Revistaautopress079

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Ano 2, Número 79, 6 de novembro de 2015

Bcoreana eleza

Hyundai ix35 muda o visual e mostra virtudes para se manter como o SUV médio mais vendido do país

E ainda: Peugeot 308 renovado Novo DS4 Apresentação da linha Bonneville Ford investe em segurança para reforçar vendas globais Salão de Tóquio


Sumário

EDITORIAL

De olho no mercado

Edição de 6 de novemro 2015

As páginas da “Revista Auto Press” desta semana tem como principal destaque o Hyundai ix35. O modelo coreano é o SUV médio mais vendido do país e mostra o porquê em sua versão topo de linha. Outro modelo testado foi o renovado Peugeot 308. O hatch médio fabricado na Argentina ganhou um face-lift e chega ao Brasil para tentar interromper a queda nas vendas da marca. Questões relacionadas à segurança automotiva estão cada vez mais em destaque. Atenta neste quesito, a Ford busca reforçar vendas nacionais e globais ao tentar tornar o acesso a esses dispositivos mais popular em seus modelos. Em Lisboa, Portugal, o novo DS4 foi avaliado. O hatch premium ganha novidades no design e no recheio tecnológico, e pega embalo na onda dos utilitários com a inédita versão aventureira Crossback. No campo das duas rodas, a Triumph aumenta a gama da linha retrô Bonneville e aplica modernidades tecnológicas. Já na área dos pesados, a Mercedes-Benz e Suzuki saíram um pouco do conservadorismo e apresentaram conceitos divertidos de vans durante o Salão de Tóquio, no Japão. Boa leitura!

03 - Hyundai ix35 Top

27- Ford investe em segurança para reforçar vendas globais

12 - Lançamento do “facelift” do Peugeot 308

32 - Salão de Tóquio revela dois conceitos de vans compactas

20- Novo DS4

39 - Apresentação da linha Bonneville


O

fotos: Isabel Almeida/CZN

teste

por Raffaele Grosso Auto Press

Bem traçadas linhas Líder de vendas entre os SUVs médios, Hyundai ix35 exibe seus principais atributos na versão Top

segmento de utilitários esportivos vive momentos de glória no Brasil. Parece estar em um universo paralelo diante da crise que se abate sobre o setor automotivo – entre os SUVs compactos houve até um certo “frisson” com a chegada do Honda HR-V e do Jeep Renegade. Já entre os modelos médios, o panorama é positivo, mas não sofreu grandes mudanças esse ano. O SUV coreano montado em Anápolis, Goiás, e com motorização flex lidera com alguma folga, bem à frente dos principais rivais, que são importados – Volkswagen Tiguan, Chevrolet Captiva, Toyota RAV4 e Honda CR-V. Recentemente, o ix35 passou por uma atualização visual exclusiva para o Brasil que serviu tanto para acompanhar o design da nova geração lá fora quanto para dar um novo ânimo às vendas do modelo. Nessa nova fase, a versão Top traz diferenciais que reforçam a imagem tecnológica do modelo – ponto fundamental para manter a liderança. Até outubro deste ano, o modelo obteve média de 1.250 emplacamentos mensais. De acordo com a Hyundai, a estimativa é que a versão Top seja responsável por 20% das vendas – cerca de 250 unidades. E é nesta configuração que a marca coreana oferece os melhores acessórios e itens tecnológicos ao modelo. No visual, o Hyundai ix35 adotou uma grade hexagonal em novo formato cortado por três barras foscas e com moldura prateada. Os faróis ganharam nova distribuição das luzes e contam com uma “fita” de leds na parte superior. Os para-choques e luzes de neblina também foram redesenhados. Na lateral, aparecem as rodas de liga leve de 18 polegadas com design novo e as maçanetas cromadas – exclusivas


nesta versão. Na traseira, as lanternas ganharam nova ordenação de luzes e o contorno em vermelho e lâmpadas de leds – também somente para a versão Top. Sob o capô, o SUV é sempre impulsionado pelo motor 2.0 litros de 16V bicombustível capaz de render 157/167 cv de potência e 19,2/20,6 kgfm com gasolina/etanol. Junto com o propulsor trabalha a caixa de transmissão automática de seis velocidades com opção de trocas sequenciais na alavanca. A força gerada pelo motor é sempre distribuída para as rodas dianteiras. No interior, o acabamento e o uso de materiais mantevese praticamente inalterado. O painel é constituído em sua maioria por plásticos rígidos de cor preta e as saídas de ventilação e os botões ganham contornos prateados. Ao centro encontra-se a tela multimídia de sete polegadas com funções de áudio, telefonia, Bluetooth, GPS e câmara de ré. Os bancos são revestidos em couro e o do motorista conta com ajustes elétricos. O volante revestido em couro é multifuncional e o quadro de instrumentos se manteve o mesmo, com mostradores analógicos para conta-giros e velocidade. Entre eles encontra-se uma pequena tela com informações do computador de bordo. Para justificar o valor de R$ 122.900, a Hyundai acrescenta alguns de itens como equipamento de série no ix35 Top, como teto solar duplo panorâmico, ar-condicionado de duas zonas com saídas para a fileira de trás, banco do motorista com regulagem elétrica com ajuste lombar, seis airbags – frontais, laterais e de cortina –, controles de estabilidade e tração, partida através de botão e smart entry – entrada sem uso de chave.


Ponto a ponto

Desempenho – O propulsor de 2.0 litros flex capaz de render 167/157 cv de potência e 20,6 e 19,2 kgfm de torque com álcool/gasolina impulsiona bem a etanol e meia do Hyundai ix35. A transmissão automática de seis velocidades é suave e interpreta rapidamente as pisadas no acelerador. Há também o modo para trocar as marchas de forma manual na alavanca do câmbio, que permite ao condutor obter um desempenho um pouco mais esportivo. Nota 7. Estabilidade – Embora seja alto, o utilitário não demonstra falta de controle nas curvas. A estrutura é bastante rígida e não permite rolagens, seja em curvas, seja em trechos irregulares. Nota 8. Interatividade - O ix35 é bem amigável. As regulagens elétricas do banco do motorista facilitam chegar à melhor posição de dirigir, o volante multifuncional é bem completo e contém a maioria dos comandos e a tela central multimídia “touch” é fácil de manusear. A visibilidade traseira é ajudada pelos bons espelhos externos. A direção é leve para realizar manobras em vagas e firme em velocidades mais elevadas. Nota 8. Consumo – De acordo com o programa de etiquetagem veicular do Inmetro, o Hyundai ix35 apresentou médias de 6,1 e 7,3 km/litro em trecho urbano e rodoviário quando abastecido com etanol. Com gaso-


lina no tanque, registrou 8,8 e 10,5 km/l na cidade e estrada, respectivamente. Tais números renderam nota A em sua categoria e C no geral. Nota 8. Tecnologia – Apesar de ter sido substituído lá fora, o ix35 é ainda moderno. A plataforma tem apenas cinco anos de idade e os motores são os mais recentes da marca. O modelo não esbanja recursos tecnológicos, mas tem os equipamentos oferecidos no segmento, como ar digital, teto solar panorâmico, seis airbags, controles dinâmicos, tela “touch”, lanternas em led e chave presencial. Nota 8. Conforto – Os bancos em couro têm boa densidade e tanto passageiros da frente quanto de trás dispõem de amplo espaço para pernas, joelho e cabeça. Nem mesmo um terceiro elemento atrás incomoda muito. A suspensão é macia e filtra bem as imperfeições do piso. O isolamento acústico se mostra eficiente e o som do motor só aparece em tocadas mais esportivas. Nota 8. Habitabilidade – As portas são largas e possuem bom ângulo de abertura para entrar e sair do veículo. O número de porta-trecos dentro do habitáculo é razoável, com porta-copos, guarda-volumes no apoio de braço do motorista e espaços também para objetos nas laterais das portas. Saídas de ar para os ocupantes traseiros ajudam a democratizar o ar-condicionado e o porta-malas comporta ótimos 728 litros. Nota 9. Acabamento – O interior do Hyundai ix35 é simples demais quando se leva em conta o preço do veículo.


O painel é constituído por plásticos rígidos em sua maioria. Percebe-se um cuidado com os encaixes e nos detalhes, mas a impressão geral dada pelos revestimentos é de ser um modelo de segmento inferior. Na versão Top, o acabamento em couro minimiza um pouco a má impressão. Nota 6. Design – A atualização visual do SUV rendeu um ar mais moderno e sofisticado. A grade dianteira hexagonal com os faróis novos e fita de led deixaram o utilitário mais bonito. O porte e os vincos com linhas fluidas e as rodas de liga leve aro 18 na lateral também fazem bonito. Na traseira, a novidade fica por conta das lanternas, que passam a contar com luzes de led e reforçam a sensação de modernidade. Nota 9. Custo/benefício – A Hyundai pede R$ 122.900 pela versão topo de linha do ix35. É um preço atraente diante dos rivais com mesmo nível de equipamento e explica em parte o sucesso do modelo. O Honda CR-V só vem com tração integral e custa R$ 136.900. Caro também é o Tiguan, de iniciais R$ 132.390 e que chega a R$ 175.800 quando nivelado ao ix35 Top. Em compensação, vem com um motor turbo de 200 cv. O “datado” Chevrolet Captiva sai a R$ 111.390, mas é menos equipado. A Toyota pede R$ 122.100 pelo RAV4, mas vai a R$ 137.050 com equipamentos similares. Nota 8. Total – O Hyundai ix35 somou 79 pontos em 100 possíveis.


Impressões ao dirigir

Racionalidade familiar

O design do Hyundai ix35 nem era seu ponto fraco. Desde seu lançamento, o modelo manteve a sensação de modernidade. Porém, a pequena “maquiagem” que foi feita para se adequar ao novo “family face” da marca fez o modelo ficar ainda mais bonito. A nova grade junto com os novos faróis deixaram o utilitário com ar mais robusto e moderno. Por dentro, o acabamento com excessivos plásticos rígidos deixa um pouco a desejar. Ainda mais quando se constata o preço acima dos R$ 120 mil. Mas ao acionar o botão start para dar a partida no motor e botar o carro em movimento, o Hyundai ix35 mostra que sua principal vocação é familiar. O motor até interage bem com as pisadas no acelerador e a transmissão automática é satisfatória, mas basta querer “explorar” um pouco mais que é possível perceber que o modelo não tem desempenho animador. Em velocidades constantes, o SUV mostra-se consistente e agrada. Porém, em algumas arrancadas e retomadas, os 1.500 kg do modelo parecem ser demais para que o motor possa ficar à vontade. Ao pisar mais fundo, o câmbio troca as marchas de maneira correta, porém, o

veículo demora a pegar embalo e algumas ultrapassagens devem ser feitas com certa dose de atenção, já que a resposta não é tão rápida. O isolamento acústico, que é eficiente quando se utiliza o carro civilizadamente, deixa passar o ruído do motor quando ele é explorado esportivamente. As trocas manuais na alavanca do câmbio são simples e fáceis de realizar, porém, o recomendado é deixar no modo

totalmente automático e curtir um passeio em família. O bom espaço interno e o conforto para até cinco passageiros aliado ao amplo porta-malas torna o Hyundai ix35 um bom veículo. Na versão Top, o teto solar pode ajudar ainda mais em uma viagem ou passeio descontraído. No geral, o modelo se mostra racional e pontual na maioria dos detalhes para justificar sua preferência e liderança entre os SUVs médios.


Ficha técnica Hyundai ix35 Top Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote, duplo comando variável de válvulas, injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência: 167 cv com etanol e 157 cv com gasolina a 6.200 rpm. Torque máximo: 20,6 kgfm com etanol e 19,2 kgfm com gasolina a 4.700 rpm. Diâmetro e curso: 82,0 mm X 93,5 mm. Taxa de compressão: 12,1:1. Suspensão: Dianteira independente tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores pressurizados a gás de dupla ação. Traseira independente tipo dual-link, com eixo articulado, molas helicoidais, amortecedores pressurizados a gás de dupla ação. Pneus: 225/55 R18. Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Utilitário esportivo com quatro portas e cinco lugares. Com 4,41 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,65 m de altura e 2,64 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.500 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 728 litros. Com rebatimento dos bancos traseiros, 2.885 litros. Tanque de combustível: 58 litros.

Produção: Anápolis, Goiás. Itens de série: Bancos, volante e manopla do câmbio em couro, banco do motorista com ajuste elétrico e lombar, faróis com projetor e fita em led, lanterna traseira em led, teto solar panorâmico, maçanetas cromadas, rodas aro 18 sport, vidro, travas e retrovisores elétricos, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, acendimento automático dos faróis, freios ABS com EBD, assistente de declive, airbags frontais laterais e de cortina, ar-condicionado dual-zone, piloto automático, câmara de ré com sensor de distância traseiro, saídas de ventilação para segunda fileira de bancos, Central de Entretenimento com tela touch de 7 polegadas com GPS, CD, DVD, MP3 e Bluetooth, botão de partida Start/Stop e acesso ao veículo sem uso da chave (Smart Entry). Preço: R$ 122.900.


Consciência limpa -

Queda favorável

A BMW anunciou uma queda de R$ 52 mil reais no preço do hatch i3. O compacto bávaro agora passa a ser comercializado por R$ 169.950 na versão Rex e R$ 179.950 na versão Rex Fuel – antes custavam R$ 221.950 e R$ 230.950, respectivamente. O BMW i3 possui motorização elétrica capaz de gerar 170 cv de potência e torque instantâneo de 25,5 kgfm. A autonomia do BMW i3 é de 160 km. Já o outro modelo da BMW “ecologicamente correto”, o esportivo i8, continua com seu preço inalterado, R$ 799.950. A redução é consequência da decisão do Governo Federal de estimular a comercialização de veículos híbridos e elétricos no país. A alíquota de 35% de tarifa de importação fica isenta para modelos totalmente elétricos, enquanto os híbridos passam a ter tributação entre 2 e 7%, de acordo com sua eficiência energética. Com isso, outro modelo antes quase impossível de desembarcar em solo nacional e que passa a ter vinda confirmada para o Brasil é o Kia Soul EV, também elétrico. O modelo tem tração dianteira e, segundo a marca coreana, autonomia de 179 km na estrada e 219 km na cidade, com velocidade máxima de 145 km/h.

Cada vez mais em alta no cenário automotivo, as maneiras de poluir menos e buscar maior eficiência no consumo de combustível parecem ter dado grandes passos para a evolução. De acordo com pesquisadores da Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, uma bateria conhecida como lítio-ar ou lítiooxigênio é capaz de fornecer cerca de 10 vezes mais energia que as atuais de íons de lítio, utilizadas em veículos elétricos e híbridos. De acordo com a pesquisa, houve aumento de eficiência energética de até 93% ao usar um produto químico diferente dos abordados em experimentos anteriores, hidróxido de lítio – LiOH –, em vez de peróxido de lítio – Li2O2. Assim, o processo de evolução dos componentes químicos pode fazer com que a autonomia de veículos “ecologicamente corretos” seja bem semelhante à dos modelos com motor a combustão. Porém, de acordo com os pesquisadores, ainda há muito a fazer em relação à pesquisa, embora os resultados até agora sejam bem satisfatórios.

Sinal vermelho -

O escândalo mundial sobre as fraudes nos testes de emissão nos Estados Unidos ainda não chegou ao fim. A agência de proteção americana notificou a Volkswagen também nos motores V6 3.0 litros diesel. O propulsor está em uma lista extensa de modelos, como Volkswagen Touareg, Porsche Cayenne e Audi A6, A7, A8 e Q5, vendidos entre 2014 e 2015. Estimativas apontam cerca de 10 mil unidades com o sistema instalado. Ainda não se sabe se as linhas 2016 também estão no esquema de fraude dos alemães. No Brasil, nenhum veículo foi comercializado com o motor V6 diesel. Com o software que adultera as emissões de poluentes, a Volkswagen do Brasil confirmou pouco mais de 17 mil unidades da picape Amarok, com motor 2.0 TDI em modelos 2011 e 2012. Os proprietários das picapes “contaminadas” terão de passar por reajustes no dispositivo, que foram prometidas pela Volkswagen para o início de 2016. A picape é produzida na Argentina e é o único carro no mercado nacional a ter o motor produzido na Alemanha.


Em quatro rodas A

Yamaha – tradicional marca de motocicletas e instrumentos musicais – revelou seu conceito de carro durante o Salão de Tóquio, no Japão. Sua principal atração no estande ficou por conta do Sports Ride Concept, cupê esportivo de dois lugares com carroceria feita em fibra de carbono. O modelo pesa apenas 750 kg, distribuídos nos 3,90 metros de comprimento, 1,72 m de largura e 1,17 m de altura do modelo. O conceito foi baseado nas motocicletas da Yamaha e apresenta um visual bem agressivo, com inúmeras curvas e design futurista. O interior mistura elementos de metal, couro e carbono. A marca fez mistério sobre a motorização do modelo e não foram revelados quaisquer detalhes. Inicialmente, pensava-se que o conceito fosse impulsionado por motor elétrico, mas a saída dupla de escape indica que há um motor a combustão.


Em nova rota por Luiz humberto Monteiro Pereira auto press

No embalo do “facelift� do 308, Peugeot quer mudar imagem e interromper queda nas vendas no Brasil

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN

autoperfil


A

s coisas não andam fáceis para a maioria dos fabricantes de automóveis no Brasil. Para a francesa Peugeot, os resultados da crise nas vendas têm sido particularmente cruéis. Em 2008, tinha 3,09% de participação nas vendas totais de automóveis de passeio e era a sétima marca que mais vendia no país. Sete anos depois, a marca do leão detém em 2015 algo perto de 1,1% de “share” e disputa o 12º posto no ranking de maiores vendedores no mercado local. Para reverter essa tendência, a Peugeot planeja implantar no Brasil a atual estratégia global do grupo PSA Peugeot Citroën – que inclui as marcas Citroën e DS. Segundo o planejamento da multinacional francesa, a DS concorre no segmento de luxo, a Citroën disputa com as marcas generalistas e a Peugeot passa a priorizar o consumidor que busca um nível de sofisticação superior ao encontrado nas marcas generalistas. E o lançamento no Brasil do “facelift” do médio 308 já segue essas novas diretrizes – apresentadas por aqui junto com o crossover compacto 2008, em abril desse ano. A segunda geração do 308, que já é vendida na Europa desde o início de 2014, será importada da França em 2016 para se tornar a futura versão de topo de linha da Peugeot no segmento de hatches médios. Mas a marca acredita que o 308 de primeira geração, que continua a ser produzido na Argentina e que abastece o mercado brasileiro desde o início de 2012, ainda tenha fôlego para competir no Mercosul – e que esse fôlego será revigorado com a atual reestilização. Por isso, o novo visual do modelo fabricado na cidade argentina de Palomar foi apresentado durante o último Salão de Buenos Aires, em junho. Os retoques estéticos visaram deixar o hatch visualmente alinhado ao atual “family face” da Peugeot – apresentado no conceito Onyx, no Salão de Paris de 2012. Em relação ao 308 anterior, a alteração mais marcante fica


na parte frontal. O leão sai do capô e volta para a grade. Os faróis, agora com máscara negra, tiveram o interior retrabalhado. O novo para-choque possui na área inferior uma grade em acabamento preto, que atravessa todo o veículo e abriga as luzes diurnas em leds e os faróis de neblina. Na traseira, as lanternas mantém o mesmo formato, mas os elementos internos foram redesenhados e agora exibem três listras – que, segundo o marketing da Peugeot, “remetem às garras do leão”. “A meta é entregar modelos de qualidade superior, mesmo que custem mais caro que os concorrentes”, explica Ana Thereza Borsari, presidente da Peugeot do Brasil. Assim, a marca não planeja oferecer versões “de entrada”, mais baratas e despojadas, em nenhum de seus modelos. Quer concorrer apenas entre as versões intermediárias e “tops” nos segmentos onde atua. A linha 308 começa na versão Allure 1.6 manual, que já vem com uma lista de equipamentos de série bem completa: teto panorâmico, ar-condicionado bi-zone, nova central multimídia com Mirror Link e Link MyPeugeot, alarme, sensor de estacionamento, seis airbags, regulador e limitador de velocidade, luzes diurnas em leds e detalhes de revestimento em black piano, entre outros. Vem com o motor 1.6L 16V FlexStart, de classificação “A” no programa de etiquetagem do InMetro. Desenvolve 122 cv de potência a 5.800 rpm quando abastecido com etanol, e torque máximo de 16,4 kgfm a 4.000 rpm. É acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades com sistema GSI (Gear Shift Indicator), que indica no painel de instrumentos a marcha mais adequada. Sem opcionais, o Peugeot 308 Allure manual custa R$ 69.990. Já na Allure Automática, o motor é um 2.0 litros 16V VVT Flex, com potência máxima de 151 cv a 6 mil rotações, quando abastecido com etanol. O torque máximo alcança 22 kgfm a 4 mil rpm, também com etanol. Esse conjunto é associado à


caixa automática de seis velocidades AT6II, de segunda geração. Essa versão começa em R$ 75.900. Na versão Griffe, o 308 traz o motor turbo THP Flex de 173 CV, um bicombustível de injeção direta com turbocompressor. A potência máxima é de 173 cv a 6 mil rpm quando abastecido com etanol. O torque máximo, de 24,5 kgfm, já aparece a 1.400 rpm, permanecendo constante até 4 mil rpm. Associada ao motor está a nova transmissão automática EAT6 com função

“Eco”, que prioriza a economia no consumo de combustível. Na Griffe, a câmara de ré e o sensor de estacionamento dianteiro também são de série. O preço do 308 “top” parte de R$ 82.900. Disposto a encarar a briga com Ford Focus, Hyundai i30, Volkswagen Golf e Chevrolet Cruze Sport6, o 308 de cara nova chega aos revendedores brasileiros da Peugeot em novembro. A marca espera vender por aqui entre 250 e 300 unidades mensais.


Primeiras impressões

A caminho do mar

Guarujá/SP - A apresentação do renovado Peugeot 308 foi feita em um percurso entre a capital paulista e a cidade litorânea de Guarujá. Só que por um trajeto bastante original: a Estrada Velha de Santos, também conhecida como Estrada Caminhos do Mar, fechada para circulação de veículos desde 1985. Inaugurada em 1913, foi a primeira rodovia brasileira a receber pavimentação em concreto, em 1920. Em 1947, com a abertura da Via Anchieta, a estreita e sinuosa Estrada Velha de Santos tornou-se uma via secundária para quem pretendia chegar à Baixada Santista. A versão avaliada foi a mais barata da linha, a Allure 1.6 com câmbio manual, que parte de R$ 69.990. Apresentado no Brasil em fevereiro de 2012, o 308 é um carro com virtudes diâmicas já conhecidas. Tanto em velocidades baixas quanto em ritmo mais veloz, essa versão atualizada do hatch médio da Peugeot se revela tão estável quanto a anterior. O isolamento acústico, que já era um dos destaques

do modelo, foi aprimorado. A suspensão continua a ser bem calibrada para as estradas brasileiras. Nas curvas, a carroceria rola ligeiramente em mudanças de direção mais bruscas, mas a sensação de segurança impera. O câmbio manual de cinco marchas é bem escalonado e tem

engates agradáveis. Superfícies emborrachadas e encaixes precisos dominam o habitáculo. Dentro das atuais especificações globais para a marca, o 308 cumpre bem a meta de brigar na parte superior da de seu segmento, acima da média das fabricantes generalistas.


Ficha técnica - Peugeot 308 Motor 1.6: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 122 cv com etanol a 5.800 rpm e 115 cv com gasolina a 6 mil rpm. Aceleração: 0-100 km/h: 10,3 segundos. Velocidade máxima: 196 km/h. Torque máximo: 15,5 kgfm e 16,4 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 79,5 mm X 80,5 mm. Taxa de compressão: 12,5. Motor 2.0: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades a frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 143 cv e 151 cv com gasolina e etanol a 6 mil rpm. Aceleração: 0-100 km/h: 9,1 segundos. Velocidade máxima: 213 km/h. Torque máximo: 20 kgfm e 22 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm. Diâmetro e curso: 85 mm X 88 mm. Taxa de compressão: 10,8:1. Motor 1.6 THP : Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, turbo com intercooler, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Comando duplo de válvulas no cabeçote com sistema de variação de abertura na admissão e escape. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Potência: 173 cv com etanol e 166 cv com gasolina a 6 mil rpm. Torque: 24,5 kgfm com gasolina/etanol entre 1.750 rpm e 4 mil rpm. Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades a frente e uma a ré. Tração dianteira. Aceleração 0-100 km/h: 8,3 segundos. Velocidade máxima: 215 km/h. Diâmetro e curso: 77 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,2:1. Suspensão: Dianteira independente pseudo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos pressurizados e barra estabilizadora desacoplada. Traseira por travessa deformável, molas helicoidais, barra estabilizadora integrada e amortecedores hidráulicos pressurizados. Pneus: 225/45 R17. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS. Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,29 met-

ros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,51 m de altura e 2,61 m de entre-eixos. Peso vazio em ordem de marcha: 1.318 kg (Allure 1.6) e 1.328 kg (Allure 2.0 e Griffe THP). Capacidade do porta-malas: 430 litros. Capacidade tanque de combustível: 60 litros. Produção: El Palomar, Argentina. Itens de série: Allure 1.6 Flex manual: seis airbags, alarme, sistema Isofix para cadeiras infantis, freio a disco nas quatro rodas, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, luzes diurnas em leds, retrovisores com lanternas com indicadores de posição, teto panorâmico, direção assistida eletro-hidráulica, ar-condicionado bi-zone, acendimento automático do farol, limpador automático do para-brisa, revestimento parcial em couro, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia com tela sensível ao toque, volante revestido em couro, detalhes cromados nos para-choques dianteiros e traseiros, retrovisores e maçanetas das portas na cor da carroceria, roda de 17 polegadas em liga leve. Preço: R$ 69.900 Allure 2.0L Automático: acrescenta caixa automática sequencial de seis velocidades e controle de estabilidade (ESP). Preço: R$ 75.900. 308 Griffe THP: acrescenta sensor de estacionamento dianteiro, câmara de ré, bancos em couro perfurado, rodas diamantadas de 17 polegadas. Preço: R$ 82.900.


Medida

preventiva

Luxo e esportividade

A

alemã Porsche “passou a perna” nas marcas japonesas e aproveitou o Salão de Tóquio para revelar a nova versão GTS do utilitário esportivo Macan. De acordo com a fabricante de carros luxuosos, o modelo ficará situado entre a configuração S e Turbo. O motor ganhou acréscimo de 20 cv de potência e, agora, o V6 de 3.0 litros passa a render 360 cv e 51 kgfm de torque, números suficientes para percorrer o zero a 100 km/h em apenas 5,2 segundos. Além de ajustes no motor, o Macan GTS ganhou novo escapamento, suspensão 1,5 centímetro mais baixa, rodas

de liga leve aro 20 com design exclusivo e detalhes em preto nas portas. Dentro do habitáculo, há bancos esportivos revestidos em Alcantara, novo sistema de entretenimento acoplado à tela touchscreen no centro do painel e pacote GTS, que inclui costuras vermelhas e logotipo da versão nos apoios de cabeça. Faróis com luzes de leds são opcionais. O Porsche Macan GTS começa a ser vendido na Alemanha ainda este mês e deve chegar a outros mercados em 2016. No Brasil seu desembarque deve acontecer no segundo semestre do ano que vem.

A Honda adiou a inauguração da sua segunda fábrica no Brasil, em Itirapina, no interior de São Paulo. A previsão era entrar em ação no final deste ano, mas seu prazo de abertura agora está sem data definida. Segunda a Honda, a renovação do line-up e sua entrada no segmento de utilitários compactos com o HR-V proporcionaram à marca um crescimento expressivo. Porém, a empresa continua atenta às dificuldades atuais do segmento automotivo. A Honda pretendia dobrar sua capacidade de produção no Brasil, mas a expectativa atual é de apenas manter o mesmo nível deste ano. De acordo com a fabricante, a nova unidade de produção de seus veículos dará início à produção em massa assim que houver previsão de melhoria no mercado nacional. O espaço recebeu investimentos de R$ 1 bilhão, incluindo a aquisição do terreno, a compra de equipamentos e a construção das instalações. O novo pólo industrial empregaria cerca de 2 mil funcionários.


Força máxima A

Henessey – fabricante americana de superesportivos – sempre rivalizou com a Bugatti pelo posto de produtora do carro mais potente do mundo. Agora, o lugar fica com a norte-americana e seu Venon GT, apresentado durante o SEMA Show, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O motor de oito cilindros e 7.0 litros passa a render 1.451 cv de potência – 207 cv a mais que na versão anterior.

O aumento na potência foi gerado pela adaptação do propulsor para rodar com combustível E85 – com 85% de etanol e 15% de gasolina. Com isso, a montadora conseguiu ampliar a pressão dos turbos e obter mais potência. De acordo com a Henessey, o modelo, que antes era capaz de obter a máxima de 435 km/h, com tais alterações pode chegar a surpreendentes 450 km/h. O zero a 100 km/h é cumprido em apenas 2,4 segundos.


Novo caminho vitrine

Fotos: divulgação

por Raffaele Grosso Auto Press

Após se desvincular da Citroën, DS refina DS4 e cria versão inédita Crossback


A

DS nasceu de uma costela da Citroën para ser sua divisão de luxo. Criada em 2009, a linha teve como objetivo criar projetos mais envolventes e sofisticados a partir dos modelos da empresa francesa. Caso do DS3, baseado no compacto C3, o DS4 e DS5, baseados na plataforma do hatch médio C4. O sucesso da iniciativa fez com que, desde o ano passado, a DS ganhasse status de marca autônoma – no Brasil, no entanto, vai continuar subordinada à Citroën. Enquanto não tem a chance de criar um modelo verdadeiramente novo, a nova marca começou a reformular seus produtos. No início do ano, apresentou um facelift para o DS5. E durante o Salão de Frankfurt, em setembro passado, mostrou o renovado DS4 e uma inédita versão Crossback. As alterações estéticas atingiram principalmente a frente do modelo. A grade está maior, passa a contar com uma trama de trapézios. Uma grossa moldura cromada envolve todo o conjunto. Ainda na grade aparece a logo DS, que substitui o antigo “double chevron”. Os faróis estão mais encorpados e trazem dezenas de lâmpadas de leds e luzes direcionais de xenônio, além de um visual mais agressivo. Na lateral aparecem as rodas de liga leve brilhantes e um friso cromado na moldura dos vidros. A traseira permanece a mesma. Já a inédita versão Crossback pega carona no sucesso dos utilitários com uma imagem mais aventureira. As principais diferenças estão na posição de dirigir, ligeiramente mais elevada, e nos apliques estéticos formados pelas molduras das caixas de roda em preto, rack de teto prateado, rodas com maior diâmetro e difusor traseiro preto. Nesta versão, a parte central do para-choque dianteiro é em preto brilhante, enquanto na versão “civil” é na cor da corroceria. Por dentro, o DS4 preserva o acabamento sofisticado. O revestimento das portas é em couro Nappa e os bancos também em couro ganham pespontos. O volante multifuncional conta com

comandos de áudio e a central multimídia de sete polegadas passa a ser touchscreen, o que permitiu eliminar 12 botões do painel. Há também um para-brisa panorâmico que permite visualização para cima de 45º e teto solar. Outra novidade está no maior recheio tecnológico. A central multimídia do DS4 passa a exercer função de câmara de ré e adota a plataforma Carplay, que permite espelhar smartphone e utilizar aplicativos. Houve acréscimo de sensor de ponto cego para realizar troca de faixas, sistema automático de chamadas capaz de localizar o veículo e obter assistência em caso de emergência ou avaria, sistema de rastreamento em caso de roubo que entra em contato direto com a polícia, partida através de botão e sistema start/stop, que desliga o motor em paradas para economia de combustível. Na Europa, onde teve as vendas disponibilizadas no início


deste mês, o DS4 possui extensa gama de motores que variam entre gasolina e diesel. Na primeira variante, aparecem os motores THP de 1.6 litro com potência de 165 ou 211 cv de potência. O primeiro conta com transmissão automática de seis marchas e o segundo, manual de seis velocidades. A novidade está no motor três cilindros PureTech de 1.2 litro e 131 cv de potência associado à transmissão manual de seis velocidades. De acordo com a marca, o novo propulsor é capaz de consumir até 21% menos combustível. Na variante diesel estão presentes os motores 1.6 e 2.0 litros, todos turbinados com potências de 120, 150 e 181 cv com

transmissões manual ou automática, ambas de seis velocidades. Já a versão Crossback pode ser equipada com os motores a gasolina de 1.2 litros de 131 cv e o THP de 1.6 litro de 165 cv. Nas opções diesel, o aventureiro premium pode carregar sob o capô os motores 1.6 litro de 120 cv e 2.0 litros de 181 cv. No continente europeu, o preço do DS4 começa em 23.700 euros e pode ultrapassar os 41 mil euros quando equipado por completo – algo em torno de R$ 98 mil e R$ 170 mil. Já o DS4 Crossback tem seu preço estipulado entre 27.200 euros e 44.290 euros – R$ 113 mil e R$ 184 mil, respectivamente.


Primeiras impressões

Múltiplas virtudes

por Antônio de Souza do absolute-motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press

Lisboa/Portugal – Durante os cerca de 200 km de avaliação do DS4 e DS4 Crossback, a sensação de estar dentro de um modelo “premium” se torna convincente quando está a bordo do modelo. Quando forrado integralmente a couro, o interior exibe um requinte satisfatório, que ao se juntar com os bancos aconchegantes e confortáveis torna o habitáculo inteiramente apreciável. O desempenho dinâmico é outro dos atributos em destaque do modelo, que exibe um rodar consistente, trocas de marchas corretas em qualquer circunstância e comportamento eficaz, tornando a condução extremamente prazerosa e descontraída. A diferença entre a versão tradicional e a Crossback são quase imperceptíveis, a não ser pela motorização – o modelo “comum” foi avaliado com motor 1.6 THP e a variante aventureira com propulsor 2.0 litros diesel de 180 cv. Na primeira variante, o propulsor

1.6 THP continua a dar excelentes níveis de desempenho, oferecendo ótima resposta e fôlego digno de destaque em altas rotações, onde o condutor pode rodar tranquilo ou explorar esportivamente seu desempenho. Já a versão Crossback com motor diesel possui excelentes níveis de respostas em baixa rotação e ótimo nível de consumo – um dos seus principais atributos. Outro fator positivo está na suavidade do som emitido pelo motor

e a boa transmissão automática de seis velocidades. Um dos problemas do DS4 está no preço que a marca cobra pelo produto, que aproxima o carro de outras vertentes “premium”, mas a DS assume o risco. Para compensar o perigo de competir com rivais mais imponentes do segmento de luxo, a aposta da marca está na lista generosa de equipamentos de série, que não deixa a desejar.


Ficha Técnica DS4 THP 165 Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto com turbo intercooler. Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Potência máxima: 165 cv a 6 mil rpm. Diâmetro e curso: 77,0 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,0:1. Aceleração de 0-100 km/h: 8,7 segundos. Velocidade máxima: 204 km/h. Torque máximo: 24,5 kgfm a partir de 1.400 rpm. Suspensão: Dianteira do tipo Pseudo McPherson, com braços inferiores triangulares e barra anti-inclinação. Traseira: Travessa deformável e barra anti-inclinação. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 225/45 R18. Freios: discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,28 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,49 m de altura e 2,61 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.310kg. Capacidade do tanque de combustível: 60 litros. Capacidade do porta-malas: 359 litros. Produção: Sochaux, França. Preço na França: A partir de 23.700 euros, algo em torno de R$ 98 mil.


Proteção aos animais – A Volvo testa na Aus-

trália um sistema para evitar os atropelamentos de cangurus, animais típicos e símbolo do país. A gigante sueca aprimora o sistema de detecção de pedestres já usado em alguns de seus modelos para também sinalizar animais e frear automaticamente na iminência de alguma colisão. Os testes estão sendo realizados na reserva natural de Tidbinbilla, em Canberra, onde acidentes envolvendo cangurus são frequentes.

Volta atrás – A Porsche ainda não confirma, mas já

é quase certo que a próxima geração do 911 volte a ter opção de transmissão manual em sua versão mais nervosa, a GT3. Atualmente, a configuração é oferecida apenas com câmbio automatizado de dupla embreagem. Uma decisão que gerou uma série de críticas à marca alemã, que faz parte do Grupo Volkswagen.

Monstro à vista

U

m dos esportivos mais icônicos do mundo tem data definida para desembarcar no Brasil. Segundo a Nissan, o GT-R passa a ser importado em 2016, mas valores e data ainda estão indefinidos. O superesportivo, apelidado de Godzilla, vem em duas versões, ambas com motor V6 de 3.8 litros. A primeira, a Standard, gera 545 cv de potência. Já a segunda, Nismo, entrega 600 cv. Com a tributação sobre importados e na atual taxa câmbio, o preço do esportivo, que custa pouco mais de US$ 100 mil nos Estados unidos, pode ultrapassar R$ 1 milhão por aqui.

Perdas e ganhos – A fabricante brasileira de car-

rocerias de ônibus Marcopolo divulgou queda de 86% no lucro em relação ao ano passado. Grande parte do resultado negativo deve-se ao impacto da crise do mercado automotivo brasileiro e à variação cambial no país. Além disso, a empresa confirmou que mantém um acordo para incorporar os 55% que faltam da rival Neobus.

Aventura com as mãos – A Land Rover

continua a investir na condução autônoma. A marca britânica pretende lançar, dentro de poucos anos, um dispositivo que permitirá percorrer pequenos trechos de “off-road” em modo autônomo, com o motorista do lado de fora guiando o carro diante dos obstáculos, a partir de smartphones ou tablets.


Troca de postos A

guerra entre os SUVs compactos no Brasil está cada vez mais acirrada. Em outubro, o Jeep Renegade ultrapassou o líder Honda HR-V, com 5.623 unidades emplacadas contra 5.448, respectivamente. De qualquer forma, o representante da marca japonesa segue no topo do acumulado de 2015, com 38.631 exemplares vendidos, enquanto o Jeep pernambucano, que chegou no mercado depois, soma 26.134 vendas. Além disso, o título da Fiat de marca líder de vendas começa a ficar ameaçado. No mês passado, a Chevrolet, impulsionada

pelos bons números do Onix, vendeu 30.342 carros – 11.131 deles do hatch de entrada da marca. O bom resultado lhe rendeu a fatia de 16,4%, enquanto a Fiat ficou com 15,9% do mercado. Já a marca italiana conseguiu emplacar 29.428 unidades. Considerando apenas os carros de passeio, a fabricante americana lidera as vendas em 2015 com 270.031 exemplares, contra 266.004 da Fiat. Já considerando também os comerciais leves, a Fiat leva a melhor, com 372.143 vendas ante as 319.361 da Chevrolet.


fotos: divulgação

automundo

M edidas de impacto

Ford quer ser referência em segurança no segmento automotivo para reforçar vendas nacionais e globais

por Márcio Maio Auto Press


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uestões relacionadas à segurança já ultrapassaram quesitos como garantia, consumo e até custo/benefício na decisão de compra de um carro. Pelo menos é o que garante a Ford, que vem trabalhando para tentar tornar o acesso a esses sistemas mais popular em seus modelos. Uma prova é o seu veículo de entrada no Brasil, o Ford Ka, que na versão de topo SEL já engloba controles eletrônicos de tração e estabilidade e assistente de emergência. Esse último sistema, que depende apenas de um celular pareado via Bluetooth, liga automaticamente para o SAMU no caso de uma colisão identificada como grave. A intenção da multinacional automotiva norte-americana é mesmo se tornar uma referência no assunto. “Queremos ter todos os nossos modelos avaliados pelo Latin NCAP até o final deste ano, com a obtenção de cinco ou, no mínimo, quatro estrelas de segurança”, assegura João Filho, diretor de Engenharia da marca na América do Sul. O teste é realizado com base em normas internacionais e promove colisões a 64 km/h contra uma barreira deformável. Os efeitos dos impactos são medidos por sensores e com a ajuda de dois dummies de tamanho adulto nos bancos da frente e outros dois que simulam crianças de três anos e seis meses de vida no de trás. Para conseguir ampliar sua pontuação na proteção infantil, há dois meses o sistema Isofix de fixação de cadeirinhas foi inserido em todas as versões do Ka na linha 2016, tanto na carroceria hatch quanto na sedã. Para conquistar a classificação, a marca do oval já disponibiliza em seu “line up” uma série de tecnologias, dependendo da faixa de preço em que o modelo atua. Todos os carros podem ter controle eletrônico de estabilidade e tração. O Ford Focus, tanto hatch quando a versão fastback, chega a ser equipado com assistente de frenagem autônomo – que freia automaticamente na iminência de uma colisão em velocidades até 50 km/h, parando o carro até 20 km/h –, chave de segurança que limita velocidade máxima e volume do sistema de som, entre outros detalhes, e sistema de estacionamento automático, para vagas paralelas ou perpendiculares. Já o sedã médio-grande Fusion pode receber piloto automático adaptativo – que mantém distância dos veículos à frente –, assistente de manutenção de faixa e alerta de pontos cegos – este último


recurso também disponível no Edge. O SUV mais caro da marca ainda conta com alerta de tráfego cruzado. Outro campo relacionado à segurança, mas que não é tão valorizado por não ser tão facilmente perceptível, é o de novas tecnologias de materiais leves. Caso, por exemplo, dos aços de alta resistência, alumínio e magnésio. Além de propiciarem a redução de peso – e, consequentemente, economia de combustível –, eles ajudam a otimizar o comportamento do carro no caso de impactos. A fabricante também utiliza alguns elementos para avaliar a melhor forma de proteger passageiros da terceira idade, gestantes ou alcoolizados. Isso é feito a partir do uso de trajes que simulam as limitações de movimento de diversos grupos de pessoas. Muitos dos avanços conquistados na área de segurança são frutos de pesquisas voltadas para a direção autônoma. De acordo com Thomas Lukaszewicz, que comanda a área de direção automatizada do Centro de Pesquisa e Engenharia Avançada de Aachen, na Alemanha – a única instalação de pesquisas da Ford fora dos Estados Unidos –, não deve demorar para que a indústria chegue ao nível máximo neste aspecto, ou seja, que o carro dirija sem a intervenção humana. Mas isso não significa que a função de motorista estará abolida do segmento automotivo. Só mesmo em ambientes totalmente preparados. “Teremos mapas e altíssima definição, mas os sensores têm limitações. Na Alemanha, por exemplo, temos neve, que deixam as faixas das estradas cobertas. A questão é como garantiremos a leitura delas numa situação assim”, exemplifica ele, alertando também que existe um desgaste natural dos ambientes que dificulta a utilização 100% segura de um carro autônomo. De qualquer forma, dois fatores são fundamentais, de acordo com Lukaszewicz, para garantir que esses avanços tecnológicos sejam aproveitados da melhor forma. Um deles é a universalização dos sinais de trânsito. “Fabricamos modelos globais e queremos oferecê-los em diversos mercados, não apenas em alguns”, justifica. Além disso, é preciso que os motoristas estejam cada vez mais preparados para lidarem com essa evolução. “Talvez seja necessário rever os padrões das avaliações realizadas para fornecer ou não a habilitação aos candidatos a motoristas”, sugere.


Mais despojado

A Volkswagen levou para o Bubble Gun Treffen, em Águas de Lindóia, São Paulo, uma versão inédita do Up TSi com apenas duas portas. No evento anual que reúne admiradores da marca, o compacto alemão ganhou carroceria pintada em prata fosco

e teto, retrovisores, maçanetas e difusor traseiro em tom de chumbo. As rodas de liga leve são de 18 polegadas e, apesar do visual mais raivoso, o motor é o mesmo 1.0 litro turbo de 105 cv das versões de produção.


Ferocidade extra

A BMW estreou no Salão de Tóquio o M4 GTS. Com visual bastante agressivo, o modelo recebeu melhorias em sua aerodinâmica, com novo capô, difusor traseiro em fibra de carbono, escapamento de titânio e tampa do porta-malas de plástico com carbono reforçado. Com rodas de liga leve aro 18 com detalhes laranja, o cupê tem bancos revestidos em

couro Alcantara, volante em fibra de carbono e faróis de led. O motor é um 3.0 litros biturbinado de 500 cv e 62 kgfm que trabalha em conjunto com transmissão automatizada de sete velocidades e dupla embreagem. O zero a 100 km/h é cumprido em 3,8 segundos e a velocidade máxima é de 305 km/h.


Sitinerantes alas de estar

fotos: divulgação

transmundo

por Márcio Maio Auto Press

Mercedes-Benz e Suzuki mostram conceitos divertidos de vans no Salão de Tóquio


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Salão de Tóquio revelou diversos conceitos que poderão influenciar os lançamentos futuros das fabricantes. E, curiosamente, duas delas desviaram as atenções para o segmento dos comerciais leves, mais especificamente para as vans de passageiros. A Mercedes exibiu um modelo de luxo futurista batizado de Vision Tokyo e, segundo a fabricante, trata-se de um projeto direcionado à Geração Z, ou seja, de olho nas pessoas que nasceram de 1995 para cá. Já a Suzuki, que desde 1961 produz a van compacta Carry, aposta na ideia de uma cabine altamente configurável com sua Air Triser. A marca alemã foi atrás de um habitáculo que aliasse


praticidade e diversão para seu modelo, que é híbrido e autônomo. O design chama atenção em todos os ângulos. No perfil, se destacam as avantajadas rodas de 26 polegadas iluminadas. Luzes também aparecem na carroceria, na lateral, e na grade frontal, além da janela e do pára-choque traseiros. No teto, uma câmara com visão de 360º denuncia a presença do sistema de direção autônoma. No interior, o clima de sala de estar é garantido pelo grande sofá em forma de “U”. Por conta dele, a van de 4,80 metros de comprimento, 2,10 m de largura e 1,60 m de altura tem uma grande porta que se abre para cima, na lateral esquerda. Por fora, a impressão que se tem é de que não há


vidros nas laterais, já que a área é coberta por uma tela na cor do modelo. Os ocupantes desfrutam de vários comandos acionados por voz, como do sistema de entretenimento em 3D. Detalhes sobre a motorização – que é híbrida – não foram revelados, mas sabe-se que as baterias podem ser carregadas com tecnologia sem fio e entregar uma autonomia de cerca de mil quilômetros. Já a Air Triser não chega a ser tão futurista, mas esbanja charme com suas três fileiras de bancos escamoteáveis. São possíveis diversas opções de arranjos, desde o de um veículo com seis poltronas até um ambiente descontraído, também com um sofá em forma de “U”. Mas, enquanto o conceito da Mercedes-Benz é totalmente


direcionado para o futuro, a Suzuki parece ter “bebido” em fontes do passado. O clima retrô impera em seu visual e, em alguns aspectos, há semelhanças com a “finada” Volkswagen Kombi. Caso da pintura em

duas cores, por exemplo. A Suzuki Air Triser Concept tem 4,20 m de comprimento, 1,95 m de largura e 1,85 m de altura. A motorização usa um sistema híbrido composto por um motor a combustão 1.4 litro

de quatro cilindros de 1.372 cm³ que trabalha em conjunto com um propulsor elétrico. A transmissão é automática de cinco velocidades e a tração é direcionada para as quatro rodas.


Visual antecipado

A Lexus, divisão de luxo da Toyota, apresentou no Salão de Tóquio o protótipo LF-LC. O conceito antecipa alguns traços que a gama de sedãs LS deve ganhar no futuro. O visual é marcado pela enorme grade dianteira brilhante, mas a maior novidade está na propulsão híbrida com célula de hidrogênio, dois motores elétricos e tração integral. Além disso, o sistema multimídia reconhece gestos do usuário para climatização e áudio.


Futuro em vista A Mitsubishi revelou o conceito EX durante o Salão de Tóquio, no Japão, nesta semana. O modelo mostra linhas da próxima geração do utilitário médio ASX, previsto para o ano que vem. Com lanternas e faróis bem agudos, silhueta mais redonda e vincos imponentes, o protótipo tem o interior da cabine com mostradores digitais operados em alta definição. A motorização é híbrida, com autonomia de até 400 km. Mas há chance do ASX ganhar uma versão elétrica em alguns mercados.


O avesso por Eduardo Rocha Auto Press

do passado T riumph injeta tecnologia e amplia a linha B onneville , de modelos retrĂ´

fotos: divulgação

motomundo


Londres/Inglaterra – Motocicleta é um ótimo meio de transporte. Mas para isto, basta uma 125. Já as motocicletas maiores são dirigidas para um consumo mais refinado. O comprador não deseja apenas um modelo de visual atraente, quer também se identificar com o conceito da moto, seja ela estradeira, esportiva ou trilheira. Os modelos retrô também se prestam a esta função aspiracional. O consumidor, no caso, busca nas clássicas a sofisticação estética e a ideia de despojamento, numa linha mais essencialista. Mas é apenas um conceito, um movimento de moda. Na prática, ele busca o mesmo arsenal tecnológico que equipa as motocicletas mais modernas. Só não quer que isso seja descarado. É o que a Triumph está definindo como “clássico moderno”, mote da campanha de apresentação da nova linha Bonneville, a família retrô da marca inglesa. A marca já tinha três modelos do gênero: a própria Bonneville, a Truxton e a Scrambler – esta última não chegou a ser trazida para o Brasil. A primeira renasceu em 2001 como releitura do modelo clássico que bateu recorde de velocidade em 1956 no Deserto de Bonneville, no estado norte-americano de Utah. A Truxton era uma versão da


Bonneville criada em 1960 em função do sucesso da marca nas corridas e virou referência para o gênero Cafe Racer. Na atual modernização, o nome Bonneville passa a batizar toda a linha retrô da Triumph, que ganhou cinco novos modelos: Bonneville T120, Bonneville T120 Black, Truxton, Truxton R e a “renascida” Street Twin – nome que remete à moto criada em 1939, época em que a Triumph começou a se dedicar a criar motocicletas de maior desempenho. Dos novos modelos, apenas a Truxton não vai ser importada quando a linha retrô desembarcar por aqui – provavelmente em maio de 2016 –, mas a Truxton R virá para fazer o papel de topo de linha. Toda a linha Bonneville utiliza um novo quadro, em berço duplo, mas o principal ganho foi mesmo na eletrônica embarcada. Como adotaram acelerador eletrônico – rideby-wire –, foi possível implementar sistemas de auxílios dinâmicos como controles eletrônicos de estabilidade e de tração. Dependendo da posição do modelo na gama, estes sistemas ficam mais complexos, com maior capacidade de configuração. O mesmo acontece em relação aos equipamentos dos modelos. No caso da top Truxton R, ela traz freios


Brembo, telescópicos dianteiros Showa, amortecedores traseiros Öhlins e pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa. O modelo de entrada será a nova Street Twin. Ela é a que tem o menor motor, de 900 cc. Ainda assim, é um pouco maior do que o de 865 cc que equipa as atuais Bonneville, Truxton e Scrambler. Ele tem, segundo a marca, 18% a mais de torque, com 8,16 kgfm a apenas 3.200 giros – contra 6,94 a 5.700 rpm. Embora a Triumph não confirme oficialmente, a potência do novo motor deve passar dos 75 cv – o antigo era de 68 cv. Como a Street Twin será o modelo de entrada, seu preço deve ficar próximo ao pedido pela atual Bonneville T100, que custa R$ 32.490. A marca inglesa ressalva, no entanto, que a atual instabilidade do dólar impede que seja feita uma previsão mais confiável. Mas a intenção é que a linha toda fique abaixo de R$ 45 mil. As duas versões da Bonneville cumprirão a função de modelos intermediários da linha, com a T120 um pouco mais em conta que a “malvada” T120 Black. Em relação à atual Bonneville T100, o ganho no motor foi substancial. Nem a potência nem o tamanho exato do motor “1.200” foram


divulgados pela fabricante, mas o torque sim: 10,7 kgfm a 3.100 giros, 54% a mais que a antecessora. Na Truxton R, este mesmo propulsor gera 6% a mais de torque e chega a 11,4 kgfm a 4.950 rpm. As potências estimadas para os modelos são, respectivamente, de 100 cv e 115 cv. Nas projeções das fabricantes de motocicletas de luxo, junto com o conceito aspiracional, parte substancial do faturamento se origina na enorme quantidade de produtos da boutique que fazem referência ao estilo de vida defendido pelo modelo. Além da gigantesca linha de roupas, entram nessa conta diversos acessórios, muitos deles direcionados para um ou outro gênero. A Street Twin, por exemplo, oferece três temas “prêt-à-porter”: o despojado kit Scrambler, o agressivo kit Brat Tracker e o casual esportivo kit Urban. A T120 tem o kit Prestige, voltado para um visual mais luxuoso, recheado de cromados. Por fim, a Truxton oferece um kit Track Racer, passando pelo kit Café Racer até o kit para desempenho de corrida Thruxton R, sempre apelando para a maior esportividade do modelo. Sem falar nas centenas de acessórios que permitem que o consumidor possa dar vazão a seu lado “fashion”.


Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 79, 6 de novembro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.1195 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raffaele Grosso redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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