World Fashion 150

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Ano XX | R$30,00 Edição 150

Denim

l a r lu p is a m z e v a d a C observatório A inovação começa pelas fibras

vitrine

O varejo inova também na cenografia

e mais:

Vinte anos de ruptura na moda masculina

Nova York se reinventa quando o tema é Jeans


reconhecer uma tendência é importante. ser a tendência é transformador.


Tendência vai além do visual, trata-se também de entender o comportamento das pessoas e então tornar o seu produto o mais funcional possível para acompanhar a jornada diária delas. Hoje, as mulheres cuidam da saúde, da beleza, das carreiras e não para por aí. As roupas precisam acompanhá-las, e é isso que o fio Emana® faz. O jeans com Emana® oferece aquele plus que vai além do que os olhos podem ver e cuida

e as grandes marcas que já utilizam o jeans inteligente e funcional. Já imaginou que, além de ter a modelagem perfeita, o jeans da sua marca pode cuidar da autoestima da sua consumidora?

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do corpo da mulher. A tecnologia é um sucesso, prova disso é a procura das consumidoras


Páginas da Moda

A

história da Moda é feita de inúmeros capítulos, que se iniciam por uma “introdução”, composta pela indumentária que atravessou séculos, da Antiguidade até o Renascimento. De lá pra cá, muita coisa mudou. Na virada do século XIX para o XX, surgiram os ateliês de criação e o inglês Charles Worth, sabendo que Paris era o centro econômico, político e cultural, mudouse para a Cidade Luz e lá criou o seu ateliê de sonhos, lançando bases para o que viria a ser a imagem do couturier. A partir de então, a moda foi se reinventando, ao sabor de cada década. Mas os anos 1960 chegaram para subverter toda a ordem até então estabelecida, e pra dizer que a moda era para todos. Os jovens levaram o tema ao pé da letra e assumiram o protagonismo da criação. Isso sem contar os investimentos e os fatos econômicos que passaram a direcionar o desenvolvimento de produtos e coleções. A moda é assim, feita de fatos e de imagens que permeiam a história, a cultura e o dia-a-dia de quem vive o próprio tempo e sobre ele é até capaz de influenciar. WORLD FASHION, em seus 20 anos de vida, sempre acreditou que a informação é a principal matéria-prima para compreender os novos direcionamentos que a moda – como fenômeno sócio-cultural e como indústria – é capaz de tomar. A publicação surgiu na metade da década de 90, assistindo e também atuando, como veículo de comunicação, no processo de renovação do mercado brasileiro de moda. Viu nascer e fez parte da expansão das semanas de moda, terreno em que o SPFW foi a grande mola propulsora. Trouxe para as suas páginas, sempre, a notícia sobre inovação e investimento no campo de tecnologia e da gestão. Pelas páginas de WORLD FASHION têm passado os nomes que realmente fazem a diferença no cenário da criação e do mundo empresarial. A publicação, como nos últimos 20 anos, continuará ao lado de quem respira e vive a moda nas 24 horas do dia, porque não pode ser diferente. E porque acreditamos que a Informação é o nosso negócio; é o grande valor que queremos continuar compartilhando com quem acredita que Moda é trabalho e inspiração, é cultura e business, é vontade e é paixão. Boa leitura! Eleni Kronka

mai-jun-jul 15

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+ observatório A inovação começa pelas fibras

06

+ movimento

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Dragão Fashion

promove um mix Brasil

2016. Novamente,

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+ VITRINE

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+BALCÃO

+foco

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Vinte anos de ruptura

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Duas décadas de Jeans

20

Tecnologia invade

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Das supermodels à era

o denim

da comunicação, tudo acaba em Gisele

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+acontece mundo Renascimento da

moda de um

O que pode estar faltando no seu marketing online

35 +online

Quem é a buyer persona do seu site?

na moda masculina

+dossie

Eventos mostram

34 +comportamento

em perspectiva

14

apresenta o

Brasil plural

Mercado da moda visto

+moda masculina

Vitória Moda alto-verão 2016

Nova York se reinventa quando o tema é Jeans

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30

O varejo inova também na cenografia

praticidade

28 +acontece brasil

2013, 2014, 2015, começar de novo!

NY une identidade e

36 +gestão

“...Gestão é resultado, não esforço”... Simples assim !!!

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+mercado Atravessando o deserto

38 +sua loja

Estrategicamente coloridos

criatividade no varejo

www.worldfashion.com.br Diretor: Luiz Cezar Pimentel | Publisher: Yuko Suzuki yuko@worldfashion.com.br Editora: Eleni Kronka eleni@worldfashion.com.br | Colunistas: Arnaldo Rabelo, Carlos Ferreirinha, Daniela Burity, Edson D’Aguano, Fernanda Calfat, Marcelo Prado, Mário Queiroz, Paulo Delegá e Sylvia Demetresco Colaboraram nesta edição: Alexandre Schnabl, Andrea D’Andrea, Sueli Pereira Projeto Gráfico e Design: Guilherme Watanabe | Jornalista Responsável Eleni Kronka – MTB 12.882 Publicidade Vera Lopes vera@worldfashion.com.br | Luiz Eduardo Pimentel eduardo@worldfashion.com.br

Crédito da foto capa: fashion show da J. Crew, na Mercedes-Benz Fashion Week – foto de Fernanda Calfat

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WORLD FASHION + VAREJO é uma publicação da World Fashion Editora e Eventos Ltda. Fones: (11) 5535-7709 e (043) 3343-1925. A World Fashion Editora e Eventos Ltda. não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos de seus colunistas. É terminantemente proibida qualquer forma de reprodução do conteúdo – textos, fotos, ilustrações – desta publicação sem a prévia e devida autorização dos editores. Nenhuma pessoa está autorizada a retirar qualquer tipo de material em nome do WORLD FASHION+ VAREJO. Em caso de necessidade, o portador deverá ter em mãos carta assinada.

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+observatório

A inovação começa pelas fibras O mercado brasileiro assiste a uma importante evolução no segmento de fibras têxteis, promovida pelas gigantes Rhodia Solvay e Nilit. As ações são cercadas de alto investimento e desenvolvimento de fibras avançadas

Nilit traz alta tecnologia para o náilon 6.6

Foto: Márcia Gamma/Divulgação

A empresa também fará o lançamento de nova geração de Supplex®. O tecido, que garante um toque natural muito semelhante aos tecidos de algodão, não amassa, mantém as cores mais vivas e ainda seca muito mais rápido que as fibras naturais. Ele surge agora combinado com outros fios inteligentes da Nilit, como as linhas World of Colors,

Aquarius e Body Fresh, que têm efeito em tingimentos em cores, transporte de umidade e efeito bacteriostático, respectivamente. Todos esses produtos serão produzidos na fábrica de Americana, que terá como principal alvo de distribuição os países que integram o Mercosul. O presidente da Nilit Brasil,

Foto: Divulgação

A Nilit, uma das mais inovadoras fabricantes de náilon 6.6 para aplicações têxteis e de plásticos de engenharia, acaba de desembarcar efetivamente em solo brasileiro, onde iniciará a produção em escala da fibra. Após a aquisição da unidade de náilon têxtil e polímeros da Invista no fim de 2014, a Nilit já injetou mais de R$ 30 milhões na atualização desta unidade em Americana (SP). Máquinas de texturização, sistemas de climatização similares aos adotados nas fábricas de Israel e da China, além de novos equipamentos de produção vão tornar possível a fabricação de uma ampla gama de fios inteligentes. Do portfólio fazem parte os fios anti-odor, fios gerenciadores de umidade, fios de efeitos refrescantes e até artigos redutores de stress muscular.

Francisco Weffort, presidente da Nilit Brasil, e Zion Ginat, diretor executivo da Nilit - CEO

Rhodia investe em tecnologia para produzir fibras têxteis inovadoras

Rhodia aposta na sustentabilidade A Rhodia, empresa do grupo Solvay, acaba de lançar o Amni Sustainable White, nova geração de fios sustentáveis com teor de branco inédito no mercado, atributo

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que contribui para a redução no consumo de água e de energia, além de aumentar a produtividade e agilidade da indústria têxtil. Dados da Rhodia indicam

que a substituição de outros produtos por Amni Sustainable White pode levar a cadeia industrial têxtil brasileira a reduzir em média por ano o uso de 19 milhões de

Francisco Weffort, afirma: “Está no nosso DNA fazer o melhor produto de alta performance para indústria têxtil, que é náilon 6.6. Com aquisição do negócio da Invista, oferecemos grande inovação para os clientes do Mercosul. O nosso objetivo é tornar a Nilit líder de mercado na produção dos fios inteligentes”.

A unidade de Americana integra agora o parque fabril da empresa, que possui plantas em Israel, Estados Unidos, China, Itália e Alemanha. Hoje o Grupo Nilit atua em 70 países, fornecendo produtos de alta tecnologia para os segmentos têxtil e de plásticos de engenharia para os segmentos automotivo e de eletroeletrônicos.

litros de água. A tecnologia é totalmente brasileira e já possui patente. O desenvolvimento de Amni Sustainable White reforça as políticas da empresa quanto à inovação sustentável, um dos eixos fundamentais da estratégia de atuação da organização. “A Rhodia tem como premissa fazer investimentos tecnológicos que tragam benefícios para o planeta. Cuidar do meio ambiente é uma obrigação de todos, em especial da indústria e temos orgulho de usar a tecnologia brasileira para trazer ao mercado esse produto inovador”, destaca o presidente da Unidade Global de Negócios Fibras do Grupo Solvay Renato Boaventura.

produção sustentável que respeita o meio ambiente, a redução do consumo de água e energia, redução do impacto ambiental e nos gastos com tratamento de água e efluentes, bem como a redução na utilização de substâncias químicas usadas no tratamento dos tecidos, redução das etapas na cadeia produtiva, assim como aumento da produtividade. As peças ainda possuem todos os benefícios da poliamida Amni: toque macio, leveza, respirabilidade, conforto e easy care. O Amni Sustainable White elimina o alvejamento da peça ou do tecido, com seu teor de branco inédito no mercado. O fio oferece proteção ao amarelamento durante a produção, estoque, transporte e armazenagem, desde sua origem até o consumidor final.

Benefícios

A produção de peças com o fio Amni Sustainable White tem como benefícios a

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Fundador presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, especializada nas ferramentas de gestão e inovação do negócio do luxo Foto: Divulgação

e premium, com atuação no Brasil, na América Latina, em Angola e Portugal.

www.mcfconsultoria.com.br

2013, 2014, 2015, 2016... Novamente, começar de novo! Seria melhor 2013, 2014, 2017... Foto: Shutterstock

Iniciamos forçadamente a partir desse ano a necessidade de viver coisas novas e garantir relevância contemporânea para que consumidores optem e prefiram nossos produtos e serviços

Q

uem poderia dizer que depois de anos aproveitando ritmo de crescimento e expansão expressivo da economia Brasileira, seríamos novamente desafiados à necessidade de superação. Obstáculos como poucas vezes vistos são novamente impostos à sociedade de consumo e produtiva Brasileira. Injusto. Literalmente, injusto ter novamente que lidar com o fantasma e o filme do terror da inflação, dos juros altos, da escassez de crédito, da recessão, redução do ritmo de crescimento, estagnação, cancelamento de projetos, suspensão de investimentos, inadimplência, alta exacerbada do custo de vida, aumento de impostos, crise de credibilidade, brasileiros deixando o Brasil, pessimismo, desemprego, corrupção, perda de moral e ética em todas as esferas públicas... Novamente?

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Brasileiros enquanto personagens de consumo e o setor produtivo, as empresas e empresários, fizeram um excelente exercício de casa nos últimos anos. Investimentos, expansão, geração de empregos, desenvolvimento das sub-regiões Brasileiras, conversão high-tech, redução da distância do mundo globalizado para o nosso mundo doméstico, elevação do padrão de serviços, elevação da mão-de-obra através de qualificação profissional... Foram muitos os ganhos e muitos os acertos. Inegáveis as melhorias, o padrão brasileiro, a mudança de comportamento e hábitos. Definitivamente o Brasileiro sofisticou seus hábitos de consumo. Tornou-se mais exigente e bem mais atento. Tornou-se viajante frequente. Elevou seus padrões de expectativas

e teve exposto no mercado doméstico no que chamamos de uma vasta “premiumnização” = padarias, cafeterias, sorveterias, livrarias, farmácias, açougues, postos de gasolina e tantas outras referências se tornaram especiais e não mais somente básicas. O Brasil nos últimos anos, e que fique claro que não estamos falando de um período de 12 anos ou cinco anos, mas de um ciclo importante de um pouco mais de 20 anos, transformou-se. Tornou o simples, em especial. O básico – ordinário em extraordinário. E a reboque, os Brasileiros gostaram dessa aventura. E é justamente essa aventura que me faz afirmar que não estaremos dispostos a abrir mão dessas conquistas. Não somente consumimos, mas gostamos de consumir e principalmente, aprendemos a consumir. Vivemos e experimentamos mu-

danças extraordinárias. Infelizmente, a conta da má gestão pública será paga novamente por todos nós, Brasileiros, na pessoa RG/ CPF e na pessoa empresário, CNPJ. Mas, Cazuza já perguntava: “Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga para agente ficar assim”. Teremos que começar novamente. Investir forte na inovação. Conhecer, segmentar e cuidar de clientes e principalmente não mais subestimá -los e definitivamente, se relacionar. Dormir mais tarde e acordar mais cedo. Trabalhar arduamente para mudar o jogo do placar negativo. Focar. Garantir precisão em projetos. Aumentar produtividade e a conversão. Criar conexões emocionais, incrementando o desejo e não a necessidade. Tornar a atual crise em oportunidade de reinvenção. Explorar novas oportunidades e incrementar a oferta de serviços. Iniciamos forçadamente a partir desse ano a necessidade de viver coisas novas e garantir relevância contemporânea para que consumidores optem e prefiram nossos produtos e serviços. Consumidores esses que se tornaram mais cautelosos e por isso, tomarão decisões mais conscientes e inteligentes. Não o consumo mais barato, mas a escolha será mais criteriosa. Afinal, não abriremos mão da nossa conquista de alto grau de exigência. Teremos que reinventar a forma de vender produtos e serviços, apresentando os mesmos com alma, irradiando alegria, confiança e otimismo. Darwin dizia: “Não sobrevivem os mais fortes e nem mais os inteligentes, mas os que melhor se adaptam”. Ok Brasil, estamos novamente atentos ao chamado. Sobreviveremos porque definitivamente somos capazes de nos adaptarmos. Mas, até quando isso? Não poderíamos somente pular do ano de 2014 para o ano de 2017 direto sem parada?

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cenografia O varejo inova também na

Milão, reduto do design italiano, é também a sede da atual Exposição Internacional 2015, que reúne propostas de inovação e sustentabilidade para o mundo usufruir

Texto e fotos por Sylvia Demetresco

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arte está próxima da cenografia das vitrinas. Não existe mais uma mídia sem a outra. Surgem nos espaços comerciais formas simbólicas e lúdicas de expressão que predominam nas vitrinas e na ambientação interna das lojas. Tais propostas são vistas também em feiras e exposições. A tendência verifica-se notavelmente da Exposição Internacional 2015, em curso em Milão, na Itália. Iniciada dia 1º de maio último e com prazo para se encerrar em 31 de outubro próximo, o evento tem como tema central a atenção com a sustentabilidade, sob o lema “Alimentando o planeta: Energia de vida!”. Cada país, entre os 180 participantes, apresenta a história de seus sabores, mostrando a forma por meio da qual desenvolve seus alimentos, fechando o ciclo com alguma proposta inovadora para alimentar populações num futuro próximo. A edição milanesa da Exposição Internacional é a que se segue à realizada em Shangai, em 2010, que esteve focada nos centros urbanos em evolução associada à reflexão sobre a vida nas cidades. Iniciada em 1851, em Londres, a série de Exposições Internacionais ocorre em um país diferente a cada edição.

Cenários

Pavilhão da Rússia: botânico Nikolai Vavilov é homenageado na cenografia, inspirada na rica pesquisa com sementes por ele realizada

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Desde a entrada da exposição, em Milão, a arte se faz presente, como parte da construção das bilheterias e da ponte que leva aos pavilhões, lotados de visitantes, aliás. Alguns espaços são mais tecnológicos, como o da China e o do Azerbaijão. Outros mais preocupados com o cuidado com a natureza, como o da Inglaterra e o da França. Há os muito sofisticados como o da Coreia do Sul e o do Japão, mas todos denotando as mesmas inquietações. O visitante também encontrará os chamados os clusters, onde estão localizados países caracterizados como grandes produtores de determinados alimentos, tais como: o café, o arroz, o cacau, os tubérculos e o “slow food”. Os pavilhões da Rússia e do Marrocos merecem atenção, pela diversidade de estrutura, de identidade e de modos de expor. A Rússia, com um pavilhão de 4 mil m2, expôs a variedade de sementes que o cientista Nikolai Vavilov listou no período de 1920 a 1940. O modo como ele organizou as sementes e o uso delas inspirou a configuração do espaço, em que as sementes ficaram expostas – nas paredes, de alto a baixo –, como se estivéssemos numa enciclopédia viva desses elementos. Paredes luminosas exibem centenas de quadrados com as plantas, incluindo a indicação de uso, a nomenclatura, origem e local onde podem ser encontradas ao redor do mundo. Com isso, a Rússia apresenta-se, de certa forma, como celeiro do mundo, com potencial para alimentar seus cidadãos e mais outros. Durante o percurso é possível provar alimentos russos. No entanto, na saída, a preocupação é com a loja de Matrioscas, isso é, das bonecas russas que se encaixam umas nas outras, vendidas ali, em lugar dos alimentos apresentados.

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Exotismo

Pavilhão do Marrocos: à saída, a oportunidade de contemplar e degustar produtos extraídos das oliveiras

O pavilhão dedicado ao Marrocos trabalha com a proposta da inovação. Dentro de um cubo cor de barro de quase 3mil m2, com fendas longas, mostra didaticamente a rica cultura das diferentes regiões do país. Cenografias espetaculares, muito bem iluminadas, mostram plantações de frutas, tais como tangerina, amêndoa, figo, azeitona e açafrão. Uma montagem arenosa, clara e perfumada, dá ao visitante a ideia de como crescem no deserto as rosas e as tâmaras. Por fim, a cenografia volta-se para o mar – vital para o país –, permitindo que os observadores passem e contemplem algas gigantes, num ambiente altíssimo, todo azul, com o som das profundezas do mar. À saída do pavilhão marroquino, uma plantação de oliveira, sobre o solo árduo, tem como extensão um espaço para que o visitante experimente todos os seus alimentos.

Café inspirador

Pavilhão Cluster Café: com envolventes formas, texturas e aromas que lembram o café

Visão global

Esta exposição internacional cultua os países, seus costumes alimentares, modos de encenar o que produzem e como percebem o futuro de cada alimento. Mesmo se haja desperdício de alimentos, nesta exposição percebe-se que tudo é realizado para fazer o observador deparar-se com outros tipos de produtos, com novos conhecimentos particulares

Espetáculo à parte é o cluster do café, área em que vários países produtores se unem para mostrar a riqueza deste alimento. A montagem conta etapas da produção do produto: história, plantio, processo de embalagem, transporte e o próprio consumo. Cada país ocupa um dos imensos salões projetados ao longo do grande corredor que serve a área. Todos são construídos com a mesma madeira. As estreitas ripas de madeira, recortadas e posicionadas em linhas horizontais, de baixo para cima, para formar alguns metros de altura, parece que já tinham a cor e o cheiro do café. A juta das sacas de café e as sementes de café verde e torradas formam várias paredes dos pavilhões e a altura descomunal dá a sensação de estarmos sobrevoando uma plantação. O espaço tem patrocinadores fabricantes de café como Illy e Lavazza, ambos italianos.

de cada região do planeta, e entender que, ao final, cada país tem suas marcas, através do setor alimentício. Nota-se a importância para o público das marcas e da cenografia, que o fazem entender o que é o produto, as suas qualidades, as suas vantagens. Cada ser quer vivenciar uma experiência diferente. O que nos leva a consumir? O que dá prazer? Algo que experimentamos pela primeira

vez? Raras vezes precisamos dos produtos que consumimos, porque aqueles de primeira necessidade, na maioria das vezes, já os temos. A arte se conecta com tudo: conexões e coexistência se misturam para brincar, expor e fazer consumir no varejo. A arte entra no varejo por meio de propostas muito variadas e divertidas para seduzir. Todo objeto cotidiano é móvel, pode ser mudado, manuseado, para instaurar

uma nova relação de afetividade. Brincar com este objeto, se divertir com ele e finalmente levá-lo para casa... Essa é a função do Visual Merchandising. Nosso trabalho é ter o prazer de mudar ligeiramente a ordem das coisas, das palavras e do olhar. Tudo é produto a ser consumido. Entre arte e discurso, cenografia e apresentações, o que criamos torna-se uma nova experiência!

Sylvia Demetresco é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, com pós-doutorado em Semiótica no Instituto Universitário da França, em Paris. Professora de Visual Merchandising na Ecole Supérieure de Visual Merchandising, em Vevey, na Suíça. É autora de livros sobre vitrinas, entre os quais: Vitrina Construção de Encenações (Educ/Senac), Vitrinas Entre-Vistas: Merchandising Visual (Senac), Vitrinas E Exposições: Arte E Técnica Do Visual Merchandising (Editora Érica, 2014) e Vitrinas: Arte, História e Consumo de São Paulo (Via das Artes, 2014). sylvia@vitrina.com.br | www.vitrina.com.br AD_DenimBeauty_280x100mm1.pdf 1 8/5/2015 9:46:59 AM

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Ponto mais antigo de venda de jeans em NYC, loja da Levi´s mantém-se em alta

Nova York se reinventa quando o tema é jeans A Big Apple oferece propostas de jeans criativos, exclusivos e cheios de personalidade, que encantam o exigente consumidor local e ganha espaço no mundo

A californiana “3x1” conquista a Big Apple oferecendo a oportunidade de customização

Por Andrea D´Andrea

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todas: a “3x1”, marca californiana que saiu de Los Angeles e caiu na graça do consumidor exigente e cheio de personalidade da metrópole. O jeans pode “uniformizar” as pessoas e deixar todo mundo “com a mesma cara”. E ter a mesma cara é tudo que o nova-iorquino não quer. O que diferencia a 3x1 é justamente poder criar o jeans individualizado, sob medida: a opção de personalizar o próprio modelo e escolher botão, zíper, corte, rebite, tecido, lavagem. O preço aumenta de acordo com a exclusividade do produto (podendo custar mais de U$ 500). A loja faz sucesso e hoje é a grande novidade na cidade. Outro ponto de venda a varejo de jeans que tem agradado muito aos americanos é a mega loja japonesa Uniqlo, que em 2006 chegou com tudo à cidade, oferecendo a melhor seleção de seu denim com alta qualidade e tecnologia, associados a bom preço (em torno de U$ 40). O jeans, para homens e mulheres, tem diferentes tipos de lavagens na cor azul, bem como tons sazonais e estampas. A Rag & Bone é outra proposta digna de nota! Marca tipicamente nova -iorquina, tem vários pontos de venda espalhados pela cidade. Os preferidos são os skinnies com detalhes em couro, rasgados e com cara de super usado.

A japonesa Uniqlo, aportada em 2006 em solo nova-iorquino, oferece qualidade, tecnologia e bom preço

Fotos: Divulgação

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ova York é uma cidade que ferve. Tudo o que acontece na Big Apple estoura, vira moda. A cidade não para de oferecer novidades culturais, gastronômicas e fashion. Mesmo quando o assunto é antigo: jeans. Transformado em peça do nosso vestuário em 1853 por Levi Strauss, o jeans se renova a cada temporada, e nunca perde seu lugar no guarda roupa. Em Manhattan, as opções para comprar jeans são inúmeras, intermináveis, podendo se transformar, até, numa tarefa assustadora. O ponto de venda mais antigo do jeans, a Levi’s, continua sendo uma das boas opções para quem quer comprar um produto de qualidade. As lojas de departamento como a Saks Fifty Avenue e a Barneys NY reúnem varias marcas em um só lugar. Lojas como a Gap, Banana Republic e Abercrombie são as queridinhas dos jovens e vendem jeans de qualidade a um preço acessível. Mas em Nova York a busca pelo jeans não para por aí e nomes de lojas menos conhecidos ganham o coração e os corpos dos “new yorkers”. Nesse verão 2015, as lojas de varejo mais procuradas estão no bairro do Soho e a lista é longa. Enumerar apenas três não é uma tarefa fácil. Começamos pela mais original de

Típicamente new yorker, a Rag & Bone vive momento de expansão espalhando skinnies bem elaboradas

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+foco Fotos: Divulgação

Mercado de moda visto em perspectiva Empresários e executivos experientes lançam o olhar sobre o mercado atual, fazendo uma análise crítica do momento unida à estimativa para médio e longo prazo Por Eleni Kronka

Denise Sakuma, Diretoria Global de Comunicação da Invista Apparel

Vinte anos se passaram e muita coisa mudou no mundo da moda – que hoje é globalizado e instantâneo. Se antes a moda era marcada pelas quatro estações e seguida pelo público por meio de coleções desenvolvidas por maisons e estilistas renomados, glorificados pela imprensa especializada e formadores de opinião, atualmente, a moda é o veículo, a

expressão, dos artistas, modelos, marcas, famosos e entendedores deste universo. Hoje em dia, todo o conteúdo criado é passível de virar moda numa velocidade incrível. Para as próximas duas décadas, acredito que arte e tecnologia serão a moda. Ela será uma forma de expressão, uma comunicação de valores, estilo, cultura e imagem. E acredito, sinceramente, que isto não irá mudar com o passar dos anos, mas sim se remodelar, se reinventar com inovações científicas. As roupas serão mais funcionais e práticas, bytes e pixels serão substituídos e adaptados a responder uma nova tecnologia, que atenderá às necessidades humanas e de comunicação. As roupas terão um sentido holístico e multifuncional, entenderão o corpo e as necessidades do ser humano de sentir, se movimentar, serão capazes de monitorar a saúde, a vitalidade, o bem-estar, irão se expressar. Já a arte e o individualismo serão parte intrínseca deste processo, porque, tais características fazem parte da condição humana. E sendo assim, a moda continuará a ter o seu papel cultural, de se expressar e passar novas ideias e formas de se viver.

Renato Boaventura, Presidente Global da Unidade de Negócios da Rhodia Solvay

player que trabalhe pela transformação da indústria mundial. Para isso, o investimento está na tecnologia e no desenvolvimento. Assim, nota-se que a integração à Solvay para a Rhodia foi uma oportunidade. Mais recentemente, a Solvay adquiriu a Cytech, empresa norte-americana de grande importância no ramo de compostos para o setor aeroespacial. Apesar da alta meta de chegar a outras regiões do mundo, o Brasil será sempre a base, devendo continuar sendo um mercado forte e estruturado. Esta é uma certeza, pois já temos constatado que a cada inovação, o mercado local absorve prontamente os fios inteligentes e sustentáveis. Quanto à concorrência e a atuação de outras empresas no segmento de química e fibras para o têxtil, a Rhodia Solvay trabalhará para permanecer como o principal player no mercado de inovação.

Anna Maria Kuntz, diretora-executiva comercial da Vicunha

Vision, em Barcelona, na Espanha e a Colombiatex, em Medellin, na Colômbia. Aumentamos também nossa atuação com filiais espalhadas pela Europa, Ásia e Américas, explorando possibilidades de novos negócios, atraindo mais clientes e grandes marcas internacionais. Com isso, esperamos ampliar nossa atuação internacional em até 20% em 2015. Sem deixar de lado seu pioneirismo, a Vicunha aposta em contínua inovação e criatividade como fatores chave para sua liderança no mercado, trazendo sempre tecidos de alta qualidade, versáteis, modernos e tecnológicos. A cada estação, seus artigos lançados são reinterpretados dentro das novas tendências e comportamentos adequando-se aos clientes, cada dia mais exigentes, e nos tornando competitivos no mercado jeanswear.

A Rhodia Solvay tem sua história marcada por ativa participação na evolução da indústria nacional, através de muitas inovações, nas duas últimas décadas. É uma trajetória com a marca do pioneirismo. Desenvolvemos as fibras funcionais, as fibras inteligentes, com destaque para Amni. Passamos por processo de fusão, entre Rhodia e Hoechest, da qual surgiu a Fairway (de 1994 a 1998). Em todos os momentos, a dinâmica da transformação esteve presente e se intensificou. O foco, para os próximos dois anos, está centrado na Unidade de Negócios Fibras tendo por base a inovação. A meta é clara: levar os novos desenvolvimentos surgidos no Brasil para outras regiões do mundo. A Rhodia Solvay atuará para ser um

O jeans é o segmento da indústria têxtil no Brasil que mais cresceu nos últimos anos. Fundada em 1967, a Vicunha superou as expectativas do mercado desde o início de sua criação. Em 2001, já éramos a maior empresa têxtil da América Latina e, hoje, somos líderes mundiais na produção de índigos e brins. Apesar de um cenário econômico desafiador enfrentado pelo Brasil, seguimos nosso ritmo de produção e continuamos investindo fortemente na nossa participação nos diversos mercados. Reforçamos nossa presença em grandes feiras do mercado jeanswear, como a Munich Fabric Start, na Alemanha; a Denimsandjeans em Dhaka, em Bangladesh; a Denim Première

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Pedro Guasti, Presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomércio SP

Os últimos 20 anos mostram o dinamismo do comércio eletrônico no Brasil. A década de 1990 foi marco para o início desse negócio no País. Surgiam as primeiras lojas virtuais, com desenvolvimentos de plataformas eletrônicas. As primeiras empresas começaram a vender de forma moderada, mas desde então o mercado não parou de evoluir. Tudo foi muito bem até o estouro da bolha de consumo, marcando o início de uma grande crise internacional. Até aquele momento, já tinham surgido no mer-

Paula Limena, gerente corporativa de Mix de Varejo da rede Iguatemi

A experiência de trabalhar diretamente com o lojista traz a percepção atual e completa do que seja o varejo de moda hoje. O Iguatemi fez a opção de trabalhar oferecendo qualidade, inovação, trazendo o DNA da marca para o consumidor. Não se trata de um empreendimento imobiliário para lojas pura e simplesmente. O Iguatemi é o próprio varejo! Sofre e colhe os frutos desse setor como todos os que nele atuam. Faz parte oferecer ações inovadoras aos lojistas e levar informação de ponta para

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cado empresas como Submarino e Americanas.com. Até o ano 2000, havia 10 milhões de internautas com computadores próprios, que na época chegavam a custar 10 mil dólares! E isso com todas as dificuldades tecnológicas de então: a internet discada via moden, problemas de transmissão... E o mercado não parava de evoluir. As empresas passaram a explorar diferentes nichos. Naquele momento, surgiu o Buscapé como plataforma eficiente para comparação de preços. Simultaneamente, a E-bit realizava o trabalho de qualificar as lojas confiáveis para o consumidor. No final de 2000, aparecem as primeiras plataformas focadas em nichos de mercado, como Netshoes e Dafiti. A partir de então, o Brasil virava a bola da vez em e-commerce, registrando um crescimento de 1.500% no faturamento. E o número de internautas saltou de 10 milhões para 100 milhões. Em 2014, 24% a mais de internautas buscavam os canais de comércio eletrônico, gerando um faturamento de R$ 35,8 bilhões. Moda e acessórios foram categorias que caíram especialmente no gosto do consumidor. A Privalia é um dos exemplos de sucesso nesse segmento. Hoje a C&A retornou com suas vendas online e até 2016 a Riachuelo lançará vendas eletrônicas. Trata-se de um mercado que só tende a crescer, já que melhora o acesso do consumidor à tecnologia. Se antes o PC saia por até R$ 10 mil, hoje o smatphone pode ser adquirido por R$ 600. A integração dos canais vai tornar muito mais fácil o acesso do consumidor atual.

o cliente, seja ele consumidor ou lojista. Tudo o que encontramos de novo, compartilhamos com os lojistas. A palavra chave hoje é a colaboração, visando à sustentabilidade e gestão de recursos. No Brasil, ainda estamos nos primórdios da gestão colaborativa. Entramos na fase da indústria e do varejo com o diferencial da colaboração, que consiste na distribuição de conhecimentos dentro da própria organização, ou ainda o compartilhamento desse conhecimento com outras fontes. Pode haver uma troca de informação, experiências e conhecimento que contribua para que todos atravessem a crise prevista para o período de 2015/17 olhando para outros momentos e sabendo como a indústria se comportou em anos difíceis. Empresários capitalizados e preparados para a inovação acabaram ousando e indo para o varejo. Vemos que, no momento de crise, as multimarcas sofrem para ter o produto no ponto de venda, mas aquele que é fabricante dispõe do produto para venda ao consumidor. Os que cresceram são os que dispõem dessa estrutura verticalizada. O Iguatemi, como empreendimento de ponta no segmento de varejo, está extremamente atento à composição do mix de lojas para oferecer o melhor ao consumidor. E esse deve “resolver” ali a sua vida, essa é a nossa preocupação, o que nos leva a trabalhar também com o conceito de “hospitalidade”. Isso é, permitir que o consumidor esteja ali não como se estivesse num “lugar de passagem”, mas possa permanecer de quatro a cinco horas absolutamente à vontade e com liberdade.


Fotos: Divulgação

+moda masculina

Vinte anos de ruptura na moda masculina Exposição e debates promovem a reflexão sobre o homem brasileiro na contemporaneidade Por Mário Queiroz

A

gosto foi o mês escolhido para a exposição “20 anos de moda masculina de Mario Queiroz. Ruptura”, nos domínios do Senac Lapa, em São Paulo. O termo “Ruptura” acompanha o título porque mostra como nossas criações representam brechas nas imposições culturais sobre os homens. Foi a forma que escolhi para rever minha história, não só como designer mas como empresário. Junto com meu sócio, José Augusto Fabron, nos dedicamos a criar coleções para homens que gostam de moda e sempre foi uma posição corajosa. Foram mais de 40 desfiles realizados nos principais eventos de moda do País, desde o Phytoervas Fashion e Semana Barra Shopping de Moda que

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foram embriões da São Paulo Fashion Week e Fashion Rio. Após sete edições na Semana de Moda Casa dos Criadores, passamos a fazer parte do line-up da SPFW. Participamos do Salão do Pret-à-Porter de Paris com desfile no ano do Brasil na França em 2005. Fizemos desfiles solos como o do verão 2013 na Pinacoteca do Estado e a convite do Dragão Fashion, em Fortaleza.

Em cena

A discussão sobre representações do masculino, objeto de minhas pesquisas como doutor em Comunicação e Semiótica, aparece também nas coleções que envolvem uma equipe de profissionais lembrados na Exposição, isso é, os designers gráficos, os fotógrafos, os modelos e outros pro-

fissionais que ajudaram a construir as imagens de moda da marca. Para a cenografia foram convidados: a designer Noemi Saga e os especialistas em visual merchandising Dra. Sylvia Demetresco e o interior designer Diego Guido. Juntos com o designer e seu sócio, eles conceberam a utilização a área de 420 m2 para a exposição que parte de três temas: VAIDADE, CORPO, PODER, apresentados nos looks compostos por roupas, joias, calçados e acessórios que vão desde um cinto a uma máscara. São peças especiais dos desfiles, que trazem traços permanentes de estilo: pesquisa de matérias, cores e formas “desrespeitando” os limites impostos aos homens no século passado. Uma grande mesa une os espaços e

nela está exposto o processo de criação: croquis, esboços, ilustrações e fotografias dos catálogos, desfiles e outros ensaios dos últimos 20 anos da marca. A exposição, no Senac Lapa Faustolo até 28 de agosto, com entrada gratuita, integra o evento Homem Brasileiro, no qual reúno vários profissionais para pensar a imagem do masculino.

Reflexão

Sempre defendi que o mercado brasileiro precisava se atualizar mais em relação ao seu público: antes de elaborar qualquer projeto é preciso saber para quem. Primeiro sofremos com a ideia de “homem comum”, como se todos os homens brasileiros fossem iguais – e todos, conservadores. Não há um homem comum, há milhares de estilos de

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homem e dividirmos entre conservadores e “fashionists” é reduzir demais! Homens são vaidosos e a barreira que limitava foi quebrada de vez pelos ídolos do futebol, aqueles que a partir de David Beckham passaram a ser jogadores-modelos, permitindo que todos os torcedores repensassem suas ideias de masculinidade de “homens de preto” do século XX. Os estilos se tornaram mais complexos e passamos a nos permitir ter vários deles num mesmo dia. Os próprios segmentos se misturaram: elementos de estilo streetwear influenciam o casual, que influenciou a alfaiataria e por aí vai... Há, sim, uma necessidade de pensarmos o público de outra forma: não mais como se pudéssemos colocá-los dentro de gavetas, fechando como arquivo morto com uma etiqueta que tente resumir o que eles são. O pensamento dos que estudam e trabalham com moda precisa evoluir no sentido de deixarmos de pensar em torno dos nossos umbigos. Isso significa que precisamos acompanhar

as transformações constantes, e significativas, com ajuda de outros saberes. Estudar dentro das universidades, ouvindo as áreas de antropologia, política, semiótica, economia porque passamos pela arte, mas somos negócios e dos mais difíceis porque precisamos encantar e criar desejos. Estudar dentro das empresas, repensando o agonizante sistema de elaborar coleções semanalmente sem reflexão e sem criação. Minha exposição, mais que comemoração, traz novamente ao público minhas inquietações que são muito pertinentes nesses dias. Nossas criações há mais de vinte anos já discutiam o assunto da vez: o embaralhamento das identidades masculinas e femininas. Porque já não dá mais pra dizer que homem é razão e mulher é sentimento, homem é “bronco” e mulher é “delicada”, homem é azul e mulher é rosa... Vamos despertar para o novo milênio e evitar que o pessimismo acomodado impeça nossa evolução. Viva os homens brasileiros em suas complexidades!!

MÁRIO QUEIROZ é designer, consultor e professor de Moda. Graduado em Jornalismo, realizou mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica.

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+dossiê Diferenciação era a marca da extinta Blue Blood: lavagem a seco, aspecto bruto 3D, tudo feito para agradar o público da Europa do norte

Duas décadas de jeans nos 20 anos World Fashion

Fotos: Steve Dry/Divulgação

A moda conta, através de suas páginas, a perfeita dinâmica do inquieto mercado do jeans, que tem em cada uma de suas etapas um motor próprio, movido a investimentos e muitas ideias Por Sueli Pereira Sueli Pereira - Formada em jornalismo, pós graduada em historia da moda e indumentária, MBA em gestão empresarial na GV, especialista em denim e colaboradora do World Fashion desde as primeiras edições.

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+dossiê

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inte anos se passaram e quando vejo o denim hoje parece que tudo sempre foi assim. Isso porque as muitas evoluções tecnológicas foram conquistadas nestes últimos anos para trazer ao denim aspecto cada vez mais autêntico, juntamente com ganho de conforto, versatilidade e performance, além da forma muito bem bem definida, muito justa.

Cores

Uma rica gama de azuis – foi nos anos 90 que o black blue apareceu com força em coleções como da G-Star, em época em que a referência em matéria de feira era Interjeans. Lembram-se? De lá para cá, o azul foi ficando cada vez mais profundo, quase black. Passamos também pelos fios multicoloridos; quer dizer, por diferentes nuances de azuis, colocando aí toda a força da tendência. Vieram os sobre-tingimentos, os raclados e as resinas coloridas. E agora vemos um retorno do puro índigo, que cresce a cada coleção.

[1]

[2]

[3]

[1] Outra proposta que caiu no gosto dos norte europeus: jeans orgânico e bruto da Nudie, da série Nudieorganic [2] Os efeitos de acabamento chegaram para otimizar o processo de desenvolvimento dos novos jeans [3] Os efeitos metalizados surgem a partir de composições tecnológicas nos tecidos, como nessa versão com stretch que comporta rasgos

Estruturas

Depois de longa data com fios open end, que marcaram os anos 1980 até meados da década de 1990, o efeito ring passou a ser a estrela. Muitas tecelagens e fiações adaptaram-se para trazer este efeito work mais bruto para o denim. A princípio, o aspecto urdume ou trama prevaleceu. Depois veio efeito cross – trama e urdume. A evolução não parou por aí. Surgiu o fio muticount – diferentes efeitos de flamê no sentido longitudinal, com espaço até para cores diversas. Há aproximadamente cinco anos, efeitos mais refinados vêm conquistando o gosto do consumidor, e os fios voltam a ser mais finos e regulares. Não houve grandes mudanças nas estruturas. A sarja 3/1 prevalece sobre as demais, enquanto a sarja 2/1 e cetim ganham espaço em bases mais leves e refinadas, já a tela e o reps foram pouco explorados no período. Nas últimas estações, o segmento esteve bastante aberto às estruturas que descaracterizam o denim, tais como: os jacquards, as maquinetas e, para atingir aspectos diferenciados, o fancy, que vem para atender o segmento fast fashion. Por último, os aspetos de malha ganham força hoje nas principais coleções. Destaque, nesse sentido, para o jog jeans, que responde ao desejo de maior conforto, liberdade e versatilidade, tão próprios do estilo esportivo, presente na vida urbana. O desafio agora é ter máximo conforto e manter as principais características denim.

Brilhos nos aviamentos despontaram novamente em proposta da Guess, abrindo a década de 2010

Pesos

Imagine oferecer a uma confecção infantil, com convicção, um denim 11onças como a melhor opção de peso e conforto. Parece piada! Mas isso era fato há 20 anos. Certamente podese dizer que o denim evoluiu muito em direção ao conforto. Um dos maiores ganhos, principalmente para mercado latino americano, foi a redução de peso, mantendo aspectos originais. Os fios ring/flamê beneficiaram muito isso. Na virada do milênio, as ofertas ficavam em pesos de 5 a 7 onças para camisaria e de 11 a 14 onças para bot-

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Conceitos vintage e de sustentabilidade fundem-se no conceito da Nudie, mostrado na B&B de janeiro de 2012

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+dossiê tons. De lá para cá, o pesos diminuem discretamente para artigos que são bem vindos para os jeans destroyed, em especial shorts e minis.

Acabamentos

Nem só de fios e construções se define a superfície do tecido. As resinas podem ser consideradas o grande fator de diferenciação do denim nesta ultima década. As resinas de brilho e transparência conferiam aos artigos aspecto mais refinado, como se o produto fosse extremamente bem batido/fechado, valorizando o aspecto de fios de algodão mais nobres. Essa resina também foi grande facilitadora de processos de lavanderia, controle de desbote, manutenção da cor, e proporcionando menor migração, entre outras vantagens. As resinas ganharam cores, permitindo misturas diversas e resultados de tonalidades cada vez mais amplos, proporcionando múltiplos efeitos de desbote e nuances. Outros efeitos surgidos: brilhos, oleados, aspectos couro. Quem hoje não tem no seu guardarroupa um jeans com aspecto de couro? Por fim, o grande desafio foi associar cor ao aspecto proporcionado pela resina e garantir ao produto a performance do stretch. Os resultados mostram que a indústria química conseguiu os melhores feitos para o segmento jeans. E nota-se que os limites se expandem em função das demandas. Outro desafio foi quanto ao toque do artigo. Se

antes a química tirava o toque agradável dos tecidos, hoje ela adiciona, em muitos casos, o melhor resultado.

Fibras

Uma das características que define o denim na sua origem é a composição 100% algodão. Esse conceito mudou a partir dos anos 70 com a introdução do elastano, seguido pelo lurex, pelo Tencel e pelo poliéster. Na última década, vimos a grande evolução do stretch ampliando cada vez mais a elasticidade dos artigos, chagando nos últimos três anos a níveis jamais alcançados pelo denim. A elasticidade pode ir de 60% a 70% ou 90%, lembrando que padrões e medidas do Brasil e da Europa são diferentes quando se fala em stretch. O próprio poliéster evolui para imitar o elastano e oferecer melhor toque, como é o caso de recentes desenvolvimentos, como o T400 e o mix de elastano, poliéster e algodão no fio, trazendo mais conforto, melhor performance na confecção por sua estabilidade dimensional, resistência em processos de lavanderia, entre outros atributos. Nas últimas coleções, verificou-se evolução no que diz respeito ao toque a partir da união de fibras, como os poliblends: mix do algodão, poliéster ou T400, elastano, Tencel ou Modal, conferindo ao denim toques extra-macios. Paralelamente, ganharam espaço as

fibras e acabamentos com efeito antietresse, antibacteriano, anticelulite e para controle térmico.

Lavanderia

É possível afirmar que a área que mais trouxe evolução em termos de aspectos visual para o denim foi a lavanderia. Primeiro em processos, jatos de areia, used, pedra substituída por pó abrasivo. Técnicas desenvolvidas de formas quase caseiras são reinventadas para em seguida serem melhor elaboradas em maior escala. Efeitos marmorizados que voltaram, há cinco anos também evoluíram com redinhas, pó abrasivo, com químicos, com gel, sempre buscando maior controle de efeitos. Surgiram resinas para efeitos, controles de cor e desbote, aspecto 3D buscando efeito usado mais natural. É um processo contínuo de melhora. O laser com certeza surgiu como grande potencializador da produtividade e criatividade. Se antes alguns tinham duvida, hoje há regiões no País que só trabalham com ele. Mas quando falamos em jeans o feito à mão tem grande valor, por que o manual implica diretamente em original e único. Nada como vintage verdadeiro cujos efeitos de desbote são gradativos de acordo com o uso e tempo, cada vez mais escassos, cada vez mais preciosos. Desafio bons designers técnicos para traduzir tudo em desenho com resultado natural.

Na busca da sustentabilidade, surgiram: acabamentos a seco, o ozônio, o laser. A lavanderia parece o grande laboratório criativo do jeans, onde a experiência em busca de efeitos não para e acaba, gerando e impulsionando evoluções maquinários e químicas.

Sustentabidade

A moda sempre foi um manifesto ou resposta, mesmo que apenas estética do nosso tempo. Há vinte anos, a ecologia já era apontada como um dos principais fatores para o desenvolvimento aliado ao foco inspiracional. Mas isso parecia mais inspiração de moda que uma situação real. Nos últimos anos, a pressão econômica, focada também na ecologia, vem provocando mudanças mais efetivas. Globalmente, a evolução parte de todos envolvidos na cadeia têxtil. É o caso do desenvolvimento de tecidos, elaborado a partir de processos menos agressivos, com tingimentos para desbotes rápidos. Na lavanderia, processos otimizados com menor uso de água e com químicos que permitem até três processos num mesmo banho. O laser, o ozônio são grandes facilitadores. Em geral, há mudança de atitude que provoca um pensar a cada desenvolvimento, seja por questões financeiras ou ecológicas, estamos caminhando em busca de processos sustentáveis. Afinal ser sustentável implica hoje em sobrevivência.

A G-Star optou por trabalhar o efeito 3D na modelagem, por meio de recortes, costura e do próprio acabamento da peça

Nada como vintage verdadeiro cujos efeitos de desbote são gradativos de acordo com o uso e tempo

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+dossiê Vetores da moda

Efeitos marmorizados evoluem e retornam, sob efeito de produtos químicos, buscando maior controle de efeitos

[4] O efeito ferrugem entra em cena contrapondo-se a outra proposta calcada numa certa leveza e suavidade das peças

[4]

[5]

Resinas coloridas dão origem a novas tonalidades do índigo, como nessa proposta apresentada em feira em 2009

[6]

[5] O efeito 3D chegou com muita força e como proposta inovadora às coleções de marcas formadoras de opinião [6] A tecnologia invadiu as áreas de criação e desenvolvimento de novos produtos, permitindo efeitos especiais como os de reserva

Made in Italy

O brilho, tão em voga nos anos 1980, retornou como forte tendência do inverno 2013, como nessa versão da Guess

Napp Jeans Premium Selvage Denim, nome diz tudo em termos de produto e de público

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Há 20 anos quando, World Fashion foi lançado, a força do o jeans estava no “5 pockets”. O mercado buscava inovação para atualizar seus básicos com tecidos em torno de 13 onças, e aspectos lavados, mas com grande limitação de processos. O streetwear era a palavra de ordem em inspiração. As etiquetas italianas, sem medo de ousar, alavancavam mudanças, completadas pelas etiquetas streetwear, como DSL e E_PLAY, com propostas futuristas, misturando peças ou detalhes active e atitudes de rua. O jeans de marca voltava como uma vingança... Era o revival dos anos 1980. Designers como Dolce & Gabbana, com a linha J Et Ans; Christian Lacroix, com Lacroix Jeans; Todd Olham, de NY, e a Fiorucci, relançada no mercado Europeu, dominam a cena. A partir de 1998, o streetwear, que era grande vetor, começa a perder força de influência no jeans. Começam a aparecer jeans sofisticados, sem lavar, na maioria das coleções do prêt-à -porter. Alguns arriscam efeitos desgastados, como a Read or Dead, Gaultier e Helmut Lang. A partir de 2000, o jeans se estabelece nas principais passarelas, com a moda exigindo artigos de pesos mais leves. Mas o mercado insistia na faixa de 11 a 13 onças. Se os criadores trouxeram o jean chic, sem lavar, foram eles que também trouxeram os excessos decorativos, as penas e miçangas de Gucci, que marcaram a metade da primeira década do século 21.

A G-Star apostou na resina com efeito de brilho para um acabamento lustroso em muitas peças

Há 20 anos, o domínio do jeans estava nas mãos dos italianos, com alta dose diferenciação de estilos e efeitos de lavanderia. O “American way” no jeans perdia força por manter o básico na raiz. Já em meados da primeira década de 2000, o estilo sexy das marcas de Los Angeles, como Citizen of Humanity e Seven for All Mankind, colocaram a América de volta ao centro criativo do jeanwear. Nos últimos anos as marcas do norte europeu vêm se posicionando com um estilo puristas, refinado e um discurso de sustentabilidade associado ao vintage de alta qualidade. São marcas que se colocam na dianteira dos desenvolvimentos e estilo, garantindo que a bola da vez são eles. O investimento em ferias como Blue Print e demostra este esforço. Dá para entender a minha paixão pelo denim, parece que ele conseguiu, desde sempre, atingir o que buscamos como marca, como humanos – evoluir e transformar-se, sem perder a essência, o DNA. Aonde todo esse processo vai, está nas mãos de cada um dessa rica cadeia determinar.

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+dossiê

A tecnologia inova o

denim

Inovação é a ordem em cada uma das etapas da moda – da criação à indústria, chegando ao ponto de venda, onde o consumidor dá a palavra final. Nessa Edição Especial, em que o Jeans está na berlinda, World Fashion faz todo o trajeto do produto, registrando ações das empresas que fazem desse segmento o mais forte do mercado de moda nacional

Por Eleni Kronka

Fotos: Divulgação

Artista plástico norteamericano Jackson Pollock é homenageado pela Cedro

Moda e movimento

O

Inverno 2016 da centenária companhia Cedro Textil vem em grande estilo, em campanha clicada pelo fotógrafo Márcio Rodrigues, com styling de Mariana Sucupira. O resultado é o editorial “Assinaturas”, que homenageia o artista plástico norte-americano Jackson Pollock, trabalho que é acompanhado pelo editorial “Fragmentos”. Nesse, o destaque é para o

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multiculturalismo e a globalização, estimulados por um mundo virtual sem fronteiras, são representados por referências étnicas e místicas. A nova linha de tecidos Denim da Cedro inspira-se na liberdade de movimentos, com artigos onde a presença do stretch Lycra, com potencial de elasticidade acima de 50%, possibilita a confecção de peças com maior conforto e melhor ergonomia, valorizando as modelagens e ressaltando,

de forma natural, as formas femininas. Na linha Duo Elastic, surge o denim super stretch com trama Duo Core, fio especial com dois filamentos (poliéster elastizado (T400) e elastano), recobertos com algodão. O tingimento é Ultra Blue, versátil nas lavagens. O June é denim stretch com aspecto intenso, obtido através da trama preta que valoriza o tingimento special dye, resultando em um visual com flamê suave. Já o Venice, denim stretch super

black, caracteriza-se pelo tingimento e trama black em um tecido denso e escuro. O Cambrerra, por sua vez, super stretch e em construção cetim, tem trama de poliéster filamentado, com alto conforto no uso. O Morelli, com tingimento azul acinzentado e alto potencial de stretch, vem com flamê bem suave e acabamento flat. O Caen é o denim texturizado que, pelo visual maquinetado, permite sair do tradicional denim sarjado, para a criação de looks rústicos.

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+dossiê Munich Moove Color Brim, da Vicunha

preto de poliéster na estrutura), além da versão Black on Black (fios pretos da trama, com sobretingimento preto). Para uma atitude vintage, a Vicunha destaca o Rebel Denim, em 100% algodão e com uma camada de fios crus na superfície que, por meio de processo abrasivo em lavanderia, se rompe e revela o original denim. O efeito é destroyed natural e vintage, com versão em 2% de elastano na composição.

Aspecto vintage é um dos pontos fortes da Capricórnio para o inverno

Moda e informação

Volta ao mundo

O Inverno 2016 da Vicunha foi lançado tanto no Brasil como no exterior, já que a empresa participou, em maio último, do Denim Première Vision, em Barcelona, na Espanha. Os destaques nessa ação foram os artigos Angelina e Gisele, da linha Perfect Fit, que oferecem elasticidade e eficiente recuperação, além de toque e visual sofisticado. Ênfase também para as séries Denim e Color Care, que trazem a inovação e tecnologia do fio Emana®, com cristais bioativos, visando ao bem estar da consumidora. A Vicunha faz lançamentos com o conceito Moove, que tem “movimento” como palavra de ordem. Da série fazem parte artigos com stretch, como: Liane (9oz, denim de tonalidade Dark Blue Super Intensa), Missouri (9oz, altíssima elasticidade, azul intenso e versátil na lavanderia), o cetim stretch Munich (7,8oz, alta elasticidade), além do brim Steve Plus II (8,5oz, comfort e special touch). Na linha de brins, destaque para os artigos: Bárbara (8,8oz, alta elasticidade, visual raw denim sem necessitar de diversos processos de lavagem), Beatrice (9,2oz, brilhante e com um fio

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Para o Inverno 2016, a Canatiba encarou o desafio de desenvolver novos artigos com tecnologia, conforto e informação de moda, com o compromisso de levar ao cliente todos esses dados que garantem a qualidade dos produtos. “Nós, da Canatiba, queremos conscientizar os clientes sobre os benefícios desses desenvolvimentos na rotina do consumidor final. Queremos criar uma cadeia de informação para que a pessoa que está usando uma calça jeans, por exemplo, saiba que a peça possui características específicas que contribuem para seu conforto, durabilidade, temperatura, mobilidade e também estética”, explica o diretor de marketing Fábio Covolan. Para isso, os inúmeros lançamentos da Canatiba Denim Industry serão apresentados aos clientes de acordo com as tecnologias utilizadas em seu desenvolvimento. Esse é o caso do Duo Core®, que é que existe de mais tecnológico em termos de elasticidade em produto. O poliéster utilizado na composição confere memória ao denim, impedindo que ceda ou deforme. São oito diferentes tingimentos: azul intenso, over dyed, azul médio, black e um pronto para tingir (PT), com fio penteado que dá um toque especial à peça. Os pesos dos produtos com a tecnologia Duo Core® variam de 8,5Oz a 9,5Oz. A tecnologia Beauty Denim®, da Rhodia Solvay, com cristais bioativos, permite a absorção do calor do corpo, devolvido sob a forma de raios infravermelhos. Dessa linha fazem parte cetins, sarjas e

malhas, com elasticidade Comfort Power e Hiper Power, pesos de 9,5Oz e 10,0Oz e tingimentos original e black. Na linha de camisaria surgem artigos leves, feitos com as fibras ecológicas Modal e Liocel, o que os tornam perfeitos para confecção de camisas, vestidos e saias. A Canatiba apresenta ainda produtos com acabamentos resinados e sobre tingimentos com lavagens azul médio e black e pesos de 5 Oz e 7,5Oz, com destaque para o chambray black.

Canatiba Denim Industry leva informação técnica ao mercado

Novas tonalidades e efeitos

A Capricórnio Têxtil lança cores e acabamentos na Linha Platinum para o Inverno/16. Estruturas densas e refinadas, cores inusitadas e tecnologia a favor da sustentabilidade agregam valor aos novos tecidos. Além da renovação da Linha Clássicos, com enfoque ao aspecto vintage e à possibilidade de lavagens intensas, chegam três novas tonalidades na Linha Platinum. O Intense Black aparece no tecido Portland, uma sarja 3x1, com 12 Oz, em 100% algodão e ring sutil. Mais encorpado, o artigo favorece um caimento perfeito para jaquetas, blazers e calças. A novidade é a tonalidade Carbon Blue (azul intenso com nuances de preto azulado), no artigos Nice (sarja 3x1, 8,5 Oz) e Lille (cetim 8 Oz), ambos à base de algodão, poliéster, elastano, com superfície lisa com alta elasticidade. Visando ao uso racional da água, a Capricórnio oferece o Fountain Blue, tingimento desenvolvido em puro índigo que possibilita a redução de até 30% desse recurso nos processos de lavanderia, sem contar a produção industrial. São três artigos dentro dessa proposta: Netuno (sarja 3x1 em algodão, 9,5 Oz), Diana (cetim 7 Oz) e Luna (sarja 3x1, 7,5 Oz, com algodão, poliéster, elastano, acabamento resinado e alto power). Já o Mink (sarja 3x1, 11Oz, 100% algodão resinado) vem com acabamento em leve resina colorida Blue Overcast, com vantagens em lavanderia, facilitando efeitos de bigodes e marcações de costura.'

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+dossiê

Das supermodels à era da comunicação,

Gisele! tudo acaba em

O

s 20 anos da São Paulo Fashion Week, celebrados em abril, revelam as transformações pelas quais o Brasil passou nestas últimas duas décadas, desembocando na Sociedade do Espetáculo. Nesse tempo, a globalização tomou conta de tudo, a comunicação atingiu patamares sequer imaginados e marcas simplesmente se transmutaram em pó. O mundo se rendeu à cultura das celebridades – numa intensidade insuspeita até mesmo pelo visionário Andy Warhol –, com os public relations categorizando os famosos por castas: vipões, vips e vipinhos. E, claro, os neo candidatos ao estrelato torcendo para não serem taxados nem de sub celebrities, nem wannabes. Isso sim, mais do que delito grave, uma definitiva escorregada no quiabo! Enquanto isso, a imprensa aprendeu a dividir espaço com nova classe de formadores de opinião – as blogueiras –, ainda que a qualidade da informação não ultrapasse o umbigo. E agora, quando a conjuntura político-econômica afeta o segmento e o mercado se prepara para sentir o vem por aí, com as coleções projetadas para 2016, a Revista World Fashion registra essa evolução, traçando uma timeline com pique de almanaque. Confira a cara dos anos 1990.

Fotos: Divulgação

Por Alexandre Schnabl

Desfile da Água de Coco na SPFW: em 20 anos, a moda se profissionalizou no Brasil e os fashions shows acompanharam o momento

Big Bang da moda:

o princípio de tudo Em 1992, o calendário da moda engatinhava rumo à uniformização com a 1ª Semana Leslie de Estilo, que reunia na Cidade Maravilhosa os lançamentos em evento que se tornaria a Semana Barra Shopping de Estilo que, por sua vez, se desdobraria no interrompido Fashion Rio. E, na São Paulo de 1993, a empresária Cristiana Arcangeli vislumbrava a inevitável parceria ente moda e beleza patrocinando o Phytoervas Fashion, com novos designers como Herchcovitch ao lado de gente consagrada como Walter Rodrigues. Com o tempo, o evento abriria espaço para o Morumbi Fashion, que depois ganharia o apoio oficial e mudaria a alcunha para SPFW. Mas isso é outra história.

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Acima: Mara Mac na Semana Leslie de Estilo: evento foi o primeiro a tentar unificar o calendário de lançamentos no Brasil. A direita, topo: Lenny Niemeyer no Fashion Rio: evento carioca consolidou a importância da moda praia no cenário nacional. Ao lado: Apresentação de Jum Nakao: estilistas surgidos no Phytoervas Fashion acabaram absorvidos depois pela SPFW e fizeram história

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+dossiê

A (ex-)nobreza

de voar, DiCaprio e as quase-bodas da moda com o cinemão!

1990's:

globalização, passagens baratas

e musicais da Broadway Em 1995, o mundo assistia ao estreitamento de fronteiras com a globalização. Distâncias encurtavam com as novas tecnologias da informação e corporações abriam seus tentáculos com filiais turbinadas por megalomaníacos projetos de merchandising visual. Embaladas por conceitos marqueteiros, redes de fast food vendiam hambúrgueres para quem acreditava estar abafando em restaurantes com nomes como Hard Rock Café e Planet Hollywood, onde era exibida a memorabilia de rock stars e astros de filmes, rendendo aos visitantes os precursores dos selfies. Com o turismo impulsionado por passagens aéreas baratas, fornadas de turistas se divertiam com promoções, comprando CDs e arrematando canecas do “O Rei Leão” com a avidez com que nativos se encantam com petecas. Glenn Close vociferava “I’m ready for my close up” na versão Broadway de “Sunset Blvd”, “Arquivo X” inaugurava a fantasia na tevê a cabo e bananas verdes eram oferecidas nos meals da Delta em voos que saíam do Brasil rumo a Nova York.

Acima: Hard Rock Café: restaurante temático se tornou grife e partiu para a expansão beneficiado pela globalização. Abaixo: Glenn Close em “Sunset Blvd”: na pauta dos turistas, parada obrigatória para assistir á estrela no papel de Norma Desmond na Broadway

Enquanto “Jurassic Park” fazia sucesso nas telas, o hábito de fumar nas aeronaves se revelava cretáceo e ganhava oposição ferrenha das autoridades, sendo aos poucos banido dos voos. Apesar do benefício, a medida fazia parte do culto xiíta ao “politicamente correto” que, além de pasteurizar opiniões, explodiu cerceando aquela ironia que impulsiona as ideias. Mas, questão das cigarrilhas à parte, é fato que o glam de viajar de avião foi para o brejo. A nova aviação comercial arremessou baluartes tipo a Varig na direção de relíquias do passado – como Braniff e British Caledonian. Charmosos pterodáctilos afundaram com o Titanic, navio-símbolo da volta do cinema-catástrofe às telonas. Em 1998, o blockbuster catapultou Leo DiCaprio ao olimpo, amparado pelas regalias da computação gráfica e o ator, no auge da beleza twink – após interpretar um Romeu junkie e antes de envergar uma máscara de ferro –, ascenderia ao time da primeira grandeza hollywoodiana na velocidade com que Galliano e Gisele subiriam aos céus. Aliás, a supermodelo acabaria namorando o bonitão quando as carreiras dos dois já valiam fortunas.

Entre Shakespeare e Alexandre Dumas, nem um naufrágio foi capaz de interromper a ascensão vertiginosa de Leo DiCaprio como o queridinho da Geração Y. De cima para baixo: “Romeu + Julieta”, “Titanic” e “O homem da máscara de ferro”

Galliano e McQueen: estilo-síntese da globalização Se no pós-Guerra a Dior fez barulho, nos 1960 Saint Laurent e nos 1980 Gaultier, nos noventa uma dupla de criadores vai dobrar a moda ao avesso: Alexander McQueen e John Galliano. Se o primeiro renovou a Givenchy, o segundo recriou a Dior à sua imagem. Além do talento para unir a couture ao streetwear, ambos demonstraram apreço pelo multiculturalismo. Sobre o estilo transgressor se amalgamavam pesquisas históricas em resultados inimagináveis. Quem negaria que suas obras não são fruto da globalização?

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Ao lado e abaixo: criador e criaturas: à frente de suas modelos, Galliano incorpora o espetáculo no final do show da Dior, em 1997. Na ponta: Linda Evangelista encarna o universo multicultural de John Galliano no outono inverno 1998 da Dior.

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+dossiê

Cinema x moda:

no ultimate fight das celebrities, astros com cara de comum

e tops de beleza inatingível

Da esquerda para à direita, no sentido horário: Cindy Crawford, Stephanie Seymour, Christy Turlington, Linda Evangelista, Claudia Schiffer e Naomi Campbell circundam Mario Testino, fotógrafo que despontou na década e melhor resume o flerte com o mundo das celebridades Abaixo: Resposta de Hollywood ao mundo da moda: para recuperar o glamour perdido e disputar as milionárias campanhas de cosméticos, Catherine ZetaJones (esq.), Nicole Kidman (centro) e Cate Blanchett (dir.)

Até os 1970’s, Hollywood ditava o estrelato como maior fábrica de mitos. O resto era periferia. Mas, com a contracultura, os estúdios aproximaram suas estrelas do público, tirando-lhes o brilho. Por anos, o cinema foi pontificado por personalidades feinhas, que não se comparavam à mitologia da Era de Ouro: Dustin Hoffman e Meryl Streep sintetizam essa vibe, cheios de talento, mas gente como a gente. Assim, a moda passou a perna no cinema, lançando as supermodelos. Até meados dos nineties, o planeta era delas: Linda Evangelista, Christy Turlington, Claudia Schiffer, Naomi Campbell e Cindy Crawford representavam o “alto clero” das passarelas e a personificação do luxo. Desfiles ganharam repercussão nunca vista antes e nova batalha estava declarada: os chefões dos estúdios estavam à cata de uma nova geração de beldades que recuperassem o brilho do star system. Catherine Zeta-Jones, Nicole Kidman e Cate Blanchett compõem esse casting lançado para disputar as capas das publicações e contratos milionários.

Beleza estranha: para pontuar o minimalismo de grifes como Jil Sander, Hervé Léger e Helmut Lang, a top Kristen McMenamy foi sucesso em meados dos 1990

Sexo, drogas e rock’n’roll muito antes de “Verdades secretas”

Mas, no final, a moda deu mole. Enquanto Hollywood se esmerava em conceber esse exército de glamour, nas revistas pontificava a pegada heroin chic, das anoréxicas com jeito de drogada. Esquisitonas como Kristen McMenamy substituíam super tops e a baixinha Kate Moss enfiava o pé na jaca, com a intimidade desvendada pelos tabloides. Perto do que acontecia, “Verdades secretas” pareceria “A Noviça Rebelde”...

Gisele,

sempre ela!

Mas nada é eterno. La Bündchen foi a resposta da moda para o contra-ataque do cinema. Após o sucesso de Shirley Mallmann, era a vez da menina de Horizontina causar com sua presença nas passarelas e conquistar o globo como num jogo de War. Aos poucos as olheiras fundas e cabelos desgrenhados deram espaço para a tez bronzeada e os cabelos ao vento da gaúcha, dignatária do estilo saúde. Sim, sua supremacia significa a aposentadoria das estranhezas em prol do Novo Milênio.

Início de tudo: em 1997, a super Gisele começa a galpar os degraus da fama se destacando como Alice no País das Maravilhas no icônico desfile da Ellus, na SPFW Pura saúde: já consagrada nas passarelas internacionais, Gisele empresta seu corpitcho para a campanha outono inverno da Celine em 1999

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Com seu ar nórdico, a gaúcha Shriley Mallmann abriu espaço para o boom de brasileiras na moda internacional. Na imagem, ela desfila para Givenchy na primavera 1996

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+acontece mundo Sonia Delaunay foi tema de recente exposição retrospectiva em Londres e tornase também fonte de inspiração para a vitrina da Jigsaw

Superdry traz no DNA influência japonesa somada ao estilo norte-americano e está encantando os exigentes britânicos

Renascimento da criatividade no varejo Se o momento é de crise, é também a hora e a vez de lançar mão da criatividade e, sobretudo, da identidade da marca para se chegar à tão sonhada inovação, que encantará o exigente consumidor contemporâneo Texto e fotos por Daniela Burity

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á muitos anos, na história da humanidade, períodos de fartura foram seguidos por momentos de adversidade e a crise tornou-se parte importante no processo evolutivo das sociedades. Segundo Einstein, a crise é a melhor benção que pode ocorrer para as pessoas e os países pois por meio dela pode vir o progresso. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. E é nela que aflora o melhor de cada um, que surgem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a dificuldade, supera a si mesmo sem ficar “superado”. A verdadeira crise é a da incompetência pois sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Em tempos de crise, a chave para o sucesso empresarial é saber enxergar para além dela. Esse é o momento de manter grifado em amarelo néon o DNA da empresa, da alma, da singularidade, oferecendo produtos únicos recheados com identidade própria, conhecendo o nicho de mercado e o público-alvo, estruturando de ma-

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neira segura os caminhos que deverá seguir para deixar o cliente sempre encantado. Formatando dessa forma uma estrutura de valores agregados, pensando e repensando relacionamentos saudáveis, chega-se a novas parcerias que funcionam como impulsionador de coragem, e tornamse trampolim para a originalidade inventiva. Isso é o que faz empresa e empresário sair completamente da chamada zona de conforto.

Superdry: DNA japonês + americano, nascida na Inglaterra

Quem visita as lojas da marca Superdry, em Londres, não tem a menor ideia de que ela nasceu na própria Inglaterra, vendendo camisetas em Cheltenham em 1985 e teve a primeira loja inaugurada em 2004, em Covent Garden. Com uma mistura perfeita entre inspiração hipjaponesa e o vintage americano, a marca abrange uma variedade de produtos, desde peças de vestuário, maquiagens até acessórios. A fórmula parece

ter dado certo, pois já tem fãs como Jude Law, Kate Moss e David Beckham. Um estilo urbano com uma vibe retrô-contemporânea única. A empresa cresce a olhos vistos, com lojas espalhadas por toda Inglaterra e Irlanda, e de concessões na loja de departamento House of Fraser. A Superdry parece ter também um imenso potencial internacional, e já possui lojas ao redor do mundo: Austrália, Dubai, Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, entre outros. Os logotipos “pseudo-japoneses” da marca estão estampados em quase tudo, assim como a bandeira japonesa e o ideograma, além de tudo que possa representar a Terra do Sol Nascente. A grande ideia ocorreu depois de uma viagem ao Japão de um dos fundadores da companhia, James Holder. Segundo Holder, ele amou a moda das ruas de Tóquio, suas cores vibrantes e suas estampas gráficas. E ali, teve a certeza da direção que queria para a sua empresa, adicionando o lado “relax/cool” americano, também muito presente na identidade da marca. Para Holder, o sucesso comercial da Superdry está em um DNA forte e um público-alvo bem definido e fiel.

A arte encontra a moda: Tate Modern + Jigsaw.

A celebrada artista ucraniana Sonia Delaunay (18851979), um dos ícones da arte abstrata da vanguarda, teve primeira retrospectiva de seu trabalho recentemente realizada no Tate Modern, na capital inglesa. Nela foi apresentada sua obra vibrante e inovadora, realizado ao longo dos sessenta anos de brilhante carreira. A propósito, a marca Jigsaw faz parceria com o Tate Modern e cria uma campanha de marketing com vitrinas e peças de vestuários inspiradas na artista em lojas pontuais em Londres. A iniciativa vem acompanhada de um concurso que oferece ao ganhador um voucher de 500 libras a serem consumidas nas lojas da marca, além de dois convites para apreciar a exposição no Tate Modern, realmente um passeio imperdível.

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+acontece mundo

NY une identidade e praticidade O jeans tem lugar garantido sob os holofotes da cena da moda nova-iorquina, numa bem cotada parceria com a alfaiataria feita de cortes bem elaborados Texto: Eleni Kronka | Fotos Fernanda Calfat

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Billy Reid

Billy Reid

J. Crew

J. Crew

e o mundo da tecnologia é complexo, o resultado de todas as pesquisas e os vultosos investimentos em novos desenvolvimentos só colaboram para que, na real, a vida se torne mais descomplicada possível. E a moda, antena que capta todas as tendências, faz mais esse registro, muito perceptível nas passarelas nova-iorquinas para a temporada de Outono Inverno 2015/16. A proposta da de que o simples pode ser muito chic, sim!, fica patente na coleção apresentada pela J. Crew, idealizada por Jenna Lyons. Com corte perfeito de alfaiataria, a designer propõe tecidos invernais e tecnológicos coloridos em todos os tons que lembram doces, balas e sorvetes. Lyons brinca com as formas e a silhueta; faz paletós-macacões e anoraks com for-

ros reluzentes e coloridos. Os jeans da J. Crew seguem a mesma linha de inspiração, apresentando cuidado no caimento e muita informação no que diz respeito ao acabamento das peças. O denim vem com efeito de desbote, de reserva, de desgaste ou 3D, em artigos mais pesados, pois é outono. Kate Wendelborn para a nova-iorquina Protagonist, explora silhuetas lingilíneas, apostando em diferentes materiais e na geometria de estampas e recortes. Sob as “camadas de sofisticação”, a designer trabalha com o jeans skinny, em azul descarregado ou puxando para o acinzentado. Já Russell Simons vai do hip hop ao “clássico” urbano, associando o jeans pra lá de básico na aparência – mas tecnológico na resolução – com elementos do college, na busca do conforto e do estilo.

Michael Bastian

Michael Bastian

Michael Bastian

N.Hollywood

Protagonista

Protagonista

Russell Simons

Russell Simons

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Dragão Fashion promove um mix Brasil Com tema “Mãos à obra, mãos à moda”, o evento gratuito e aberto ao público, lançou mais uma instalação importante para a economia do Estado do Ceará: o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza Por Yuko Suzuki

D

ços de integração e discussão. Fazem parte do evento projetos como Concurso dos Novos e Comunidade Moda. “Há 16 anos, o evento contribui para o mercado da moda, fomentando a formação dos profissionais e criando ambientes de network e negócios, mas sempre mantendo o olhar próprio de valorização da cultura”, ressalta o idealizador e organizador do DFB, Cláudio Silveira.

O Governo do Estado do Ceará, que apresentou o DFB, ofereceu todos os serviços necessários à população disponibilizando a melhor estrutura para o público convidado para conhecer o Terminal e a nova plataforma do DFB 2015 que contou com patrocinadores como Riachuelo, Coelce, Sebrae, Senai, Prefeitura de Fortaleza e Canatiba, além dos apoios do Senac e Santa Clara.

Helena e Claudio Silveira

Almerinda Maria (CE)

Bikini Society (França)

Ivanildo Nunes (CE)

Jadson Raniere (SP)

Jefferson Ribeiro (BA)

Lindebergue Fernandes (CE)

Lino Villaventura (CE)

Melk Z-da (PE)

Vitorino Campos (BA)

Weider Silveiro (PI)

Fotos: Roberta Braga/ Leila Motta/ Ricardo K. – Divulgação

e 7 a 10 de maio, com surpreendente vista da Praia Mansa e da Cidade de Fortaleza, ocorreram os 32 desfiles e toda a programação da 16ª edição do Dragão Fashion Brasil 201. Muito além das passarelas, o DFB traz em sua concepção toda uma ideologia de ser vitrine para novos talentos da moda brasileira, a partir da valorização da formação acadêmica e de espa-

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EXPOSIÇÃO, PALESTRAS E DEBATE

Riviera

03.08 > 29.08 EXPOSIÇÃO

20 ANOS DE MODA MASCULINA DE MARIO QUEIROZ

RUPTURAS

Hagaef

Vitória Moda apresenta o Alto Verão 2016 Desfiles levam à passarela propostas de Alto Verão em evento que mostra uma cultura de moda que se produz no Espírito Santo Por Eleni Kronka

A Segunda a sexta das 8h às 21h e sábados das 8h às 14h

SENAC LAPA FAUSTOLO

Rua Faustolo, 1347 - Lapa - São Paulo - SP

17.08

HOMEM BRASILEIRO

PELE, CABELO, BARBA E BIGODE > Palestras 19h30 às 20h30

MARIA RITA ALONSO ( Editora da revista L´Officiel Hommes ) DÉBORA MELRO ( Hairstylist, especialista em corte masculino no Studio W ) ANDREIA MIRÒN ( Pesquisadora e Consultora em perfume e cosmética )

> Desfile 21h

HOMEM BRASILEIRO POR MARIO QUEIROZ

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MÍDIA APOIADORA

APOIO

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

8ª Edição do Vitória Moda, realizada no início de julho, mostrou que o evento deu mais um passo pela maturidade. Com realização do Sistema Findes, por meio da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário, e do Sebrae/ES, a partir de agora, passarela e feira de negócios acontecem no Centro de Convenções de Vitória, retornando ao modelo de êxito válido até 2013. O evento recebeu mais de 500 compradores do próprio Espírito Santo, além de empresários do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Brasília. Mais de 500 compradores – do Espírito Santo e de outros estados do Brasil, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, e Brasília – visitaram o evento para conhecer o alto verão de 109 expositores, sendo 27 de outros estados, que expuseram suas peças no Centro de Convenções de Vitória. O volume de negócios gerado pelo salão de negócios gira em torno de R$ 14 milhões, segundo os organizadores. Outro destaque foi o Salão da Economia Criativa, que apresentou trabalhos de 23 micros e pequenas empresas.

Passarela

Um total de 19 desfiles – de jovens talentos a marcas consolidadas – realizaram-se em três noites de evento para a apresentação das propostas de Alto Verão 2016 de empresas capixabas para o Brasil e o mundo. As coleções têm um “quê” do cenário global; isso é a influência dos anos 70, um toque oriental, a geometria e estampas exuberantes. Mas a interpretação é muito local. E aí está o ponto forte do Vitória Moda, que

chega à 8ª edição com traços cada vez mais delineados de uma moda capixaba. As propostas voltam-se realmente para a estação mais quente – tudo a ver, aliás, com o clima praiano local –, com predomínio de roupas leves – nos tecidos e formas –, valorizadas pelas estampas e cores. E cada uma das marcas sabe muito bem o que é trabalhar com esses ingredientes. Chris Trajano, Clutch, Dua’s, Marcelo Zantti e Amabilis brilharam no primeiro dia, seguidas por Buphallos, Negra Linda, PK Jeans, Açúcar Moreno, Saia de Chita, Riviera e Marcí, no segundo dia. Verônica Santolini, Florest, Sol de Verão, Hagaef, Turquesa, Surreal e Konyk encerraram a maratona da temporada. Vale lembrar que a edição foi aberta por apresentações de jovens criadoras. São elas: Alyne Angeli, Isabella Vasconcelos, Lígia de Oliveira e Mayari Jubini. Sob o lema “Luz, câmera, inspiração!”, a edição de Alto Verão 2016 do Vitória Moda surgiu para mostrar que é possível agregar ao evento um clima de alegria, entusiasmo e renovação, produzindo um espetáculo inesquecível não apenas para seus participantes (expositores, promotores e apoiadores), mas, também para o público. O presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Findes, José Carlos Bergamin, lembra que a moda, “por sua capacidade de atrair e seduzir as pessoas”, é espetáculo inspirador que pode ser visto fora das passarelas, nos musicais, nos shows de grandes celebridades nacionais e internacionais, nas telenovelas e nas ruas do mundo. “O espetáculo da moda é como o show que não pode parar... de produzir sonho, gerar emprego e renda”, afirma.

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Fotos: Elias Silva/Kias Benaducci/Singular Fotografia/Divulgação

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Chris Trajano

Clutch

Amabilis

Saia de Chita

Marcí

Surreal

Açúcar Moreno

Açúcar Moreno

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+acontece brasil

Eventos mostram moda de um Brasil plural

Calendário nacional de eventos comprova que o mercado de moda, com sua indústria e varejo, além de todos os criadores, é maior do que a crise, abrindo oportunidade de negócios para os que encaram desafios para superar o momento

Por Eleni Kronka

Oportunidade de negócios muito especial aos empresários da indústria e do varejo do mercado da lingerie, moda praia e fitness, o Salão Moda Brasil 2015 reuniu, de 21 a 23 de junho, cerca de 100 expositores e milhares de compradores, entre lojistas, donos de butiques e multimarcas, além de magazines, no São Paulo Expo. Segundo pesquisa do IEMI, o setor deverá atingir crescimento de 1,5% até o final de 2015. O estudo “Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias – 2015”, recém -elaborado pelo IEMI, mostra que a produção do setor, que engloba a confecção de calcinhas e sutiãs, camisolas, pijamas e modeladores, apresentou leve retomada em volumes de produção, em torno de 2,4% acumulados em 2013 e 2014. “O destaque no crescimento da produção foram

os Sutiãs, cada vez mais diversificados e atraentes, registrando uma expansão média bem acima do conjunto de produtos da linha íntima”, afirma Marcelo V. Prado, Diretor do IEMI, responsável por este estudo. Para 2015, apesar do desaquecimento verificado no primeiro semestre, as expectativas ainda são de crescimento na demanda, em torno de 0,8%, superando a marca de 560 milhões de peças. Apesar da desvalorização do real, a estimativa de importação é de 8,8%, especialmente dos artigos asiáticos. Ainda segundo o estudo do IEMI, em relação às exportações globais, o comércio internacional de roupas íntimas e meias alcançou a soma de US$ 33,8 bilhões em 2013, o que representa uma alta de 4,6% em relação aos valores do ano anterior. Entre 20013 e 2013, a expansão foi de 98,8%, com participação mínima do Brasil.

Mercado brasileiro de lingerie deve encerrar 2015 com crescimento de 1,5%

Fotos: Raphael Castello/Divulgação

Salão Moda Brasil mostra setor em expansão

“Os rumos do seu mercado traduzidos em dados para você decidir hoje.”

Para superar os desafios de 2015 e sair na frente. O IEMI, já disponibiliza um conjunto de soluções em inteligência.

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Comércio Externo Importação e Exportação; Valores; Principais Países

Canais de Distribuição Por Volume e Valores; PDV’s; Porte de Município

Perfil dos Consumidores Histórico; Demografia; Renda; Poder de Compra; Consumo por Região e UF

Empresas do Setor Outros Estudos de Moda IEMI - Comportamento: Moda Íntima Feminina; Vestuário. - Varejo: Vestuário. - Potencial: Moda Esportiva; Moda Feminina; Moda Masculina; Moda Infantil e Bebê - Relatórios de Produtos Diversos.

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+acontece brasil Gotex Show 2015

O São Paulo Expo foi também palco para a realização da 3ª Fenin Fashion São Paulo, com lançamento de Primavera Verão 2015/16, com realização da Fenin Feiras, do Grupo Expovest Eventos e Participações. Participação da edição, realizada de 21 a 23 de junho, marcas como: Aishty, Diguete Tricot, Eagle Rock, Esdras, Gangster, Haes, Julia Tricot, Kissmiss, Mgf/Minha Griffe, Mochine, Modelan, M. Nacional, Nrk/Naraka, Nicoboco, Occy, Oracon, Pacific Blue, Rock & Soda, Tonâge, Viviane Furrier, Vlc, Wooline, Zafferano, Zune Jeans, entre outras. Experiente no setor de feiras, o empresário Júlio Viana, diretor da Fenin Feiras, afirma manter o propósito de “descentralizar os lançamentos de nossa indústria da moda, focando cada vez mais nos interesses dos clientes dos expositores, isso é, um contingente de lojistas ávidos por novidades da estação que detêm o maior volume de comercialização em todos os cantos do país”.

Júlio Viana, ao lado de Luciano Zaffir, comemora êxito de negócios da 3ª Fenin Fashion SP

Informação e conceito definem Inspiramais

Os designers de moda Isabela Capeto e Jefferson de Assis, além do Estúdio RatoRói – por meio dos projetos Ecodesign, Mix by Brasil e Saberes Manuais –, demonstraram como fazer moda a partir do reaproveitamentos de materiais, da cultura popular brasileira e dos elementos naturais existentes na natureza. A 8ª edição do Projeto Referências Brasileiras segue alinhada às diretrizes do Preview do Couro, e para o Verão 2017 busca símbolos na cultura brasileira que tratem do minimalismo e do abstracionismo expressionista. Já o +Estampa, que cria estampas inovadoras, propõe a incorporação da originalidade brasileira como forma de reduzir a cultura da cópia e também da compra de estampas internacionais por parte de empresas do setor de confecções. O Inspiramais tem realização da Assintecal, do Footwear Components by Brasil, do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil e do Brazilian Leather, em parceria com a Apex-Brasil e Sebrae.

De 29 de setembro a 1º de outubro, São Paulo recebe a 3ª Gotex Show – Feira Internacional de Produtos Têxteis, no São Paulo Expo. Plataforma internacional idealizada para reunir a cada edição players de toda a cadeia produtiva dos mais importantes polos têxteis mundiais, a Gotex traz lançamentos de fabricantes dos setores de fibras, fios, tecidos e produtos acabados (outerwear e moda casa), além de aviamentos. Dirigente do Grupo China Trade Center e diretor executivo do Comitê Organizador da Gotex Show, Pan Faming, afirma que o Brasil é o único país da América do Sul com posição de destaque na produção têxtil mundial, responsável por 2,4% do total, o que lhe garante o quinto lugar no ranking. É também o quarto maior produtor de vestuário do mundo, com 2,6%. A feira também conta com eventos simultâneos para promover a participação do público e fomentar a troca de informações e tecnologias no setor. Estão confirmadas as participações do Sebrae-SP e Belas Artes, com palestras voltadas às micro e pequenas empresas, e a realização da 2ª edição do Concurso “Novos Designers Brasil” (NDB), cuja final acontece no primeiro dia da feira (29/09), com programação de desfiles e exposição dos looks apresentados durante a realização do evento.

Pan Faming, diretor executivo do Comitê Organizador da Gotex Show

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Fenin Fashion SP promove Verão 2016


por Arnaldo Rabelo

Arnaldo Rabelo é consultor Foto: Gui Benites

em marketing estratégico, marketing infantil e licenciamento de marcas.

www.novi.ly

O que pode estar faltando no seu marketing online Cinco coisas que você faz no seu marketing online que não são suficientes para gerar resultados. E outras cinco coisas que você não faz e que são muito importantes

A

s empresas hoje, mais do que nunca, precisam gerar resultados. Precisam conquistar clientes e gerar vendas. Além disso, precisam de estratégias de baixo custo. E, se possível, ter certeza do retorno obtido com cada real investido. Uma das áreas que as empresas já perceberam que não podem ficar de fora é o marketing digital. Ele permite gerar visibilidade a um público segmentado a um custo bastante competitivo. Mas será que esse esforço está se traduzindo em vendas? Como você reconhece a importância de uma boa presença online, já tomou algumas providências para marcar seu território na web. Mas elas ainda não são suficientes para garantir o sucesso do seu negócio. Vamos ver as 5 ações online que provavelmente sua empresa já faz, mas que ainda não bastam para gerar resultados: 1.

A sua empresa tem um blog corporativo. Você publica sempre notícias do setor e curiosidades encontradas em publicações da área. Muitas pessoas leem e interagem em função desses posts. Mas as vendas não reagem na medida do entusiasmo dos visitantes do blog.

2. A sua marca está presente nas redes sociais e tem muitos fãs. Você já está nas principais redes sociais há algum tempo e conquistou muitos fãs e seguidores. Mas por que as vendas não decolam? 3. O seu site tem um formulário para cadastro de e-mail do usuário em troca de uma ne-

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wsletter. Você sabe que é muito bom ter uma lista de e-mails de pessoas interessadas no seu negócio. Por isso, oferece uma newsletter pela qual os visitantes devem cadastrar seu e-mail. Depois do cadastro, não há uma regularidade no envio dessa newsletter. Afinal, nem sempre tem assuntos tão interessantes... Além disso, nunca houve uma resposta a esses e-mails. E dificilmente mais do que 1% dos usuários clica nos links. 4. Você faz anúncios online. Para gerar maior visibilidade online, ter mais fãs e oferecer seus produtos, você investe em anúncios online, principalmente no Facebook. Os anúncios no Google também estão presentes. Mas é difícil transformar em clientes mais que 1% das pessoas atingidas. 5. Você tem uma loja virtual. Como o público também compra online, você montou uma loja virtual, cadastrou seus produtos e até investe em anúncios dos produtos. Mas os clientes não aparecem na quantidade esperada. Mas, se você já faz tudo isso, o que poderia estar faltando? Falta entender melhor o público e oferecer aquilo que realmente o motiva. As pessoas não comprarão imediatamente o seu produto apenas porque você anuncia. É claro que tornar a sua marca e seus produtos conhecidos é importante. Mas para gerar vendas são precisos alguns passos a mais. Então, vejamos o que você ainda não faz e é muito importante para obter resultados:

1.

O seu blog não trata de soluções para os clientes. Para gerar o senso de autoridade, você precisa tratar de soluções às necessidades e desejos dos clientes. Notícias e curiosidades não criarão autoridade sobre o tema. O seu produto ou serviço atende a uma necessidade ou desejo do cliente. Portanto, você deve falar dessas necessidades e desejos e indicar que você tem a solução. Como você é especialista na solução, terá diferentes conteúdos sobre o assunto.

2. A sua presença nas redes sociais não direciona para o seu próprio ambiente digital. O Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais têm suas próprias regras. E elas mudam sem o seu controle. O Facebook decidiu reduzir a relevância dos seus conteúdos e a sua única saída foi anunciar mais. O Instagram agora pertence ao Facebook. Há alguma dúvida de que o caminho será o mesmo? Como você pode se proteger? Direcionando os internautas ao seu próprio ambiente online: o seu site e o seu blog. Mas você precisa ter uma forma de se relacionar com eles a partir daí. 3. O seu formulário de cadastro não oferece recompensas e não usa chamadas à ação. Uma newsletter não motiva o suficiente para gerar muitos cadastros. A saída é oferecer uma recompensa para o cadastro. Pode ser um e-book relacionado ao interesse do público, um vídeo, um guia ou informações

úteis relacionadas ao que você vende. Para que o público faça o que você quer, são necessárias as chamadas à ação: “Clique aqui”, “quero baixar o e-book”, “baixe gratuitamente o guia”... Para ter acesso a essas informações interessantes, o seu público deixará seu e-mail. 4. Os seus anúncios mostram produtos, não conteúdo útil ao seu público. Quando você anuncia produtos, só venderá às pessoas que precisam daquilo naquele mesmo momento e que já confiem o suficiente na sua empresa para comprar. É um percentual muito pequeno das pessoas atingidas. O ideal é oferecer algo útil, sem nenhum custo, para obter o cadastro das pessoas mais interessadas. A conversão de pessoas atingidas em cadastradas será muito maior. A partir daí, você pode se relacionar com essas pessoas por e-mail, enviando mais conteúdo útil. Isso construirá autoridade e reputação para a sua marca e conquistará a confiança do público. Depois disso, finalmente você poderá oferecer produtos, tendo uma taxa de sucesso muito maior. 5. O seu e-commerce não tem mecanismos eficientes para gerar tráfego, engajamento e vendas. Para obter vendas, não basta abrir uma loja. Mesmo oferecendo seus produtos em anúncios, nem sempre os clientes vêm na quantidade necessária. Você precisa primeiro atrair o tráfego de pessoas interessadas através de um conteúdo relacionado às suas necessidades. Depois você precisa conquistar a confiança desse público através do relacionamento. As maiores empresas do mundo utilizam principalmente o e-mail para isso. Depois você venderá oferendo produtos adequados às necessidades de cada perfil de cliente. Os visitantes mais engajados terão vantagens exclusivas. Portanto, é visível que no marketing online há muitos tipos de ações possíveis, mas só o encadeamento de uma série específica de ações, bem coordenadas, trará o máximo resultado em vendas. Com esses tópicos em vista, avalie o que você já tem feito em marketing online e o que ainda falta para atingir as metas de vendas. Avance para as ações que ainda faltam, que os resultados aparecerão. Ou você poderá assistir aos concorrentes fazendo o mesmo...

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por Paulo Delegá

Paulo Delegá é diretor Foto: Arquivo pessoal

da Vendere, agência digital de criação e desenvolvimento de sites e marketing na Internet.

www.vendere.com.br

Quem é a buyer persona do seu site?

Ao projetar o site, é bom ter em mente quem é o comprador ideal, pois ele será o foco do seu negócio

N

a hora de planejar um novo site ou a renovação do atual, a preocupação com o design, o conteúdo e sua promoção tem que ser precedidas por um estudo sobre o público para quem o site está sendo construído ou reformado. Quem compra, ou quem eu espero que compre os meus produtos ou serviços? Quem é essa pessoa que, ao visitar o site, deve ficar com uma boa impressão da marca? Quem é essa pessoa que se quer que o site conduza à loja? Tecnicamente, chamamos esse perfil idealizado do comprador que se quer atingir com o site de buyer persona. Essa preocupação em definir com clareza o comprador ideal – a buyer

persona – para quem o site deveria ser focado parece óbvia. Mas muitas vezes não é o que se vê na prática. Os dois problemas mais comuns são: a) o site ser feito para agradar mais quem aprova e paga pelo site do que ao potencial comprador; e b) o site ser genérico demais, tentar agradar a todo mundo. Esses desacertos não são intencionais. É natural a agência digital querer agradar ao sujeito que lhe assina o cheque e esta pessoa, por sua vez, aprovar o site que gosta mais. Só que a pessoa que aprova o site às vezes pode não ter o mesmo perfil do comprador do produto. E na hora de focar a mensagem é doloroso para qualquer gestor, tendo que fazer um

investimento em comunicação, abrir mão de falar para parte do mercado.

Que fazer?

Havendo compreensão da necessidade, há técnicas para agência e cliente tentarem se abstrair de suas idiossincrasias e, interagindo, projetar a buyer persona do site. Embora até agora tenhamos usado os termos sempre no singular, até para enfatizar a necessidade de foco, pode acontecer de se chegar a mais de uma buyer persona e ter-se que decidir por estratégias para atendê-las. Por exemplo, nos negócios B2B (business to business, empresas que vendem para outras empresas) é comum a multiplicidade de perfis, porque muitas vezes quem pesquisa a

Internet procurando o produto ou serviço não é quem tem a palavra final da compra. Além disso muitas decisões são coletivas. Neste caso é preciso definir os objetivos e anseios de cada instância – cada buyer persona – envolvida no processo e procurar atendê-las com diferentes mensagens. Uma vez estabelecida a buyer persona que se quer atingir e estando o site pronto, é necessário testar e ajustar a estratégia, pois às vezes o mundo real teima em discordar de nosso plano... No entanto, uma das vantagens do marketing digital em relação às outras mídias é que é mais fácil e rápido perceber o que funciona ou não e mais barato ajustar continuamente a comunicação.


Fotos: Arquivo pessoal, Divulgação

por Edson D'Aguano

Diretor presidente da Consultive Holding.

www.consultive.com.br

“... Gestão é resultado, não esforço”... Simples assim!!! Gestão sem Esforço é Gestão. Esforço sem Gestão não é nada

R

eza a lenda, no Fashion World, que num mercado de cenário Competitivo, Acirrado, Complexo e Ofertado (um C.A.C.O. que só), como tal, nos dias de hoje, não existem empresas “feitas para durar”, existem, sim, empresas que “mudam para durar”. Coincidentemente ou não, estas empresas que “duram” são exatamente aquelas que possuem uma Gestão pró-Execução das Estratégias que, por si só, atingem Resultados de Valor, independente da recessividade mercadológica. Reza a lenda, ainda, paradoxalmente, que a Gestão do acaso (à espera das coisas acontecerem) não garante ciclo de vida otimizante e, tampouco, resultado algum de coisa nenhuma... Mais que isso, a teimosia absurda, a mesmice crônica, o medo da expansão, a incompetência estratégica e a ignorância executiva, além do embotamento crônico, induzem a empresa a uma baixa produtividade, com direito aos incautos gestores de araque a arderem no fogo do mármore do inferno. A bancarrota explica. O demônio agradece... A verdade verdadeira é que a Gestão do Resultado, voltada para Ganhar Dinheiro e Ser Feliz (GDSF), depende da taxa de Inteligência Competitiva e do Conhecimento Codificado, características essas tudo a ver com o aprendizado focado na mãe Mudança e nas filhas Audácia e Inovação. Nada mais e menos nada ainda, que a

ciência do aprender a obrigar o novo a desaprender o velho, para daí entender as circunstâncias do mercado e, só daí, agir de acordo com elas. Inteligência gera Competência que gera Resultância que gera Sucesso. Não confundir Sucesso com Fama. Sucesso é atributo tangível, de longa vida. Fama não... Fama é atributo intangível, de vida curta. O que conta em Gestão é o domínio da circunstância e não a subordinação à contingência. A circunstância é uma característica outdoor. A contingência é uma característica indoor. A Excelência explica. O Resultado agradece...

Gestão que é Gestão transforma o Ordinário em Extraordinário...

Pense comigo... Se extraterrestres aparecessem por aqui no nosso planeta terra, após “se acharem” no mercado atual, talvez a primeira pergunta deles teria sido: “Vocês aí, pobres terráqueos, já descobriram a Gestão?” Uma coisa é certa... Se eles foram capazes de chegar à Terra, é porque, claro, souberam transformar Gestão em Resultado. Eles, com certeza, sabem, há séculos, que Gestão é essencial para o progresso. Talvez, quem sabe, seus Conhecimentos e/ou Tecnologias não sejam nem tão superiores aos nossos, mas podemos apostar que eles são bons pra caramba em

Gestão. E são mesmo... Como eu sei disso? Se não fossem bons o bastante, esses caras estariam perdidos no espaço em sua incrível nave ou teriam explodido no infinito ou sei lá o quê. Com certeza mais que absoluta, teriam, sim, se esforçado, mas neca de Resultado. O azar é irmão de sangue da ignorância e a sorte é alma gêmea da competência. O acaso não garante perfomance, já rezava a lenda há milênios. Por isso, penso e reflito mais um pouco... “Gestão é puro Resultado e não apenas Esforço”, atributos estes advindos que são do Planejamento Estratégico, com base na Inteligência da Informação, do Conhecimento e da Sabedoria do mercado alvo da marca que representa a empresa. O EBITDA explica. O Valor agradece... Porém, a sensação desconfortável é que tudo em Gestão depende, depende, depende... Mas, cá entre nós, depende de quê? Quais são os elementos, as ações e os inputs que teremos, nos dias amargos de hoje, de usar para mudar o status quo do mercado marrento que travou tudo? Como criar uma Gestão de Inteligência pró-Resultado com base na crença da melhoria contínua e na busca do crescimento sustentado de valor na Gestão da empresa num cenário “ordinário” como esse que estamos vivendo? É simples... Basta transformar o ordinário em extraordinário no seu negócio. Isso quer dizer que basta transformar o seu Produto ordinário em extraordinário. A sua Comercialização ordinária em extraordinária. A sua Comunicação ordinária em extraordinária.

Gestão não é apenas Pensar|Fazer. É Fazer/ Acontecer. Como assim???

Uma coisa é ter Informação, Conhecimento e Sabedoria (InConSab) sobre o comportamento do mercado -alvo, outra coisa é transformar esse atributo em Gestão de coisas úteis e, de preferência, em Resultados otimizantes de Valor. A Gestão pró-Resultado, através da Inteligência Competitiva, é o caminho das pedras para chegar ao axioma do Dever|Saber, daí ao Saber|Fazer e, daí então, ao Fazer|Fazer e, só daí, ao Fazer|Ganhar e ao Ganhar|Render. Essa é a Resultância da Inteligência que interessa (chegar lá em menor tempo e com menor custo), quem diria... O fato é que a Gestão com base na Inteligência Competitiva (não confundir com indigestão e, tampouco, com congestão) é a me-

lhor forma de se fazer coisas práticas otimizantes unindo a crença no Saber com a busca do Render. É algo como transformar o Preço em Valor. O Design em Desejo. Simples assim... Vamos lá... Se uma empresa, independente da idade, tamanho, fama ou tradição, optou por estudar, focar e dominar a Gestão pró-Resultado, esta empresa, seja ela qual for, optou pelo atributo estratégico mais importante do futuro corporativo, ação esta que trata da transformação da Inteligência em Valor (menor tempo com menor custo). E essa decisão só pode ser realizada com base em uma lógica que relacione uma linha direta de causas com efeitos, ou seja, uma relação intrínseca do ponto de partida com o ponto de chegada na busca da Excelência; algo como, por exemplo, ter que diagnosticar o que tem acontecido e o que está acontecendo no mercado (atual), coletando fatos, formulando princípios, corrigindo rumos, formatando novas ações e afirmando, em alto e bom som (didática, objetiva e sinteticamente), para todos da empresa ouvirem: “Galera, a trilha certa para chegar lá, no nosso caso, é esta, assim, assim, assim e assim, ok? E ponto final! Vamo que vamo!” A atitude explica. A mudança agradece... Portanto... Gestão não é só Pensar|Fazer. Mais que isso, é Fazer|Acontecer. No universo da Gestão, gerar ideias é o ponto de partida, gerir Valor é o ponto de chegada. Para construir Valor, é preciso desviar o foco dos atributos pessoais, das características pessoais, das manias pessoais, das opiniões pessoais e até das fofocas pessoais. Para Resultar Valor, a melhor trilha é gerar e gerir ações através do foco DO mercado e, jamais, com foco NO mercado. Valor se define de fora para dentro e não o contrário. O Valor que precisa, de fato, ser feito está sempre fora do salão de dança, fora da caixa (Circunstâncias! Circunstâncias! Circunstâncias!). É natural colocar, para tanto, o foco da Gestão no Esforço, certo? Errado! É natural, mas errado... A Gestão da Resultância existe, porque o que precisa SER FEITO nunca surge naturalmente. A sacada do Valor está em “ir atrás”. A propósito, no mercado C.A.C.O., a verdade verdadeira é que a compra que vem já era... Hoje em dia, o Resultado de Valor está na venda que vai! E ponto final... Em tempo: Gestão é a transformação do conhecimento em desempenho, ou melhor, Gestão é Resultado, não Esforço!

A sua marca não pode ser invisível aos olhos... Quem viver,verá!!! 36

edição 150


por Marcelo V. Prado

Foto: Arquivo pessoal

Marcelo V. Prado é sócio-diretor do IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial

Foto: Shutterstock

faleconosco@iemi.com.br

Atravessando o deserto

Na crise “o que vende é o novo” e, mais do que nunca, será preciso inovar

C

omo o mercado já havia previsto, o ano de 2015 trouxe para todos os brasileiros uma das piores crises econômicas que já assistimos, dada a velocidade e a virulência com que se instalou no País. A má notícia é que ela veio acompanhada de uma instabilidade institucional perigosa e que joga uma grande cortina de fumaça sobre aqueles que buscam enxergar a luz no final do túnel. A boa notícia é que ela nos atinge em um momento em que nos encontramos muito menos vulneráveis em nossas contas públicas, do que antigamente, com nossas empresas mais organizadas e nossos trabalhadores mais protegidos socialmente. Fatores que poderão contribuir muito em nossa recuperação econômica, logo mais adiante. Na opinião da maioria dos especialistas, vamos ter que atravessar “dois anos de deserto”, antes de poder contar com a retomada do crescimento econômico, para ajudar as nossas empresas. Durante este período, teremos que agir de maneira cautelosa, concentrando nossos esforços na melhoria da nossa eficiência e da nossa produtividade. Teremos, ainda, que cuidar para que o nosso conservadorismo “não destrua o futuro”, que sem dúvida virá acompanhado de grandes oportunidades para aqueles que souberem lidar com as restrições do momento e se posicionarem de forma adequada

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para quando o mercado se recuperar. O fato é que não dá para ficar inerte diante de um momento tão desafiador. Em épocas de crise, a responsabilidade do crescimento sai do mercado e passa para as empresas. E serão elas próprias, através de suas decisões estratégicas, que irão determinar de qual grupo farão parte: se daquelas que irão crescer apesar da crise, ou daquelas que não irão crescer. Repetir o mesmo modelo de crescimento que nos trouxe até aqui, não irá produzir resultados e ainda levará embora o nosso lucro. Embora muitos ainda insistam, não há como esperar por resultados diferentes, fazendo tudo igual. Em momentos como este, quando é preciso desligar o piloto automático e tomar à mão o manche, para manobrar em meio à turbulência, os verdadeiros empreendedores se destacam dos meros burocratas. Como já foi dito nesta coluna, meses

atrás, na crise “o que vende é o novo” e, mais do que nunca, será preciso inovar. Para os mais cartesianos, a inovação poderia muito bem ser representada pela seguinte equação: Inovação = Novo + Ação. Para criar o novo, é preciso visão, originalidade e ousadia. Para transformar o novo em resultado efetivo, é preciso agir com planejamento, organização, eficiência e muito trabalho. Não são qualidades fáceis de serem reunidas em uma só pessoa, nem uma tarefa a ser enfrentada por aqueles que se encontram em um momento de vida onde a zona de conforto é ampla e as ambições pequenas. Sem dúvida, vivemos um momento em que contar com uma boa equipe poderá fazer toda a diferença e oferecer mais espaço aos mais jovens poderá facilitar e muito a busca por caminhos mais inovadores. E o pior é que a maior barreira à inovação não é a financeira, ou a opera-

cional, é a cultural. É já mais do que tempo para eliminar do debate, frases do tipo: “sempre fiz assim e deu certo”. Sucesso!!

Indicadores Econômicos

Voltando ao vestuário, a venda do comércio varejista teve uma alta no mês de maio. Em volumes físicos a alta foi de 24,9% e, em valores de venda, de 25,6%. No acumulado do ano, de janeiro a maio de 2015, houve queda de (-)1,9% nas receitas e de (-)5,0% nos volumes. A produção nacional destes artigos, em número de peças confeccionadas, avançou 5,9% em maio comparado ao mês de abril de 2015, porém no ano, a produção desacelerou (-)13,2% em 2015, sobre o montante produzido em 2014. As importações brasileiras de roupas, por sua vez, caíram (-)41,5% em maio, mas no ano acumula alta de 3,2%. Já as exportações obtiveram alta de 18,7% no mês e queda (-)9,5% no ano.

Desempenho Vestuário

Variação no mês 1

Variação Anualizada 2

Vendas no Varejo (R$)

25,6%

-1,9%

Vendas no Varejo (Peças)

24,9%

-5,0%

Produção Industrial (Peças)

5,9%

-13,2%

Importações (US$)

-41,5%

3,2%

Exportações (US$)

18,7%

-9,5%

Fontes: IEMI / IBGE / SECEX (1) Abril 2015 / Maio 2015 (2) Janeiro-Maio 2015 / Janeiro-Maio 2014

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Fotos: Arquivo pessoal. divulgação

Diretora de Criação da Nomina Design, escritório especializado em projetos completos de loja e identidade de marca no varejo.

www.nominadesign.com.br

Estrategicamente coloridos

CALEIDOSCÓPIO Impossível desviar o olhar da vitrine da flagship da Babor em Hamburgo, Alemanha.

Para a campanha de lançamento da Babor Fluids, uma linha de produtos de cuidados para pele, a agência de marketing e comunicação visual Dfrost criou um display, com as ampolas coloridas da Babor no centro e formando um redemoinho, posicionou diversos bastões de vidro multicoloridos criando um efeito de perspectiva como um caleidoscópio. As cores luminosas dos bastões mimetizam as cores dos ingredientes ativos concentrados da linha de produtos contidos nas ampolas, reforçando a imagem do produto. Solução brilhante e coloridíssima para chamar atenção de produtos tão minúsculos!

SUMMER LOVERS

Rotate é uma pop up store que acontece em Sydney e em Melbourne na Austrália sob a curadoria de produtos feita pela equipe do site The Cool Hunter. Produtos, decoração e temas da pop up terá vida útil de apenas 8 semanas para se renovar tudo novamente. Este é o conceito deste projeto: Sempre novo, sempre diferente, sempre mudando. A pop up store com o tema Summer Lovers é muito colorida, vibrante e divertida como o verão. No interior neutro da loja com pé direito alto de paredes brancas e piso de parquet, o destaque está nos suportes de cores vivas para exposição dos produtos.

Fotos: Divulgação

As cores já provaram seus efeitos sinestésicos e para o store design é elemento de composição indispensável para chamar atenção para lojas e suas vitrines. Confira as soluções fantásticas onde o uso da cor não é nada gratuito, pelo contrário: a cor é utilizada estrategicamente para reforçar imagem de marca, valorizando temas de campanhas

THIN THIN THIN

Para o lançamento de um dos itens da coleção outono 2014 – o ‘extra fine merino’ - da marca de roupas japonesa Uniqlo, a designer francesa baseada em Tóquio, Japão, Emmanuelle Moreaux criou a instalação que chamou de ‘Thin, Thin, Thin’. Fino, fino, fino, é o fio de lã merino que tem 1/5 da espessura de um fio do cabelo humano o que resulta num fio suave e delicado. Tomando isso como ponto de partida, a designer que é conhecida pelo uso de cores fortes e vivas que emprega como meio para definir arquitetonicamente os espaços que trabalha, criou vitrines radiantes. Na loja no bairro de Guinza, em Tóquio, a vitrine interna da loja

utiliza 2.420 fios de 60 diferentes tons de cores que se cruzam do chão ao teto formando um volume tridimensional entre os manequins. Os tons de granada, cáqui e mostarda foram escolhidos para trazer o ar do outono na composição. A leveza dos fios suspensos como se não houvesse gravidade é uma metáfora da leveza do fio de lã merino existentes nas roupas da coleção vestidos nos manequins. Os coloridos e finos fios em contínuo efeito de refração e reflexão, multiplicando-se infinitamente, cria uma ilusão ótica como se estivéssemos dentro de um mundo microscópico do novelo de lã extra fino merino.

COLOURFUL WIND

Esta não foi a primeira colaboração de Emmanuelle Moreaux para a Uniqlo. E as cores novamente foram protagonistas na vitrine do lançamento de um linho para as roupas da coleção de Primavera 2014. Com o tema de Colourful Wind, Moreaux criou uma instalação para as lojas Uniqlo para expressar uma brisa da primavera colorida e refrescante que deriva da sensação respirável e fresca de linho, bem como a sua textura macia e suave. Milhares de fitas em 100 diferentes tons de cor flutuavam sobre os manequins. Os ventiladores instalados no piso faziam com que as fitas coloridas movimentassem suavemente. Isto dá a sensação de estar na brisa da primavera. O movimento suave e o balanço do volume flutuante de cores expressa o início da nova temporada e o ‘vento colorido’. O teto espelhado da loja replicava o efeito das cores.

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