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THE ALLIGATOR WINE

Olá, Rob! É um prazer conhecer-te virtualmente e, antes de mais nada, espero que esteja tudo bem contigo, teus amigos e familiares. Como é que estais a viver estes tempos de confinamento em termos da banda e da vossa música? Rob Vitacca: Olá, Eduardo! Prazer em conhecerte também! Obrigado, estou muito bem – espero que também estejas bem! Digamos que estamos a aproveitar esta pausa do corona em prol da nossa criatividade – começamos a trabalhar em novo material e estamos a tentar agitar as coisas! Mas é claro que isto é meio estranho, com todos os espectáculos a serem cancelados, principalmente, quando temos o nosso álbum de estreia e queremos fazer-nos à estrada e tocar as novas músicas.

Tenho de te confessar que comecei a ouvir o álbum por acaso... foi pura sorte :-) e gostei tanto que tinha de saber algo mais sobre a vossa banda. Então, quem são The Alligator Wine? The Alligator Wine são dois gajos estranhos, vivendo à procura dos deuses, no meio da floresta negra, e que gostam de todos os tipos de órgãos, sintetizadores e pedais!... :-)

A vossa filosofia musical é completamente diferente da que costumo ouvir: dois tipos, nenhuma guitarra. E ainda assim, o raio do álbum é uma das melhores estreias que já ouvi. Pergunta óbvia: em vez de criar a banda com guitarra e baixo, porque criaram apenas com bateria, órgão e “moog bass”? Obrigado! Que bom que gostaste do álbum! Na verdade, a ideia veio do nosso baterista Thomas. Ele é um tremendo criador de sons. Um dia, ligou-me e disse: “Rob, por favor, vem a minha casa – eu construí algo extraordinário... Tens mesmo de ver isto!” Então, tinha essa coisa de madeira, embalada com um órgão, um “moog bass” e uma carrada de pedais. Aquilo surpreendeu-me completamente. Tinha uma supermassiva parede de órgãos, combinada com esse som monstruoso de baixo. Percebemos imediatamente que não precisaríamos de nenhuma guitarra!

Como é que defines a tua música e a ti mesmo como músico? Honestamente, não penso nisso. A música foi sempre a melhor forma de expressar as minhas emoções. Penso que a coisa mais importante por trás de The Alligator Wine é o facto de não seguirmos nenhumas regras. Podemos ser livres apenas com o que estamos a fazer. Isso inspiranos imenso.

“Penso que a coisa mais importante por trás de

The Alligator Wine é o facto de não seguirmos nenhumas regras . Podemos ser livres apenas com o que estamos a fazer. As vossas fontes de inspiração vão de filmes de Nós adoramos Otis Taylor. Especialmente, o Thomas! terror à moda, e de músicas escuras assustadoras a “Ten Million Slaves” é, sem dúvida, uma das suas faixas grooves dos anos 70. Como é que consegues colocar favoritas de todos os tempos e foi ideia dele fazermos essas influências tão diametralmente opostas na tua uma versão. Adoro a nossa versão. Esta música tem música? uma grande energia, especialmente, quando a tocamos Bem, acho que isso acontece automaticamente. O que ao vivo! As pessoas adoram! quero dizer é que é apenas uma mistura louca de tudo - Os arranjos de “Ten Million Slaves” são diferentes o que gostamos. Parece um pouco estranho que, antes do original. Podes explicar-nos um pouco mais sobre de “Demons of the Mind”, tenham lançado um álbum como foi pegar na versão original – mais blues com ao vivo. um pouco de groove – e torná-la menos blues, mas Estou curioso sobre o vosso processo criativo. Podes contar mais um pouco sobre isso? Gostamos muito de estar no nosso local de ensaio e experimentar todos os diferentes tipos de sons. E nós estamos a tocar imenso. Essencialmente, é assim que a maioria das nossas músicas está a ser criada. Uma vez que estejamos satisfeitos com o resultado, enviamos para o nosso produtor, Kristian Kohle, para que ele possa suavizar e polir! :-) Ia pedir para falares um pouco mais sobre uma música qualquer do álbum, mas gosto tanto de duas músicas que vou pedir para falares delas: “Ten Million Slaves”. Graças a vocês, descobri Otis Taylor – Que homem dos Blues! Então, como é que descobriram esta música? Eu sei que também faz parte do filme “Public Enemy”. com muito mais groove e percussão? Porquê esse tipo de abordagem – primeiro ao vivo e, Essencialmente, resultou assim enquanto tocava. depois, o álbum de estúdio? Eu não gosto quando as versões ficam parecidas Nós fizemos uma turné incrível com os nossos amigos com o original. Tem de ter um estilo próprio para e colegas - The Picturebooks. Portanto, só queríamos que a música soe única, caso contrário, tornar-se-á compartilhar essa “experiência ao vivo” com toda a entediante. gente! - Otis já teve a oportunidade de ouvir a vossa Em palco, quão difícil é para vocês os dois, sem Na verdade, não sei, mas esperamos que ele ouça a guitarra e baixo, transmitirem a energia ao público? nossa versão. :-) Sendo nós dois gajos esquisitos e assustadores, com - “Lorane”. Essa música é diferente. Sinto que uma leslie luminosa, um grande sintetizador, um órgão podemos considerá-la uma balada. Quem é Lorane? enorme e uma bateria espaçosa – é realmente muito É a música mais pessoal do álbum. É sobre a minha fácil… (risos) mãe.

versão? Century Media é uma óptima gravadora discográfica, conhecida por albergar muitas bandas de Heavy Metal (pesadas). Como surgiu a oportunidade de assinar pela Century Media e, a propósito, porquê esta gravadora discográfica? Eles adoraram o nosso EP “The Flying Carousel”. Penso que foi “amor à primeira vista” (risos). Eles são, simplesmente, excelentes. Sentimo-nos em casa desde o primeiro instante e estamos muito felizes de fazer parte da família CM!

Mais uma vez, muito obrigado pelo teu tempo para responder às nossas perguntas e espero ver-te em Portugal um dia desses. Obrigado por me receberes! Espero ver-te em breve! Tudo de bom e fica em segurança! Facebook Youtube

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