Ano 2, Número 89, 15 de janeiro de 2016
E ainda: Renault Clio Expression Novo Ford Fusion Salão de Detroit 2016 Chevrolet S10 High Country Kawasaki Ninja H2R
Fnaoco elite
Charme de cupê e funcionalidade de sedã são alguns dos predicados do Audi A7 Sportback Ambition
Sumário
EDITORIAL
De um extremo ao outro
A “Revista Auto Press” desta semana vai do oito ao 80. Para quem procura a ostentação, um teste com o sedã – com ares de cupê – Audi A7, que foge da mesmice no design e no recheio tecnológico. Na outra ponta da cadeia automotiva, o Renault Clio mostra por que é uma das melhores relações custo/benefício do mercado automotivo nacional. Outro modelo avaliado é a picape S10 em sua configuração de topo, a High Country, que é uma espécie de SUV aventureiro com caçamba, graças ao luxo e equipamentos que recebe. Além disso, uma reportagem mostra os principais destaques do São de Detroit, primeiro motorshow internacional do ano. Apesar da falta de ousadia das fabricantes e do tom conformista que marcou o evento, alguns destaques estão previstos para desembarcarem, em breve, no Brasil. E o novo Ford Fusion, uma das principais novidades do salão e já confirmado para chegar aqui no meio do ano, ganha destaque especial. A Kawasaki Ninja H2R também será vendida no país em 2016. A superesportiva da marca japonesa tem visual audacioso, chama mesmo atenção pelo seu conjunto mecânico. A potência chega aos 312 cv, mais até que os protótipos do mundial do MotoGP, com cerca de 240 cv. A “Revista Auto Press” explica seus principais atributos e analisa em que faixa de preço o bólido atuará.
Boa leitura!
Edição de 15 de janeiro 2016
03 - Audi A7 Sportback Ambition
26- Salão de Detroit 2016
13 - Renault Clio Expression
34 - Chevrolet S10 High Country
21 - Novo Ford Fusion
40- Kawasaki Ninja H2R
Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
teste
Poucos, raros e caros
Audi A7 Sportback Ambition alia charme de cupê à funcionalidade de sedã, mas exclusividade tem preço elevado
por Márcio Maio Auto Press
U
m sedã médio-grande com alto grau de esportividade, conforto e tecnologia é quase que integrante obrigatório de qualquer line up de marca premium que se preze. Mas nem sempre se consegue inovar no design, devido à forma tradicional da carroceria de três volumes. Foi para fugir da mesmice que a Audi adotou no A7, lançado em 2010, uma “carcaça” mais agressiva e, ao mesmo tempo, atraente. O modelo, que passou por um face-lift há dois anos e chegou renovado ao Brasil ano passado, ostenta o visual de um cupê de quatro portas, com a linha do teto formando um arco bem pronunciado que disfarça o terceiro volume do porta-malas. Sai do lugar-comum dos sedãs e ainda ganha um ar de exclusividade. Algo que, na faixa de preço em que atua – beirando os R$ 400 mil na versão Ambition, a de topo –, é mais do que justificável. Esteticamente, o modelo já inovava com seu longo capô, colunas traseiras esportivas e fluidas e o caimento extremamente forte. Na reestilização, as mudanças mais visíveis ficaram na grade Singleframe e para-choques redesenhados, além de novas ponteiras do escapamento e faróis. A carroceria é feita principalmente de alumínio e aços de alta tecnologia e projetada para facilitar o isolamento acústico do modelo. Por dentro, revestimentos em alumínio e couro se destacam em meio a diversos comandos e tecnologias disponíveis para garantir a se-
gurança e o conforto dos passageiros. De série, o A7 já chega com o Audi Drive Select, que permite mudar o mapeamento do motor e da transmissão, o peso da direção e a rigidez da suspensão – controlada por um tubo auxiliar de gás que injeta mais ou menos material dentro do amortecedor. O arcondicionado é de duas zonas e automático e a central multimídia conta com câmara de ré, recepção de TV, sistema de navegação, DVD player, Bluetooth e até se transforma em hotspot wi-fi. Os bancos dianteiros são elétricos e com memória e o motorista ainda tem sua vida facilitada pela presença do head-up display. Isso sem contar com um dos principais destaques tecnológicos do A7 Ambition: o controle de cruzeiro adaptativo. Sob o capô, o motor 3.0 TFSI também recebeu alterações que o levaram a passar dos anteriores 300 cv para os atuais 333 cv, com torque de 44,9 kgfm entre 2.900 e 5.300 rpm. O V6 de 2.995 cm³ utiliza um compressor mecânico posicionado no interior do V entre as duas bancadas de cilindros para comprimir o ar na admissão. Uma nova embreagem eletromagnética desativa o compressor em situações de baixa e média solicitação e rotação do motor. O câmbio automatizado de dupla embreagem S tronic, de sete marchas, é de série. Mas trocas manuais podem ser feitas através de aletas atrás do volante, para quem gosta de interagir mais com o motor.
Ponto a ponto
Desempenho – A versão de topo Ambition do Audi A7 Sportback é equipada com motor 3.0 de seis cilindros e 333 cv. O vigor é brutal, partindo do zero e chegando aos 100 km/h em apenas 5,3 segundos. Não há qualquer falta de força no modelo e a transmissão de dupla embreagem S tronic, com sete velocidades, proporciona uma aceleração constante e ininterrupta. O controle do câmbio é digno de elogios, já que sempre encaixa uma marcha certa para cada situação. Nota 10. Estabilidade – Mesmo com suas dimensões avançadas, o A7 se destaca pela sua neutralidade nas curvas. A tração integral Quattro faz com que as quatro rodas mantenham sempre a aderência e facilita a vida do motorista. Mesmo em velocidades muito altas, acima de 160 km/h, não há qualquer sensação de insegurança. A direção não pede correções e, de qualquer forma, o veículo conta com aparatos como controle eletrônico de estabilidade e tração para garantir uma dose a mais de proteção aos passageiros. Nota 10. Interatividade – Em um primeiro momento, o excesso de informações confunde e demanda algum tempo para se acostumar com tantos comandos. Mas, depois de já conhecidos, todos se tornam bem simples e intuitivos. Funções de telefone, navegação e mídia são controladas de maneira fácil e sem que seja preciso desviar os olhos da estrada. Mas o ar-condicionado causa estranhamento: é automático, mas não digital. Nota 8. Consumo – O Inmetro avaliou o Audi A7 Sportback com motor 3.0 24V. O resultado foi média de 7,7/10,6 km/l na cidade/estrada com gasolina, único combustível aceito pelo modelo. Rendeu
nota D tanto na classificação geral quanto na categoria e consumo energético de 2,53 MJ/km. Nota 4. Conforto – Mesmo no modo de direção mais confortável, o Audi A7 Sportback Ambition não é tão suave. A suspensão se preocupa mais em oferecer segurança e estabilidade do que em filtrar as imperfeições constantes das ruas brasileiras. Mas os bancos dianteiros são extremamente agradáveis e seguram bem o corpo do motorista e carona. É, sem dúvidas, um habitáculo aconchegante. Nota 8. Tecnologia – O trem de força é moderno e não faltam itens tecnológicos em seu interior. O sistema Audi Connect proporciona navegação via Google Street View e Google Earth, além de busca por restaurantes, cinemas, bares e outros locais. E o Audi Drive Select permite alterar o comportamento do carro a partir de um botão, que o deixa desde mais esportivo a mais confortável. Nota 10. Habitabilidade – O acesso ao carro é facilitado pelo excelente ângulo de abertura das portas e o sistema de destravamento de portas e partida do motor é sem chave. O espaço interno é mais do que suficiente para quatro ocupantes. Pessoas altas, com mais de 1,85 m, se ajeitam bem atrás, sem bater a cabeça no teto rebaixado. Mas, para isso, elas se posicionam um tanto afundadas. É confortável, mas prejudica a visibilidade durante o passeio. Nota 8. Acabamento – É bem semelhante ao A8, o mais luxuoso do line up da marca alemã. O interior mistura materiais nobres como couro, alumínio escovado e plásticos de boa textura. Tudo de muito bom gosto, com encaixes perfeitos e toque suave. Além de muito charmosa, a cabine expressa requinte em seus mínimos detalhes. Nota 10. Design – O Audi A7 Sportback tem, acima dos para-lamas, uma
linha que percorre todo o comprimento do carro e o deixa com um visual mais encorpado. A traseira é mais musculosa e o caimento do teto é em estilo cupê. A dianteira leva a mesma linha de design que caracteriza os atuais modelos da marca, valorizando a esportividade. Nota 8. Custo/Benefício – A estratégia de juntar o conforto do sedã com
a esportividade de um cupê é interessante e dá certo ar de exclusividade ao modelo. Mas custa caro. Mesmo que seja um carro bem completo, recheado de itens exclusivos e com desempenho invejável do Audi A7 Ambition, pagar R$ 399.990 em um carro é privilégio para poucos no Brasil. Nota 4. Total – O Audi A7 Sportback somou 80 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Força imponente
O visual do Audi A7 Sportback não é uma unanimidade, mas arranca diversos olhares curiosos por onde passa. Mesmo no discreto tom cinza escuro e metalizado, quase preto, da unidade avaliada. O modelo não apenas alia a praticidade de um sedã ao charme de um cupê, mas também expressa requinte e esportividade sedutores. E, em movimento, entrega bom conforto para um passeio em família e, se desejado, vigor suficiente para garantir uma boa dose de diversão. Os materiais usados em seu interior impressionam e criam uma atmosfera onde o luxo impera. Só o ar-condicionado, de duas zonas, destoa, com seu seletor de temperatura manual. Mas isso se transforma em um mero detalhe perto de tudo mais que o modelo oferece. A central multimídia, por exemplo, transforma o carro num hotspot wi-fi e utiliza Google Earth e até Street View em seu sistema de navegação. Os ajustes elétricos do banco e da direção fazem com que a tarefa de encontrar uma posição confortável para iniciar o passeio seja extremamente rápida e fácil. O trem de força é uma estrela à parte. Basta carregar com vontade o acelerador para ver o A7 Sportback Ambition responder prontamente à tocada agressiva.
O motor 3.0 24V de 333 cv, aliado à transmissão de dupla embreagem e sete velocidades S tronic, não faz feio em nenhum momento. E apesar dos 1.810 kg do modelo, faz o A7 sair da inércia e atingir 100 km/h em apenas 5,3 segundos. Mesmo a partir desta marca, a sensação de segurança é tanta que quase sempre a impressão é a de se rodar muito abaixo da velocidade real. Para isso, contribui o bom trabalho da suspensão e da tração integral, além do isola-
mento acústico competente. Impressiona o controle de cruzeiro adaptativo do modelo. Com ele acionado, o motorista vira quase um espectador da viagem, já que o carro acelera, reduz a velocidade e até avisa quando é necessário estar mais atento. Mas só compensa mesmo utilizá-lo em estradas, com pistas em situações normais e condutores responsáveis ao redor. Infelizmente, um cenário pouco comum na maioria das capitais brasileiras.
Ficha técnica Audi A7 Sportback Ambition Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.995 cm³, com seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas continuamente variável. Sobrealimentado por compressor mecânico com duplo intercooler. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. Transmissão: Automatizada de dupla embreagem com sete velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 333 cv entre 5.500 e 6.500 rpm. Torque máximo: 44,9 kgfm entre 2.900 e 5.300 rpm. Diâmetro e curso: 84,5 mm x 89,0 mm. Taxa de compressão: 10,3:1. Suspensão: Dianteira independente com triângulos sobrepostos, molas helicoidais, amortecedores eletrônico a gás e barra estabilizadora. Traseira, com cinco braços, com molas helicoidais, amortecedores eletrônico a gás e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS e EBD. Pneus: 255/40 R19. Carroceria: Cupê em monobloco, com quatro portas e quatro lugares. Com 4,97 metros de comprimento, 1,91 m de largura, 1,42 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina. Peso: 1.810 kg em ordem de marcha. Capacidade do porta-malas: 535 litros. Capacidade do tanque de combustível: 75 litros. Produção: Ingolstadt, Alemanha. Lançamento mundial: 2010 Reestilização: 2015. Itens de série: Acabamento interno em alumínio, abertura e
fechamento da tampa traseira elétrico, alarme, apoio de braços dianteiro, apoio lombar de 4 vias, função ECO, ar-condicionado automático de 2 zonas, câmara de ré, bancos dianteiros elétricos com memória, head-up display, direção eletromecânica, bancos em couro, controle eletrônico de estabilidade, controle de cruzeiro adaptativo, faróis em leds, espelho retrovisor interno antiofuscante automático, faróis com ajuste automático de altura, MMI Touch, lanterna traseira em leds com indicações dinâmicas, pacote de luzes ambiente, recepção de TV, Auto Park com display 360°, suporte Isofix para banco traseiro, sistema de controle de pressão dos pneus, sistema de limpador dos faróis, teto solar elétrico, sistema start-stop, volante esportivo multifuncional em couro com shift paddles e ajuste elétrico, chave presencial, acabamentos das soleiras das portas em alumínio, Bose Sound System, retrovisores externos elétricos, rebatíveis e com memória, Audi Connect, Rádio MMI Plus com sistema de navegação e Bluetooth, Pára-brisa com isolante térmico, DVD Player e vidros laterais e traseiro com isolamento acústico. Preço: R$ 399.990.
Movimento inverso
Disputa acirrada
Mal foi lançada, em novembro último, e a nova geração da Toyota Hilux já movimentou o segmento de picapes médias no Brasil. O modelo conseguiu emplacar mais unidades que a rival Chevrolet S10 em dezembro, tornando-se a líder da categoria no mês passado. Foram 3.479 unidades vendidas, contra 3.084. No acumulado, no entanto, a representante da marca norteamericana levou uma pequena vantagem: foram 430 exemplares a mais, totalizando 33.330 entre janeiro e dezembro. Mas tudo indica que 2016 será um ano marcante para as picapes médias. A própria Toyota reservou para ele o lançamento das novas versões com motor flex de sua picape, já que atualmente ela só é vendida em nova geração com propulsores diesel. E, ao longo do ano, ainda são aguardadas as novas Ford Ranger e Nissan Frontier.
A venda de veículos usados ficou praticamente no mesmo patamar em 2015, com 10.013.173 unidades de automóveis e comerciais leves comercializados contra as 10.080.767 de 2014. Mas um detalhe chama a atenção: entre os seminovos, modelos com até três anos de uso, o cenário foi de crescimento de 33% entre janeiro e dezembro do ano passado, de acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, a Fenauto. De janeiro a dezembro de 2015, foram vendidos 4.035.316 automóveis seminovos, ante aos 3.019.558 do ano anterior. E a explicação mais lógica é a forte crise econômica que o país enfrenta, além das generosas garantias de fábrica oferecidas pelas fabricantes, algumas vezes de até seis anos.
Encontro político
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para apresentar resultados e projeções do setor automotivo e tentar definir um programa nacional de renovação de frota. A proposta, no entanto, não poderá contar com subsídios por parte do governo, já que não há meios para viabilizar isso diante da atual crise. A intenção é manter nas ruas apenas carros que tenham até 15 anos. Para caminhões, no entanto – que poluem muito mais – esse prazo dobra, chegando a 30 anos. O resultado seria uma frota menos poluente e mais segura em circulação no país – e obviamente um mais que bem-vindo aumento nas vendas.
Exclusividade britânica
A Jaguar lançou uma edição especial para o F-Type chamada de British Design Edition. Baseada na versão S, a série fica disponível tanto em carroceria cupê quanto conversível apenas com as cores da bandeira do Reino Unido: branco, vermelho, azul e preto. O nome da versão aparece em um emblema externo e as rodas de 20 polegadas têm desenho exclusivo, na cor grafite. Pinças de freios são pintadas de vermelho e aparece ainda um spoiler dianteiro, saias laterais e difusor no para-choque traseiro. No Brasil, a previsão é de que cheguem apenas quatro unidades, provavelmente uma de cada cor.
Importação em estudo
O Grupo FCA já pensa em trazer para o Brasil a Dodge Ram 1500, ainda em 2016. A ideia se baseia no fato de a picape média carregar a credibilidade e robustez associadas à marca Dodge. Além disso, apesar da alta variação cambial, o utilitário se encaixa em uma faixa
de preço com bons resultados no território nacional. Com capacidade de carga para 1.600 kg, a Ram 1500 tem motor V6 3.0 turbodiesel de 241 cv e 56 kgfm, disponíveis já entre 1.800 e 2.800 giros, com câmbio automático de oito marchas.
Fotos: Isabel Almeida/CZN
autoperfil
por Márcio Maio auto press
Sdaobracionalidade o domínio Preço baixo e economia de combustível são os atrativos do Renault Clio Expression
C
om o passar dos anos, os consumidores de automóveis ficaram cada vez mais exigentes. Versões que antes não ofereciam o mínimo necessário para garantir o conforto de seus ocupantes – como ar-condicionado, por exemplo – foram, pouco a pouco, abolidas e só sobreviveram em projetos mais antigos. E o segmento de “carros de entrada” deixou de ter preços condizentes com essa categoria, em função dos pequenos luxos adicionados aos veículos básicos. A Renault atua nesse faixa com o Clio. O hatch da marca francesa curiosamente fez um caminho inverso: chegou ao Brasil para atacar os compactos mais requintados e, aos poucos, foi sendo “popularizado”. O resultado é que hoje, duas décadas após sua vinda ao país, o Clio é o melhor custo/benefício entre os carros de entrada do mercado nacional. Seus únicos rivais em termos de preço são de marcas chinesas que ainda lutam para conquistar a confiança dos brasileiros com a promessa de oferecer “mais por menos” – justamente a mesma premissa do Clio. Com uma única versão disponível, o carro mais barato da Renault já sai de fábrica com carroceria de quatro portas e arcondicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos – com comando para travamento e abertura na chave – e preparação para som. Mesmo assim, consegue ser cerca de 10% mais barato que seu concorrente mais próximo, o Fiat Palio Fire, equipado nas mesmas condições. Custa R$ 32.990, contra os R$ 36.358 pedidos pela marca italiana. As vendas podem até parecer pouco significativas, afinal foram “só” 1.244 unidades mensais ao longo de 2015. Mas, diante da crise e até da falta de variedade de versões – característica nada comum em modelos de volume –, pode-se dizer que essa quantidade é bem expressiva. Fabricado na Argentina, o modelo vendido no Brasil ainda é feito sob a plataforma da segunda geração do Clio europeu, lançada em 1998 e encerrada em 2005 por lá. Recentemente,
em 2012, passou por um face-lift que promoveu alterações para deixá-lo com visual mais próximo ao da quarta geração e, ao mesmo tempo, teve o motor 1.0 16V mexido. As mudanças fizeram-no ganhar 3 cv a mais de potência, resultando nos atuais 80 cv entregues com etanol. Mas um dos principais trunfos do Clio brasileiro é seu consumo. De acordo com o Inmetro, ele tem classificação A tanto geral quanto em sua categoria. Na cidade, por exemplo, teve média aferida pelo instituto de 13,1 km/l com
gasolina no tanque. No entanto, o modelo pode estar com os dias contados. Seu substituto, o Kwid, já foi lançado na Índia e a previsão é que chegue no Brasil entre o final deste ano e o início de 2017, com produção em São José dos Pinhais, no Paraná. Trata-se do primeiro produto da parceria entre a marca francesa e a japonesa Nissan. E que deverá receber o mesmo propulsor 1.0 litro de três cilindros que equipa o Nissan March.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.0 gera 80 cv a 5.750 rpm quando abastecido com etanol e 10,1 kgfm a 4.250 rpm. As arrancadas, ultrapassagens e retomadas mais fortes exigem uma pisada agressiva no acelerador. Acima dos 3 mil giros, o desempenho é bom para um modelo 1.0 e não se nota falta de força. Nota 7. Estabilidade – A suspensão do Renault Clio faz um bom trabalho na hora de manter o hatch no caminho traçado pelo seu condutor. Mesmo em velocidades mais altas, as rolagens de carroceria são extremamente sutis e não há sensação de insegurança. Nota 8. Interatividade – Descer ou subir os vidros dianteiros pode ser um pouco estranho à primeira vista para o condutor. Os botões não são posicionados lado a lado na porta esquerda, mas um na frente do outro – o que impede que, com uma única mão, o motorista abra ou feche as duas janelas ao mesmo tempo. O painel de instrumentos tem visualização boa e é bastante funcional, contando inclusive com computador de bordo. Nota 7. Consumo – O programa brasileiro de etiquetagem classificou o hatch com conceito “A” tanto no geral quanto em sua categoria, com médias de 9,1/9,6 km/l com etanol no tanque em cidade/ estrada e 13,1/14,3 km/l com gasolina nos mesmos ambientes. O consumo energético foi de 1,58 MJ/km. Nota 9. Conforto – A densidade dos estofados é correta e a suspensão filtra os impactos do solo. O espaço, apesar das dimensões pequenas do modelo, é suficiente para que quatro pessoas viajem bem. Mas passageiros com uma estatura mais alta podem se incomodar, porque o espaço para cabeça não é tão alto e qualquer ajuste mais folgado à frente prejudica quem viaja atrás. Nota 7. Tecnologia – Na Europa, o Clio está na quarta geração, que foi lançada no Salão de Paris de 2012. A versão sul-americana está
bem longe, ainda na segunda, encerrada em 2005 por lá. A plataforma é de 1998 – é antiga, mas só um ano mais velha que a PQ24 dos Volkswagen Fox e Gol, de 1999, e dois anos mais nova que a do Palio Fire, de 1996. A relação de itens de série não é farta, mas o básico para garantir o conforto está presente: ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos. Nota 6. Habitalidade – O porta-objetos no topo do painel é bem interessante e abriga com facilidade carteira, chaves e celular. Mas, tirando ele, não há nenhum outro espaço realmente prático e útil. O porta-malas comporta 255 litros, na média do segmento. E, para o motorista, faz falta um mero ajuste de altura para o banco. Nota 6. Acabamento – Tudo é bem simples e o interior é todo em tom preto. Há plásticos rígidos por toda a parte, mas nada muito diferente do que se vê na concorrência direta. O detalhe cromado no volante agrada. Os encaixes são precisos e os materiais aparentam boa qualidade. Nota 6. Design – Não tem jeito. Apesar das tentativas de aproximar o modelo do visual de sua quarta geração europeia, nesse quesito o Clio denuncia que se trata de um projeto já antigo. Nota 5. Custo/benefício – É aí que o Clio se destaca de fato. Só há uma versão para o modelo atualmente, a Expression, que já agrega quatro portas, ar, direção hidráulica e travas e vidros dianteiros elétricos. O preço é R$ 32.990. Um Fiat Palio Fire nas mesmas condições sai a R$ 36.358, enquanto um Nissan March S é R$ 39.590. Um Volkswagen Gol Special custa R$ 38.860 e o Chevrolet Onix LT, R$ 43.250. Os únicos mais baratos nas mesmas condições são os chineses Chery QQ, por R$ 31.290, e o Geely GC2, a R$29.900. Mas ambos são menores e de marcas com menos pontos de venda e oficinas no país. Entre todas as opções do segmento de entrada, o Renault Clio é a que melhor rentabiliza o que se paga. Nota 9. Total – O novo Renault Clio somou 70 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Disposição
e simplicidade O Renault Clio é um carro que não chama atenção à primeira vista. Mas, em função do preço abaixo da concorrência, surpreende pelo que entrega. O interior é bem resolvido e se mostra maior do que aparenta por fora. O painel não fica a dever nada à concorrência e conta com tudo que é esperado de um carro, inclusive computador de bordo com informações como consumo médio, instantâneo e autonomia. Só decepciona a falta de ajuste de altura para o banco, algo que facilita a vida de motoristas mais baixos ou altos. Em movimento, o compacto se sai bem. É claro que é preciso jogar os giros lá em cima para que ele mostre mais vigor, mas isso é normal no segmento em que atua. O torque só é entregue plenamente em 4.250 rpm, mas já a partir dos 3 mil giros o Clio responde bem às pisadas no acelerador. O isolamento acústico não é dos melhores, mas também não incomoda tanto. A suspensão, além de deixar o hatch bastante estável na maioria das situações, absorve com competência as imperfeições do asfalto. Parece bem adaptado às buraqueiras típicas das ruas brasileiras.
Ficha técnica Renault Clio Expression Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração. Potência máxima: 80 cv e 77 cv a 5.750 rpm com etanol e gasolina. Aceleração 0 a 100 km/h: 13,7 e 14,3 segundos com etanol e gasolina. Velocidade máxima: 168 e 167 km/h com etanol e gasolina. Torque máximo: 10,5 e 10,1 kgfm a 4.250 rpm com etanol e gasolina. Diâmetro e curso: 69,0 mm X 66,8 mm. Taxa de compressão: 12,0:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira com rodas semi-independentes, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos verticais e barra estabilizadora. Não oferece controle de estabilidade. Freios: Discos ventilados na dianteira e tambor na traseira, com ABS. Pneus: 175/70 R13. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e quatro lugares. Com 3,81 metros de comprimento, 1,94 metro de largura, 1,42 metro de altura e 2,47 metros de entre-eixos. Airbags frontais.
Peso: 912 kg. Capacidade do porta-malas: 255 litros. Tanque de combustível: 50 litros. Produção: Santa Isabel, Argentina. Lançamento mundial: 1990. Lançamento no Brasil: 1996. Lançamento da atual geração: 1998. Itens de série: ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricos, indicador de troca de marcha, conta-giros com zona demarcada para economia de combustível, direção hidráulica, banco traseiro rebatível, retrovisores externos com regulagem manual interna, computador de bordo com oito funções, relógio digital, apoios de cabeça dianteiros e traseiros (2) reguláveis em altura, brake light, desembaçador do vidro traseiro, travas de segurança nas portas traseiras e pré-disposição para rádio. Preço: R$ 32.990.
Futuro próximo
Amigo do planeta
A Chevrolet aproveitou o último Consumer Eletronics Show, nos Estados Unidos, para mostrar a versão final do Bolt. O modelo elétrico é capaz de percorrer 332 quilômetros com uma carga completa das baterias. E como os planos são de ter um veículo movido a eletricidade e com custo acessível, o preço deve se posicionar abaixo dos US$ 30 mil, ou seja, menos que R$ 120 mil. Entre as novidades implantadas no lançamento está uma versão mais avançada do sistema OnStar, já oferecido no Brasil na linha 2016 dos sedãs Cobalt e Cruze e no hatch médio Cruze Sport6. Ela é capaz de, a partir de uma conexão 4G LTE, transformar o veículo em um hotspot Wi-Fi de alta velocidade. A central multimídia tem tela de 10,2 polegadas sensível ao toque, câmara de ré com lente grande-angular e sensores para visão panorâmica de 180º. A fabricação começa no final de 2016 na fábrica de Orion, em Michigan.
A Nissan está cada vez mais disposta a colocar veículos autônomos prontos para as ruas. A marca nipônica pretende, em quatro anos, já ter pelo menos dez modelos com algum tipo de tecnologia de direção autônoma. E a promessa é de comercializá-los a preços extremamente competitivos em mercados como o norte-americano, europeu e chinês, além de outros. Já em 2016, a proposta é introduzir no line up modelos com sensores para se manterem nas faixas das estradas, frear e acelerar conforme o tráfego, sem que o motorista precise intervir. O passo seguinte é garantir tecnologia suficiente para o carro mudar de faixa e, inclusive, fazer ultrapassagens. Como os trabalhos são realizados em parceria com a Renault, ambas as marcas devem lucrar com isso.
Mais leve
A Rolls-Royce já trabalha em uma nova plataforma de alumínio para construir seus futuros carros. A marca britânica já tinha mencionado, no ano passado, a intenção de utilizar esse material na base de seus modelos. Mas agora é oficial e os testes já foram iniciados. A previsão é, inclusive, que o primeiro veículo produzido nessa arquitetura chegue às lojas já em 2018. A expectativa também é de que essa plataforma seja a base do primeiro SUV da marca, o Cullinan, e também da próxima geração do Phantom. A proposta da nova plataforma é reduzir consideravelmente o peso de seus futuros lançamentos. Ainda mais diante da legislação cada vez mais severa em relação à emissão de poluentes em diversos mercados do mundo.
por Victor Alves Auto Press
Ford Fusion aparece em Detroit com mudanças e chega ao Brasil renovado no segundo semestre
Fotos: divulgação
Fina estampa
vitrine
E
m um Salão de Detroit com raras novidades, um simples face-lift da segunda geração do Ford Fusion chamou a atenção. No evento automotivo norte-americano, que está aberto ao público do dia 11 a 24 de janeiro, o sedã da Ford apresentou seu novo visual, que inclui reestilização nos dos faróis, grade, para-choque dianteiro e lanternas traseiras. Sob o capô, a inovação é a chegada de uma opção de motor, um V6 com EcoBoost que desenvolve 329 cv e tem torque de 48,4 kgfm. Além disso, foi anunciada a versão Platinum do Fusion. Essa variante recebe o novo motor V6 e tem tração integral nas quatro rodas. O principal diferencial é o acabamento, que deixa o sedã mais luxuoso internamente. Produzido no México, o novo Fusion com essas novidades deve desembarcar no Brasil no segundo semestre de 2016, de acordo com a marca. Um ponto a favor do renovado sedã é o visual. Mais do que nunca, o carro ostenta um design elegante e não passa despercebido. Os faróis
finos e a grade dianteira lembram de longe o novo Mustang. Na traseira, a lanterna contornada por luzes em leds agradam e ajudam na aparência requintada. A lateral é um tanto quanto sóbria, com linhas cromadas no entorno dos vidros e rodas de aro 18 polegadas que compõem a aparência encorpada do sedã. Com 4,87 metros de comprimento, 1,85 m de largura e 1,44 m de altura, o Fusion impressiona pela robustez e linhas que, apesar de “parrudas”, deixam o carro com um aspecto de leveza. Desde que chegou ao Brasil em 2006, o Ford Fusion mantém o status de “carrão” e consegue boas médias de vendas para sua faixa de preço. No acumulado de 2015, o sedã médio grande teve 7.410 emplacamentos, de acordo com a Fenabrave. Números não tão ruins para o segmento, principalmente em um ano árido nas vendas do setor automotivo brasileiro. O ponto forte do carro está nos equipamentos. A versão de topo Titanium, por exemplo, conta com o sistema MyFord Touch, com tela
de 8 polegadas sensível ao toque. O carro também tem monitor de ponto cego e assistente de estacionamento, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo – que controla automaticamente a velocidade de
condução de acordo com o ritmo do trânsito à frente – e um sistema que mantém o carro dentro das marcações da pista numa faixa de rolagem. Além disso, há GPS, conectividade Bluetooth, bancos com aquecimento,
câmera de ré – que informa sobre movimentação de outros carros na perpendicular do automóvel–, além de um sistema que freia o veículo autonomamente se algo entrar no caminho.
Festa discreta
Os 75 anos de aniversário da Jeep não passarão em branco no Brasil. A partir de junho, o Renegade ganhará série especial, disponível tanto na motorização flex quanto diesel. A diferença fica por conta da pintura com três tons de verde exclusivos, rodas e outros detalhes na cor bronze e um emblema comemorativo, localizado nas portas dianteiras. No interior, há bancos de couro com o logotipo da edição nos encostos.
Mais fundo
Nova integrante
A
Honda passa a vender em janeiro a nova Biz 110i, com 110 cm³ e injeção eletrônica, design modernizado, layout do painel de instrumentos exclusivo e garantia de três anos. Produzida na fábrica de Manaus, a cub tem mais espaço no compartimento sob o assento e transmissão semiautomática e rotativa de quatro marchas, que não necessita do acionamento da embreagem. Movida apenas a gasolina, a moto entrega 8,3 cv a 7.250 rpm e torque de 0.89 kgfm a 5.500 rpm e recebe novo catalizador para o sistema de escape, responsável por amenizar os níveis de emissão de poluentes. O preço é de R$ 7.090, em versão única e nas cores preto ou vermelho.
O panorama pode até não ser tão negativo, mas a Fenabrave não se atreve a apostar em previsões otimistas para 2016. O esperado é que o mercado brasileiro de veículos siga para seu quarto ano consecutivo de perdas, impulsionado pela crise econômica e a falta de confiança dos consumidores. Por isso, a entidade prevê queda de cerca de 6% nos licenciamentos. De qualquer forma, é bem menos que os 26,5% registrados em 2015.
Esportividade aguçada
A Ford pretende ampliar sua linha RS, hoje ocupada apenas pelo hatch médio Focus. A ideia é ter 12 novos modelos até 2020. A justificativa é óbvia: a assinatura esportiva da marca é extremamente valiosa e muitos de seus modelos históricos, como o Ford Capri, são cobiçados por colecionadores e usados em competições. O próximo a ganhar as duas letrinhas “nervosas” deve ser o compacto Fiesta, com uma versão mais agressiva do motor 1.6 turbo do New Fiesta ST.
fotos: divulgação
Bimpacto aixo
automundo
Sem grandes ousadias, Salão de Detroit abre a temporada 2016 de “motorshows”
por Victor Alves Auto Press
D
epois da grande crise que assolou o mercado automotivo em 2008, os Estados Unidos foram um dos primeiros a se reerguerem. Daí a grande expectativa que sempre gira em torno do Salão de Detroit, o primeiro motorshow de todos os anos e que normalmente é palco de lançamentos importantes. Mas não foi o que aconteceu em 2016. Apesar do crescimento do mercado local, as fabricantes, de maneira geral, evitaram projetos mais impactantes. O que se viu foi marcas explorando filões que já dão certo. E um tom quase de conformismo entre as montadoras presentes ao evento. Bem no clima “mais do mesmo”, a esportividade ganhou destaque especial na exibição de dois novos cupês. A Buick, subsidiária da General Motors, exibiu o conceito Avista, feito sob a plataforma do novo Camaro e que entrega 400 cv. Já a alemã BMW concentrou as atenções no novo M2 Coupe, que deve se tornar o modelo de entrada da divisão “nervosa” “M” da marca bávara. O Chevrolet Cruze Sport6 não chega a ser um cupê, mas seu caimento do teto é acentuado – algo que já marca o modelo vendido atualmente no Brasil. Está confirmado para o mercado nacional com a chegada de sua nova geração, entre fim de 2016 e início de 2017 – e com um novo motor 1.4 turbo. Os sedãs, como sempre, tiveram espaço cativo no evento norte-americano. A Mercedes-Benz aproveitou a boa visibilidade do Salão de Detroit para lançar o novo Classe, enquanto a Genesis, divisão luxuosa da sul-coreana Hyundai, exibiu o novíssimo G90. O primeiro já tem vendas confirmadas no Brasil no futuro, assim como o Volvo S90, construído sobre a mesma plataforma do SUV XC90. O três volumes, no entanto, vai além do utilitário esportivo no que diz respeito à tecnologia e traz avanços nos sistemas de condução semiautônoma e de segurança da marca sueca. Mas se há um segmento que habitualmente se destaca em Detroit é o de picapes grandes. A Ford levou a nova F-150 Raptor SuperCrew, versão com cabine dupla da já existente picape F-150
Raptor para cinco passageiros. A Honda mostrou a segunda geração de sua Ridgeline, com carroceria monobloco e 3.5 V6. E a Nissan apresentou o conceito Titan Warrior, feito com base na própria picape Titan, já oferecida no line up da marca nos Estados Unidos. Com novo visual e suspensão mais elevada, a ideia é garantir mais capacidade para usos extremos. Outra aposta do Salão de Detroit em segmentos que andam em alta foi feita nos utilitários esportivos. Audi e Volkswagen aproveitaram para investir na sustentabilidade. A primeira exibiu um conceito baseado no elétrico e-Tron Quattro concept, o H-Tron Quattro Concept, movido a célula de hidrogênio. E a segunda apostou no Tiguan GTE, versão híbrida do SUV médio. A Chrysler, no entanto, caminhou na contramão e foi justamente atrás de resgatar o valor de um segmento massacrado pelo crescimento repentino dos SUVs: o das minivans. Fez isso com a nova Pacifica, substituta do Town & Country e com vinda planejada. E, apesar do visual pouco inovador, é recheada de tecnologias.
Destaques do Salão de Detroit Audi H-Tron Quattro Concept – O H-Tron Quattro Concept, baseado no elétrico e-Tron Quattro Concept, indica a intenção da Audi de criar um SUV movido a célula de hidrogênio. O carro mostra uma potência combinada de 272 cv, capaz de fazer o 0 a 100 km/h em menos de sete segundos. Sua capacidade é de quatro ocupantes e tem porta malas de 500 litros. Segundo a Audi, o H-Tron Quattro Concept pode ser abastecido em apenas quatro minutos e tem autonomia de aproximadamente 600 km.
BMW M2 Coupe – O cupê M2 está cotado para ser o série M de entrada da BMW MotorSport, ocupando o lugar do Série 1M. O esportivo tem um motor 3.0 litros twin-turbo, de seis cilindros, que entrega 370 cv de potência e 47,4 kgfm de torque, além de um câmbio de dupla embreagem. Esse trem de força consegue levar o cupê aos 100 km/h, partindo da imobilidade, em 4,2 segundos. Por dentro, há material de fibra de carbono no acabamento e costura azul nos bancos.
Buick Avista concept – A Buick, subsidiária da General Motors, mostrou o conceito Avista. O cupê tem plataforma do Camaro e possui motor Twin-turbo V6 de 400 cv com tração traseira, associado a uma caixa automática de transmissão de oito velocidades. O visual do Avista é formado por linhas suaves e ininterruptas. O esportivo tem capacidade para transportar quatro ocupantes.
Chevrolet Cruze Sport6 – O hatch Cruze Sport6, conhecido no mercado brasileiro, recebeu atualizações e nova motorização para a linha 2017. A expectativa é de que o modelo venha para o Brasil com o novo motor 1.4 turbo que a Chevrolet estreou em Detroit. Com mais equipamentos e visual renovado, o Cruze Sport6 deve vir com preço mais elevado e chega por aqui no Salão de São Paulo, em meados de novembro.
Chrysler Pacifica – A Chrysler apresentou a minivan Pacifica. Segundo o porta-voz da Chrysler, Bruce Velisek, o carro tem o objetivo de transportar famílias com conforto e segurança, mas sem abrir mão da conectividade e dirigibilidade. A marca quer fazer com que as pessoas esqueçam a ideia de “caixa sobre rodas”. O Pacifica veio para substituir o Town & Country, e trocou de nome para justificar a adoção de um projeto totalmente novo e diferente do antigo carro. A minivan é recheada de equipamentos tecnológicos, como entradas USB nas fileiras de trás, GPS e até mesmo um aspirador de pó. O Chrysler Pacifica tem sob o capô um motor V6 em conjunto com um câmbio automático de nove marchas.
Ford F-150 Raptor – O F-150 Raptor SuperCrew é um dos lançamentos da Ford no Salão de Detroit. O modelo é a versão com cabine dupla da já existente picape F-150 Raptor. A SuperCrew deve usar um motor V6 3.5 EcoBoost de 416 cv e 60 kgfm de torque, com um câmbio automático de dez marchas. As principais diferenças com a F-150 tradicional são a lotação, que chega a cinco ocupantes, distância entre eixos, que aumentou 13 cm, e largura de 15 cm a mais, para melhorar a estabilidade em altas velocidades.
Genesis G90 – Divisão de carros de luxo da Hyundai, a Genesis apresentou em Detroit o sedã G90, mais novo membro do portfólio da marca. São duas opções de motorização, sendo uma o 3.3 biturbo de seis cilindros com 370 cv de potência e a outra um 5.0 V8 de 425 cv. As duas versões estão em casamento com um câmbio automático de oito velocidades. Entre lista de equipamentos, estão a central multimídia com tela de 12,3 polegadas, sistema de câmeras 360° e 17 alto-falantes.
Honda Ridgeline – A picape média Ridgeline foi apresentada pela Honda em sua segunda geração. O primeiro modelo havia sido lançado em 2006 nos EUA, e agora aparece como um projeto novo com carroceria monobloco – as brasileiras Renault Duster Oroch e Fiat Toro também se inspiraram nesse gênero de plataforma. A Honda Ridgeline será configurada unicamente com motor 3.5, de seis cilindros, associado a uma transmissão automática de seis marchas e tração integral. A capacidade da carga é de 725 kg.
Mercedes-Benz Classe E – O Classe E foi o principal destaque da Mercedez-Benz em Detroit. A montadora promete que o modelo é o sedã de luxo mais inteligente do mercado, que une tecnologia, conforto e segurança. O propulsor do carro é um 2.0 litros turbo, de quatro cilindros, capaz de gerar 245 cv e 37,7 kgfm de torque. A transmissão é automática de nove velocidades. O novo Mercedes-Benz Classe E é feito a partir da plataforma MRA, a mesma dos novos Classe e Classe S.
Nissan Titan Warrior Concept – A Nissan criou o conceito Titan Warrior para tirar o marasmo da picape Titan, já vendida no mercado norte-americano. A Warrior ganhou suspensão 7,6 cm mais elevada para usos mais extremos, para-choques dianteiros mais alargados, faróis em leds e escapamento com saídas quádruplas. A nova picape da Nissan está equipada com um motor a diesel de oito cilindros, com turbo, de 314 cv e uma transmissão automática de seis velocidades.
Volkswagen Tiguan GTE – O Volkswagen Tiguan GTE Active Concept foi apresentado como uma versão aventureira do já conhecido SUV Tiguan. A marca alemã fez a inclusão de motores elétricos no GTE com funcionamento independente em cada roda, que trabalham em conjunto com um bloco turbo TSI a gasolina, de 148 cv. O visual do conceito é marcadamente off-road, embora tenha desempenho na pista de deixar o queixo caído. São 6,4 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Outros ajustes do GTE Active Concept em relação ao Tiguan convencional estão na suspensão, cinco centímetros mais alta em relação ao chão, e protetores inferiores de carroceria. Por dentro, a principal novidade é a central de 9,2 polegadas, capaz de detectar comandos através de gestos.
Volvo S90 – A Volvo fez a estreia mundial do S90 no Salão de Detroit. O carro usa a mesma plataforma do XC90. Segundo a fabricante sueca, o S90 será o primeiro carro norte-americano a ter sistema de condução semiautônoma para rodagem em estradas, numa velocidade de até 130 km/h. O trem de força é composto por um T8 Twin Engine híbrido com tecnologia plug-in, que gera até 410 cv. Um detalhe interessante no sedã de luxo é a presença do sistema City Safety, que detecta presença de animais de grande porte na rota à frente do carro. O equipamento exibe alertas e auxilia na frenagem, caso necessário. A grade dianteira do S90 é em homenagem ao antigo P1800, modelo dos anos 60, e os faróis marcam a nova assinatura visual da marca, chamada pelos “marketeiros” nórdicos de “Martelo de Thor”.
D e fino trato
transmundo
Fotos: Isabel Almeida/CZN
por Márcio Maio Auto Press
Chevrolet S10 High Country alia robustez vocação off-road com conforto típico dos SUVs
A
Chevrolet S10 já lidera as vendas entre as picapes médias no Brasil há duas décadas. Mas, verdade seja, dita, essa vitória foi por pouco no último ano. De acordo com dados da Fenabrave, vendeu 33.330 unidades, apenas 430 a mais ao longo de 2015 que a sua principal rival, a Toyota Hilux, cuja nova geração foi lançada na reta final do ano passado e custa, com cabine dupla e motor diesel, entre R$ 162.320 e R$ 188.120 com transmissão automática. Na briga entre as duas, a versão High Country é a que tem mais capacidade de rivalizar com a novidade japonesa, com preço de R$ 161.690 – é a mais cara no “line up” da S10. Isso porque mistura luxos e confortos de um carro de passeio com a robustez e o vigor de sua capacidade aventureira, graças à tração 4X4 com reduzida e acionador eletrônico e o motor 2.8 turbodiesel. A “grife” High Country é famosa na Chevrolet dos Estados Unidos e serve para agregar um certo ar de exclusividade a alguns modelos. Na picape média, tal diferenciação se expressa em itens estéticos, como os faróis em cromo escurecido com projetor, aplique no para-choque dianteiro, estribos laterais, rodas aro 18 com superfície usinada, frisos cromados na base dos vidros das portas e um robusto Santo Antonio, especialmente projetado para integrar à caçamba,
que acompanha uma capota marítima. Além disso, há lanternas em leds, maçaneta da tampa traseira cromada e rack de teto com barras longitudinais e transversais. O interior segue o mesmo padrão. Os bancos têm forração premium em dois tons (marrom e preto), costura pespontada e descansa braço traseiro. Já o assento do motorista tem regulagem elétrica de altura, distância e inclinação do encosto. O ar-condicionado é digital e o condutor conta com computador de bordo, volante multifuncional, sensor de estacionamento, controle de cruzeiro e sistema multimídia MyLink com GPS, DVD e câmara de ré integrados. A lista de equipamentos de segurança também é boa. Controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e controle de velocidade em descidas estão presentes, mas os airbags se resumem aos frontais obrigatórios. Sob o capô, a picape carrega um 2.8 litros turbodiesel capaz de render 200 cv e 44,9 kgfm de torque. Com esses números, apesar dos exagerados 2.139 kg, a S10 High Country chega aos 100 km/h em 10,3 segundos e alcança a velocidade máxima de 180 km/h. Não são índices que expressem esportividade, mas em um veículo deste porte e para suas finalidades, tratam-se de médias mais que suficientes.
Impressões ao dirigir
Delicadezas à parte De fato, o interior da S10 High Country é totalmente compatível com o de um veículo de passeio. É verdade que quase todas as fabricantes de picapes investem nessa versatilidade, mas na High Country a identificação com a de um automóvel de lazer, familiar, é inevitável. Os materiais são requintados e a sensação é a de se estar a bordo de um SUV, só que mais alto. Mas basta colocar o motor em funcionamento para que o ronco e as trepidações do motor 2.8 turbodiesel destoem dessa atmosfera menos abrutalhada, tradicional em veículos de carga. Os principais comandos são bem posicio-
nados e a central multimídia tem câmara de ré, o que facilita bastante as manobras de entrada e saída em vagas de estacionamento. O propulsor não enfrenta qualquer dificuldade para mover a S10. O torque pleno de 44,9 kgfm
aparece já aos 2 mil giros, o que facilita as arrancadas, retomadas e ultrapassagens. Mas a altura da carroceria desencoraja um pouco uma direção mais arisca. Em curvas mais fechadas, não é raro ouvir os pneus cantando.
Ficha técnica Chevrolet S10 High Country Motor: Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo, com intercooler, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Injeção direta e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira com 4X4 e reduzida com acionador eletrônico. Controle eletrônico de tração e assistente de partida em rampas. Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 10,3 s. Velocidade máxima: 180 km/h. Torque máximo: 44,9 kgfm a 2 mil rpm. Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm. Taxa de compressão: 16,5:1. Suspensão: Dianteira independente, com braços articulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com feixe de molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos e pressurizados. Possui controle de estabilidade. Pneus: 265/60 R18. Freios: Dianteiros por discos ventilados e traseiros a tambor. ABS com EBD de série. Carroceria: Picape montada sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Com 5,35 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,90 m de altura e 3,10 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Peso: 2.139 kg. Capacidade da caçamba: 1.570 litros
Tanque de combustível: 80 litros. Produção: São José dos Campos, Brasil. Lançamento da geração no Brasil: 2012. Itens de série: ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, trio elétrico, piloto automático, capota marítima, santantônio, central multimídia com câmera de ré, faróis em cromo escurecido, aplique no parachoque dianteiro, estribos laterais, rodas de liga leve de 18 polegadas, frisos cromados na base dos vidros das portas, lanternas em leds, rack de teto com barras longitudinais e transversais, banco do motorista com regulagem elétrica, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento e volante multifuncional. Preço: R$ 161.690.
Na fila das falhas
O número de veículos envolvidos em recalls subiu 85% no ano passado, em relação a 2014, de acordo com o Procon de São Paulo. No ano passado, foram feitos 116 chamados que envolveram, ao todo, 2.811.894 automóveis ante aos 1.516.828 de 2014. Já a quantidade de convocações cresceu 21%. O sistema de airbag foi o que apresentou mais problemas, com 21 campanhas e 1.368.110 veículos afetados.
Tabelado A
Honda divulgou o preço da linha 2016 do sedã grande Accord, importado dos Estados Unidos. O modelo, apresentado recentemente no Brasil, passou por um face-lift e agora custa R$ 156.300. Ele ganhou novos para-choques, grade, faróis e
rodas de 18 polegadas. Por dentro, há pedaleiras em alumínio e detalhes que imitam madeira. A central multimídia tem tela de 7 polegadas e o motor é o mesmo 3.5 V6 do modelo anterior, com 280 cv e câmbio automático de seis velocidades.
Mal na fita
O Brasil é o sétimo mercado automotivo do mundo no relatório mensal – referente a novembro – e acumulado – nos 11 primeiros meses de 2015, de acordo com a consultoria Jato Dynamics. Em 2014, o país ocupava a quarta posição na mesma lista. Não houve alterações entre os três primeiros colocados da lista, com China em primeiro, Estados Unidos em segundo lugar e Japão em terceiro. Alemanha, Índia e Reino Unido, respectivamente, ultrapassaram o Brasil e agora completam a relação dos seis maiores do mundo.
Alternativa abusiva
S uperesportiva N inja H2R da K awasaki de 312 cv de potência chega ao B rasil , ma só sob encomenda por Victor Alves Auto Press
Foto: divulgação
motomundo
A
Kawasaki lançou no último Salão de Duas Rodas, em outubro de 2015, a superesportiva Ninja H2R. Com visual audacioso e voltada exclusivamente para as pistas, a moto chama atenção pelo seu conjunto mecânico. A potência da Ninja H2R chega aos 312 cv. Ou seja, mais que os protótipos do mundial do MotoGP, que têm aproximadamente 240 cv. Isso representa cerca de 50% a mais do que a média das outras motos esportivas, que têm em torno de 200 cv. Mas, embora o desempenho seja o carro-chefe da superesportiva, a moto também apresenta tecnologia de ponta, proveniente da divisão de aviões da Kawasaki. De acordo com a marca, o modelo está confirmado para ser vendido no Brasil, mas apenas sob encomenda. O preço não foi revelado. Para fazer jus à fama de “bruta”, a H2R usa um motor quatro cilindros de 998 cc com compressor mecânico e refrigeração líquida. O compressor mecânico tem pressão de 1,4 bar. Esse equipamento é ligado diretamente ao motor e oferece um aumento de potência em baixos giros. Dessa forma, o desempenho do modelo ganha força em todos os regimes de rotação. O motor da Ninja H2R pode render até 312 cv a 14 mil rpm e 13,5 kgfm de torque a 8.750 giros. Além disso, a carenagem conta com “asas” de fibra de carbono que otimizam a aerodinâmica do bólido. Na frente, onde se esperam os tradicionais faróis, na verdade, estão entradas de ar. A ideia é aumentar a
sensação de controle e reduzir a resistência do ar nas velocidades mais altas. A tecnologia também é parte importante na H2R. A moto da Kawasaki tem controle de amortecimento eletrônico Öhlins, balança monobraço, câmbio com QuickShift, controle de largada, para previnir a patinação das rodas traseiras, controle de tração S-Ktrc, três mapas de potência, que variam entre completo, médio e baixo, e sistema KIBS. A superesportiva conta com luzes em leds, pintura cromada na carenagem e painel de instrumentos que mesclam mostradores analógicos e digitais. A Kawasaki Ninja H2R tem um chassi tubular de aço e garfo de 43 mm Kyb Aos-II ajustável e feito exclusivamente para esse modelo. O chassi, em treliça, usa aços de alta tensão, que dão um equilíbrio entre a rigidez necessária para manter a estabilidade e a flexibilidade e a capacidade de guiar a H2R. O design aberto também contribui para a dissipação do calor gerado pelo compressor. A fabricante japonesa não divulgou o preço da Ninja H2R no Brasil. A H2, versão menos “furiosa”, custa cerca de R$ 120 mil. Já nos EUA, a H2 e a H2R estão cotadas a partir de US$ 26 mil e US$ 53 mil, respectivamente, algo em torno de R$ 100 mil e R$ 213 mil. Ou seja, como a H2R custa praticamente o dobro da H2, por aqui a supermoto pode custar em torno dos R$ 240 mil.
Pequeno notável
A Audi abre 2016 trazendo novidades para seu portfólio. A marca alemã passou a importar para o Brasil a linha 2016 do compacto A1 Sportback. E as mudanças afetaram não apenas o visual, mas também o trem de força do veículo. A reestilização inclui novos faróis e entradas de ar e grafismo diferente também nas lanternas. Já sob o capô, há duas opções de motores. A primeira é o já conhecido 1.4 turbo de 125 cv que equipa a configuração
de entrada do A1, a Attraction, que custa agora R$ 106.990. Já a versão mais cara, a Ambition, parte de R$ 124.990, mas ganha um 1.8 turbo de 192 cv. Nos dois propulsores, a transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete marchas. Na variante de topo, o A1 agora conta com o Drive Select, sistema que altera o comportamento da direção, resposta do acelerador, controle de estabilidade e distribuição de torque entre as rodas do eixo dianteiro por diferencial eletrônico.
Ianimal mpacto
A seguradora Allianz está disposta a mostrar o quão perigoso pode ser o transporte inadequado de um animal em um automóvel. Para isso, promoveu um crash test na Alemanha com dois bonecos que simulam, no tamanho e no peso, um cachorro pastor alemão e outro de raça menor e mais leve. A intenção é alertar não só para os riscos que os bichos correm, mas também os passageiros. Na colisão, os dois cachorros de pelúcia foram arremessados para a frente com violência. O mais pesado, com 35 quilos, chegou a se chocar contra o painel do veículo. Já o menor bateu no encosto do banco dianteiro. O maior problema é que, menos num acidente ocorrido a apenas 40 km/h, o animal arremessado pode ganhar peso 40 vezes maior que o seu, tornando-se uma arma até mortal para os próprios ocupantes. Por isso, recomendase proteger cães de até 12 quilos com uma coleira anexada ao cinto de segurança e alojar os maiores em caixas próprias para transportes.
Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 89, 15 de janeiro de 2016 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.205 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Laís Rezende redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br
Curta a página da Revista Auto Press
Acordos editoriais: MotorDream (Brasil) Infomotori.com (Itália) Autocosmos.com (México/Argentina/Chile/Peru/Venezuela) Automotriz.net (Venezuela) AutoAnuario.com.uy (Uruguai) Revista MegaAutos (Argentina) MotorTrader.com.my (Malásia) Absolute Motors (Portugal) Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge fotografia@cartaznoticias.com.br Ilustrador: Afonso Carlos acdesenho@hotmail.com Publicidade: Arlete Aguiar publicidade@autopress.com.br Produção: Harley Guimarães producao@cartaznoticias.com.br