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Revista de Cosmetologia e Ingredientes CosmĂŠticos | 3
CI - Cosmetic Ingredients ® Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos Edição 42
Diretor Geral Maurício Gaspari Pupo mauricio@cicosmetic.com
Índice 6
Novas Exigências do FDA para Fotoprotetores
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Fotoproteção + Despigmentantes e Clareamento Cutâneo
12
Melasma
14
Tratamento dos Melasmas
18
Novo Regulamento Técnico Mercosul sobre
Editor Chefe Maurício Gaspari Pupo mauricio@cicosmetic.com Redatores Claudia Meirelles de Siqueira Flávio José Duran Castilho Aline Patrícia Lopes Gustavo Y oshiharu Miyake Yoshiharu redacao@cicosmetic.com
Protetores Solares em Cosméticos 20
Testes de Eficácia para Comprovação de Fotoproteção
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O Mercado de Fotoproteção
24
Resolução Referente a Protetor Solar
Projeto Gráfico Thiago Gimenez Mota thiago@cicosmetic.com
30
Fotoproteção oral
Editoração Hugo Cesar Manhani
34
BB Cream
42
Tinosorb® S e Tinosorb® M
45
Hiperpigmentação Pós-Inflamatória
46
Alpine Rose Active®
48
Melfade® J
50
Sensolive LD
52
DelinerTM
55
Avena Eyes®
56
Albatin®
58
Hebeatol
60
EyelissTM
62
Clerilys W
64
Uniprotect PT-3
65
Efagel Palma: Base Labial Rica em Tocotrienóis, Vitamina A e E.
66
CytobiolTM Lumin-Eye
68
Reações Alérgicas aos Filtros Solares
72
Melasma Dérmico
76
Toxicologia de Clareadores Cutâneos
Diretor Comercial Neto Montagnini neto@cicosmetic.com Marketing Hugo Campos marketing2@cicosmetic.com Anúncios marketing@cicosmetic.com Assinaturas vendas1@cicosmetic.com Website www.revistadecosmetologia.com Tiragem 3.500 exemplares
Assinatura 6 (Seis) exemplares anuais. Brasil R$ 150,00 Exterior US$ 100,00 80,00
Av. Francisco Glicério, 2.331 - Jd. Guanabara - Mezanino CEP 13013-101- Campinas - SP - Brasil Fone/Fax: +55 19 3736.6888 www.revistadecosmetologia.com
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Nota de Mercado: Considera-se o ativo GPI Lysine, divulgado na edição 41, como GPI PE.
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IN FOCO
Novas Exigências do FDA para Fotoprotetores Mudanças nos Rótulos e Testes de Eficácia São Exigências Para 2012 O Food and Drug Administration (FDA), EUA, regula os produtos de proteção solar como over-the-counter (isto é, não sujeitos a receita médica). O relatório Final Over-the-Counter Drug Products Monograph on Sunscreens (Federal Register 1999: 64: 2766627963) estabeleceu as condições para a segurança, eficácia e rotulagem desses produtos. Uma alteração proposta mais recente em 2007 (Federal Register 2007: 72: 49.070) elaborou ainda mais os testes UVB (SPF) e UVA. O FDA propôs uma combinação de testes UVA espectofotométricos (in vitro) e clínicos (in vivo) para permitir um sistema de classificação não numérico para proteção UVA, composto por 4 estrelas, sendo 1 estrela considerada proteção baixa e 4 estrelas sendo o mais alto grau de proteção anti-UVA. Em 14 de junho de 2011, o Food and Drug Administration (FDA), EUA, anunciou novas exigências para os protetores solares vendidos atualmente como over-the-counter (OTC). Estes requisitos favorecem que os filtros solares atendam aos modernos padrões de segurança e eficácia. As novas exigências, bem como várias mudanças propostas para as futuras regras, são descritas em quatro documentos regulamentares que incluem uma Regra Final, uma regra proposta, um Aviso Prévio da proposta de regulamentação, e um Projeto de Orientação para a Indústria. As novas exigências do FDA entram em vigência até o verão de 2012, mas as mudanças nos rótulos dos protetores solares já podem ser vistas, mesmo antes da data efetiva da regulamentação.
Novos Requisitos de Rotulagem e de Testes de Eficácia Para Fotoprotetores Os novos requisitos de rotulagem e de testes são efetivos para todos os produtos de proteção solar. Muitas frases comuns usadas em produtos para fotoproteção, tais como “sunblock” (“bloqueador solar”), “waterproof” (“à prova d’água”), “prevents skin cancer” (“previne câncer de pele”), etc., não são mais permitidos pelo FDA americano. Além disso, testes específicos devem ser preenchidos para cada produto fotoprotetor antes de outros claims sobre a proteção anti-UVA e UVB do produto serem feitas. O FDA determinou que existam dados suficientes para estabelecer um teste de “amplo espectro” para determinar a prote6 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
ção anti-UVA. Passar no teste de amplo espectro mostra que o produto oferece proteção UVA, que é proporcional à sua proteção UVB. Os protetores solares que passam no teste de amplo espectro podem ser rotulados como “amplo espectro” (“Broad Spectrum”). Esses requisitos de teste e rotulagem, conforme informa o FDA, são necessários para fornecer aos consumidores as informações que precisam ao selecionar os protetores solares para uso. Os protetores solares comercializados hoje em dia nos EUA podem ter diferentes níveis de proteção contra as radiações ultravioleta A (UVA), mas no próximo ano, devido às novas regras estabelecidas pelo FDA (EUA), os fotoprotetores que também oferecerem proteção anti-UVA além da UVB, também conhecidos como fotoprotetores de amplo espectro, serão obrigados a passar por um teste padronizado pelo FDA (EUA). Este teste de amplo espectro permitirá aos consumidores determinar o nível de proteção UVA que um protetor solar fornece além da sua proteção contra a radiação UVB. Os fotoprotetores só poderão ser rotulados como “resistentes à água” se forem realizados testes segundo o procedimento exigido. Os fotoprotetores rotulados “water resistant” (“resistentes à água”) também devem declarar se este permanece eficaz após 40 minutos ou 80 minutos em situações de natação ou sudorese, e em todos os rótulos de fotoprotetores serão exigidas informações sobre quando reaplicar o produto.
Novas Exigências do FDA Estão Disponíveis em Quatro Documentos Final Rule + Proposed Rule + ANPR + Draft Guidance for Industry
As novas exigências para os produtos fotoprotetores elaboradas pelo FDA, bem como várias mudanças propostas para as futuras regras, são descritas em quatro documentos regulamentares que incluem uma regra final (Final Rule), uma regra proposta (Proposed Rule), um aviso prévio da proposta de regulamentação (Advance Notice of Proposed Rulemaking - ANPR), e um projeto de orientação para a indústria (Draft Guidance for Industry), todos disponíveis no Federal Register americano.
IN FOCO
Proposed Rule: FPS 50 Como Valor Máximo Permitido Para Fotoprotetores
Designação de Amplo Espectro: Apenas os fotoprotetores que passarem pelo procedimento de teste padronizado pelo FDA para amplo espectro de proteção solar, o qual avalia as medidas de proteção ultravioleta A (UVA) relativas a seu fator de proteção UVB (ultravioleta B), podem ser rotulados como “Broad Spectrum SPF [value]” (“Amplo Espectro FPS [valor]”) no rótulo. Para fotoprotetores de amplo espectro, os valores do FPS também indicarão a magnitude de proteção total. Assim, os produtos com fotoproteção de amplo espectro com FPS superior a 15 fornecem alta proteção solar.
A regra proposta pelo FDA (Proposed Rule), se finalizada, iria limitar o valor máximo do FPS nos rótulos dos protetores solares para “50”, pois, de acordo com o FDA, não há dados suficientes para mostrar que os produtos com valores de FSP superiores a 50 proporcionam uma maior proteção contra a radiação UVB para os usuários quando comparados com os produtos fotoprotetores com valores de FPS iguais a 50.
Informações em Rótulos: Apenas os fotoprotetores de amplo espectro com um valor de FPS maior ou igual a 15 podem indicar no rótulo que ajudam a reduzir o risco de câncer pele e o envelhecimento precoce cutâneo se usados conforme as recomendações de uso dos fotoprotetores. Os fotoprotetores que não apresentarem amplo espectro de ação ou ainda os fotoprotetores de amplo espectro com um valor de FPS entre 2 e 14 só poderão indicar que ajudam a prevenir as queimaduras solares.
Devido ao fato das exigências da legislação dos EUA, uma regra final precisa ser primeiramente comentada após o conhecimento do público. Assim, o FDA está finalizando as alterações que se baseiam em propostas apresentadas nos estágios iniciais da regulamentação, incluindo a regra proposta em 2007. A proposta de regulamentação ficou disponível para comentários do público até 15 de setembro de 2011.
ANPR e Draft Guidance for Industry O aviso prévio da proposta de regulamentação (Advance Notice of Proposed Rulemaking - ANPR) permite ao público um período de tempo para comentar sobre os regulamentos do FDA, os quais podem prosseguir como parte de uma regulamentação futura. O FDA está solicitando dados c omplementares sobre produtos de proteção solar através da ANPR, na qual comentários do público são analisados. O projeto de orientação para a indústria (Draft Guidance for Industry), intitulado “Enforcement Policy – OTC Sunscreen Drug Products Marketed Without an Approved Application”, é uma orientação de aplicação que inclui informações para ajudar os fabricantes de protetores solares a entender como ritular e testar os seus produtos com base na nova regra final do FDA (Final Rule), na regra proposta (Proposed Rule) e no aviso prévio da proposta de regulamentação (Advance Notice of Proposed Rulemaking - ANPR). A nova regra final incluindo as novas exigências do Food and Drug Administration (FDA), EUA, apresenta os seguintes requisitos principais:
Os fabricantes não poderão mais rotular os produtos com as frases “waterproof” (“à prova d’água”), “sweatproof” (“à prova de suor”) ou “sunblock” (“bloqueador solar”), porque, de acordo com o FDA, estas reivindicações exageram nas informações da real eficácia dos fotoprotetores. Os fabricantes também não poderão indicar no rótulo dos fotoprotetores que o produto fornece proteção ao sol por mais de 2 horas sem reaplicação ou que fornece proteção imediatamente após aplicação (por exemplo - “proteção instantânea”) sem submeter dados para confirmar estas alegações e obtenção da aprovação pelo FDA. Os fotoprotetores não poderão mais ser rotulados como “waterproof” (“à prova d’água”), mas sim como “water resistant” (“resistentes à água”) apenas se forem realizados testes para comprovar essa afirmação segundo o procedimento exigido pelo FDA. Os fotoprotetores rotulados “water resistant” (“resistentes à água”) também devem indicar se permanecem eficazes após 40 minutos ou 80 minutos após nadar ou apresentar sudorese, sempre baseados em testes padronizados pelo FDA. Nos rótulos dos fotoprotetores serão exigidas informações sobre quando reaplicar o produto. Também, nos rótulos de fotoprotetores que não apre-
Principais Mudanças da Nova Regra Final do FDA (Final Rule) Informações do Rótulo Classificação de Eficácia¹
Regra 2007 Exemplo A: "UVB FPS 30 Alto" "UVA *** Alto" Exemplo B: "UVB FPS 6 Baixo" "Sem Proteção UVA"
Última Regra Exemplo A: "FPS 30 de Amplo Espectro" Exemplo B: "FPS 6"
Resistencia a Água
Exemplo A: "Resistente à Água" Exemplo B: "Sem informação sobre Resistência a àgua"
Exemplo A: "Resistente á água (40 minutos)” Exemplo B: “Sem informação sobre Resistência a àgua"
Informe Educacional
Exemplo A e B "Raios solares UV são formados por UVA e UVB. É importante se proteger contra os raios UVA e UVB.”
Exemplos A e B Sem informe educacional
Tabela 1: Resumo das Mudanças no Rótulo de Fotoprotetores Pela Nova Regra de 2011 Versus Regra Final de 2007
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IN FOCO Drug Facts*
Regra Proposta em 2007
Regra Final de 2011
Usos
•[baixo, médio, alto e muito alto] proteção UVB •[baixo, médio, alto e muito alto] proteção UVA •Mantém o FPS após 80 minutos de atividade na água
•Para todos os produtos de proteção solar: ''ajuda a prevenir queimaduras solares'' •Opcional, para produtos de proteção solar de amplo espectro com FPS igual ou maior que 15: ''se usado conforme indicado, em conjunto com outras medidas de proteção solar, diminui o risco de câncer de pele e envelhecimento precoce cutâneo causadas pelo sol.''
Avisos
A exposição aos raios UV do sol aumenta o risco de câncer de pele, envelhecimento precoce e outros danos da pele. É importante diminuir a exposição aos raios UV, limitando o tempo em exposição ao sol, vestindo roupas de proteção e usando um protetor solar.
Para produtos de proteção solar que não são de amplo espectro ou de amplo espectro com um valor de FPS menor que 15, alerta de câncer de pele/envelhecimento cutâneo [em negrito]: A exposição ao sol aumenta o risco de câncer de pele e envelhecimento precoce cutâneo. Este produto oferece apenas proteção contra o aparecimento de queimaduras solares, e não [em negrito] contra o câncer de pele ou o envelhecimento precoce cutâneo.
N/A
Proteger este produto do calor excessivo e do sol direto.
Outras Informações
*Todas as informações são traduções para a Língua Portuguesa das indicações recomendadas pelo FDA originalmente em Língua Inglesa.
sentarem resistência à água deve estar presente uma orientação aos consumidores para utilizarem um protetor solar que seja resistente à água em situações como suor intenso ou ao nadar. A avaliação UVA na regra proposta de 2007 é uma classificação de quatro níveis (baixo, médio, alto e muito alto). O teste UVA nesta regra final de 2011 é de aprovação/reprovação do produto, sendo assim permitido ou não permitido incluir uma declaração de fotoproteção de amplo espectro dependendo dos resultados do teste descrito no novo 21 CFR 201.327 da regra final. Informações Adicionais: De acordo com as novas regras, todos os fotoprotetores devem incluir uma informação padrão (“Drug Facts”) nas costas e/ou lateral da embalagem.
Em 2011, o Federal Register publicou ainda um aviso prévio da proposta de regulamentação (Advance Notice of Proposed Rulemaking - ANPR) para solicitar dados adicionais sobre os produtos fotoprotetores OTC (76 FR 35669). Neste documento, estão listadas diferentes formas farmacêuticas de protetores solares que são atualmente considerados potencialmente elegíveis para inclusão na monografia de fotoprotetores (ie, óleos, loções, cremes, géis, manteigas, pastas, pomadas e sprays). Para sprays, este documento solicita dados adicionais para análise de questões pendentes sobre a eficácia e segurança.
Referências 1
Food and Drug Administration (FDA) SPF labeling and testing requirements for over-the-counter (OTC) sunscreen products. Federal Register 2011: 14771. Disponível em: http://www.federalregister.gov/articles/2011/06/17/201114771/spf-labeling-and-testing-requirements-and-drug-facts-labeling-for-over-thecounter-sunscreen-drug#p-11
2
Questions and Answers: FDA announces new requirements for overthe - counter (O T C) sunscreen products marketed in the U .S (OT U.S .S.. Disponível em: http://www.fda.gov/Drugs/ResourcesForYou/Consumers/ BuyingUsingMedicineSafely/UnderstandingOver-the-CounterMedicines/ ucm258468.htm
3
Final R ule. Federal Register / Vol. 76, No. 117 / Friday, June 17, 2011 / Rules Rule. and Regulations. Disponível em: http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/FR-2011-06-17/ pdf/2011-14766.pdf
4
Proposed R ule e ANPR Rule ANPR. Federal Register / Vol. 76, No. 117 / Friday, June 17, 2011 / Proposed Rules. Disponível em: http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/FR-201106-17/pdf/2011-14769.pdf
5
Draft Guidance for Industry Industry.. Federal Register / Vol. 76, No. 117 / Friday, June 17, 2011 / Rules and Regulations. Disponível em: http://www.gpo.gov/fdsys/ pkg/FR-2011-06-17/pdf/2011-14767.pdf
Considerações Gerais das Novas Exigências do FDA Para Fotoprotetores Em 2011, o Federal Register publicou uma regra final (76 FR 35620), codificada no § 201,327, que estabeleceu os requisitos para rotulagem e testes para produtos fotoprotetores comercializados como OTC contendo apenas os ingredientes especificados na regra final de 1999 (Federal Register 1999: 64: 27666-27963). Para estes produtos, a regra final de 2011 estabelece: • Rotulagem estabelecida para FPS e proteção de amplo espectro e métodos de ensaio padronizados para o estabelecimento de valores de FPS e de comprovação de proteção de amplo espectro • Rotulagem estabelecida e testes de eficácia para comprovação de efetividade de resistência à água • Abordados outros elementos de rotulagem, incluindo instruções de utilização e advertências. Em 2011, o Federal Register também publicou uma regra proposta (Proposed Rule) para limitar o valor máximo rotulado de FPS para produtos fotoprotetores OTC para “50 +” (76 FR 35672). Se a proposta for finalizada, um protetor solar comercializados terá como limite o valor máximo do FPS no rótulo como “50”. 8 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
Prof. Maurício Gaspari Pupo Presidente do IPUPO, Instituto Maurício Pupo de Pós-Graduação, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Cosméticos. Diretor Técnico da Consulfarma Consultoria. Diretor e Editor Chefe da CI Cosmetic Ingredients Magazine.
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TESTES DE EFICÁCIA
Fotoproteção + Despigmentantes e Clareamento Cutâneo fatores estão envolvidos, especialmente a influência hormonal associada a gravidez, contraceptivos orais, terapia de reposição hormonal, radiação ultravioleta A e B, predisposição genética, drogas fototóxicas, anticonvulsivantes e disfunção tireoidiana. O melasma é classificado clinicamente em centrofacial, forma mais comum de apresentação, malar e mandibular. Histologicamente é classificado quanto à localização do pigmento, podendo ser epidérmico, dérmico ou misto.
Etiopatologia A causa do melasma é desconhecida estando envolvidos fatores genéticos raciais, hormonais e ambientais como a radiação ultravioleta. O cloasma gravídico está associado às mudanças hormonais deste período e em geral desaparece após o parto. Os melanócitos do melasma, parecem ter comportamento diferente daqueles da pele normal pois quando abrasados voltam a produzir o mesmo nível de melanina. Especula-se que tenham receptores e que a ligação hormônio receptor seja mais eficiente e interfira na melanogenese local.
Figura 1. Melasma
Introdução Melasma é condição clínica comum, adquirida, caracterizada por hiperpigmentação macular progressiva e simétrica, localizada em áreas fotoexpostas, de coloração variável, do castanho claro ao cinza. Mais comumente envolve proeminências malares, fronte, lábio superior, região nasal, queixo, pescoço, colo e antebraços. As lesões geralmente são bem demarcadas e simétricas. Cerca de 90% dos pacientes são do sexo feminino, mas a doença também pode acometer homens com antecedentes familiares ou fotoexposição intensa. Não se conhece sua real prevalência, porém é mais frequente em países ensolarados. Pode afetar qualquer raça ou fototipo, sendo, entretanto, mais comum em asiáticos, hispânicos e nos pacientes com fototipos IV a VI de Fitzpatrick. Apesar de sua etiopatogenia não ser inteiramente conhecida, múltiplos 10 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
A radiação ultravioleta do sol e de lâmpadas artificiais estimula os melanócitos “in vivo” e em culturas. A exposição solar aumenta os melanócitos da camada basal, a produção e transferência da melanina. A pigmentação pode ser imediata, ou tardia. Estudos bioquímicos sugerem que a pigmentação imediata envolve a oxidação de melanina pré-formada e relaciona-se a ultravioleta A 320-400nm. A pigmentação tardia ocorre por comprimento de onda na faixa da radiação B 290-320nm e estimula a formação de novas células, a produção melânica e a transferência da mesma. A pele com melasma parece responder mais intensamente ao estímulo da radiação ultravioleta.
Tratamento Para o tratamento do melasma devemos traçar um plano estratégico para obter resultados mais satisfatórios uma vez que trata-se de dermatose crônica, e de etiopatogenia desconhecida.
TESTES DE EFICÁCIA Estratégia • Proteção em relação à radiação solar. • Inibição da atividade dos melanócitos • Inibição da síntese de melanina • Remoção da melanina • Destruição dos grânulos de melanina
Proteção em relação à radiação solar Em relação a proteção solar, trabalhos atuais denotam a ação positiva de “fotoprotetores sistêmicos”. Protocolo randomizado duplo cego, provou que a associação de Vitamina C 2g e Vitamina E 1000 UI comparado com placebo é eficiente em evitar a queimadura em pele agredida pela radiação ultra violeta. Inúmeros trabalhos também realçam a importância da betacaroteno na proteção solar sistêmica. O filtro solar tópico deve ser usado todos os dias, várias vezes principalmente em nosso meio. Atualmente os filtros tem protegido toda gama de radiação inclusive infravermelho. No caso da fotoproteção para tratamento do melasma é necessário que o filtro proteja em relação ao comprimento de onda B e também o comprimento onda A . A associação de filtros químicos e físicos é melhor pois incrementa a qualidade do bloqueador. Deve ser utilizado o dióxido de titânico e óxido de zinco associado a outros químicos como parsol ou benzafenonas. A hidroquinona é o padrão ouro no tratamento do melasma, mas não pode ser utilizada por tempo indiscriminado. Portanto, faz-se necessário conhecer a eficácia de outros produtos despigmentantes. Através deste estudo, foi possível avaliar a eficácia e segurança do SWC e compará-lo com os efeitos da hidroquinona no tratamento do melasma facial.
Metodologias Científicas para Avaliação da Eficácia de produtos despigmentantes Avaliação Clínica Subjetiva: Médicos Dermatologistas
Os estudos são realizadas subjetivamente por eficácia clínica dermatológica onde médicos avaliam a melhora da pele através de uma escala de manchas pré-estabelecido e também com análise fotográfica digital padronizada de alta resolução. Normalmente é comum avaliar um painel com pelo menos 30 voluntários (sujeitos de pesquisa) com idade entre 18 e 60 anos. 4 Avaliação Instrumental por Análise de Imagem: Visio Face®
Os estudos são realizados objetivamente por eficácia fotográfica instrumental de alta resolução com o uso de equipamento Visio Face® (análise de imagem de alta resolução – Figura 2 a seguir). Esta técnica permite avaliar quali-quantitativamente e com muita precisão a redução percentual de manchas na pele facial.
Figura 2. VisiFace® – Courage&Khazaka – Avaliação Instrumental da redução de manchas faciais
Conclusão O tratamento do melasma é prolongado, a resposta somente inicia após cerca de 45 dias, e o sol precisa ser controlado e por esta razão o entendimento do paciente é importante. O tratamento do melasma é difícil, porém há respostas muito adequadas. Geralmente a recidiva principalmente se houver exposição ao sol. Isto ocorre porque os melanócitos desta região tem um comportamento fisiológico alterado que especulativamente deve estar relacionado ao mecanismo hormônio receptor.
Referências Bibliográficas 1
Skin Whitening via a Dual Biological Pathway – Philippe Moussou, Isabelle Benoit, Anne-Laurie Rodrigues, Gilles Pauly and Andreas Rathjeans – Laboratoires Sérobiologiques, Cognis, Pulnoy, France- Cosmetics & Toiletries magazine - Vol. 122, n 7/July 2007.
2
http://www.surgicalcosmetic.orzg.br/public/artigo.aspx?id=64
3
http://www.denisesteiner.com.br/derma_estetica/melasma.htm -
4
Clinical and Instrumental Evaluation of Skin Improvement after Treatment with a New 50% Pyruvic Acid Peel – Enzo Berardesca, MD, Norma Cameli, MD, Grazia Primavera, MD and Manuela Carrera, MD – 2006 by the American Society for Dermatologic Surgery, Inc – Published by Blackwell Publishing, ISSN: 1076-0512, Dermatol Surg 2006;32:526-531, DOI: 10.1111/j.15244725.2006.32106.x
Prof.
Cassiano Carlos Escudeiro
Diretor Científico do Grupo ECOLYZER Divisão de Estudos Cosméticos (Eficácia e Segurança) e Professor do MBA em Cosmetologia do IPUPO. colunista@cicosmetic.com Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 11
DERMATOLOGIA
Melasma Novas Abordagens Terapêuticas para o Dermatologista
O melasma é uma hiperpigmentação adquirida em áreas fotoexpostas, principalmente na face e mais comum em jovens adultas, geralmente de padrão bilateral e muito comum em pessoas com peles mais morenas e em países de climas quentes. Desconhecemos ao ser sua etiopatogênia, porém, sabemos que existem associações com fatores genéticos, gestação, uso de anticoncepcionais orais, exposições solares prolongadas e doenças da tireóide. Sabemos, porém, que a hiperpigmentação do melasma esta mais relacionada a melanócitos que trabalham demais produzindo pigmento do que aumento do número dessas células. Estímulos como radiação UV, calor, hormônios femininos e inflamação da pele fazem com que essas células produzam mais pigmento. Considero o tratamento do melasma um grande desafio para o dermatologista, primeiro porque trata-se de uma doença cuja melhora depende muito do paciente, segundo porque trata-se de um problema crônico que pode piorar com tratamentos intempestivos. Lembro-me de meus professores de Dermatologia na USP abordando esses pacientes receitando-lhes apenas protetores solares e dizendo-lhes para evitar o sol. De lá para cá, muitas opções terapêuticas foram apresentadas, mas o grande desafio para o dermatologista acaba sendo a imprevisibilidade dos resultados e a repigmentação dessas manchas apos um tratamento considerado bem sucedido. O primeiro passo para um tratamento bem sucedido é a educação do paciente por parte do médico: costumo dizer a eles que o melasma não tem cura, mas sim acompanhamento. Dessa forma, posiciono o paciente em um nível de expectativa real, orientando corretamente para os cuidados essenciais e fatores de piora que devem ser evitados. Em segundo lugar, faço minha prescrição médica com produtos tópicos e orais. O meu receituário contém hidratantes diurnos com antioxidantes tópicos, alem da cafeína tópica - que, segundo estudos recentes, diminui o impacto da radiação UV na pele. Associo também ativos com luteína, que conferem algum grau de proteção contra a luz visível, principalmente o espectro azul. Tenho preferência por protetores solares não manipulados no tratamento do melasma, mesmo sabendo que hoje os filtros solares são padronizados e tem uma eficácia muito comprovada. Opto por produtos com FPS mais altos e PPD elevados, pois sabemos 12 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
que a radiação UVA tem um papel importante na formação do pigmento. Para proteção contra a luz visível, uma boa opção são protetores que contenham pigmentos tonalizantes ou o uso de bases cosméticas corretivas, principalmente quando o paciente vai ao sol durante um tempo mais prolongado. Cápsulas orais com ativos antioxidantes e clareadores vem sendo utilizados, principalmente durante o verão, e parecem ter algum benefício na proteção contra os raios UV. Apesar de todos esses cuidados, um grande desafio é proteger nossa pele do calor, o infravermelho, que desempenha um fator importante no escurecimento do melasma. Peço ao paciente que evite se expor a lugares muito quentes, evitar mormaços diretamente na face, ficar em locais mais ventilados e de preferência com ar condicionado em dias mais abafados, porém, esses cuidados dependem exclusivamente do paciente e muitas vezes dificulta o manejo clínica dessa patologia. Cremes noturnos com a combinação tripla de ácidos, clareadores fenólicos e não-fenólicos e corticóides são empregados em larga escala. Em minha pratica clínica, percebo que os ácidos podem contribuir para a melhora ou para a piora da mancha. Associo a piora ao fator inflamação, gerada pela irritação primária causada pelo ácido. Se noto qualquer avermelhamento mais intenso, descamação ou sinais de irritação, mudo a concentração do produto ou o associo com agentes calmantes. Particularmente, o ácido glicólico tem propriedades clareadoras, mas por afinar o estrato córneo, pode aumentar o fotodano nos meses mais quentes do ano. Da mesma forma, a hidroquinona promove excelentes resultados, mas em pacientes susceptíveis, esse ativo pode causar dermatite de contato, que pode fazer com que a mancha também escureça. Os peelings químicos são muito empregados no tratamento do melasma. Em geral, devem ser peelings superficiais, como o peeling de Jessner, ácido retinóico, mandélico, glicólico ou ATA em concentrações mais baixas. Não sou fã de peelings químicos, apesar de já ter visto excelentes melhoras com o seu uso, procuro evitar o fator descamação nos pacientes portadores de melasma. Nos EUA, o tratamento dermatológico mais realizado para pacientes com melasma é o laser fracionado não-ablativo, inclusive com aprovação pelo FDA. Gosto muito dessa opção para pacien-
DERMATOLOGIA tes com fototipos mais baixos, pois caso contrário, o risco de hiperpigmentação pós-inflamatória existe. Incluo nos meus cuidados pós-procedimentos o uso de corticóides fluorados de alta potência por 7 dias, e o uso dos cremes clareadores prescritos de rotina apos esse período. Um artigo de revisão publicado recentemente no Journal of the American Academy of Dermatology (JAAD) levantou a questão de que pigmentos melânicos na derme são subdiagnosticos através do exame da Luz de Wood, sendo que a maioria dos melasmas tem um componente dérmico importante. Vindo de encontro com minha experiência clinica nessa doença, uma das terapêuticas mais interessantes é o laser Q-Switched Nd:YAG, que atua nos pigmentos mais profundos minimizando o risco de hiperpigmentações pósinflamatórias e escurecimento do melasma, sendo possível utilizálo para pacientes com fototipos mais altos. Os lasers são opções mais seguras para usarmos no inverno, quando a radiação UV e o infravermelho tem menor incidência. Porem, sabemos que é durante o verão que o paciente tem maior risco de pigmentação. O que fazer? Devemos considerar que a inflamação causada por essas radiações é um fator importante no escurecimento dessa mancha para desenharmos um planejamento terapêutico adequado. Colegas coreanos publicaram um estudo usando o ácido tranexamico injetável para o melasma. Ele atua como um agente anti-inflamatório evitando com o que os melanócitos sejam estimulados a produzir pigmento. Os cem pacientes que participaram do estudo receberam aplicações injetáveis de forma intradérmica em 12 sessões semanais. O estudou nos mostrou que os resultados começam a surgir apos a quarta semana de tratamento e que ao final do tratamento, houve melhora estatisticamente significante. Por se tratar de procedimento pouco invasivo, sem uso de luzes ou lasers e que atua na inflamação gerada pelas radiações, o ácido tranexamico injetável tornou-se meu tratamento de escolha para os cuidados dessa mancha no verão, quando os portadores de melasma estão mais sujeitos ao escurecimento indesejável. Em um projeto de pesquisa no setor de Cosmiatria da Faculdade de Medicina do ABC, iremos estudar o uso do ácido tranexamico de forma oral e seu papel como agente protetor na hiperpigmentação do melasma. Em resumo, por se tratar de doença crônica e de difícil manejo, a orientação ao paciente é muito importante, bem como alinhar estratégicas terapêuticas que consistam em proteção solar, cremes clareadores e nutracêuticos orais. Na clínica do dermatologista, tratamentos com lasers fracionados e Q-Switched lasers podem ser realizados no inverno, sob atenta supervisão do medico para o risco de hipercromias. Uma nova terapêutica para o verão pode ser o uso do acido tranexamico injetável, como agente que pode segurar o escurecimento dessa mancha nos meses mais propícios.
Dr olpe Dr.. Jardis V Volpe É Médico dermatologista formado pela USP. Atua na Dermatocosmiatria e é diretor médico da Clínica Volpe e com atualização em Laser pela Universidade de Harvard. colunista@cicosmetic.com Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 13
DERMOCOSMÉTICA
Tratamento dos Melasmas No Âmbito da Estética Profissional
Uma coloração uniforme é sinônimo de juventude e beleza, por isso uma das maiores tendências nos tratamentos “Skin Care” é o clareamento da pele. Segundo uma pesquisa mundial realizada pela Euromonitor 2007, a hiperpigmentação é primeira preocupação estética em países asiáticos e a terceira na América do Norte, Europa e América do Sul. Essa tendência foi confirmada pela Pesquisa “Os Produtos Mais Quentes do Mundo- Cuidados Pessoais” feita pela Nielsen, 2007 que detectou que as uma das principais descobertas é crescimento de categorias como clareadores de pele, que inclusive, tiveram um dos mais rápidos crescimentos globais.
Tratamento Estético do Melasma
Essa preocupação já havia sido detectada no Censo Dermatológico, um estudo realizado em hospitais públicos e consultórios particulares brasileiros pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em maio de 2006. Os dados desse levantamento inédito informam que os transtornos da pigmentação são a terceira alteração de pele que mais prevaleceu de maneira geral, a segunda maior entre as idades de 15 ao 39 anos, a primeira com idades entre 40 a 64 anos e o segundo problema de pele que mais ocorreu nas mulheres.Dentre os transtornos de pigmentação mais comum está o melasma.
1. Conhecimento e estudo profundo do melanócito e do processo de melanogênese.
O que é Melasma e como Aparece? Melasma é uma dermatose adquirida caracterizada por manchas simétricas e hiperpigmentadas em áreas fotoexpostas. É uma alteração crônica, assintomática e sem antecedentes inflamatórios. Visualiza- se como regiões acastanhadas mais ou menos escuras de contornos irregulares, mas limites nítidos. Essa alteração de pele prevalece no sexo feminino, afetando 10 mulheres para cada homem. Seu aparecimento é mais comum na idade fértil (30 e 55 anos) e em pessoas de fototipo mais alto (IV a VI). Observa-se maior número entre os asiáticos, indianos e latinos. A melanogênese é uma cascata de reações bioquímicas que se inicia com o aminoácido tirosina e termina num polímero de alto peso molecular chamado melanina. Esse processo é comandado principalmente por uma enzima chamada tirosinase. Tanto em pessoas de coloração normal ou com hipermelanose, o processo de formação é o mesmo, mas nas hipercromias, como o melasma, é observado um aumento desordenado deste pigmento resultante da hiperatividade melanocítica epidérmica. 14 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
Por afetar a face e apresentar lesões consideradas inestéticas, essa alteração pode acarretar um impacto significativo no bemestar emocional dos indivíduos acometidos gerando efeitos psicológicos de insatisfação com a aparência inclusive privando-os do convívio social. Por esses fatores existe grande procura de tratamento estéticos e dermatológicos. A proposta de um tratamento estético eficaz para o melasma se fundamenta em alguns fatores muito importantes:
2. Paciência e conscientização do cliente, uma vez que se trata de uma alteração crônica e adquirida. 3. Prevenção e proteção contra radiação solar UVA e UVB. 4. Plano Estratégico que utiliza um complexo de ativos com vários mecanismos de ação associados a um passo a passo que priorize a permeação cutânea e um clareamento imediato.
Ativos Cosmetólogicos e seus Mecanismos de Ação Uma estratégia segura para tratar uma pele manchada se inicia com a escolha de ativos clareadores que não prejudiquem a saúde dos usuários dos produtos e devem seguir os seguintes preceitos: Usar ativos que respeitam a pele, que sejam de fontes naturais, que ajam em diferentes etapas da formação da melanina e podem ser associados com peelings. Abaixo uma lista de ativos que associados garantem resultados satisfatórios no combate as manchas. • Ácido Ferúlico (Extrato de Ferola Foetida) Foetida): Antioxidante potente, inibidor da tirosinase. • Vitamina C: Antioxidante. Retarda a formação de melanina e reduz melanina a leucomelanina. Devido à facilidade de oxidação opta-se por usar derivados como Fosfato Ascorbil Magnésio, Fostato Ascorbil de Sódio, Nanospheras de Vit. C, Tetraisopalmitato de Ascorbila, Nano-Thalaspheres Vit C, Activespheres Vit.C, Ascorbosilane C, Glicosferas da Vit.C, Vitazyme C, AA2G.
DERMOCOSMÉTICA • Argila Branca: Rica em silício e alumínio. Atua na melanina depositada na pele. • Extrato de uva-ursi uva-ursi: Inibidor da enzima tirosinase, agente redutor, degrada melanina da pele. • Ácido Kójico: Obtido da fermentação do arroz. Inibidor da enzima tirosinase. • Ácido linoléico Ou Vitamina F: Inibe a melanogênese e melanócitos ativos, inibe polimerização de melanina pré-formada e acelera a renovação do estrato córneo • Alpha-Arbutim: Inibidor da tirosinase. Clareia a pele em curto prazo. Alta estabilidade. • Eurol BT (oleoeuropeína): Extrato de oliveira purificado rico em bioflavonóides e polifenóis. É anti-radical livre, antioxidante, fotoprotetor. • Algowhite: Peeling enzimático extraído da alga marrom. Inibe a tirosinase e a comunicação melanócito-queratinócito, estimula a eliminação de melanina. • Aqualicore PT (Derivados da Glicirriza glabra): Inibidor da tirosinase e dopacromo tautomerase. Antioxidante, inibidor pigmentação induzida pelo UVB. • Melawhite: Solução de polipeptídeos que combate foto-envelhecimento. Inibidor competitivo da tirosinase.Pode ser usado durante o dia e associado a filtros solares. • Alfa Hidróxiácidos (AHAs): Ácidos citrico, glicólico, lático, málico mandélico, tartárico. Esfoliantes. Reduzem a concentração da melanina superficial.Estudos demonstram eficácia do ácido mandélico em melasmas. • SWC (Skin Whitening Complex - Extrato de uva ursi, aspergillus, grape fruit, extrato de arroz): inibição da tirosinase, esfoliante, descolore melanina da pele. • Sepiwhite (Undecylenoyl Phenylalanine): Equilibra a pigmentação, pois atua como antagonista a-MSH, inibidor da melanogênese e efeito clareador in vivo. • Albatin (Aminoethylphosphinic acid): Estabiliza da DopaCrome e inibe a enzima dopacromotautomerase. • Whitessence (Proteína extraída da jaca): Inibe a transferência da melanina para os queratinócitos. Pode ser usado durante o dia.
5. Aplicar só nas manchas máscara clareadora com argila branca e ácido ferúlico cobrir a região com gaze e potencializar aplicando uma máscara hidroplástica hidroplástica, deixar 10 minutos. 6. Retirar a máscara, borrifar uma loção calmante com extrato de althéia e rosas e deixar secar naturalmente. 7. Finalizar com Cremegel FPS 30 30.
Referências Bibliográficas AZULAY-ABULAFIA, Luna. Do diagnóstico ao tratamento do Melasma Melasma. 2008. Palestra Realizada no CREMERJ.Disponível em <http://www.cremerj.com.br/palestras/826.PDF> Acesso em: 06 nov.2011. rincipais PPreocureocuDIEMANT, Gustavo C. Tendências Mercado Mundial – PPrincipais pações estéticas. Pesquisa realizada pela Euromonitor - Atualidades, conceitos e tendências no tratamento dermocosmético das principais imperfeições cutâneas da face, 2007. FREITAG, Fernanda Magagnin. Aspectos clínicos, gravidade da doença e impacto na qualidade de vida de mulheres com melasma atendidas em um hospital universitários do sul do Brasil.2007. Monografia (Dissertação para obtenção do título de Mestre)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.Disponível em <http:// w w w. l u m e . u f r g s . b r / b i t s t r e a m / h a n d l e / 1 0 1 8 3 / 1 1 4 1 1 / 000612872.pdf?sequence=1> Acesso em: 06 nov. 2011. GHIDETI, Anelise; OMAR, Erick Dancuart. Discromias. Portal Medicina|Net. São Paulo, 22 mar. 2009. Disponível em:< http://www.medicinanet.com.br/conteudos/ revisoes/1675/discromias.htm>>. Acesso em: 06 nov.2011. igmentares:Etiologia, Ativos FFar ar GOMES, Lenir Ribeiro Yago. Discromias PPigmentares:Etiologia, ar-macêuticos, Cosméticos, Formulações e Fotoproteção Preventiva. Preventiva.1991.Palestra realizada na 11ª Semana Racine. LOPES, Elaine Galdino; SANTOS, Gabriela Amorim. Tratamento para Melasma Melasma.2010.Trabalho (Pós Graduação Cosmetologia)-Oswaldo Cruz, São Paulo. MIOT, Luciane Donida Bartoli; MIOT, Hélio Amante; SILVA, Márcia Guimarães d a a n d M A R Q U E S, Mariângela Esther Alencar. F isiopatologia do melasma melasma. An. Bras. Dermatol. Vol.84, n.6, pp. 623-635, 2009. Disponível em< http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n6/v84n06a08.pdf>. Acesso em: 06 nov.2011. NEVES, Kátia. Manchas no Alvo. Revista Cosmetics & Toiletries. São Paulo, vol.22 mai-jun. 2010. NICOLETTI, Maria Aparecida; ORSINE, Eliane Maria de Almeida; DUARTE, Ana Carolina Nogueira; BUONO, Gabriela Arbex. Hipercromias: Aspectos gerais e despigmentantes. despigmentantes.Revista Cosmetics & Toiletries.São Paulo, vol.14 maijun. 2002. NIELSEN. Os Produtos Mais Quentes do Mundo – Cuidados Pessoais soais. Junho 2007. Disponível em:< http://br.nielsen.com/reports/ documents/Produtosmaisquentesdomundo_junho2007.pdf >. Acesso em: 26 ago.2010. REVISTA BIOTEC DERMOCOSMÉTICOS. Ano 01, número 03, 2009.
• Niacinamida (Vitamina B3): Inibe a transferência de melanossomas aos queratinócitos.
RIBEIRO, C. Cosmetologia Aplicada á Dermoestética Dermoestética. 2ed. São Paulo:Pharmabooks,2010.
Sugestão de Protocolo Estético
SCHOR, Ana Cláudia Agostine; COHEN, Regina. Discromias. Discromias.In: Seminário Centro Tecnologia em Beleza do SENAC-SP, 1998.São Paulo.
SBD. Censo Dermatológico. SBD, maio 2006. Disponível em < http://www.sbd.org.br/ down/censo_dermatologico2006.pdf> Acesso em: 31 mar.2010.
1. Higienizar com Emulsão Limpeza. 2. Aplicar com movimentos circulares um esfoliante com cristais de quartzo e argila branca e retirar com algodões umedecidos. 3. Aplicar peeling com AHAS e BHAS massagear por 2 minutos com os dedos umedecidos em água. Deixar o produto agir por 5 minutos. Remover com água. 4. Aplicar com cotonete sobre as manchas uma loção com extrato de uva-ursi e ácido ferúlico e deixar 15 minutos. Essa loção pode ser ionizada. Não retirar.
Dra. Sheila Gonçalves Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Medicatriz Dermocosméticos, farmacêutica, consultora em cosmetologia, colaboradora da 1ª edição do livro “Cosmetologia Aplicada à Dermoestética” e pós-graduada no setor de cirurgia plástica da UNIFESP. colunista@cicosmetic.com Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 15
DERMO COUNTER Cellex-C® Fade Away Gel for Sun and Age Spots Desenvolvido pela empresa Cellex-C®, este produto promete iluminar a pele e reduzir a aparência das hiperpigmentações senis e causadas pelo sol utilizando apenas componentes naturais. Este produto, conforme informa o fabricante, é apropriado para a uniformização da tonalidade da pele de todos os tipos de pele, exceto a pele extremamente sensível. Ele possui como componentes principais glucosamina, ácido l-ascórbico, zinco e l-tirosina. Ele deve ser aplicado diretamente sobre as hiperpigmentações, e conforme indica o fabricante, também reduz descolorações visíveis causadas por cicatrizes e abrasões da pele. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$65,00. Ingredientes: Water, Glucosamine HCL, L-Ascorbic Acid, Acetyl Tyrosine, Zinc Sulphate, Green Tea Extract, sodium hyaluronate, cucumber extract, thyme extract, phenoxyethanol, quaternium -15, D&C green No. 5, FD&C Yellow No. 5
JAN MARINI Age Intervention® Regeneration Booster Este kit, conforme dados da empresa Jan Marini, é um sistema inovador que reduz o processo de envelhecimento e promove um brilho jovial à pele. Composto por enzimas, agentes anti-inflamatórios e peptídeos, ajuda na melhora da elasticidade, textura, firmeza e clareamento da pele. Cada kit contém seis embalagens para serem usadas uma por semana. O programa pode ser repetido duas a quatro vezes por ano, conforme indicação do fabricante. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$225,00 (6 frascos de 7 ml cada).
SIRCUIT®SKIN Cosmeceuticals Mocha Loca™ / 4% Chocolate Lactic Acid Peel O SIRCUIT®SKIN Cosmeceuticals mocha loca™ / 4% chocolate lactic acid peel contém vários ingredientes antioxidantes e ativos de renovação celular que promovem um peeling suave, mas eficaz. O grande diferencial deste produto, conforme indica o fabricante, é sua ação redutora de hiperpigmentações e outros sinais de envelhecimento associada à fragrância de chocolate. A sugestão de uso de acordo com o fabricante é uma vez por semana, deixando o produto agir durante 10 a 15 minutos. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$75,00. Ingredientes: Distilled Water, Witch Hazel (Hamamelis Virginiana) Extract, Vegetable Glycerin, Caprylic/Capric Triglyceride, Albumen, Stearic Acid, Silicone, L-Lactic Acid, Cetyl Alcohol, Titanium Dioxide, Glycol Distearate, Squalane, Vitamin E (Alpha-D-Tocopherol), Grape Seed (Vitis Vinifera) Extract, Borage (Borago Officinalis) Oil, Coffee (Coffee Arabica) Oil, Horse Chestnut Seed (Aesculus Hippocastanum) Extract, Meadowfoam Seed (Limnanthes Alba) Oil, Hazelnut (Corylus Avellana) Oil, Vanilla (Vanilla Plantifolia) Essential Oil, Organic Ground Coffee, Green Tea (Camellia Sinensis) Extract, Caffeine, Dimethicone, Allantoin, Cocoa (Theobroma Cacao) Extract, Caramel Powder, Xanthan Gum, Benzyl Alcohol.
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Ingredientes: Water (Aqua), Helianthus Annuus (Sunflower) Seed Oil, Glycerin, Cyclopentasiloxane, Dimethicone/Vinyl Dimethicone Crosspolymer, Butylene Glycol, Carbomer, Polysorbate 20, Palmitoyl Pentapeptide-4, PEG-40 Hydrogenated Castor Oil, Cetearyl Alcohol, Ceteareth-20, Myristolyl Pentapeptide-8, Myristoyl Tetrapeptide-KA2, Panthenol, Glyceryl Stearate, Limnanthes Alba (Meadowfoam) Seed Oil, Butyrospermum Parkii (Shea Butter), Mangifera Indica (Mango) Seed Butter, Dimethicone, Phenoxyethanol, Methylparaben, Butylparaben, Ethylparaben,Propylparaben, Sodium Hyaluronate, Methylsilanol Mannuronate, Camellia Sinensis Leaf Extract, Myristoyl Pentapeptide-11, Magnesium Aluminum Silicate, Xantham Gum, Ubiquinone, Linoleic Acid, Linolenic Acid, Tocopherol, Allantoin, Ceramide 2, Tocopheryl Acetate, Recombinant VEGF 165, TGF-Beta 1 (240-B), Telomerase (Clone2C4), Recombinant KGF/FGF-7.
DERMO COUNTER Glo.therapeutics™ Ultra 15% Vitamin C Glo.therapeutics™ Ultra 15% Vitamin C é um sérum concentrado contendo 15% de ácido ascórbico (vitamina C), que ajuda no clareamento cutâneo devido a sua intensa ação antioxidante, além de reduzir a profundidade das rugas por estimular a produção de colágeno, indica o fabricante. Como sugestão de uso, indica-se aplicar em todo o rosto após limpeza e tonificação, e, se necessário, aplicar posteriormente um hidratante. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$125,00. Ingredientes: Aqua/Water, Ascorbic Acid, Sodium Hyaluronate, Acetyl Hexapeptide-25 Arginine, Acetyl Tyrosine, Zinc Sulfate, Hydrolyzed Myrtus Communis Leaf Extract, Diaminopropionoyl Tripeptide33, Caprylyl Glycol, Citrus Medica Limonum (Lemon) Peel Extract.
Tratamento Clareador Melan-Off Desenvolvido pela empresa ADCOS, este kit composto por tratamento clareador cutâneo em duas fases (fase 1 (60 ml) + fase 2 (60 ml)) rende até 40 aplicações. De acordo com o fabricante, a fase 1 é composta por um complexo despigmentante (Alphawhite complex) que inibe atividade da tirosinase, modifica a estrutura dos melanócitos; esfolia suavemente e modula a atividade dos melanócitos hiperativos, ácido salicílico e vitamina C. A fase 2 possui um fluido HPG, que, de acordo com a ADCOS, degrada a melanina formada, promove refinamento do relevo cutâneo e favorece a permeação cutânea. O produto está disponível no mercado nacional pelo preço médio de R$158,00. Ingredientes ativos: Hexylresorcinol, Alpha-arbutim, Vitamin C, Glycyrrhizic Acid, Kojic Acid.
Babor Beauty Fluid Multi Active Vitamin Desenvolvido para “renovar e revitalizar a pele seca e sem luminosidade”, este kit de ampolas com vitaminas antioxidantes protege a pele contra os danos dos radicais livres, melhora a hidratação cutânea e ajuda a uniformizar a tonalidade da pele, conforme indica o fabricante. As ampolas possuem um líquido concentrado de vitamina A, pró-vitamina B e vitamina E. Indica-se o uso de uma ampola por semana. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$56,00 (14 ampolas de 2 ml cada). Ingredientes: Water, PEG-7 Glyceryl Cocoate, Butylene Glycol, Panthenol, Helianthus Annuus Seed Oil, Biotin, Tocopheryl Acetate, Retinyl Palmitate, Lecithin, Pantolactone, Tocopherol, C12-15 Pareth-12, Xanthan Gum, Fragrance, Citric Acid, Limonene, Linalool, Citral, Alcohol Denat., Phenoxyethanol, Methylparaben, Ethylparaben, Propylparaben, Butylparaben, Isobutylparaben, Potassium Sorbate, Sodium Dehydroacetate, Beta Carotene.
Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 17
LEGISLAÇÃO COSMÉTICA
Novo Regulamento Técnico MERCOSUL Sobre Protetores Solares em Cosméticos O verão é a estação mais esperada do ano e é nesta época que o número de pessoas que decidem aproveitar as atividades ao ar livre e a exposição ao sol aumentam. O calor, característico do Brasil, exige uma série de cuidados com a saúde e com a pele. Todos os fotoprotetores da pele são classificados como produtos cosméticos grau de risco 2 (são Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e Perfumes cuja formulação cumpre com a definição de cosmético e possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados relacionados ao modo e às restrições de uso), isso significa que estes produtos tiveram sua documentação analisada tecnicamente e os fabricantes apresentaram testes que comprovaram a segurança e a eficácia do produto. Atualmente os fotoprotetores atendem a legislação Brasileira vigente (Resolução 237/2002), porém a mesma entrou em consulta pública (PORTARIA Nº 2.466, DE 31 DE AGOSTO DE 2010), o que tornou pública a proposta de Projeto de Resolução “Regulamento Técnico MERCOSUL Sobre Protetores Solares em Cosméticos” (Revogação da Res. GMC nº 26/02)”. Em Julho de 2011 foi publicado a Resolução GMC 008/2011 (MERCOSUL), referente a protetor solar, com prazo para incorporação ao ordenamento jurídico pelos 4 países do MERCOSUL até 01/01/2012 - o próximo passo do setor é aguardar a publicação do novo regulamento no Brasil e sua respectiva internalização.
de proteção contra a radiação UV não é a finalidade principal, mas um benefício adicional do produto. • Radiação Ultravioleta: entende-se por radiação ultravioleta a região do espectro eletromagnético emitido pelo sol compreendido entre os comprimentos de ondas de 200 a 400 nanómetros (1 nanómetro = 1nm =10-9 m). Esta região está conceitualmente dividida em 3 faixas: a - Ultravioleta C (UV-C): de 200 a 290 nm b - Ultravioleta B (UV-B): de 290 a 320 nm c - Ultravioleta A (UV-A): de 320 a 400 nm, siendo: c..1 - Radiación UVA I: 340 a 400 nanómetros c..2 - Radiación UVA II: 320 a 340 nanómetros • Dose Mínima Eritematosa (DME): é a dose mínima de radiação ultravioleta requerida para produzir a primera reação eritematosa perceptível com bordas claramente definidas, observadas entre 16 e 24 horas posteriores a exposição da radiação ultravioleta, de acordo com a metodologia adotada. • Dose Mínima Pigmentaria (DMP): é a dose mínima de radiação UVA requerida para produzir um escurecimento pigmentario persistente da pele com bordas claramente definidas, observado entre 2 e 4 horas posteriores a exposição a radiação UVA.
A nova resolução foi elaborada seguindo as diretrizes internacionais e poderá ter como principais alterações os pontos citados abaixo. É importante colocar, que a resolução ainda não foi publicada no Brasil e que, portanto pode sofrer alterações.
Definições • Protetor Solar: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele humana, com a finalidade exclusiva ou principal de protegê-la contra a radiação UVB e UVA, absorvendo, dispersando ou refletindo a radiação. • Produtos Multifuncionais: qualquer preparação cosmética destinada a entrar em contato com a pele humana, cujo benefício 18 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
• Fator de Proteção Solar (FPS): valor obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa em uma pele protegida com um protetor solar (DMEp) e a dose mínima eritematosa na mesma pele desprotegida (DMEnp).
LEGISLAÇÃO COSMÉTICA
“a nova resolução foi elaborada seguindo as diretrizes internacionais...”
• Fator de Proteção UVA (FPUVA): obtido pela razão entre a dose mínima pigmentaria em uma pele protegida com um protetor solar (DMPp) e a dose mínima pigmentaria na mesma pele desprotegida (DMPnp). Comprimento de onda crítica: O comprimento de onda para o qual a área sob a curva de densidade ótica integrada que começa em 290 nanômetros é igual a 90% da área integrada entre 290 e 400 nanômetros.
Alterações nas metodologias A determinação do Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser realizada seguindo unicamente métodos in vivo, aplicando estritamente uma das seguintes referências ou suas atualizações: A. FDA, Department of Health and Human Services, Sunscreen drug products for over-the-counter human use. Final Monograph: Proposed Rule, 21 CFR Part 352 et al, 1999. B. COLIPA/JCIA/CTFA-SA. International Sun Protection Factor (SPF) Test Method, 2006. A determinação da resistência à água deve ser realizada aplicando estritamente uma das seguintes referências ou suas atualizações: A. Para o caso dos produtos com FPS testados de acordo com a metodologia FDA: FDA, Department of Health and Human Services, Sunscreen drug products for over-the-counter human use. Final Monograph: Proposed Rule, 21 CFR Part 352 et al, 1999.
B. Para o caso dos produtos com FPS testados de acordo com a metodologia COLIPA: COLIPA Guideline for evaluating sun product water resistance, 2005. A determinação do nível da proteção UVA (FPUVA) deve ser realizada conforme uma das seguintes metodologias ou suas atualizações: A. Método in vivo: European Commission – Standardization Mandate Assigned to CEN Concerning Methods for Testing Efficacy of Sunscreen Products - Anex 2 - Determination of the UVA protection factor based on the principles recommended by the Japanese Cosmetic Industry Association (PPD method published 15.11.1995). B. COLIPA Guideline. In Vitro Method for the Determination of the UVA Protection Factor and “Critical Wavelength” Values of Sunscreen Products, 2009. A. amplitude da proteção UV deve ser avaliada através do comprimento de onda crítico a ser determinado conforme metodologia descrita.
Rotulagem A rotulagem dos produtos também será alterada, a atual não traz diferenciação de dizeres para produtos com ou sem resistência a água. Na rotulagem principal (primária e secundária) do produto para proteção solar é obrigatório indicar de forma destacada o número Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 19
LEGISLAÇÃO COSMÉTICA Indicações adicionais não obrigatórias na rotulagem
Categoria indicada no rótulo (DCP)
Fator de proteção solar (FPS)
“Pele pouco Sensível a Queimadura Solar”
“Baixa Proteção”
6,0 - 14,9
“Pele Moderadamente Sensível a Queimadura Solar”
“Média Proteção”
15,0 - 29,9
“Pele Muito Sensível a Queimadura Solar”
“Alta Proteção”
30,0 - 49,9
“Pele Extremamente Sensível a Queimadura Solar”
“Muito Alta Proteção»
Maior ou igual a 50,0 e menor que 100
Fator mínimo de proteção UVA (FPUVA)
Comprimento de onda crítico mínimo
1/3 do fator de proteção solar indicado na rotulagem
370 nanômetros
inteiro de proteção solar precedido da sigla “SPF” ou “FPS”, ou das palavras “Fator de Proteção Solar”.
D. “Este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação”;
O número correspondente ao FPS ou SPF deve ser determinado de acordo com uma das metodologias estabelecidas neste regulamento.
F. “Aplique abundantemente antes da exposição ao sol”. Caso haja um tempo determinado pelo fabricante ou período de espera (antes da exposição), o mesmo também deverá constar da rotulagem.
Deverá constar na embalagem a Denominação de Categoria de Proteção (DCP) conforme a Tabela citada abaixo:
G. “Reaplicar sempre, após sudorese intensa, nadar ou banharse, secar-se com toalha e durante a exposição ao sol”. Caso haja um tempo determinado pelo fabricante para reaplicação, o mesmo também deverá constar da rotulagem.
Designação de Categoria de Proteção (DCP) relativa à proteção oferecida pelo produto contra radiação UVB e UVA para a rotulagem dos Protetores Solares. Além de atender ao estabelecido na tabela, os protectores solares devem cumprir com os seguintes requisitos: A. FPS não menor de 6; B. FPUVA cujo valor corresponda, como mínimo, a 1/3 do valor de FPS declarado na rotulagem; C. Cumprimento de onda crítica mínima de 370 nm. 5.5 Os protetores solares poderão indicar em seu rótulo “Resistente à água”; “ Muito Resistente à água”, “Resistente à Água/ suor” ou “Resistente à Água/transpiração”, sempre e quando tais alegações tenham sido adequadamente comprovadas conforme a metodología indicada neste regulamento.
E. “Evite exposição prolongada das crianças ao sol”;
H. “Se a quantidade aplicada não for adequada, o nível de proteção será significativamente reduzido”.
Produtos Multifuncionais Os produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que contenham filtros solares unicamente como coadjuvantes no cuidado da pele ou para proteção de sua formulação e que não proclamem atividade como protetor solar e nem mencionem um valor de FPS, não necessitam adequar-se a este Regulamento.
A. 100 % de proteção contra a radiação UV
Os produtos multifuncionais de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes destinados ao cuidado da pele e que proclamem um valor de FPS e/ou nível de proteção UVA deverão comprovar o declarado por meio de uma das metodologias estabelecidas. O valor de FPS mínimo comprovado não deverá ser menor a FPS 2 e proteção UVA mínima deverá deverá ser FPUVA 2.
B. A possibilidade de não reaplicar o produto em quaisquer circunstâncias.
Referências Bibliográficas
Os protetores solares não devem possuir alegações de rotulagem que impliquem as seguintes características:
C. Denominações que induzam a uma proteção total ou bloqueio da radiação solar. A rotulagem dos protetores solares deverá conter as seguintes advertências e instruções de uso: A. “É necessária a reaplicação do produto para manter a sua efetividade”; B. “Ajuda a prevenir as queimaduras solares”; C. “Para crianças menores de 6 (seis) meses, consultar um médico”; 20 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
PORTARIA Nº 2.466, DE 31 DE AGOSTO DE 2010
Profa. Melissa Ingrid Junta Gerente de Assuntos Regulatórios da L’occitane. Atuação na regularização de cosméticos, participação em Brasília na elaboração do Manual de Boas Práticas para produtos pertinentes a este setor. colunista@cicosmetic.com
Revista de Cosmetologia e Ingredientes CosmĂŠticos | 21
MARKETING COSMÉTICO
O Mercado de Fotoproteção Em 2010 somou R$ 1,86 bilhão no Brasil
vendas de janeiro e fevereiro se comparadas aos meses de maio e junho, quando a temperatura está mais baixa.
A cada ano que passa, com a chegada de um novo verão, a estação mais quente do ano, o mercado cosmético se aquece. As pessoas se preocupam mais consigo, consomem mais cosméticos e as vendas aumentam. Pelo menos é o que se pode extrair das divulgações dos estudos da consultoria internacional Euromonitor na imprensa. O mercado de fotoproteção no Brasil somou R$ 1,86 bilhão em 2010. Mais que o dobro dos R$ 698,2 milhões de cinco anos atrás. O que vem acontecendo nesse mercado – e em quase todas as categorias do setor cosmético – é um aumento na diversificação e segmentação dos produtos. Para os fotoprotetores tradicionais, os fabricantes apostam mais uma vez na diferenciação de seus produtos para este verão de 2012. A marca Sundown, da Johnson & Johnson, líder disparada nesse mercado com 35,7% do mercado, traz uma linha voltada para mulheres, com fragrâncias florais e frutais. A Hypermarcas, detentora da marca Cenoura & Bronze, inova na associação de duas tecnologias, unindo fotoprotetor e repelente de mosquitos em um único produto. A linha Solar Expertise de L’Oréal, traz a chamada “ice protection”. A nova linha promete sensação de frescor durante a aplicação do produto, além de prometer também hidratação. Já a Nivea, que possui a segunda maior participação do mercado com 14,8%, aposta muito mais na textura de seu produto que “não gruda na pele”. Quem pode sentir o impacto dessa diversificação é o consumidor, que terá dificuldades em encontrar um simples protetor solar. Ele obrigatoriamente levará algum benefício associado. Isso porque a grande vertente do mercado de fotoproteção é tornar a venda (e o uso) dos produtos constante durante todo o ano. Uma vez que o histórico brasileiro é uma diferença de três vezes a mais nas 22 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
Neste verão, o consumidor deve gastar mais tempo na hora de escolher o protetor solar. Além de analisar o fator de proteção, ele vai se deparar com versões com fragrâncias, hidratação, repelente de insetos e novas texturas. São estratégias das fabricantes para afastar o tom sisudo do creme branco, se diferenciar dos concorrentes e agregar ainda mais valor a esse mercado que cresce a cada ano. As empresas estão esforçando para desvincular o uso de fotoprotetores ao verão. Uma das primeiras propostas nesse sentido é eliminar aquele famoso “cheiro de praia” que caracterizou durante anos as pessoas que usavam Sundown. Nesse verão será diferente, com o lançamento de novas fragrâncias nos produtos. Mudam também as texturas, que passam a ser mais leves, e assim permitirem o uso do produto no dia-a-dia mesmo quando não se vai à praia ou piscina.
“Trust me on Sunscreen” Em 2004 virou febre no Brasil um vídeo cuja autoria foi atribuída ao diretor de cinema australiano Baz Lurhmann. Talvez o primeiro mashup de sucesso internacional em um tempo em que ainda não existia o site de vídeos mais acessado da atualidade. No vídeo, o diretor faz um discurso com dicas sobre a vida. Ele abre o discurso aconselhando o uso de protetor solar, fala sobre a vida e conclui reforçando a primeira dica ao dizer: “trust me on sunscreen” (em português: acredite em mim quanto ao protetor solar). Certamente ele tem seus motivos para dizer isso. Se não forem motivos pessoais, o fato de ser australiano já é suficiente para tal recomendação. Na Austrália, a cada ano, 80% de todos os novos diagnósticos de câncer no país são câncer de pele. Dois em cada três australianos serão diagnosticados com algum câncer de pele até os 70 anos. Cerca de 434.000 pessoas são tratadas todos os anos de um ou mais tipos de câncer de pele não melanoma, sendo que o melanoma é o tipo de câncer mais comum nas pessoas entre 15 e 44 anos. A incidência de câncer de pele na Austrália é uma das maiores de todo o mundo, quase quatro vezes as taxas do Canadá,
MARKETING COSMÉTICO dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em 2001, o governo australiano gastou US$ 264 milhões no tratamento de câncer de pele não melanoma e US$ 30 milhões com melanomas.1 Não precisamos de mais dados para comprovar que o câncer de pele é a principal preocupação do governo australiano, certo? E no Brasil? Segundo a Estimativa 2010, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma continua sendo o tipo mais incidente para ambos os sexos no Brasil. O número de novos casos de câncer de pele não melanoma estimado para 2010 era de 56 casos novos a cada 100 mil homens e 61 para cada 100 mil mulheres. O câncer de pele não melanoma é o mais incidente no Brasil. Enquanto o melanoma, apesar de ter alta letalidade, sua incidência ainda é baixa, com as maiores taxas na Região Sul. A maioria dos cânceres de pele ocorre devido à exposição excessiva – e sem fotoproteção – ao sol. No caso do melanoma, há também o histórico familiar. Então, de fato, se há um conselho que deva ser dado a qualquer adulto, jovem ou criança é: use protetor solar. Baz Lurhman estava correto!
Os Produtos Pós Sol Ao longo dos anos, muito se falou sobre o uso de fotoproteção e da comprovação do Fator de Proteção Solar (FPS). Com muito atraso em relação à União Europeia e Austrália, o FDA (Food and Drug Administration) publicou esse ano a sua monografia final sobre os fotoprotetores, na qual define testes, apelos e muitos outros aspectos técnicos desses produtos. Mas não é só isso. Tem-se falado muito na associação de antioxidantes aos fotoprotetores, seja pela via tópica ou oral – e aqui é necessário esclarecer que nutricosmético, apesar do nome, não é cosmético e deve seguir a legislação de probióticos ou medicamentos dependendo do posicionamento que a empresa queira dar ao produto. Além disso, destaca-se ainda a necessidade de se promover mais o uso de produtos pós-sol. E é aqui que as empresas podem se diferenciar e ganhar mercado. Protetor solar de FPS baixo e moderado, todos os fabricantes oferecem. Alguns já destacam mais o incremento na proteção UVA, mas ainda poucas empresas se dedicam a investir recursos no desenvolvimento e lançamento de uma linha completa pós sol. Temos os famosos géis com aloe que todos os anos pipocam nas gôndolas de supermercados e farmácias em todo o país durante os meses do verão ou enquanto durarem os estoques. Mas o que mais pode haver? Uma corrente forte no hemisfério norte já nos adianta o que está por vir. Lá os produtos pós-sol, em diversas apresentações, além de efeito calmante e alívio da queimadura causada pela exposição ao sol, também prometem outros benefícios como reparo do DNA e redução dos efeitos crônicos da radiação UV. Mais ainda, eles não são indicados – e apresentados – como produtos sazonais. O estímulo à compra é oferecido durante todo o ano. Principalmente porque voluntariamente nos expomos mais ao sol no verão, mas nas outras estações estamos sempre nos expondo ao astro-rei. Geralmente sem proteção. Levante a mão quem usa fotoprotetor e hidratante todos os dias do ano, ou pelo menos, mais de cinco vezes por semana. Podemos dividir a categoria em dois tipos de produtos: os que devem ser usados imediatamente após a exposição ao sol para
acalmar a pele irritada e inflamada. Os outros produtos também podem ser usados imediatamente após o sol ou rotineiramente, mas seu objetivo principal é reparar possíveis danos ao DNA antes que possam se tornar problemas de saúde. Eles também combatem a redução de outros efeitos negativos da exposição crônica como o aparecimento de linhas de expressão, rugas, manchas, perda da elasticidade e até mudanças na textura da pele. O primeiro benefício que todos os produtos pós-sol precisam ter é repor a hidratação com agentes umectantes e hidratantes como d-pantenol, derivados de ureia, PCA sódico ou de origem botânica como aloe vera, beta-glucanas, flavonoides (do chá verde, ginkgo biloba e oliveira), manteigas de cupuaçu, karité ou cacau ou óleo buriti, dentre muitos outros ativos amplamente conhecidos. Como adjuvantes, pode-se lançar mão de algum representante da grande família de antioxidantes carotenoides: licopeno, alfacaroteno, betacaroteno, luteína, fitoeno, fitoflueno, astaxantina e zeaxantina. Os carotenoides, de maneira geral, têm a habilidade de extinguir radicais livres e de reduzir a perda de colágeno atuando na colagenase. Eles também protegem a pele da oxidação e estimulam a comunicação intercelular. Agindo nesse sentido, alguns fotoprotetores já contêm antioxidantes para reduzir os efeitos da foto-oxidação. E os seus produtos, o que fazem além de proteger da radiação UVB?
O Futuro A intenção principal dessas associações é minimizar o dano causado pela radiação solar. Não apenas o eritema, como mede o teste de FPS. Faz parte de um ideal quase utópico em que no futuro as pessoas farão uso diário de seus protetores solares e produtos pós-sol para manter a pele e se prevenirem do surgimento de câncer de pele e da aceleração dos sinais de envelhecimento extrínseco. Um ideal que pode começar a ser seguido. Primeiro precisamos equacionar as vendas dos produtos de fotoproteção. Aumentar a oferta e o consumo de produtos pós-sol. E entender que protegendo-se e prevenindo-se, o sol é o melhor aliado da saúde como se pregava antigamente. Farmacêutico Industrial especialista em Pesquisa & Desenvolvimento de Cosméticos. Mestrando em Comunicação Social pela UERJ. Professor de Marketing dos cursos de Pós-Graduação do Ipupo. Editor do site Cosmética em Foco. Atualmente trabalha no laboratório de pesquisa em uma multinacional francesa.
Referência Bibliográfica http://www.cancer.org.au/cancersmartlifestyle/SunSmart/Skincancerfactsandfigures.htm acesso em 19/11/2011.
Gustavo Boaventura Farmacêutico Industrial especialista em Pesquisa & Desenvolvimento de Cosméticos. Mestrando em Comunicação Social pela UERJ. Professor de Marketing dos cursos de Pós-Graduação do Ipupo. Atualmente é pesquisador em uma multinacional francesa. colunista@cicosmetic.com Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 23
TESTES DE EFICÁCIA
Testes de Eficácia para Comprovação de Fotoproteção O mercado de produtos para proteção solar está em amplo crescimento no Brasil. Em 2010, a venda de protetores solares foi maior que 1 bilhão de dólares, quase 2 vezes mais do que em 2007, representando aproximadamente 13,2% do faturamento do mercado cosmético nacional. O aumento de vendas observado no Brasil acompanha o mercado internacional, com vendas em torno de 8,215 bilhões de dólares em 2010, segundo dados do Euromonitor. Os produtos também estão se tornando cada vez mais sofisticados, pois muitos apelos novos de eficácia estão surgindo. Para suportar cada apelo é necessário um teste de eficácia específico. Exemplos de apelos de eficácia existentes incluem fotoestabilidade, resistência à água ou ao suor, proteção prolongada, etc.
Determinação do FPS O Fator de Proteção Solar (FPS) mede o tempo que um produto protege a pele contra a formação de eritema causado pela exposição à radiação UVB, comparado com o tempo que levaria sem proteção. Daí a fórmula para seu cálculo:
O Fator de Proteção Solar (FPS) mede o tempo que um produto protege a pele contra a formação de eritema causado pela exposição à radiação UVB, comparado com o tempo que levaria sem proteção. Para a determinação do FPS, é necessária a exposição da pele protegida ou não pelo produto em teste a uma faixa de doses variáveis de UV, resultando na formação de eritema após 16 a 24 horas da exposição. A dose eritemal mínima (MED) é definida como a menor dose UV capaz de produzir o eritema perceptível e com bordas bem definidas, expressa em J/cm² ou mJ/cm². Infelizmente, ainda não há uma padronização internacional para a determinação do FPS. Existem três principais metodologias preconizadas, o método do FDA, utilizado nos EUA, método COLIPA, empregado nos países europeus e o do SAA, a norma australiana praticada na Austrália e Nova Zelândia. De acordo com a nova Portaria 2.466 (2010) sobre protetores solares, são aceitas no Brasil as metodologias descritas pelo FDA e COLIPA para a determinação do FPS1.
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Em 2000, a COLIPA, juntamente com as autoridades no Japão e África do Sul, iniciou uma discussão sobre a harmonização do método, resultando na criação do Método de Teste Internacional para FPS em 2002, revisado em 20062. O método preconiza que o teste seja feito em um painel constituído por 10 a 20 voluntários com pele tipo II a IV (classificação de Fitzpatrick). Como um exemplo da falta de harmonização internacional, o método FDA determina que, para produtos com um FPS esperado abaixo de 30, o painel de teste deve ser formado por 20 a 25 voluntários e, para produtos com FPS esperado igual ou acima de 30, 25 a 30 voluntários para uma análise válida3. Outro ponto de divergência entre as normas é a formulação padrão com FPS conhecido, usada como controle do teste. O FDA recomenda uma formulação contendo 8% de homosalato (FPS 4), enquanto a norma COLIPA traz 3 diferentes formulações para serem usadas como padrões, de acordo com a faixa esperada para o FPS, tendo filtros como octilmetoxicinamato (FPS 4) e octil dimetil PABA e Oxibenzona (FPS 15). Alguns fatores da metodologia para determinação do FPS estão em acordo nas 3 normas, como por exemplo a fonte de irradiação UV utilizada no testes, que deve ser um simulador solar com lâmpada de arco de xenônio (290 a 400 nm), criando um espectro que simule a radiação solar na faixa do UV. Outro ponto em comum é a quantidade aceita de produto aplicado de 2 mg/cm². Essa quantidade foi escolhida para garantir a uniformidade da aplicação na pele, porém nem sempre corresponde ao uso real do produto pelo consumidor. Vários estudos têm demonstrado que os consumidores aplicam muito menos do que isso, normalmente entre 0,5 e 1 mg/cm², o que
Figura 1 – Variação do valor de FPS em função da espessura aplicada de um protetor com FPS 15. Adaptado da referência 5.
TESTES DE EFICÁCIA impacta diretamente na proteção solar oferecida. A Figura 1 ilustra como a espessura do produto aplicado tem um efeito significativo sobre a proteção, atingindo um valor médio entre 20 a 50% daquele esperado4. É importante ter em mente que o FPS reflete a proteção contra radiação UVB predominantemente. Assim, uma pessoa com pele tipo I estará protegida por menos tempo do que aquela com pele tipo IV usando o mesmo produto, devido à sua maior sensibilidade à radiação UV. Uma vez que a determinação do FPS é realizada em humanos, é esperada certa variabilidade nas respostas. A variação pode ocorrer em virtude das condições e tipo de pele (suor, temperatura, idade) e mesmo da espalhabilidade do produto. Outras fontes de variação incluem fatores como a lâmpada do simulador solar, ambiente (temperatura, umidade, fluxo do ar) e exatidão nas medidas da MED. O FDA e COLIPA estipulam como limites aceitáveis para a variabilidade o intervalo de confiança de 95% (IC 95%), o que significa uma variação de até 20% do FPS esperado. Assim, por exemplo, se o FPS médio é 10, o IC 95% deve cair dentro da faixa de 8,3-11,7.
provar uma proteção de amplo espectro, é necessária a determinação do comprimento de onda crítico (λcrit) de no mínimo 370 nm. A avaliação do λcrit pode ser feita seguindo a metodologia descrita por Diffey et al. (2000) ou a partir do espectro de absorção final obtido pelo Método COLIPA in vitro7,8. O λcrit pode ser calculado medindo-se a área sob a curva de absorbância (AUC) obtida para um produto irradiado com o simulador solar na faixa de 290 a 400 nm. O produto oferecerá uma ampla proteção quando 90% da AUC estiver abaixo do λcrit (370 nm) após a irradiação (Figura 2). Quanto maior o λcrit, maior a proteção UVA.
Proteção UVA As recomendações novamente diferem de uma norma para outra para a avaliação da proteção UVA. De acordo com a nova Portaria 2.466 (2010), é aceito para a determinação do nível da proteção UVA (FPUVA), as metodologias in vivo adotada pela Comissão Européia (1995) e in vitro descrita pela COLIPA (2007). O teste in vivo para a determinação da proteção UVA segue os princípios recomendados pela Associação da Indústria Cosmética Japonesa (JCIA), com a determinação do fator de proteção UVA PPD (persistent pigment darkening), ou seja, a resposta pigmentária persistente da pele5. No teste são usados 10 a 20 voluntários, de forma que o desvio padrão das medidas permaneça na faixa de 10%. Os voluntários devem ser caucasianos, com pele tipo II a IV. A dose mínima pigmentante (MPD) utilizada, que corresponde à menor dose de UVA que leva à formação de pigmentação mínima com bordas bem definidas, deve ficar entre 8 a 25 J/cm², sendo que a resposta de pigmentação aparece após 2 a 4 horas da exposição. O cálculo do FPUVA é feito para cada voluntário de forma similar ao do FPS, levando-se em conta os valores de MPD da pele sem e com proteção, ao invés dos valores de MED. Já o método in vitro recomendado pela COLIPA fornece o fator de proteção UVA (FPUVA), o qual mostra boa correlação com o fator determinado no método do PPD in vivo6. A base para o cálculo do índice UVA de proteção in vitro consiste em medir a transmissão da radiação UV através de uma camada de produto de 1,3 mg/cm², aplicada a uma placa de polimetilmetacrilato (PMMA). O cálculo do FPUVA é feito levando-se em conta o valor do FPS in vivo. Nesse caso, é necessário ajustar o espectro inicial do UV, de forma que o valor de FPS in vitro esteja de acordo com o valor de FPS encontrado in vivo. O índice de UVA é obtido pela razão entre o valor de FPS e o FPUVA. Para garantir uma proteção de amplo espectro, recomenda-se um índice de UVA mínimo de 3.
Comprimento de Onda Crítico Já está bem estabelecido que, para a correta proteção solar, deve haver um equilíbrio entre a proteção UVB e UVA. Para com-
Figura 2 – Exemplo de curva de absorbância com 90% da área sob a curva abaixo do comprimento de onda crítico (lcrit) de 370 nm.
A determinação do λcrit é um método rápido, barato e confiável para a proteção de amplo espetro, o qual pode ser calculado independente do valor de FPS. O método também garante a proteção aos raios UVA de maior comprimento de onda, sem a necessidade de expor os voluntários a altas doses de irradiação.
Referências Bibliográficas 1
BRASIL. Ministério do Estrado da Saúde. Regulamento Técnico MERCOSUL Sobre Protetores Solares em Cosméticos. Portaria n.2.466, de 31 de agosto de 2010.
2
COLIPA/JCIA/CTFA-SA. International Sun Protection Factor (SPF) Test Method, 2006.
3
FDA, Department of Health and Human Services, Sunscreen drug products for over-thecounter human use. Final Monograph: Proposed Rule, 21 CFR Part 352 et al, 1999.
4
AUSTRALIAN/NEW ZEALAND STANDARDS. AS/NZS 2604:1998. Sunscreen Products – Evaluation and Classification. Homebush: Standards Australia, 1998.
5
Stokes RP; Diffey BL. How well are sunscreen users protected? Photodermatol Photoimmunol Photomed, v.13, p. 186–188, 1997.
6
European Commission - Standardization Mandate Assigned to CEN Concerning Methods for Testing Efficacy of Sunscreen Products - Annex 2 - Determination of the UVA protection factor based on the principles recommended by the JCIA (PPD method published 15.11.1995)
7
COLIPA Guideline. Method for the in vitro determination of UVA protection provided by sunscreen products, 2007.
8
Diffey BL; Tanner PR; Matts PJ; Nash JF. In vitro assessment of the broad-spectrum ultraviolet protection of sunscreen products. J Am Acad Dermatol, v.43, p.10241035, 2000.
9
COLIPA Guideline. Method for the in vitro determination of UVA protection provided by sunscreen products, 2007.
Valéria Maria Di Mambro Farmacêutica com mestrado e doutorado em Ciências Farmacêuticas pela USP e especialização em cosmetologia pela UNESP. Possui experiência na avaliação de eficácia de ativos e produtos para pele e cabelos. Atualmente é coordenadora da área de Avaliação de Produtos do Grupo Boticário. colunista@cicosmetic.com Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 25
COSMETIC COUNTER Lancôme UV Expert SPF50 GN-Shield™ BB BASE Segundo a empresa Lancôme, o produto Lancôme UV Expert SPF50 GN-Shield™ oferece mais que uma base de maquiagem: ele garante fotoproteção com FPS 50 e alto PPD, efeito iluminador cutâneo e ação antipoluição por até 12 horas. De acordo com o marketing “BB Cream” desse cosmético, mais do que apenas um efeito base, ele pode corrigir imperfeições da pele como manchas escuras, tom de pele irregular e linhas finas. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 70,00. Ingredientes: Water, titanium dioxide, ethylhexylmethoxycinnamate, glycerin, dimeticone, terephthalylidene dicamphor sulfonic acid, propylene glycol, isocetyl stearate drometrizole trisiloxane, alcohol denat, triethanolamine, stearic acid, potassium cetyl phosphate, iron oxides, RNA, corn kernel extract, tocopherol, sodium cocoyl sarcosinate, hydroxycitronellal, hydroxyisohexyl 3-cyclohexene carboxaldehyde, phenoxyethanol, adenosine, phenylalanine, PEG-100 stearate, arginine, eugenol, athylparaben, polysorbate 80, limonene, xanthan gun, mannitol, linalool, benzylbenzoate, benzyl alcohol, peppermint leaf extract, tromethamine, isohexadecane, caprylyl glycol, alpha-isomethyl ionone, cabomer, acrylamide/sodium acryloyldimethyltaurate copolymer, pyridoxine HCL, tyrosine, geraniol, disodium EDTA, disodium adenosine triphosphate, histidine HCL, rosa gallica flower extract, cetyl alcohol, methylparaben, citronellolm aluminium hydroxide, hexyl cinnamal, glyceryl stearate, amyl cinnamal, fragrance.
LA ROCHE-POSAY UVIDEA XL Melt-in BB Cream SPF50 De acordo com o laboratório dermatológico La RochePosay, o Uvidea XL é um BB Cream com FPS 50 que oferece alta proteção contra a radiação UVA e UVB. Além disso, conforme indica o fabricante, ele é formulado com água termal de ação hidratante e calmante que aumenta as defesas naturais da pele contra os radicais livres gerados pelos raios UV. Sua textura suave e hidratante penetra rapidamente na pele, sem efeito esbranquiçado ou oleoso, sendo adequado como base para todos os tipos de pele, conforme indica o fabricante.
SKIN79 Super+ Beblesh Balm BB Cream Triple Function SPF25 PA++ Desenvolvido pela empresa SKIN79, SKIN79 Super+ Beblesh Balm BB Cream Triple Function possui os ativos adenosina e arbutin, que, de acordo com o fabricante, são eficazes no clareamento da pele e na redução de rugas e linhas de expressão, dando à pele uma aparência radiante e suave. Este cosmético também oferece proteção UV (FPS 25), coloração de base e proteção da pele frente às agressões do ambiente e desidratação, pois combina uma mistura de girassol, farelo de arroz e extratos de plantas. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 55,00. Ingredientes Ativos: Arbutin, Adenosine, Ceramide 3, Sunflower Extract, Rice Brain Extract, Ivy Extract and Green Tea Extract.
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O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 60,00. Ingredientes: Aqua/Water, Ethylhexyl Methoxycinnamate, Glycerin, Cyclopentasiloxane, Propylene Glycol, Terephthalylidene Dicamphor Sulfonic Acid, Titanium Dioxide, Dromethrizole Trisiloxane, Triethanolamine, Benzophenone-3, Stearic Acid, C12-15 Alkyl Benzoate, Potassium Cetyl Phosphate, PEG100 Stearate, Carbomer, Glyceryl Stearate, Dimethicone, Sodium Cocoyl Sarcosinate, Tromethanmine, Aluminium Hydroxide, Disodium EDTA, Xanthum Gum, Cetyl Alcohol, Myristic Acid, Palmitic Acid, BHT, Tocopherol, Phenoxyethanol, Methyl Paraben, Ethylparaben, Propylparaben, Butylparaben, Isobutylparaben.
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COSMETIC COUNTER MAYBELLINE Natural color Pure Mineral BB Cream MAYBELLINE Natural color Pure Mineral é um BB Cream fabricado pela empresa MAYBELLINE formulado com oito minerais puros, que pode ser usado como primer ou como maquiagem. De acordo com a empresa fabricante, este produto associa proteção solar FPS 26 e alto PPD e protege a pele contra os danos oxidativos da radiação UVA e UVB , sendo apropriado para todos os tipos e tonalidades de pele, pois promove uma cor natural. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 40,00. Ingredientes: Aqua/Water, Cyclopentasiloxane, Ethylhexyl Methoxycinnamate, Glycerin, Dimethicone, Isotridecyl Isononanoate, PEG-9, Polydimethylsiloxyethyl Dimethicone, Disteardimonium Hectorite, Dimethicone/Polyglycerin-3 Crosspolymer, Sodium Chloride, PEG-10 Dimethicone, Phenoxyethanol, Methylparaben, Disodium Stearoyl Glutamate, Chlorphenesin, Disodium, EDTA, Acrylates Copolymer, Propylparaben, Fragrance, Tocopherol Ascorbyl Palmitate, Aluminum Hydroxide, PEG-9, Ethylparaben, Dipropylene Glycol, Isobutylparaben, Butylparaben, Zinc Gluconate, Magnesium Aspartate, Cooper Gluconate, titanium Dioxide, Iron Oxide.
MISSHA M Perfect Cover BB Cream SPF42 PA+++ De acordo com o fabricante, este produto combina efeito antirrugas + fotoproteção UV (FPS 42 e PPD +++) + hidratação + efeito base. Segundo a empresa Missha, ele fornece uma excelente cobertura de qualquer tipo de desordem de pigmentação da área no rosto, incluindo acne, vitiligo, manchas senis, manchas de sol e olheiras. MISSHA M BB Cream contém ingredientes naturais como artemísia e abóbora. MISSHA M BB Cream é um produto multifuncional que pode ser usado no lugar da base e do fotoprotetor, de acordo com informes do fabricante. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 30,00. Ingredientes: Aqua/Water, Cyclomethicone, Ethylhexyl Methoxycinnamate, Zinc Oxide, Caprylic/Capric Triglyceride, Mineral Oil, Phenyl Trimethicone, Talc, Arbutin, Hydrolyzed Collagen, Dimethicone, Macadamia Ternifolia Seed Oil, Squalane, Adenosine, PEG-10 Dimethicone, Cetyl PEG/PPG-10/1 Dimethicone, Polyethylene, Beeswax (Cera Alba), Glycerin, Propylene Glycol, Caviar Extract, Algae Extract, Rosa Canina Fruit Oil, Simmondsia Chinensis Seed Oil, Fagus Sylvatica Bud Extract, Ceramide 3, Rosmarinus Officinalis Leaf Extract, Chamomilla Recutita Flower Extract, Sodium Htaluronate, Sodium Chloride, Fragrance (Parfum, Methylparaben, Propylparaben,Disodium EDTA, Hydroxyisohexyl 3-Cyclohexene Carboxaldehyde, Butylphenyl Methylpropional, Benzyl Salicylate, Hydroxycitronellal, Alpha-Isomethyl Ionone, Hexyl Cinnamal, Linalool, Citronellol.
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CyberWhite Brilliant Cells Extra Intensive BB Creme Multi Action Formula SPF 35/PA+++ Desenvolvido pela empresa Estée Lauder, o CyberWhite Brilliant Cells Extra Intensive BB Creme combina um alto nível de fotoproteção UVA e UVB com avançados efeitos de iluminação e de cobertura com aparência natural, de acordo com a empresa fabricante do produto cosmético. De acordo com a empresa Estée Lauder, este creme ajuda a proteger a pele instantaneamente e possui efeitos clareadores cutâneos, tendo um claim All-inOne. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 94,00. Ingredientes: Water, Methyl Trimethicone, Butyloctyl Salicylate, Neopentyl Glycol Diheptanoate, Polyester-8, Aleurites Moluccana (Kukui) Seed Oil, Lauryl PEG-9 Polydimethylsiloxyethyl Dimethicone, PEG-100 Stearate, Butylene Glycol, Glyceryl Stearate, Dipentaerythrityl Tri-Polyhydroxystearate, Scutellaria Baicalensis Root Extract, Pyrus Malus (Apple) Fruit Extract, Cucumis Sativus (Cucumber) Fruit Extract, Laminaria Ochroleuca Extract, Acetyl Glucosamine, C3038 Olefin/Isopropyl Maleate/MA Copolymer, Sodium Hyaluronate, Ammonium Acryloyldimethyltaurate/ VP Copolymer, Sorbitol, Yeast Extract, Caprylyl Glycol, Caprylic/Capric Triglyceride, Cetyl Alcohol, Potassium Cetyl Phosphate, Homosalate, Octisalate, Avobenzone, Oxybenzone, Ethylhexylglycerin, VP/Eicosene Copolymer, Stearic Acid, Fragrance, Dehydroxanthan Gum, Disodium EDTA, Sodium Dehydroacetate, Phenoxyethanol, Mica.
COSMETIC COUNTER Dr. Jart + - Premium Beauty Balm SPF 45 PA+++ BOSCIA – BB Cream SPF 27 PA ++ BOSCIA – BB Cream SPF 27 PA ++ é um creme oil-free que promove o aperfeiçoamento da pele criando um acabamento impecável, uma vez que hidrata e nutre, informa o fabricante. Ele ajuda a diminuir a aparência dos poros, linhas finas e tonalidades cutâneas irregulares, proporcionando uma cobertura natural, que esconde as imperfeições, segundo informes do fabricante. Projetado para reparar danos e proteger a pele dos danos futuros, sem irritação, foi fabricado com antioxidantes e filtros solares físicos que oferecem amplo espectro de proteção solar FPS classificado como 27 e PA + +, conforme relatado pela empresa BOSCIA. BOSCIA – BB Cream SPF 27 PA ++ está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 38,00. Ingredientes: Water, Cyclopentasiloxane, Glycerin, Sodium PCA, Glycereth-26, Dimethicone, Dipropylene Glycol, Arbutin, BetaGlucan, PEG/PPG-18/18 Dimethicone, PEG-10 Dimethicone/ Vinyl Dimethicone Crosspolymer, Methylsilanol Hydroxyproline Aspartate, Panthenol, Alteromonas Ferment Extract, Phenyl Trimethicone, Acrylates/Dimethicone Coploymer, PEG-10 Dimethicone, Sodium Hyaluronate, Allantoin, Adenosine, Dipotassium Glycyrrhizate, Butylene Glycol, Stearic Acid, Caprylyl Glycol, PEG/PPG-20/15 Dimethicone, Triethoxycaprylylsilane, Alumina, Mica, Citric Acid, Sodium Chloride, Sodium Levulinate, Sodium Anisate, Iron Oxide (C.I. 77499), Iron Oxide (C.I. 77491), Iron Oxide (C.I. 77492).
Dr. Jart + - Premium Beauty Balm SPF 45 PA+++, segundo o fabricante, é um creme que aperfeiçoa a aparência da pele, protegendo-a do sol e fatores ambientais. Com propriedade hidratante, protetora solar e um serum de tratamento, este produto all-in-one também inclui avançada propriedade antioxidante, ocasionada por biopeptídeos e adenosina, que protegem a pele contra fatores ambientais severos e restaura a firmeza e elasticidade, informa o fabricante. Ideal sob a maquiagem, uma vez que proporciona cobertura e aspecto natural, minimizando a aparência de imperfeições e uniformizando a tonalidade da pele, relata o fabricante. Dr. Jart + - Premium Beauty Balm SPF 45 PA+++ está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 40,00. Ingredientes: Water, Cyclopentasiloxane, Glycerin, Phenyl Trimethicone, PEG-10 Dimethicone, Hexyl Laurate, Dipropylene Glycol, Dimethicone, Arbutin, Cyclohexasiloxane, Butylene Glycol Dicaprylate/Dicaprate, Magnesium Sulfate, Aluminum Hydroxide, Stearic Acid, Calcium Stearate, Disteardimonium Hectorite, Propylene Carbonate, Polysorbate 80, Propylene Glycol, Tr i e t h o x y c a p r y l y l s i l a n e , Dimethicone/Vinyl Dimethicone Crosspolymer, Talc, Tocopheryl Acetate, Adenosine, Alcohol, Lecithin, rh-Oligopeptide-1, Glycine Soja (Soybean) Oil, PVP, Platinum powder, Steareth-20, Chrysin, NHydroxysuccinimide, Palmitoyl Oligopeptide, Palmitoyl Tetrapeptide-7, Disodium EDTA, Phenoxyethanol, Methylparaben, Butylparaben, Propylparaben, Iron Oxides, Titanium Dioxide, Zinc Oxide.
Clinique Age Defense BB Cream SPF 30 PA+++ De acordo com a empresa fabricante, Clinique Age Defense BB Cream é BB Cream com múltiplos benefícios cutâneos, que proporciona à pele proteção frente às radiações UVA e UVB, proteção antioxidante e hidratação, além de cobertura suficiente para minimizar as imperfeições da pele. Este cosmético pode ser utilizado como um primer pré-maquiagem ou como um tratamento global anti-aging. O produto está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 50,00. Ingredientes PPrincipais: rincipais: Mica, Iron Oxides, Polymethylsilsesquixane, and Silica, Octinoxate, Octisalate, and Abovenzone, Titanium Dioxide and Zinc Oxide, Vitamin E, Caffeine, Glycyrrhetinic Acid, Trehalose, Carboxylic Acid, and Sodium Hyarulonate, Laminaria Saccharina Extract.
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NUTRICOSMÉTICOS
Fotoproteção oral Evidências Científicas Comprovam a Efetividade Antioxidante de Nutracêuticos Contra as Radiações UVA e UVB
O conhecimento da interação da luz solar com a pele é fundamental para o entendimento da patogênese, diagnóstico e tratamento de mais de 100 doenças cutâneas 1.
A radiação UVA é dividida em UVA I (340-400 nm) e UVA II (320-340 nm), pelo fato de que esta com menor comprimento de onda é mais prejudicial à pele dessensibilizada.
A recomendação de protetor solar conta com um conhecimento da radiação UV e dos caminhos em que os efeitos deletérios dos comprimentos de onda podem ser minimizados 1.
A faixa de 290-320 nm é conhecida como UVB, frequentemente referida como radiação de comprimento de onda média (mais curtos) ou eritematogênica, e penetram menos na pele. Ela inclui a faixa de comprimento de onda biológica mais ativa da superfície da Terra.
Nos dias de hoje a exposição à luz solar é largamente relacionada com uma sensação de bem-estar. Além disso, a luz solar é importante para a síntese de vitamina D3 e o controle do ritmo circadiano. Por outro lado, a luz do sol causa reações inflamatórias agudas e crônicas na pele, câncer de pele e fotoenvelhecimento 1. Embora o sol seja a principal fonte de radiações visível e UV que interagem com a epiderme, as radiações visível e/ou UV são também emitidas por outras fontes comuns, como luz fluorescente, lâmpada incandescente, fotocopiadoras e lâmpadas para fototerapia 1.
Radiação Solar Para a fotobiologia médica, o espectro UV (200 a 400 nm) é subdividido em UVA, UVB e UVC. A faixa de 320 a 400 nm é conhecida como UVA, também conhecida como luz negra, equivale a 95% da radiação que chega à superfície terrestre. Essa radiação é mais longa e atinge áreas mais profundas da pele.
Comprimentos de onda entre 200 a 290 nm são considerados UVC ou radiação germicida, são largamente absorvidos pelo DNA e podem ser letais para as células da epiderme como para bactérias. Esses raios são bloqueados pela camada de ozônio. A radiação infravermelha (IV) tem energia menor que a luz visível e é sentida na pele como calor.
Fotoenvelhecimento e Radiação Ultravioleta O envelhecimento intrínseco é acelerado por fatores ambientais, onde o de maior relevância é a exposição à radiação solar, que resulta em fotoenvelhecimento e, muitas vezes, em severas lesões cutâneas. Evidências epidemiológicas e experimentais demonstraram o rápido aumento da incidência de câncer de pele correlacionado ao aumento da exposição à radiação solar. 2 As radiações UVA e UVB induzem: • Efeitos biológicos celulares; • Reações fotoquímicas; • Mudanças nos receptores de membranas; • Modificações lipídicas e proteicas; • Lesão do DNA.
Figura-1: Espectro de Radiação solar e a pele.
30 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
Clinicamente, a pele fotoenvelhecida é seca, enrugada, inelástica, endurecida, com telangiectasias, apresenta pigmentação irregular, sardas e lentigos. Histologicamente, ela demonstra anormalidades quantitativas e qualitativas, principalmente no tecido conectivo da derme, incluindo acúmulo de material elastoico alterado (elastose) e proteoglicanos. Além disso, há degradação e desorganização das fibras de colágeno, responsáveis pela força e elasticidade da pele 1.
NUTRICOSMÉTICOS Importância da Fotoproteção UVA A radiação UVA: • Induz estresse oxidativo, lesão do DNA e inflamação 3. • Induz a lesão do DNA de queratinócitos e melanócitos, promovendo também efeito imunossupressor 5. • Promove a formação das EROs (espécies reativas de oxigênio) e causa alteração das atividades enzimáticas, particularmente da catalase, induzindo também a lesão celular e a oxidação das proteínas celulares6.
Importância da Fotoproteção UVB A radiação UVB estimula a produção das EROs, o que pode levar ao estresse oxidativo, à lesão do DNA e ao desenvolvimento de câncer de pele 4.
Fotoproteção Oral: Benefícios de Dentro para Fora Enquanto a sociedade correlaciona à pele bronzeada como um símbolo de beleza e sucesso, é necessário enfatizar cada vez mais a importância da prevenção e do uso de fotoprotetores externos e internos 3.
Atualmente as pessoas estão acostumadas a usar filtros solares que promovem proteção contra a radiação UVA e UVB. Por outro lado, cada vez mais estudos citam os efeitos benéficos do uso de suplementos orais na proteção cutânea contra a radiação UVA e UVB4. A principal defesa imediata contra os danos ambientais é a capacidade antioxidante da pele. No entanto, este sistema de defesa pode ser comprometido pela exposição moderada à luz UV. Por isso, reforçar o sistema de defesa antioxidante da pele é uma estratégia potencialmente importante para reduzir os danos da pele induzidos pelo ambiente 8. A proteção da pele por um agente oral fotoprotetor teria benefícios substanciais 7. Os antioxidantes exógenos inibem a queimadura solar, a imunossupressão e a fotocarcinogênese e agem diretamente na prevenção das lesões causadas pelo radical de oxigênio 1. Suplementos nutricionais estão cada vez mais sendo usados para proteger a pele contra os danos ambientais-induzidos, principalmente como consequência da exposição à radiação ultravioleta 9. A tabela abaixo mostra os principais fotoprotetores orais com resultados de estudos científicos indexados e suas respectivas doses.
Tabela 1: Principais Fotoprotetores e seus Benefícios para a Pele. Fotoprotetor oral
Estudo/ Resultados
Dose
Polypodium leucotomos
Gonzalez S et. al. (2010) - De acordo com este estudo o P. leucotomos fornece proteção contra os danos ao DNA, isomerização e decomposição do ácido trans-urocânico (fotoprotetor natural localizado no estrato córneo). Protege contra apoptose e a necrose mediada por UV. Promove remodelação da matriz e evita sua degradação, que é a principal causa do fotoenvelhecimento 10.
Dose do estudo: 7,5 mg/kg/dia 7.
Cacau Rico em Flavonóis
Heinrich et al. (2006) – A administração de cacau rico em flavonóis contribui para a fotoproteção endógena, além de melhorar a circulação sanguínea da derme e a hidratação cutânea 11.
Dose do estudo *: 18 g do pó de cacau ao dia, durante 12 semanas 11 .*18 g do pó de cacau correspondente a 326 mg de flavonóis.
Betacaroteno
Lee et al. (2000) - Suplementação de carotenóides, por 24 semanas, reduz eritema na pele humana após irradiação solar simulada UVA e UVB, embora esse efeito seja moderado 12.
Dose do estudo: 30 mg/dia de carotenóides naturais 12.
Luteína
Palombo et al. (2007) - A suplementação oral com a luteína, por 12 semanas, em mulheres saudáveis, promove melhor proteção do que a obtida pela aplicação tópica desse antioxidante, medido pelas mudanças na peroxidação lipídica e pela atividade fotoprotetora na pele após a irradiação da luz UV 8.
Dose do estudo: Luteína 5 mg/ zeaxantina 0,3 mg, 2 vezes ao dia 8.
Green TTea ea
Morley et al. (2005) – Administrado antes a exposição à radiação UV, o Green Tea reduziu nível de lesão do DNA 13,14.
Doses usuais são de 400 a 800 mg/dia, expresso em polifenóis 13,14.
Pycnogenol (Pinnus pinaster)
Saliou et al. (2001) - A suplementação oral de Pycnogenol, por 8 semanas, aumentou a MED e inibiu a expressão de genes NF-KappaB-dependente induzida por radiação UV 15.
Dose do estudo: 1,10 mg/kg/dia, durante as primeiras 4 semanas, e 1,66 mg/kg/dia, durante as 4 semanas seguintes 15.
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NUTRICOSMÉTICOS Indol-3-carbinol (I3C)
Cope et al. (2006) – Ratos UV-irradiados e alimentados com I3C apresentaram uma multiplicidade de tumor significativamente menor (p < 0,001) que os ratos controle UV-irradiados e os alimentados com clorofilina e UV-irradiados 16.
Dose: Segundo um estudo, 400 mg ao dia, sendo 200 mg no café da manhã e 200 mg no jantar, apresenta efeito protetor em mulheres com alto risco de câncer de mama 17.
Associação de Carotenóides e Vitamina E
Stahl et al. (2000) – A suplementação de carotenóides e alfatocoferol reduz significativamente o eritema UV-induzido da pele localizado na região dorsal, após 8 semanas de suplementação, sendo a supressão do eritema maior com a associação do que com carotenóides isolados 9.
Dose do estudo: 25 mg de carotenóides ao dia, isoladamente ou associados com a vitamina E (335 mg [500 UI] de D-alfa-tocoferol ao dia) 9.
Associação dos carotenóides betacaroteno, luteína e licopeno
Heinrich et al. (2003) - A suplementação da associação dos carotenóides betacaroteno, luteína e licopeno, por 12 semanas, promoveu, em voluntários com fototipo II, redução da intensidade de eritema UVinduzido comparável àquela promovida pelo betacaroteno 18.
Dose do estudo: 24 mg/dia da associação dos carotenóides betacaroteno, luteína e licopeno 18.
Selênio
Noaman E et al. - Segundo os pesquisadores do Departamento de Radiação Biológica, Egito, o selênio confere uma proteção antioxidante celular, em parte, por indução ou ativação celular do sistema de varredura de radicais livres, além de promover a degradação dos radicais peróxidos.
Doses usuais *: 34 mcg ao dia* ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada. RDC Nº. 269, de 22 de setembro de 2005 2005. Disponível em: www.anvisa.gov.br
Vitamina D3
De acordo com Sage RJ e Lim HW, a ingestão diária de 1000 UI de vitamina D3 pode ser apropriada para a proteção da pele contra a radiação UV, o que pode ser facilmente obtido a partir de suplementação dietética 20.
Dose do estudo: 1000 UI de vitamina D3 20.
Referências Bibliográficas 11
Heinrich U, Neukam K, Tronnier H, Sies H, Stahl W. LLong ong-term ong -term ingestion of -induced UV-induced high flavanol cocoa provides photoprotection against UV erythema and improves skin condition in women. J Nutr. 2006 Jun;136(6):1565-9.
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MERCADO
BB Creams Tendência de Cosméticos, Made in Asia
Atualmente, os Blemish Balm Creams (conhecidos como BB Creams) são vistos como produtos cosméticos ícones da Ásia, pois refletem a cultura da beleza coreana de diversas maneiras. O BB Cream é essencialmente um hidratante com tonalidade de cor de base (coloração nude), que proporciona uma cobertura luminosa enquanto cuida da pele (ação fotoprotetora e efeito anti-aging associados). 1
no final de 1970, mas só foi oficialmente trazido para o país em 1983. 1 Fazer as coisas rapidamente tem sido parte da cultura coreana desde que o país teve que fazer crescer a economia após os efeitos devastadores da Guerra da Coréia no início dos anos 1950. Os coreanos são geralmente vistos como impacientes; este estilo de vida acelerado é relevante para a indústria da beleza: estudos têm mostrado que mulheres coreanas tendem a gastar menos tempo em seus tratamentos de beleza do que as mulheres japonesas, e por isso, elas procuram produtos de cuidados e cosméticos mais ‘convenientes’. 1 O BB Cream é geralmente usado após a limpeza da pele, e facilita o tratamento diário cutâneo, pois combina ação hidratante, fotoprotetora e efeito maquiagem (cor de base) em um único produto. Assim, os BB Creams foram trazidos para o mercado coreano para cumprir as exigências dos consumidores. Os fabricantes de outros produtos já existentes, como base líquida para maquiagem e cosméticos para clareamento cutâneo, proteção anti-envelhecimento e fotoproteção, adequaram seus produtos para oferecer uma cor nude mais adequada para a pele asiática, deixando-a com aparência natural.1 Os BB Creams oferecem múltiplos benefícios e assim tornaram-se conhecidos como “a fórmula secreta da maquiagem nude”. Eles são comuns hoje em toda a Ásia e os primeiros BB Creams para o público masculino foram lançados na Coréia, Japão e China em 2009/2010.3
Características Gerais e Benefícios dos BB Creams Figura 1: Conceito BB Cream
BB Creams Originário da Alemanha - Popular na Coréia
O primeiro tipo de BB Cream foi lançado na Alemanha sob a marca Dr. Schrammek e foi usado principalmente para a regeneração e a proteção da pele após o peeling. Foi introduzido na Coréia 34 | Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos
Os BB Creams produzem um efeito natural de maquiagem sobre a pele (“look sem maquiagem”), além de oferecer uma cobertura homogênea sem ser oleoso. Seu principal claim é o efeito matte e nude da pele, sendo bem funcional para quase todos os tipos de desordens de pigmentação, manchas de acne e outras condições cutâneas. Possui propriedades hidratantes, ação fotoprotetora e pode ainda proporcionar benefícios cutâneos adicionais, como ação antirrugas e clareamento da pele. A Figura 2 representa os principais benefícios oferecidos pelos BB Creams.1
MERCADO
Figura 2: Exemplo dos principais benefícios oferecidos pelos BB Creams.
BB Cream é Tendência de Mercado Cosmético O mercado de cosméticos e produtos de higiene da Coréia sobreviveu à crise financeira no início de 2000 com sucesso e esse mercado, desde então, tem crescido muito. Os cosméticos tradicionais coreanos à base de plantas nativas (fitocosméticos) têm mostrado um crescimento particular, impulsionado pelas tendências de beleza natural e bem-estar. Em 2008, os fitocosméticos respondiam por 22% do mercado coreano de cosméticos e produtos de higiene. Pelo fato dos consumidores coreanos já estarem cientes dos benefícios dos tradicionais cosméticos à base de plantas, os BB Creams foram prontamente aceitos por esses consumidores, pois apresentavam benefícios para a pele coreana. Após seu sucesso na Coréia, os BB Creams também foram lançados no Japão, onde se tornaram bastante populares como mostra o gráfico 1.1
De acordo com uma pesquisa do Euromonitor International, a Ásia poderá representar 36% do crescimento global do mercado de cosméticos e produtos de higiene, representando crescimento de US$44 bilhões em 2014.2 O público alvo dos BB Creams são amplos, sendo destinados à mulheres de todas as idades, e até mesmo homens. A Tabela 1 mostra a porcentagem do mercado de BB Cream por marcas de cosméticos disponíveis Coréia durante o primeiro semestre de 2010.1
Range
Brand
Market Share - %
1
Missha
15,9
2
HERA
12,6
3
Skin79
7,0
4
Hanskin
5,0
5
Etude
3,9
Tabela 1: Mercado de BB Cream coreano no primeiro semestre de 2010
Gráfico 1: Mercado dos BB Creams no Japão
Segundo um relatório de mercado do Euromonitor (setembro de 2011), é previsto crescimento de mercado da indústria de cuidados com a pele na Coréia do Sul. A Ásia registrou uma contribuição de 22% no crescimento do mercado cosmético mundial no período de 2001 a 2006, destacando-se principalmente o Japão, seu maior mercado de cosméticos e de higiene pessoal, a Coréia do Sul, o crescimento mais rápido, e a China, que registrou um crescimento de mais de 60% no período de 2006 a 2010.2
Hoje, os BB Creams são encontrados nos EUA e em outros países asiáticos, onde se tornaram populares. Muitos BB Creams oferecem função de clareamento e anti-envelhecimento, ação hidratante e proteção UV, que podem ser combinados em conceitos 2-em-1 ou 3-em-1.1 Referências: 1)
orean beauty trend Sanguk Choi, Yeah-Young Baek. BB cream - The K Korean trend. Skin Care Forum. Disponível em: http://www.scf-online.com/english/47_e/47_e_pr/bbcream47_e_pr.html
2
Euromonitor International. Skin Care in South Korea Korea. Disponível em: http:// www.euromonitor.com/skin-care-in-south-korea/report
3
Innovation Zone. Innovative Anti-Ageing & Men’s Grooming Products Products. In-Cosmetics Asia novembrode2010.Disponívelem:http://www.in-cosmeticsasia.com/page.cfm/Link=122/nocache=true
Revista de Cosmetologia e Ingredientes Cosméticos | 35
INNOVATION ZONE Euoko W-31 Extreme White Concentrate Ampoules Euoko W-31 Extreme White Concentrate Ampoules é um produto clareador, que, segundo o fabricante, inibe a formação de melanina, reduz a pigmentação já existente e diminui a vermelhidão causada pelo sol. O tratamento tem duração de quatro semanas e, conforme especificações do fabricante, é composto por um concentrado encapsulado de multiativos que auxiliam no clareamento da pele e restauram sua aparência. Ainda conforme o fabricante este produto é eficaz no clareamento da pele e possui em sua composição ingredientes seguros que foram clinicamente testados e aprovados. Euoko W-31 Extreme White Concentrate Ampoules está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 710,00. Ingredientes Principais: Microalga Dunaliella Salina, Arbutin PML, Polypeptide-WX, Tyrostat-9, Kalahari Watermelon, Alpha Arbutin, Hyaluronic Acid, RETexture, Ceramide IIIA, Retinol Cylasphere, Exclusive Marine Absorption Base, AA2G Vitamin C.
Deep Tissue Repair Cream with Peptide K8™ Kate Somerville - Deep Tissue Repair Cream with Peptide K8™ segundo o fabricante, possui em sua formulação ingredientes avançados para o tratamento anti-ageing. Instantaneamente hidrata e fortalece a pele, promovendo uma pele suave e aveludada, ainda conforme o fabricante. Ele age profundamente na pele e suaviza linhas superficiais e rugas, pois possui ativos que estimulam a reparação celular, a elasticidade e a renovação, proporcionando uma pele mais firme, hidratada e com aparência mais jovem, tudo isso após uma única aplicação, conforme indica o fabricante. Kate Somerville - Deep Tissue Repair Cream with Peptide K8™ está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 750,00. Ingredientes: Water, Stearic Acid, Ceteareth-20, Cetearyl Alcohol, Isopropyl Myristate, Isocetyl Stearoyl Stearate, C12-15 Alkyl Benzoate, Glycerin, Cyclopentasiloxane, Dimethicone, Orbignya Oleifera Seed Oil, Caprylic/Capric Triglyceride, Cannabis Sativa Seed Oil, Squalane, Cholesterol, Urea, Sodium PCA, Macadamia Ternifolia Seed Oil, Silk Powder, Simmondsia Chinensis (Jojoba) Seed Oil, Cetyl Alcohol, Triethanolamine, Butylene Glycol, Chlorphenesin, Xanthan Gum, Polyquaternium-51, Trehalose, Tocopheryl Acetate, Parfum/Fragrance, Allantoin, Limonene, Potassium Sorbate, Sodium Benzoate, Ascorbyl Palmitate, Ceramide 2, Citric Acid, PEG-10 Rapeseed Sterol, Palmitoyl Oligopeptide, Tribehenin, Phenoxyethanol, Sodium Hyaluronate, Triacetin, Copper PCA, Hexyl Cinnamal, Benzoic Acid, Geraniol, Disodium EDTA.
M LAB Anti-Aging Treatment Cream M LAB Anti-Aging Treatment Cream segundo o fabricante é clinicamente formulada com 68% de ingredientes ativos e foi projetado para atacar qualquer sinal visual de envelhecimento. Contém uma matriz de peptídeos, antioxidantes e hidratantes da pele que fornece maciez e elasticidade cutânea, além de reduzir a aparência de linhas finas e rugas, conforme indica o fabricante. M LAB Anti-Aging Treatment Cream está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 600,00. Ingredientes: Water (Aqua), Cyclopentasiloxane, Glycerin, Squalane, Pentylene Glycol, Saccharomyces/Xylinum Black Tea Ferment, Butyrospermum Parkii (Shea Butter), Helianthus Annuus (Sunflower Seed) Oil Unsaponifiables, Vitis Vinifera (Grape) Seed Oil, Methyl Glucose Sesquistearate, Butylene Glycol, Hydroxyethyl Acrylate/Sodium Acryloyldimethyl Taurate Copolymer, Polysorbate 60, PEG-20 Methyl Glucose Sesquistearate, Tocopheryl Acetate, Cetearyl Alcohol, Tetrahexyldecyl Ascorbate, Alpha-Arbutin, Glycine Soja (Soybean) Seed Extract, PEG-100 Stearate, Glyceryl Stearate, Polysilicone-11, Aminobutyric Acid, Barium Sulfate, Cholesterol, Magnesium Aluminum Silicate, Superoxide Dismutase, Caprylic/Capric Triglyceride, Phytic Acid, Hydrogenated Vegetable Oil, Bambusa Vulgaris Leaf/Stem Extract, Carbomer, Pisum Sativum(Pea) Extract, Saccharomyces Lysate Extract, Xanthan Gum, Phenoxyethanol, Sodium Carboxymethyl Beta-Glucan, Ceramide 2, Crithmum Maritimum Extract, Epilobium Angustifolium Flower/Leaf/Stem Extract, Evodia Rutaecarpa Fruit Extract, Hydrolyzed Algin, Tetrasodium EDTA, Benzyl Alcohol, Chlorella Vulgaris Extract, Glucosamine HCL, Hydroxyethylcellulose, Palmitoyl Oligopeptide, Palmitoyl Tetrapeptide-7, Polysorbate 20, Sea Water (Maris Aqua), Algin, Centella Asiatica Extract, Panax Ginseng Root Extract, Portulaca Oleracea Extract, Retinyl Palmitate, Sodium Citrate, Dipeptide Diaminobutyroyl Benzylamide Diacetate, Fragrance (Parfum), Benzoic Acid, Dehydroacetic Acid, Salicylic Acid, Atelocollagen, Ubiquinone, Benzethonium Chloride, Saccharomyces/Copper Ferment, Saccharomyces/Iron Ferment, Saccharomyces/Magnesium Ferment, Saccharomyces/ Silicon Ferment, Saccharomyces/Zinc Ferment, Serine, Sodium Benzoate, Butylphenyl Methylpropional.
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INNOVATION ZONE 3LAB WW Cream 3LAB WW Cream é uma mistura exclusiva de clareadores cutâneos, que estimulam o clareamento intensivo da pele e são derivados de ingredientes naturais, informa o fabricante que ainda ressalta a importância do produto no tratamento e redução de linhas finas, rugas, flacidez, tonalidade irregular e ressecamento. 3LAB WW Cream aumenta a síntese de proteínas da pele, reduz a degradação induzida por UV, eliminando radicais livres e danos oxidativos induzidos por ferro, conforme dados do fabricante. 3LAB WW Cream está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 425,00. Ingredientes: Water (Aqua/Eau), Glycerin, Pentaerythrityl Tetraethylhexanoate, Butyrospermum Parkii (Shea Butter), Cetearyl Alcohol, Dimethyl Isosorbide, C12-20 Acid PEG-8 Ester, C10-18 Triglycerides, Isodecyl Salicylate, Butylene Glycol, Ethylhexyl Isononanoate, Hydroxyethyl Acrylate/Sodium Acryloyldimethyl Taurate Copolymer, Squalane, Isononyl Isononanoate, Phyllanthus Emblica Fruit Extract, Dimethicone, Sodium Hyaluronate, Bellis Perennis (Daisy) Flower Extract, Oligopeptide-4, Oligopeptide-5, Arbutin, Camelia Sinensis (Green Tea) Leaf Extract, Ginkgo Biloba Leaf Extract, Glycyrrhiza Glabra (Licorice) Root Extract, Diacetyl Boldine, Coco-Glucoside, Polysorbate 60, Polymethylmethacrylate, Caprylic/Capric Triglyceride, Tocopheryl Acetate, Propyl Gallate, Acrylates/C10-30 Alkyl Acrylate Crosspolymer, Disodium EDTA, Sodium Levulinate, Sodium Anisate, Fragrance (Parfum).
Orlane SOIN NUIT RÉGÉNÉRANT ANTIRIDES EXTRÊME Orlane - SOIN NUIT RÉGÉNÉRANT ANTIRIDES EXTRÊME é um novo creme noturno que proporciona uma grande recuperação da pele, segundo fabricante. Este creme aumenta o auto-reparo e regeneração das células através de seus ativos anti-envelhecimento direcionados para a correção intensa de rugas, trazendo conforto ao longo da noite e uma hidratação ideal, informa o fabricante, que também mostra que os ativos concentrados presentes em sua composição, aumentam a longevidade das células e sua renovação, reparando rugas, células e o DNA da pele. Orlane - SOIN NUIT RÉGÉNÉRANT ANTIRIDES EXTRÊME está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 300,00. Ingredientes: Aqua (Water), Dimethicone, Butylene glycol, Caprylic/Capric triglyceride, Dicaprylyl carbonate, Hydrolyzed soy flour, Glycerin, Polymethyl methacrylate, Butyrospermum parkii (Shea butter), Cetearyl alcohol, Cetyl alcohol, Glyceryl stearate, PEG-75 stearate, Simmondsia chinensis (Jojoba) seed oil, Dimethiconol, Ceteth-20, Dimethicone crosspolymer, Phenoxyethanol, Stearic acid, Sodium polyacrylate, Steareth-20, Methylparaben, Ethylparaben, Cyperus esculentus tuber extract, Laureth-3, Propylparaben, Xanthan gum, Parfum (Fragrance), Hydrolyzed wheat protein, Tetrasodium EDTA, Hydroxyethylcellulose, Sodium hyaluronate, Sodium hydroxide, Acetyl dipeptide-1 cetyl ester, Ethylhexylglycerin, Oryza sativa (Rice) extract, Potassium sorbate, Butylparaben, Isobutylparaben, Linalool, Limonene, alpha-Isomethyl ionone, Citronellol, -533901/00A.
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Perricone MD Neuropeptide Facial Conformer Perricone MD Neuropeptide Facial Conformer é um tratamento revolucionário anti-envelhecimento que promete promover o rejuvenescimento da pele, segundo o fabricante, que também informou que este produto possui um neuropeptídio responsável por ativar a renovação da superfície da derme, revelando assim uma pele mais jovem. Ele aborda a perda de elasticidade e restaura a resistência, renergizando e hidratando a pele, afirma o fornecedor, que também mostrou que o produto diminui a aparência de linhas e rugas profundas e ajuda a corrigir os sinais causados pelo fotodano. Perricone MD Neuropeptide Facial Conformer está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 325,00. Ingredientes: Water, C12-15 Alkyl Benzoate, Butylene Glycol, Dimethyl MEA (DMAE), Glyceryl Polymethacrylate, Citric Acid, Glycerin, Glyceryl Stearate, PEG-100 Stearate, Avena Sativa (Oat) Protein Extract, Cetyl Alcohol, Tribehenin, Simmondsia Chinensis (Jojoba) Seed Oil, Isopropyl Palmitate, Dimethicone, PEG-8, Phenoxyethanol, Phosphatidylcholine, Tetrahexyldecyl Ascorbate, Triethanolamine, L-Tyrosine, Carbomer, Caprylyl Glycol, Ceramide 2, PEG-10 Rapeseed Sterol, Disodium EDTA, BHT, Sodium Carboxymethyl Beta-Glucan, Ammonium Acryloyldimethyltaurate/ VP Copolymer, Magnesium Aspartate, Zinc Gluconate, Sorbic Acid, Elaeis Guineensis (Palm) Oil, Tocotrienols, Cetyl Hydroxyethylcellulose, Polysorbate 20, Rutin, Tocopherol, Copper Gluconate, Ascorbyl Palmitate, Palmitoyl Oligopeptide (Neuropeptide), Palmitoyl Tetrapeptide-7 (Neuropeptide), Fragrance, Phaseolus Lunatus (Green Bean) Extract.
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INNOVATION ZONE Guerlain - Super Aqua-Serum Guerlain - Super Aqua-Serum é um sérum de hidratação profunda, que conforme o fabricante, revitaliza a pele e suaviza as rugas. Este produto é um exclusivo complexo de rosas do deserto que hidrata e protege profundamente a pele, deixando-a suave, macia e radiante, de acordo com informes do fabricante. Ele é capaz de manter os níveis de hidratação ideal e regenerar a função celular da pele, mesmo nos ambientes mais áridos, além de ajudar na formação de uma barreira invisível na superfície cutânea, a qual irá manter a água dentro e agressores ambientais fora, informa o fabricante. Guerlain - Super Aqua-Serum está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 165,00. Ingredientes: Aqua (Water), Squalane, Glycerin, Isohexadecane, Caprylic/Capric/Succinic Triglyceride, Butylene Glycol, Cera Alba (Beeswax), Myristyl Myristate, Steareth- 20, c12-15 Alkyl Benzoate, Glyveryl Stearate, Tromethamine, Polymethyl Methacrylate, Serine, Sodium PCA,Glycolic Acid, Palmitic Acid, Stearic Acid, Phenoxyethanol, Xanthan Gum, Laureth-23, Totcopheryl Acetate, Parfum (Fragrance), Castanea Sativa (Chestnut) Seed Extract, Stearalkonium Hectorite, Adenium Obesum Leaf Cell Extract, Sodium Hyaluronate, Citronellol, Geraniol, Butylphenyl Methypropional, Hexyl Cinnamal, Fagus Sylvaticate Extract, Xylose, Benzyl Salicyate, Linalool, Methyl Paraben, Sanguisorba Offcinalis Root Extract, Butylparaben, Artemia Extract, Ethyparaben, Propylparaben, Isobutylparaben.
Thalgo Serum d’Exception - Exceptional Serum
Peter Thomas Roth PREVIEW FirmX™ Neck & Décolleté Crème Peter Thomas Roth - PREVIEW FirmX™ Neck & Décolleté Crème segundo o fabricante, é um complexo ativador da juventude, especialmente formulado para ajudar a estimular a atividade natural das células proporcionando firmeza, iluminação, melhora da aparência e da elasticidade, resistência, textura e redução de linhas finas. Ainda segundo o fabricante, este produto restaura e aumenta a firmeza cutânea, além de auxiliar na proliferação celular, ativando assim os mecanismos naturais de reparação da pele. Peter Thomas Roth - PREVIEW FirmX™ Neck & Décolleté Crème está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 135,00. Ingredientes: Water/Aqua, Glycerin, C12-15 Alkyl Benzoate, Glyceryl Stearate, Propanediol, Isocetyl Stearate, Phenyl Trimethicone, Cetyl Alcohol, Benzimidazole Diamond Amidoethyl Urea Carbamoyl Propyl Polymethylsilsesquioxane, Propylene Glycol Stearate, Dimethicone, Glyceryl Stearate, PEG-150 Stearate, Methylheptyl Isostearate, Ceramide II, Propylene Glycol, Hexapeptide-10, Caprylyl Glycol, Hydrogenated Lecithin, Myristoyl Hexapeptide-16, Tetradecyl Aminobutyroylvalylaminobutyric Urea Trifouroacetate, Zizyphus Jujuba Fruit Extract, Maca Root Extract, Squalane, Phytoecdysteroids, BHT, Sodium Methyl Stearoyl Taurate, Mica, Disodium EDTA, Dimethylmethoxy Chromanol, Dimethylmethoxy Chromanyl Palmitate, Hydroxypropylmethylcellulose Stearoxy Ether, Magnesium Chloride, Methylparaben, Propylparaben, Diazolidinyl Urea.
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Thalgo Serum d’Exception - Exceptional Serum, segundo o fabricante, foi especificamente formulado para proporcionar à pele o “cuidado excepcional” que ela exige. Ele combate ativamente todos os sinais do envelhecimento, controla as rugas e a pigmentação da pele, além de proporcionar mais firmeza e contornos mais definidos, conforme dados do fabricante. Possui em sua composição Matrixyl, responsável por promover a produção de ácido hialurônico e colágeno, diz o fabricante. Thalgo Serum d’Exception - Exceptional Serum está disponível no mercado internacional pelo preço médio de US$ 180,00. Ingredientes: Aqua (water), Cyclomethicone, Glycereth-26, PEG-8 Dimethicone, Methylmethacrylate Crosspolymer, Glyceryl Polymethacrylate, Imperate Cylindrica (root extract), Glycerin, Ascophyllum nodosum (extract), Algae (extract), Dimethicone/ Vinyl Dimethicone Crosspolymer, Dimethicone Copolyol, Propylene Glycol, Polyacrylamide, Butylene Glycol, Polysorbate 20, Carbomer, PEG-8, Palmitoyl Pentapeptide-3, C13-14 Isoparaffin, Palmitoyl Proline, Magnesium Palmitoylglutamate, Phenoxyethanol, Sodium Palmitoylsarcosinate, Parfum (fragrance), Xanthan Gum, Methylparaben, Ethylparaben, Laureth-7, Propylparaben, Butylparaben, Isobutylparaben, Chlorphenesin.