VIAGENS 2018 - 20 (...AO VIRAR DA ESQUINA)
Índice: 1. Pelas esquinas de Portugal - Revista Montepio #32 - Outono 2019 2. Montejunto Bombarral Go Moto Travel #2 Outubro/Novembro/Dezembro 2018 3. Olivença é nossa... - Andar de Moto #09 - Fevereiro 2019 4. EN2 - Manual Prático - Andar de Moto #10 - Março 2019 5. Um dia na Serra dos Candeeiros - Andar de Moto #11 - Abril 2019 6. Um dia na Arrábida - Andar de Moto #12 - Maio 2019 7. Sobe e desce na Serra da Estrela - Andar de Moto #13 - Junho 2019 8. Virámos a esquina e fomos até ao Lago Azul - Andar de Moto #14 - Julho 2019 9. Brotas, o segredo escondido do Alentejo - Andar de Moto #18 - Novembro 2019 10. Atouguia da Baleia. Quando o mar recua... - Andar de Moto #19 - Dezembro 2019 11. A Globalização começou na EN2 - Andar de Moto #20 - Janeiro 2020 12. Olivence retrouve ses chevaliers - RoadTrip Magazine #58 Fev/ereiro/Março 2020 13. Pelos caminhos de Ibn Darraj Al-Castalli - Andar de Moto #21 - Fevereiro 2020 14. Portugal de Fio a Pavio - Uma estrada, um dia, uma moto - Motojornal #1476 14 Fevereiro 2020 15. EN124 - A outra estrada do Algarve - Andar de Moto #22 - Março 2020 16. Ele há coisas do arco da velha - Motojornal Site - Abril 2020 17. Pelos caminhos do Alto Tejo - Andar de Moto #23 - Abril 2020 18. Estrada Nacional 2 - Bodas de diamante - Andar de Moto Site - Maio 2020 19. Borba, a filha alentejana de um deus menor - Andar de Moto #24 - Maio 2020 20. Para lá do virar da esquina. A lenda das duas chaves - Andar de Moto #25 Junho 2020 21. Por este rio acima - Pelas margens do Rio Tejo - Motojornal #1488 - 31 Julho 2020 22. Guimarães e a lenda das duas caras - Andar de Moto #26 - Julho 2020 23. Fui andar de carrossel - Andar de Moto #27 - Agosto 2020 24. Uma viagem às arrecuas do tempo - Andar de Moto #28 - Setembro 2020 25. Pyrenaeos - Trevl #24 - Setembro/Novembro 2020 26. O desafio da diferença - Motojornal #1492 - 25 Setembro 2020
VIAGENS 2018 - 20 (...AO VIRAR DA ESQUINA)
OPINIÃO - Viagens ao Virar da Esquina Estrada Nacional 2 - As bodas de diamante 11 Maio 2020 Há 75 anos, na sexta feira 11 de Maio de 1945 (apenas 3 dias depois do final da 2ª Grande Guerra, na Europa) era publicado no Diário do Governo o Decreto Lei nº 34.593. Nele se consagrava um projecto iniciado ainda no tempo do Ministro Duarte Pacheco - o do viaduto e da primeira auto-estrada até ao Estádio Nacional, do próprio Estádio, do Instituto Superior Técnico e de muitas outras obras que perduraram para lá dos regimes políticos - mas concluído alguns anos depois da sua morte. O Plano Rodoviário Nacional que é a certidão de nascimento da Estrada Nacional 2, é um documento que à época criou e ordenou toda a rede de infraestrutura rodoviária e, principalmente, criou as traves mestras do seu posterior desenvolvimento e das características que viria a ter. O factor mais importante era a divisão das estradas em 3 classes (pela sua importância e respectivas características) sendo que a principal era a primeira. E a numeração das estradas respeitava este critério. A número 1 era a estrada que unia a capital à segunda cidade do País. E a número dois, aquela que saindo do extremo norte de Portugal viria a desaguar perto das águas do Atlântico, mais de 700km a sul, em Faro.
Era e é uma estrada que atravessa o País pelo seu interior aí se evidenciando a visão da época no que ao ordenamento do território se refere e que contrasta com a actualidade, onde praticamente tudo se passa junto ao litoral. Também por isso a Estrada Nacional 2 mostra a todos os que a percorrem aquilo que Portugal tem de mais genuíno seja do ponto de vista cultural, histórico ou paisagístico. E as suas gentes! Principalmente as suas gentes. Cada paragem é uma oportunidade para ficarmos mais ricos.
10 fotos ilustrativas da Nacional 2
Nela passamos pelos socalcos do Douro, pelo magnífico Santuário de Nª Sª dos Remédios em Lamego, pela histórica Cava de Viriato em Viseu, pela Barragem da Aguieira que submergiu parte do traçado da EN2, pela Livraria do Mondego nas margens deste rio, pela florestas do centro do País, visitamos o Centro Geodésico de Portugal no Picoto da Melriça, vemos de repente a paisagem mudar quando atravessamos o Rio Tejo em Abrantes e entramos no Alentejo, percorremos rectas quase infinitas a caminho da Serra do Caldeirão, já a chegar ao Algarve e finalmente, vislumbramos o Oceano e as belas praias que nos aguardam. Se quiserem, leiam ao contrário...é igualmente válido! Celebrar umas bodas de diamante é algo que merece sempre todo o destaque. E se hoje não o conseguimos fazer devidamente face à situação sanitária do País, que fiqueprometido que logo que tudo esteja resolvido, iremos prestar-lhe a justa homenagem. A Estrada Nacional 2, esta “velha senhora”, merece muito mais do que a atenção que até agora lhe tem sido dedicado por quem de direito. Tem um potencial turístico fortíssimo e pode ser, para muitas zonas do interior, um factor de desenvolvimento e de combate à desertificação. Mas precisa de muito carinho. Precisa de uma sinalização adequada - que recupere as placas e os marcos como eram à data da sua construção. Precisa de melhorias no piso mas que não lhe adulterem o traçado. E que não lhe mudem designações, numerações e outras designações. Hoje, deveríamos estar a celebrar a elevação da Estrada Nacional 2 a Património Nacional. E daí partirmos para a sua recuperação. Inclusivamente, com os pedaços que, entretanto, dela saíram em favor de vias mais rápidas... mas que não são “a” Estrada Nacional 2! Parabéns EN2!...” Nesta data querida, muitas felicidades e muitos anos de vida!”
Parabéns também aos que a percorreram - e que de certeza neles continua viva a recordação profunda - e a todos os que anseiam fazê-la. De Norte a Sul ou de Sul a Norte. Num dia ou em vários dias (quantos mais melhores, porque assunto não faltará). Viva a Estrada Nacional 2!