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BORGNE

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Opções com consequências

É esta uma das mensagens de «Y», o nono álbum dos suíços Borgne. Sobre este lançamento, pode-se dizer que as consequências das opções feitas foram ÓTIMAS!!!

Entrevista: CSA

Olá, Sérgio! Calculo que és de origem portuguesa. Acertei? Sérgio – Sim, é verdade. Mas nunca vivi em Portugal.

Borgne já vai no nono álbum. - O que distingue este álbum dos seus antecessores? O que é que ele nos traz de novo? Penso que a nossa discografia está sempre a evoluir e que cada álbum acrescenta um elo à cadeia e dá resposta ao seu antecessor. É mais rico, mais complexo, mais explosivo. É também por essa razão que a capa do álbum é vermelha e não branca ou cinzenta. - A LADLO informa-nos de que foi um dos teus músicos ao vivo que escreveu as letras para as canções. Por que aconteceu isto? Porque eu me queria concentrar exclusivamente na música. Escreveu as letras, mas com indicações claras e estritas. Cada texto foi escrito como um só bloco, para eu o poder modificar, cortar ou deslocar a meu gosto. - E por que razão as letras foram escritas em Francês e em Inglês? Definiste alguns critérios para decidir em que circunstâncias seria usada cada uma das línguas? Gosto de me exprimir em várias línguas: em Francês, para viver melhor o que canto; em Inglês, para sair da minha personagem e falar por outros. Também tentei usar o Grego, o Espanhol, talvez um dia venha a usar o Português. - Vi que tiveste convidados neste álbum. Podes apresentar-nos esses artistas e dizer-nos em que consistiu o seu contributo? [Verifiquei que na lista figura um membro de Schamasch, uma banda que também já entrevistei.] É verdade. O C. S. R dos Schammasch participou em 2 canções do álbum na guitarra e na voz. Somos bons amigos e eu queria que ele colaborasse connosco. Também contámos com o apoio de Rubi, uma cantora grega, que participou numa canção. Sempre gostei muito da sua voz e queria ter um toque feminino no álbum. Por conseguinte, limitei-me a pedir-lhe que colaborasse connosco. Este «Y» faz-nos pensar no sexo masculino, mas na capa do álbum aparece uma rapariga. - Por que lhe chamaram «Y»? Gosto sempre de fazer algo que as pessoas não compreendam imediatamente. Os fãs procuram sempre um significado e vão sempre encontrar coisas diferentes e, na maior parte dos casos, é qualquer coisa que se relaciona com eles. O Y tem a forma de uma bifurcação no caminho, abrindonos duas possibilidades que podemos seguir, lembrando-nos de que as escolhas têm sempre consequências. O Bem e o Mal. Eis o que vejo nesta letra Y. - Que significa a imagem da capa? Representa uma mulher internada num hospital psiquiátrico, maltratada e torturada. Queria algo revoltante, que incomodasse. Penso que reflete bem o espírito da nossa música, a nossa loucura. Está na posição de Cristo, mas também faz pensar num Y. - Quem a criou? Saros Collective, da Suíça.

Atualmente fazem parte do catálogo da LADLO. - O que vos levou a assinar contrato com Gérald e companhia? Era algo em que já tínhamos pensado várias vezes. Estamos em contacto com eles desde 2011, mas à espera do momento ideal, que chegou agora. - Sentem que fazer parte de Les Acteurs de l’Ombre é uma garantia de qualidade? Sem dúvida nenhuma. É uma editora de qualidade, que trabalha arduamente. Estamos muito contentes com essa colaboração. Fazem muitos concertos habitualmente? O que tinham previsto para este álbum? Tivemos muito poucos concertos nos 2 últimos anos, mas regressamos em força com muitos festivais e datas únicas. Não queremos fazer concertos por todo lado todos os fins de semana, mas sim estar no bom sítio no bom momento e com boas pessoas. Para o lançamento do álbum, previmos uma pandemia mundial e o cancelamento de todos os concertos no mundo inteiro…

E que vos parece que vão poder fazer mesmo na atual contingência mundial? De momento, não é possível fazer concertos, portanto fazemos o resto. O álbum está disponível, temos feito entrevistas, estou a compor o futuro álbum, temos alguns projetos em curso e também temos todos os nossos empregos, portanto não temos muito tempo de folga. Também estamos a tentar reagendar os nossos concertos que foram anulados.

Que outras formas de promoção vão utilizar para fazer face a esta situação bizarra? Ainda não sei bem, mas vamos tentar ser criativos. Se calhar, vamos fazer atuações ao vivo filmadas e difundidas em direto, algumas entrevistas online. Penso que em breve vamos sair desta situação, mas certamente com sequelas.

E já têm reações ao álbum (uma vez que foi lançado no início de maio)? Sim, muitas reações boas, críticas positivas, mensagens de fãs. De momento, está tudo bem, tirando as encomendas, que se vão acumulando e que devem receber resposta em breve, espero eu.

Obrigado pelas perguntas e até breve! Stay Home !

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