COACHING DE TRANSIÇÃO
CRENÇAS INTERNAS
PODER DAS EMOÇÕES
O coaching muda o cérebro? O suporte da neurociência do coaching Coaching e metacognição A ciência por trás das mudanças ‘mágicas’ Hackeando o cérebro
VOLUME 12 EDIÇÃO 4 DEZEMBRO 2014
Revista Choice
Índice 09 Livros da choice Terapia aperfeiçoada para coaches Por Kat Knecht
10 Ferramentas de coaching Caminhos criativos e inovadores para avivar e renovar seu negócio de coaching Por Sandra de Freitas e Marcy Nelson-Garrison
12 Situação de rigidez Orientação especializada sobre questões críticas do coaching Por Victoria Trabosh, Craig Carr e Carol Adrienne
14 Perspectiva 7 hábito de coaches de grande sucesso Por Sandra de Freitas
28 Feature Coaching & metacognição Por Brenda Corbett e Justin Kennedy
30 Feature Hackeando o cérebro Por Robert Holmes
32 Feature As mudanças verdadeiras chegaram Por Kate Michels
34 Impacto Pisar fora Por Jeffrey e Mickie
36 ICF Global Conference Destaques da convenção Por Kanu Kogod
42 Artigos Artigos brasileiros Por Eva H. Pontes, Mônica Valente, Jaqueline Weigel e Melina Kunifas
47 Palavra nal A mudança da mente Por Jorge Oliveira
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VOLUME 12 EDIÇÃO 3
16 Perspectiva O que está submerso Por Lion Goodman
18 Liderança Corporativa Navegando pelo campo minado emocional Por Marcia Reynolds
20 Feature O coaching muda o cérebro? Por Barbara Appelbaum
23 Feature A neurociência do rumor Por Ann Betz
25 Feature A tríade Por Vikki Brock
Pensamentos da choice
Garry Schleifer PCC, CMC, CEO, Editor
Conforme nossa população envelhece, o medo da capacidade cognitiva aumenta. Pessoalmente, eu ainda não tenho esse medo, mas certamente estou consciente sobre a possibilidade. E por isso me dediquei a aprender piano no ano passado. É sabido que aprender um idioma ou aprender a tocar um instrumento é um dos caminhos que retarda a deteriorização do cérebro. Na verdade, atividades como estas não apenas aumentam as funções cerebrais mas também evitam a doença de Alzheimer. Meu marido, Patrick, começou a tocar piano há dez anos. O bônus deste aprendizado com nossa professora, June Caskey, é que ela também é uma aprendiz da neurociência e sua relação
com o ensino e a música. Tanto que publicamos nesta edição um artigo sobre o que ela escreveu a respeito de suas descobertas. Não é surpresa que o cérebro tem a capacidade de adaptação. Nesta edição vamos ver que o cérebro é completamente mutável e até mesmo maleável. E como coaches aprendemos como podemos ajudar o cliente a “mudar seu cérebro”! Que grande benefício do coaching! Um benefício que sem dúvida nos ajuda a comercializar nossos serviços e a criar um impacto significante para nossos clientes. Esta edição nos ajuda a compreender o cérebro, como ele funciona, e como coaches o que podemos fazer para ajudar
nossos clientes através do trabalho que fazemos. O que me diverte nesta edição, é que podemos abordar abertamente um aspecto do coaching com o qual estamos há muito tempo associados, mas que agora tem suporte da perspectiva muito prática da neurociência. O meu maior aprendizado desta edição: mude seu comportamento, mude seu cérebro. Isto aqui é para seu cérebro! Boa leitura!
Janet Lees, B. Journ. Editora
Neurociência é um tópico fascinante por si só, e mais ainda, tendo em conta a crença científica que dá para a profissão e prática do coaching. Nesta edição, exploramos as maravilhas do cérebro e como o coaching está se estabelecendo para ser uma ferramenta valiosa para mudar nossos cérebros para melhor. Nossa matéria de abertura, por Barbara Appelbaum, pergunta, “o coaching muda o cérebro?” e responde com um “sim!”, mostrando que mudar nosso pensamento modifica o cérebro, e como o coaching pode ajudar. A seguir, Ann Betz explica como a neurociência torna o ‘rumor' do coaching verdadeiro. Como Ann diz, “não há ‘rumor'. Existe apenas ciência’’. No
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terceiro artigo, Vikki Brock explora a relação entre nossos três ‘cérebros': cabeça, coração e intuição, e como o coaching pode lidar com os três. A quarta matéria, por Brenda Corbett e Justin Kennedy mostra como a pesquisa apresenta argumentos para um casamento entre a neurociência e o coaching, seguido pelo artigo do Robert Holmes que explica por que o coaching é tão eficaz na mudança do cérebro. E, na matéria final, Kate Michels explora a ciência por trás dessas mudanças ‘mágicas'. Muitas das nossas colunas e departamentos desta edição, também tratam de forma direta ou indireta sobre o nosso tema: a mudança do cérebro através do
coaching. Porque, no final, isso é o que coaching significa. Então, da próxima vez que alguém perguntar a você o que você faz, como vai responder? Talvez, depois de ler esta edição da choice você tenha uma resposta nova e empolgante. Boa leitura!
Pensamentos da choice
Jaqueline Weigel Diretora executiva da choice Brasil
Edição especial de final de ano. Além do tema principal, amplamente discutido em todos os continentes, temos as primeiras notícias sobre a ICF Global Conference, realizada no Rio de Janeiro, nos dias 14 e 15 de novembro. Momento muito importante para o coaching no Brasil. A ICF, presente em 113 países, é uma entidade sem fins lucrativos reconhecida no mundo inteiro pela seriedade e por zelar por altos padrões de qualidade na formação e na atuação de coaches profissionais ao redor do mundo.
No evento, a presença maciça de pessoas significativas e reconhecidas do coaching brasileiro. Escolas, interessados, coaches profissionais e representantes das áreas de Recursos Humanos estiveram reunidos discutindo e aprendendo sobre coaching e assuntos relacionados. O coaching vem abrindo os braços no Brasil, expandindo-se rapidamente e alavancando esta indústria como uma das mais prósperas do momento. Nesta edição, a relação entre o coaching
e a neurociência. Assunto polêmico, mas cada vez mais em pauta pelo mundo. O cérebro pode mudar através do coaching? Cientistas importantes trazem informações relevantes nesta área, e a choice não poderia deixar de explorar o tema. Nos vemos em 2015 com muito mais sobre o coaching no Brasil e no mundo. Boa leitura e boas festas.
Colaboradores Departamentos Carol Adrienne
Kat Knecht
PHD, é autora internacionalmente reconhecida, conselheira intuitiva e coach pessoal, cujos livros já foram traduzidos para mais de 15 idiomas. Atuando como mestre em numerologia, líder de workshop, e coach pessoal, já ajudou milhares de pessoas a eliminar seus paradigmas negativos, lhes oferecendo ferramentas para construir a vida que eles desejam ter. carol22@sonic.net www.caroladrienne.com
CPCC, PCC, é coach de relacionamentos, encontros e amor. Junto com seu marido, Curtis, é co-fundadora da Relationship Coaching Connection. Seu programa, The Art and Science Romance, ajuda centenas de mulheres a encontrar a vida romântica que desejam. O Círculo de Coaching semanal que ela coordena, ajuda mulheres a melhorar o relacionamento que elas já possuem, encontrarem o amor de suas vidas através do aprendizado de como praticar amor próprio e como usar seu poder pessoal de forma positiva. kat@relationshipcoaching.com www.relationshipcoaching.com
June Caskey Começou a lecionar piano aos quatorze. Sua paixão por ensinar direcionou ao estudo da psicologia e desenvolvimento humano, proporcionando um profundo entendimento dos links entre o ensino e o coaching, e como usá-los ecazmente. Foi presidente do Hamilton Branch do Ontario Registered Music Teachers' Association e fundadora de The Caskey School of Music em Hamilton. Em 2000, entrou para McMaster Alumni por suas notáveis contribuições para a vida musical de Hamilton. junecaskey@gmail.com
Craig Carr PCC, CPCC, tem atuado como terapeuta, Doutor em Medicina Chinesa e membro sênior no Coaches Training Institute. Sua vasta clientela de coaching pessoal inclui empreendedores, investidores, executivos, coaches e artistas. Ele é co-autor de The New Client Guidebook to Professional Coaching e Danger, Sex and Magic: Life Beyond the Forbidden and Taboo. craigcarr@dsmlifetrainings www.dangersexmagic.com
Sandra de Freitas É coach em tecnologia de ponta, palestrante, treinadora e expert em tecnologia da internet. Ela é fundadora da Tech Coach For Coaches e autora de Does this Blogsite Make my Walt Look Fat? www.wordpressblogsites.com
Victoria Trabosh É coach executiva, palestrante internacional e autora do livro Dead Rita’s Wisdom. É coantriã do programa de áudio semanal, Smart Women Talk Radio. Além de atuar em coaching e fazer palestras, ela co-fundou a Itafari Foundation, em 2005 - organização sem ns lucrativos para mudar e dar suporte ao país de Rwanda. Em 2006, teve a honra de palestrar nas Nações Unidas. Vicky@victoriatrabosch.com
Marcy Nelson-Garrison MA, LP, CPCC, atua desenvolvendo produtos e é fundadora do Coaching Toys, uma loja online de brinquedos e ferramentas criativas para desenvolvimento pessoal. Marcy ajuda conselheiros, consultores e coaches a alavancar sua própria criatividade visando impacto e benefícios maiores. Seus produtos incluem: Q? Basics, OpenEnded Questions for Coaching Mastery; The Produc Planner; e Passion to Product. marcy@coachingtoys.com www.ProductMentorCoaching.com
Colunas Chid Mohammed Abolohom É coach pessoal e de negócios no Yemen, que leva seus clientes para uma viagem de autodescobrimento além dos horizontes para um lugar de graças, momentos e abundância. Sua denição de coaching é vibrar e disparar para o alto. Ghid divide seu tempo entre o Yemen e Paris. Sua visão é levar o coaching para esta parte do mundo. ghid@gmacoaching.com www.gmacoaching.com
Lion Goodman É CEO do Luminary Leadership Institute, fundador do ClearYourBeliefs.com, e criador do The BeliefCloset Process, que ele ensinou a centenas de coaches, terapeutas e agentes de mudança no mundo todo. Ele recebeu seu siploma B.A. em Consciousness Studies em 1975, e passou 25 anos no coaching executivo e buscando executivos. Sua empresa, The Goodman Group, atuou em mais de 250 corporações durante esses 20 anos de no negócio. lion@luminaryleadership.net www.luminaryleadership.net
Reportagens Jeffrey Jans
Viccky Brock
Elaborou programas de treinamento e coaching para organizações de médio e grande porte, com ou sem ns lucrativos, desde 1979. Quando se aposentou em 2009 da Sprint Nextel, ele e sua esposa, Mickie Schroeder, descobriram em primeira mão a falta (mais escassez) de coaching não nanceiro para aposentados. Foi assim que nasceu o BOOMERangs Circle Back to Your Dreams. Foi gerente de programa e co-criou programas de treinamento de gestão e liderança para 10 grandes empresas. Cada programa tinha um componente de coaching para gerentes e RH usarem com seus estagiários.
PhD, EMBA, MCC, trabalha com práticas particulares como coach de liderança executiva. É mentora de coaches desde 1995, seguindo uma carreira corporativa de 21 anos. Dene coaching como ‘‘crescimento da consciência, de modo que as pessoas estão em nível de escolha consciente’’. Durante seu ensino na universidade, escreveu e palestrou internacionalmente. O ‘‘ponto ideal’’ de Vikki é provocar respeitosamente os indivíduos a elevarem a liderança deles ao próximo nível. É a primeira especialista no assunto sobre a história do coaching. Em maio de 2012, Vikki publicou a Sourcebook of Coaching History. coach@vikkibrock.com www.vikkibrock.com
jeff@boomerangsretirementcoach.com www.boomerangsretirementcoach.com
Lisa Murrell É sócia fundadora do MetaSystem Consulting Group, uma empresa de consultoria e coaching que começou em Paris há 25 anos atrás, e fundadora da Equine Alchemy, uma abordagem pioneira para liderança, coaching e treinamento de coach através de aprendizado experimental com cavalos. Passou os últimos 15 anos trabalhando de modo geral para ajudar clientes a alcançarem resultados transformacionais nas áreas de desenvolvimento organizacional e coaching de equipe e executivo. Ela é PCC e oferece programa de treinamento de coach certicado pela ICF. lisa@metacg.com metacg.com | equinealchemy.com
Marcia Reynolds Trabalha com organizações pelo mundo oferecendo coaching executivo e treinamento de liderança. Sua paixão é fazer com que líderes mudem de conversas comerciais para conversas transformacionais para o trabalho ter signicado para todos. É presidente eleita The Asso-ciation for Coach Training Organizations. Membro fundadora da ICF e é a quinta presidente geral. Possui doutarado em psicologia organizacional. Escreveu três livros, incluindo o último: The Discomfort Zone: How Leaders Turn Difcult Conversations into Breakthroughs. marcia@outsmartybrain.com outsmartybrain.com
Mickie Schroeder É uma coach de vida aposentada que, junto com seu marido, Jeffrey Jans, são proprietários da “BOOMERangs … Circle Back to Your Dreams”. É também coach de liderança executiva há mais de 20 anos. Como coach de vida na aposentadoria, ela dá suporte individual e também a casais que escolhem viver com propósito e entusiasmo. mickie@boomberangsretirementcoach.com www.boomberangsretirementcoach.com
Barbara B. Appelbaum É oradora, escritora, consultora e coach de bemestar certicada, e com conhecimento em primeira mão, competência e compaixão, ajuda prossionais motivados a impedir doenças relacionadas a idade e aprender estar presentes, com propósito e bem. Bárbara é membro reconhecido da ICF e da AADP. barb@appelbaumwellness.com appelbaumwellness.com
Ann Betz É co-fundadora da BEabove Leadership, treinadora e palestrante internacional na interseção da neurociência, coaching e transformação humana. Co-desenvolveu e liderou o programa de treinamento popular da BEabove Leadership para coaches de nível avançado, neurociência, consciência e coaching transformacional. Coach prossional habilitada há 12 anos, Ann é autora do pioneiro livro branco sobre coaching e pesquisa sobre o cérebro. ann.betz@gmail.com www.beaboveleadership.com
Robert Holmes Th.D, PCC, B.Fac., B.Comm, P.G.Dip.Acc., M,Div CALC (WIAL), AIMC, CSP, é especialista na ciência do comportamento e desempenho humano. Ele é coach de desempenho na Frazer Holmes Coaching, um coaching de boutique e empresa de treinamento de coach. Robert é um jornalista internacional e autor de seis livros sobre liderança, coaching, negócios, cção e teologia. robert@frazerholmes.com www.frazerholmes.com
Colaboradores
choice A revista do profissional de coaching
EDITOR & CEO Garry T. Schleifer - PCC, CMC
Brenda Cobett É fundadora do Sherpa Coaching, autora do processo de treinamento do Sherpa e pedagoga para orientar Sherpa na Universidade de Georgia e qualquer outro lugar. Junto com Judith Colemon, escreveu o livro The Sherpa Guide: ProcessDriven Executive Coaching, que oferece clara metodologia e padrões para um setor que cresce rapidamente. A certicação do Sherpa é a única aprovada por várias universidades. É coach para nível CEO nas empreas do Fortune 500, aplicando o processo Sherpa para coaching executivo. kc@sherpacoaching.com www.sherpacoaching.com
Justin Kennedy É coach reconhecido do Sherpa e CEO do Sherpa Coaching Africa. Ele oferece coaching individual, em equipe e programas de liderança individual. Ele também treina e habilita coaches executivos na África do Sul e está criando programas de formação em torno das pesquisas de marketing do Sherpa e textos da universidade. Dr. Kennedy viajou para os Estados Unidos para receber sua certicação como Sherpa Coach. Estudou pessoalmente com autores do processo do Sherpa. É Reitor da Switzerland's Monarch Business School e serve no Neuroscience Research Management Committee da Universidade de Pretoria na South Africa. www.sherpacoaching.com www.sherpacoaching.co.za
Kate Michels É CEO do Core Alignment Coaching e fundadora do Emotional Wisdom Training. Ela é especialista em alinhamento interno em YourTango, antreã do programa I Heart, treinadora transformacional, autora do best-seller, Insight Speaker Of the Year 2013, coach habilitada de sonho, coach com foco em solução e coach Life Blue Print. corealignment@gmail.com katemichels.com
DIRETOR DE OPERAÇÕES Jenna Burrow EDITOR DE GESTÃO Janet Lees REVISOR Ally Gaynor DIRETOR DE ARTE Michele Singh GERENTE DE PRODUÇÃO Jenna Burrow DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS Garry T. Schleifer PARCEIRO E GERENTE DE RELACIONAMENTO Kim George ATENDIMENTO AO CLIENTE, COMUNICAÇÃO E WEB Monica Lambert - CPC Portable Associate CONSELHO EDITORIAL Carol Adrienne Terl-E Belf Laura Berman Fortgang Rich Fettke C. J. Hayden Dorcas Kelley Pamela Richarde Phil Sandahl Iyanla Vanzant Escritório brasileiro: Rua Borges de Medeiros, 534 - 201 Santa Cruz do Sul, RS - CEP: 96810-034 Telefone: 11 3037 7218 | 51 3902 0843 Os pontos de vista apresentados nesta edição não são necessariamente os da choice. Todos os direitos reservados. A reprodução total ou parcial sem permissão é proibida. On line Dezembro 2014 choice é publicada trimestralmente por $19,95 anuais por choice Magazine Inc., 2285 Lakeshore Blvd. West, Suite 807, Toronto, ON, Canada M8V 3X9.
EQUIPE BRASIL DIREÇÃO EXECUTIVA Jaqueline Weigel ATENDIMENTO Francine Hermes TRADUÇÃO Silvia Pilagallo DIAGRAMAÇÃO Vívian Porto Ataíde
Livros da choice
Terapia aperfeiçoada para coaches Por Kat Knecht - CPCC, PCC Tenho que admitir que terminei esta resenha de livro com algo bem diferente do que imaginei inicialmente. Tenho ouvido falar sobre o campo da neurociência e como ele há muito tempo se cruza com o coaching. Uma colega minha, Ann Betz, é uma especialista nesse campo e tem compartilhado comigo informações úteis e incríveis ao longo dos anos. Entretanto, ela não tem um livro sobre o assunto para me indicar para ser compartilhado com os leitores da Revista choice. Encontrei um autor no Amazon, David Rock, que escreveu muitos livros (alguns específicos para coaches), mas escolhi outro livro porque este foi escrito por um homem que talvez seja o especialista número um na área explorada nesta edição da revista. Preparei esse contexto de modo que o título não o desencoraje imediatamente: The Mindful Therapist, de Daniel Siegel. Sim, eu sei que você provavelmente não é um terapeuta, mas leve em consideração que este livro explora o cérebro e como ele funciona. Foi escrito para profissionais que querem ajudar pessoas em grande escala. Traz também exemplos maravilhosos de como usar essa informação no coaching, embora aquela palavra não seja realmente usada. O livro é dividido em capítulos que descrevem áreas distintas onde você pode compreender como nossas mentes e cérebros trabalham em relação aos outros para produzir resultados específicos.
2. Sintonização: uma vez que sintonizo com a mente de outra pessoa nessa conversa, estou aberto para os sinais neurais que são enviados, sem ser influenciado pelos meus próprios preconceitos, premissas ou ideias pré-concebidos. Eu me conecto com o outro. 3. Ressonância: uma vez que nos alinhamos e nos conectamos uns com os outros nessa conversa, criamos aquele espaço corajoso e seguro no qual cada um “sente e é sentido” pelo outro e a transformação se torna possível. Nos conectamos uns com os outros. 4. Confiança: com a ressonância acontecendo, nossos caminhos neurais criam um estado de abertura e confiança que são os ingredientes da estimulação do cérebro e crescimento. Agora podemos aprender e crescer nesta conversa. 5. Verdade: neste momento, nosso cérebro se abre para a verdade do que é, “as coisas como elas são” nas nossas memórias, percepções, aspirações e desejos. Falar a verdade permite o começo de mudanças profundas e duradouras. Este é o coração do coaching. Depois pule para o capítulo 13: transformação. Este capítulo revela nove domínios do processo integrado transformativo que governa a mudança duradoura no funcionamento geral da nossa mente, cérebro e relações. Se isto não é coaching, então estou escrevendo para a revista errada.
Apenas dar uma olhada nos títulos dos capítulos isoladamente e na sequência em particular que ele os colocou permite que minha mente relaxe! Veja o impacto que eles tem em sua mente:
Cada um destes capítulos (e os que citei nesta pequena resenha) contem um grande tesouro de informações para coaches. Existem histórias, gráficos e explicações profundas de como o cérebro trabalha. Eu o achei fascinante apesar de ser um pouco mais científico do que a minha leitura habitual.
1. Presença: baseado plenamente em mim mesmo, eu me torno aberto e disponível para participar da conversa de coaching que é revelada aqui e agora. Estou presente.
Em muitos capítulos, o autor tem uma seção chamada ‘Básicos do Cérebro'. Agradeço muito! Em cada um, ele apresenta insights claros sobre a neurociência que fazem sentido para mim (embora,
novamente, a linguagem pese mais para o lado científico). Mais no final do livro, tem um capítulo com o título ‘treinamento’. Este capítulo aborda como podemos treinar a nós mesmos para controlar o fluxo de energia e informação dentro das mentes e entre elas. Isto é para mim, a “consciência” no título do livro, que está no coração da mensagem de Siegel. Existe uma consciência que podemos desenvolver que vai nos ajudar a permanecer presentes em nossas vidas e nas vidas das pessoas que amamos. Um dos meus pontos favoritos sobre o autor é a autenticidade com a qual ele transmite tanta sabedoria. Realmente acredito que passei a compreender mais sobre como o cérebro trabalha e como posso incluir esse conhecimento no meu coaching simplesmente a partir de ‘como’ Siegel escreve e também com o que ele tem a dizer.
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Ferramentas de coaching
Caminhos criativos e inovadores para avivar e renovar seu negócio de coaching Novidades para 2014
Por Sandra Freitas
17 Hats Acabe com o caos do seu negócio com um serviço brilhante. Uma vez dono de seu negócio, você deve administrar clientes, faturas, orçamentos, contratos, projetos e mais. O pessoal do 17Hats ajuda a conquistar um cliente em potencial no seu site e a direcionar ele para o processo de venda automático. O cliente em potencial, ou contato, começa preenchendo qualquer questionário que você criar para ele junto com dúvidas que ele possa ter. E é alertado para agendar um contato com você. Depois desse contato você pode enviar um ou mais pacotes ou um orçamento. Quando ele estiver pronto pode assinar um contrato online, depois paga a fatura imediatamente. É um processo automatizado perfeito que não somente elimina o trabalho manual que você tem que fazer, mas também elimina a necessidade de sistemas múltiplos. Tudo o que você precisa é o 17Hats e um sistema de pagamento PayPal ou Stripe (veja abaixo). 17Hats é seu sistema CRM todos em um que inclui rastreamento de tempo, contabilização, formulários, calendário, contratos, e-mails, gestão de projetos, listas para fazer e mais. Este sistema economiza seu tempo e dinheiro, e mantém você no caminho para acompanhar seus contatos e gerar mais vendas.
Planos a partir de $19 por mês, o que é bem menos do que você pagaria por sistemas de contratos separados, sistemas de programação de contato e sistemas de faturamento.
Stripe Por Sandra Freitas Se você está usando uma conta corrente para pagamentos, você deve considerar
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uma nova solução, o Stripe. Por que? Para começar não há tarifa de instalação e nem taxas mensais (taxas mensais geralmente variam de $40-$50 por mês). Além disso, as tarifas do Stripe para transações são de 2,9% acrescidas de 30 centavos. Contas correntes tendem a taxar muito mais e algumas até cobram taxa para depositar dinheiro em sua conta. O Stripe não.
Stripe integra com aplicações variadas para você poder aceitar e administrar pagamentos de dentro dele como sistemas de e-commerce tipo UltraCart, faturamento e sistemas de contabilidade como FreshBooks, ferramentas para criar formulários como Typeform, livro e sistemas de emissão de bilhete, sistema de captação de recursos, leitores de cartão portáteis, sistemas POS, oferta de sistemas de certificados e aplicativos de site para associados como o popular plugin WishList Member do WordPress.
duas irmãs – uma artista e a outra coach de vida. As várias “Mood Ladies” são pintadas em um ampla gama de estilos e cada uma evoca um tom emocional ou uma qualidade. No verso de cada carta está um conceito, uma descrição de um conceito e uma jornada (coaching) de perguntas. Conceitos como ousadia, criatividade, ação incentivada energeticamente, experiência, celebração e escolha criam aberturas poderosas para uma conversa de coaching. Acabei de puxar a carta “ação incentivada energeticamente”. A imagem mostra uma mulher dançando com entusiasmo e a descrição fala sobre ação incentivada energeticamente como um tipo de ação sem esforço, aquela sensação de estar impulsionada vs. empurrada.
O Stripe está disponível para quem mora na Austrália, US, Canadá,UK e Irlanda, e muitos outros países estão em teste de beta agora. Se você vive em algum destes países pode aceitar pagamentos de consumidores de qualquer parte do mundo. Faturamento periódico é um aspecto que muitos coaches vão adorar. Você pode usá-lo para faturar automaticamente clientes usuais anuais, mensais, semanais ou criar seu próprio intervalo de faturamento personalizado. Ofereça acordos especiais para seus clientes ou indicações deles conforme a disponibilidade deles.
The Mood Lady Cards Por Marcy Nelson-Garrison As cartas de baralho Mood Lady são uma colaboração colorida e peculiar entre
As cartas de baralho Mood Lady são ferramentas perfeitas para você introduzir para a clientela feminina. As imagens são simples para todo mundo poder relatar sobre. Você pode puxar uma carta para determinar intenção, para uma dose de inspiração, para um diário imediato ou para explorar uma perspectiva. Elas
Ferramentas de coaching
seriam um grande presente para o cliente – melhor ainda, usá-las para criar um ritual nas sessões do seu cliente, começando ou finalizando com uma carta. Para aqueles que trabalham principalmente com mulheres, esta é uma adição única e criativa para seu kit de ferramentas .
de alternativas para incrementar e combinar as cartas para exploração adicional. Felizmente, o refil dos modelos estão disponíveis - e você vai querer eles!
partir do sistema.
Você e seus clientes participam de uma jornada incrível com Journey Circles™ Kit de Mapeamento Criativo.
Journey Circles Por Marcy Nelson-Garrison - MA, LP e CPCC Colagem é há tempos uma ferramenta poderosa para visão, autoexploração e expressão pessoal. Cat Caracelo leva isso a um novo e inteiro nível com Journey Circles™ Kit de Mapeamento Criativo . Se você gosta de ir a fundo no seu coaching ou orientar workshops transformacionais, você vai adorar essa ferramenta. Cat domina a narrativa visual, arquétipos e símbolos para aplicação em processos transformacionais. Enquanto o kit é enganosamente simples, os processos delineados no livro-guia podem abrir portas para resultados significativos. O kit é feito de modelos de vários tamanhos para colagem que se tornam a sua tela para expressões visuais. Cada forma de modelo tem uma energia única para ele e um processo guia de acompanhamento. The Spiral Path Cards convida você a compartilhar suas histórias. The Seven Transformation Cards permite a você, explorar princípios como ‘verdade autêntica, mistério e poder sagrado’. The Spectrum Cards é um convite para você ‘desembalar' sua história e explorar temas de sombra e luz. The Compass Cards representam símbolos ou pontos de foco com significado que ajudam você a encontrar o seu caminho. Você provavelmente já deve ter sentido que conforme você trabalha cada um desses processos surgem as oportunidades para um coaching poderoso. Além do processo básico para cada modelo, Cat oferece grande quantidade
RelateWays Por Marcy Nelson-Garrison - MA, LP e CPCC Há uma novidade para o engajamento coach / cliente com base na nuvem chamada RelateWays. É muito fácil de usar, vai aumentar seu profissionalismo e tem o poder de mudar as culturas do local de trabalho. Quando os clientes configuram uma conta, é solicitado que eles identifiquem três pontos fortes e duas áreas de foco. Assim, eles vão receber uma solicitação para nomear os objetivos e passos de ação, identificar onde eles estão em relação ao objetivo, acessar várias questões conscientes de coaching e agendar um horário com você. Há uma seção chamada ‘notas’ (anotações) para um diário particular e um lugar para acessar links de chamadas gravadas de coaching com base nas conversas.
O que é realmente interessante nesse programa é que ele pode simplesmente trabalhar de uma forma doce para um coach de vida e um cliente, da mesma forma que o faz para um coach que desponta internamente de um colega de trabalho, de um gerente ou um relato direto. A abordagem de coach baseada em pontos fortes integrada no sistema, permite ao usuário de ‘coach' dar suporte na mudança, na melhora de desempenho e na implementação de aprendizado sem treinamento na íntegra como um coach. Imagine embalar o RelateWays com um treino corporativo e / ou pacote de coaching executivo para ajudar a implementar o aprendizado por toda a organização. Isto é estimulante! Um grande caminho para levar o coaching para um público maior.
Como coach, você pode personalizar a lista de pontos fortes e as áreas de foco que são mais importantes para fins de marcação. Você pode estabelecer seu horário, traçar o progresso de seus clientes, rever as sessões passadas, manter o caminho de suas anotações das sessões e enviar e-mail para seu cliente a
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Situações de rigidez
Meu cliente desistiu do objetivo assumido
A situação: “Eu me deparo com uma questão recorrente com os clientes. O exemplo mais recente é um cliente que alcança o topo no que se refere à conquista que está sempre próxima de seus objetivos indicados. Em determinado ponto crítico, ele parece desistir e entrar em um ‘não está bom o suficiente', ‘isto sempre acontece comigo', síndrome do ‘por que se preocupar'. Dá a impressão de que ele mesmo sabota seu caminho para ser o número um, ou acaba na segunda posição ou é excluído da organização pelas pessoas que o cercam. Como posso ajudá-lo a quebrar esse padrão?”
Por Craig Carr - PCC e CPCC Toda pessoa que é autoconsciente em algum momento vai perceber que temas recorrentes, ou padrões se tornam uma característica proeminente da vida. O que você descreve do seu cliente é o auge de um padrão que é reconhecido, no seu impacto abrangente e de uma forma preocupante, pode se sentir persistente e inevitável. Em resposta a sua situação de rigidez levarei em conta uma ‘meta-perspectiva' sobre o fenômeno dos padrões, e acredite, você pode tirar coisas daqui. A primeira é que se você olhar mais de perto para os padrões vai perceber que obstáculos, problemas e sintomas que se repetem, aumentam sua intensidade com o tempo. Isto pode ser uma boa e uma má notícia. A intensificação de um padrão com o passar do tempo é um gesto benéfico do nosso profundo ‘eu’, do equilíbrio de alguma questão pendente que ainda não encontrou. Criar circunstâncias que são capazes de expor isso que está incompleto, é a característica da viagem da alma e a sensação de “isso sempre acontece comigo”. Por exemplo: pode ser apenas um sinal de que há algo importante para se analisar. Simultaneamente, também pode ser a forma do cliente resistir à mudança através de
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métodos provados e verdadeiros, usa um ‘muito simples', e garante involuntariamente que mais tarde o padrão retorne como novo curativo. O que você também pode estar detectando no perigo da intensificação, é que padrões decorrentes é a forma criativa e intencional na qual eles aparecem de forma inesperada. Bons coaches estão alerta para padrões e diretamente – e com coragem – trazem eles para a atenção do cliente assim que possível e da forma mais clara. A abordagem de padrões que sabotam caem em duas opções gerais. Uma é entrar no padrão com o cliente, outra é se afastar do padrão. Se afastar de um padrão é facilitado pelas habilidades que um coach treinado traz em sua caixa de ferramentas de base. Por exemplo, você nomeia (identifica) padrões e determina estruturas para desenvolver novos hábitos que combatam comportamentos antigos; você reconhece vitórias, valores e poder pessoal e constrói a partir daí; você tem responsabilidade durante o progresso; você motiva, inspira, é um campeão. Você tem o plano, a visão e enxerga um lugar maior onde o cliente quer chegar. Você faz todas essas coisas e espera o melhor. Se você vê que o padrão se reafirma por si só, o que faz então? Entrar no padrão significa olhar de perto suas partes operacionais. Qual sua linguagem? De onde ele veio? O que aconteceu na história da família para que ele se formasse? Para o que não se olha – o que é tabu – que permanecendo em segredo tem o potencial de manter o padrão vivo? Esta conversa é bem pessoal e alguns coaches ficam reticentes sobre isso e veem como fora do alcance para o tipo de coaching deles. Muitos coaches de organização atingem um limite aqui porque o trabalho vai mais a fundo na história
pessoal. Se você é este coach e já esgotou seu conjunto de habilidades, indique seu cliente para alguém que vai olhar para o sistema da vida toda do cliente, enquanto mantém a integridade do paradigma do coaching. Quero enfatizar que os padrões são normais e maleáveis. Artigos sobre Neuroplasticidade nesta edição vão atestar isso. Desenvolva suas habilidades de coaching para aumentar sua confiança, para trabalhar com o sistema todo da vida de seu cliente, e veja a satisfação deles com seu crescimento no coaching.
Por Carol Adrienne - PhD No coaching, tentamos identificar o assunto subjacente de um problema – se é uma crença defeituosa ou atitudes e comportamentos negativos. Nos esforçamos para ‘solucionar o problema'. Os clientes nos procuram com histórias carregadas de problemas. Nosso objetivo é abrir espaço e dar suporte a eles na recriação e vivência de histórias mais satisfatórias. Nosso papel não é fornecer respostas, mas fazer perguntas, permitindo que ele faça uma reflexão sobre si mesmo, suas atividades e relacionamentos que vão além da história carregada de problema. Comece desconstruíndo a história, talvez com uma questão como: “Uma vez que
Situações de rigidez
você começa a buscar um objetivo, parece que você atinge um ponto onde algo puxa você para trás, chamando toda sua atenção ou esforço. Gostaria de saber se você pode pensar lá atrás em qualquer ideia ou ponto específico que de alguma forma puxa você ao passado”. Se ele responder, explore as ideias em relação ao passado dele (e.g., ‘‘a ideia parece vir de alguém da sua família ou é uma forma que usaram para falar com você?’’). Pergunte, “gostaria de saber qual dessas ideias afeta outras áreas da sua vida?”, “existe uma possibilidade de que você possa sentir alívio quando algo não funciona, por mais estranho que possa parecer logicamente?”, “o que está em segundo lugar, em vez de primeiro, que permite você ter ou fazer?”, “qual é a sua crença sobre o que parece ser responsável por um negócio e para ser admirado como um líder?” As reflexões permitem que ele enxergue padrões e conexões. Entretanto, recriar começa quando ele encontra momentos na vida quando as coisas aconteceram bem para ele (encontrar um resultado único positivo, fora da história carregada de problema). Pergunte: “você acha que se fosse capaz de olhar para trás no tempo, teria lá acontecido um tipo de evento que faria você pensar que foi bom o suficiente?” Depois de uma discussão sobre essas linhas, pergunte: “o que você pensa que isto significa para você, para saber se você tem algumas qualidades únicas que realmente se apresentam quando precisa delas?”, “o que isto revela sobre o que você valoriza e quem você é que realizou isto?” Nomeie o problema e a nova direção, para que no futuro possa perguntar, “isso se alinha com a ‘voz que diz, eu sempre perco’ ou com sua parte ‘que coloca as coisas em prática'?”. Essa bifurcação ajuda ele a perceber que tem escolhas, e
que não é apenas vítima de um padrão interno. Reforce perguntado na próxima sessão de coaching, “falamos muito sobre suas habilidades para colocar as coisas em prática na última sessão, existe alguma coisa que você enxerga que poderia fazer desde a nossa última conversa?”. Frequentemente, novos comportamentos se desenvolvem naturalmente, com mais reconhecimento de uma nova história emergindo.
Por Victoria Trabosh - CDC Este assunto é, algumas vezes, descrito como o impostor da síndrome da fraude. Na verdade foi pesquisado nos anos 80, quando se estimou que, duas em cada cinco pessoas de sucesso, se consideravam fraudes. Outros estudos, descobriram que 70% de todas as pessoas se sentem como impostoras em algum momento da vida. Eu começaria perguntando se isso ressona nele? Ele já se considerou uma fraude? Conforme relatado em News.com em 30 de dezembro de 2013, entre as pessoas conhecidas que tenham supostamente experimentado a síndrome estão o roteirista Chuck Lorre, a líder de negócios Sheryl Sandburg e Sonia Sotomayor do Supremo Tribunal da Justiça dos EU, para citar alguns. Pense no quanto isso faz sentido. Muitos de nós atingimos um nível de sucesso e depois paramos de acreditar que é possível ir além. Talvez o seu cliente saiba que é capaz mas está pouco disposto a terminar a corrida onde, com frequência, existe um esforço adicional para o ganho do primeiro vs o segundo. Ele pode não acreditar que é possível realizar os passos finais e é fácil parar.
pensamentos negativos ou destrutivos. Por exemplo, ele pode acreditar que um erro único reflete nas suas habilidades em geral. Faça o coaching com ele para que ele perceba que algumas vezes ele ganha, e algumas vezes ele aprende. Ele envolve você no sucesso dele ou espera para dizer quando está tudo terminado próximo ao objetivo maior? Como ele quer celebrar? O que ele aprendeu observando o passado ‘em segundo lugar'? Ele facilmente atinge o segundo lugar e depois perde interesse porque ele projeta que não se importa ou realmente ele não tem energia para tentar terminar em primeiro? Se você não tenta, você não perde. É difícil colocar 100% de seu esforço em algo e depois não ganhar 100% do prêmio. Como coach, faça ele declarar o que ele quer (para ele mesmo), compartilhar o que ele quer (com você) e depois agir (através dos processos de pensamento, ações e correções de curso). Você pode ajudá-lo a enxergar seu potencial, mas se ele não estiver disposto a declarar, compartilhar e agir, ele permanecerá a vítima das circunstâncias, das inadequações imaginárias e do fracasso para pedir ajuda. Recorde que ele está em uma boa empresa, a solução não está em anos de terapia. Tudo o que ele precisa é acreditar nele mesmo da mesma forma que os outros acreditam. Você tem as ferramentas para dar suporte a ele para cruzar a linha de chegada. Aprecie a corrida!
A técnica de coaching observa os processos de pensamento para encontrar o porque do cliente admirar o sucesso ou brilho. Ajude o cliente a compreender que certas hipóteses que ele faz se tornam
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Perspectiva
7 hábitos de coaches de grande sucesso Use a tecnologia para construir seu negócio Por Sandra de Freitas A palavra “tecnologia” assusta você? Você tem fobia da tecnologia? Com certeza não sou o primeiro a lhe dizer que, se você quer ser competitivo num mercado lotado e emergir desta multidão como um líder, precisa abraçar a tecnologia. Você não precisa aprender sobre tudo ou se tornar um nerd na ciência da computação. Abaixo tem uma lista com diferentes sistemas e ferramentas de tecnologia para você levar em consideração. Posso sugerir que você contrate uma pessoa ou equipe para delegar essa função? Deixe que os profissionais da tecnologia cuidem da tecnologia e você vai fazer o que faz melhor: o coaching! Aqui estão sete caminhos para usar a tecnologia, construir seu negócio, ser competitivo e emergir como um líder no seu mercado:
1. Tenha um blogsite
Os sites tradicionais HTML não o elimina num mundo dinâmico e competitivo. Usar um blogsite (blog + site) para promover seu negócio é o caminho mais fácil, rápido e eficaz para ter seu conteúdo publicado e visível no Google.
WordPress é o líder em software de blogsite. Contrate uma equipe para instalar ele com seu nome de domínio, tema personalizado ou com um design único criado para você, e comece adicionando páginas (e.g. sobre, serviços, contato, etc) e postagens no blog (artigos, vídeos, áudios, etc). Se você pode escrever um e-mail, você pode postar no blog do WordPress.
2. Forneça conteúdo de valor Crie e publique conteúdos que seus clientes e clientes potenciais precisam e querem ler. Quanto mais importante for, com mais frequência eles voltam ao blogsite em busca de mais, citam você e compartilham com os amigos e colegas. Formas de produzir ideias para o conteúdo do blogsite:
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ouvir os tópicos mais populares que seus clientes conversam sobre; procurar as tendências no mercado através de revistas, noticiários e novos livros; pesquisar pelos termos chave do mercado em http://news.google.com como ‘coaching corporativo', ‘tendências de negócios' e ‘lançamento de livro de negócios'. Utilize o Google Alerts (http://alerts.google.com ) e o Google lhe enviará um e-mail com as últimas descoberta de cada dia. Dica: filtre os resultados da pesquisa e administre seus alertas clicando em “mostrar opções”. Este é realmente um passo importante que muitas pessoas pulam.
Evite a ‘paralização do blog', desafiando a si mesmo criar uma lista com mais de 50 tópicos para postagens futuras. Aposto que quando você se sentar, será capaz de preencher todos os 50 pontos e como resultado você nunca ficará sem ideia para um conteúdo. Você nunca vai ficar sentado, olhando para uma tela em branco e esperando que uma ideia para o blog apareça em sua mente. Apenas
confira em sua lista um tópico para postar no futuro.
3. Alavancar seu conteúdo Uma vez que escreveu as postagens, não deixe elas paradas. Promova elas nos perfis das mídias sociais para que sua mídia social tome consciência de seu conteúdo. Você pode usar HootSuite.com para agendar as atualizações dos perfis da mídia social. Pegue uma série de postagens do blog, dê uma modificada no conteúdo e use isso como base para criar um e-book, um livro a ser publicado ou um outro produto. Compartilhe suas últimas apresentações de workshop no SlideShare.net. Este site é muito acessado por pessoas que trabalham com imagens e por pessoas que procuram oradores para falarem em suas próximas conferências.
4. Capturar contato Assim que seu site está no ar e acontecendo, é hora de começar a capturar contatos. Contatos são pessoas que estão interessadas no que você faz, e
Perspectiva
embora eles possam não comprar de você no momento, podem fazer isso mais tarde quando te conhecerem melhor e quando você tiver desenvolvido uma relação com eles. Capture esses contatos solicitando que assinem sua newsletter. Ofereça a eles um presente interessante pela assinatura da newsletter. O presente pode ser alguns capítulos do seu livro, um áudio ou vídeo de treinamento ou uma ferramenta valiosa como um checklist ou uma avaliação. Use um sistema de e-mail marketing como MailChimp ou Aweber para administrar as pessoas na sua lista, para enviar a elas o presente e enviar e-mail, semanalmente ou quinzenalmente, de sua newsletter repleta de – você adivinhou – de conteúdo valioso!
5. Rentabilizar Fazer dinheiro é a razão pela qual estamos no negócio. Caso contrário, não chamaríamos a nós mesmos de empresários, nos chamaríamos de pessoas que fazem hobby. Então, precisamos deixar claro no nosso site onde as pessoas podem comprar os produtos e / ou serviços. Minha sugestão é colocar um botão no menu de escolha “contrate nossos serviços”, “serviços”, “loja” ou “produtos”. Tente não se desgarrar destas sugestões porque essas são óbvias para seu visitante e você não perde um novo cliente ou consumidor. Uma mente confusa não é confiante o suficiente para gastar tempo e dinheiro com você.
6. Como aceitar pagamentos Aceite os pagamentos em seu site de forma fácil através da assinatura de uma conta corrente e / ou portais de pagamento. Se você é novo nisso, comece com uma conta PayPal. Demora poucos minutos para configurar e alguns dias para verificar suas informações bancárias e então eles podem enviar para você seu dinheiro. Os clientes podem pagar você
utilizando as contas PayPal deles ou cartões de crédito através do PayPal. Se você quer vender produtos digitais no seu site, como e-books, livros em PDF, audios, etc., eu gosto da combinação do Paypal com o plugin do WordPress WP eStore. Uma vez que o produto é comprado o WP eStore redireciona o comprador para a página onde ele pode fazer o download da mercadoria digital. Também vai enviar por e-mail um link de acesso da mercadoria digital que ele comprou. Se você sente que seu negócio está falindo e precisa de alguma coisa além do PayPal, você pode olhar outros sistemas. Para sistemas como IshoppingCart e InfusionSoft você vai precisar integrá-lo à sua conta corrente. Uma conta corrente é o que vai processar as informações do cartão de crédito para você, retornando com o comunicado se foi uma transação de sucesso ou não.
Soft, Ishopping Cart, Stripe e muito mais sistemas de pagamento. Isto significa que quando alguém se registra para sua classe ele pode pagar através de um destes sistemas e quando este pagamento é realizado com sucesso ele imediatamente ganha acesso ao seu conteúdo. Você escolhe se ele ganha acesso ao conteúdo do curso todo ou apenas à primeira lição. Agora que você tem os sete caminhos para utilizar a tecnologia no seu negócio, o que você tem a fazer é delegar e contratar. Uma vez que isso está resolvido, você vai ver a mudança no seu negócio e na mentalidade empresarial, e seus clientes também verão.
Existem muitas outras maneiras de aceitar pagamentos, como Square (squareup.com) para transações pessoalmente e Stripe, que se integra com mais de 200 sistemas e serviços (stripe.com/docs/integrations).
7. Ofereça coaching de grupo Programas de coaching de grupo são grandes caminhos para alavancar seu tempo e permite que aqueles que não podem pagar por um coaching pessoal possam trabalhar com você. Existem muitas ferramentas online que você pode usar para criar uma grande experiência de aprendizado para seu coaching de grupo. Minha favorita é WishList Member, um plugin do WordPress que faz do seu site do WordPress um centro de aprendizado. Adicione todos os seus componentes de treinamento (áudio, vídeo, PDFs, horários de classes, etc.) numa página do WordPress e libere para WishList para que apenas os membros registrados tenham acesso. WishList se integra com PayPal, Infusion-
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O que está submerso Como descobrir e mudar crenças internas Por Lion Goodman Sua cliente chega e imediatamente explica por que ela não fez as coisas que disse que faria durante sua última sessão. Você vê que o padrão de procrastinação dela vai, em última instância, provocar a falha do processo de coaching, como tem afetado ela durante a vida. Ela não faz o trabalho, não é capaz de experimentar o sucesso que move a vida para frente, e está prestes a abandonar o coaching, insatisfeita, se sentindo fracassada. Pior: ela pode culpar você.
A que ferramentas você recorre? Muitos coaches respondem com mais entusiasmo e encorajamento ao processo, tendo esperanças de que a cliente vai abraçar e realizar os objetivos dela. Esperança é uma grande virtude, mas é uma estratégia terrível. Raramente cria uma mudança real. Outros coaches diminuem suas expectativas e apontam para uma tarefa menor que possa completar de verdade. Talvez ela se sinta motivada para fazer mais ações. Alguns coaches recorrem a um sistema de responsabilidade, premiando o sucesso do coachee. Nenhuma destas estratégias cria muita mudança também. Existe uma outra opção: vá ao fundo da questão. Determine a causa da resistência para agir e a elimine. Quando você remove a raiz do bloqueio, o movimento para frente acontece naturalmente. A causa do nosso comportamento está na mente subconsciente, além da superfície. Aqui é onde a estrutura da personalidade foi construída, e onde você pode encontrar quase todas as causas de comportamento. Temos ensinado que este território é dos psicólogos, psicoterapeutas e profissionais da saúde mental e administrado por eles. “Focar no presente e no futuro”, nós ensinamos. “Não entre no passado – este é para a psicologia. Deixe isso para as pessoas licenciadas’’. O problema é que, a menos que pos-
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samos mudar com consciência, no nível mais fundamental, ficaremos impotentes para evocar uma mudança profunda em nosso cliente. Nos resta tentativas para administrar o comportamento vindo de fora, com planejamento, motivação e com a criação de novos hábitos – em vez de modificar internamente, onde está enraizado. Fazemos o nosso melhor, motivando nossos clientes por um tempo, mas eles voltam a seus velhos hábitos. A mudança real é rara. E ainda assim, é por isso que eles nos procuram – para uma mudança profunda e firme em que eles são e como eles aparecem nos seus mundos. Existe uma abordagem que funciona – uma que não pisa no território psicoterapêutico. É mudar as crenças de seu cliente. O termo “crença” usado aqui, não é ‘comprometimento com uma ideia', mas é a estrutura da mente humana. Crenças são os blocos da construção da personalidade - a figura que assumimos que somos, o que somos capazes de e o que
supostamente faremos. As crenças se acumulam no decorrer da vida. Elas são doutrinadas em nós, e nós formamos conclusões a partir das nossas circunstâncias. É possível mudar crenças diretamente, sem narrativas e sem psicologizar, como fazem nossos irmãos licenciados. O resultado é o mesmo que o atingido com psicoterapia de sucesso: ocorre uma mudança no ponto de vista do cliente – sua crença – sobre ele mesmo, sobre outros, ou sobre o mundo. Por exemplo, quando uma pessoa muda sua crença sobre o que eles são capazes de fazer, há uma mudança fundamental na visão deles sobre quem são e o que é possível no mundo deles. Nossas crenças agem como lentes coloridas na frente de nossos olhos, dando forma ao que podemos e não podemos ver. Elas guiam nossas reações e comportamentos automáticos com os outros. Elas moldam, em grande parte, as circunstâncias nas quais nos encontramos. Mais importante, elas criam
Perspectiva
nossas limitações, como também nossas possibilidades. Uma expressão de insatisfação do cliente com a vida pessoal ou profissional, é baseada na crença que ele tem sobre ele mesmo e sua vida. Quando você enxerga o que está submerso no ‘problema apresentado' e aponta para a causa na estrutura da crença dele, você pode ajudá-lo a mudar o ponto de vista, e consequentemente as possibilidades que vão surgindo. Esse é o fortalecimento verdadeiro. Existem muitos métodos para mudar crenças que são oferecidos aos coaches profissionais. A prova de fogo de qualquer metodologia é essa: a crença antiga saiu da mente subconsciente? Ou ela reaparece mais tarde? Uma metodologia ideal removeria a crença completamente, apagando ela do subconsciente de forma a nunca mais voltar. A maioria das metodologias não alcança este objetivo. Para mudar as crenças de forma permanente, uma metodologia deve ter impacto, não somente na mente consciente, mas também na mente subconsciente e supraconsciente (ou o eu superior). Deve alcançar os padrões inconscientes e também o passado distante para revelar o que se herdou da família, da cultura e do carma da sociedade. Um coach que pode evocar mudanças nos níveis mais profundos de programação de seus clientes, é um agente poderoso de mudança. Independentemente da ferramenta que você utilizar, o primeiro passo é identificar
‘‘É possível mudar crenças diretamente, sem narrativas e sem psicologizar como fazem nossos irmãos licenciados’’.
a crença essencial escondida no problema ou assunto apresentado pelo cliente. Crenças podem ser reveladas fazendo perguntas que se aprofundam, camada por camada, para os programas de subconsciência que motivam comportamentos. As respostas para essas questões refletem as crenças de seu cliente que estão escondidas:
O que você quer mudar e por que? a resposta vai apontar para as crenças sobre ele mesmo, seu problema e circunstâncias. Quais crenças que você tem consciência estão escondidas neste assunto? muitas pessoas tem consciência das crenças que as comandam. Quais são os pensamentos que você tem repetidamente sobre isso? nossas vozes interiores representam com frequência nosso centro de feridas e crenças. Por exemplo, a voz que diz: “tem algo errado com você!” é a expressão direta da crença, “tem algo errado comigo”. O que faz você se sentir desse jeito? crenças são o centro da maior parte das emoções. Medo é uma emoção que com frequência é associado com a crença de que você não pode lidar
com algo. Raiva pode ser criada pela crença: ‘‘estou fora de controle nesta situação”. Ambivalência aponta para duas ou mais crenças conflitantes, como: “eu deveria fazer aquilo”, e “eu não quero fazer aquilo”. Uma vez que você descobre a crença essencial de seu cliente, você pode usar qualquer técnica de mudança de crença: EFT, NLP, The Work, ou minha favorita, The BeliefCloset Process. Quando sua cliente mudar a crença dela na essência da sua psique, a perspectiva dela vai mudar e também o mundo dela mudará.
‘‘Para mudar as crenças de forma permanente, uma metodologia deve ter impacto não somente na mente consciente, mas também na mente subconsciente e superconsciente’’.
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Liderança corporativa
Navegando pelo campo minado emocional Como se sentir confortável em meio ao desconforto Por Marcia Reynolds - PsyD e MCC No livro, Synchronicity,¹ Joseph Jaworski escreveu que a maioria dos líderes de sucesso são aqueles que participam ajudando os outros a criarem novas realidades. O líder engaja em conversas que revelam como uma pessoa molda uma situação, assim eles podem enxergar por eles mesmos tanto as lacunas na lógica como o que mais é possível. Isto muda o que a outra pessoa acredita ser verdadeiro - um fator necessário para a pessoa atingir uma mudança positiva e duradoura. Jaworski escreveu sobre isso bem antes do coaching se tornar uma competência de liderança aceita, mas a definição se enquadra perfeitamente – a maioria dos líderes de sucesso são aqueles que fazem coaching! Para decepção da maioria dos líderes (e coaches), as emoções compõem esse processo. Quando as pessoas realmente observam seus pensamentos e ações, elas frequentemente se surpreendem e podem se sentir embarassadas, tristes ou com raiva. Você precisa se sentir confortável com essa expressão de emoção; significa que elas estão tentando lidar com a nova consciência que está se formando. A descoberta da experiência é um momento emocional. Aqui estão algumas dicas para se manter presente e consciente quando alguém expressa emoções enquanto você está fazendo o coaching.
Para construir confiança, a pessoa deve sentir que seus objetivos e desejos são colocados como o maior interesse dele (ou dela) durante e depois da conversa Você tem o propósito de revelar um eu maior para seus clientes, não para corrigir o problema deles ou transformá-los em outra pessoa. Mesmo se as ações deles são críticas para o sucesso da sua organização, não faça com que eles sintam como se eles fossem apenas o caminho
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para um fim. Mantenha-se focado nos resultados desejados da outra pessoa.
para sua habilidade de escutar, mas sua palavra âncora o manterá no caminho.
Determine uma intenção emocional para a sessão antes de iniciá-la
Aprenda a reconhecer o momento que surge uma emoção que distrai
Como você quer que ele (ou ela) se sinta inspirado, otimista, orgulhoso ou encorajado? Você deve escolher conscientemente este tom antes de falar; se você está com raiva ou desapontado com a pessoa desde o início, você precisa abandonar esses sentimentos, ou escolha usar seu chapéu de administrador em vez do seu chapéu de coaching. Depois, continue a sentir essa emoção o mais que puder durante a conversa. Tenha cuidado para não perder sua base emocional; a emoção que você escolhe alimentar é sua âncora. Se alguma coisa desencoraja você, diga esta palavra em silêncio para você mesmo e volte para a emoção que você quer se expressar. Você também pode escolher sentir outras emoções como calma, coragem ou tipo de suporte
Vicent Van Gogh disse, “não vamos esquecer que as pequenas emoções são os grandes capitães de nossas vidas, e nós obedecemos a elas sem perceber”. Seu próprio cérebro tem mecanismos de defesa automáticos que estão naturalmente de alerta o tempo todo. Quando a conversa começa a ficar arriscada, bagunçada ou instável emocionalmente, você precisa respirar e lembrar sua intenção emocional para a conversa. Perceba quando seu corpo se torna tenso ou sua respiração fica mais curta, assim você pode liberar a tensão e voltar a estar presente. Se você faz uma pergunta e a pessoa não está pronta para explorar com você, você pode recuar e abordar essa questão mais tarde na conversa ou marcar outra sessão para dar um tempo
Liderança corporativa
‘‘Dê às pessoas espaço para que elas se expressem e então trabalhe para ajudá-las a compreender o que causou a emoção em primeiro lugar’’.
para ele (ou ela) pensar.
Não tente salvar as pessoas! Muitos líderes e coaches tentam aliviar o desconforto das pessoas dizendo a elas que não deveriam sentir aquilo ou que muitas pessoas também tem reações similares. De qualquer forma, estes coaches estão desvalorizando a expressão emocional. Ao contrário, dê às pessoas espaço para elas se expressarem, e então, trabalhe para ajudá-las a compreender o que causou a emoção em primeiro lugar. As emoções são a chave para informações valiosas! Não mande elas embora!
Analise seus julgamentos No momento em que você tem a necessidade de falar para alguém o que fazer, isto significa que você julga aquela pessoa como inadequada e não saberá que perguntas fazer. Seu cérebro vai focar no que você quer falar. Então, se você desliza e diz a ele o que deve fazer em seguida, o cérebro dele se fechará. Ele pode fazer o que você diz, mas você não desenvolveu sua mente ou o ajudou a se sentir melhor sobre o futuro. Você acredita que a pessoa pode descobrir o que fazer e ser mais do que ela está demonstrando no momento, através de um bom coaching? Você tem que acreditar no potencial da pessoa, mesmo que ela não acredite em si mesma, para se manter na modalidade do coaching. Perceba a necessidade de aconselhar, respire fundo e deixe fluir enquanto você expira. Isso vai dar a oportunidade para as perguntas aparecerem. Você nunca irá além de solu-
cionar problemas básicos se não julga o que a pessoa está falando.
Mantenha mente e corpo tranquilo para você usar o silêncio de forma eficaz O silêncio permite que a pessoa com que você está fazendo o coaching crie novos pensamentos e perspectivas. O silêncio é, com frequência, uma indicação de que suas reflexões e questões que penetraram na barreira produtiva da mente. Um novo sentido do eu e da realidade está emergindo. Quando o cérebro recombina informações num caminho novo, pode levar um tempo antes que a pessoa que você está fazendo o coaching possa articular o que ela agora compreende ser verdadeiro. Fique quieto enquanto o cérebro dela está trabalhando. Lembre-se que você está observando o cérebro da pessoa que está a sua frente realmente faiscar, mudar e desenvolver novas conexões. Como isso é incrível, não é?
ou o humor. Vale a pena para você como líder se sentir confortável com o desconforto. Quando as pessoas aprendem sobre elas mesmas, através do coaching, elas ficam mais comprometidas em mudar seus comportamentos porque partiu da própria compreensão delas. Isto vai ajudar você, tanto a ser um líder que administra bem a mudança, como também um líder que faz o coaching para que as pessoas possam enxergar a si mesmas de forma mais ampla, e assim também com o mundo que as cerca. Os líderes que fazem as mentes das pessoas crescerem, como também fazem crescer suas habilidades, são os líderes que serão lembrados para sempre.
Lembre-se, aprendizado basedo no insight, frequentemente causa resposta emocional. Quando as pessoas enxergam uma verdade diferente delas mesmas ou do mundo em volta delas, elas não podem ajudar, mas sentem alguma coisa. É com frequência que tristeza, raiva ou constrangimento antecedem a esperança
‘‘Muitos líderes e coaches tentam aliviar o desconforto das pessoas dizendo a elas que não deveriam sentir aquilo ou que muitas pessoas também tem reações similares’’.
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O coaching muda o cérebro?
Nós estamos realmente mudando o cérebro do cliente? Nós podemos? O que podemos dizer, honestamente, sobre como o coaching pode mudar o cérebro de um cliente e o que ainda não sabemos? O que é neuroplasticidade e o qual seu significado para o coaching? Quais são as implicações do estilo de vida na mudança do cérebro? Como podemos ajudar a 'preparar' o cérebro do nosso cliente para ser menos sensível à ameaça e mais aberto à alegria? Junte-se a nós nesse novo olhar sobre neurociência e coaching.
Feature
O coaching muda o cérebro?
Por Barbara B. Appelbaum Como coaches, somos treinados a honrar os clientes, reconhecer que ele são os conhecedores de suas vidas, e que quando orientados por perguntas que delegam poder, reformulação, etc., eles podem determinar o curso apropriado de suas vidas. Coaching é um processo próativo que é um componente importante para cuidados preventivos, pois ajuda o cliente a tomar às rédeas de seu próprio bem estar. Richard Carmona, MD, MPH, FACS, 17th Surgeon General dos Estados Unidos, em seu livro, 30 Days to a Better Brain, discute como evitar o stress, a ansiedade e a depressão, através da colaboração em manter seu cérebro saudável. Isso pode ser aprendido com a mudança de seu comportamento, o que leva a uma capacidade maior do cérebro de ser resiliente – é extremamente importante a saúde do cérebro a longo prazo. Somos uma população que envelhece cheia de medo do declínio cognitivo. Estamos vivendo mais tempo, por isso a temos a necessidade de ter mentes ágeis e fortes para acompanhar e manter nosso físico. Através de simples modificações no estilo de vida encorajadas pelo processo de coaching, somos capazes de diminuir a degeneração ou até mesmo melhorar funções cognitivas. Pesquisas revelam que a mente tem a capacidade de crescer mais forte quando somos maduros. Efeitos positivos provenientes de exercícios, nutrição, sono e fé espiritual adequados, podem criar reservas no cérebro – a resistência do cérebro para danos, também conhecido como a resiliência do cérebro. Para entender o cérebro em termos básicos, aqui estão alguns fatos: o cérebro pesa em média 1,5kg, de 20% a 25% é oxigênio / glicogênio e aproximadamente 80% água, quando saudável tem a cosistência de manteiga amolecida, contém 100 bilhões de neurônios e está em constante mudança.
Há não muito tempo atrás o consenso entre os neurocientistas era de que o cérebro era estático. Atualmente, pesquisadores estão desafiando essa crença através da descoberta de que o cérebro permanece maleável. De acordo com a Wikipédia, neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade do cérebro, é “uma expressão genérica que abrange tanto a plasticidade sináptica, quanto a não sináptica; referindo-se às mudanças nas sinapses e caminhos neurais que são devidas às mudanças em comportamento, processos neurais e ambientais. Neuroplasticidade explora como, e de que forma, o cérebro muda no decorrer da vida.” Neuroplasticidade é amplamente reconhecida como a capacidade do cérebro para criar novos caminhos neurais que são necessários para o funcionamento adequado já que se adapta às mudanças diárias.
Como um coach, você pode atuar na função de suporte na neuroplasticidade do seu cliente. Aqui estão alguns ítens para levar para seu cliente e desenvolver novos caminhos sinápticos e saudáveis:
Exercícios adequados: quando uma pessoa faz exercícios, o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) é segregado. BDNF é uma proteína que dá suporte à sobrevivência de neurônios existentes no cérebro e encorajam o crescimento e diferenciação de novos neurônios e sinapses. Encorajar os clientes a desenvolver uma rotina física, de fitness, melhora o aprendizado deles, a memória e o pensamento complexo. Nutrição apropriada: quando um cliente tem problema de concentração e memorização, como coach dele você pode questionar a dieta alimentar dele. Existem alguns alimentos, específicos, que são ricos em antioxidantes, que promovem a neuroplasticidade e um cérebro saudável. Alguns dos melhores alimentos para o cérebro são: salmão, chá preto ou
verde, mirtilo, grãos inteiros, feijão comum, amêndoas, abacate, leiteiras por método biológico, açafrão da terra e meu favorito, chocolate amargo 70% ou mais. Muitas horas de sono: a privação do sono é excessiva na América. Um sono deficiente leva a pessoa à irritabilidade, a ser menos produtiva e à falta de concentração. Também leva a um cérebro menor e mais fraco. Estudos mostram que nosso cérebro realmente cresce quando dormimos; processando ativamente nossos pensamentos e assim experimentando a neuroplasticidade. Verifique se seu cliente está tendo o ‘zzzzzz’ dele para dar suporte adequado para a saúde do cérebro. Uma prática da espiritualidade: no U.C. Davis Center para Mind & Brain, um estudo de pesquisa do neurocientista Clifford Saron revelou, “é notável que um senso de propósito na vida, uma crença de que seus objetivos e valores estão ficando mais alinhados com seu passado e futuro projetado, provavelmente, afeta alguma coisa no nível de sua biologia molecular’’. Estudos futuros, em UCLA, sugerem que “meditar por anos engrossa o cérebro (no bom sentido) e fortalece as conexões entre as células do cérebro, constituindo mais uma prova da neuroplasticidade do cérebro, ou a capacidade de se adaptar às mudanças do ambiente.” Trabalhar o coaching com um cliente, para olhar o íntimo, ajuda a promover aquele sentido de propósito da vida. Reduzir stress: competências do stress; todos nós sabemos isso. Uma forma de evitar é reestruturar – um padrão de técnica de coaching. Reestruturar leva a mudanças substanciais em comportamento. Autoconversa negativa, o Gremlin, ou falso pensamento, tudo causa ansiedade, que gera stress oxidativo, diminuindo a saúde do cérebro e funcionando em
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nível energético negativo de pensamento. Usando a reestruturação, um coach pode ajudar o cliente a trocar o pensamento por um mais positivo, desse modo, ajudando ele a se sentir mais presente no momento, com menos medo e mais otimista, estimulando a saúde do cérebro e promovendo a neuroplasticidade. Enquanto um estilo de vida saudável é um componente básico para a saúde do cérebro, o coaching promove a neuroplasticidade e melhora a saúde do cérebro, cultivando uma consciência do momento presente com o cliente. Embora também possa incluir exercícios, nutrição e sono, isto é particularmente importante quando é hora de ajudá-lo a desenvolver uma prática espiritual e baixar o stress. Um coach experiente faz isso investigando as distrações do cliente, reconhecendo se elas estão enraizadas no passado (raiva e frustração) ou se resultam do futuro (ansiedade e medo). A preocupação é um planejamento para um futuro negativo. O processo do coaching muda o cliente para pensamento de possibilidade, assim aliviando o stress. Promovendo plasticidade e aumentando a energia positiva para criar caminhos sinápticos neurais novos e fortes. O coaching observa a causa e o efeito no comportamento e pensamento do cliente. Usando o conhecimento do que é a neuroplasticidade e como ela funciona, um coach pode usar questões que delegam poder para ajudar o cliente a mudar do medo (expectativas falsas com aparência verdadeira) - (FEAR - false expectations appearing real) para crenças e percepções que realmente refletem a verdade interna do cliente. Em média, uma pessoa experimenta 3000 pensamentos por dia, a maioria deles são de natureza negativa. A forma como uma pessoa pensa, influencia em como ela se sente e, subsequentemente, afeta seu comportamento. O coaching
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respeita e usa isso para guiar o processo. Quando feito de forma correta, o cliente melhora a saúde do seu cérebro e tem pensamentos mais otimistas. Através do suporte empático do coaching, o cliente pode se transformar graças a neuroplasticidade e o poder comprovado do pensamento positivo.
Simplificando, pensamentos saudáveis equivalem a um cérebro saudável, e um cérebro saudável equivale a pensamentos saudáveis. Mude seu pensamento, mude seu cérebro. É realmente simples.
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A neurociência do irracional Por que está mais do que na hora de pararmos de nos desculpar por usar ferramentas eficazes Por Ann Betz A vida começa no final da sua zona de conforto. - Neale Donald Walsch
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Comoa um simples passo não fará um caminho na terra, um simples pensaa mento não fará um caminho na mente. Para fazer um caminho físico profundo, nós andamos repetidas vezes. Para fazer um caminho mental profundo, nós devemos repetir os tipos de pensamentos que desejamos para dominar nossas vidas. Henry David Thoreau Você não pode fazer isso: em um ambiente profissional. com engenheiros, cientistas e AFINS com homens. com mulheres. com pessoas jovens. com pessoas idosas. em outras culturas.
conforto, alcançando a conquista e o aprendizado permanente que eles desejam. É hora de reivindicar nossa eficácia como uma profissão e eliminar rumores. Aqui estão alguns dos tópicos que surgiram nas minhas conversações com os coaches:
Ou você pode? Ultimamente tenho perguntado aos coaches quais as ferramentas e técnicas do coaching que são difíceis ou que encontram muita resistência em determinadas populações. Nessas discussões fascinantes que acontecem, fica claro que apesar de muitos coaches descobrirem caminhos para contornar certos desafios e resistências, existe uma conversa coletiva no coaching de que algumas coisas estão demasiadamente ‘lá fora' ou (para usar o clássico termo Californiano – ‘woowoo') criando ‘boatos' para todos. Uma das coisas que penso ser a mais poderosa sobre neurociência é que ela torna o ‘rumor' verdadeiro. No caso destas conversas recentes, para toda objeção, havia uma explicação na neurociência do por que funciona e do por que que é realmente importante no processo de aprendizado e mudança. Várias vezes tenho visto que realmente não há ‘boato', existe apenas ciência. E quando nós, como coaches, compreendemos e podemos explicar isso para nossos clientes, eles nos acompanham nas técnicas que não são familiares e estão fora da zona de
Não peça para as pessoas no negócio falarem sobre emoções ou onde sentem alguma coisa no corpo. Eles vão achar inapropriado. Certifique-se de que não vai fazer elas chorarem. Não peça a seus clientes para darem passos em demasia, especialmente num primeiro momento. Eles vão achar isso estranho. Não fale sobre fracasso e não incentive isso! O que quer que você faça, não faça nada bobo ou de brincadeira. As escolhas de saúde / estilo de vida de seu cliente estão em zonas inacessíveis a menos que eles coloquem elas em questão. Se as pessoas querem apenas focar em ter as coisas prontas, então quem é você para perguntar sobre significado e propósito? Afinal, a decisão é do cliente! Não peça às pessoas que são lógicas e lineares para fazerem visualizações porque isso leva à loucura. O mesmo acontece com a metáfora.
A questão é, o que a neurociência fala sobre o impacto que estas ferramentas e técnicas tem na mudança e no aprendizado? Vamos começar com neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de crescer e mudar no decorrer da vida. A neuroplasticidade é, colocando de forma simples, a capacidade do cérebro de mudar durante a vida. Isso ocorre em vários níveis, indo de mudanças referentes a aprendizado ou crescimento, para mudanças de grande escala em resposta à danos. Enquanto no século XX, o consenso geral entre cientistas era de que a
estrutura do cérebro era relativamente inalterada depois da infância, o entendimento atual é de que muitos aspectos do cérebro se mantém plastificados – isto é, maleáveis – mesmo na vida adulta. E assim, podemos mudar (e mudamos). O que é preciso? E por que algumas pessoas obtém sucesso desenvolvendo novos hábitos e outras fracassam de forma lastimável? Bem, pesquisas extensivas apontam para determinadas chaves da neuroplasticidade, sem as quais é mais difícil (algumas vezes impossível) para o cérebro fazer mudanças neuroplásticas. Além dessas chaves, existem aspectos adicionais que também auxiliam ou melhoram o processo. Em ambos casos, quanto mais chaves/aspectos, melhor. Então, o que isto significa em relação a nossa lista “você não pode fazer isso?’’ Bem, desde que as pessoas procuram o coaching buscando mudanças permanentes, faz sentido que, como coaches, usemos ferramentas e técnicas que estimule a neuroplasticidade.
A função das emoções A emoção é um dos aspectos mais importantes da memória e do aprendizado. O conteúdo emocional de um assunto é o que chama a atenção do cérebro e sinaliza que alguma coisa é relevante. Aliás, é por isso que coisas assustadoras, perigosas ou desconcertantes, particularmente, incendeiam nossa memória. Quando passamos rápido pelas emoções e não exploramos como nos sentimos diante delas, a possibilidade da mudança positiva que acontece nas conversas de coaching em ser incorporada é menor. E chorar, aliás, é simplesmente um dos mecanismos do corpo para liberar substâncias químicas do stress.
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A função da incorporação Vamos começar com o fato de que nosso cérebro não está isolado em nossa cabeça. Temos neurônios no coração e estômago, e um sistema nervoso inteiro enviando informação. Fazer check-in com o corpo pode estimular o aprendizado escondido que precisa ser revelado. Em segundo, fazer nossos clientes incorporarem um estado emocional particular, pode realmente criar este estado emocional dentro deles. Por exemplo, a maravilhosa pesquisa de Amy Cuddy sobre ‘‘posições de poder”, mostra que o corpo tem resposta bioquímica positiva ficando em posições de autoridade. E em terceiro, quanto mais caminhos neurais temos associados com um comportamento particular, mais forte a rede. Assim, quando há uma posição de corpo conectada a um comportamento que queremos mudar, pode nos ajudar a lembrança em nível físico, dessa forma, fortalecendo a rede e reforçando a mudança.
A função do fracasso A partir de uma perspectiva da neuroplasticidade, fracassar é fascinante. Temos redes amplas e complexas no nosso cérebro, e incontáveis conexões neurais potenciais. Imagine isso como um caminho na floresta, lembrando que existem caminhos múltiplos e é difícil saber qual deles nos leva onde queremos chegar. Quando falhamos e percebemos que falhamos, a tendência do cérebro é fechar esse caminho. Isto significa que a próxima vez que formos para esse lugar em particular na floresta, escolher onde chegar é mais rápido e fácil.
A função do humor e da brincadeira O humor relaxa e nos une, e é um maravilhoso aliado para ajudar a superar as fortes tendências de negatividade do cérebro e lidar com o stress. A risada tem mostrado liberar ocitocina, que nos faz
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sentir mais unidos, conectados e confiantes. Bom humor também brinca com o inesperado, nos provocando a pensar em caminhos novos. De forma similar, ser brincalhão coloca o cérebro em um estado aberto para aprendizado.
A função do estilo de vida O alimento que comemos, a quantidade de horas que dormimos (ou não) e o nível de exercícios que praticamos também tem implicações com a neuroplasticidade. Se o cliente está se alimentando com uma dieta não saudável, não está dormindo o suficiente, e nunca se exercita fisicamente, será geralmente bem mais difícil que as mudanças desejadas obtenham tração.
A função da exploração focada na não-tarefa Nós temos duas redes dominantes no cérebro: uma que é responsável pelas tarefas - a rede positiva de tarefa - e uma que está envolvida no devaneio, contemplativa e de inspiração - a rede de modo negligente. Ambas precisam de eficácia (e sensatez). Quando uma dessas redes é ativada, a outra é fechada. Ficar unicamente focado na tarefa de criatividade, com severos limites durante engajamento com a rede de modo negligente, abre possibilidades e inovação.
A função da visualização e metáfora Nosso córtex visual é melhor desenvolvido do que nosso córtex auditivo. Compreendemos coisas em imagens mais facilmente e mais rapidamente do que analisando sentenças lineares. Visualizações acessam partes do cérebro não verbais e escondidas, onde existe, frequentemente, uma profunda sabedoria disponível.
‘Você não pode fazer isso’ se transforma em ‘você deve fazer isso’ Baseado na neurociência, converti a lista
acima ‘você não pode fazer isso’ no que chamo de lista ‘você deve fazer isso’. Para o coaching mais eficaz e a mudança permanente, você realmente deve:
focar no conteúdo emocional do assunto; fazer o cliente se envolver com o corpo; encorajar e celebrar o fracasso; levar humor e brincadeira; checar a alimentação, o sono e os exercícios físicos; sair do foco sobre uma única tarefa, usar visualizações e metáforas.
Quando você compreende a ciência por trás de tudo, nada disso é rumor estranho. É apenas a forma do corpo e do cérebro humano aprender. E clientes, sejam eles executivos, homens, mulheres, jovens, idosos, em diferentes países, etc., todos tem cérebro. E todos querem mudar, se tornando mais eficazes. Se eles puderem compreender que as técnicas que você elabora são para ajudar o cérebro a ficar num estado ideal para aprendizado, crescimento e criatividade, você encontrará menos resistência e mais envolvimento. Incorpore e mostre isso.
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A tríade Como o coaching cria impacto em nossos três cérebros? Por Vikki Brock Sim, todos nós temos três cérebros. Agora que tenho sua atenção, ou pelo menos a atenção do cérebro da sua cabeça, o que quero dizer com três cérebros? Um cérebro é definido como uma rede neural funcional e complexa que tem uma memória, inteligência e controle sobre as decisões que tomamos. Pesquisas científicas têm mostrado que nós, humanos, temos três cérebros – um na cabeça (cefálico ou sistema nervoso central), um no coração (sistema nervoso cardíaco) e um no estômago (sistema nervoso entérico). A filosofia antiga tinha conhecimento dos três cérebros. Na obra prima Rhetoric de Aristóteles, ele define três caminhos para persuadir um público: logos - um recurso para lógica ou cérebro da cabeça, pathos - um recurso para emoção ou cérebro do coração, e ethos - credibilidade do orador ou cérebro do estômago. É até citado: “o cérebro não está unicamente na cabeça. O cérebro está no coração e mais”. ² Voltando lá atrás, nos anos de 4700, temos a prática de Tao que diz: ‘‘treine todos os orgasmos; ensine eles como fazer coisas diferentes. Os cientistas estimam que o cérebro superior, da cabeça, pode usar até 80% da energia do corpo. O que significa que apenas 20% fica para o funcionamento de todos os outros órgãos e processos do corpo’’. Avançando para tempos mais recentes, em 1900 L. Frank Baum publicou ‘‘O mundo Mágico de Oz’’. Três personagens deste livro: o Espantalho, que procura um cérebro; o Homem de Lata, que procura um coração; e o Leão Covarde que quer ter coragem – ou cabeça, coração e estômago. Essa mesma tríade é evidente quando refletimos sobre o que as pessoas falam: confie no seu estômago (intuitivo), escute seu coração ou use sua cabeça. ‘‘Desde a época do iluminismo, a cultura do ocidente tem dado mais valor à sabedoria do cérebro da cabeça - pensa-
mento consciente e controle do pensamento – acima dos sistemas integrados e perceptivos alternativos do corpo. A fórmula cartesiana ‘eu penso, logo existo' é um tipo de formulação lógica que resume o pensamento ocidental, que dá primazia ao cérebro da cabeça sobre os outros sistemas neurais – cérebros – que existem em nosso corpo. Nossos sistemas educacionais reforçam este preconceito’’. No final do século XX, a ciência finalmente alcançou o que já sabíamos. Embora as pesquisas sobre o cérebro do estômago tenham começado no final de 1940 por Michael Gershon, não foi antes da publicação de seu livro, em 1998, The Second Brain que a ideia se tornou popular e o campo da neurograstroenterologia foi descoberto. Pesquisas sobre o cérebro do coração foram publicadas no final de 1970 e popularizadas por Paul Pearsall, em 1998, em seu livro The Heart Code³. Uma pesquisa subsequente propõe “que o campo eletromagnético do coração forneça um sinal sincronizado geral para o corpo todo. Mais interessante ainda, esse campo eletromagnético também tem impacto nas emoções dos outros nas proximidades’’.
Qual é a relação dos cérebros? No mundo ocidental reverenciamos o cérebro da cabeça como o mais influente, seguido pelo do coração e em menor grau o do estômago. De acordo com Mark Chandlee Taylor, “se fôssemos ilustrar os valores dados aos cérebros da cabeça, coração e estômago de acordo com o ponto de vista tradicional do ocidente, teríamos uma pirâmide invertida”. Taylor sugere um “modelo realinhado – que aproveite ambas análises experimental e anatômica – propõe que uma base melhor para a nossa humanidade é acertar a pirâmide, reconhecendo nosso cérebro do estômago como nossa base forte e estável, nosso cérebro do coração
à vontade, e nosso cérebro da cabeça no topo”.
Quais são as competências fundamentais de cada cérebro? Cérebro do estômago: é sua identidade fundamental e contem os níveis mais profundos do eu. Você depende do seu estômago frequentemente para tomar decisões rápidas; aquela reação “lutar ou fugir”, seguro ou arriscado. Você pode encontrar ousadia, medo, ação e coragem. Cérebro do coração: é principalmente usado para processar emoções - alegria, ciúmes, raiva, amor, luxúria, compaixão e empatia. Ajuda você a descobrir o que é mais importante na sua vida, prioridades e valores. Ajuda você a conectar ou desconectar com os outros baseando em similaridades ou diferenças nesses valores. Cérebro da cabeça (entérico): é principalmente usado para percepções cognitivas e reconhecimento de padrões. Você usa a cabeça para razão, análise e síntese da informação que chega. Um caminho que sua cabeça usa para dar significado às coisas é através da linguagem - verbal, escrita, e corporal -, contando histórias e usando metáforas. O alinhamento destes três cérebros cria um estado de ‘fluxo' onde cada cérebro funciona no seu melhor. Gregory Stebbins sugere que este estado de fluxo é a sabedoria, definida como “uma integração da cabeça, coração e intuição (estômago) ajustado através da experiência individual, um estado de ser isso surge dentro do líder a partir da experiência de integrar cabeça, coração e intuição (estômago).
O que isso significa para mim como coach? ‘‘O coaching é personalizado para o coach, para o cliente, para o contexto e para as condições específicas que conduziram a essa iniciação’’. Nota dez para o coach e para a cliente que possuem três cérebros, o alinhamento des-
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cérebro da cabeça
cérebro da cabeça
cérebro do coração
cérebro do coração
cér. do estômago
ses cérebros cria um estado de ‘fluxo', uma abordagem de coaching holística é recomendada. Isto exige que o coach e o cliente usem esses três cérebros ou pelo menos considerem o input à cada um. Comece escutando a fundo seu estômago, coração e cabeça. Por exemplo, seu cliente está compartilhando com você uma situação de trabalho (contexto) que
cérebro do estômago
envolve uma avaliação desafiadora a curto prazo que pode não ser de elevado valor (situação). Como coach, você tem uma intuição que há mais para esta situação (estômago), você sente compaixão pelo cansaço na voz (coração) e observa os elementos a curto prazo para tarefas sem grande valor (cabeça). Você agora tem a escolha de responder para
Liderança da cabeça Repensar como as coisas são feitas Reestruturar limites quando necessários Compreender as complexidades do mundo global Pensar de forma estratégica sem perder de vista objetivos à curto prazo Procurar ideias dentro e fora de uma empresa, qualquer lugar onde podem ser encontradas Desenvolver um ponto de vista
Liderança do coração Colocar na balança as necessidades dos negócios e das pessoas Construir confiança Desenvolver compaixão verdadeira em um local de trabalho diverso Criar ambientes nos quais as pessoas possam de comprometer de verdade Conhecer o que é importante Compreender e superar o que causa descarrilhamento em potencial
Liderança do estômago Correr riscos com dados incompletos Colocar na balança riso e prêmio Agir com integridade inflexível apesar das dificuldades Buscar de forma o que é exigido para o sucesso Preservar diante da adversidade Não ter medo de tomar decisões
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um, dois ou os três cérebros. Uma resposta integrada poderia ser “escuto cansaço na sua voz (coração) diante do desafio desta avaliação (cabeça) e ainda sinto que há mais acontecendo aqui (estômago). A seguir, dê uma pausa para o cliente assimilar isso em cada um dos cérebros dele. O que acontece se seu cliente toma decisões ou responde a situações somente a partir de um cérebro e ignora os outros? Isto pode acontecer no andamento do processo ou por hábito, e pode ser comparado a “saturação” quando um cérebro é usado em demasia ou de forma inapropriada na exclusão dos outros cérebros. Saturação do cérebro do estômago: reativo, impulsivo e orientado pela ação. Entretanto, isso é útil na emergência, ou quando a segurança ou a sobrevivência são ameaçadas. Saturação do cérebro do coração: diz respeito a própria imagem, impacto nos outros e na vida dos outros. Pode acabar na espera, esperançoso ou sonhando – ou mostrar emoções prontamente e de maneira obvia. Saturação do cérebro da cabeça: planejamento e preparo, foco no que poderia dar errado, com muita visão ou tentativa de fazer tudo. Pode ser visto por outros como frio, impessoal e calculista. Como coach, quando se deparar com possíveis situações de saturação, considere perguntar uma das questões a seguir: ‘‘o que seu estômago lhe diz?’’, ‘‘como seu coração sente?’’ ou ‘‘o que fala sua cabeça? Um recurso valioso para compreender as características de cada cérebro como um caminho para desenvolver líderes é cabeça, coração e estômago: Como as melhores empresas do mundo desenvolvem líderes completos. Cada cérebro é eficaz em áreas e atividades específicas (como descrito no quadro ao lado) e
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quando os três cérebros trabalham juntos, um líder é considerado líder por completo. Isto colocado, coaches também são líderes, sua tarefa é olhar para dentro e determinar se você confia em excesso um dos seus cérebros. Lembre-se, ‘‘as funções do cérebro tem sido categorizadas em três níveis: o primeiro governa a maior parte de suas reações instintivas, o segundo nível está envolvido no processo das emoções e memória, e o terceiro nível acrescenta o pensar, o raciocínio e a capacidade de projetar um plano para o futuro”. Se você tem confiança em ex-
cesso, em um ou dois de seus cérebros, pratique e integre confiar no seu estômago, escutar seu coração e usar sua cabeça. Lembre-se da pirâmide – a partir de uma fundação sólida em seu cérebro do estômago, você conecta com os outros
emocionalmente a partir do cérebro do coração, e dê a seu lógico cérebro da cabeça o descanso necessário.
‘‘Se fôssemos ilustrar os valores dados aos cérebros da cabeça, coração e estômago, de acordo com o ponto de vista tradicional do ocidente, teríamos uma pirâmide invertida’’.
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Coaching & metacognição Suporte da neurociência ao coaching Por Brenda Corbett e Justin Kennedy O coaching muda o cérebro? Conforme as abordagens do casamento entre coaching e neurociência, a resposta para esta questão se torna mais importante. Os coaches querem provar que o trabalho deles tem valor verdadeiro. Se a prova puder ser desenvolvida, baseada em pesquisa científica, então o coaching atinge um novo nível de credibilidade. O coaching se torna mais amplamente aceito. Na verdade podemos demonstrar com o que se parece um coaching eficaz. O coaching muda o cérebro? A melhor forma de responder essa questão é acompanhar uma conversa de coaching para ver o que acontece. Meet Duane. Ele é diretor de marketing de uma empresa do setor têxtil de médio porte em Hollywood, Flórida. Duane nunca foi capaz de despedir uma única pessoa durante todos seus anos na empresa. Ele vai dar uma nova oportunidade para seus empregados com dificuldade. Ele vai remanejá-los para outros departamentos. Não deveria ser surpresa que o conflito leva Duane a paralisar. O jeito que Duane paralisa - como na maioria de todos comportamentos negativos das pessoas - é baseado no medo: medo de conflito, medo de rejeição, medo de fracasso. Como o coaching ajuda Duane a lidar com conflito? Como Duane pode não se envolver na complexidade emocional do medo e da ansiedade? Como o coaching pode ajudar? Duane vê alguma coisa acontecendo. Talvez ele tenha que disciplinar um empregado. A parte primitiva do cérebro tem uma emoção associada ao conflito. Essa emoção é medo. A parte do cérebro tomadora de decisão pega essa informação e trabalha ela. Sem o coaching, Duane vai encontrar sempre as mesmas soluções sobre conflito. Ele vai processar a mesma informação, lidar com o medo da mesma forma e chegar às mesmas conclusões. O coaching pode oferecer essa intervenção. Um coach pode solicitar ao Duane que ele reflita sobre a forma como está
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pensando. Existe uma palavra na neurociência que descreve “refletir sobre o pensar”. A palavra é metacognição. O coaching pôde colocar Duane num estado metacognitivo. Então ele pôde perceber o quanto é exaustivo nadar nessas emoções de medo. Uma vez capaz de perceber isso, ele pode escolher suas emoções, o que é melhor do que perdê-las. Quando Duane aprende como fazer isso, ele pode traduzir aquilo em diálogo inteligente e resultados melhores: contratando a pessoa certa ou enviando mensagens corretas para as pessoas ou apenas se sentir confortável em situações de conflito. Como um coach faz o cliente dar um passo atrás e refletir sobre a forma de pensar dele? Os clientes precisam de técnicas, ferramentas e processos de pensamentos tangíveis que possam tirálos das emoções e colocá-los num
espaço criativo. Uma ferramenta é a QTIP, que lembra aos clientes Parar de Tomar Isso como Pessoal (Quit Taking It Personally). Duane pensa que ele é o centro do universo. As pessoas tem medo e tem receio de conflito porque elas pensam que são imensamente importantes. Pensam que tem esse papel enorme na vida dos outros. Colocam muita mais energia em se preocupar com o conflito do que em lidar com o conflito. Precisam parar de tomar isso como pessoal. Se você está levando para o lado pessoal, você está transformando o medo em um sentimento. Quando você pega uma emoção e faz dela um sentimento, torna o ego pesado. Se torna mais do que um sentimento. Se torna alguma experiência horrível. Em parte é impulsionado pelas emoções naturais, em parte pela percepção do eu no cérebro racional.
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Podemos fazer o Duane conversar isso na mente dele antes de conversar com as outras pessoas? Se conseguirmos fazer Duane parar de tomar isso como pessoal, ele será capaz de distinguir ou separar a emoção que está experimentando e que gostaria de estar fazendo. Ele pode parar de tomar essas emoções como pessoais. Então aquelas emoções não se traduzem em sentimentos, o que pode ser exaustivo. O que é verdadeiro é a emoção. O sentimento é uma percepção da emoção. Uma vez que o cliente entra em um sentimento, é bem traiçoeiro sair dele. É nessa hora que ele deve perceber que ‘parar de tomar isso como pessoal’ é a oportunidade perfeita para ajudá-lo a treinar seu cérebro, mudar sua mente e curar seu coração antes que o trabalho caia por terra. Os coaches podem ajudar os clientes a encontrarem espaço para garantir o desenvolvimento de um cérebro flexível e ágil. Um coach pode levar um cliente a parar de pensar pelo lado pessoal? Não podemos mudar diretamente nosso cérebro. Podemos mudar nosso cérebro mudando nossa mente. Isso cria um retorno de informação. Quando mudamos nossa mente – as atividades do cérebro – mudamos nossa percepção, e assim, mudamos o cérebro. O que acontece quando as pessoas aprendem certas habilidades através do processo de coaching? Elas aprendem a se autocontrolar. Elas aprendem o ‘parar de pensar pelo lado pessoal’ no momento. Assim, podem mover para trás, numa zona de conforto, não estragando a saúde, ou o projeto de trabalho que está em pauta. As pesquisas nos dizem que o cérebro que nasceu com você, é influenciado por suas experiências, que pode fazer você ter apenas um conjunto único de redes neurais. Um canhoto vai ter um grande cérebro direito e vice-versa. Um artista teria um cérebro direito maior, para enten-
der como desenhar e aproveitar experiências estéticas, enquanto que um matemático deveria ter um cérebro esquerdo maior para administrar detalhes. A partir de estudos da neurociência clínica, aprendemos que você pode reconectar seu cérebro. Você pode pegar uma estrada de neurotransmissão, que leva de A para B, e também tornar ela um caminho rural ou uma autoestrada maior. Temos dados suficiente para confirmar esse fato: se você tem habilidades comportamentais que permitem que você mude sua mente, você vai reconectar seu cérebro para torná-lo mais plástico, mais maleável, mais ágil na forma de pensar. Aqui é onde o coaching se torna uma ciência comportamental verdadeira. Se você dá assistência para sua forma de pensar e escolhe um novo comportamento com uma frequência satisfatória, você muda a paisagem do seu cérebro. Se você muda a paisagem, novas coisas se tornam hábitos. Um novo hábito não precisa mais ser tão consciente. Leva um tempo para fazer isso, dependendo da complexidade do problema. O hábito de Duane é de longa data. Ele tem muitos amigos simpáticos que dão suporte aos hábitos dele. Fazer ele criar e reforçar um novo caminho para fazer as coisas, é exaustivo. É extremamente cansativo reconectar o cérebro. Pode ser feito, mas é preciso muita inteligência por parte do coach para manter o cliente no caminho, ajudar ele a fazer a tarefa de casa, ajudar ele a ser eficaz em manter a atenção. Este não e um processo fácil, mas é um processo muito gratificante. Quando o sistema de premiação é acio-
nado, então as pessoas estão “prontas para prosseguir”. Elas tem um novo sistema montado. Você pode reformatar qualquer cérebro em qualquer momento e nunca é tarde. Somos muito embrenhados em nós mesmos. Este pode ser o maior problema numa relação de coaching. O cliente é tão cheio dele mesmo, que pensa que é o centro do universo. Quando ele pensa ser o centro do universo, todos esses comportamentos irracionais acontecem. Isso acontece, em parte, porque ele está tão absorvido em si mesmo que pensa ser incrivelmente significativo. Ele é apenas uma dos sete bilhões de habitantes no planeta. Como os coaches podem direcionar o processo do pensamento? O centro emocional primitivo do cérebro sempre faz esse trabalho antes do pensar na parte que soluciona problemas do cérebro. As pessoas imaginam que nossa habilidade de pensar são a coisa, mas é realmente a ponta do iceberg, que tem a grande parte submersa. O resultado é que nós ‘tomamos isso como pessoal' antes de pensarmos sobre. A tecnologia do ‘tornar pessoal’ ajuda os clientes a diluir o ego para assumir o essencial exigido, para então reconectar o cérebro. Se tira o ego do caminho, você soluciona seus problemas. O coaching está no coração disso. A pesquisa de mercado vê um suporte sólido da neurociência no coaching. A pesquisa clínica diz: “o coaching pode mudar o cérebro”. Conforme abordagens da união do coaching com a neurociência, uma nova pesquisa aparece todos os dias.
‘‘Se você dá assistência para sua forma de pensar e escolhe um novo comportamento com uma frequência satisfatória, você muda a paisagem do seu cérebro’’.
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Hackeando o cérebro Por que os coaches criam grandes hackers de cérebro? Por Robert Holmes No mundo todo, equipes de cientistas usando suas enormes máquinas brancas estão examinando os cérebros de voluntários. As pesquisas deles são focadas em perguntas como, “como a motivação funciona?” e “por que as pessoas são viciadas em máquinas de poker?”. Um cientista pesquisador, Eric Kandel, teve a intuição de que a terapia causou mudanças no cérebro de seus pacientes, mas ele não podia verificar isso. Então, teorizou que “o terapeuta não está apenas fazendo contato visual e de voz, mas a ação da máquina neuronal no cérebro dos terapeutas, que tem um efeito duradouro e indireto sobre a máquina neuronal do cérebro do paciente”. ¹ Os cientistas da Universidade de Queensland na Austrália têm observado como os diferentes tipos de terapias são eficazes nos cérebros de pessoas em mudança. As máquinas podem ver até o nível de cada célula do cérebro: estruturas complexas e maravilhosas chamadas neurônios. Eles observam como um neurônio altera sua conexão com os vizinhos, de acordo com o resultado de cada tipo de terapia. Existe essa mudança? Se sim, o quanto ela acontece entre as sessões? Kandel estava certo, a terapia não muda o cérebro, e “fazer terapia” produz uma mudança mais duradoura do que de outra forma. Uma terapia de diálogo envolve conversas estruturadas com alguém que é treinado para ajudar uma pessoas a lidar com as emoções, explorar os pensamentos, comportamentos e humor. O cliente ou paciente pode estar tentando se recuperar de um trauma, ajustar respostas ao stress, superar o distúrbio de humor, desenvolver uma estratégia para desafios no trabalho ou remover ansiedade estabelecendo objetivos para o futuro. De acordo com UK Mental Health Foundation, psicoterapia, aconselhamento e coaching são terapias de diálogo.
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Coaching é uma bomba! Pieter Rossouw é um cientista pesquisador alojado em meio aos eucaliptos e prédios brancos da Universidade de Queensland. Sua área de experiência é terapia de diálogo baseada no cérebro – que compartilha muitas afinidades com o coaching. Ele diz, “a neurociência molecular tem demonstrado como terapias de diálogo são as estratégias preferidas para facilitar mudança neural. Novos padrões de ativação neural podem ser facilitados através de qualidades únicas das terapias de diálogo, oferecidas em um ambiente enriquecido”. Existem muitos caminhos para a instalação de mudanças no cérebro: aprendizado, ensino, exercício físico, eletrochoque, etc., mas a estratégia mais eficaz é a terapia de diálogo oferecida em um ambiente enriquecido. A propósito, ambiente enriquecido não significa sofás de
couro e um capuccino. Significa um conjunto de conversas estruturadas, altamente interativas e co-criadas.
O mais importante é o coach A equipe de Pieter descobriu que “a pessoa do terapeuta é mais importante do que quanto especialistas elas são, a base de conhecimento (onde foi adquirida) ou o insight na mala dos truques’’. Grandes conversas de coaching conquistam grandes mudanças no cérebro. A capacidade do coach para desenvolver uma relação forte com o cliente, considera a própria conduta dele (ou dela); e construir uma base de confiança são mais importantes do que o coach ter uma especialidade, de ter vastos anos de experiência ou os últimos testes de relação de personalidade. O coach é importante, como também são importantes os detalhes na forma de
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conduzir a conversa. Pieter diz, “a combinação terapêutica, entre o efeito dos neurônios-espelho no límbico, e a facilitação de controle e segurança, é o mais importante para tornar possível uma mudança neural eficaz do que qualquer outra coisa’’. Existem três coisas que o coach deve dominar: Facilitar controle e segurança: nosso cérebro tem um guardião na porta da frente, que alguns se referem como sendo o cérebro ‘Croc’. O seu maior interesse é nossa segurança. Para uma mudança eficaz no cérebro, o cliente precisa se sentir seguro e relaxado, e assuntos ambientais como: um copo de água, temperatura do ambiente, disposição dos assentos e posições de igual poder, tudo tenha sido cuidadosamente providenciado. A combinação terapêutica: nossos cérebros são sociais e precisam ser amados, pertencer à, e serem compreendidos. Para uma mudança eficaz no cérebro, o coach deve ter domínio na realização e ruptura de relacionamento, mantendo relação de respeito e ajudando os clientes a se encarregarem de suas próprias decisões, ações e resultados. O efeito dos neurônios-espelhos no límbico: nossos cérebros tem neurônios especiais que nos levam a imitar inconscientemente um ao outro e possibilitar a empatia. Para uma mudança eficaz no cérebro o coach deve demonstrar empatia, ouvir atentamente e equiparar a linguagem, com movimento corporal e de respiração. Isso cria uma combinação forte e melhora o aprendizado.
Onde o sangue flui, o cérebro muda As mudanças no cérebro são “facilitadas, aumentado o fluxo de sangue cortical para fortalecer a solução com foco em resultados, facilitando e fortalecendo
‘‘O coaching é orientado para resultado, voltado ao futuro e focado em soluções. Isso exige o crescimento de novas conexões de neurônios e caminhos para pensar’’.
novos padrões de ativação para melhorar padrões a longo prazo e reduzir riscos de recaída na inadimplência de padrões de proteção neural’’. Este é o por quê dos coaches criarem grandes hackers do cérebro. Outras formas de terapia entram na história da pessoa, repetindo padrões de dores passadas, traumatizando novamente o cliente e fortalecendo caminhos antigos. Em contraste, o coaching é orientado para resultado, voltado para o futuro e focado em solução. Isso exige o crescimento de novas conexões de neurônios e caminhos para pensar. Enquanto fazer apenas algumas sessões com o cliente pode criar uma mudança neural, ela não chega a ser permanente. Os efeitos passam porque os caminhos antigos ainda estão fortemente incorporados. Neurônios que queimaram juntos por muito tempo começam a se unir. Ele sugere pelo menos de 6 a 8 sessões e um trabalho de acompanhamento (follow up) para criar novas redes fortes no cérebro que suportem a mudança para manter a oportunidade.
atentamente e refletir). O coaching é muito eficaz na mudança do cérebro porque é orientado por resultado e focado em soluções. Isso exige o desenvolvimento de novas conexões de neurônios e caminhos para pensar. Por isso os coaches criam os melhores hackers do cérebro. Referências: Kandel, E. “A new intellectual framework for psychiatry,” American Journal of Psychiatry, 1998, Vol 15, Issue 5, pp. 457469. Rossouw, P. “The neuroscience of talking therapies: implications for therapeutic practises,” Journal of Neuropsychotherapy in Australia, Issue 24, 2013, pg. 11.
Então, fazer terapia é a melhor estratégia para as mudanças duradouras do cérebro. É o coach que faz toda a diferença: a capacidade dele (ou dela) de desenvolver uma relação forte com o cliente, ser autoconsciente, construir uma base de confiança e estabelecer o relacionamento. Esta eficácia é garantida mantendo consciência dos fatores ambientais (segurança e controle), estabelecendo uma grande combinação (relação terapêutica) e dominando a empatia (ouvir
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As mudanças verdadeiras chegaram A ciência por trás dessas mudanças ‘mágicas’ Por Kate Michels O coaching muda nosso cérebro? Quantas vezes os clientes falam que se sentem melhor após uma sessão de coaching? Eles não estão apenas se sentindo melhor; eles estão funcionando melhor no verdadeiro sentido e desse modo eles estão melhores. Durante as sessões de coaching existem neurônios faiscando no cérebro, no coração e também no estômago deles (sistema nervoso entérico), no núcleo estão sendo criadas as mudanças que fazem a diferença permanente. Para você que é um coach a coisa importante a saber é que isto é real e não somente um sentimento. Quando você compartilha informações com seus clientes como o fato de neurô-
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nios estarem faiscando novas ideias você realmente aumenta a realidade do acontecimento. Testes científicos tem sido feitos para observar as mudanças que ocorrem quando uma pessoa é submetida a questionários de transição. E neurocientistas, como aqueles do Heart Math Institute, provaram várias vezes que mudanças físicas ocorrem a partir da mudança do pensamento, por isso o coração bate diferentemente e o corpo funciona em alto grau de eficiência. Quando você como um coach compartilha esse tipo de informação com seus clientes, o valor do que você está realmente fazendo cresce aos olhos do seu cliente e na sua própria percepção. Não estamos apenas brincando aqui; estamos
jogando pra valer e as vidas que são impactadas, estão verdadeiramente se envolvendo para funcionar num nível melhor. Quando meus clientes dizem que se sentem melhor, eu digo a eles que eles estão melhores. Os sentimentos que descrevem são sensações - parte do sistema neural deles se ajustando e começando a funcionar em um nível mais alto. Assim é como eles caminham mais conscientemente em direção ao sucesso; as conversas estão realmente causando impacto interno, no núcleo. O que foi provado cientificamente e é verdade é que nosso coração tem neurônios que faiscam da mesma forma que nosso cérebro tem neurônios que
Feature
‘‘O coaching muda nosso cérebro? Sim, e o cliente experimenta as mudanças’’.
queimam, e ambos sistemas recebem impacto regulares dos pensamentos. Quanto mais fortes são nossas crenças, maior é o impacto que esses neurônios tem em nosso sistema e consequentemente na consciência de nossas crenças, e mudar nossas crenças estimula um movimento que causa mudanças para realmente acontecerem. A última pesquisa em neurociência confirma que emoção e cognição melhor se descrevem separadamente mas interagem funções ou sistemas, cada qual com sua inteligência única. Nossa pesquisa mostra que a chave para integrar com sucesso, mente e emoções está no aumento da coerência (função harmônica ordenada) em ambos sistemas e trazê-los para a fase um com o outro. Enquanto a comunicação de mão dupla entre os sistemas cognitivo e emocional está fixada no cérebro, o número real de conexões neurais que vão dos centros emocionais para os centros cognitivos é maior que o número no caminho inverso. Isto ajuda a explicar o tremendo poder das emoções, em contraste com o simples pensamento. Uma vez que uma emoção é experimentada, ela se torna uma motivação poderosa de comportamentos futuros, afetando ações momento a momento, atitudes e conquistas a longo prazo. Exploring The Heart In Human Performance traz, com grandes detalhes, como isto funciona e o que a neurociência está explorando mais a cada dia. Como um coach de Neuro Linguística, com mais de 10 anos de experiência nesse campo, juntei minhas próprias
evidências a partir das mudanças experimentadas por meus clientes. A primeira mudança que percebo e encorajo meus clientes a reconhecer é a mudança de suas vozes: literalmente o tom delas se torna mais forte, a intensidade altera e há mais clareza. Pessoas que experimentaram uma vida com pausas longas e, algumas vezes, até mesmo condições gaguejantes, começam a falar mais fluentemente, com mais clareza e pausas menores. Tons barulhentos, com intensidade alta começam a diminuir, e as pessoas literalmente tem um som diferente. Elas realmente não percebem isso até que outra pessoa comece a apontar para elas.
experimentadas com nossos clientes quando realinham suas vidas e começam a conquistar o que sabem que querem. Frequentemente, se descreve como mágico ou miraculoso, porque os clientes não estão trabalhando tão duro para conquistar as mudanças, e as mudanças parecem apenas estar acontecendo. Isto é porque estão acontecendo em um nível neurológico; o sistema do cérebro está se realinhando. Há caminhos neurais sendo criados e o sistema está se alterando internamente para dar suporte a uma atitude mais positiva em direção a eles mesmos e à vida em geral. O coração bate diferente e o cérebro funciona num nível mais alto. O coaching muda nosso cérebro? Sim, e o cliente experimenta as mudanças. Com mais informações, as mudanças acontecem com mais frequência porque a intenção vai para onde a atenção flui. Quando alguém coloca sua intenção nos caminhos neurais, então os caminhos neurais ganham mais atenção.
Algumas outras mudanças que ocorrem são em pessoas que ganham mais controle consciente da respiração delas, em vez de prenderem a respiração ou soltar o ar assoprando, elas respiram de um modo mais consistente e estável. Eu gravo todas as minhas sessões de coaching e encorajo os clientes a voltar lá trás e escutar nossa segunda ou terceira sessão e depois ouvir a décima para que sejam capazes de escutar e admitir as mudanças para eles mesmos. Então, naturalmente, aqui estão as maravilhosas mudanças na maior parte
‘‘Quando você compartilha informações com seus clientes, como o fato de neurônios estarem faiscando novas ideias, você realmente aumenta a realidade do acontecimento’’.
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Impacto
Pisar fora O coaching na transição para a nova aposentadoria Por Jeffrey Jans e Mickie Schroeder O velho paradigma da aposentadoria era dizer, “chegou sua hora”. Se você tem condição financeira, você pode viajar, levar as crianças para Disney e morar onde é mais quente. Se você não pode fazer uma viagem, oportunidades para voluntariado são abundantes. O novo paradigma para aposentadoria é o que é escolhido pela própria pessoa. Aposentadoria é agora o que você faz dela. Muitos da geração pós-guerra vão viver mais 20 anos após se aposentarem, porém eles tem vagas ideias do que irão fazer. Assim, estreia um novo tipo de coaching. Ele contracena com o coach de carreira e vida, com a liderança atuando como função de apoio.
Problemas e fases na transição da aposentadoria Uma importante transição de vida, segundo William Bridges em seu livro, possui três fases: Final: você se aposenta do seu trabalho; Zona neutra: um tempo para exploração sobre o que vem a seguir; Novo recomeço: o início real da sua aposentadoria.
idiota despreocupado. Estou tão pronto para me aposentar e me livrar dele’’, um coach, que não está familiarizado com os problemas, pode criar empatia e responder, “entendo sua frustração. Parece que você aturou tudo que podia de seu patrão”. Entretanto, conhecendo os problemas da aposentadoria, o coach pode perguntar, “o seu patrão é a única razão para você querer se aposentar, ou existem outras razões?”.
Toda transição de vida tem problemas que correspondem a uma dessas fases. Um coach consciente dessas fases pode escutar e perguntar se um problema em particular é motivo de preocupação para o cliente e o quanto é preocupante. Também, a consciência sobre os problemas da aposentadoria ‘típica' reforça consideravelmente uma capacidade - do coach de reconhecer quando o cliente está experimentando algo único. Também reforça a capacidade do coach para ‘enxergar' um problema típico disfarçado como único.
Trabalhar o coaching com pessoas em transição geralmente envolve solicitar que o cliente se lembre de detalhes de transições passadas, usando o que ajudou, e evitando comportamentos e pensamentos que foram prejudiciais. Entretanto, a transição para a aposentadoria tem muitas variáveis, é problemático usar transições passadas como um guia.
O conhecimento dos problemas na transição da aposentadoria reforça consideravelmente a natureza e o momento das perguntas do coach. Por exemplo, quando um cliente diz, “meu patrão é um
O que diferencia aposentadoria de outras transições é a perspectiva da pessoa sobre isso. Clientes nossos expressam observar com horror a aposentadoria de seus pais e pensam / sentem, “nunca farei
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isso!”. Eles viram pais e amigos se tornarem vítimas da ‘síndrome do marido aposentado' onde o pai / cônjuge se aposenta e se torna um aficionado do sofá, passando os dias assistindo TV. O inverso naturalmente é possível. São pessoas que, como Jimmy Carter, parecem evoluir muito melhor na aposentadoria do que na vida profissional. A imagem que fazem da aposentadoria é muito mais positiva e, a partir da perspectiva do coaching, uma base muito mais firme onde se pode construir. Quando a perspectiva do cliente sobre aposentadoria não é positiva, percebemos que prosseguir com coaching de uma forma construtiva, é importante para ajudá-lo a encontrar pontos positivos e construir a partir deles. Por exemplo, no caso da ‘síndrome do marido aposentado’, perguntamos ao cliente se ele poderia encontrar um ‘modelo a seguir' mais positivo. Podia ser um parente, um amigo, um ex-presidente dos EUA, ou um personagem fictício.
Impacto
Adotar algumas das características do ‘modelo a seguir' do cliente se torna, agora, um foco paralelo do coaching. Quando uma questão delicada vem à tona, nossa resposta de coaching é com frequência, “o que o seu ‘modelo a seguir' pensa, faz ou não, nessa situação?” Um problema que encontramos é a depressão pós-aposentadoria. Nós a descrevemos de forma similar à depressão pós-parto porque as duas são bem parecidas. Quando as pessoas se aposentam, é esperado que elas se sintam alegres por terem passado um marco de suas vidas. Entretanto, como se supõe que uma mãe que acaba de dar a luz se sinta a mãe mais feliz, e em vez disso sente depressão, os recém aposentados, com frequência, se sentem à deriva e sem leme. Outra diferenciação sobre a transição para aposentadoria, é a tomada de decisões. Para muitas pessoas, aposentadoria é uma primeira vez na vida delas, em que um pai, escola ou instituição relacionada ao trabalho não está dando ordens do que e de como. Na aposentadoria as pessoas tem que tomar decisões por elas mesmas - e com o seu parceiro - decidir o destino de suas vidas e que caminho tomarão. Achamos que as pessoas deveriam fazer a dança da felicidade para celebrar esta nova liberdade encontrada. Ao contrário, muitos de nossos clientes acham isso tão assustador que, apesar de muitos estarem prontos financeiramente, continuam trabalhando. Quando o momento chega para eles, os músculos para tomadas de decisões estão atrofiados. O coaching coloca eles em forma.
rece algo que está alinhado com seu propósito você o estuda. Caso não, é fácil dizer não. Para ajudar os clientes a descobrirem seus objetivos, nós usamos uma combinação de várias atividades, que são concluídas pelo cliente nos intervalos das sessões. O papel do coach é elaborar perguntas que tragam clareza e ser o ‘advogado do diabo’ com os clientes, assegurando que eles se expressem de forma plena seus objetivos. Conforme o coaching vai progredindo, chega o momento em que o cliente faz um brainstorm de opções para o que ele gostaria de fazer. Quando o brainstorm é esgotado (o que nunca acontece) cada ideia é ponderada face ao ‘sim maior’. Se essa conexão não é aparente, é colocada em destaque. Ocasionalmente, clientes procuram o coaching com ideias sobre suas aposentadorias, e não querem trabalhar através destas três fases. O objetivos deles são definições específicas do que eles tem em mente, usando o coach como uma caixa de ressonância. Nós aceitamos. Começamos a partir de onde o cliente se encontra. Entretanto, os clientes descobrem com frequência que eles pegaram apenas os frutos mais fáceis. Eles percebem que tem mais coisa lá fora para eles, e, que para encontrar, é preciso procurar o que envolve entrar na ‘zona neutra'.
situação deles e, como resultado, se permite explorar. Uma vez que o coach e o cliente buscam profundamente encontrar um objetivo, a ansiedade do cliente é convertida em energia positiva que constroí momentos para o que está por vir.
Um novo recomeço Bridges usa uma metáfora para capturar rapidamente a essência para fazer a transição. Ele escreve que é como atravessar uma rua de mão dupla movimentada. Dar um passo para sair do meio-fio é um ‘final’. Parar no meio da rua para ter sua posição é a ‘zona neutra’. Mover para o outro lado representa um ‘novo recomeço’. Com a nova perspectiva sobre aposentadoria (um final), um objetivo redescoberto e opções para buscá-lo (a partir da zona neutra), o coaching de aposentadoria, agora, leva o cliente a tentar as opções que mais se alinham com o objetivo (um novo recomeço). Durante esses processos, o cliente se mantém descobrindo e, com insight do coaching, levará um pedaço de uma incursão e combinará com outros pedaços de outras incursões, e, eventualmente, juntará as peças do quebra-cabeça.
A ‘zona neutra’ é a fase mais difícil. É aqui que os clientes determinam seus objetivos e fazem o brainstorm dos caminhos para alcançá-los. O coaching ajuda o cliente a reconhecer a ambiguidade da
Encontrar um ‘‘sim” maior Tomar decisões é mais fácil quando você tem, como Stephen Covey escreveu em 7 Habits of Highly Successful People , “um sim maior” - um objetivo escolhido por você, que possibilita dizer sim ou não para as tentações que surgem. Se apa-
‘‘O que diferencia aposentadoria de outras transições é a perspectiva da pessoa sobre isso’’.
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ICF Global Conference, evento importante para o coaching no Brasil e para a Revista choice com versão em português. A choice é uma revista internacional, especializada em coaching, voltada ao público profissional deste segmento. Há 10 anos no mercado, a edição brasileira completa 2 anos no final de 2014. Estive no evento do Rio de Janeiro como coach profissional e como Diretora Executiva da Revista choice. Uma importante comunidade esteve junta, discutindo, aprendendo e praticando o que se tornou a metodologia mais eficiente e eficaz do mercado atual. O coaching vem abrindo asas, e além de atender pessoas e profissionais, especialmente líderes, passa a fazer parte de cenário de mudança cultural, desenvolvimento de equipes e grupos, e deverá nos próximos, anos espalhar-se pelas comunidades sociais ativas.
Recado do presidente da ICF Foi muito emocionante ver acontecer esse processo de conexão, transformação e construção, ali, ao vivo, com todas as pessoas se envolvendo e se entregando profundamente à essa experiência. Saímos todos com muitos impulsos, com ideias e propostas de como devemos continuar o desenvolvimento da comunidade de coaching e, tivemos a sensação de ter atingido nosso grande objetivo que era levantar essas inquietações. Agora temos que nos perguntar qual é o nosso comprometimento com as nossas descobertas e o que queremos que aconteça com a nossa comunidade no Brasil, na América Latina e através da nossa conexão com o mundo. Convido todos para que continuem a pensar, discutir, envolver e transformar a nossa realidade, colocando a nossa missão no mundo.
No Rio, coaches de diversos países estiveram juntos, celebrando o avanço deste segmento. A diretoria da ICF Global esteve presente, falando de pesquisas, prêmios, tendências e da importância da ICF pelo mundo. A diretoria do Brasil, representada pelo presidente, Jorge Oliveira, fez bonito, e de forma grandiosa, levou o coaching no Brasil a outro patamar. Destaques como Eliana Dutra, Eva H. Pontes, David Prior, Mihaly Csikszentmihaly, Robert Keagan, Pamela McLean, Rhandy Di Stéfano e outros, estiveram no evento dando seu recado e sua preciosa contribuição. Saiba o que rolou no evento e esteja ligado neste canal. A Revista choice chegou para ficar, e fazer diferença no mercado de coaching brasileiro.
EQUIPE CHOICE BRASIL
Jaqueline Weigel, Diretora Executiva da Revista choice Brasil.
Francine Hermes, Gerente Comercial da Revista choice Brasil.
Vívian Porto Ataíde, marketing e diagramação da Revista choice Brasil.
Silvia Pilagallo, tradução da Revista choice Brasil.
ICF GLOBAL BOARD
Damian Goldvarg - Global President International Coach Federation (ICF).
Peter Barr - ICF Master Certified Coach, Secretary and Treasurer at International Coach Federation (ICF).
Magdalena Mook Diretora Executiva/CEO, International Coach Federation (ICF).
Mark Ruth - Diretor de Pesquisa e Educaテァテ」o, International Coach Federation (ICF).
Don Whittle - Membership Director at International Coach Federation (ICF)
Stephanie Norris Regional ICF RSC Latin America.
CONFIRA OS Vテ好EOS DA ICF GLOBAL CONFERENCE EM NOSSO CANAL DO YOUTUBE. Acesse: http://bit.ly/1AcsO8R
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DESTAQUES
Eliana Dutra falou sobre a presença do coach nos processos.
Mihaly Csikszentmihalyi, conhecido pela sua teoria FLOW, falou sobre ‘a teoria, pesquisa e aplicação do fluxo para a criatividade e para a vida diária’.
Eva Hirsch Pontes teve como tema o ‘medo e a insegurança do coach’.
Maria Angélica Carneiro, do Instituto EcoSocial, PCC e examinadora da ICF para credenciamento de coaches.
Pamela McLean é psicóloga e cofundadora do Instituto Hudson de Coaching, falou sobre ‘a vantagem do coaching: cultivando o eu interior como coach’.
Robert Keagan é psicólogo e cofundador de Minds at Work, em seu workshop simultâneo, falou em ‘como superar a imunidade à mudança’.
Rhandy Di Stéfano, trouxe o tema ‘coaching executivo desenvolvendo competências e heróis corporativos’.
David Prior é diretor geral da Getacoach.com, aplicou o modelo do Septeto em uma demonstração de coaching ao vivo.
José Augusto Figueiredo, expresidente da ICF Brasil.
Taki Moore é considerado, por muitas pessoas, o coach número 1 em coaching executivo e de negócios, palestrou sobre ‘como vender coaching por um preço alto’.
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EXCLUSIVO PARA CHOICE
Entrevista com Rhandy Di Stéfano, do Integrated Coaching Institute Uma conversa sobre coaching e o mercado brasileiro. Na entrevista exclusiva concedida à choice, Rhandy fala sobre coaching, mercado, contratação e metodologia. Por Jaqueline Weigel. JW: Se você pudesse dar um recado para o público em geral sobre coaching, o que você diria? RdS: O termo coaching virou uma palavra super usada e acabou sendo uma desculpa para o público ser exposto à várias coisas que são feitas usando o nome de coaching. Desde coisas mais concretas, até coisas exóticas. Nem tudo que o público digere como coaching, é coaching de verdade. Eu temo por um público profissional, por exemplo, que acha que coaching seja receber uma resposta fácil, rasa e superficial sobre sua carreira. Para o público que quer ficar mais informado, é preciso entender que coaching é mais do que um processo para que a pessoa consiga rever sua forma de pensar e de agir, é acima de tudo, um processo de desenvolvimento de competências. É uma forma de trabalho que ajuda qualquer ser humano a desenvolver o que ele precisa para então atingir uma meta. Não como em uma simples palestra motivacional, onde se acha que você se motiva por que alguém está estimulando você, mas de forma concreta e constante. Sabemos que nada é desenvolvido da noite para o dia. Eu associo o coaching a um desenvolvimento muscular. Você não desenvolve um músculo do dia para noite e com pequenos conselhos. A pessoa tem que ter coragem de fazer um processo. Coaching é um processo de duas fases, parte dentro da sessão – onde ele decide o que desenvolver – e a maior parte que ocorre na vida real, com a coragem de praticar um novo comportamento. Então, se o coaching como método não gerar um novo comportamento, uma nova forma de pensar e agir, que seja realmente aprendida e internalizada, o processo tem que ser questionado.
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JW: O que você diria para os RH's que buscam ou contratam coaching como serviço? RdS: Eu acho que o RH é uma das áreas que mais sofre. Eles recebem muita influência de profissionais que estão vendendo seus serviços, e muitos desses prestam um ‘desserviço’, gerando explicações errôneas do que é o processo. Um departamento de RH deve ter a consciência que será cobrado pela contratação de um coach e, se a contratação for mal feita, o RH é responsabilizado. O que eu diria: o RH sabe que está contratando alguém bom quando ele gera um processo para o executivo, que é focado em alguma meta específica, alguma competência especifica sendo
desenvolvida. Coaching não é um processo indefinido, não é um bate-papo que leva anos apenas para que o cliente se sinta bem, é uma conversa onde existe um processo, baseado em desenvolvimento de competências. Para que o RH não cometa erro: após da contratação do coach, deve have algum acompanhamento do processo. A competência que está sendo desenvolvida é o que a empresa espera que se desenvolva. Isto para evitar casos onde se descobriu que após dois anos de processo que não havia competência alguma sendo desenvolvida. Isto não é aceitável no mundo
corporativo. Coaching é um processo preciso, de começo, meio e fim, para desenvolver a competência de liderança que o executivo precisa. JW: Um recado para líderes e executivos: RdS: Vejo duas frentes: o líder que está contratando o processo de coaching para si ou se a empresa que está contratando para seu executivo. Se a empresa contrata, o líder deve ver isso como um elogio. Muitos ficam receosos. Se a empresa está investindo em você, é porque quer ver o seu sucesso. O coach é um personal trainer do seu crescimento como líder. E como saber se o coaching vai beneficiá-lo? Ter um coach que não julga, que aceite o coachee, que entenda que o executivo está fazendo o melhor que pode com o que aprendeu, então não o trata como alguém problemático, e sim como alguém que tem capacidade de se tornar o líder que deseja ser. É só uma questão de saber qual comportamento novo ele quer desenvolver. Coaching tem que ser mais simplificado. As pessoas fazem a coisa muito dramática e complicada – para justificar processos que levam muito tempo sem precisar. É preciso descobrir de forma precisa qual ponto da liderança do executivo está “falhando”. Usamos a Lei de Paretto: o executivo não deve se assustar e achar que vai precisar desenvolver dezenas de competências, porque o que os mesmos 80% de problemas são causados pelos 20% de fatores. Na minha experiência, o executivo que desenvolve bem 2 ou 3 das competências resolve a maioria dos seus problemas corporativos – já que a maioria dos conflitos são causados por estas mesmas causas comportamentais expressas de várias forma e em situações diferentes. Chama-mos isto de parallel ocurrances (ocorrências paralelas). JW: Sobre as metodologias de coaching, qual é a sua percepção? RdS: Eu questiono o nível de eficácia de algumas metodologias, o que acaba confundindo o mundo do coaching no
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no Brasil. Os alunos de coaching aqui no país, tem sede de fazer muitos cursos diferentes de coaching. E eu não sou dessa teoria. Acho que para você ficar bom, tem que fazer uma coisa e fazer essa coisa bem feita, se não, você acabar aprendendo um monte de coisas, faz uma salada e não sabe mais o que está praticando. Por outro lado também entendo que muitos profissionais tem feito vários cursos de coaching porque estão insatisfeitos com o nível de treinamento que estão recebendo. O que eu indico: busque um curso onde você percebe credibilidade em ajudar a desenvolver o ser humano, e não apenas um curso que você percebe que o marketing é a parte mais forte. Se o marketing é o foco mais forte, então é um curso de marketing. O importante de um curso de coaching é treinar o profissional a trabalhar o desenvolvimento real de um outro ser humano. Uma vez que o aluno aprende isto, não precisa ter a ilusão que vai ter que fazer todos os cursos do mercado. Faço a analogia com artes marciais: uma vez que você aprende como fazer, o resto do processo é praticar até ficar bom no que aprendeu. JW: Agora, sobre o futuro do coaching no Brasil. O que você enxerga? Quais são os caminhos, as tendências? E porque que o Brasil deve abraçar o coaching com toda sua força? RdS: O futuro do coaching no Brasil depende muito do mundo empresarial. O Brasil passa hoje por algo que os EUA passou há uns 20 anos atrás, onde existiam coaches no mercado que sabiam fazer processos e tinham pessoas que somente colocavam o nome de coach e não sabiam o que estavam fazendo. A maior parte dos contratantes de coaching é o mundo corporativo, onde existe um processo natural de evolução e aquilo que não funciona eventualmente não sobrevive no mercado.
GALERIA DE FOTOS
Confira mais fotos em: www.facebook.com/revistachoice Fonte: assessoria Revista choice
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Artigos
Fazemos o coaching de pessoas, não de problemas
respondeu: “na verdade, minha verdadeira questão é que não sinto mais ter um propósito para minha vida”. E a resposta do coach foi: “isso é realmente interessante. Eu gostaria que tivéssemos tempo para explorar esse ponto, mas vamos deixá-lo de lado e voltar o foco para a questão que você trouxe”. Você, leitor, o que faria nessa situação?
Por Eva H. Pontes - PCC
Foi com essa frase que Pamela McLean abriu sua apresentação durante a Conferência Global da ICF realizada no Rio de Janeiro, em novembro.
No trabalho de mentoria e supervisão, também já tive alguns casos de coaches tendendo a aplicar seus modelos ao pé da letra. Esse comportamento tende a ser mais frequente em coaches principiantes, mas às vezes é visível também em coaches mais experientes. Um dos efeitos prejudiciais à prática do coaching é que esse rigor pode deixar de considerar a totalidade do cliente, já que os primeiros métodos que aprendemos de fato concentram-se em apoiar o cliente a buscar uma solução para o assunto que ele traz para a sessão de coaching.
Quando aprendemos a fazer coaching, é natural que fiquemos presos ao rigor dos modelos que nos são transmitidos nos primeiros treinamentos. De fato, é de suma importância saber dominar metodologias e ferramentas que possam garantir uma atuação profissional dentro dos limites do coaching. Entretanto, à medida que vamos evo-luindo, é preciso aprender também a colocar os modelos a serviço do cliente, em vez de tentar enquadrar a pessoa à nossa frente em nossos esquemas teóricos. Carl Jung já alertava: “conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Entretanto, a ICF espera que, em sua evolução, o coach deixe de fornecer coaching para “o que” o cliente traz, e passe a focar no “quem” do cliente. No nível ACC, sabemos que o foco no “o que” o cliente traz caracteriza a abordagem essencial do coach, que se limita a explorar a questão apresentada pelo cliente, considerando sua situação, circunstâncias, ambiente etc. Para o nível PCC, espera-se que o coach saiba equilibrar o foco no “o que” com o olhar para o “quem” do cliente. No nível MCC, o foco deve ser inteiramente voltado para o “quem”. Ouvir o “quem” do cliente significa ouvir seu mundo interno, para apoiá-lo a ter mais clareza sobre suas forças, valores, crenças, formas de pensar e sentir, estratégias de sucesso etc.
No artigo “The Liberated Coach”, David Clutterbuck relata ter presenciado uma sessão de coaching em que o coach usava o modelo GROW. Depois de explorar bem a fase G (Gol), o coach começou a fazer perguntas da etapa R (Realidade). Em dado momento, o cliente
Vejo que muitos coaches ainda desconhecem essa distinção tão fundamental para quem deseja desenvolver sua prática. Vamos a um exemplo que pode ajudar a esclarecer essa diferença: um cliente diz que quer ser bem-sucedido profissionalmente. Uma pergunta para
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exploração em torno do “o que” poderia ser: “como você define um profissional bem-sucedido?”. Para explorar o “quem”, o coach poderia perguntar: “qual é a importância de ser bem-sucedido pra você?”. Essa nuance pode trazer uma mudança importante de perspectiva para o cliente, ajudando-o a entrar mais rapidamente em contato com a energia mobilizadora para alcance de seu objetivo. Para ouvir o “quem”, devemos estar atentos às formas do cliente pensar e processar informações, às crenças que ele revela a respeito de suas circunstâncias e de si mesmo, aos padrões de comportamento, às emoções expressas através de palavras e, muitas vezes, através de mudanças de tom de voz, linguagem corporal, nível de energia etc. E é a esse conteúdo que devemos responder. Responder é uma palavra chave aqui. Nossos modelos, técnicas e instrumentos devem ser colocados em resposta ao que o cliente oferece. Saber ouvi-lo por inteiro, e responder à totalidade do que ele apresenta é o que precisamos aprender em nossa evolução como coaches. Este é meu convite para a reflexão de hoje: como você, leitor, pode observar qual tem sido o maior foco do seu trabalho, se o “que” ou o “quem”? Como você pode saber se está atuando em resposta ao que o cliente oferece? Como você pode se permitir tentar explorar mais do “quem” de seu cliente nas sessões? Vou adorar saber o que deu certo! Até breve!
Ar Artigos
O uso combinado de instrumentos de diagnóstico e o trabalho de coaching Instrumentos que podem contribuir nos processos de coaching Por Mônica Valente
Nas empresas mais modernas a falta de motivação já é vista como a principal causa da baixa produtividade, mais do que a incompetência e a falta de conhecimentos técnicos. O bem-estar e a autorealização dos profissionais tornam-se, cada vez mais, um dos principais assuntos do mundo corporativo. As organizações perceberam que as pessoas são mais competentes quando as suas habilidades, traços de personalidade e conhecimentos se harmonizam com a função que desempenham ou vão desempenhar, isto no caso de novas contratações. Em alguns casos, há uma distância tão grande entre o que desperta paixão e vitaliza uma pessoa e a sua atividade profissional que o resultado só pode ser insatisfação e baixo desempenho. Neste sentido, pode ser que surjam, de vez em quando, dúvidas em relação a satisfação com o trabalho que realizamos, o que é normal, porém, se nos assombrarem todos os dias, pode ser um sinal de que algo não vai bem. O uso combinado de instrumentos de diagnóstico, junto com o trabalho de coaching, tem se mostrado um trabalho efetivo para o desenvolvimento profissional e motivacional. Os instrumentos de diagnóstico, que funcionam como chaves que nos ajudam a abrir portas para o autoconhecimento e a transformação pessoal, podem nos levar a enxergar com profundidade as nossas próprias necessidades e motivações. O uso dos Instrumentos junto ao trabalho de coaching potencializa e acelera este autoconhecimento, permitindo navegar por diferentes áreas, trazendo maior eficiência ao processo de autoconhecimento.
Combinar diversos instrumentos como Birkman® (motivações e necessidades), EQi (inteligência emocional) e MBTI® (personalidade) possibilita a exploração das diferentes facetas do humano, resultando em um olhar abrangente. Vejamos como cada instrumento pode contribuir neste olhar. O Birkman® tem como foco principal identificar e trabalhar a percepção de si e do outro. Entre os seus conceitos mais importantes está o de que as pessoas apresentam comportamentos distintos quando estão relaxadas e estressadas. Por trás dos comportamentos negativos, causados por estresse, estão necessidades não atendidas relacionadas a motivações e expectativas muito pessoais, invisíveis para quem está por perto. Se as pessoas são auxiliadas a identificar as suas motivações e necessidades, conseguirão entender porque agem da maneira que agem, e poderão avaliar e mudar a própria percepção, deixando de perseguir alvos imaginários.
Já o MBTI® é um dos instrumentos mais aplicados para poder compreender os diferentes perfis psicológicos. Esta ferramenta nos ajuda a desvendar a forma como percebemos e julgamos as diversas situações. Através do MBTI® podemos entender melhor como interagimos com o mundo e como somos vistos pelas outras pessoas. O coaching, que tem como objetivo auxiliar as pessoas a atingirem os seus objetivos definindo-os com maior clareza, através do uso combinado dos instrumentos de diagnóstico, faz com que a pessoas passem de um ponto para outro da sua vida com maior segurança, tendo como grande aliado o autoconhecimento adquirido por meio destes. É importante salientar que para a Fellipelli, impulsionar as pessoas a explorarem o seu potencial através do autoconhecimento é mais do que um propósito, é uma missão.
Com o EQi®, que trabalha o desenvolvimento da inteligência emocional, é possível aprimorar a capacidade de lidar com as nossas emoções e com as dos outros, o que se torna fundamental especialmente quando as divergências provocam reações estressantes. A inteligência emocional permite que reconheçamos a forma como nos desenvolvemos e mantemos relações sociais; percebamos e expressemos idéias e comportamentos; lidemos com desafios; e usemos sentimentos de modo prático e significativo.
‘‘O uso de instrumentos junto ao trabalho de coaching potencializa e acelera este autoconhecimento, permitindo navegar por diferentes áreas, trazendo maior eciência ao processo de autoconhecimento’’.
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Artigos
O momento do coaching no Brasil O coaching acima de tudo é arte
à ciência do coaching, diversos países estiveram juntos em prol da evolução desta profissão, que cresce a cada ano no mundo inteiro. Coaches precisam ser são formados em coaching. Ter sido um executivo, administrador, professor ou consultor, não habilita o profissional à venda dos serviços como coach. Existem competências exigidas, horas de estudo, credenciais e certificações que confirmam a capacidade do profissional de coaching, além do rigoroso Código de Ética da ICF.
Por jaqueline Weigel - PCC
2014, ano importante para o coaching no Brasil. Coaches da maior e mais reconhecida entidade do mundo, estiveram no Rio de Janeiro na ICF Global Conference. A história do coaching no Brasil é recente, tem em torno de 15 anos. Pioneiros no assunto, consultores tradicionais, introduziram o coaching no mundo corporativo com sucesso. No início, a formação em coaching não era algo tão relevante. Contava a experiência. À medida que o assunto foi amadurecendo, o mercado entendeu como funciona e quais são os critérios para contratação deste tipo de serviço. Quando o Brasil ouviu falar sobre coaching, e poucos sabiam do que realmente se tratava. Havia uma analogia com terapia, mistura com consultoria, mentoria e orientação, e enfim, o coaching chega a seu momento maduro, mesmo tendo ainda muitos desafios pela frente. No ICF Global Conference, escolas credenciadas expuseram suas propostas, palestrantes nacionais e internacionais apresentaram conteúdos ligados
No mercado, consumidores pouco informados, contratam ‘coaches' sem muitos critérios. Não havia conhecimento suficiente sobre o que é preciso para contratar um coach profissional. Formações diversas surgiram como commodities, com selos de qualidade desconhecidos, conteúdo confuso e pouco estruturado. Há no mercado frentes que se parecem mais com ‘seitas' do que com cursos de formação de coaching. Alguns cursos de formação, quando analisados, falam muito pouco de coaching. São verdadeiras indústrias de marketing enganoso. Existem coaches que fraudam diplomas, escolas cujos fundadores têm processos administrativos, serviços com o “reclame aqui” lotado de ocorrências, e anúncios completamente antiéticos. Tudo isso confunde o consumidor.
No mercado as modalidades de coaching de vida, carreira ou executivo já são amplamente conhecidas em grandes capitais, e agora espalham-se pelo Brasil. O coaching em grupo e de equipe vêm ganhando força, e a implementação da cultura de coaching dentro de empresas é a grande tendência dos próximos anos. Coaching não é moda, veio para ficar. É um processo com foco em comportamento, ação e parceria criativa, que traz à tona o potencial do cliente fazendo com que ele explore suas possibilidades e torne-se o melhor que puder ser em todas as áreas de sua vida. Dicas para contratantes: existem várias recomendações na hora da escolha de contratação. Entre no site: http://weigelcoaching.com.br/artigos/dica s-para-coaches/. Dica para coaches: opte por cursos certificados, seja coachee, faça supervisão, busque mentoria e entenda que um coach estuda para sempre. Mantenha a humildade de saber que ‘sobre os seres humanos não existe uma verdade única e nem uma metodologia milagrosa'. O coaching acima de tudo é arte. Arte de revelar a alma humana através da conversa e da investigação.
Coaching é uma arte séria e magnifica, que explora o ser humano de forma integral. Promove conversa, reflexão, descoberta, construção e expansão do ser. Para que um coach faça este caminho com seriedade, são necessárias, no mínimo, 60 horas de estudo sobre coaching, 100 horas de atendimento, 10 horas de mentoria, testes práticos e teóricos que são avaliados por profissionais treinados. Tudo isso faz parte do padrão ICF.
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Artigos
O poder da fé no outro no processo de coaching A dificuldade de relaxar e deixar que o cliente guie o coach
Por Melina Kunifas - PCC
Embora a base do coaching seja apoiar o coachee a encontrar suas próprias respostas, após conversar e trabalhar com vários coaches, vejo que uma das grandes dificuldades da maioria é não se envolver no problema do cliente, querendo encontrar uma solução para o mesmo. Muitos coaches se preparam durante horas antes das sessões, por não conseguirem relaxar e deixar que o cliente os guie. Esta dificuldade vem basicamente de duas fontes: 1. Crescemos aprendendo a resolver problemas. Nossos pais resolvem para nós, depois nossos professores, nossos parceiros e chefes. Aprendemos então que para sermos eficientes precisamos resolver pelo outro também. Quando estamos com um desafio e trazemos para alguém, a primeira reação do outro é ajudar-nos a encontrar uma solução para o mesmo. Temos um problema no trabalho, vamos ao nosso superior para uma resposta, e este, de maneira geral, nos dá. Não há nada de errado neste processo, porém ele não nos ensina a pensarmos
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por nós mesmos, e nós não aprendemos a fazer o mesmo com o outro. 2. Só conseguimos acreditar no outro 100% quando acreditamos em nós mesmos. Porém, infelizmente a maioria das pessoas tem dificuldade em acreditar verdadeiramente em suas capacidades. Sempre soube que confiança em si é tudo na vida. Porém esta só é conquistada quando nos conhecerem por dentro. Muitos de nós fugimos das nossas “viagens” internas por medo do que encontraremos “escondido”. Sabemos que temos diversos “defeitos”, pois afinal crescemos ouvindo que precisamos melhorá-los, mas mal conhecemos nossos talentos e forças. Porém estes são a chave para acreditarmos que podemos superar nossos desafios e alcançarmos nossos objetivos. Quando fiz minha formação em coaching nos EUA, uma das matérias era justamente nosso auto-conhecimento. Fundamental para todos, mas principalmente para os profissionais que querem ajudar os outros a se desenvolverem pessoal e profissionalmente. Se não acreditamos que um objetivo pode ser conquistado por nossas próprias limitações e crenças, inconscientemente não “deixaremos” que o nosso cliente tome este caminho, dando a ele um “melhor”. Quando sabemos o que o nosso coração quer e não o que a cabeça acha que quer, vamos atrás do mesmo, e consequentemente deixamos nossos coachees fazerem o mesmo. Há um terceiro agravante que vejo acontecer que é nossa preocupação com a nossa performance. Principalmente quando estamos iniciando na carreira. 'Se o cliente está me pagando, “preciso” que ele alcance resultados'. Não percebemos que o resultado dele é ‘dele’, e não nosso. Como Eliana Dutra e eu repetimos diver-
sas vezes no nosso curso de formação, Magistere: “o coach precisa dançar a dança do ‘coachee’, e não a sua!”. Eu mesma levei muito tempo para entender tudo isso. Infelizmente não tive uma mentoria intensiva como fazemos com os nossos alunos. É muito gratificante ver o progresso dos mesmos. Ver como se conhecendo melhor, aprendendo a acreditar em si mesmo, em suas capacidades, e não somente no método, eles se tornam pessoas mais “humanas”, menos egocêntricas, e mais capazes de apoiar seus clientes a serem o seu melhor, consequentemente ajudando a eles alcançarem resultados muitos mais duradouros. Hoje não mais acredito que todos somos perfeitos, capazes e maravilhosos. Hoje eu sei! Quem acredita é a cabeça, quem sabe é o coração. Por isso sei que para fazermos parte da cura do mundo através desta profissão maravilhosa que é o coaching, precisamos primeiro nos conhecer. Pois quando nos curamos dos nossos próprios medos e limitações, automaticamente damos ao outro o direito de fazer o mesmo.
Palavra nal
A mudança da mente Conquistar uma mudança positiva no cérebro através do coaching Por June Caskey No seu livro, The Brain That Changes Itself, Norman Doldge - MD, traz histórias de exemplos atordoantes e evidências, comprovadas cientificamente, das extensões estonteantes para as quais o cérebro pode ser alterado. Até mesmo pessoas que tenham sofrido enfartes fortes há 20 ou 30 anos atrás, ou que tiveram danos no cérebro causados por acidentes sérios, podem ganhar novamente mobilidade plena. Mais espantoso ainda, é o fato de que cérebros com problemas de nascença, faltando alguns componentes vitais, podem construir novos caminhos para modificar os efeitos de tais defeitos. Tudo isso são notícias que trazem muito conforto para aqueles que, como nós, estão trabalhando com pessoas que parecem resistir à mudança de pensamento, o que faria a vida deles muito melhor. Então, é levantada a questão: “tudo bem, mas como posso usar o coaching para que meu cliente comece a pensar de forma diferente?”. Devemos nos perguntar se nosso cliente compreende plenamente que o verdadeiro sucesso exige mudar padrões de pensamentos velhos e ineficientes. Nosso cliente deve perceber a diferença entre ‘pensamento de desejo' e o ‘fazer acontecer', que é necessário para o desejo se tornar verdade. Algumas vezes o ‘fazer acontecer' é bloqueado pelo medo de falhar. Se o cliente tiver medo subconsciente, de que seu objetivo está fora de alcance, então desejar é a única atividade que pode ser administrada. Desejar praticamente não requer esforço algum, enquanto que o sucesso exige confiança e determinação. Estes dois estados necessários de mente
podem ser desenvolvidos através de pequenos passos na direção certa, e o Dr. Doldge diz que é vital ter um professor, assistente ou terapeuta que tem o conhecimento e paciência para encorajar o ‘aluno' a cada passo no caminho para o crescimento. Meu próprio sucesso como professor de piano me proporciona insights profundos sobre a diferença entre ensinar e fazer o coaching, e também sobre a ligação entre eles. Acredito que qualquer habilidade, seja no teclado ou no mundo dos negócios, deve ser compreendida plenamente, ou aprendida, antes de ser colocada efetivamente em prática. É fácil o professor ou o coach confundirem falta de compreensão com preguiça. Um aluno de piano que não pratica entre as aulas pode achar as tarefas esmagadoras ou simplesmente não compreender como fazer o que é solicitado para efetivamente completar a tarefa e com prazer. Ele ou ela pode, pelo contrário, sentir uma mistura de medo e ansiedade, ficando empacado! Se uma pessoa de negócio não se sente realmente capaz de apresentar efetivamente seu produto para um cliente em potencial, as emoções de medo e ansiedade podem realmente bloquear a motivação e o progresso. Devemos mostrar ao nosso cliente como pensar no objetivo como sendo possível e que será alcançado através de muitos passos pequenos e viáveis, um de cada vez. Neste momento, o coach deve usar uma analogia para ilustrar os passos em direção ao objetivo. Uma conversa importante pode começar da seguinte forma:
‘‘Devemos mostrar ao nosso cliente como pensar no objetivo como sendo possível e que será alcançado através de muitos passos pequenos e viáveis, um de cada vez’’.
Coach: se o objetivo fosse subir até o telhado de uma casa, faria algum bem para a pessoa ficar parada olhando para o telhado e desejando chegar lá? Cliente: parece que não. Ele precisaria de uma escada. Coach: com uma escada, subir até o teto seria feito degrau por degrau com relativa facilidade, certo? Cliente: certo. Coach: ótimo, concordamos então, você e eu juntos vamos criar uma lista de ações que ambos concordam que sejam necessárias para alcançar o objetivo de seu negócio, e então, eu o ajudarei a usar a lista como os degraus da escada! A compreensão do cliente sobre as barreiras do progresso e o acordo para fazer a lista para superar as barreiras foram resultados do ensino. Agora vem a necessidade do coaching. Sem ajuda para criar aquela lista, o cliente ainda seria a pessoa sem a escada. Depois que a lista foi elaborada o coach deve ajudar o cliente a olhar para cada item da lista como sólidos, um degrau seguro para o sucesso. Começando pelo degrau de baixo, o coach deve encorajar o cliente a aceitar a responsabilidade de concluir esse degrau. Por exemplo, se um contato por telefone é exigido, quando ele será realizado e como o cliente pode se ajudar a fazer o contato? O coach deve manter o cliente encorajado para dar o primeiro passo, depois outro, e outro e outro. Cada vez que subir um degrau, deve ser reconhecido como um sucesso valioso por si só e celebrado pelo cliente e pelo coach como um movimento importante em direção ao objetivo. Assim, o pensamento do resultado desejado será um incentivo para superar mais que uma barreira assustadora para ação.
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