Revistaautopress081

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Ano 2, Número 81, 20 de novembro de 2015

Além do topo A requintada versão Unique embala o Nissan Sentra para manter o terceiro lugar entre os sedãs médios no Brasil

E ainda: Porsche investe no Brasil Novidades do Salão do Táxi Salão de Milão – EICMA Versão diesel do Land Rover Discovery Sport Planos de manutenção de caminhões


EDITORIAL

Boa leitura!

Sumário

Briga produtiva

A crise no setor automotivo e o crescimento dos SUVs compactos no mercado nacional vêm mudando a atenção de algumas marcas com outra categoria: a de sedãs médios. A Nissan, por exemplo, que não tem um utilitário compacto no Brasil, tratou de refinar tecnológica e esteticamente o Sentra. O modelo ganhou recursos como controles dinâmicos de estabilidade e tração e ostenta hoje uma nova configuração de topo com acabamento diferenciado em seu line up, a Unique, que dá expediente na capa da “Revista Auto Press”. Outro modelo que marca presença nesta edição é o Land Rover Discovery Sport, o primeiro modelo a sair da linha de produção nacional da marca. E em sua nova variante movida a diesel. Ainda no segmento premium, depois de oficializar sua operação no Brasil em agosto, a Porsche adiantou algumas novidades para 2016 por aqui. Como a chegada da reestilização do esportivo 911 e motores menores para o Boxster e o Cayman. Outros lançamentos do ano que vem foram revelados no EICMA, conceituado salão de duas rodas de Milão, na Itália. Direto do Rio de Janeiro, o Salão do Táxi reuniu profissionais e fabricantes automotivos dispostos a melhorar o serviço na cidade, que receberá os jogos olímpicos no ano que vem. Já no que diz respeito ao transporte de cargas, com a queda de 45% nas vendas de caminhões, o jeito é apostar nos lucros que o pós-vendas pode trazer com planos de manutenção planejados de acordo com as necessidades dos frotistas.

Edição de 20 de novemro 2015

03 - : Nissan Sentra Unique

27- Novidades do Salão do Táxi

13 - Versão diesel do Land Rover Discovery Sport

31 - Planos de manutenção de caminhões

21 - Porsche investe no Brasil com subsidiária local

34- Salão de Milão – EICMA


fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

teste

Para manter por Márcio Maio Auto Press

o ritmo

Nissan Sentra Unique reforça batalha da marca japonesa para se destacar entre os sedãs médios

O

mercado automotivo se comporta de maneira distinta, dependendo da faixa de preço e segmento. Entre os carros de entrada, as versões mais procuradas normalmente são as mais baratas. Já em modelos mais caros – como os sedãs médios, por exemplo –, o maior mix normalmente fica com as configurações de topo, que entregam mais conforto, segurança e tecnologia, características levadas em conta pelo público desta categoria. Daí a iniciativa da Nissan de incrementar a linha 2016 do Sentra com a configuração Unique. A versão “top” agrega mudanças estéticas e de equipamento ao modelo para entregar certa exclusividade e relação custo/benefício mais atraente. E, de quebra, ajuda a manter o sedã da Nissan na terceira colocação na categoria, com 1.084 emplacamentos mensais, abaixo dos conterrâneos Toyota Corolla e Honda Civic, e logo acima do Chevrolet Cruze, que tem média de 1.015 vendas por mês. E 25% do total de comercializações do Sentra já são da nova variante de topo de linha. O Sentra Unique existiu em 2012, como série especial, ainda na geração anterior do sedã. Para incorporar mais requinte à antiga versão de topo, a SL, o acabamento interior e os bancos de couro são em tom bege claro. O nome “Unique” aparece nas soleiras das portas, iluminado, e frisos laterais na base das portas, na mesma cor da carroceria, também são inseridos, Além disso, os tapetes e rodas esportivas têm design exclusivo, há alarme volumétrico e o teto solar, opcional na configuração de base, passa a ser de série. O logotipo “Unique” ainda aparece atrás, em letras cromadas, na tampa do porta-malas. O preço total é de R$ 88.490, ou seja, são R$ 3.500 a mais que os R$ 84.990 exigidos pelo


Sentra SL. Esses itens se juntam aos “mimos” já presentes na configuração SL: chave presencial, computador de bordo, volante multifuncional em couro, direção elétrica, faróis de neblina, trio elétrico, ar-condicionado automático e digital de duas zonas, controle de cruzeiro, controle de tração e estabilidade, seis airbags, sensor crepuscular, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, central multimídia com tela de 5,8 polegadas com CD, MP3, Bluetooth, USB, GPS e câmara de ré. O motor é o mesmo presente em todas as configurações do sedã médio: 2.0 litros de 140 cv a 5.100 rpm e 20 kgfm a 4.800 giros. Na Unique, ele trabalha sempre junto a um câmbio CVT. Segundo a marca nipônica, o conjunto leva o sedã de zero a 100 km/h em 10,2 segundos. Já a velocidade máxima é de 186 km/h. A sétima geração do Sentra chegou em outubro de 2013 ao Brasil, pouco depois de ter sido apresentada no mercado norte-americano. Neste ano, com a linha 2016, o modelo ganhou os sistemas de controle de estabilidade e tração, de série a partir da versão SV, e a central multimídia Nissan Connect, apenas disponível para as variantes SL e Unique. Trata-se do sistema de entretenimento e som já utilizado nos compactos March e Versa, fabricados no Brasil. Ele se comunica com smartphones para acessar redes sociais, como o Facebook, e promove uma interação inclusive com o GPS do veículo, achando facilmente o itinerário para chegar a algum evento confirmado no aplicativo, por exemplo. Um jeito de modernizar o carro, que tem um visual um tanto sóbrio, e torná-lo atraente a quem valoriza a conectividade.


Ponto a ponto

Desempenho – O motor 2.0 litros não impressiona no Nissan Sentra, mas também não dá para dizer que faz feio. As saídas de sinal são feitas com certa facilidade, mas a transmissão continuamente variável prioriza o conforto e a economia de combustível, o que afasta qualquer ímpeto de esportividade do trem de força. Trata-se de um veículo familiar e que se sai muito bem em uma direção mais pacata. Nota 7. Estabilidade – O Sentra sempre se mostrou equilibrado em trânsito, mesmo diante de uma sequência de curvas em velocidade mais elevada. A linha 2016 também passa a contar com controle eletrônico de estabilidade a partir da versão intermediária SV, o que aumenta a segurança dos ocupantes. Nota 8. Interatividade – Todos os comandos essenciais estão bem distribuídos e ao alcance das mãos do condutor, como os do ar-condicionado e do sistema de entretenimento. Na versão Unique, o GPS é bem fácil de operar e a central multimídia ainda promove interação com redes sociais, como o Facebook. Nota 9. Consumo – De acordo com os testes do InMetro, o Sentra SL registrou um consumo médio de 6,9 km/l na cidade e de 9,1 km/l na estrada com etanol e de 10,2 km/l na cidade e 12,9 km/l na estrada com gasolina. Estes números renderam nota “A” dentro de sua categoria e “C” no geral no programa de etiquetagem do InMetro. Nota 8. Conforto – O espaço para as pernas é amplo e cinco pessoas viajam até com certa folga, preferencialmente em trajetos mais curtos – o assento central traseiro é prejudicado pelo apoio de braço escamoteável. A suspensão é eficiente na hora de filtrar imperfeições do asfalto e o isolamento acústico também agrada


– mas o barulho do motor invade o habitáculo sem cerimônias quando se “esgoela” o propulsor. Nota 8. Tecnologia – A plataforma B17 é nova, de 2012. Unique é a versão mais cara do Sentra, logo também é a que oferece mais comodidade aos passageiros. O acesso ao carro e a partida do motor são feitos via botão e há computador de bordo, controle de cruzeiro, central multimídia de 5,8 polegadas com GPS integrado e conexão com mídias sociais, airbags frontais, laterais e de cortina, teto solar, rodas de 17 polegadas e sensor de estacionamento com câmara de ré. Controle de estabilidade e tração são as principais novidades da linha 2016 e ampliam a segurança do modelo. Nota 8. Habitabilidade – É fácil encontrar a melhor posição para dirigir e todos os ajustes de volante e bancos são simples. Mas os porta-objetos não são tão fartos. Para guardar chaves, carteira ou celular, é preciso apelar para os bolsões das portas ou para o compartimento no apoia-braço dianteiro, que é pouco prático para esses tipos de objetos. O porta-malas tem capacidade para bons 503 litros. Nota 8. Acabamento – O habitáculo vem com um revestimento com materiais emborrachados e agradáveis ao toque em todos os pontos de contato com os passageiros. Na versão Unique, o painel é bicolor, com mistura de preto e creme. Os bancos e a alavanca do freio de mão são em bege, enquanto volante e manopla do câmbio são em couro preto. A ideia da Nissan foi refinar o modelo, mas a combinação pode não agradar a todos. Nota 8. Design – O Sentra tem linhas harmoniosas e em sintonia visual com a atual gama da marca – caracterizada pela avantajada grade dianteira cromada em formato de trapézio invertido. Há uma sobriedade nipônica no sedã que não arranca suspiros, mas também não decepciona. A configuração Unique ainda


recebe rodas esportivas aro 17 com desenho exclusivo e friso lateral pintado na cor da carroceria e posicionado na base da porta. Nota 8. Custo/benefício – A Nissan pede R$ 88.490 pelo Sentra Unique. A versão “top” do modelo é mais em conta que as mais caras de concorrentes como o Honda Civic, que sai a R$ 90.700 na variante EXR, e Toyota Corolla, que custa R$ 101.990 na configuração 2.0 Altis. Por R$ 89.900 a Ford vende o Focus sedã na

versão Titanium 2.0, com 178 cv. Um Chevrolet Cruze 1.8 LTZ é R$ 88.900, enquanto o Renault Fluence à altura custa R$ 84.990 – mesmo preço do Sentra SL. Na Citroën, um C4 Lounge com motor turbo 1.6 e 173 cv é R$ 89.490. O Sentra Unique até tem preço competitivo, mas é possível achar relação custo/benefício melhor. Nota 7. Total – O Nissan Sentra Unique somou 79 pontos em 100 possíveis.


Impressões ao dirigir

Carro de passeio

A intenção da Nissan ao criar a versão Unique era transmitir um nível superior de requinte e luxo ao Sentra. Esteticamente, a principal aposta está no interior bicolor, que mistura a cor preta com um bege presente tanto em peças de plástico rígido quanto nos revestimentos em couro. Mesclar dois tons é uma característica que normalmente deixa a cabine com uma atmosfera mais rebuscada, de fato. Desde o acesso ao carro, o conforto impera. A chave presencial possibilita que a abertura das portas e a partida do motor sejam realizadas apenas com um dedo, ao pressionar um botão. Os assentos dianteiros recebem extremamente bem, com espaço de sobra para que os dois ocupantes aproveitem a viagem de maneira confortável. Faltam bons nichos para os objetos que precisam estar mais próximos do condutor, o que o obriga a usar os porta-copos da frente para outras finalidades. Em movimento, o Sentra Unique é bem civilizado. Ao pressionar o pedal do acelerador com vontade, as saídas de sinal são eficientes e até se destacam. Mas ultrapassagens e retomadas só acontecem de forma mais rápida ao fazer o giro subir. E é nessa hora que o isolamento acústico

se revela não tão bom quanto parece com o carro em velocidade de cruzeiro. A verdade é que o Sentra – em qualquer versão que leve a transmissão CVT – é bem competente na função de sedã médio familiar, mas não instiga qualquer emoção em quem o dirige. Um ponto que é digno de elogios no carro é a central multimídia adotada pela Nissan já também nos compactos Versa e March. Além do sistema de som, os passageiros contam com GPS integrado e conectividade com as redes sociais. Outro

avanço importante que veio na linha 2016 do modelo é a inclusão de controles eletrônicos de tração e estabilidade como itens de série a partir das versões com câmbio CVT – só ficou de fora a de entrada, “S”. Apesar da personalidade pacata do Sentra, os investimentos em segurança têm sido cada vez mais adotados no segmento em que o modelo atua. E com a atual “febre” de utilitários esportivos compactos no mercado nacional, os sedãs médios precisam batalhar ainda mais para manter seu espaço.


Ficha técnica Nissan Sentra Unique Motor: Bicombustível, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável nas válvulas de admissão e escape e duto de admissão de dupla geometria. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio continuamente variável à frente (CVT) e marcha a ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 140 cv a 5.100 rpm com etanol/gasolina. Torque máximo: 20 kgfm a 4.800 rpm etanol/gasolina. Diâmetro e curso: 84 mm X 90,1 mm. Taxa de compressão: 9,7:1. Aceleração de zero a 100 km/h: 10,2 segundos. Velocidade máxima: 186 km/h. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com barra estabilizadora. Traseira com eixo de torção, barra estabilizadora e molas helicoidais. Controle eletrônico de estabilidade. Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,63

metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,51 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.348 kg. Capacidade do porta-malas: 503 litros. Tanque de combustível: 52 litros. Produção: Aguascalientes, México. Itens de série: Faróis de neblina, alarme, Isofix, trio elétrico, volante multifuncional em couro, ar-condicionado digital de duas zonas, chave presencial, rodas de liga-leve de 17 polegadas, lanternas e faróis de leds, direção elétrica com assistência variável, bancos de couro bege, piloto automático,

controle eletrônico de tração e estabilidade, sistema multimídia com tela colorida de 5,8 polegadas com GPS, Bluetooth e câmara de ré, sensor de estacionamento, retrovisores eletricamente rebatíveis, sensor crepuscular, acabamento interno claro, soleiras das portas iluminadas, logotipo “Unique” na tampa do porta-malas, tapetes de carpete com a inscrição “Unique”, frisos laterais na base das portas na cor da carroceria, vidros com acionamento elétrico “one touch” e antiesmagamento, teto solar elétrico e alarme volumétrico. Preço: R$ 88.490.


Casos de família -

A

Disputa acirrada

guerra entre os SUVs compactos no Brasil ganhou mais um capítulo nesta semana. Depois de o Jeep Renegade ultrapassar o Honda HR-V nas vendas de outubro, o representante da marca japonesa ganhou nota máxima na proteção a adultos e crianças nos últimos testes de colisão promovidos pelo Latin NCAP. O Jeep Renegade já tinha cumprido esta façanha em julho. Só que a Honda conseguiu pontuação máxima em proteção de adultos também no monovolume Fit e no sedã compacto City, que ganharam quatro estrelas para a proteção de crianças. De acordo com a organização, os cintos de segurança, os pretensionadores e os airbags proporcionaram proteção adequada à cabeça, peito e pescoço dos passageiros da frente. Além disso, os modelos contam com ancoragens Isofix para cadeirinhas infantis, o que melhora os níveis de segurança para as crianças. O Ford Ka+ também foi avaliado, mas conquistou apenas quatro estrelas para adultos e três para crianças.

Em pleno Século XXI, o divórcio ainda pode depor contra alguém. Pelo menos na hora de fazer o seguro de um automóvel. É o que revela um levantamento realizado pela corretora ComparaOnline, que concluiu que homens separados ou que nunca se casaram pagam, em média, 10% a mais que os solteiros no seguro do carro. A diferença no preço da apólice pode chegar a quase 20%, dependendo do modelo avaliado. O principal motivo para essa diferença é a incidência dos sinistros nesses grupos. E entre os divorciados ainda é bem maior que os solteiros. No caso do Fiat Palio, a variação chega a 19% no preço do seguro. No Toyota Corolla, passa para 15%, enquanto no Fiat Uno é de 14%. Já o Hyundai HB20 mostrou diferença de 11%. Os modelos em que isso influencia menos são o Volkswagen Crossfox e Renault Sandero, com variações de 1% e 3%, respectivamente.

Pessimismo -

A Fenabrave não anda muito otimista com o mercado automotivo no Brasil em 2016. A associação já trabalha com uma estimativa de queda de cerca de 5% para o próximo ano, o que resultaria em quatro anos seguidos de retração. A expectativa é de sejam emplacados 2.416 milhões de unidades, englobando carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no próximo ano, enquanto se espera fechar 2015 com 2.540 milhões de exemplares. A falta de confiança dos consumidores e dos empresários, o ambiente de inflação e juros elevados, o peso da crise política e a seleção mais rigorosa de crédito por parte dos bancos são os principais fatores apontados para essa previsão. Atualmente, de cada 10 pedidos de financiamento para carro ou comercial leve, só três são aceitos. Em compensação, em relação exclusivamente aos caminhões, o esperado é um crescimento de 6,8 % nas vendas em 2016, graças à perspectiva de safra agrícola recorde do Brasil e a um possível programa de renovação de frota apoiado pelo governo federal.


Limpeza sem culpa -

Passaporte carimbado

A

Mercede-Benz confirma a chegada do utilitário GLE – nova nomenclatura para o ML – no Brasil. A marca alemã vai importar dos Estados Unidos a versão GLE 350d, que tem motor diesel capaz de render 258 cv de potência e 63,2 kgfm de torque, com câmbio automático de nove marchas. O propulsor é o mesmo V6 3.0 litros utilizado na ML. Os preços do GLE vão começar em R$ 312.900 em sua versão de entrada, que chega às lojas ainda em novembro. A variante Family vem em seguida e a Sport está programada para desembarcar aqui a partir de janeiro, mas ainda não há valores definidos para elas. O GLE 350d sai de fábrica com ar-condicionado digital de três zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória, teto solar elétrico, câmara de ré, sistema de detecção de fadiga, controles dinâmicos de estabilidade e tração e assistente de partida e descida em rampas.

A onda ambientalista chegou para ficar no segmento automotivo. E não se resume ao controle de emissão de poluentes. A Mopar, marca de acessórios do Grupo FCA, que controla a Fiat, lançou um kit de lavagem a seco para automóveis. Disponível para venda nas concessionárias do grupo por R$ 59,90, o produto rende até quatro lavagens em modelos médios e é disponibilizado em um frasco de 500 ml, junto com duas flanelas de microfibra. Batizado de Eco Lavagem, o produto foi desenvolvido em parceria com fabricantes de tintas automotivas e sua fórmula é livre de solventes e abrasivos, possibilitando que seja aplicado na lataria, nos vidros, plásticos, vinis e borrachas. De acordo com a Mopar, o uso do kit pode gerar uma economia de cerca de 320 litros de água e ele é o mesmo utilizado nas concessionárias FCA na limpeza dos automóveis.

Na viagem certa -

Uma portaria publicada pelo Ministério do Trabalho e Previdência no “Diário Oficial da União” regulamenta os exames toxicológicos para motoristas profissionais de transporte de passageiros e de cargas. A medida passa a vigorar a partir de 2 de março de 2016 e as avaliações devem ser realizadas tanto antes da admissão quanto no desligamento dos profissionais. E devem ter janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas com análise retrospectiva mínima de 90 dias. Os testes avaliarão a presença de maconha, cocaína, crack, merla, codeína, morfina, heroína, anfetaminas e metanfetaminas, ecstasy, anfepramona, femproporex e mazindol, além de derivados dessas substâncias. Fica assegurado ao trabalhador o direito à contraprova e à confidencialidade dos resultados e os exames toxicológicos não devem constar de atestados de saúde ocupacional nem estar vinculados à definição de aptidão do trabalhador.


Lnegro ado A

Ural revelou uma edição especial de sua moto cT, cuja concepção é inspirada na franquia de ficção científica “Star Wars”. Batizado de Ural Dark Force, o modelo é todo preto e traz um “side car” – carro preso à lateral que permite o transporte de até três passageiros. A intenção foi criar um veículo para o famoso vilão dos filmes, Darth Vader. Apenas 25 unidades do modelo serão produzidas. O motor é um dois cilindros arrefecido a ar de 749 cm³ com quatro válvulas. O propulsor entrega 41 cv de potência a 5.500 rpm e 5,8 kgfm de torque em 4.300 giros. De acordo com a fabricante, a partida é elétrica, mas também há pedal. Já o câmbio é de quatro marchas. A moto tem farol de leds, freios a disco nas duas rodas da Brembo e preço fixado em US$ 15 mil, aproximadamente R$ 58 mil.


Com a Discovery Sport diesel, Land Rover sedimenta o caminho do modelo que serรก feito no Brasil por Eduardo Rocha auto press

Fotos: Eduardo Rocha/CZN

Trilha prรณpria

autoperfil


O

cenário da economia brasileira era muito diferente quando, há coisa de dois anos, a Jaguar Land Rover anunciou que construiria uma fábrica no Brasil – mais precisamente em Itatiaia, Rio de Janeiro. O mercado de automóveis era crescente e o otimismo era lugar-comum. No entanto, as reações aos resultados das urnas tornaram a paisagem bem mais sombria. Até mesmo para as marcas de luxo. Mas, ao contrário do que ocorre com montadoras generalistas, os modelos de entrada ganham vendas enquanto os de topo têm as negociações proteladas. Neste contexto, o Land Rover Discovery Sport se deu bem. Com a chegada do modelo, os emplacamentos da linha Discovery, que incluem o modelo D4, vêm crescendo mês a mês: pularam de 146 unidades em abril para 558 veículos em outubro. E os números devem aumentar ainda mais com a nova versão diesel do Discovery Sport, primeiro modelo a sair da linha de produção, em março do ano que vem. O objetivo da marca é consolidar um bom nível de vendas dos modelos que serão nacionalizados para absorver no mercado interno a produção da fábrica. Quando estiver em plena capacidade, serão feitos em Itatiaia 2 mil veículos por mês, entre Discovery Sport e Range Rover Evoque. Por isso, a chegada da versão diesel se torna estratégica. Os preços


começam em R$ 218.100 na versão SE, passam pelos R$ 242.700 da HSE e vão a R$ 270.700 na top HSE Luxury. Todas recheadas com os sistemas dinâmicos característicos da marca, como tração 4X4, controles de tração, de subida e descida de rampa e de estabilidade, que monitora, inclusive, um trailer sendo puxado. Além do chamado Terrain Response, que muda os parâmetros de tração, motor e aceleração para se adaptar a pisos com diferentes níveis de aderência como areia, lama, cascalho ou asfalto. Todos estes recursos são coerentes com a intenção de valorizar as habilidades do modelo no off-road. O eixo traseiro é multilink com braços em alumínio, a altura mínima para o solo é de 21 cm e a capacidade de transposição de áreas alagadas é de 60 cm. Os ângulos de ataque e saída, 25º e 31º, também são respeitáveis para um utilitário esportivo com 4,60 metros de comprimento. Apesar de a estrutura combinar aços de diferentes níveis de rigidez e resistência com partes em alumínio, o peso total do SUV chega a 1.755 kg – 1.863 com sete lugares. Sob o capô, tem sempre o motor 2.2 SD4 Turbodiesel de 190 cv de potência e 43 kgfm de torque máximo a 1.750 rotações. O câmbio é automático sequencial de nove marchas com paddle shifts no volante. Desde a versão básica SE, o Discov-


ery Sport vem equipado com recursos que justificam a classificação de modelo premium: faróis de xênon, sensores de chuva e de luminosidade, bancos com ajustes elétricos, controle de cruzeiro, sensores dianteiro e traseiro com câmara de ré, chave presencial para destravamento e ignição, rodas aro 18, ar dual zone com saídas para a segunda fileira e central multimídia com Bluetooth, streaming de áudio e tela touch de 8 polegadas. O foco da Land Rover é colocar esta versão para brigar com o Toyota SW4, que custa cerca de R$ 205 mil na versão diesel 4X4. Obviamente, o conforto sobe na mesma proporção do preço. A versão HSE acrescenta itens como teto panorâmico, acabamento em couro – na SE é parcialmente em couro –, rodas aro 19 e GPS integrado a um sistema de som mais potente. Na HSE Luxury entram ainda um revestimento em couro especial, som Meridian desenvolvido especificamente para o modelo e diversos outros detalhes exclusivos. A Land Rover espera que a nova versão incremente bastante as vendas dos modelos e, em pouco tempo, passe a representar mais da metade das vendas. Ainda assim, para alcançar as unidades necessárias para escoar toda a produção da nova fábrica, o mais provável é o lançamento de uma versão um pouco mais despojada – na Europa, esta configuração é a Pure.


Primeiras impressões

foto: divulgação

D inâmica de conforto

Itatiaia/RJ – Quando apresenta um novo modelo, a Land Rover tem o salutar hábito de colocá-lo para rodar. No caso do Discovery Sport, não foi pouco. No total, foram mais de 600 quilômetros, sendo perto de 500 em asfalto bom, no trajeto São Paulo/Itatiaia/São Paulo. Outros 100 foram em estradas de terra castigadas, com direito a passagens em riachos e pinguelas – entre Visconde de Mauá e a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. Embora o trecho não pudesse ser classificado como de off-road pesado, foi suficiente para mostrar que o Discovery Sport não sacrifica quem vai dentro. O conforto surge pela densidade e ergonomia dos bancos, que têm ajustes elétricos e apoio lombar, no ambiente repleto de materiais refinados em combinações de bom gosto e, no caso da versão HSE, em recursos como som de boa qualidade, teto panorâmico, GPS e isolamento acústico impecável. Na configuração de sete lugares, há saídas de ar para cada uma das três fileiras de banco. O motor diesel apresenta baixa vibração e o som não consegue invadir o habitáculo. Apesar dos bons números de desempenho gerados pelo propulsor turbodiesel 2.2 litros – zero a 100 km/h em 8,9 segundos e máxima de 188 km/h –, o Sport do nome se refere mais à aventura que à velocidade. O câmbio de nove marchas tem uma função bem dirigida para a economia. Até a quarta marcha, as relações são curtas e o escalonamento é semelhante ao de um carro com cinco ou seis velocidades. A partir daí, todas são marchas longas, para baixar o giro do motor. É uma forma de passar

pelos rígidos padrões de emissões exigidos atualmente. A solução de aumentar o número de marchas traz, no entanto, um efeito colateral: quando se pisa no acelerador em busca de força, para uma ultrapassagem, por exemplo, a reação demora a aparecer. Nestes casos, mais comuns nas autoestradas, o mais indicado é recorrer aos paddle shifts no volante, que melhoram bastante a interação entre máquina e motorista. No off-road, onde as velocidades são baixas, dificilmente o câmbio aciona as marchas mais altas. Mas, tanto no asfalto quanto na terra, chama atenção a enorme estabilidade do Discovery Sport. Nem é o caso de dar crédito aos sistemas de auxílio dinâmico. A não ser pelo Terrain Response, que atua de forma explícita em terrenos de muito baixa aderência, os demais são pouco invasivos, casos do controles de rolagem e de estabilidade. Na verdade, a boa geometria das suspensões e a alta rigidez torcional da estrutura dão conta do recado.


Ficha Técnica Land Rover Discovery Sport diesel Motor 2.2 diesel: Dianteiro, longitudinal, 2.179 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção direta de combustível, intercooler e turbocompressor. Acelerador eletrônico. Potência máxima: 190 cv a 3.500 rpm. Torque máximo: 42,8 kgfm a 1.750 giros. Aceleração 0 a 100 km/h: 8,9 segundos. Velocidade máxima: 188 km/h. Diâmetro e curso: 85 mm X 96 mm. Taxa de compressão: 15,8:1. Transmissão: Câmbio automático com nove marchas à frente e uma a ré. Tração integral e possui controle eletrônico de tração e sistema Terrain Response, com cinco níveis de atuação. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo Multilink. Oferece controle de estabilidade. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos na atrás com ABS. Pneus: 235/60 R18 e 235/55 R19. Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco quatro portas e cinco ou sete lugares. Com 4,59 metros de comprimento, 2,06 m de largura, 1,72 m de altura e 2,74 metros de entre-eixos. Possui airbags frontais, laterais dianteiros, de cortina e de joelho para o motorista. Controle de rolagem da carroceria. Peso: 1.775/1863 cinco/sete lugares. Capacidade do porta-malas: de 829 litros a 1.810 litros.

foto: divulgação

Tanque de combustível: 65 litros. Ângulo de ataque: 25°. Ângulo de saída: 31°. Produção: Halenwood, Inglaterra. Lançamento: 2015. Versão SE: Ar condicionado dual zone, direção elétrica, chave presencial para trava e ignição, espelhos e ajuste de bancos elétricos, sensores de estacionamente dianteiro e traseiro, sensor de chuva e de luminosidade, câmara de ré, rodas de liga leve aro 18, revestimento parcialmente em couro, sistema multimídia com Bluetooth, áudio streaming

e tela de 8 polegadas, alarme perimétrico, freio de estacionamento elétrico. Preço: R$ 218.100. Versão HSE: Acrescenta teto solar panorâmico, bancos em couro, som de 250 W, rodas de liga leve aro 19 e GPS integrado. Preço: R$ 242.700. Versão HSE Luxury: Acrescenta sistema de navegação premium, som de 825 W, rodas especiais de aro 19, revestimento em couro Windsor, iluminação interna configurável e banco dianteiros climatizados. Preço: R$ 270.700.


Novidade extra

C

onhecido por aqui como o novo Fusca, o Volkswagen Beetle entrou na onda das versões aventureiras que se prolifera entre os hatches e ganhou a variante Dune. Apresentada como conceito no Salão de Detroit do ano passado, a nova configuração traz rodas de liga leve de 18 polegadas e sua distância em relação ao solo foi ampliada em 10 milímetros, para melhorar sua capacidade fora da estrada.

Nas mudanças visuais, as novidades ficam por conta do grande aerofólio com pintura preta na parte superior, párachoque com difusor prata e novas lanternas em leds. O novo Beetle Dune terá três opções de propulsores turbo a gasolina, capazes de render 105 cv, 150 cv e 220 cv de potência, e duas turbodiesel, de 110 cv e 150 cv. O modelo parte de 23.625 euros na Europa, ou seja, cerca de R$ 95 mil.


bido pelo engenheiro e estilista John Tojeiro no começo dos anos 1950, o Cobra surgiu em 1962. Foram quase mil unidades produzidas em cinco anos de produção. No Brasil, onde o Cobra nunca chegou, circulam apenas algumas réplicas.O preço sugerido do livro é de R$ 80.

Uma saída –

Com a restrição ao crédito e a crise financeira, os consórcios cresceram 14,5% entre janeiro e setembro de 2015, em relação ao mesmo período de 2014. Foram 709.500 cotas registradas contra as 619.500 do ano passado. Enquanto bancos cobram juros mensais de cerca de 1% nos financiamentos, os consórcios têm taxas de administração em torno de 0,2% e reajuste anual por volta dos 3%.

Cara nova –

A Mercedes-Benz repaginou o Classe SL para aproximar o visual do conversível à atual family face da marca. O modelo ganha nova grade, faróis com leds diurnos, para-choques redesenhados e lanternas traseiras e capô renovados, além de retrovisores externos atualizados. Já a versão AMG traz um difusor traseiro integrado às quatro saídas de escape e um pequeno spoiler na tampa do porta-malas. Aplicações de fibra de carbono foram usadas no para-choques e soleiras das portas.

Emoção estática –

A Editora Alaúde acaba de lançar o livro “AC Cobra - A Verdadeira História por Trás da Lenda”. Escrito em 1990 pelo entusiasta inglês Rinsey Mills, a publicação esmiúça curiosidades a respeito do esportivo. São 160 páginas ilustradas com fotos que mostram a transformação de um carro comum em um grande vencedor das pistas. Conce-

Vantagem no pós –

A forte retração nas vendas de caminhões – a queda já chega a 45% de janeiro e outubro deste ano – faz as fabricantes se mexerem para atrair consumidores. A Ford ampliou para dois anos a garantia, sem limite de quilometragem, do trem de força de toda a sua linha de caminhões à venda no Brasil. A medida vale a partir dos modelos 2016. O trem de força inclui motor, câmbio e eixo traseiro. No primeiro ano, todos os itens dos veículos estão cobertos.

Mudança de planos –

O novo compacto da Fiat que substituirá o Palio Fire no line up da marca no Brasil deve ser equipado com o mesmo 1.0 de quatro cilindros e 73/75 cv com gasolina/etanol. A intenção inicial era lançar o modelo com um novo 1.0 três cilindros, mas a queda nas vendas de automóveis no mercado nacional parece ter desanimado a marca italiana. O lançamento do novo carro deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2016.


Fotos: divulgação

vitrine

Brasil na cabeça por Eduardo Rocha Auto Press

Porsche quer fazer do país seu principal mercado da América Latina


O

Brasil entrou mesmo na mira das marcas premium. E a mais nova fabricante de luxo disposta a ganhar mercado no país é a Porsche. Desde agosto, a alemã oficializou sua operação nacional – antes, seus carros chegavam através de um importador autorizado – e a meta é conseguir vender mais de mil unidades por ano. A média atual está em cerca de 750. “Sempre avaliamos o potencial dos mercados. E, apesar da atual situação econômica, o Brasil tem bom potencial a médio e longo prazo e estamos estudando isso há vários anos. Temos uma base de clientes fiel aqui e o poder de compra vem crescendo no segmento premium”, analisa Matthias Brück, diretor-presidente da Porsche Brasil, que pretende transformar o país no líder de vendas da fabricante na América Latina. Atualmente, o Brasil fica em segundo lugar, atrás do México. De janeiro a outubro deste ano, a Porsche emplacou 598 unidades por aqui – apenas duas a mais que o mesmo período de 2014. Para incrementar esses números e se aproximar dos quatro dígitos em 2016, os reforços começam a aparecer em breve. Para o primeiro semestre de 2016, já está confirmada a vinda do facelift do esportivo 911, que es-


treou no Salão de Frankfurt, em setembro último. Inclusive em sua versão de entrada Carrera, com o inédito motor 3.0 litros biturbo de 370 cv e 45,8 kgfm. Outra mudança prevista é a inserção do propulsor 2.0 turbo nos menores Boxster e Cayman, o que pode resultar numa redução de cerca de 15% no preço dos modelos. Embalada pelo sucesso dos SUVs no Brasil e mais ainda pelas mudanças no imposto de importação de modelos elétricos e híbridos – estes últimos passam a ser tarifados entre zero e 7%, contra os 35% anteriores –, a Porsche também planeja vender no Brasil o Cayenne Hybrid PlugIn. “Não podemos confirmar ainda, mas existe um desejo grande de trazer. A nova legislação facilita bastante essa conta”, entrega Brück, sempre cauteloso na hora de informar prazos ou estabelecer metas concretas para o futuro. De fato, são os utilitários esportivos os que garantem os melhores números de vendas para a Porsche no Brasil. De todas as unidades emplacadas nos primeiros dez meses de 2015, 298 foram do Macan e 149 do Cayenne. Os esportivos Boxster, 911 e Cayman tiveram, respectivamente, 64, 42 e 29 exemplares comercializados. Já o sedã Panamera teve apenas 16 unidades vendidas neste ano, até outubro.


A unidade brasileira é a 18ª subsidiária de vendas Porsche no mundo. A fabricante atua em 125 mercados e conta com 24 mil funcionários espalhados por eles. Aqui, no entanto, apenas 26 estão previstos até o final deste ano. Na verdade, trata-se de uma joint venture entre a Porsche AG e a própria Stuttgart Sportcar,

que já importava os modelos alemães para cá. Atualmente, há sete concessionárias espalhadas pelo Brasil, localizadas em São Paulo, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. A meta é expandir a rede aos poucos, de acordo com as necessidades que forem observadas pela equipe.

A próxima a ser aberta já está definida: deve acontecer entre março e abril, em Recife. “Vamos agir com cautela e gradualmente, sempre monitorando o desenvolvimento do mercado. Buscamos um crescimento financeiro sólido e constante, além de criar valores de revenda estáveis”, explica Matthias Brück.


Sinal vermelho A

Volkswagen foi multada no Brasil por causa da fraude de emissões de poluentes. Pelo Ibama, em R$ 50 milhões, e em R$ 8,5 milhões pelo Procon do estado de São Paulo. Isso por conta das 17.057 unidades da picape Amarok envolvidas na

fraude das emissões. Vale lembrar que a Volkswagen admitiu que quatro motores a gasolina também têm dados sob suspeita: o motor 1.0 TSI de três cilindros e os propulsores 1.4, 1.8 TFSI e 2.0 TFSI, todos de quatro cilindros e vendidos no Brasil.


Melhorias sutis A Lotus renovou as versões Sport e Sport 220 do Elise e as deixou 10 kg mais leves – a Sport ficou com 866 kg e a Sport 220, 914 Kg. A redução veio com o emprego de ligas de aço mais leves em partes da estrutura. Com interior que remete aos esportivos dos anos 70, o Elise Sport tem motor quatro cilindros 1.6 litro de 137 cv de potência e 16,3 kgfm de torque. O zero a 100 km/h é feito em 6,5 segundos e a máxima é de 204 km/h. O Elise Sport 220 tem um motor 1.8 litro de 220 cv e 25,4 kgfm e faz de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e chega aos 233 km/h. Ambos têm câmbio manual de seis marchas.


fotos: Isabel Almeida/CZN

automundo

Novidades na praça Concorrência acirrada amplia oferta de melhorias tecnológicas para os táxis nacionais

por Laís Rezende Auto Press


E

m qualquer área de atuação, a concorrência normalmente beneficia o público-alvo dos serviços ou produtos oferecidos. No transporte de passageiros, não é diferente. Em meio à forte discussão sobre a regularização ou não de serviços alternativos no Brasil, como o Uber, feiras nacionais voltadas para taxistas ganham destaque. Caso do Salão do Táxi do Rio de Janeiro, que reuniu cursos para capacitação profissional, fóruns para debates sobre segurança pública, questões tributárias e mobilidade urbana e fabricantes automotivas dispostas a abocanhar mais vendas no segmento – em tempos de crise, focar nos profissionais pode ser uma forma de ampliar a participação de alguns modelos. Toyota, Volkswagen, Renault, Honda e Nissan exibiram em estandes veículos com características capazes de atrair a atenção dos taxistas. A Toyota, por exemplo, aproveitou a redução de imposto de importação para modelos “verdes” no Brasil para dar mais visibilidade ao híbrido Prius. Além disso, fez questão de valorizar o crescimento de seu sedã compacto Etios no segmento nacional, que, segundo a marca nipônica, chegou a 52% de alta nas vendas para taxistas até julho último. O aumento, de acordo com a fabricante, se justifica pelo consumo moderado de combustível e custo de manutenção atraente. Em parceria com a Italmobility, empresa que desenvolve equipamentos de adaptação veicular para cadeirantes, a Chevrolet mostrou a minivan Spin totalmente modificada para atender a esse tipo de público. Segundo Giácomo Morandini, sócio-diretor da Italmobility, a ancoragem para cadeira de rodas é feita por um dispositivo de retenção que fixa a cadeira durante todo o processo de embarque. “Outra vantagem é que o cadeirante tem um raio de visão igual ao de um ocupante sentado no banco”, acrescenta Morandini. A empresa ainda apresentou o elevador Fiorella, uma nova plataforma elevatória que se encaixa em veículos grandes e pequenos e, de acordo com Morandini, é mais eficiente em estradas com muitos buracos – como as vistas comumente no Brasil –, devido à sua estabilidade. Uma adaptação de veículo com as duas alternativas


custa, respectivamente, cerca de R$ 33 mil e R$ 38 mil. No meio dos carros, um “tuk tuk” amarelo chamou bastante atenção de quem passava pela feira carioca. Inspirado no clássico táxi indiano – que pode ser visto atualmente na reprise da novela “Caminho das Índias”, na Globo –, o modelo pertence à empresa Niter-Tour, que organiza passeios turísticos na cidade litorânea de Niterói. A base é uma Honda CG 150 Titan, adaptada para transportar dois passageiros sentados na parte traseira e com alguns confortos disponíveis. Como frigobar e um pequeno bagageiro. A moto suporta até 250 kg e tem custo de R$ 40 mil. Outra novidade exibida foi uma máquina de cartão de crédito e débito criada especificamente para taxistas. O equipamento se conecta ao celular do motorista, que a partir do aplicativo StarPlay Móbile armazena um relatório das transações realizadas. Um beneficio extra é que as operações são feitas a partir de sinal de celular, internet ou linha telefônica. Na prática, o profissional não fica refém de um bom sinal 3G ou 4G para receber o pagamento.


De olho no mercado

A Ford apresentou a linha 2017 do Escape. O crossover compacto, que na Europa se chama Kuga, ganhou um visual inspirado no Edge, lanternas com leds, nova grade frontal cromada e rodas redesenhadas. Além disso, a marca garante melhorias no trata-

mento acústico do para-brisa e retrovisores mais aerodinâmicos. Por dentro, há novo volante, diversos porta-objetos e novo apoio de braço, além de freio de estacionamento elétrico, saídas de ar redesenhadas e a versão mais recente da central multimídia Sync.


Fdeoco ocasião

transmundo

Ilustração: Afonso Carlos/CZN

por Márcio Maio Auto Press

Fabricantes de caminhões apostam nos planos de manutenção para incrementar ganhos no pós-vendas


P

equenos ou grandes frotistas sabem o quanto é importante cuidar de seus caminhões para garantir o máximo de lucro. Desde a prevenção de problemas mais sérios na parte mecânica até alterações no consumo de combustível, muitos fatores dependem da forma como os cavalos mecânicos são tratados por seus donos. “Agilidade e flexibilidade nos serviços são fundamentais para manter a frota rodando com eficiência”, atesta Antonio Baltar, gerente de Marketing e Vendas da Ford Caminhões. Só isso já seria suficiente para as fabricantes investirem em planos de manutenção atraentes para cada tipo de cliente. Mas um outro fator acentua a necessidade de atenção na área de pós-vendas: a crescente queda nas vendas – em 2015, já beira os 45%, em comparação com 2014. “Neste cenário, a venda de peças e serviços ganha importância ainda maior”, entrega Marcus Souza, responsável pelos planos de manutenção da Iveco. Na marca italiana, cerca de 15% dos caminhões já saem das concessionárias com algum plano de manutenção contratado. E o objetivo para 2016 é dobrar este número e chegar a 30% – ano passado, eram 10%, mesma média da MAN/Volkswagen. Já a Volvo se vangloria de ter metade de suas unidades adquiridas amparadas por algum tipo de contrato. “Quanto maior o tempo na estrada transportando mercadorias ou pessoas e gerando receita, maior a rentabilidade da operação. O transportador sabe fazer contas e está se profissionalizando mais a cada dia”, analisa Reinaldo Serafim, gerente de Pós-venda da marca sueca no Brasil. Uma das principais vantagens listadas aos transportadores na hora da aquisição de um plano de manutenção é a possibilidade de prever os custos. “No nosso Programa de Manuten-

ção Premium, o cliente troca gastos variáveis por um fixo e paga apenas pelo quilômetro rodado no mês, sem surpresas”, exemplifica Pietro Nistico Neto, gerente de Vendas de Peças e Serviços da Scania no Brasil. A marca iniciou seus programas manutenção em 2010 e, de lá para cá, já atingiu um total de 41.500 planos comercializados. Outro ponto a favor das fabricantes para atrair mais adeptos desses serviços é a promessa de um valor de revenda mais interessante. “Um veículo em bom estado e com manutenção em dia é valorizado na hora de uma negociação”, atesta Sérgio Beraldo, gerente executivo de Pós-Vendas da MAN Latin América. “O mercado sabe que veículos que passaram somente pelas nossas concessionárias estão em dia com as manutenções e, por isso, têm disponibilidade maior”, defende Serafim, da Volvo. Na Iveco, ao final do contrato, um certificado assinado pela marca comprova o período em que o caminhão esteve coberto pelo contrato. “Na prática, esse histórico de procedência pode acrescentar de 10% a 15% ao valor de revenda”, garante Marcus Souza, responsável pelos planos de manutenção da fabricante italiana. Para agradar os clientes, vale ampliar a oferta de serviços. A Mercedes-Benz, por exemplo, lançou neste ano o MercedesServiceCard, em parceria com a Ticket – responsável pelo Ticket Car, de consumo de combustível. A aliança resultou em um cartão que junta os custos relacionados a combustível, peças e serviços para frotistas de caminhões, ônibus e comerciais leves. “Somos a primeira fabricante de veículos comerciais do Brasil a oferecer esse tipo de vantagem. É uma ferramenta eficaz para controlar e gerir as despesas”, avalia Ari de Carvalho, ex-diretor de Pós-Vendas e atual diretor de Marketing & Vendas de Caminhões da Mercedes no Brasil.


A hora do luxo A Bentley iniciou as vendas do Bentayga First Edition em um evento VIP em Los Angeles, nos Estados Unidos. Limitada a 608 unidades – em homenagem aos 608 cv que o W12 biturbo 6.0 litros entrega ao SUV –, a identificação vem grafada nas laterais e no painel. A First Edition traz rodas aro 22 com detalhes em

preto, bancos de couro com o nome bordado, acabamento interno com costuras contrastantes e detalhes em metal, madeira e couro. Os 608 exemplares terão de série um relógio da Breitling, que será oferecido como opcional nas outras configurações normais do utilitário.


fotos: divulgação

motomundo

Plano

de ação S alão de M ilão revela as apostas das fabricantes de duas rodas para 2016 por Márcio Maio Auto Press

A

s fabricantes de motocicletas podem até reservar novidades para os motoshows que acontecem ao redor do globo. Todos os anos, porém, as “cerejas dos bolos” sempre são guardadas para o Salão de Milão, ou EICMA – Esposizione Internazionale Ciclo Motociclo e Accessori, ou Exposição Internacional de Motonetas, Motocicle-

tas e Acessórios –, considerado o mais importante do mundo para o setor. Neste ano, várias categorias ganharam destaque e muitas marcas iniciaram suas investidas em novos segmentos no evento italiano. A BMW e a Ducati, por exemplo, mostraram novos modelos de baixa cilindrada, a BMW G 310R e a Ducati Sixty2 de 400 cc, enquanto a Honda surpreendeu com

o City Adventure Concept, um conceito futurista de scooter off-road. A marca japonesa também estreou a versão de produção da CRF 1000L Africa Twin, linhagem inaugurada no Salão de Paris de 1988 e que será vendida no Brasil em 2016. Suas conterrâneas, as japonesas Yamaha, Kawasaki e Suzuki, desviaram grande parte das atenções de seus estandes para as esportivas MT-10, ZZR 1400 e GSX-R1000. A primeira foi lançada para completar a linha MT, a ZZR foi modificada para atender a novos padrões de emissão de poluentes enquanto a superesportiva da Suzuki teve sua nova geração antecipada e ficou mais leve, ágil e potente. Por falar em emissão de poluentes, a BMW também expôs um conceito que pode se transformar em sua segunda moto elétrica. A eRR é baseada na esportiva S1000 RR e, além de ter um motor alimentado por bateria, ganhou chassi de alumínio e carenagem em fibra de carbono em busca de eficiência. Comemorações de aniversários também viraram motivo de lançamentos. A Yamaha exibiu a XSR 900, uma retrô que celebra as seis décadas de existência da divisão de motocicleta da antiga fábrica de instrumentos musicais. Já a inglesa Triumph, que recentemente renovou sua linha retrô Benneville, reestilizou a Speed Triple para marcar os 15 anos do modelo.


Destaques do EICMA 2015 BMW eRR – Revelada na semana passada, a eRR é um modelo experimental da BMW Motorrad que usa como base a esportiva S1000 RR, mas é elétrico. Com chassi em alumínio e carenagem em fibra de carbono, é a segunda motocicleta da marca movida a eletricidade, depois da scooter C Evolution. As especificações técnicas não foram ainda definidas, mas pode-se esperar pelo menos 150 cv de potência.

BMW G 310R – A marca alemã aproveitou o EICMA para mostrar a versão definitiva de sua primeira moto abaixo de 500 cc desde 1969, quando a R50US saiu de linha. A G 310R é a versão de produção do conceito Stunt G 310, mostrado no Salão Duas Rodas de São Paulo, realizado no mês passado, e tem um motor monocilíndrico de 313 cm³, com arrefecimento líquido e comando duplo no cabeçote. O propulsor entrega 34,4 cv a 9.100 rpm e o chassi tubular é feito em aço. A suspensão tem garfo telescópico invertido na dianteira e balança monoamortecida na traseira. Freios são a disco e o sistema ABS é de série. A marca alemã venderá a street de 300 cc no Brasil a partir do segundo semestre de 2016.


Ducati XDiavel – A anfitriã Ducati mostrou a nova XDiavel, disposta a atacar no mercado de custom. É uma naked de design ousado e moderno, na linha da Harley-Davidson V-Rod e da

Yamaha VMax. O motor é um V-twin 1262 cc Testastretta com comando de válvulas variável que entrega 156 cv. Ducati Sixty2 – Com 399 cc, a Sixty2 é um retorno da Ducati ao mercado premium de baixa cilindrada. Seu motor é um L-Twin de dois cilindros que entrega 41 cv e 3,5 kgfm, com transmissão de seis marchas. A intenção da marca, controlada pela Audi, é montar o modelo em Manaus a partir do ano que vem.


Honda CRF 1000L África Twin – Revelada em julho, a maxitrail ganhou versão de produção, exibida pela primeira vez no EICMA. O motor de 998 cc tem cilindros paralelos, é refrigerado a líquido e tem oito válvulas. Ele rende 95 cv a 7.500 rpm e 10 kgfm a 6 mil rpm. A nova aventureira conta com mapeamento off-road e controle de torque em três versões: Standard, ABS e DCT.

Honda City Adventure Concept – Trata-se de uma proposta de scooter aventureira, que alia a praticidade típica dos veículos urbanos com suspensões de longo curso, pneus de uso misto e escape esportivo. As informações técnicas não foram divulgadas.


Kawasaki ZZR 1400 – Vendida em alguns mercados como Ninja ZX-14, a moto passou por alterações técnicas e seu quatro cilindros agora atende aos novos padrões de emissão e entrega 200 cv. A configuração Performance Sport traz pinças de freios Brembo, amortecedor traseiro Öhlins e escapamento Akrapovic. A marca japonesa ainda mostrou a série limitada Sugomi Edition para as Z800 e Z1000, com escapamento Akrapovic e mudanças visuais, mas sem alterações nos motores.

MV Agusta Brutale 800 – A fabricante italiana dedicou a maior parte de sua atenção à nova Brutale 800. A linha 2016 renovada marca o aniversário de 15 anos do modelo, que estreia nova logo da empresa. O motor foi mexido e rende 116 cv. O torque subiu 25% e agora é de 8,46 kgfm. O escape cresceu e a embreagem tem acionamento hidráulico. Além disso, a MV Agusta, que tem a Daimler-Benz como sócia, também mostrou uma edição especial da Dragster RR, a LH44, que tem assinatura do tricampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton, que corre pela Mercedes-Benz.


Suzuki GSX-R1000 – A japonesa levou para Milão um protótipo da nova geração da superesportiva que é mais potente, ágil e leve que a atual e herda tecnologias da MotoGP. Há novo sistema de controle de tração com 10 níveis, controle de largada mais eficiente, que otimiza a entrega de torque, e suspensão de pista da Showa adaptada ao uso urbano. A nova geração só deve ser comercializada em 2016, no segundo semestre. A Suzuki também apresentou a nova SV650, com mudanças no V-Twin de 645 cc que eleva a potência de 72 para 76 cv.

Triumph Speed Triple – A moto foi reeestilizada nas versões “S’’ e “R’’. A streetfighter inglesa ganhou novo visual e alterações no motor, freios e suspensões melhores, além de um novo pacote eletrônico que inclui modos de pilotagem, controle de tração e ABS comutável. A traseira é inspirada na esportiva Daytona 675 e ambos os modelos têm motor de três cilindros de 1050 cm³, acelerador ride-by-wire, cinco modos de pilotagem – Road, Rain, Sport, Track e um personalizável – e freios monobloco Brembo.


Yamaha MT-10 – Evolução da MT-09, o modelo tem motor baseado no da R1. Trata-se de um quatro cilindros de 998 cc, mas sua potência não foi informada. Há três modos de direção, controle de tração, controle de cruzeiro e tanque de combustível para 17 litros. O modelo começa a ser vendido na Europa em maio de 2016.

Yamaha XSR 900 – O visual e a pintura retrô se justificam por ser parte das comemorações de 60 anos da marca. Mas, apesar da aparência clássica, traz tecnologias bem modernas. A moto tem controle de tração, freios ABS, garfos ajustáveis e motor crossplane de três cilindros e 850 cc. A expectativa é que as vendas comecem em fevereiro.


Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 81, 20 de novembro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.197 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Raffaele Grosso redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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