Revistaautopress086

Ano 2, Número 86, 25 de dezembro de 2015

Desequilíbrio social

Modelos de luxo vendem como nunca em 2015 enquanto compactos enfrentam forte retração

E ainda:

Novo Volkswagen Passat Honda Accord 2016 no Brasil Retrospectiva 2015: Mercado de automóveis, motocicletas e caminhões

EDITORIAL

Boa leitura!

Sumário

Buraco sem fim

Esta edição de fim de ano da Revista AutoPress olha pelo retrovisor e analisa o que de melhor e pior ocorreu em 2015. Foi uma época difícil para o mercado automotivo, com queda de cerca de 25% nas vendas, mas alguns modelos se saíram bem nos negócios, especialmente os SUVs compactos. Aliás, há quem comemore a passagem de 2015, caso da japonesa Honda, que cresceu 14% entre janeiro e novembro deste ano, e emplacou 138.330 unidades.

Embalada pelo sucesso de vendas em 2015, a marca também deve trazer para o País o sedã médiogrande Accord, a partir de janeiro de 2016.

Já no caso da Volkswagen, há poucos motivos para comemorar. A marca se envolveu num escândalo com seus motores TDI – o mesmo usado na Amarok – que tinham um software que adulterava os resultados de emissão de poluentes. Em meio a esse turbilhão, a marca apresentou o novo Passat, que já chega a sua oitava geração e será importado pela marca ao Brasil.

A dor da queda pegou em cheio o mercado de motocicletas. Em 2014, o cenário já era de declínio, com 5,7% de retração de acordo com a Fenabrave.

Em 2015, o ritmo desacelerou ainda mais: até novembro, foram 12,3% de queda registrada nas vendas. Nem mesmo o mercado de motos de luxo escapou da crise. O mesmo cenário se passa com as vendas de caminhões, e é ainda mais preocupante.

Com retração por volta de 50%, os números para esse setor são desastrosos.

Edição de 25 de dezembro 2015

03 - Destaques de 2015

26- Novo Volkswagen Passat

12 - Retrospectiva 2015: Mercado de automóveis

33 - Retrospectiva 2015: Mercado de caminhões

19 - Lançamento do Honda Accord 2016 no Brasil

40- Retrospectiva 2015: Mercado de motocicletas

Mercado

teste

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

cruzado por Márcio Maio Auto Press

Modelos destinados aos consumidores mais ricos escapam da crise que massacrou os veículos de entrada

O

mercado premium no Brasil, definitivamente, ainda tem muito a crescer. Não foi à toa que, mesmo diante de uma queda de vendas que beira os 25%, as chamadas marcas de luxo tenham permanecido tão ativas e cheias de novidades. Com tantos lançamentos nesta categoria, é natural que alguns modelos tenham se destacado nas avaliações de “Auto Press” ao longo de 2015. Ainda mais quando fazem parte de outra categoria que se saiu bem no ano: os SUVs. Caso do Volvo XC90, que conquistou nota máxima em vários quesitos e se tornou um dos grandes destaques entre as novidades que chegaram ao país nos últimos 12 meses.

A fabricante sueca conseguiu, com seu imponente SUV, marcar presença na estabilidade, conforto, tecnologia, habitabilidade e acabamento. Levou nota máxima em quatro dos pontos avaliados durante seu lançamento, em setembro, em Santa Catarina. Para isso, contou o moderno chassi Four-C, com o sistema de suspensão por bolsas de ar, seus bancos anatômicos e extremamente confortáveis e uma série de itens que fazem com que a fabricante o encare como o modelo mais seguro e tecnológico que já produziu.

Jaguar XE e Audi TT se encontraram em duas categorias importantes da avaliação: tanto a marca alemã quando a britânica se saíram bem no desempenho e na estabilidade. A excelência em acabamento também veio da Grã-Bretanha: o Land Rover Discovery Sport, mesmo sendo modelo de entrada da marca, esbanja requinte em sua configuração HSE Luxury.

Uma outra marca de luxo que começa a ganhar mais visibilidade no Brasil também surpreendeu reinando, soz-

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

inha, no quesito interatividade: a Lexus e seu sedã médio IS 250 e o SUV médio-grande RX 350, este último o escolhido também no que diz respeito ao conforto dos passageiros.

Do Japão também vem o eleito em design. O cupê esportivo Honda Civic Si não guarda qualquer traço do conservadorismo estético nipônico e surpreende com um visual que equilibra agressividade e elegância na dose certa.

Mas nem só de importados se faz um time de campeões.

A Volkswagen, apesar da queda de 35% em suas vendas em 2015, sobressaiu ao adotar o motor 1.0 TSI nas versões de topo do Up. Agora, o compacto é o automóvel mais econômico do país sem contar com auxílio de propulsão elétrica. Além disso, a Jeep e a Honda se deram bem com seus novos SUVs compactos. O Renegade mostrou ser um dos melhores custos/benefícios em sua versão Longitude 4X4 diesel, enquanto o HR-V comprovou que a habitabilidade é mesmo um dos maiores trunfos dos utilitários esportivos.

Algumas investidas dão certo, outras não. A Nissan criou uma expectativa alta em relação à nova linha nacional do March. Afinal, o carrinho é eficiente, simpático e bem funcional. Mas não aproximou a fabricante japonesa dos almejados 5% de participação até 2016. Na verdade, o hatch compacto emplaca menos que 2 mil unidades mensais – 40% das 5 mil sonhadas para o modelo até o ano que vem.

O March, na verdade, não tem sido o maior destaque nem nas próprias concessionárias Nissan. No mês passado, chegou a emplacar menos que o sedã Versa, construído sobre a mesma plataforma na fábrica localizada em Resende, no Rio de Janeiro.

Desempenho Audi TT Ambition e Jaguar XE O motor de 230 cv de potência e 37,8 kgfm de torque do cupê esportivo alemão tem dois sistemas de injeção: uma direta para as baixas rotações e multiponto para as altas. E ainda conta com comando continuamente variável. O resultado é uma aceleração vigorosa, com disposição em todas as faixas de giro. Não bastasse isso, a transmissão automatizada de dupla embreagem realiza trocas de maneira rápida e se adapta às pisadas ao acelerador com eficiência.

Já o Jaguar XE honra as boas tradições da fabricante britânica nesse aspecto. As arrancadas são daquelas que marcam as costuras do banco nas costas do piloto e, apesar do torque máximo só aparecer a 4.500 rpm, desde os giros mais baixos já há força suficiente para apimentar o sedã. Impressiona a facilidade com que os ponteiros do velocímetro e do conta-giros sobem.

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

ponto a ponto

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN

Os melhores

Estabilidade

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN

Jaguar XE, Audi TT Ambition e Volvo XC90 A dupla se encontra mais uma vez no segundo quesito da avaliação de “Auto Press”. Quanto ao XE, trata-se de um Jaguar – o que significa uma suspensão que privilegia a esportividade, embora cumpra bem o compromisso com o conforto desejável de um sedã de luxo. O resultado é um controle nas retas e curvas em alta velocidade realmente impressionante. O XE S mostra a eficácia da suspensão traseira integral link, uma espécie de multilink evoluída. A carroceria simplesmente se recusa a rolar nas curvas e, mesmo nas pisadas mais intensas, não há qualquer tendência de desgarrar. O Audi TT também explora um pouco mais a emoção e, com seus 1.260 kg, se comporta de maneira neutra mesmo nos caminhos mais sinuosos. Para isso, conta com uma ajuda especial a partir dos 120 km/h: é quando entra em ação o aerofólio traseiro retrátil do cupê, que melhora a aderência. Já o Volvo XC90 surpreende nesse ponto principalmente por seu centro de gravidade elevado, como bom utilitário esportivo que é. Mas sua versão Inscription tem sistema de suspensão por bolsas de ar e, nos modos de condução, é possível ajustar a altura mais adequada de rodagem, de acordo com o piso.

Ainda um tanto exclusiva no Brasil, a Lexus fez bonito com dois modelos de seu portfólio nesse assunto. Tanto no sedã IS 250 F-Sport quanto no SUV RX 350, o cockpit e os bancos formam um conjunto que envolve o motorista – que praticamente “veste” o carro. Há muitos comandos e funções para serem explorados, mas todos de uso intuitivo e bem instigantes. Em ambos, a tela central é comandada pelo tradicional “joystick” da marca japonesa, localizado no console central, que vem inspirando os controle dos carros da Mercedes-Benz de uns tempos para cá. De cara, pode parecer um tanto trabalhoso, mas logo a peça se torna muito prática. Além, é claro, de adicionar boa dose de charme ao habitáculo.

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Interatividade Lexus IS 250 e Lexus RX 350

Com as normas cada vez mais severas de controle de emissão de poluentes no mercado automotivo, a adição de turbocompressores em motores aspirados tem sido cada vez mais constante. A intenção principal da Volkswagen nem era garantir mais economia de combustível quando criou o motor TSI para o Up. Mas esse se tornou um de seus maiores apelos. De acordo com dados do Programa de Etiquetagem do InMetro, o modelo recebe nota A na categoria e no geral com consumo energético de 1,44 MJ/km, o melhor registrado no Brasil sem o auxílio de um propulsor elétrico. São 9,6 km/l e 11,1 km/l na cidade e na estrada com etanol e 13,8 km/l e 16,1 km/l com gasolina.

Fotos: Isabel Almeida/CZN

Consumo Volkswagen Up TSI

Fotos: Isabel Almeida/CZN

Fotos: Isabel Almeida/CZN

Conforto Lexus RX 350 e Volvo XC90

O amplo espaço interno do SUV médio-grande da Lexus é mesmo impressionante. São 2,74 metros de entre-eixos que, por dentro, parecem até mais que isso. Quatro ocupantes viajam tranquilamente e mesmo uma quinta pessoa se acomoda bem, sem afetar os demais passageiros. Os bancos de couro têm excelente densidade e, à frente, ainda oferecem aquecimento e ventilação. Os de trás, se movem e até reclinam. Isso sem falar no excelente trabalho da suspensão, que parece ter sido planejada para o solo brasileiro, repleto de imperfeições. O mesmo se pode dizer do Volvo XC90, que alia um conjunto suspensivo bem acertado com assentos anatômicos e cabine bem ampla. A qualidade dos revestimentos reforça o aspecto aconchegante e requintado do SUV.

Habitabilidade Honda HR-V e Volvo XC90

Não é surpresa que esse quesito seja dominado pelos SUVs. Afinal, é justamente a boa vida a bordo o maior motivo de modelos como o HR-V fazerem tanto sucesso. Há um generoso espaço para passageiros da frente e de trás na cabeça, ombros e pernas. O porta-malas é também de bom tamanho, com 431 litros – capacidade alcançada graças ao uso de estepe temporário. A altura de 1,58 m facilita o acesso sem cobrar qualquer contorcionismo dos ocupantes. Já o Volvo XC90 se destaca por levar sete pessoas com conforto. Desde que não sejam altos demais, os dois ocupantes da última fileira conseguem viajar bem ali. Para melhorar ainda mais, o XC90 é um veículo alto, o que facilita consideravelmente o acesso ao interior – incluindo esses lugares de trás.

Design Honda Civic Si

Não há meios de transitar a bordo de um Honda Civic Si sem ser notado. Principalmente na cor da unidade testada pela equipe de “Auto Press”, laranja. Legítimo cupê, suas linhas fluídas chamam muita atenção. A parte frontal impõe respeito com seu para-choque robusto, faróis alongados e agressivos e grandes entradas de ar. No perfil, além dos vincos marcantes, as belas rodas aro 18 com pigmentação brilhante e design arrojado dominam o ambiente. Na parte traseira, o aerofólio, a ponteira de escape cromada e a lanterna com estilo mais ousado reforçam a imagem de um ligeiro esportivo.

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Apesar de se tratar de um dos veículos de entrada da marca britânica, o Discovery Sport segue fielmente o alto padrão da Land Rover. Seus bancos e portas revestidos em couro, aliados às molduras no console central em alumínio escovado, entram em contraste com a parte superior do painel em preto. É o tipo de modelo em que até o cheiro parece cuidadosamente tratado para agradar os passageiros. Bem próximo do que se vê no interior do XC90, o Volvo mais requintado jamais produzido e que nada deixa a desejar em relação aos concorrentes no segmento de utilitários esportivos grandes de luxo. Elegância e bom gosto são facilmente notados em cada detalhe.

Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Acabamento Land Rover Discovery Sport HSE Luxury e Volvo XC90

Fotos: Isabel Almeida/CZN

Custo/benefício Jeep Renegade Longitude 4X4 Nem a Jeep esperava que as versões movidas com diesel fossem representar tanto nas vendas do pernambucano Renegade: uma em cada quatro. Mas a configuração Longitude pode ajudar a justificar isso. Ela começa em R$ 114.900 com itens de série capazes de garantir conforto e segurança aos passageiros, já que se trata de uma variante intermediária. Um detalhe faz o Renegade reinar sozinho em sua categoria: é o único entre os SUVs compactos que oferece propulsor diesel.

Neste ponto, o Volvo XC90 não economiza. Desde as tecnologias comuns a modelos de luxo, como sistemas de entretenimento sofisticados e ajustes personalizados para os bancos, até os diversos sistemas de auxílio dinâmico para o motorista. Há controle de cruzeiro adaptativo com assistente de condução, que controla freio, acelerador e a direção do carro em situações de trânsito, e a nova geração do City Safety, que detecta carros, pedestres e ciclistas até mesmo no escuro e freia automaticamente em cruzamentos, se detectar um obstáculo se aproximando no sentido contrário. O Sistema de Leitura de Placas de Sinalização de série foi aprimorado para mostrar uma extensa seleção de placas de trânsito em um display digital na frente do motorista, bem como uma variedade de placas complementares das vias.

A versão Inscription traz ainda o head up display, que projeta as principais informações do painel à frente do motorista, alertas de tráfego lateral e de colisão traseira, além do alerta de ponto cego e o sistema de câmaras 360º, que projeta na tela central uma visão completa do entorno do veículo. Para terminar, o som Bowers & Wilkins simula, dentre outros ambientes, a sala de concertos da Orquestra Filarmônica de Gotemburgo. Um verdadeiro abuso.

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN

Tecnologia Volvo XC90

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN

Destaque do Ano Volvo XC90

O Volvo XC90 cumpre a promessa de ser o modelo mais requintado e tecnológico já criado pela marca sueca. O SUV dispõe de todos os recursos de segurança existentes para automóveis, tem um sistema multimídia extremamente amigável, conforto que impressiona e acabamento esmeradíssimo.

Decepção do Ano Nissan March

O Nissan March tinha tudo para fazer sucesso, mas não deslanchou. É pequeno por fora e grande por dentro, tem motores eficientes, bom preço e alto nível de conectividade.

Talvez atrapalhado pelo fato de a marca japonesa ainda ser vista como “estrangeira” pelos consumidores brasileiros, o compacto vendeu bem menos do que merecia.

autoperfil

D ois pesos, duas medidas por Mรกrcio Maio auto press

Mercado perde cerca de 25% das vendas, mas SUVs e modelos de luxo escapam da crise

A

forte crise no setor automotivo faz de 2015 um ano sem boas lembranças para a maior parte dos fabricantes. Mas é verdade também que marcou transformações importantes no mercado. E pode ainda trazer outras em seu encerramento. O Fiat Palio, por exemplo, que tomou a liderança nacional do Volkswagen Gol em 2014, está tecnicamente empatado com o Chevrolet Onix. As três principais marcas premium, mais uma vez, experimentaram o gosto de caminhar em direção oposta à crise.

Além disso, em meio à queda crescente, um segmento ganhou fôlego: o dos utilitários compactos, que teve diversos lançamentos nos últimos 12 meses.

“Somando todos os nossos modelos, crescemos 14% entre janeiro e novembro deste ano, totalizando 138.330 unidades emplacadas. Nossa previsão é fechar 2015 com crescimento aproximado de 11% em produção e vendas”, comemora Paulo Takeuchi, diretor de Relações Institucionais da Honda.

O resultado da marca japonesa tem nome: HR-V. O SUV compacto foi lançado em fevereiro e em pouco tempo se tornou o utilitário esportivo mais ven-

dido do país. Aliás, essa categoria ganhou inúmeros novos integrantes: desde a chinesa JAC, com o encorpado T6, à francesa Peugeot, com seu requintado 2008, poucas foram as fabricantes que não tentaram “beber” dessa fonte. Mas só uma conseguiu êxito suficiente para quase destronar a Honda: a Jeep, com seu pernambucano Renegade. “Somos a 9ª marca com mais emplacamentos desde setembro. Temos no Brasil o melhor market share global do Renegade.

Estamos entre os dez primeiros de vendas no atacado e entre os cinco primeiros no varejo há alguns meses”, enumera Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil e da Jeep para América Latina.

Diante de uma queda de 25% em vendas, não é necessário terminar o ano no azul para comemorar. Perder menos que o mercado já pode ser motivo de alívio. A retração nas vendas da Hyundai, por exemplo, representam a metade dessa perda: 12,5%. Se considerar apenas os resultados da linha HB20, produzida no país, a queda é ainda menor, de 7,6%. Com isso, a participação de mercado passou dos 7,12% registrados em 2014 para os

8,21% conquistados até o final do mês passado. “Isso é mais consequência da queda dos volumes totais dos concorrentes do que um objetivo em si para a Hyundai. A empresa tem operado em sua capacidade total de produção desde a inauguração da fábrica e não é possível, portanto, produzir mais para ganhar mercado”, analisa Maurício Jordão, gerente sênior de Relações Públicas da Hyundai Motor Brasil.

Entre as marcas que têm forte representatividade no Brasil, as mais prejudicadas foram, curiosamente, as três principais no que diz respeito às vendas. É a tal história: perde mais quem tem mais a perder. A Fiat foi a mais afetada: 36,3% de queda, com 402.273 emplacamentos entre janeiro e novembro de 2015 ante aos 631.167 do mesmo período no ano passado. Em seguida neste ranking aparece a Volkswagen, com 35,3% de retração, um pouco a mais que os 32,7% da Chevrolet. A Ford não cresceu – na verdade, perdeu 13,2% de suas vendas, mas garantiu melhora em sua participação de mercado, passando dos 9,1% para 10,5%. Uma das razões para isso é a boa aceitação do hatch Ka, em seu primeiro ano cheio

de vendas. “O Ka é o melhor exemplo de que o consumidor de veículos de entrada hoje está mais exigente. Além de eficiência e estilo, ele não abre mão de recursos de segurança e conectividade, como sistema Isofix para cadeiras infantis e conexão Bluetooth para celular, recursos que a linha traz de série”, defende Fernando Pfeiffer, gerente de Produto da marca norte-americana.

O Ford Ka é o quinto mais emplacado no Brasil entre janeiro e novembro, com 83.421 exemplares comercializados. A título de comparação, isso é mais que a metade dos 163.569 automóveis totais vendidos pela Renault – que iniciou recentemente a comercialização de sua primeira picape no Brasil, a Duster Oroch – e bem mais que as 55.095 unidades emplacadas pela Nissan nesses 11 primeiros meses do ano. Outra marca que apresentou retração bem menor que o mercado foi a Toyota. Mesmo que seu principal lançamento só tenha acontecido na reta final de 2015, com a nova geração da picape Hilux, a fabricante japonesa se destaca cada vez mais no segmento de médios. O tradicional Corolla já é o segundo sedã mais vendido do Brasil – fica atrás apenas do

compacto Prisma, bem menor e mais barato, por uma diferença pequena.

“Comercializamos 159.441 veículos até novembro, ou seja, caímos 8,1% em comparação com o mesmo período de 2014. Porém, o market share aumentou de 5,5% para 6,8%”, valoriza Ricardo Bastos, diretor adjunto de Relações Públicas e Governamentais da Toyota no Brasil. Dessas 159.441 unidades, 60.917 foram do Corolla – ou seja, 38,2% do total.

Uns com pouco, outros com tanto.

Se há uma categoria que não tem do que reclamar no Brasil é a de veículos premium. Pelo menos para as marcas que atuam em faixas de preço mais próximas aos modelos topo de linha das fabricantes genéricas. A BMW subiu suas vendas em 6,2%. Enquanto isso, a líder neste segmento, MercedesBenz, registrou um crescimento de 65,7% nos emplacamentos de carros de passeio entre janeiro e novembro de 2015, comparado ao mesmo período de 2014. “Expandimos nossa rede de concessionários de 45 para 52 pontos e, com o GLA, passamos a atuar em um segmento que antes não explorávamos”, fala Dirlei Dias, gerente sênior de Mar-

keting e Vendas de automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. O crossover, aliás, é um dos maiores sucessos da marca no país: responde por 35% das vendas.

A Audi também avançou bastante no plano de expansão traçado para o mercado brasileiro. A meta era emplacar 15 mil unidades, mas ao final de novembro já contabilizou 15.243. Um aumento de 35,8% sobre os primeiros 11 meses de 2014. Além disso, a fabricante alemã também iniciou sua produção nacional, com o A3 sedã. “O segmento premium no Brasil tem um potencial enorme. E representa hoje apenas 2% do mercado total. Esse número deve ser triplicado nos próximos cinco anos, por isso resolvemos investir na fabricação em São José dos Pinhais, no Paraná”, explica Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil. Para Dirlei, da Mercedes-Benz, as perspectivas também são as melhores possíveis. “A chegada de novos modelos e a instalação de novas fábricas no país, aliadas às condições especiais de vendas e consumidores que dependem menos de linhas de crédito, fazem com que clientes migrem dos modelos nacionais topos de linha para os importados”, avalia.

vitrine

Para aproveitar

Fotos: divulgação

o prestígio

por Luiz Humberto Monteiro Pereira Auto Press

Uma das raras marcas a driblar a crise em 2015, Honda apresenta Accord 2016 no Brasil

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015 foi bastante ruim para a indústria automotiva brasileira. Mas a Honda não tem do que reclamar. Num ano em que as vendas de automóveis no país devem encolher algo perto de 25%, a marca japonesa, embalada pelo sucesso do lançamento do utilitário esportivo HR-V, foi uma das poucas empresas a ganhar vendas em 2015 – deve fechar o ano com um crescimento de cerca de 14,5% nos emplacamentos em relação a 2014. Além dela, as únicas marcas a crescerem no Brasil foram Jeep, Audi, BMW e Mercedes-Benz. Todas as outras “encolheram”. Para aproveitar a boa fase no país – e também para crescer em um segmento altamente rentável –, a Honda vai importar dos Estados Unidos, a partir de janeiro, a versão 2016 do sedã médio-grande Accord.

O novo Accord chega em versão única. O modelo EX vem com motor i-VTEC 3.5 V6 de 280 cv de potência a 6.200 rpm e 34,6 kgfm de torque a 4.900 rpm, combinado com um câmbio automático de seis marchas, agora com paddle shifts. Com o “facelift” realizado na linha 2016, o sedã e ganhou um visual mais contemporâneo e sintonizado com a atual “cara” da marca.

O aspecto geral é esportivo e imponente. Capô e para-choques têm vincos acentuados que se integram à nova grade cromada.

O conjunto ótico é todo novo, com faróis e luzes de neblina exclusivamente em leds. Na lateral, destacam-se as estilosas rodas aro 18. Na traseira, mudanças nos para-choques e iluminação em leds nas lanternas. O aerofólio na tampa do porta-malas se incumbe da dar uma pitada de esportividade e jovialidade ao modelo.

Como nem só de aparências se faz um sedã médio-grande, o Accord incorpora também novas tecnologias para agradar os consumidores do segmento, que esperam bem mais do que apenas espaços maiores que os dos sedãs médios. Entre as novidades tecnológicas está uma nova central multimídia, com

navegador integrado e informações de trânsito por meio de radiofrequência – sem necessidade de conexão com smartphones. Por enquanto, o sistema funciona nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. O sistema multimídia possibilita ainda conexão Wi-Fi com o uso de browser para acesso à internet, além da conexão Bluetooth para realização de chamadas e reprodução de áudio, compatível com Apple CarPlay e Android Auto. Ou seja, é possível acessar informações e funções de smartphones e tablets diretamente na tela do veículo, por espelhamento. A entrada HDMI permite a reprodução de áudio, vídeo e imagens em alta definição por meio de dispositivos como notebooks e câmaras digitais.

Existem, ainda, duas entradas USB para MP3 player, pen drive e iPod/iPhone/iPad, além do DVD player e uma entrada auxiliar.

Para dar vazão a tanta conectividade, o sistema de áudio conta com alto-falantes nas quatro portas, dois tweeters na dianteira e um subwoofer na traseira.

Além da central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, a principais novidades no habitáculo são as pedaleiras esportivas em alumínio com iluminação, o acabamento com revestimento na cor preta, o novo acabamento no painel de instrumentos e o banco traseiro bipartido rebatível (60/40). O revestimento dos bancos combina couro e partes específicas em material sintético. Detalhes com aspecto de madeira no painel e nas portas reforçam o aspecto de requinte. O volante conta com ajuste de altura e profundidade e os bancos têm ajustes elétricos.

Graças ao sistema de partida à distância com acionamento pela chave, o ar-condicionado automático dual zone pode ser acionado ao ligar o motor do veículo, permitindo que a cabine seja climatizada antecipadamente até atingir 22° C. Nada mal para quem vai encarar esse verão inclemente que a meteorologia prevê em quase todo o território nacional

Além dos sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, a reprodução de imagem da câmara de ré do novo Accord oferece três modos de visão: normal, com campo ampliado e de cima para baixo. E inclui a função de guia dinâmica, na qual uma linha virtual de orientação acompanha a rotação do volante, projetando qual seria o posicionamento do veículo com o atual esterçamento do volante. Os retrovisores externos podem ser rebatidos eletricamente e, do lado direito, o retrovisor tem o dispositivo Honda LaneWatch. Trata-se de um monitor de ponto cego que utiliza uma câmara localizada abaixo do espelho e mostra as imagens no display. O Accord 2016 traz também

abertura da porta do motorista por aproximação, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e teto solar elétrico.

Em tempos de gasolina tão cara, outra novidade interessante do novo Accord é a tecnologia de Administração de Cilindro Variável (VCM). O sistema pode ativar e desativar três cilindros do motor, conforme a necessidade, para atender as demandas de potência e economia de combustível. Em velocidades mais baixas, o VCM permite que o 3.5 V6 trabalhe com apenas metade do número de cilindros. Quando é preciso mais força, todos entram em ação. Quanto ao preço do novo Accord no Brasil, a Honda ainda faz segredo.

Novas direções

Pronto para vir

A Toyota lançou a nova geração do SW4 na Argentina. Por lá, está nas lojas apenas a versão topo de linha SRX, com capacidade para até sete passageiros. O propulsor, que está também na nova Hilux, é um 2.8 turbodiesel de 177 cv e torque máximo de 45,8 kgfm, acompanhado por câmbio manual ou automático, sempre de seis marchas. Os itens de série do SW4 englobam sete airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, rodas de 18 polegadas, central multimídia com tela de sete polegadas, bancos revestidos em couro, ar-condicionado automático e controle de velocidade de cruzeiro.

Na Argentina, o preço sugerido é de 883.400 pesos na versão manual, cerca de R$ 268 mil, e 932.800 pesos sem o pedal da embreagem, ou seja, mais ou menos R$ 283 mil. No entanto, as tributações de impostos devem sofrer alterações a partir do começo do ano que vem, de acordo com o governo argentino, o que deve alterar os valores do SUV da Toyota. No Brasil, o novo SW4 deve começar a ser vendido no primeiro semestre do ano que vem. Até lá, no entanto, segue em vendas com o visual antigo, com motor 2.7 flex ou 3.0 turbodiesel, a partir de R$ 135.850.

A segurança está mesmo ganhando cada vez mais importância no Brasil. Tanto que a obrigatoriedade do controle eletrônico de estabilidade foi aprovada pelo Departamento Nacional de Trânsito na última semana. E passa a valer a partir de 2020. Os modelos que ainda não foram homologados são obrigados a contar com o ESP a partir de 1º de janeiro de 2020. Porém, os que já foram homologados, têm um prazo um pouco maior para adequação do projeto: até 1º de janeiro de 2022.

O ESP, sigla em inglês para Eletronic Stability Program – Programa Eletrônico de Estabilidade – é responsável por reconduzir o carro à sua trajetória normal no caso de derrapagem. Vale lembrar que só no início do ano passado se tornou obrigatória a inclusão dos airbags frontais e dos freios ABS na lista de itens de série de todos os carros vendidos no Brasil.

Busca premiada

A lista com os dez carros mais pesquisados do mundo em 2015 foi divulgada pelo Google. As marcas com maior registro de buscas foram Chevrolet, Jeep, Fiat, Toyota e Lexus. Na ordem dos mais procurados para os menos, estão o sedã médio-grande Chevrolet Malibu, a picape Chevrolet Silverado, a picape Toyota Tacoma, o cupê esportivo Chevrolet Camaro, o SUV Honda HR-V, o crossover Fiat 500X, o SUV Jeep Renegade, a picape Chevrolet Colorado, o utilitário esportivo Lexus NX e o SUV Hyundai Tucson. A partir da lista, é possível observar que os segmentos mais procurados foram o das picapes e o dos utilitários esportivos. Os dois líderes de vendas entre os SUVs brasileiros, aliás, estão na lista, o Jeep Renegade e o Honda HR-V.

Tudo (quase) igual –

Novata à vista

A BMW Motorrad vai trazer a G310R no último trimestre de 2016. A moto foi apresentada como protótipo no Salão Duas Rodas, em São Paulo, e depois como modelo de produção no Eicma, Salão de Milão, na Itália. A produção fora do país começa no início do segundo semestre. Por aqui, inicialmente, virá em quantidade limitada. Mas já se almeja para 2017 que ela seja a moto mais vendida da BMW no Brasil. Na parte estética, a nova moto é semelhante à S 1000R e bem parecida com as linhas mostradas no conceito G310 Stunt.

Desenvolvida em parceria com a indiana TVS, a G310R tem motor de 313 cm³ e concepção incomum, com saída de escape para trás e admissão na frente. O monocilíndrico é capaz de gerar 34 cv a 9.500 rpm e 2,8 kgfm a 7.500 rpm. O peso é de 158,5 kg. As especificações do câmbio ainda não foram divulgadas. Suspensões dianteiras são invertidas, para dar mais esportividade à moto, e o painel é digital. Os freios são a disco simples nas duas rodas, com 300 mm na frente e 240 mm atrás e há sistema ABS de série. Os pneus têm medidas 110/70 com 17 polegadas na frente e 150/60 com 17 polegadas atrás. Ainda não há informações de quanto o modelo vai custar.

Os valores do seguro Dpvat não serão reajustados em 2016. A taxa, que é paga junto com o IPVA, vai manter a mesma tabela de 2015, ou seja: proprietários de automóveis pagarão R$ 105,65; os de motocicletas, R$ 292,01; e os de caminhões e picapes, R$ 110,38. A única mudança fica por conta dos ciclomotores de até 50 cm³ – as chamadas “cinquentinhas”. A partir do ano que vem, o valor fixado para esses veículos será de R$ 134,66. Ônibus e lotações com cobrança de frete ou capacidade para mais de 10 passageiros pagam R$ 396,49, enquanto os que não fazem transporte de passageiros pagarão R$ 242,42.

A grande diferença entre os valores cobrados para carros e motos chama atenção. Mas o seguro é calculado a partir do índice de acidentes de cada categoria de veículo. O Conselho usa projeções dos custos das indenizações pagas às vitimas que dão entrada no pedido de seguro. As projeções também levam em consideração os repasses destinados ao SUS de 45%, para atendimento médico, e ao Denatran, de 5%.

Mudança de planos – A Cadillac não vai mais produzir

carros movidos 100% a eletricidade. A informação foi dada pelo chefe de marketing da marca, Uwe Ellinghaus. Por conta do fracasso do cupê ELR, a montadora pensará em aprimorar os modelos já existentes para que fiquem mais eficientes, em vez de criar algo totalmente novo. O preço do Cadillac ELR nos EUA é de US$ 65.995, o equivalente a aproximadamente R$ 262 mil.

Briga sem fim –

O fim da obrigação do porte de extintores de incêndio, definida pelo Conselho Nacional de Trânsito, pode ser revertida em 2016. A Comissão de Viação de Transportes da Câmara dos Deputados está com o intuito de suspender a determinação, alegando que a decisão prejudicou quem comprou os extintores ABC, devido ao preço elevado, e contraria os interesses dos fabricantes e vendedores do equipamento. O interesse dos motoristas não entrou na discussão.

União faz a força Google e Ford devem anunciar em poucas semanas uma parceria para o desenvolvimento de automóveis de condução autônoma. A gigante da informática já trabalha há alguns anos neste tipo de tecnologia para carros e tem protótipos rodando em diferentes regiões dos Estados Unidos. A experiência da Ford pode resultar em um modelo de produção final.

Visto livre

Downsizing providencial

O Conselho Nacional de Trânsito autorizou o emplacamento no Brasil do elétrico Renault Twizy. No entanto, o veículo ainda não tem venda oficial para pessoas físicas e só está liberado para circular em vias urbanas. O Twizy tem um motor movido a eletricidade, que desenvolve 20 cv de potência e torque de 7,1 kgfm. Ele é capaz de chegar à velocidade máxima de 50 km/h e tem espaço para duas pessoas, uma atrás da outra, com autonomia para circular 100 km com uma carga completa. De acordo com a Renault, se houver demanda, a marca poderá até fabricar o Twizy em território brasileiro.

O modelo da marca francesa – que é meio quadricíclo, meio carro – pesa 450 kg. Com 2,32 m de comprimento e 1,19 m de largura, foi revelado em 2010, no Salão de Paris, onde já é oferecido como opção de transporte urbano. Para ser recarregado, o pequeno elétrico Twizy precisa ser conectado a uma tomada convencional de 220 V de três pinos, como a que já faz parte do padrão brasileiro. O modelo é o terceiro a integrar o grupo ZE – sigla em inglês para “emissão zero” – da fabricante francesa.

A Honda se prepara para lançar em breve dois novos motores turbos que serão utilizados em dois modelos vendidos no Brasil.

Um 1.5 estreará por aqui na nova geração do sedã médio Civic, prevista para ser vendida já no ano que vem. Além dele, há um 1.0 de três cilindros, que deve equipar inicialmente versões do monovolume Fit. Esse, no entanto, não se sabe quando ficará disponível no país.

Dupla função Audi deve apresentar no Salão de Detroit, em janeiro de 2016, um conceito com propulsão por célula de hidrogênio. Batizado de Q6 H-Tron, o carro traz a mesma arquitetura do E-Tron Quattro Concept, exibido recentemente no Salão de Frankfurt, na Alemanha. Além de reforçar o interesse da marca na questão da eficiência energética, o modelo terá outra missão: servirá como uma espécie de prévia da versão final do Q6 de produção.

fotos: divulgação

D epois da tempestade

automundo

por Victor Alves Auto Press

Volkswagen lança novo Passat em meio

à crise que abalou sua imagem no mercado

O

escândalo sobre a fraude que adulterava os testes de emissão de poluentes nos motores a diesel da Volkswagen foi um choque na indústria automotiva. Através de um software instalado na central eletrônica, os dados de poluição conseguiam ser reduzidos nos momentos em que os veículos eram avaliados. Toda essa repercussão resultou em queda de mais de 30% nas ações do grupo na bolsa alemã de Frankfurt, a principal da Europa. Apesar de estar com a imagem bem queimada, a VW não pode simplesmente parar. A montadora manteve o calendário de novidades, como é o caso do novo Passat, que já chega a sua oitava geração e teve sua importação confirmada pela marca no Brasil.

Com visual pouco original e linhas discretas, o sedã permanece com a aparência típica dos carros da Volkswagen. Com a adição do pacote R-Line e das rodas aro 18, o Passat até ganha um aspecto mais encorpado, mas carece de um design mais ousado. À parte disso, os detalhes em cromado que envolvem a lateral, grade dianteira e se juntam aos faróis em leds dão um certo charme ao carro. Por dentro, há acabamentos em alumínio escovado e bancos em couro. Além disso, o espaço interno é amplo. O novo Passat passa a ser construído na plataforma modular MQB e perdeu 1,4 cm de altura, ganhou 1,2 cm de largura

e 7,9 cm no entre-eixos. Com isso, mede 4,76 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,45 m de altura e 2,79 m de entre-eixos.

Sob o capô, o sedã da marca alemã conta com o mesmo motor do Golf GTI, o 2.0 TSI de 220 cv de potência, com câmbio automático DSG de dupla embreagem com seis marchas. Este mesmo motor, na versão 4Motion, pode ter 280 cv. O modelo ainda oferece dois outros motores a gasolina – 1.4 TSI de 150 cv e 1.8 TSI de 180 cv – e

dois propulsores a diesel. O 1.6 TDI tem 120 cv e o 2.0 TDI pode ser configurado para render 150 cv, 190 cv ou 240 cv. Todos com oferta de câmbio manual ou de dupla embreagem.

A lista de equipamentos do sedã médio-grande é primorosa. Destacam-se itens como airbags de cortina, controle eletrônico de estabilidade, detector de fadiga, ar-condicionado automático trizone, bancos dianteiros com sistema de aqueci-

mento, direção elétrica com assistência variável, central multimídia, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, chave eletrônica e controle de cruzeiro adaptativo. O novo Passat conta também com os sistemas Emergency Assist, que para o veículo em caso de emergência, o Trailer Assist, que monitora um reboque engatado na traseira em manobras, e o novo Traffic Jam Assist, sistema de assistência em engarrafamentos.

Primeiras impressões

Na mão do motorista

por António de Sousa Pereira do Absolute-Motors.com/Portugal exclusivo no Brasil para Auto Press

Portugal – Graças aos comandos do volante, ã boa disposição dos pedais, e à direção elétrica assistida, conduzir o Passat é uma tarefa grata, com comportamento que pode ser definido pelo binômio conforto/ eficiência. A suspensão absorve bem a maioria das irregularidades do piso sem ser excessivamente leve. E tem firmeza suficiente para controlar movimentos da carroceria, atributo fundamental para transmitir uma apreciável sensação de controle, confiança e segurança.

Para este bom resultado contribui ainda, de forma decisiva, a transmissão DSG de seis velocidades e dupla embreagem. Muito rápida nas trocas de marcha, é quase sempre precisa ao interpretar as ordens do condutor. De qualquer forma, hesitações em ritmos mais rigorosos são facilmente contornadas com as borboletas atrás do volante.

Ficha técnica Volkswagen Passat 2.0 TSI Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1984 cm³, sobrealimentado por turbocompressor com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando de válvulas e controle contínuo de abertura e fechamento das válvulas. Injeção direta de combustível.

Transmissão: Câmbio automatizado com dupla embreagem, seis marchas à frente e uma a ré e opção de mudanças sequenciais através de borboletas atrás do volante. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.

Potência máxima: 220 cv entre 4.500 e 6 mil rpm.

Torque máximo: 35,7 kgfm 1.500 e 3.500 rpm.

Diâmetro e curso: 82,5 mm X 92,8 mm.

Taxa de compressão: 9,6:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente multilink, com quatro braços articulados, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: Dianteiros ventilados na dianteira e sólidos na traseira. Oferece ABS e EBD e assistente de

frenagem de emergência.

Pneus: 235/45 R18.

Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,76 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,45 m de altura e 2,79 m de entre-eixos.

Peso: 1.499 kg.

Capacidade do porta-malas: 586 litros.

Capacidade do tanque de combustível: 70 litros.

Lançamento mundial: 1973.

Produção: Emden, Alemanha.

Preço: A partir de 37.500 euros na Alemanha, aproximadamente R$ 164 mil.

Rebatismo

A

Mercedes-Benz continua promovendo alterações na nomenclatura de sua linha. A marca apresenta o novo SLC, que fica no lugar do antigo SLK. A versão topo de linha SLC 43 AMG, antiga SLK 55 AMG, foi a que mais teve mudança. O propulsor mais agressivo V8 de 5.5 litros e aspiração natural foi substituído pelo V6 biturbo de 3.0 litros de 367 cv e 53 kgfm. Já o câmbio do SLC 43, que utiliza o número do primeiro Classe C AMG, é o automático de nove marchas, que substitui o de sete velocidades usado no SLK 55. O conversível acelera de zero a 100 km/h em 4,7 segundos – 0,1 segundos mais lento que o

antecessor. A velocidade máxima chega a 250 km/h.

A versão de entrada é a SLC 180, com motor 1.6 turbo de 156 cv. Já a SLC 200 substitui o antigo 1.8 do SLK 200 pelo 2.0 turbo de 184 cv, mesmo motor usado na SLC 300, só que com dose extra de potência: 245 cv. O sistema do teto conversível agora pode ser aberto ou fechado a velocidades até 40 km/h – antes só funcionava com o carro parado. No interior, o painel continua o mesmo, mas com alguns avanços, como novo grafismo, revestimentos e tela maior para o sistema de entretenimento.

Foco no mercado A

Honda norte-americana divulgou os preços do novo NSX. O modelo custará US$ 156 mil e suas encomendas serão aceitas já a partir de fevereiro de 2016 nas concessionárias, sob a marca Acura, divisão de carros de luxo da fabricante japonesa. O superesportivo tem motor V6 híbrido com 573 cv de potência e está cotado para ser vendido no Brasil em 2017, com preço em torno de R$ 1 milhão.

Lançado em 1990, o bólido logo ganhou a fama de ser a

“Ferrari japonesa”. As inovações tecnológicas, como a carroceria leve totalmente fabricada em alumínio, além da participação do saudoso piloto brasileiro Ayrton Senna na afinação das máquinas, transformaram o NSX em um dos ícones da indústria recente. Apresentada como protótipo no Salão de Detroit de 2012, a nova geração do NSX marca um feito na Honda: é o primeiro carro esportivo da marca a ser fabricado fora do Japão.

Fotos: divulgação

transmundo

por Laís rezende Auto Press

Amargo pesadelo Com poucas novidades, mercado de caminhões deve encerrar 2015 com queda acima dos 50%

O

mercado de caminhões estava em plena ascensão no Brasil há poucos anos. O ápice foi em 2011, quando o setor registrou um total de 172.657 emplacamentos. De lá para cá, porém, os resultados vêm sendo pouco animadores. Até a crise financeira se instaurar de vez no país e 2015 se transformar em um verdadeiro desastre. Se a queda de 11,3% de 2014 em relação a 2013 já era preocupante, com 137.052 vendas, os números de 2015 são bem piores: diante das 66.210 unidades comercializadas até o fim de novembro, já se espera uma retração por volta dos 50% neste ano. “Foi um período desafiador devido a diversos fatores, mas principalmente pela instabilidade econômica e política do país”, lamenta Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America.

De fato, as perdas afetam diversas áreas da indústria nacional. “Tivemos um 2015 de incertezas e de falta de confiança no mercado, fatores que contribuíram para o cenário negativo em diferentes setores da economia”, avalia Ricardo Barion, diretor de Marketing da Iveco para a América Latina. Os primeiros 11 meses de 2015 registram queda de 46,3% – ante às 123.355 unidades de 2014. As perdas nos emplacamentos, na verdade, atingem todos os tipos de veículos automotores no país. Mas nota-se, entre os caminhões, uma diferença: enquanto os extra-pesados caíram em participação de 36,2% para 27,4% em 2015, os leves subiram dos 19,8% de market share para os 26,4%.

Esse resultado mostra a tendência vista em 2015 para a compra de caminhões para entregas urbanas. O setor de varejo foi afetado com menos força pela crise econômica, já que trabalha com produtos essenciais para a sociedade – caso, por exemplo, dos alimentos. Entre os semileves, o

modelo mais vendido entre janeiro e novembro deste ano foi o Ford F350, com 1.453 unidades emplacadas e vistosos 41,1% de participação nesta categoria. Já entre os leves, o destaque foi o Volkswagen 8.160, com 3.693 exemplares vendidos e 21,3% de market share neste nicho. Ford e Volkswagen também foram as marcas que mais chamaram atenção entre os médios. A primeira conseguiu vender 1.770 unidades do Cargo 1119, enquanto a segunda emplacou 1.401 do VW 13.190, uma participação de 29,7% e 23,5%, respectivamente, neste segmento. A Volkswagen tem ainda o caminhão mais vendido entre janeiro e novembro de 2015, o VW 24.280, com 3.942 unidades registradas e participação de 27,1% na categoria dos semi-pesados, em que atua.

A queda registrada no mercado geral é explicada por especialistas em função da desaceleração da economia e, principalmente, pelas dificuldades de oferta de crédito com taxas vantajosas no financiamento de caminhões. “A restrição que se impõe aos transportadores com a retirada do financiamento pelo Bndes PSI é mais um obstáculo para aquisição de caminhões, o que resulta em queda de vendas, da produção e, consequentemente, da geração de empregos no Brasil”, aponta Roberto Leoncini, vice-presidente de Marketing, Vendas e Pós-Vendas de Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. A marca é apontada como a líder de vendas entre janeiro e novembro deste ano, com 26,9% de participação geral e 17.825 unidades emplacadas. Logo em seguida está a Volkswagen, com 26,2% e 17.382 vendas.

Poucas foram as novidades que surgiram no mercado de caminhões brasileiro em 2015. A Volvo lançou o FH 6X4 com o eixo suspensor, que pode desengatar e levantar o segundo eixo de tração. “É uma solução dirigida para trans-

portadores com operações que têm trajetos com pouca ou nenhuma carga”, diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo no Brasil. Além disso, apostou também na edição especial para a linha FH em comemoração à passagem da Volvo Ocean Race no Brasil, disponível para 500 cv e 540 cv.

A Scania também apostou em uma série limitada, a Griffin Edition, disponível para os modelos R 440 e R 480, nas configurações de rodas 6X2, 6X4 e 8X2, com apenas 300 unidades. E incorporou ao seu portfólio um cavalo mecânico com configuração de rodas 8X2, que se encaixa entre a composição chamada de “vanderleia” (de eixos espaçados) e o bitrem e tem opções de cabines R, R Highline ou R Streamline. Por último, a marca sueca apresentou ao mercado a cabine estendida para as versões 4X2 e 6X2 dos modelos P 250 e P 310 da linha de caminhões semipesados.

“Nossa rede de concessionárias foi expandida para 126 pontos de atendimento, sendo 12 novos Serviços Dedicados, solução para reduzir custos e aumentar a disponibilidade da frota instalando uma estrutura dentro da empresa do cliente”, completa Victor Carvalho, diretor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil.

A Mercedes-Benz foi outra marca que decidiu inserir em seu “line-up” a configuração 8X2. Para isso, escolheu a linha Atego, nos modelos semi-pesados 3030 e 3026. A linha inteira, aliás, ganhou novo chassi, mais robusto e resistente, com novo quadro que assegura mais flexibilidade para receber diversos tipos de implementos. “Em 2015, introduzimos mais do que nunca no Brasil o conceito ‘As Estradas Falam e a Mercedes-Benz Ouve’. Fomos a diversas regiões do país e descobrimos quais eram as reais necessidades do mercado”, conta Leoncini. A marca alemã também lançou no Brasil em

2015 o furgão médio Vito, nas versões de passageiros e de carga, para introduzir a marca nos segmentos intermediários para até uma tonelada, onde não atuava; deu ao leve Accelo uma configuração 6X2 1316, com três eixos e 13 toneladas de capacidade, o que permite brigar com caminhões médios; e equipou com o novo motor OM 460, com 13 litros e potências de 456 cv e 510 cv, as novas versões 2646 e 2651 do extra-pesado Actros, que passaram a ser as configurações mais potentes produzidas no Brasil. Já a conterrânea MAN passou a vender em abril o TGX 29.480 6X4, com 480 cv – 40 cv a mais que o TGX 29.440 . De acordo com a marca, o modelo é indicado para aplicações rodoviárias de longas distâncias com PBTC de até 74 toneladas em que se busque maiores velocidades médias – e, com isso, menor tempo no transporte de cargas.

Nacional alemão

A

BMW vai produzir o X4 na fábrica de Araquari, em Santa Catarina, no início do segundo semestre de 2016. Antes, no primeiro trimestre do ano, sairá da linha de produção nacional o novo X1. Com isso,

o X4, será o quinto modelo feito no país da BMW: há o hatch Série 1, o sedã Série 3 e os utilitários X1 e X3.

Já foi confirmada também a nacionalização do Mini Countryman.

Novidade extra

A Ford vai lançar novo GT com tecnologia Gorilla Glass – utilizada em telas de celulares – em seu para-brisa e tampa traseira do motor. Além de contribuir na estabilidade e reduzir os riscos de danos aos vidros, o material garante 30% a menos de peso que o vidro convencional. Sem contar que é fonoabsorvente, ou seja, entrega um isolamento acústico mais eficiente.

Fim da linha

A Volkswagen vai encerrar a produção do sedã Phaeton. Depois do escândalo das emissões dos motores diesel, a marca alemã tem de cortar custos para cobrir gastos com recalls.

Com o fraco retorno financeiro do sedã, o corte foi anunciado.

O desenvolvimento do Phaeton custou mais de 1 bilhão de euros, cerca de R$ 4,35 bilhões. Mas as vendas nunca decolaram, principalmente pelo preço alto, de quase 100 mil euros na Alemanha.

Queda livre motomundo

A ntes concentrada nas motocicletas de entrada , crise se amplia em 2015 e alcança modelos de luxo

Foto: divulgação

por Márcio Maio Auto Press

O

ano de 2014 já tinha sido fraco para as vendas de motocicletas no Brasil. A queda de 5,7% registrada pela Fenabrave em pleno ano de incertezas em virtude das eleições presidenciais parecia mostrar que 2015 poderia representar um cenário, se não de estabilidade, pelo menos de retração menos acentuada. Mas não foi o que aconteceu. De janeiro a novembro deste ano, a queda já chega a 12,3% e, para quase todos os interessados na retomada do crescimento no setor de duas rodas, o principal motivo para isso é muito claro.

“Esse processo de retração visto nos últimos anos é devido, principalmente, à dificuldade de acesso ao crédito e às crises política e econômica brasileiras”, avalia Alexandre Cury, diretor comercial da Honda.

De acordo com Cury, as vendas da marca japonesa caíram aproximadamente 14% em relação ao acumulado de janeiro a novembro de 2014. Segundo a Fenabrave, foram comercializados nesse período 906.419 exemplares da fabricante. O que, de certa forma, ainda pode ser considerado uma vitória, já que o total de unidades emplacadas foi de 1.141.995. Ou seja, o número é suficiente para manter a Honda com 79,4% de market share entre todas as motos comercializadas no Brasil. Na prática, isso significa que a cada cinco unidades vendidas no país, quatro são Honda. E de todos os modelos da marca entregues, 31% foram da linha CG 150, que emplacou 280.752 no mesmo período. E já crescem no ranking as novas CG 160, lançadas em agosto e com mais de 30 mil vendas até o fim de novembro.

Mas é verdade que a retração não afeta todos os segmentos da mesma forma, dentro do universo de duas rodas. “O mercado que consideramos premium, onde a Kawasaki se encaixa, teve certa estabilidade”, ameniza Mauro Ferraz, gerente de Vendas da Kawasaki Motores do Brasil. Na verdade, a marca japonesa caiu

das 6.618 motos emplacadas entre janeiro e novembro de 2014 para as 5.507 registradas no mesmo período de 2015. Sendo a Ninja 300, com 1.409 unidades, a mais comercializada. Neste ano, a marca passou a vender no Brasil também a Z300, versão naked da esportiva.

Novidades não faltaram no universo de duas rodas brasileiro em 2015. A Honda lançou sua CB 250 Twister, promoveu mudanças na bem-sucedida scooter PCX e passou a vender aqui a NC 750X, sucessora da NC700X e pronta para a segunda fase do programa de emissões para motocicletas, o Promot 4. A Yamaha ampliou o portfólio com a YFZ-R3, enquanto a Triumph promoveu uma forte evolução na sua linha Tiger 800, nos modelos XCx e XRx. Ainda no segmento de alta cilindrada, a Ducati passou a trazer a Monster 821, para substituir a antiga Monster 796.

Além dela, a naked Monster 1200 também começou a ser vendida aqui, assim como a Scrambler. E a BMW iniciou as vendas da moto S1000 XR. Outra novidade importante de 2015 foi a chegada da Indian ao Brasil. A marca vem para bater de frente com a rival Harley-Davidson em solo nacional e, para isso, conta com motocicletas que remetem aos modelos clássicos – através de um projeto de renovação total. A gama é composta pela Scout, que funciona como modelo de entrada, e pela Chief, que dispõe de quatro configurações: Classic, Vintage, Chieftain e Roadmaster.

A linha Chief é sempre a mesma motocicleta, com diferenças nos itens periféricos, como presença ou ausência de carenagem, alforjes, para-brisa e baú, entre outros itens. Mas compartilham o chassi e o motor de dois cilindros em V com 1.819 cm³.

Mesmo assim, as únicas fabricantes que podem comemorar crescimento no número de emplacamentos, na verdade, são a Suzuki, a Traxx e a Shineray. A Suzuki, que passou a vender no Brasil neste ano a GSX-S 1000 e sua versão carenada GSX-S

1000F, subiu das 13.921 motos vendidas nos 11 primeiros meses de 2014 para 17.394 no mesmo período de 2015. A Traxx passou das 6.339 para as 10.901, enquanto a Shineray foi dos 10.711 exemplares emplacados para os 17.833 entre janeiro e novembro de 2015. Os dados do segundo semestre, porém, estão “contaminados”, ou seja, podem não representar a realidade. Isso porque foi regulamentada a partir do final de julho a obrigatoriedade do emplacamento dos modelos abaixo de 50 cc. Até então, não havia fiscalização rigorosa sobre as chamadas “cinquentinhas” e,

com isso, a procura pela regularização desses modelos cresceu bastante nos últimos quatro meses. “De janeiro a julho de 2015, a média de emplacamentos nessa categoria girava em torno de 1.450 unidades mensais. Em agosto, subiu para 2.232; passando a 3.921 em setembro e 4.691 em outubro. Já em novembro, foram surpreendentes 18.155 emplacamentos. Mas isso não significa que sejam modelos novos. Tratam-se principalmente de veículos que já circulavam e foram regularizados”, alerta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

Crise geral

Até o ano passado, ainda se enxergava crescimento em segmentos isolados no mercado de motocicletas. Caso, por exemplo, dos modelos de alta cilindrada. Mas o mesmo não ocorreu em 2015. Nem todos caíram tanto quanto o mercado, mas a retração é geral. Segundo José Eduardo, da Abraciclo, as motos de baixa cilindrada, ou seja, até 160 cc, caíram 12,2% entre janeiro e novembro deste ano –1.137.055 motos em 2014 e 998.542 em 2015. Entre os modelos de média cilindrada, de 161 cc a 449 cc, a retração chega a 17%, com 113.718 em 2014 contra 94.440 em 2015. Nas motos de alta cilindrada, acima de 450 cc, a perda foi de 4,7%. Até as scooters, que antes eram vistas como grandes promessas para o Brasil, não andam tão bem assim. “No atacado, em 2014, foram 38.344 unidades até novembro.

Já em 2015, são apenas 32.986 vendidas. Isso significa uma queda de 14%”, atesta José Eduardo.

De qualquer forma, há quem comemore.

“Tivemos um ano decisivo para a Traxx.

Ampliamos nosso mix com a chegada da linha TSS e FLY 150 cc e 250 cc”, valoriza Zoghby Koury, gerente Comercial e Marketing da Traxx. Segundo a Abraciclo, a marca vendeu 15.401 unidades em 2015 e ficou com quinta posição no ranking, atrás de Honda, Yamaha, Shineray e Suzuki.

Mais equipado

A Honda apresentou a linha 2016 do sedã City com pequenas mudanças, principalmente na versão de topo, EXL. Ela agora traz airbags laterais e de cortina e central multimídia de sete polegadas com Bluetooth e wi-fi. Na básica DX, a novidade é a inclusão de chave canivete, opção de ajuste de profundidade

do volante e retrovisores na cor do carro. Na LX, entram comandos de som no volante. Já a EX recebe revestimento em couro e apoio de braço central com portas-objetos. O motor segue o 1.5 litro de 116 cv, com câmbio manual de cinco marchas ou CVT.

Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 86, 25 de dezembro de 2015 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.202 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Laís Rezende redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br

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