Ano 2, Número 73, 25 de setembro de 2015
Múltiplos encantos
Lexus RX350 F-Sport reúne muitas qualidades para ganhar espaço entre os SUVs premium E ainda: Hyundai HB20
Mazda MX-5
Motos no Salão de Frankfurt 2015 BMW Série 7 Lançamento da linha 2016 de caminhões Volkswagen e MAN
Sumário
EDITORIAL
Racionalidade pontual
As páginas da “Revista Auto Press” desta semana têm como principal destaque o Lexus RX350 F-Sport. O utilitário esportivo aproveita o bom momento de vendas das marcas premium para ganhar espaço no cenário nacional. Outro modelo testado para esta edição foi o Hyundai HB20. O hatch compacto vem em crescente no cenário brasileiro e recebe um “tapa” no visual, além de uma nova transmissão de seis velocidades – manual ou automática –, quando equipado com motor 1.6 de 128 cv. Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o BMW Série 7 foi avaliado e esbanja toda sua sofisticação e tecnologia em sua sexta geração. No México, o Mazda MX-5, pioneiro do segmento de roadster – conversível para duas pessoas – desfila pelas ruas após ganhar retoques em seu visual e estrutura. O modelo mostra seu apelo urbano e lado descontraído de “fun car”.
Edição de 25 de setembro 2015
03 - Lexus RX350 F-Sport
27 - BMW Série 7
12 - Hyundai HB20
33 - linha 2016 de caminhões Volkswagen e MAN
21 - Mazda MX-5
38 - Motos no Salão de Frankfurt 2015
Para os amantes das duas rodas, estão as principais motocicletas no salão de Frankfurt. O evento marcado por carros esportivos e luxuosos revelou neste ano poucas e boas motocicletas superesportivas. Na área dos pesados, a Volkswagen/MAN tenta driblar a crise com o aumento de opções nos segmentos dos mais vendidos. Boa leitura!
fotos: Isabel Almeida/CZN
teste
por Raffaele Grosso Auto Press
Concorrência de peso Lexus RX350 F-Sport aposta no requinte, bom desempenho e recheio tecnológico para brigar entre os SUVs médios
A
Lexus – divisão de luxo da Toyota – obteve a classificação premium não só pelas qualidades clássicas desse tipo de marca – luxo, esportividade e tecnologia –, mas também pela durabilidade. Nos Estados Unidos, seu mercado mais forte, a empresa tem como uma de suas principais características a conformidade: mesmo após rodar milhares de quilômetros, o carro mantém o conjunto mecânico e estrutural praticamente como o de um veículo zero. Pouco conhecida no Brasil, a empresa investe no RX350 para aproveitar o momento favorável do mercado nacional – marcas premium nunca venderam tanto – e o alto interesse no segmento de utilitários. De acordo com a marca, o modelo emplacou 24 unidades desde o início do ano até o fim de agosto – três por mês –, 17 delas, ou mais de 70%, na configuração F-Sport, a topo de linha por aqui. Seu design é marcado pela robustez gerada pelas suas proporções: 4,77 metros de comprimento, 1,88 m de largura e 1,72 m de altura. Na parte frontal, a identidade visual da marca é exibida através da grade em forma de ampulheta – dois “L” estilizados, na leitura da marca – e das luzes diurnas de led separada dos faróis. Na lateral, os fortes vincos com linhas extensas e fluidas se juntam às molduras brilhante dos vidros e as rodas aro 19 com pigmentação acinzentada, exclusiva nesta versão. Na traseira, as lanternas são compostas por luzes de led, há moldura cromada na tampa do porta-malas e um pequeno aerofólio na parte superior. Dentro da cabine, o requinte é levado a sério. Portas, volante e bancos são revestidos em couro – os dianteiros contam com regulagem elétrica e sistema de refrigeração e aquecimento. O painel é composto por plásticos agradáveis
ao toque e traz ao centro uma tela de 8 polegadas com um sistema multimídia que agrega funções de áudio, telefonia, Bluetooth, GPS e DVD. As molduras das maçanetas, as pedaleira e vários botões são cromados. Os comandos do ar-condicionado digital de duas zonas e do rádio no console central estão envolvidos por detalhes em alumínio escovado, presente também em um friso no porta-luvas. O sistema de som conta com 12 alto-falantes e quatro twitters e o carro ainda traz teto solar elétrico. O Lexus RX350 começa em R$ 301.350, mas na configuração F-Sport ganha adereços que elevam o valor para R$ 314.950. O utilitário justifica tal preço com um conteúdo completo. Sensores de estacionamento dianteiro, lateral e traseiro com câmara de ré e visão 90º, auxílio para partida em rampas, controles de estabilidade e tração, 10 airbags, faróis com acendimento automático, regulagem de altura e lavador, além de freios a disco nas quatro rodas com ABS, EBD e BAS. Um dos destaques na área de segurança fica por conta do Vehicle Dynamics Integrated Management. O sistema funciona como um mapeamento dos controles eletrônicos e dinâmicos do veículo e tem como função primordial antecipar e posteriormente corrigir situações de falta de tração em alguma roda ou derrapagens. Sob o capô, o utilitário esportivo é impulsionado por um motor seis cilindros de 3.5 litros, que rende 277 cv a 6.200 rpm e 35,6 kgfm de torque a 4.200 rpm. Junto com este propulsor, trabalha uma caixa de transmissão automática de seis velocidades com opção de trocas manuais na própria alavanca de câmbio ou em paddle-shifts no volante. A força gerada pelo motor é distribuída de forma integral e permanente nas quatro rodas.
Ponto a ponto
Desempenho – Apesar do tamanho e peso do RX350, o V6 de 277 cv de potência e 35,6 kgfm de torque oferece arrancadas e retomadas bastante desenvoltas. As pisadas no acelerador são interpretadas de maneira agradável. As trocas do câmbio automático de marchas são sempre realizadas com a intenção de serem extremamente suaves. A Lexus não divulga oficialmente, mas o zero a 100 km/h é cumprido em 8 segundos e a máxima fica em 200 km/h. Mais que suficiente para um SUV. Nota 8. Estabilidade – Embora seja alto, largo, comprido – 4,77 metros de comprimento, 188 m e 1,72 m -, o utilitário esportivo da Lexus transmite grande segurança em movimento. Em retas, o modelo se mostra firme. Nas curvas, praticamente não há rolagem. A sensação de que o carro está na mão é constante. Os controles eletrônicos, junto com tração nas quatro rodas de aro 19 calçadas por pneus 235/55, reforçam o domínio sobre o carro. Nota 9. Interatividade – Tudo é facilitado dentro do RX350. Os ajustes de banco e volante são elétricos. Os diversos botões espalhados pela cabine são de fácil acesso e manuseio. O tradicional “joystick” da Lexus no console central interage com o monitor de oito polegadas e controla todas as funções do carro. O volante multifuncional tem boa pegada e seus comandos permitem que o motorista não precise soltá-lo ao realizar a maior parte das funções. E, por fim, o câmbio com paddle-shift permite uma boa interação com o motor. Nota 10. Consumo – O Lexus RX 350 F-Sport obteve nota B na categoria e E no geral no Programa de Etiquetagem do Inmetro, com médias de 6,6 km/l na cidade e 8,5 km/l na estrada. Nota 6. Conforto – Os 2,74 metros de entre-eixos proporcionam amplo
espaço interno. Quatro ocupantes viajam tranquilamente e até um quinto elemento pode se acomodar bem. Os bancos de couro possuem ótima densidade e os da frente abraçam os passageiros e contam com aquecimento e ventilação. Já os traseiros se movem para frente ou para trás e podem ser reclinados. A suspensão filtra bem as imperfeições e o isolamento acústico torna quase impossível perceber os ruídos externos, inclusive do motor. Nota 10. Tecnologia – O RX 350 F-Sport possui bom recheio tecnológico. O modelo leva a sério o rótulo de premium e traz tudo que um veículo desse segmento precisa ter. Bancos de couro com aquecimento, ventilação e regulagem elétrica, ar-condicionado digital de duas zonas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro com câmara de ré, sistema de som premium e teto solar são de série no modelo. Há ainda itens como partida sem chave, piloto automático, sensor de luz e chuva, controle eletrônico de estabilidade e tração, 10 airbags e sistema multimídia completo, entre outros. Nota 9. Habitabilidade – O utilitário é generoso em espaço interno e aumenta ainda mais a sensação pelo teto solar. Há diversos porta-trecos espalhados ao longo da cabine que atendem bem à demanda cotidiana e entrar e sair do veículo é bem fácil tanto pelo ângulo de abertura das portas quanto pela altura do assento. O porta-malas pode ser aberto ou fechado com apenas um toque no botão e comporta 446 litros – pode chegar a 1.132 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Nota 9. Acabamento – O interior do modelo exala sofisticação e sobriedade, com revestimento em couro e detalhes em aço escovado e cromado. Os poucos plásticos aparentes são agradáveis ao toque. Detalhes como soleiras as das portas iluminadas enfatizam ainda mais a sensação de luxo. Nota 9. Design – O RX 350 F-Sport tem presença marcante. Seu porte robusto e seus detalhes cromados atraem olhares. A frente, domi-
nada pela grade em forma de ampulheta, é um pouco exagerada, mas não destoa da ideia de luxo e dá enorme distinção ao modelo, apesar da superpopulação de SUVs que infesta o trânsito das cidades brasileiras. Nota 8. Custo/benefício – A Lexus pede R$ 314.950 pelo RX 350 F-Sport . O BMW X3 xDrive 35i com pacote M-Sport e motor seis cilin-
dros de 306 cv sai por R$ 290.450. Já o outro concorrente, Audi Q5 com motor de 3.0 litros de 272 cv custa R$ 272.190. Ambos possuem tração integral e lista de acessórios similar, mas a marca Lexus esbanja mais exclusividade. Nota 6. Total – O Lexus RX 350 F-Sport somou 84 em 100 pontos possíveis.
Impressões ao dirigir
Charme e versatilidade É praticamente impossível passar com o Lexus RX-350 F-Sport e não chamar a atenção. O modelo tem presença marcante, tanto pelo design quanto pelas dimensões. Outro fator que o destaca é a exclusividade da própria marca, rara nas ruas brasileiras. A faceta premium do RX começa na aproximação: ele identifica a presença da chave, destrava as portas e acende as luzes internas. Dentro da cabine, o “cheiro” de refinamento e sofisticação toma conta do ambiente. A melhor posição é facilmente encontrada, com as regulagens elétricas. Em movimento, a sensação de condução prazerosa se sobrepõe, com um rodar silencioso e equilibrado. O volante tem boa pegada e a direção é bem progressiva: leve quando devagar e mais pesada conforme a velocidade aumenta. O modelo reage bem às pisadas no acelerador. Quando se pisa fundo, a transmissão troca as marchas sutilmente, sem engasgos ou trancos. O condutor praticamente não precisa tirar a mão do volante multifuncional, que traz a maioria dos comandos na ponta dos dedos – a central multimídia com tela de 8 polegadas pode ser acessada também através do tradicional joystick da Lexus, que é bem intuitivo.
O comportamento do RX 350 F-Sport impressiona. Em retas com velocidades elevadas, o utilitário se mantém firme e pega embalo facilmente, mesmo com suas duas toneladas e aerodinâmica não muito favorável. Nas curvas, a sensação de segurança se mantém e apenas após muito abuso os controles eletrônicos entram em ação. Ao dar um toque na alavanca de câmbio para baixo e passar para o modo esportivo, o SUV começa a trabalhar em rotações um pouco mais elevadas. As
respostas ficam mais rápidas e as trocas de marchas, tanto nas aletas quanto no próprio câmbio, são suaves. Para o uso urbano, o utilitário também se mostra competente com suas diversas tecnologias de assistência ao motorista – sensores de estacionamento com câmara de ré, alerta para troca de faixas, assistente de partida em rampa entre outros mais. O Lexus RX 350 F-Sport se mostra versátil e charmoso, perfeito para quem quer exclusividade e fugir das tradicionais marcas alemãs, mas mantendo o mesmo padrão de qualidade.
Ficha técnica Lexus RX350 F-Sport
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 3.456 cm³, seis cilindros cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e duplo comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico e injeção direta. Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração. Potência máxima: 277 cv a 6.200 rpm. Torque máximo: 35,6 kgfm a 4.200 rpm. Diâmetro e curso: 94 mm X 83 mm. Taxa de compressão: 10,8:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo MacPherson e traseira independente tipo double wishbone. Oferece controle de estabilidade. Pneus: 235/55 R19. Freios: Discos na frente e atrás. Ofecere ABS, EBD e BAS de série. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,77 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,72 m de altura e 2,74 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, de joelhos, laterais e de cortina. Peso em ordem de marcha: 2.085 kg. Capacidade do porta-malas: 446 litros. Com o rebatimento dos bancos traseiros: 1.132 litros Tanque de combustível: 72,5 litros. Produção: Miyawaka, Japão. Itens de série: Ar-condicionado digital duas zonas, banco do motorista e passageiro com regulagem elétrica e memória, câmara de ré, blueetoth, controle de velocidade de cruzeiro, DVD player, indicador Eco Driving, volante revestido em couro com aletas para troca de marcha, rádio AM/FM com CD, MP3 e
WMA, retrovisores externos com função tilt down, vidros, travas e retrovisores elétricos, sensor de chuva, seletor de modo de condução, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema Multimedia Lexus acoplado a tela LCD de 8 polegadas, destravamento automático das portas e porta-malas ao aproximar a chave do carro, partida por toque de botão, teto solar elétrico, doze alto-falantes e quatro tweeters, volante com comandos de áudio, computador de bordo, telefone e controle de cruzeiro, airbags frontais, de joelho, laterais e de cortina, controle eletrônico de estabilidade e tração, faróis com lavador e regulagem elétrica de altura, freios ABS com EBD e BAS, gerenciamento integrado de dinâmica de veículo (VDIM), faróis de neblina, cintos de segurança dianteiro e traseiro com pré-tensionador e limitador de força, sensor crepuscular e de chuva. Preço: R$ 314.950.
Passaporte carimbado A importadora oficial da Ferrari no Brasil, Via Itália, confirmou a chegada da 488 GTB até o fim do ano. O superesportivo – que substitui a 458 Itália no “line-up” da marca – deve vir com preço beirando a casa dos R$ 2 milhões. O alto preço já mostra que se trata de uma verdadeira fera. Sob seu capô, está um propulsor V8 turbinado de 3.9 litros capaz de gerar 670 cv de potência e 77,5 kgfm de torque. Ele trabalha em conjunto com uma transmissão automática de sete velocidades. De acordo com a marca, números suficientes para realizar o zero a 100 km/h em 3,3 segundos e alcançar a velocidade máxima de 330 km/h. Além de toda exclusividade, a 488 GTB possui inúmeras personalizações, que envolvem costura de bancos, cor da carroceria, rodas, pinças de freio, acabamento interno e outros detalhes. A Ferrari 488 GTB recentemente ganhou uma versão conversível, apresentada no último Salão de Frankfurt. Batizada de Spider, a configuração possui teto retrátil de vidro com possibilidade de três níveis de ajustes e pode ser rebatido ou fechado totalmente em 14 segundos. O modelo tem sua carroceria composta por 11 tipos de alumínios diferentes e, com isso, pesa apenas 1.420 kg. O motor é o mesmo utilizado no 488 GTB.
Fim da transmissão – A Volkswagen já marcou para 2017
a estreia da transmissão automática de seis marchas no Fox, o que marca o início do fim do câmbio automatizado i-Motion. O hatch vai ser o primeiro da linha a receber o novo câmbio por ser produzido na mesma planta dos Audi A3 sedã e Q3 e do Volkswagen Golf, em São José dos Pinhais. Estes modelos, quando nacionalizados, vão abandonar o frágil câmbio automatizado de dupla embreagem – que não se deu muito bem nos trópicos – e adotarão um automático convencional.
autoperfil
Com participação crescente no mercado brasileiro, Hyundai renova HB20 hatch
Fotos: Isabel Almeida/CZN
Bem na fita
por Márcio Maio auto press
A
Hyundai caminha na contramão do mercado. Enquanto as vendas de automóveis e comerciais leves não param de cair – foram 3.634.506 emplacados em 2012, contra 3.328.717 no ano passado –, a marca coreana comemora o pulo dos 2,98% de participação nacional há três anos para os atuais 8,04%, que ostenta no acumulado de janeiro a agosto de 2015. O êxito veio principalmente a partir do lançamento do HB20, em meados de 2012, que se tornou ainda mais bem-sucedido do que a própria Hyundai esperava. Tanto que, mesmo depois de três anos de vida, as mais de 500 mil unidades produzidas da linha HB20 provam que nem havia tanta necessidade de renovação. Em agosto, foi o terceiro carro mais vendido do Brasil, com 9.168 emplacamentos – ficou atrás apenas do Chevrolet Onix e do Fiat Palio. Mesmo assim, a partir de outubro, chega às lojas a reestilização do hatch da Hyundai. Para crescer em market share como a marca coreana conseguiu, a saída é apostar em modelos de volume. E a linha HB20 é a única que segue essa premissa no “line up” da Hyundai. Por isso mesmo foi adotada a estratégia de dividir as renovações em momentos diferentes. De início, apenas a carroceria hatch passa por modificações – menos na versão “X”, com estética aventureira, que será remodelada posteriormente, assim como a carroceria sedã. As principais alterações estéticas ficam por conta da nova grade hexagonal dianteira com detalhes cromados – que segue a identidade visual adotada nos demais veículos da marca – e dos faróis com projetores e luzes diurnas em leds, sendo que a mudança no conjunto ótico só acontece na configuração de topo Premium. Atrás, as lanternas ficaram mais espichadas – alteração que só contempla as duas versões mais caras, Premium e Comfort Style – e o para-choque, assim como o dianteiro, tornou-se mais robusto. De perfil, chamam atenção as novas rodas e calotas de 15 polegadas – nas configu-
rações com pneus de aro 14, não houve alterações. O trem de força recebeu melhorias significativas. Pelo menos na motorização 1.6. Agora, ele tem transmissão de seis velocidades manual ou automática – antes eram cinco e quatro, respectivamente. Nos dois casos, a sexta marcha funciona como overdrive – uma forma de reduzir o consumo e também o nível de ruído em altas velocidades. Com isso, a velocidade máxima do HB20 1.6 subiu para 189 km/h e o tempo de aceleração de zero a 100 km/h foi mantido em 9,3 segundos com o pedal da embreagem. Sem ele, a máxima chega a 190 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h ocorre em 10,6 s. Além disso, o material das velas de ignição mudou de níquel para irídio, pistões e anéis de vedação foram retrabalhados para reduzir o atrito interno e o motor 1.6 ganhou ainda sistema de partida a frio, que elimina a necessidade do tanque adicional de gasolina. De acordo com a Hyundai, a aerodinâmica foi beneficiada pelos novos defletores no para-choque dianteiro e no assoalho traseiro. E todas as versões também são equipadas com pneus verdes. No total, a Hyundai afirma ter reduzido em 6,5% o consumo de combustível no motor 1.6 e 6% no 1.0. Com isso, o propulsor 1.6 passou da nota B para a nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem do InMetro. Por dentro, a intenção é claramente acrescentar refinamento ao modelo, principalmente nas versões mais caras. Todos os revestimentos de bancos foram trocados. Os de couro, opcionais disponíveis para a versão Premium, saem em cor marrom – assim como o painel das portas dianteiras e manopla de câmbio. É nesta variante de topo que também está a lista mais farta de itens de série. Há ar-condicionado digital e retrovisores com rebatimento automático. Além disso, o painel é em dois tons escuros e conta com detalhes cromados e cromo acetinados, material que amplia a impressão de esportividade e é suave ao
toque. Outra novidade na variante mais cara é a inclusão de airbags laterais. O computador de bordo ganhou uma função nova, de aviso de manutenção programada, que emite um alerta visual quando faltam 30 dias ou 1.500 km para a próxima revisão. Já o sistema de som BlueAudio é de série em todos os modelos, com tela LCD de 3,8 polegadas com comandos no volante e Bluetooth. A configuração Premium pode ser equipada com central multimídia de 7 polegadas com tela sensível ao toque e compatível com o Car Link, que espelha smartphones Samsung e LG – com sistema Android –, e em breve funcionará também
com o Apple CarPlay, para utilizar iPhone 5 e superiores. Desta forma, o conteúdo do telefone passa a ser exibido e controlado pela tela touchscreen do BlueMedia. Os preços do HB20 começam em R$ 38.995, na versão Comfort, que já é bem equipada, com ar, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, som com Bluetooth e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. E pode chegar a R$ 63.535 completo e com motor 1.6 e câmbio automático. Tratase de uma faixa de preço bem ampla, mas capaz de atender a diferentes demandas. Algo que pode incrementar ainda mais os bons resultados do compacto da Hyundai.
Primeiras impressões
Toque de classe
Piracicaba/SP – A intenção da Hyundai era ampliar a percepção de qualidade e requinte de seu HB20 na versão de topo Premium. E a marca coreana conseguiu. Por fora, as luzes diurnas em leds – itens pouco comuns na categoria de hatches compactos – impressionam e dão charme à dianteira. A nova grade hexagonal também acrescenta um aspecto mais contemporâneo ao design. E, por dentro, os revestimentos em couro marrom criam uma atmosfera de luxo digna de veículos de segmentos superiores. O propulsor 1.6 de 128 cv também se destaca. Com o câmbio manual – disponível apenas até a versão Comfort Style –, ele se mostra ágil para o tráfego urbano e vigoroso para trajetos de estrada, com retomadas e ultrapassagens bem satisfatórias. Isso apesar de seu torque máximo, de 16,5 kgfm com etanol, só aparecer em altas rotações, mais precisamente 5 mil giros. O hatch também se mostra bem estável e encarar caminhos sinuosos em velocidades mais ligeiras não chega a ser um grande desafio. Mesmo a esportividade não sendo a proposta do modelo, o HB20 1.6 pode render uma boa pitada de adrenalina a quem dirige.
Ficha técnica Hyundai HB20 Motor 1.6: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote, sistema de partida a frio e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Manual de seis velocidades à frente e uma a ré ou automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração. Potência máxima: 128 cv e 122 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina. Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,3 segundos (manual) e 10,6 segundos (automático). Velocidade máxima: 189 km/h (manual) e 190 km/h (automático). Torque máximo: 16,5 kgfm a 5 mil rpm com etanol e 16,0 kgfm a 4.500 rpm com gasolina. Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 12:1. Motor 1.0: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 998 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração. Potência máxima: 80 cv e 75 cv a 6.200 rpm com etanol e gasolina. Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,6 segundos. Velocidade máxima: 161 km/h. Torque máximo: 10,2 kgfm e 9,4 kgfm a 4.500 rpm com etanol
e gasolina. Diâmetro e curso: 71,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 12,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores. Não possui controle de estabilidade. Pneus: 185/60 R15 e 175/70 R14 (Comfort). Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,92 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série em todas as versões e laterais na Premium. Peso: 990 kg (1.0), 1.040 kg (1.6 manual) e 1.071 kg (1.6 automático). Capacidade do porta-malas: 300 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Piracicaba, São Paulo. Lançamento no Brasil: 2012. Reestilização: 2015. Itens de série: 1.0 Comfort: Ar-condicionado, direção hidráulica, fixação Isofix, sistema de som com Bluetooth e comandos no volante, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, calotas de 14 polegadas, vidros elétricos dianteiros com função one-touch para o motorista e travas elétricas. Preço: R$ 38.995. 1.0 e 1.6 Comfort Plus: adiciona vidros elétricos traseiros, chave tipo canivete com comando de travamento das portas, alarme, maçanetas externas e retrovisores na cor da carroceria, retrovisores elétricos com luz indicadora de direção, calotas de 15 pole-
gadas e acabamento preto na coluna B e na moldura dos vidros. Preço: R$ 42.595 (1.0), R$ 48.745 (1.6 manual) e R$ 52.745 (1.6 automático). 1.0 e 1.6 Comfort Style: adiciona volante com regulagem de altura e profundidade, detalhes cromados na maçaneta interna, botão do freio de mão e saídas de ar-condicionado, porta-óculos e alças de segurança, rodas de liga leve de 15 polegadas, quatro vidros elétricos com função one-touch com comando pela chave, lanternas renovadas e faróis de chuva com projetores. Preço: R$ 46.345 (1.0), R$ 51.845 (1.6 manual) e R$ 55.845 (1.6 automático). 1.6 Premium Automático: adiciona acendimento automático dos faróis, sensores traseiros de estacionamento, banco traseiro bipartido, alarme volumétrico, volante e pomo de câmbio em couro, maçanetas externas cromadas, friso cromado nos vidros laterais, ar-condicionado automático digital, retrovisores com rebatimento automático, faróis com projetor e luzes diurnas de leds e airbags laterais. Preço: R$ 59.445. Opcionais: Bancos de couro marrom e central multimídia. Preço completo: R$ 63.535.
é capaz de detectar que os veículos estão em testes e ativa um mecanismo para reduzir a poluição. Depois, ele é automaticamente desabilitado quando a avaliação é encerrada. O anúncio causou uma queda estrondosa nas ações do grupo, chegando a registrar perda de cerca de 30% do valor na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha. Se comprovada a fraude, isso significa que as emissões de óxidos de nitrogênio dessas unidades são cerca de 40 vezes maiores que os padrões estabelecidos pela fiscalização. Com isso, o grupo terá de pagar uma multa que pode chegar a US$ 18 bilhões, ou seja, por volta de R$ 73 bilhões. Por via das dúvidas, a Volkswagen já reservou 6,5 bilhões de euros para eventuais prejuízos, equivalentes a R$ 29 bilhões. Vale lembrar que, contando também os carros vendidos na Europa, a fraude pode ter afetado mais de 11 milhões de unidades.
Reputação poluída
A Volkswagen revelou uma reestilização para o Passat fabricado nos Estados Unidos. O sedã ganhou para-choques mais encorpados, acréscimo de elementos cromados, faróis e lanternas em leds. Sob o capô, o novo Passat pode ser equipado com um propulsor de 1.8 TSI de 180 cv, um seis cilindros de 3.6 litros capaz de render até 280 cv ou o turbodiesel de 2.0 litros e 150 cv – este último propulsor envolvido no escândalo da fraude nos testes de emissão de poluentes. O grupo alemão é acusado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) de manipular as aferições feitas em cerca de 482 mil carros da Volkswagen e da Audi, entre 2009 e 2015, só nos Estados Unidos. Para isso, um software ilega foil sorrateiramente instalado nos modelos Beetle, Golf, Jetta e Passat, além do Audi A3, equipados com o motor turbodiesel 2.0 litros – o mesmo que é utilizado na picape Amarok, no Brasil. O software
Hora do luxo
Mal foi revelado no Salão de Frankfurt, o Bentley Bentayga já chama atenção pela ostentação que a marca quer imprimir no modelo. Primeiro utilitário esportivo da fabricante inglesa – e com a clara intenção de elevar a categoria a um patamar ímpar de luxo –, o carro terá em sua lista de acessórios uma verdadeira joia que, por mais absurdo que isso possa parecer, custará quase o mesmo valor que ele. Trata-se de um relógio encomendado à fabricante suíça Breitling. A peça, produzida especialmente para o “grandalhão”, utiliza, segundo sua produtora, o “mecanismo mais complexo” encontrado em um relógio. Ele é feito de ouro maciço e seus algarismos são confeccionados em diamante. Com isso, adiciona ao valor do carro – que é de 160.200 libras, mais ou menos R$ 996 mil – a “bagatela” de 150 mil libras, em torno de R$ 933 mil. A Breitling também fornece o relógio que sai de fábrica no Bentley Bentayga.
Ansiedade explícita - Aguardado por muitos
no Brasil, a décima geração do Honda Civic já deu as caras nos Estados Unidos. Por aqui, o modelo deve chegar no fim de 2016 para ser um dos principais destaques da marca no Salão de São Paulo. Repleto de novidades, o sedã médio japonês teve seu visual totalmente modificado e ficou mais agressivo e refinado. A dianteira agora engloba uma grade totalmente cromada que interliga os faróis, que passam a contar com um filete de leds para iluminação diurna. Na lateral, os vincos estão mais contundentes e as rodas possuem novo design. A novidade estética principal fica na traseira, com lanternas no formato de bumerangues e um novo desenho da cauda, ao melhor estilo fastback, com o caimento sutil da linha do teto a partir da terceira coluna. Melhorias estruturais também foram concebidas ao modelo. Construído a partir de uma nova plataforma, as dimensões foram ampliadas em 5 centímetros de largura e 3 cm de comprimento e a altura foi rebaixada em 2 cm.O porta-malas foi ampliado para 520 litros. O carro “emagreceu” 30 quilos e a carroceria está 25% mais rígida, devido ao uso de aços resistentes. Porém, a parte mais instigante fica com o novo propulsor 1.5 litro turbinado capaz de render cerca de 200 cv e 26 kgfm de torque, que deve trabalhar em conjunto com o câmbio CVT – já presente no HR-V, City e Fit. Tecnologias também devem ser incorporadas ao Civic 2016, como controles de estabilidade e tração, vetorização de torque e acabamento mais refinado no interior.
Cavalos soltos – Tudo leva a crer que o Ford Mus-
tang será vendido no Brasil em 2016, provavelmente a partir do segundo semestre. Para isso, o modelo já estaria inclusive em fase final de homologação por aqui. A expectativa é de que ele chegue com o motor 5.0 litros V8 de 441 cv, o mais forte da gama.
vitrine
Fotos: Divulgação
Diversão para dois
Quarta geração do Mazda MX-5 reafirma vocação urbana e de “fun car” do roadster japonês
por Márcio Maio Auto Press
O
s roadsters até têm muitos representantes hoje em dia. Mas veio do Japão o modelo que fez o então fatigado segmento – caracterizado pela carroceria planejada para dois ocupantes e conversível – ressurgir com força total no final da década de 1980. Mais precisamente em 1989, ano do lançamento do icônico Mazda MX-5. Trata-se do roadster mais vendido do mundo, com direito a dois recordes registrados no “Guinness Book”. E que segue firme até hoje, com sua quarta geração, apresentada no ano passado e já à venda em diversos mercados do globo terrestre. A meta da marca nipônica é ultrapassar a marca de 1 milhão de unidades emplacadas do modelo nesta nova geração – até a terceira, fabricada até 2014, foram cerca de 950 mil exemplares comercializados. Para isso, a aposta é em duas motorizações – de 1.5 litro ou 2.0 litros – e cinco versões de equipamentos que ajudam o modelo a manter a principal função determinada a ele: a de ser um carro pequeno, não muito caro, com tração traseira e que proporcione boa dose de diversão a quem está no volante. A nova arquitetura – batizada de Skyactiv-chassis – permitiu a redução de peso em cerca de 10%, ou seja, o modelo agora pesa em média 1 mil kg, variando um pouco em função dos diferentes motores e conjuntos de itens de série. Isso graças ao uso de alumínio em diversas partes da carroceria. O propulsor de entrada é um 1.5 litros a gasolina de 131 cv a 7 mil rpm e torque de 15,3 kgfm em 4.800 giros. Já a motorização mais potente tem 2.0 litros, 160 cv a 6 mil rpm e 20,4 kgfm a 4.600 giros – e é a única disponível no site da marca nos Estados Unidos. Na configuração mais potente, o descapotável consegue
chegar aos 100 km/h, partindo do zero, em 7,3 segundos. A transmissão é manual de seis velocidades ou, no caso do motor mais potente, pode ainda ser automática, também com seis marchas. A versão mais “nervosa” também conta com sistema start/stop, que desliga o motor enquanto o freio está acionado em paradas rápidas, como nos sinais de trânsito. Os itens de série não chegam a ser tão chamativos, mas combinam com a proposta do veículo. São três configurações de acabamento, todas associadas ao motor menos forte. A de topo fica disponível com motor 2.0. A mais básica inclui direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade, sistema de monitoramento da pressão de pneus, faróis de leds, airbags frontais e laterais, sistema de áudio com leitor de CD e Bluetooth, vidros elétricos, ar-condicionado, computador de bordo e rodas de liga leve. A intermediária acrescenta luzes diurnas de leds, volante em couro, piloto automático e, opcionalmente, ar-condicionado automático, sensores de luminosidade e chuva, aviso de mudança de faixa, bancos em couro e com aquecimento e sistema de navegação. Já a versão de topo adiciona sensores traseiros de estacionamento, sistema de áudio Bose, chave presencial e, pagos por fora, bancos esportivos da Recaro, monitoramento de ponto cego e diferencial autoblocante – quando uma roda perde aderência, a força é direcionada à roda contrária para que o eixo tenha capacidade de tração e o veículo consiga sair do estado de imobilidade. Os preços do Mazda MX-5 começam em US$ 24 mil nos Estados Unidos, o equivalente a R$ 97 mil. Mas esse valor pode chegar a cerca de US$ 35 mil na configuração mais cara, completo. O que se aproxima dos R$ 142 mil.
Primeiras impressões
Na medida certa
por Alejandro Konstantonis do Autocosmos.com/México, exclusivo no Brasil para Auto Press
Cidade do México – Por fora, o visual do Mazda MX-5 já agrada. Mas seu interior é ainda melhor. A qualidade dos materiais e é excelente e, apesar de aparentemente pequeno, o habitáculo é bem resolvido. O painel de instrumentos é básico, mas fornece todas as informações necessárias. Na versão mais completa, no centro do painel de instrumentos, há uma tela sensível ao toque onde se pode ver e manipular várias funções de entretenimento do carro, como ligar o telefone ao Bluetooth, acessar o sistema de áudio e os mapas do navegador, entre outras. Mas a grande expectativa é ver o MX-5 em movimento. A primeira coisa a fazer é abrir a capota, que recebe um mecanismo manual. Basta desbloquear um gancho localizado no retrovisor interno e dobrá-la. Se precisar fechá-la – como em casos de chuva – é preciso liberar um bloqueio que está entre assentos e puxar o “toldo” com a mão, para colocá-lo de volta
na posição. Parece demorado, mas o tempo que se leva para executar o mecanismo é mais ou menos o mesmo gasto para ler este parágrafo. É verdade que os 160 cv parecem pouco para um modelo com esta presença. Mas o MX-5 não precisa de mais potência. O motor mostrase sempre animado e muitos fatores contribuem para garantir a diversão e a sensação e segurança. O peso é divi-
dido perfeitamente entre os dois eixos e o controle eletrônico de estabilidade não se acanha na hora de dar às caras, diante de algum excesso cometido. Mas quem quiser pode desligá-lo, na busca por um pouco mais de emoção. Aí, fica por conta e risco de quem está no volante. A verdade é que ninguém precisa de um MX-5, mas o carro é uma garantia de prazer, mecânica confiável e bom valor de revenda.
Ficha técnica - Mazda MX-5 2.0
Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 1.998 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando do cabeçote. Injeção direta e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual ou automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Potência máxima: 160 cv a 6 mil rpm. Aceleração 0-100 km/h: 7,3 segundos. Velocidade máxima: 214 km/h. Torque máximo: 20,4 kgfm a 4.600 mil rpm.
Diâmetro e curso: 83,5 x 91,2 mm. Taxa de compressão: 13:1. Suspensão: Dianteira do tipo Double Wishbone, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 195/50 R16. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Carroceria: Cupê conversível em monoblo-
co com duas portas e dois lugares. Com 3,91 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,23 m de altura e 2,31 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais e laterais de série. Peso: 1.075 kg. Capacidade do porta-malas: 130 litros. Produção: Hiroshima, Japão. Lançamento mundial: 1989. Lançamento da quarta geração: 2014. Preço: A partir de US$ 24 mil, o equivalente a R$ 97 mil.
Nariz eletrônico – Depois da chave com bafô-
metro produzida pela Fiat, outro dispositivo promete reprimir o uso de seus veículos por motoristas alcoolizados. Trata-se de um sensor instalado no volante que captura vapores emanados pela pele do motorista. Batizado de Zero Tolerance System, o aparelho funciona com o carro em movimento e capturada a informação de nível alcoólico através da transpiração. Ao ser constatada a embriaguez, o GPS dispara e informa forças policiais, a empresa a qual o veículo pertence ou familiares dos motoristas. O projeto é assinado pela Sober Steering.
Renovação –
A Fiat apresentou a linha 2016 do Siena EL. O sedã compacto mantém o mesmo visual – da geração anterior da linha Palio – e traz como principal mudança o acabamento. Agora, os painéis das portas dianteiras e traseiras foram modificados e podem ser revestidos em tecido. Entre as novidades aparecem porta-óculos e saias laterais na cor da carroceria. O modelo é disponibilizado com motor 1.0 e 1.4 e custa R$ 35.770 e R$ 38.500, respectivamente. Mas itens de conforto como ar-condicionado, direção hidráulica e travas e vidros dianteiros elétricos adicionam a esta conta mais de R$ 5 mil.
Velocidade estelar – A Mercedes-Benz vem tra-
balhando no projeto de um novo carro para ocupar futuramente o posto de modelo de rua com melhor desempenho da marca da estrela – função hoje exercida pelo cupê AMG GT S. Para isso, a fabricante aposta em um sistema híbrido que combina um novo motor V12 com outro elétrico. Porém, pelo menos por enquanto, nada se fala sobre as especificações técnicas do trem de força.
“Début” amargo – Fenômeno de vendas no Brasil,
o Honda HR-V passa por seu primeiro recall. A marca japonesa convocou 3.889 unidades do utilitário esportivo para avaliar a fixação dos parafusos dos cubos das rodas traseiras e, eventualmente, promover a substituição de componentes mal montados. Isso porque alguns podem não ter recebido o aperto necessário durante o processo de montagem, expondo os ocupantes ao risco de acidentes.
Sem mistério –
Depois de muitas especulações, a Mercedes-Benz confirmou que sua picape será baseada na nova geração da Nissan Frontier. Isso, é claro, com os níveis de acabamento e itens tecnológicos típicos da marca da estrela. A produção já está garantida em duas fábricas da Nissan: de Barcelona, na Espanha, e na que está sendo construída em Córdoba, na Argentina. O modelo é fruto da parceria entre a aliança RenaultNissan e a Mercedes-Benz e será a entrada da fabricante alemã no segmento - um contra-ataque, na verdade, à Volkswagen Amarok, também feita na Argentina.
Adebuso poder por Raffaele Grosso Auto Press
Sexta geração do BMW Série 7 muda pouco no
visual mas extrapola na tecnologia e na sofisticação
Fotos: Divulgação
automundo
C
ada fabricante tem um carro que representa seu ponto máximo. Entre marcas premium, esse modelo que serve de vitrine deve mostrar o melhor da tecnologia, do requinte e da inventividade do construtor. No caso da BMW, esta função cabe ao Série 7. O sedã grande de luxo acaba de ganhar uma nova geração e foi exibido com orgulho e garbo no Salão de Frankfurt, na Alemanha. Esta sexta geração apostou, principalmente, no refinamento tecnológico. Mesmo que não seja tão visível. Sua construção utiliza polímeros com reforço de fibra de carbono, alumínio e aços de alta resistência para conseguir baixar das duas toneladas de peso, mesmo com seus 5,09 metros de comprimento – é até 130 kg mais leve que as versões correspondentes da quinta geração. Outras tecnologias são mais explícitas. O Série 7 pode, por exemplo, ser estacionado remotamente através de uma função presente na chave. A chave também permite ao condutor se conectar a smartphones e relógios inteligentes, onde é possível obter informações do computador de bordo além de efetuar comandos de bloqueio e navegação. Dois recursos bem futuristas são o sistema de iluminação a laser, herdados do modelo i8 – de série, os faróis são em led – e o sistema multimídia que pode ser controlado através de reconhecimento de gestos. Já a suspensão adaptativa é composta por um sistema misto a ar e com amortecedores eletrônicos e tem barras estabilizadoras ativas, com motores elétricos que controlam a rolagem da carroceria. O sedã grande é oferecido em duas configurações de carroceira: tradicional e com entre-eixos alongados em 14 cm. Na última, aparece o pacote Executive Lounge. Nele, estão presentes o ar-condicionado de quatro zonas e bancos
com regulagem eletrônica e climatizados com função de massagem. Para os ocupantes traseiros, há mesas dobráveis e um tablet de 7 polegadas com comandos do veículo. Entre os opcionais, aparece teto solar panorâmico, sistema de som premium assinado por Bowers & Wilkins Diamond e a tecnologia Ambient Air – que ioniza o interior do veículo e ainda perfuma a cabine com um entre oito aromas diferentes. O acabamento dos materiais mantém o padrão de sofisticação. O revestimento das portas e dos assentos podem ser em couro Nappa ou Dakota. Ainda dentro do habitáculo, há diversas molduras cromadas e detalhes em madeira e alumínio escovado. A exclusividade do acabamento encontra eco no preço. Na Europa, o novo BMW Série 7 parte de 81.900 euros – cerca de R$ 360 mil. No Brasil, ele deve desembarcar em meados de 2016, com preços beirando a casa dos R$ 750 mil. Já do lado externo, o visual foi apenas atualizado, sem maiores revoluções estéticas. As tomadas de ar na parte frontal estão maiores e diversos detalhes cromados aparecem na carroceria para reforçar a vocação para o luxo. Na traseira, as lanternas retomaram a tradicional disposição de luzes no formato em L. Sob o capô, o Série 7 pode receber motores a diesel, a gasolina ou híbrido gasolina/elétrico. A diesel, há apenas um seis cilindros em linha com 3.0 litros e 265 cv. A gasolina há também um seis em linha de 3.0 litros de 326 cv e um V8 4.4 litros com 450 cv. Na versão híbrida, o propulsor a gasolina é um quatro cilindros que se conjuga com um motor elétrico para gerar 326 cv de potência. No modo totalmente elétrico, a capacidade de autonomia é até 40 quilômetros. A transmissão é sempre automática de oito velocidades e o modelo ainda fornece quatro modos de condução: Conforto, Esporte, Eco e Adaptativo.
Vsingular irtude Primeiras impressões
por Ruben Hoyo do autocosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press
Nova Iorque/Estados Unidos – Apesar de suas dimensões generosas, o BMW Série 7 é bem ligeiro. Ainda mais se for levar em conta seus 1.900 kg. Os freios são altamente eficazes e a carroceria tem seus movimentos extremamente obedientes. No interior, o alto nível de requinte e a qualidade do isolamento acústico impressionam. É praticamente impossível perceber algum ruído externo. O conforto na parte traseira também merece destaque. Os assentos possuem inúmeras combinações de posição. No caso do pacote executivo Lounge, os passageiros podem acomodar-se como numa classe executiva de um avião, com apoio para os pés, serviço de mesa e
até mesmo massagem. Os modos de condução Conforto, Esportivo ou Eco-Pro realmente alteram completamente o desempenho da suspensão, da direção, da aceleração e transmissão. Passam a sensação de ser um veículo totalmente diferente a cada opção.
Há também uma nova forma adaptativa, onde o veículo monitora o comportamento de conduta do motorista e seleciona automaticamente o que se encaixa melhor na situação. De todo o jeito, o modelo reflete bem a proposta da marca de sofisticação e glamour.
Ficha Técnica BMW 750i xDrive Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 4.395 cm³, dois turbos, oito cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Potência: 450 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 66,3 kgfm entre 1.800 e 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 88,3 mm X 89 mm. Taxa de compressão: 10,5:1 Aceleração de zero a 100 km/h: 4,4 segundos. Velocidade máxima: 250 km/h limitada eletronicamente. Suspensão: Dianteira independente pneumática com braço duplo. Traseira pneumática do tipo multilink. Amortecedores eletrônicos nas quatro rodas e barra estabiliza-
dora ativa nos dois eixos. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 245/50 R18. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 5,09 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,46 m de al-
tura e 3,07 m de entre-eixos. Traz airbags frontais, laterais dianteiros e traseiros, de cortina e de joelho para o motorista. Peso: 1.945 kg. Porta-malas: 515 litros. Tanque de combustível: 78 litros. Preço na Alemanha: A partir de 81.900 euros, ou R$ 360 mil.
Com asas e rodas
Está prevista para 2018 a estreia do esportivo que a Red Bull, fabricante de bebidas energéticas, pretende lançar em parceria com a Aston Martin. E, para isso, as marcas contam com uma ajuda de peso: Adrian Newey, um dos mais conceituados projetistas da Fórmula 1, já está totalmente entregue ao desenvolvimento do carro. A ideia é que se trate de um modelo completamente novo e pronto para quebrar paradigmas na relação entre o motorista e a tecnologia embarcada no veículo. A vontade de Newey é apostar em um trem de força puramente elétrico. E, ao que tudo indica, pode ser que eles recebam uma ajuda de peso nisso. É que a Mercedes-AMG, divisão “nervosa” da marca alemã – que é uma das acionistas da Aston Martin –, está interessada em participar da empreitada. Mas, caso isso aconteça, há chances de o modelo se tornar híbrido, adotando seu poderoso V8 biturbo no projeto.
O
Inteligência artificial
Land Rover Discovery Sport recebeu uma nova versão durante o Salão de Frankfurt. Denominada de HSE Dynamic Lux, o utilitário esportivo tem rodas de liga leve aro 20 em preto, detalhes na cor da carroceria e opções personalizadas para acabamento interno. Além do visual, outra novidade fica por conta da combinação dos sistemas All Terrain Progress Control e Active Driveline. O primeiro é uma espécie de piloto automático para trechos off-roads e o outro ajusta automaticamente a tração às condições do solo. Os dois sistemas estão no pacote Intelligent Dynamics, que futuramente deve equipar toda a linha. O modelo será vendido na Grã-Bretanha por 46 mil libras, algo em torno de R$ 285 mil.
Nas alturas
Parece até ficção científica. Vazaram documentos que indicam o registro de patente da Toyota sobre uma espécie de carro voador. O modelo utilizaria uma tecnologia de asas empilháveis que não comprometeriam a visibilidade e nem sua largura enquanto fosse utilizado no chão. O projeto se baseia na montagem de quatro asas posicionadas próximas umas das outras e na parte do teto do carro. Elas ainda poderiam ser desmontadas quando fosse necessário. Juntas, gerariam pressão suficiente para garantir a decolagem. Mas, uma vez no ar, apenas duas seriam usadas para manter o voo em velocidade de cruzeiro. De qualquer forma, a marca japonesa garante que ninguém deve esperar um automóvel passeando pelos ares em breve.
de ocupação
por Luiz Humberto Monteiro Pereira Auto Press
Com o mercado retraído, tática da Volkswagen/MAN é aumentar as opções nos segmentos mais vendidos
fotos: divulgação
E stratégia
transmundo
C
omo sobreviver em um mercado que enfrenta uma retração de mais de 50% das vendas em um ano? Entre os fabricantes de caminhões instalados no Brasil, cada um tem a sua estratégia para driblar a crise. A Volkswagen/MAN acaba de anunciar a sua: ampliar a oferta de versões no segmentos que mais vendem no Brasil. A proposta é oferecer soluções cada vez mais sob medida para as necessidades dos transportadores. Além dos novos produtos, a Volkswagen/MAN acaba de anunciar que está criando um novo sistema de leasing corporativo, inicialmente apenas para o modelo MAN TGX. Para levantar o astral, a Volkswagen resolveu lançar a Série Prime. Trata-se de uma edição comemorativa pelos dez anos de lançamento dos caminhões Constellation, que já tiveram mais de 180 mil unidades vendidas. Na Série Prime, o líder de vendas no segmento rodoviário VW 24.280 e o cavalo-mecânico VW 25.420 vêm com transmissão automatizada V-Tronic e recebem um acabamento interno diferenciado, cor exclusiva “Dourado Prime”, grades na tonalidade Black Piano e outros detalhes de acabamento requintado que a versão normal. A novidade vai estar disponível também para um modelo inédito: a versão 8X2 do cavalo Constellation 25.420 V-Tronic. Nas três configurações, a logomarca Volkswagen está adesivada na lateral da cabine e a inscrição Prime aparece nos bancos e retrovisores. O sistema de rastreamento, monitoramento e gestão de frota Volksnet é de série, mas as rodas de alumínio são opcionais. Serão produzidas somente 600 unidades da Série Prime. Segundo a Volkswagen, as vendas começam no último trimestre do ano. Além da série especial, entre as novidades se destaca a chegada do VW 19.330 Titan. O novo cavalo-mecânico é o “herdeiro” do 18.310 Titan Tractor, um dos modelos mais emblemáticos da Volkswagen Caminhões. Segundo o fabricante, o novo Titan é a solução ideal entre capacidade de carga, robustez e boa relação custo-benefício. Outra novidade é o 19.360 Tractor, que tem como proposta estabelecer uma nova referência de produtividade em sua categoria de cavalos 4X2.
Equipado com terceiro eixo na versão VW 25.360, conta com cabine Constellation e o motor Cummins ISL de 360 cv. Na marca Volkswagen, além do novo Titan, os Constellation 17.230 e 23.230 agora chegam na opção com terceiro eixo, para entregas urbanas e serviços rodoviários de curtas distâncias, para reforçar a oferta nos segmentos de 17 e de 24 toneladas. A família Delivery ganha o reforço do VW 13.160 – que substitui, com nova nomenclatura, o 10.160 Plus 6X2 –, com 13.200 quilos de peso bruto total (PBT) e terceiro eixo de fábrica. O novo modelo, segundo o fabricante, atende tanto à flexibilidade procurada pelos transportadores quanto à legislação paulista para veículos urbanos de carga — VUC. Já com a marca MAN, a novidade é o TGX 29.480, com potência de 480 cv. Dentro da proposta de aumentar a diversidade de produtos, a Volkswagen/MAN oferece quatro opções de câmbios automatizados e o maior portfólio de modelos automatizados do mercado brasileiro. A caixa ZF 6AS 1000 TO, de seis marchas, equipa os Constellation 17.190, 17.280 e 24.280, combinada ao exclusivo sistema de eixo automatizado Smart Ratio. Segundo os engenheiros da marca, a tecnologia torna possível aproveitar ao máximo as duas relações do eixo e multiplicar o potencial da caixa. Já os modelos Constellation 24.330 V-Tronic e 30.330 V-Tronic contam com a nova caixa ZF 12 AS 1420 TD, de 12 marchas. Também com alto desempenho e capacidade de torque, a caixa ZF 16 AS 2230 TD, de 16 marchas, é opcional nos modelos Constellation 19.330, 19.360, 19.390, 25.360, 25.390 e 26.390 e vem de série nos modelos 19.420, 25.420 e 26.420, todos V-Tronic. Para o MAN TGX, a transmissão é a TipMatic, com caixa ZF 16AS 2630 OD numa configuração que equipa de série toda linha, com os modelos 28.440, 29.440 e 29.480. Atenta às demandas por veículos rodoviários mais potentes, a Volkswagen/MAN lança sua linha de cavalos mecânicos de 360 cv com os modelos VW Constellation 19.360 4X2 e 25.360 6X2, para aplicações do tipo carga seca, furgão frigorífico, sider, tanque de três eixos, entre outras configurações com peso bruto total combinado
(PBTC) de 43 até 53 toneladas. Outra aposta é vender o Delivery 5.150 para utlização como Food Truck. O veículo tem peso bruto total de 5,5 toneladas e vem equipado com motor Cummins ISF de 3,8 litros e 150 cv. E o fabricante ainda investe nos chamados veículos vocacionais. As principais novidades estão nas linhas Constructor Betoneira, Compactor e Distributor, que surgem com novas potências, configurações e opções de câmbio. Os veículos contemplam configurações específicas para as aplicações, definidas pelos próprios frotistas. Apesar dos tempos serem de dinheiro escasso, a oferta de modelos para transporte de valores também ficou mais completa. A Volkswagen anuncia a chegada do chassi 9.160 ECE, com peso bruto total (PBT) de 8.500 kg, entre-eixos de 3.150 mm, e bitola dianteira larga.
Mas as ações da Volkswagen/MAN para os tempos bicudos não se restringem à criação de novos produtos. Para a linha dos extrapesados TGX, a MAN oferece a proposta do leasing operacional, com parcelas fixas 30% menores que as do Finame e sem entrada. Similar a um aluguel ou arrendamento, a nova forma de aquisição foi desenvolvida em conjunto com o Banco Volkswagen e estará disponível a partir de outubro. Inicialmente serão oferecidas 400 unidades e o cliente poderá optar por planos de 36, 48 ou 60 meses. Segundo a Volkswagen/MAN, a vantagem é que o bem não fica imobilizado e o empresário tem mais liquidez para tocar seu negócio. Ao final do contrato, o caminhão poderá ser financiado pelo valor de mercado ou simplesmente devolvido – e um novo leasing pode ser contratado.
Créme de la créme – A Audi criou uma versão
limitada do utilitário esportivo médio SQ5. O modelo, que já era bem ousado e excluviso, com motor diesel V6 biturbo de 313 cv e 63,4 kgfm de torque, passa a contar com a configuração Plus, restrita a 100 unidades. O SQ5 TDI Plus rende 340 cv e 71,5 kgfm de torque. Suficiente, de acordo com a Audi, para percorrer o zero a 100 km/h em 5,1 segundos. A versão foi ainda incrementado visualmente, com retrovisores externos pretos, roda aro 21 com design específico e a cor Azul Macaw – que também está presente em detalhes dentro do habitáculo. O Audi SQ5 TDi Plus será vendido na Europa por 67.770 mil euros, algo em torno de R$ 300 mil.
Faísca apagada -
Depois de tantos adiamentos e debates sobre o uso de extintores de incêndio do tipo ABC nos automóveis, o Conselho Nacional de Trânsito anunciou que a utilização da peça passa a ser opcional nos veículos de passeio no Brasil. A decisão é justificada por uma série de motivos, mas
o principal é o fato das fabricantes de extintores garantirem ser preciso de três a quatro anos para conseguir atender à demanda deste tipo de item para todos os carros que rodam no país. O Departamento Nacional de Trânsito também considerou que todas as evoluções ocorridas nos últimos anos garantiram mais segurança contra incêndios. Caso, por exemplo, do fim do carburador, do corte automático de combustível em caso de colisão, do posicionamento do tanque fora do habitáculo e da capacidade de combustão dos materiais utilizados. Mas o uso do dispositivo segue obrigatório em veículos de transporte comercial de passageiros, como ônibus, microônibus, caminhões, caminhõestratores e também para o transporte de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.
Fase de crescimento - Marcada pela identidade
visual em seus modelos compactos, a Mini – marca que pertence ao grupo BMW – parece aos poucos abandonar suas “raízes”. Todos os seus últimos modelos apresentados sofreram acréscimo em suas proporções e, durante o Salão de Frankfurt, a segunda geração do Clubman esbanjou bons 4,20 metros de comprimento. Algumas pesquisas e estudos recentes mostram que a marca está buscando projetos de veículos cada vez maiores, o que cria a polêmica sobre quais dimensões os produtos da companhia devem ter. De acordo com Sebastian Mackensen, presidente da marca, a empresa está tentando se adaptar à demanda do mercado, e o fato do nome da montadora ser Mini não quer dizer que influencie diretamente no tamanho dos veículos. Ainda assim, há especulações que a nova geração do Countryman, modelo que ocupa o “line-up” da Mini, deva fica mais encorpado, próximo de dimensões de um SUV compacto normal.
N
Horex VR6 Silver Edition: divulgação
motomundo
por Raffaele Grosso Auto Press
Estranhas no ninho Além de carrões, Salão de Frankfurt exibe poucas e boas motocicletas superesportivas
a edição deste ano, o Salão de Frankfurt mostrou que a crise na Europa está se dissipando. O envento, que termina no domingo, dia 28, carrega o rótulo de maior autoshow do planeta, com seus esportivos e carros de luxo. Mas desta vez deu um pequeno espaço para que veículos de duas rodas estacionassem em seus estandes. Isso tem um motivo: várias marcas de motocicleta hoje têm participação acionária de fabricantes de automóveis. Caso do Grupo Volkswagem, que controla a Ducati através de sua marca de luxo Audi. Foi no estante da Audi que surgiu a nova naked Monster 1200 R, com seu motor de 160 cv. Neste embalo, a MercedesBenz – que recentemente adquiriu 25% das ações da MV Agusta – também revelou uma versão limitada da F3 800, com design inspirado no Mercedes AMG GT. Outra marca referência no segmento de superesportivas é a Honda. A fabricante japonesa aproveitou o Salão para mostrar ao público a versão de rua da RC 213 V – moto utilizada nas provas de MotoGP. E por fim, outro destaque é a Horex VR6 Silver Edition. A marca alemã estava próxima de fechar as portas por problemas financeiros, mas se reanimou com os investimentos da 3C Carbon Group e resolveu voltar à ativa com uma edição limitada do modelo VR6.
Destaques em duas rodas do Salão de Frankfurt 2015 Ducati Monster 1200 R – O modelo vem para ocupar o posto de naked mais potente já fabricada pela marca. Para justificar a última letra R, de Racing, a superesportiva teve atualizações em seu propulsor. Agora, o motor Testatretta de dois cilindros de arrefecimento líquido e 1.184 cm³ passa a render 160 cv em 9.250 rpm – 15 cv a mais que a Monster 1200 S vendida por aqui. Outras melhorias também estão no peso seco, reduzido para 180 kg, e na suspensão, que passa a ser Ohlins com garfo telescópico na dianteira e monoamortecedor na traseira. A naked conta com novo sistema de escape composto por duas ponteiras em formato de pentágono, rodas de alumínio forjado com design diferenciado, para-lama frontal em fibra de carbono e pequena carenagem sobre o painel. O modelo também vem equipado com freios ABS, controle de tração e três modos de pilotagem. MV Agusta F3 800 AMG Solarbeam – Após ter 25% de suas ações adquiridas pela AMG – divisão esportiva da Mercedes-Benz –, a MV Agusta tratou de colocar alguns apetrechos estéticos na motocicleta. Baseada na F3 800, o modelo foi criado em homenagem ao AMG GT Solarbeam e tem a carenagem predominantemente amarela com detalhes em preto. Na lateral, há uma grande inscrição AMG. O assento de couro possui costuras em amarelo e o tanque de combustível é similar aos modelos de competição da MV Agusta, onde aparece o logo da marca italiana e da divisão esportiva alemã. O motor de três cilindros e 783 cm³ é capaz de render 148 cv a 13 mil rpm e 8,97 kgfm de torque a 10.600 rpm e trabalha em conjunto com uma transmissão de seis velocidades. A suspensão dianteira é composta por garfo telescópico hidráulico com amortecedores invertidos e a traseira em monobraço oscilante. Os freios ABS são equipados com pastilhas Brembo e para dar conta de tanta força, há controle de tração. A superesportiva terá produção limitada e tem venda prevista somente para território europeu por algo em torno de 15 mil euros – cerca de R$ 70 mil.
Honda RC 213 V-S – A esportiva da marca japonesa foi apresentada durante o último Salão de Milão como conceito e apareceu em sua versão final em Frankfurt. O modelo nada mais é que uma versão de rua das motos utilizada durante as competições de Moto GP pelos pilotos Marc Marques e Dani Pedrosa. Como destaque aparece o motor de quatro cilindros de 999 cm³ capaz de produzir 215 cv de potência a 13 mil rpm. O modelo pesa 170 kg – 12 kg a mais que a utilizada durante as competições – devido ao acréscimo de alguns itens obrigatórios como catalisador, buzina, farol e setas, entre outros. O modelo já está à venda e não sai por menos de US$ 184 mil, algo em torno de R$ 700 mil.
Horex VR6 Silver Edition – A marca alemã de motocicletas estava à beira da falência até que o grupo 3C Carbon – empresa que produz carbono para diversas utilidades – adquiriu a fabricante no início de 2015. Durante o Salão, a marca apresentou uma versão limitada de 33 unidades da VR6. Batizada de Silver Edition, a variante chega com visual ousado. Quadro de alumínio fundido, sub-chassi em fibra de carbono, assento em couro duplo com costuras de tonalidade clara e um tanque em aço escoavado. O sistema de escape traz duas ponteiras cromadas e o painel digital vem acoplado a uma tela de LCD. Faróis, setas e lanternas contam com lâmpadas de leds. No conjunto mecânico, o propulsor é um seis cilindros de 1.218 cm³ com 170 cv de potência e 14 kgfm de torque. Junto com o motor trabalha uma transmissão de seis velocidades. A suspensão Ohlins tem garfos invertidos na dianteira e monoamortecedor na traseira. A Horex VR6 pesa 221 kg e os freios são ABS com pastilhas Brembo de série. O valor não foi divulgado.
Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 73, 25 de setembro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.189 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raffaele Grosso redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br
Curta a página da Revista Auto Press
Acordos editoriais: MotorDream (Brasil) Infomotori.com (Itália) Autocosmos.com (México/Argentina/Chile/Peru/Venezuela) Automotriz.net (Venezuela) AutoAnuario.com.uy (Uruguai) Revista MegaAutos (Argentina) MotorTrader.com.my (Malásia) Absolute Motors (Portugal) Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge fotografia@cartaznoticias.com.br Ilustrador: Afonso Carlos acdesenho@hotmail.com Publicidade: Arlete Aguiar publicidade@autopress.com.br Produção: Harley Guimarães producao@cartaznoticias.com.br