Alentejo
a perder de vista A NORTE PASTAM CAVALOS NA LEZÍRIA; NO VASTO INTERIOR, A PLANURA IMENSA, SEARAS LOURAS ONDULANDO AO VENTO; NO LITORAL, PRAIAS SELVAGENS, DE UMA BELEZA AGRESTE E INEXPLORADA. É O ALENTEJO!
A
S PLANÍCIES A PERDER DE VISTA começam a desenrolar-se
VIAJAR
junto ao Tejo. A amplitude da paisagem é entrecortada por sobreiros ou oliveiras que resistem ao tempo. Aqui e ali, erguese um povoado defendido por muralhas, como Marvão e Mansaraz, ou a antiguidade de um cromeleque a recordar a magia do lugar. Nos montes, casas térreas e brancas coroam pequenas elevações, os castelos evocam lutas e conquistas, enquanto os pátios e jardins atestam influências árabes. Da bacia do Alqueva, que moldou para sempre o rosto da região, ao litoral de arribas altas e escarpadas, que escondem praias quase desertas, o Alentejo vive ao ritmo da terra. De facto, a força da terra marca o tempo e cidades como Elvas, classificada Património Mundial pela Unesco, mostram a
46
tenacidade das gentes. Talvez por isso, a cultura e a espiritualidade ganhem aqui um caráter particular.
ÉVORA É UM LIVRO DE HISTÓRIA DE ARTE PORTUGUESA. Para a visitar, a melhor forma de o fazer é a pé, percorrendo as ruas estreitas, de casas brancas, para se ir descobrindo os monumentos e os pormenores que revelam a história de Évora e a riqueza do seu património. Pelo seu ambiente tranquilo e acolhedor, vai ser fácil perceber porque é que esta cidade, que teve origem na época romana, foi escolhida pelos reis de Portugal no século XV para viver, facto que contribuiu para o desenvolvimento e importância cultural que teve nos séculos seguintes. Na verdade, foi a sua longa história e o
facto de se ter preservado um conjunto urbano representativodos séculos XVI a XVIII que levou a UNESCO a classificar Évora como Património Mundial. Para começar, a Praça do Giraldo: é o coração da cidade e um ponto de encontro por excelência, com cafés, esplanadas, lojas e o posto de turismo. Num dos extremos, fica a Igreja de Santo Antão e o chafariz de mármore com 8 bicas, representando as 8 ruas que aí vão dar.
EM SEGUIDA, ADMIRE O TEMPLO DE DIANA e as termas romanas, as muralhas medievais, a Sé, a Igreja da Graça e a Igreja de São Francisco, com a sua curiosa Capela dos Ossos. Se tiver tempo, não deixe de incluir o Museu de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida, e a antiga Universidade, fundada no
V