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GABRIEL SOUSA

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TETEMA

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(Su)Posições - Hard N’ Heavy

Por: Gabriel Sousa

O Grammy – Situações Estranhas

Depois de já ter “criticado” o “RRHOF” hoje cabe dar uma “patada” noutra “grande instituição” da música, “O Prémio Grammy”. E como a Versus é uma revista de Metal/Hard Rock vou focar-me em algumas situações que aconteceram nestas categorias que eu considero no mínimo estranhas, apenas para não usar a palavra ridículas. Todos se devem lembrar que em 1989 os Metallica perderam o Grammy de “Melhor Performance Hard Rock/Metal” para os Jethro Tull, nada contra os Jethro Tull que são uma grande banda de Rock/ Folk Rock mas que nada têm a ver com o “mundo do Hard Rock/Metal” em que foram premiados. Embora haja vários exemplos de bandas que EU não considero Hard Rock ou Metal a ganhar o prémio, não vai ser neste ponto que me vou debruçar.

Uma das situações no Grammy que me incomoda bastante é quando um cover ganha o prémio, nada contra covers mas quando uma música não original ganha um prémio desta importância é quase como se fosse um atestado de incompetência a quem lança músicas originais e esta situação aconteceu várias vezes: novamente os Metallica na liça, em 1991 ganharam o prémio melhor performance Metal com a música “Stone Cold Crazy” original dos Queen e em 2000 ganharam a melhor performance Hard Rock com a música “Whiskey In A Jar” original da música popular Irlandesa; os Motorhead em 2005 ganharam a melhor performance Metal com a música “Whiplash” dos Metallica, sempre os Metallica; em 2015 o duo humorístico Tenacious D, ganhou o prémio de melhor performance Metal com a música “The Last In Line” original de Dio. Curiosamente ou não, esta situação acontece sempre com bandas famosas a fazerem versões/covers de bandas tão ou mais famosas, mera coincidência de certeza.

A outra situação que eu quero destacar na forma “ridícula” de dar o Grammy é quando são premiados álbuns, performances ao vivo, mais uma vez são desvalorizados aqui os trabalhos originais de estúdio, custa-me muito a acreditar que uma “melhor performance de um ano” seja algo ao vivo. Esta situação aconteceu várias vezes e todas elas na atribuição do Grammy para melhor performance Metal: Em 1994 Ozzy Osbourne ganhou com a música “I Don’t Want To Change The World” lançada em 1991; em 1996 foram os Nine Inch Nails a ganhar com a música “Happiness In Slavery” lançada em 1992; no ano 2000 foram os veteraníssimos Black Sabbath e ganhar com a música Iron Man, lançada 30 anos antes!!!!; 10 anos passaram e mais uma vez aconteceu esta situação com uma banda mítica, os Judas Priest que em 2010 ganharam o Grammy com a música “Dissident Aggression” que tinha sido lançada originalmente em 1977.

Como dá para perceber nestes vários exemplos não é apenas “problema” dos fãs a não aceitação de novos trabalhos de bandas (des)conhecidas (muitas vezes as músicas mais idolatradas de bandas novas ou de bandas mais antigas menos conhecidas são covers/versões, algumas sem grande diferencial em relação ao original, “olá The Sound Of Silence”.) esta dificuldade de aceitação do novo passa muitas vezes pelos críticos e pelos fazedores de opinião o que vai truncar muitas vezes o conhecimento e o trabalho de novas bandas.

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