugares. Com 4,52 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,45 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. Tem airbags frontais de série nas versões LXS e LXR e frontais, laterais e de cortina na EXR. Peso: 1.240 kg (LXS MT), 1.274 kg (LXS AT), 1.298 kg (LXR) e 1.325 kg (EXR).

Capacidade do porta-malas: 449 litros.

Tanque de combustível: 57 litros.

Produção: Sumaré, São Paulo.

Lançamento mundial: 1972.

Lançamento no Brasil: 1992.

Lançamento da atual geração no Brasil: 2012. Reestilização: 2014.

Preço: R$ 70.900 (LXS MT), R$ 73.900 (LXS AT), R$ 78.400 (LXR) e R$ 88.400 (EXR), com adicional de R$ 1.200 para pintura metálica/perolizada.

Risco de fogo A Honda surpreendeu 604 proprietários do monovolume Fit nesta semana. A marca japonesa convocou-os para a substituição preventiva do tanque de combustível do veículo.

O chamado engloba unidades produzidas entre 18 de agosto e 30 de outubro de 2014, ou seja, já da linha 2015 do modelo compacto.

De acordo com a fabricante, há falha na solda do bocal próximo ao tanque que pode provocar vazamento de combustível. Em situações extremas, existe risco de incêndio no carro.

O reparo pode ser feito gratuitamente em qualquer autorizada da Honda, já a partir do dia 16 de fevereiro. Para efetuar o agendamento é necessário entrar no site da marca ou ligar para a central de atendimento, no telefone 0800 701 3432.

Expansão ecológica

Dose de raiva

Após ser apresentado como uma das principais novidades da Chevrolet no Salão de Detroit, no mês passado, o Bolt teve sua fabricação agendada. A fabricante anunciou que o compacto elétrico terá previsão inicial de 25 mil a 30 mil unidades construídas por ano e que sua produção será inicializada em meados de 2016.

O Bolt deve manter a estética exibida como conceito, incluindo o formato de monovolume e a nova identidade visual da marca americana. A plataforma deverá ser a mais recente da base Gamma – a mesma que será utilizada pela próxima geração do Sonic. O Bolt possui autonomia de 330 km, embora não tenha sido revelado seu conjunto mecânico.

A Kia se prepara para mostrar no Salão de Genebra, no mês que vem, o protótipo do novo Optima. O sedã ganhará um visual um pouco mais esportivo, com linhas arrojadas e avantajadas rodas montadas em pneus de perfil baixo. Outro detalhe esperado é o uso de quatro saídas de escapamento e largas entradas de ar nos para-choques.

Sob o capô, tudo indica que o modelo receberá duas opções de motorização. Uma é um motor 2.0 turbo e a outra é um 2.4 aspirado. Existem ainda planos de lançar uma configuração híbrida, provavelmente aliando um motor elétrico a outro diesel de 1.7 litro. Os planos da marca coreana envolvem ainda um sistema de sobrealimentação com turbina movida a eletricidade.

vitrine

fotos: divulgação

Breve escala na Califórnia por Rubén Hoyo do Autocosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press

Às vésperas de estrear no Brasil, o Jeep Renegade mostra seu valor nas estradas e trilhas do Oeste norte-americano

A

Jeep vive uma excelente fase.

Fechou 2014 com vendas globais superiores a um milhão de unidades, um marco histórico.

E, ao que tudo indica, parece que os bons tempos estão apenas no começo.

Isso porque está prestes a lançar em novos mercados – incluindo o Brasil – seu mais recente produto: o SUV compacto Renegade. O modelo já é fabricado em Melfi, na Itália, mas começará a sair da linha de produção da planta de Goiana, em Pernambuco, já em março de 2015.

Em abril, estará nas concessionárias de todo o Brasil.

O processo de concepção e fabricação do Renegade foi bastante atípico, em se tratando de um autêntico Jeep.

Ele usa uma nova plataforma, chamada Small Wide, que foi desenvolvida em conjunto por engenheiros da Chrysler e da Fiat. Já o design foi projetado por uma equipe multidisciplinar, composta por pessoas de diferentes partes do mundo justamente para tentar garantir que o Renegade atraia a atenção de vários tipos de consumidores, quer na Europa, Ásia ou Américas.

A grade frontal se localiza entre os faróis arredondados, dividida em sete

barras verticais que, olhadas em conjunto, criam uma imagem retangular.

Para-lamas e capô seguem formas quadradas e ângulos bem marcados. O padrão é mantido na traseira, nas lanternas e tampa do porta-malas – sem o estepe – com traços mais retos. Dentro das lanternas pode se ver um “X” que também é inserido no interior do carro, nos porta-copos do console central. E o habitáculo reforça a aposta nas formas retas do exterior em elementos como as molduras de caixas de som, das saídas laterais do ar-condicionado e da tela do sistema de entretenimento inserido no modelo.

No Brasil, o Renegade chegará com três versões de acabamento, duas opções de motor, três tipos de câmbio, três tipos de tração e boa relação de equipamentos. Sob o capô, as opções serão o motor flex 1.8 E.TorQ – já usado por aqui na linha Fiat, em carros como a picape Strada Adventure e o hatch médio Bravo –, de 132 cv, e o inédito diesel turbo 2.0 MultiJet II, de 170 cv.

A transmissão poderá ser manual de cinco marchas ou automática de seis ou de nove marchas. E a tração poderá ser 4X2 dianteira ou 4X4. As versões de

acabamento serão Sport, Longitude e Trailhawk. Nos Estados Unidos – onde a avaliação do modelo foi realizada – há opções com o motor 1.4 turbo de 160 cv ou um 2.4 de 184 cv, ambos a gasolina.

O novo Jeep também oferece soluções tecnológicas e de segurança antes disponíveis só em modelos maiores. Caso do freio de estacionamento elétrico, monitores de ponto-cego nos retrovisores laterais, sete airbags e sistema de entretenimento Uconnect com tela sensível ao toque de 6,5 polegadas, além de uma tela multifuncional de TFT de 7 polegadas no centro do quadro de instrumentos. Haverá ainda a possibilidade de contar com sistema ParkAssist, que estaciona o carro em vagas paralelas e perpendiculares, quase sem intervenção do motorista.

Características que prometem fazer a diferença na briga com modelos como o Ford EcoSport e o Renault Duster.

A Jeep ainda não divulga os preços do modelo no Brasil, mas estima-se que eles comecem entre R$ 65 mil e R$ 68 mil, alcançando algo perto de R$ 115 mil na configuração de topo, a Trailhawk. (Com a colaboração de Márcio Maio/Auto Press).

Primeiras impressões

Para todo terreno

por Rubén Hoyo do AutoCosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press

Califórnia/Estados Unidos – O Renegade é um Jeep, ou seja, já é de se esperar um desempenho eficiente no segmento off-road. E a versão responsável por entregar isso é a Trailhawk, que excede todas as expectativas anteriores à avaliação. Esta configuração tem elementos exclusivos para melhorar os ângulos de ataque e liberação, suspensão mais elevada, pneus especiais para 4X4 e controle de descida de morro, entre outras vantagens. Sem contar com os equipamentos ligados à segurança, que chamam atenção no segmento de utilitários compactos.

O percurso escolhido para o teste incluiu bons trechos de rodovias com muitas curvas e uma parte de offroad. A primeira coisa que se destaca é a excelente qualidade de montagem que o Renegade tem. Percebe-se uma notável ausência de ruídos mesmo quando a condução se dá fora da estrada. A transmissão automática de

nove marchas funciona muito bem, com mudanças bem suaves. A suspensão é bastante firme e as rolagens de carroceria são quase imperceptíveis em caminhos sinuosos. A capacidade off-road do Renegade é incontestável.

Nenhum concorrente nesta categoria chega perto do que este pequeno Jeep faz. É surpreendente a facilidade com que consegue se mover nos caminhos mais inóspitos, ostentando uma rigidez estrutural invejável.

Ficha Técnica Jeep Renegade Trailhawk 2.4

Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 2.360 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.

Transmissão: Câmbio automático de nove marchas à frente e uma a ré. Tração integral.

Potência máxima: 184 cv a 6.400 rpm.

Torque máximo: 24,5 kgfm a 4.400 rpm.

Diâmetro e curso: 88 mm x 97 mm. Taxa de compressão: 10:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores de frequência seletiva.

Traseira independente com molas helicoidas.

Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. ABS com

EDB de série.

Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,23 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,69 m de altura e 2,57 m de distância entreeixos.

Pneus: 215/65 R17.

Peso: 1.418 kg em ordem de marcha.

Capacidade do porta-malas: 350 litros.

Tanque de combustível: 48 litros.

Produção: Melfi, na Itália, e Goiana, no Brasil.

Lançamento: 2014 ne Itália e 2015 no Brasil.

Preço nos Estados Unidos: A partir de US$ 25.995, o equivalente a R$ 72.320.

Tira onda

Apresentada pela Volkswagen no Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado, a Saveiro Surf já se encontra disponível para venda. Por R$ 48.050, a picape oferece ar-condicionado, direção hidráulica, suspensão elevada, rodas de liga leve com

aro 15, sensor de estacionamento e faróis com máscara negra.

A Saveiro Surf é vendida apenas com cabine simples e tem motor 1.6 flex capaz de entregar 101/104 cv de potência com gasolina/etanol.

fotos: divulgação

Mudança de hábito

automundo

por João Botelho do Absolute-Motors.com/Portugal com exclusividade no Brasil para Auto Press

Terceira geração do Audi TT parece pensada para

valorizar a tecnologia em detrimento da emoção

O

mercado automotivo mudou muito nos últimos anos. Grande parte dos compradores de modelos premium de hoje são de faixas etárias que cresceram acompanhando uma evolução tecnológica muito forte nos meios de comunicação e de conectividade com o mundo. Logo, é natural que elementos ligados a esses fatores cativem mais a atenção de consumidores.

Principalmente nos modelos para apenas dois ocupantes, claramente direcionados como segunda opção de carro, para pessoas solteiras ou, no máximo, casais jovens e sem filhos. Caso do novo Audi TT, apresentado pela primeira vez no Salão de Genebra de 2014. Esperada para chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano, a terceira geração do modelo segue exalando esportividade – a começar pelo design cupê. Mas fica nítida a aposta da marca alemã na tecnologia embarcada.

A terceira geração do TT recorre à nova plataforma modular do Grupo Volkswagen, a MQB, compartilhada com o hatch médio Volkswagen Golf e outros carros do grupo, como o compacto Audi A3. A carroceria usa a designação Audi Space Frame, a ASF, com estrutura em aço – exceto no teto e nas saias, que são em alumínio –, mas com densidade menor. Isso garantiu uma redução de peso

ao modelo de 50 kg em relação à geração anterior.

A imagem continua bastante similar à de sempre. Ou seja, segue facilmente identificado como um Audi TT, principalmente devido à marcante silhueta em forma de arco. Agora, os faróis se destacam com uma nova assinatura luminosa.

O entre-eixos subiu de 2,46 metros para 2,50 m, enquanto altura e largura se mantém quase inalteradas, com apenas 1 centímetro a menos em cada uma. No interior, a interface do sistema MMI conta com seis botões principais e os comandos de ventilação ficam integrados às saídas de ar. Os revestimentos são em couro e com efeito matelassê.

O motor é um 2.0 TFSI de tração dianteira com quatro cilindros, turbocompressor, comando de válvulas variáveis em abertura e fechamento e injeções direta e indireta combinadas. Ele é capaz de render 230 cv entre 4.500 e 6.200 rpm e torque máximo de 37,7 kgfm, disponível já a partir de 1.600 giros e que se mantém até 4.300 rpm. Completa o trem de força o câmbio DSG de dupla embreagem e seis marchas. Um conjunto que leva o cupê do zero aos 100 km/h em apenas 5,3 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h. (com Márcio Maio/Auto Press).

Primeiras impressões

Do jeito certo

Lisboa/Portugal – De cara, a cabine chama muita atenção.

Não são precisos mais do que alguns segundos para que o extremo bom gosto aplicado no interior do Audi TT seduza qualquer motorista. Os controles do sistema de climatização integrados às saídas de ar dão uma ideia futurista e, além disso, têm utilização fácil e bem intuitiva.

A ergonomia não chega a ser a melhor, já que a posição dos pedais não se equilibra com a regulação de profundidade da coluna de direção. De resto, qualquer pessoa minimamente familiarizada com modelos da Audi precisa de, no máximo, cinco minutos para controlar qualquer função disponível ali. O sistema MMI é de uma simplicidade de manuseio desconcertante.

No modo de direção Efficiency – escolhido para dar início ao teste – a impressão que se tem é de que alguns dos 230 “cavalos” descritos na ficha técnica foram pastar longe do compartimento do motor, tamanha letargia demonstrada pelo propulsor e pelo acelerador. Ao passar para o modo Dynamic, logo a direção se mostra mais pesada e o motor passa a entoar um som bem interessante, principalmente nas passagens de caixa. Tão rápidas quanto a aceleração são as retomadas, mostrando que esse Audi TT é um automóvel cínico e de uma competência inquestionável.

Ficha técnica Audi TT TFSI 2.0

Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor, duplo comando de válvulas e controle contínuo de abertura e fechamento das válvulas. Injeção direta de combustível.

Transmissão: Câmbio automatizado com dupla embreagem, seis marchas à frente e uma a ré e opção de mudanças sequenciais através de borboletas atrás do volante.

Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração.

Potência máxima: 230 cv entre 4.500 e 6.200 rpm.

Torque máximo: 37,7 kgfm entre 1.600 rpm e 4.300 rpm.

Diâmetro e curso: 82,5 mm X 92,8 mm.

Taxa de compressão: 9,6:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Four-link em alumínio, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros sólidos. Oferece ABS, EBD e assistente de emergência.

Carroceria: Cupê em monobloco com duas portas e quatro lugares – dois adultos e duas crianças. Com 4,18 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,35 m de altura e 2,50 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais e laterais.

Peso: 1.335 kg em ordem de marcha.

Capacidade do porta-malas: 305 litros.

Tanque de combustível: 55 litros.

Lançamento: 2006.

Lançamento no Brasil: 2007. Última reestilização: 2014.

Preço na Alemanha: 46.500 euros, o equivalente a R$ 146 mil.

Peças de museu – A Jaguar se prepara para o Heritage Challenge

Series, um campeonato de carros antigos da marca dividido em cinco etapas realizadas em circuitos do Reino Unido e da Europa.

A competição reunirá modelos de fabricação anterior a 1966 e começará em 2 de maio, encerrando-se no dia 31 de agosto de 2015.

Reparo necessário – A Yamaha do Brasil anunciou um recall

para a sua XTZ 150 Crosser. A falha está no cubo da roda traseira e atinge unidades da linha 2015 da moto. De acordo com a marca japonesa, a profundidade dos furos de alojamento dos raios ficou maior que o especificado em projeto, aumentando a tensão dos mesmos após a sua montagem. Isto pode causar a ruptura dos raios da roda traseira e, assim, provocar instabilidade. Mais informações no site oficial da marca.

Baixa nos usados – Depois de um 2014 com alta de 7,2%, a venFolião sobre rodas – A Nissan divulgou fotos da versão car-

navalesca do conceito Kicks. O SUV leva as cores vermelho e branco, em homenagem à escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, que a marca japonesa patrocina. O modelo ganhou novas grade dianteira e moldura dos faróis, além de um para-choque traseiro mais convencional e com os escapamentos modificados.

Na lateral, destacam-se a proteção emborrachada e rodas de aro 19. O Kicks é um modelo criado para o mercado brasileiro e tem previsão de ser lançado em 2016, na época das Olimpíadas do Rio de Janeiro – que também contam com o apoio financeiro da Nissan.

da de veículos usados começou 2015 em queda. Dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, a Fenauto, apontam que 1.044.140 unidades foram comercializadas em janeiro, contra 1.066.418 do mesmo mês no ano passado. A diferença representa uma redução de 2,1 %.

Apressadinho – A Koenigsegg vai além de mostrar o Agera RS no Salão de Genebra, no início de março. A marca sueca já confirmou que levará para o motor show o Regera, um superbólido com mais de 1.350 cv. Sob o capô, a expectativa é de que o modelo seja equipado com um V8 5.0 litros biturbo com torque superior a 140 kgfm de torque. Com tais especificações, espera-se que ele consiga sair do zero e chegar aos 400 km/h em menos de 20 segundos.

De cara

transmundo

Meio esquecido no Brasil, Fiat Doblò Cargo passa por face-lift na Itália

Saveiro Cross Cabine Dupla: divulgação

nova por Raffaele Grosso Auto Press

E

mbora o mercado automotivo no Brasil siga em queda, a Fiat possui motivos para comemorar.

Além de ser a marca que mais vende automóveis no Brasil, incluindo o atual líder entre os carros de passeio, o hatch Palio, também domina o segmento de comerciais leves. Isso em função, principalmente, do bom desempenho de seus principais representantes: a picape compacta Strada e o furgão Fiorino. Já o Doblò – que tem versões minivan e também furgão pequeno, na configuração Cargo – parece meio esquecido nas terras tupiniquins. Mas o modelo acaba de ganhar um novo visual na Itália.

As modificações externas do Doblò são marcadas, principalmente, pela nova grande frontal – que está maior – e pelo novo desenho dos faróis, capô e parachoques. Internamente, o habitáculo conta com novo volante, painel de instrumentos e sistema de navegação. A Fiat ainda revelou que seu comercial leve está com uma nova suspensão traseira independente.

No que diz respeito à motorização, o Doblò europeu engloba várias opções sob seu capô. Três delas rodam com gasolina. Tratam-se de um 1.4 de 96 cv e um turbinado também de 1.4 litro, mas com uma variante bicombustível – capaz de se mover ainda com gás natural. Ambos são

capazes de entregar 120 cv. Já a gama movida a diesel é mais ampla, com seis combinações possíveis: 1.3 de 76 cv ou 91 cv, 1.6 de 100 cv ou 105 cv com câmbio manual ou 90 cv com câmbio automatizado. E há ainda a mais potente de todas: um 2.0 com capacidade de gerar 135 cv.

Na Itália, o novo Fiat Doblò Cargo é vendido a partir de 12.450 euros, o equivalente a R$ 39 mil. Preço, aliás, é um dos motivos para o modelo ter um espaço tão reduzido no mercado de comerciais leves do Brasil. Em comparação com o também furgão compacto Fiorino, da própria Fiat e remodelado em 2013, a relação de custo/benefício é complicada. Com capacidade de carga de 650 kg/3.100 litros e motor 1.4 de 88 cv, o Fiorino tem valor inicial de R$ 45.820, podendo chegar aos R$ 51.439 ao ser equipado com trio elétrico, ar-condicionado, direção hidráulica, farol de neblina e computador de bordo.

Já o Doblô Cargo tem capacidade similar – 620kg/3.200 litros –, porém sua versão básica com o mesmo propulsor 1.4 parte dos R$ 50.310. Ao acrescentar os mesmo itens de conforto, ultrapassa R$ 60 mil.

Ambos tem sob o capô o motor 1.4 Evo Flex de 88 cv. O Doblò Cargo brasileiro ainda pode ser configurado com motor 1.8 Flex 16V de 132 cv, mas parte de R$ 56.120 sem qualquer item de conforto.

Primeiras impressões

Conjunto equilibrado por Carlo Valente do Infomotori.com/Itália exclusivo no Brasil para Auto Press

Vicenza/Itália – Fabricado em Bursa, na Turquia, o novo Doblò se mostra um modelo com dirigibilidade prazerosa. Grande parte de sua condução suave deve-se ao novo sistema suspensivo Bi-Link, composto por amortecedores traseiros de dupla calibração, barra estabilizadora e alto desempenho das molas, que absorvem bem as imperfeições da estrada.

Além disso, melhorias foram realizadas na caixa de câmbio, tornando-a mais simples e com engates bem mais precisos. Nota-se ainda uma melhor interação da transmissão com o propulsor. A impressão é de que o torque aparece de maneira mais significativa já em baixas rotações, favorecendo os trajetos em perímetro urbano. Que é o principal ambiente para esse tipo de veículo.

Ficha Técnica Fiat Doblò Cargo 1.4 Bz 95CV E6

Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica.

Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré.

Potência máxima: 95 cv a 6.000 rpm.

Torque máximo: 12,9 a 4.500 rpm.

Suspensão: independente, tipo MacPherson com triângulos fixada a uma travessa auxiliar, amortecedores hidráulicos telescópicos, molas helicoidais e barra antiroll. Traseira Bi-link independente, molas helicoidais, telescópica, amortecedores com dupla calibração e barra anti-roll.

Carroceria: Furgão em monobloco com 4,41 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,85 m de altura e 2,76 m de distância entre-eixos.

Pneus: 195/60 R 16.

Peso: 1280 kg.

Capacidade do tanque: 60 litros.

Velocidade máxima: 161 km/h.

Capacidade de carga: 3.400 kg.

Freios: Discos ventilados na frente e atrás.

Diametro e Curso: Não revelado.

Taxa de compressão: 11:1 Produção: Bursa, Turquia.

Preço na Itália: A partir de 12.450 euros, o equivalente a R$ 39 mil.

Solidariedade corporativa Empregados da Volkswagen do Brasil doaram mais de R$ 387 mil a quatro instituições beneficentes nacionais.

A quantia é fruto das arrecadações em 2014 do programa “Uma Hora para o Futuro”, criado pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores da Volkswagen, que conta com a participação de trabalhadores no mundo inteiro. A iniciativa consiste em dedicar uma hora de trabalho no ano em favor de projetos sociais realizados em suas comunidades.

A participação é voluntária.

Versão “popular” A Porsche passa a trazer para o Brasil a versão de entrada do Macan. O SUV agora tem preço inicial de R$ 299 mil com motor 2.0 turbo de quatro cilindros e 237 cv. Além desta configuração, que não tem um nome específico, seguem disponíveis a intermediária S e de topo Turbo, que custam, respectivamente, R$ 399 mil e R$ 519 mil.

Bombando A Ford foi o grande destaque na indústria de caminhões neste início de ano. Enquanto a queda no volume total da indústria chegou a 30%, a marca conquistou crescimento de 4,6 % na participação de mercado e ampliou seu market share para 18,2% – seu melhor resultado nos últimos dois anos. Esse desempenho se deveu principalmente ao avanço nos segmentos de caminhões leves e semileves, impulsionado pelo lançamento de novos veículos das linhas Cargo e Série F.

I n te l i g ê n c i a

motomundo

p u ra

De olho na mobilidade urbana, empresa de Taiwan

apresenta scooter elétrica que não necessita de recarga

Por Raphael Panaro Auto Press

E

m menor escala, as marcas de motocicletas seguiram a tendência das fabricantes de automóveis ao investir no conceito do “ecologicamente correto”.

No mundo duas rodas, a proposta adotada foi majoritariamente em modelos elétricos. Claro que, entre as motos, a oferta de produtos “verdes” é infinitamente menor que nos carros. Porém, em ambos os setores, as empresas que investem seu tempo e dinheiro nesse ramo enfrentam alguns problemas. Um deles é a autonomia, que só permite viagens curtas e locomoção em trecho urbano. Outro envolve o recarregamento – daí a proliferação do “plug-in”, onde o abastecimento elétrico pode ser feito em uma tomada convencional em casa. Mas na última edição da Consumer Electronic Show – a CES – a mais importante feira de tecnologia para o consumidor, que aconteceu em janeiro em Las Vegas, nos Estados Unidos, uma startup de Taiwan mostrou ao mundo uma nova solução para esses obstáculos. Trata-se da Smartscooter.

Fundada em 2011 por Horace Luke, que já trabalhou em conjunto com a marca de smartphones HTC e também com a Microsoft, a taiwanesa Gogoro Inc. recebeu um aporte de US$ 100 milhões e Luke viu nas motocicletas elétricas uma “brecha” para novas tecnologias, principalmente no sistema de recarga. E é esse o grande diferencial da scooter. É uma ideia simples, mas muito eficaz. A empresa propõe que os proprietários do modelo troquem as baterias em pontos específicos da cidade e não carreguem seu veículo em casa ou fiquem parados durante algumas horas nas estações. As chamadas GoStations terão um painel de baterias já carregadas e a Gogoro estima que o procedimento reposição demore cerca de apenas 6 segundos – menos do que trocar

as pilhas do controle remoto de uma televisão. Isso porque a Smartscooter traz duas baterias desenvolvidas pela Panasonic, que ficam instaladas verticalmente no modelo e facilitam o manuseio.

Espalhadas pelas cidades, as GoStations terão um sistema de localização bem conectado ao mundo atual. Um aplicativo de celular, feito pela própria Gogoro, rastreia todas as “máquinas de abastecimento” que estarão espalhadas pela cidade. No “app” ainda é possível fazer um diagnóstico completo em tempo real e saber tudo que acontece na scooter – graças aos 55 sensores presentes na moto –, como nível de energia, falhas em algum componente, mudar as cores no painel e até reservar baterias com antecedência para não correr o risco de chegar na estação e encontrar o painel vazio. A Smartscooter de visual leve e futurista até promete conexão 24 horas com a internet.

Para mover a Smartscooter, a Gogoro instalou um motor elétrico síncrono de 6.400 Watts com refrigeração líquida.

Chamado de G1, o propulsor é capaz de gerar 8,6 cv de potência a 3.250 rpm, além de 2,5 kgfm de torque máximo disponível a 2.250 rotações. Sem dar bola para o desempenho, a scooter acelera de zero a 50 km/h em 4,2 segundos e alcança uma velocidade máxima de 95 km/h. O motor se liga à roda traseira por meio de uma correia dentada. De acordo com a empresa taiwanesa, a autonomia fica em 100 km andando a uma velocidade de 40 km/h. Porém, como o nome já diz, a scooter é inteligente e tudo é voltado para otimizar a eficiência. O modelo ainda possui um sistema regenerativo, que reutiliza a energia perdida em cada acionamento dos freios e transforma em carga útil para as baterias. Tecnologia presente já em alguns automóveis, inclusive.

diferenciar das demais versões.

A previsão é que essa configuração apareça ainda em 2015, provavelmente no segundo semestre. A aposta é fazê-lo brigar com concorrentes como o Fiat Uno Way, o Volkswagen Cross Up, o Renault Sandero Stepway e o Hyundai HB20X. Sob o capô, o Onix “cross” será equipado com o já conhecido motor 1.4 de 106 cv, aliado à transmissão automática de seis velocidades ou manual de cinco marchas.

Do Oriente - O mercado de SUVs de luxo do Brasil acaba de gan-

har mais um representante. A Lexus já vende no país o NX 200t, apresentado aqui no último Salão do Automóvel, em novembro do ano passado. O modelo é o menor utilitário da marca e tem a função de disputar mercado com concorrentes como o Range Rover Evoque.

O utilitário da divisão de luxo da Toyota conta com duas versões disponíveis. A Luxury, de entrada, custa R$ 216 mil. Já a F-Sport, mais completa, sai por R$ 236 mil. O motor que equipa ambas configurações é um 2.0 turbo capaz de render 238 cavalos e gerenciado por um câmbio automático de seis marchas. De série, o modelo traz ar-condicionado digital de duas zonas, 10 airbags, piloto automático com controle de cruzeiro adaptativo, central multimídia com TV digital, acesso e partida sem chave e faróis integrais em leds já na versão Luxury.

Trilha marqueteira -

Depois de lançar a versão Effect, com um toque de esportividade, a Chevrolet pretende seguir apostando em edições especiais para seu hatch Onix. Agora, a fabricante já planeja incluir no “line up” do seu veículo mais vendido no Brasil uma configuração com aspecto aventureiro, similar ao que fez com a minivan Spin na versão Activ. A ideia é, inclusive, dar o mesmo nome. O exemplar “lameiro” deve ganhar novo para-choque dianteiro, molduras no paralamas, rodas diferenciadas, retrovisores e maçanetas prateadas, rack de teto e adesivos na parte lateral e traseira para se

Tudo azul - Depois de quebrar seu recorde de vendas no Brasil em 2014 com 12.488 unidades emplacadas – um crescimento de quase 90% em comparação a 2013 –, a Audi já começa 2015 com motivos para sorrir. A fabricante de carros de luxo subiu 20% nas vendas de janeiro em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 1.331 carros comercializados.

Ainda este ano, a Audi iniciará a produção do sedã A3 na fábrica da Volkswagen, em São José dos Pinhais, no Paraná. A marca também inaugurará um novo centro de treinamento e ampliará o centro de distribuição de peças em 117%. Os lançamentos de novos modelos, como o cupê TT e novas versões para o A6, A7 e o utilitário Q3, estão previstos para acontecer até o final deste ano.

Estrela salgada - A Mercedes-Benz divulgou sua nova tabela de preços para o Classe C no mercado brasileiro. As versões C180 Avantgard e Exclusive, que se diferenciam pelo acabamento, sofreram aumento de R$ 4 mil, partindo dos R$ 142.900. Ambas são equipadas com motor 1.6 turbo de quatro cilindros capaz de entregar 156 cv. Já a configuração intermediária, C200 Avantgard teve acréscimo de R$ 5 mil. O modelo é equipado com motor 2.0 turbo de 184 cv e acessórios como teto solar elétrico, bancos com ajustes elétricos e sistema de estacionamento, passando a custar R$ 159.900.

Na versão de topo da linha, a C250 Sport, com pacote visual AMG e sistema com navegador e propulsor 2.0 turbo de 211 cv, o reajuste chegou a R$ 6 mil. Agora, para ter um exemplar em casa, é preciso desembolsar R$ 195.900.

Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 1, Número 41, 13 de fevereiro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.157 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raphael Panaro redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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