World Fashion 147

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Ano XVIII | R$30,00 Edição 147

ACONTECE MUNDO

Fast Couture, a evolução do fast fashion

MODA MASCULINA “Wearable technology”

TECNOLOGIA ESUSTENTABILIDADE NA MODA

Marcas próprias ou marcas desejadas? Outono de contrastes e cores em Nova York




Somos todos tecnológicos

ago-set-out 14

T

ecnologia entra novamente em pauta no World Fashion, até porque o tema tornou-se essencial no planeta moda. Sem os avanços que a indústria tem implementado em todas as etapas da produção – da matéria-prima ao produto acabado –, seria bem difícil introduzir novidades nas coleções e, mais ainda, oferecer artigos que realmente ofereçam conforto e bem estar ao consumidor. Os laboratórios dos grandes centros difusores de tendências trabalham intensamente e a indústria nacional atua com vigor para manter o compasso exigido pelo mercado. É óbvio também que muitas marcas optam por importar o produto acabado, exigindo do fabricante de origem qualidade e tecnologia avançada. E é cada vez mais importante que o importador brasileiro rastreie o que vem “antes” desse artigo adquirido lá fora. Ética deve ser o componente que permeie todas as etapas da produção, senão, pode haver tecnologia, mas a sustentabilidade vai ficar muito a desejar… Não é à toa que fabricantes nacionais, como mostrados no Dossiê sobre Tecnologia e Sustentabilidade dessa edição, buscam certificações importantes – como as oferecidas pelo instituto europeu OEKOTEX® a – ou ainda parcerias possíveis, como com a ONG Better Cotton Initiative (BCI) ou Instituto-E, idealizado pelo empresário Oskar Metsavaht (Osklen). Como habitualmente fazemos, nessa edição damos um giro pelo mundo, trazendo informações sobre vitrinas internacionais, sobre o interior das lojas e até sobre produtos que estão causando frisson em todos os segmentos, como os gadgets propostos pela nova linha Apple. Todas as novidades capturadas pelo olhar atento - e tecnológico - dos nossos colunistas e colaboradores. Fomos mais longe para saber o que há no território comercialmente explorado, mas culturalmente ainda pouco desbravado da criação de moda na China. Ouvimos a acadêmica chinesa Christine Tsui e a desbravadora Carol Garcia, da agência NAU, para saber o que há por lá e o que vem por aí. Como sempre, queremos oferecer a você o melhor, em retribuição ao seu empenho por fazer do Brasil um verdadeiro mercado de moda. Boa leitura! Eleni Kronka

06 + MOVIMENTO Apple, Luxo?

brasileiro/ Isko chega ao

o Luxo da Apple...

Brasil / Tecido jacquard 100% nacional

um caminho para

36 +ACONTECE BRASIL

a sustentabilidade

calendário fashion

Moda e tecnologia:

+BALCÃO Tecnologia para upgrade dos negócios

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De olho no mercado

Ou quem sabe,

08 + VITRINE 10

32 +POR DENTRO

Eventos movimentam

42 +COMPORTAMENTO 44 +GESTÃO

O que faz um negócio?

No mercado do

+ACONTECE MUNDO

novo milênio a

China Fashion

mudança fala e a sustentabilidade

+ACONTECE MUNDO Fast couture,

14 16 +MODA MASCULINA 20 +DOSSIE a evolução

do Fast Fashion

Wearable technology

Tecnologia e

Sustentabilidade

30 +TENDÊNCIA

explica

46 +MERCADO

Marcas próprias ou marcas desejadas?

48 +ONLINE

Redes sociais no site institucional: ter ou não ter?

50 +SUA LOJA

Pontos de venda:

Outono de contrastes

estratégicos para

e cores em Nova York

a moda

www.worldfashion.com.br Diretor: Luiz Cezar Pimentel | Publisher: Yuko Suzuki yuko@worldfashion.com.br Editora: Eleni Kronka eleni@worldfashion.com.br | Colunistas: Andre do Val, Arnaldo Rabelo, Carlos Ferreirinha, Edson D’Aguano, Marcelo Prado, Noemi Saga e Paulo Delegá Colaboraram nesta edição: Marcela Leone, Roselaine Araújo Gestão da marca: Céu Branding | Projeto Gráfico e Design: Guilherme Watanabe Jornalista Responsável Eleni Kronka – MTB 12.882 | Publicidade Vera Lopes vera@worldfashion.com.br, Luiz Eduardo Pimentel eduardo@worldfashion.com.br | Rafaela Nobre rafaela@worldfashion.com.br

Crédito da foto capa: DESFILE DE ISSEY MIYAKE Primavera/Verão 2015 - foto de Marina Sprogis

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A World Fashion Editora e Eventos Ltda não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos de seus colunistas. É terminantemente proibida qualquer forma de reprodução do conteúdo – textos, fotos, ilustrações – desta publicação sem a prévia e devida autorização dos editores. Nenhuma pessoa está autorizada a retirar qualquer tipo de material em nome do WORLD FASHION+ VAREJO. Em caso de necessidade, o portador deverá ter em mãos carta assinada pelo editor.

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Fundador presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, especializada nas ferramentas de gestão e inovação do negócio do luxo Foto: Divulgação

e premium, com atuação no Brasil, na América Latina, em Angola e Portugal.

www.mcfconsultoria.com.br

sar o que é especial, raro, exclusivo, qualidade inegociável, matéria prima diferenciada, artesanal, o Luxo em si e seus atributos e características.

Foto: Ed Uthman

ARMADILHAS

APPLE, LUXO? OU QUEM SABE, O LUXO DA APPLE.. É absolutamente fascinante o posicionamento da Apple. Muitas vezes é tão assertiva que até algumas marcas de luxo poderiam aprender um pouco com ela

É

absolutamente matemático! Sempre que a Apple lança um aparato novo, um gadget novo ou até mesmo qualquer movimentação especial da empresa ou da marca no mercado, passo a receber diversas perguntas sobre o fato da Apple ser ou não Luxo. “Ser ou não ser, eis a questão!” Com o lançamento dos modelos IPhone 6, IPhone 6 Plus e Apple Watch (aqui bem interessante o fato de não ter, nesse relógio, o tradicional “I”), voltam as especulações sobre o fato da Apple ser ou não ser uma marca de Luxo e até mesmo o relógio ao menos ser um item de luxo. Ainda me lembro de, em uma en-

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trevista, Steve Jobs ser questionado sobre o fato de a empresa não operar diretamente no mercado brasileiro. Ele sabiamente respondeu na época que “as taxações brasileiras alçavam a marca ao patamar do Luxo pelo preço”. Sábio e estratégico Steve Jobs. Ele não disse que a Apple não é Luxo; ao contrário, disse que o preço alto por impostos a posicionaria como Luxo. Mas o incrível empreendedor fugiu da resposta direta e precisa. Na MCF, dizemos que nem todas as marcas com seus produtos e serviços de valores mais altos são Luxo. Entretanto, todos os produtos e serviços genuinamente de Luxo possuem valores mais altos. Custa diferente aces-

A Apple cria armadilhas mercadológicas extraordinárias. É definitivamente uma marca carregada de prestígio. Seus lançamentos nunca são colocados à venda para todos em todos os lugares a qualquer preço e de qualquer maneira. Ao contrário, a empresa gera filas e alguns clientes chegam a passar dias em filas à espera dos lançamentos. Exclusividade cirurgicamente desenhada e exercida pela empresa. São diversas as empresas de mercado, em vários segmentos, que tentam de tudo para serem homologadas como fornecedoras da Apple e assim, terem ao carimbo da maçã, que automaticamente carrega qualidade, diferenciação, especial. A empresa que reinventou o diálogo digital possui tanto prestígio e reconhecimento como diferenciada, que gera dúvidas sobre o seu posicionamento. Lojas impecáveis. Atendimento rigorosamente humanizado e excelente. Embalagens que estão mais para caixas de joias do que caixas de eletrônicos. O Visual Merchandising valoriza os produtos e tira o fôlego de tanta precisão na demonstração. Os clientes são apaixonados pela marca. Como, então, não acharmos que a Apple é uma empresa de Luxo? Qualidade, tradição, beleza, design atemporal, universalidade no diálogo. Exclusividade e excelência. Códigos emocionais como parte do DNA da empresa e da marca. Inacessibilidade em diversos momentos, principalmente nos lançamentos. Valores bem mais altos do que os demais valores praticados no mercado. Mais Luxo, impossível, com essas características. E ainda tem o surpreendente fato de a empresa ter contratado como VP de Varejo e Compras online a poderosa, celebrada e respeitada executiva, Angela Ahrendts, que até então era a CEO da Burberry, uma das marcas de maior crescimento no Luxo e que é tida como a responsável em dar o toque moderno e contemporâneo que a grife inglesa tem atualmente, levando-a, inclusive, a ser percebida como o ícone do “novo Luxo”. A Burberry não somente é uma das

marcas que mais cresceu nos últimos anos, como também é marca de Luxo mais seguida nas redes sociais em todos os aspectos. Já estou curioso para analisar a contribuição que a executiva dará à Apple nessa direção através da experiência adquirida na Burberry. Ou seja, poderia ter mensagem mais apurada de Luxo do que é essa? Afinal, Angela Ahrendts é precisa no varejo do Luxo e cuidará do varejo da Apple.

“SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!”

Na MCF, também dizemos e afirmamos que nem todas as empresas deveriam ser de Luxo, mas que todas as empresas e marcas, independentemente do segmento em que atuam, têm como aprender com a gestão do Luxo e, assim, buscar um valor competitivo diferenciado. Aprender com a Gestão do Luxo é nosso mantra há 13 anos na MCF. Temos, no Brasil, um case extraordinário nessa direção: Havaianas! Apple e Havaianas não são marcas de Luxo, mas dialogam com o Luxo e traduzem como elementos, como poucos, em excelentes códigos de diferenciação. Apple é uma empresa de massa. Genuinamente de massa. Mas entrega para as massas no formato prestigioso, único, exclusivo, belo e emocional, quase Luxo, como dizia Michael Silverstein, da Boston Consulting, sobre o efeito do masstige – prestígio para as massas. É absolutamente fascinante o posicionamento dúbio e estratégico da Apple. Muitas vezes, a Apple é tão assertiva que até algumas marcas de Luxo poderiam aprender um pouco com ela. Entretanto, o fato é que o Luxo inspira a Apple em alguns dos seus movimentos. Ou seria a marca um dos claros movimentos do chamado “novo Luxo”? A Apple é irmã gêmea das marcas de Luxo que foi separada na infância. Isso sim! O que vale mesmo é a reflexão sobre como essa empresa e marca que têm uma maçã como símbolo conseguem enfeitiçar a todos. Admiráveis movimentos. Marca carregada de prestígio. Produtos desejados. Consumo emocional. Excelência como embalagem principal. São todos os segmentos que podem ou até mesmo deveriam aprender com a Gestão do Luxo. Nesse aspecto, vale a pena tentar mais do que ser!

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MODA E TECNOLOGIA: UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE

O

maior desafio das empresas está no encantamento do cliente almejado, para assim gerar a fidelização a sua marca de moda e a otimização de seus espaços comerciais, alcançando um patamar agressivo de lucratividade e consequente saúde financeira para as suas gestões. Um dos caminhos a ser trilhado é o da compreensão das relações entre moda e sustentabilidade, que ainda está “no início de namoro”. Esse avanço possibilitaria aos gestores ambientais o questionamento dos processos envolvidos no desenvolvimento de produtos e na gestão das informações dentro do sistema de moda. Contudo, há luz no fim do túnel e empresas de pequeno, médio e grande porte estão investindo e deverão direcionar suas atenções para práticas que favoreçam o meio ambiente, a inclusão social e o desenvolvimento econômico de regiões.

NA PRÁTICA

Para que uma empresa seja sustentável e absorva uma política sustentável, não será necessária a ruptura brusca

Sacks 4D

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de seus processos e sistemas. Entretanto, faz-se necessária a observação de que a população começa a exigir das empresas uma postura mais ágil e envolvente nesta questão, o que poderá ser desenvolvido conforme os hábitos de consumo mudam e migram para este paradigma da atualidade – o hábito de consumo consciente. Voltando ao “namoro” com a sustentabilidade, a área da moda poderá encontrar na tecnologia a justificativa para que o consumo ocorra naturalmente, bastando entender que cada avanço no desenvolvimento de materiais de composição das peças de roupas já elucida tal questão. Além disso, as estratégias desenvolvidas nos PDVs ajudam na diminuição da produção de dejetos e de lixo, tanto na cenografia das vitrines, quanto na seleção dos expositores do interior da loja.

A REALIDADE

Apesar de soar como uma utopia, não se aborda a redução do consumo, mas sim o cuidado sobre o assunto, ponto este que os consumidores das marcas tendem a prestar mais atenção.

Uma das estratégias que é desenvolvida pelas grandes empresas de moda, tais como a Sacks 5th Avenue, é a utilização da projeção em 4D em suas fachadas. Tal ação capta o olhar do consumidor final e gera a sensação de encantamento do cliente, além de reduzir a produção de materiais impressos de propaganda.

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Seguindo o mesmo conceito, a empresa de marca de moda Forever 21 utiliza uma garota modelo de sua marca para interagir com os consumidores transeuntes, sem a necessidade do ato da compra. As pessoas direcionam-se ao lado oposto da loja para participarem da brincadeira proposta e têm a experiência divertida e jovem – identidades que estão presentes no DNA da loja.

Forever 21

Hudson

do metrô para a comercialização de livros e alimentos. Como exemplo a seguir, segue a máquina existente no Hudson Hotel, em NYC, que oferece produtos para um lifestyle mais contemporâneo. Ressalta-se a importância deste formato de vitrine e de comércio diante ao problema de mobilidade urbana contemporâneo.

Por meio de apelo tecnológico, a empresa de moda Michael Kors insere em seu interior um painel gigantesco de telas planas apresentando seus desfiles da coleção vigente, o que propicia ao consumidor final a sensação de freshness, ou seja, de novidade na loja, sem a necessidade da reforma e a substituição de seus equipamentos expositores.

Michael Kors

Foto: Shutterstock, Divulgação

Outra estratégia que recorre à tecnologia para aproximação das marcas junto ao consumidor é a de utilizar as máquinas de revendas de produtos em determinados espaços. Estas máquinas possibilitam a compra instantânea e estão presentes em diferentes locais. Aqui no Brasil, em São Paulo, são muito comuns os pontos de venda em estações

American Eagle

Em regiões que propiciam a interatividade das marcas com o público exterior, uma das aplicações mais encantadoras existente em NYC é a do outdoor utilizado pela empresa de marca de moda American

Eagle, que oferece ao consumidor final uma experiência única: a de estar em um dos pontos mais visitados do mundo e obter fama por 15 segundos. Basta, para isso, adquirir um produto de sua coleção.

Por ser um assunto muito novo e por enquanto discutido por especialistas, caberá aos gestores a compreensão dos valores impressos por seus consumidores finais. Vale a pena deixar um recado para as empre-

sas de marcas de moda: a inclusão social poderá ajudar e muito no fortalecimento de marca e seu posicionamento. Em um país em que há o crescimento da classe social C, contempla-se a existência da miscigena-

ção racial, o sincretismo religioso e mais ainda: 8% da população possui algum tipo de dificuldade de locomoção, como não levar em conta tais atributos e direcionar ações de marketing mais customizadas?

Otávio Pereira Lima é pesquisador, consultor da área de Visual Merchandising e docente da Universidade Anhembi Morumbi.

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TECNOLOGIA PARA UPGRADE DOS NEGÓCIOS Os desafios são muitos e diários para os que atuam no admirável mercado de moda. Permanecem e vencem aqueles que se profissionalizam e se armam com os recursos tecnológicos disponíveis a seu favor. Nesta entrevista, a competente diretora de Marketing de Moda da Lectra, Anastasia Charbin – ou Stacey Charbin – comenta aspectos detectados em estudos revelados pela companhia que, ao longo dos anos, especializou-se em soluções inteligentes e integradas para as empresas de todos os segmentos da moda em todo o mundo. Por Eleni Kronka

QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA MERCADO DE MODA HOJE, PARA OS QUAIS EMPRESÁRIOS E A PRÓPRIA LECTRA ESTÃO ATENTOS?

Os desafios de agora são os mesmos de antes: a produção deve ser interessante e os projetos inovadores precisam estar bem articulados com a produção, com o orçamento e o timing dessa produção. O problema é que o tempo na confecção acelerou-se consideravelmente e a transparência tornou o processo muito mais complexo. O nível de sofisticação tem aumentado consideravelmente. Tempo, custo, qualidade e inovação devem ser parte de uma estratégia integrada.

NA RECENTE ANÁLISE SOBRE A INDÚSTRIA DA MODA REALIZADA PELA LECTRA, VOCÊS UTILIZAM A TEORIA DOS QUATRO PILARES, PROPOSTA PELA UNIVERSIDADE DE HARVARD. COMO A TEORIA SE APLICA AO SETOR?

Os quatro pilares propostos por Harvard aplicam-se perfeitamente ao negócio da moda. O primeiro pilar é o CVP (Customer Value Proposition). Refere-se ao valor dado pelo cliente ao dinheiro, indicando o porquê de o consumidor comprar de determinada marca e não de outra. Caimento, inovação e estilo são estratégias comuns na moda. Logo, preço não é estratégia única, considerando que os preços podem ser facilmente copiados. O segundo pilar é o Key Resources (recursos essenciais), com foco no talento e nas ferramentas empregadas na execução do projeto. Na moda, o talento associado ao design é fundamental, válido tanto para a criação quanto para a execução das peças. O terceiro pilar é o Key Processes (processos essenciais), que dizem respeito ao “como” executar. Na moda, esse pilar representa tudo! Nenhuma roupa hoje é feita por uma única pessoa ou uma equipe. Tudo o que fazemos na moda é colaborativo. Assim, o processo de coordenação e execução é fundamental. A empresa de moda de hoje precisa de uma plataforma tecnológica para facilitar o processo. Simplesmente não há como evitar isso. Por fim, o pilar Profit Formula (fórmula de lucro), mostrará exatamente como você ganhará dinheiro. O desafio para

as empresas de moda é realmente o de não ter que fazer promoções e dar descontos para poder vender as peças do estoque. A roupa deve ser atraente em si mesma, pelo shape, pela moda, para levar o cliente a consumi-la.

ESSES DESAFIOS SÃO PRÓPRIOS DAS PEQUENAS EMPRESAS, OU AS MÉDIAS E GRANDES COMPANHIAS TAMBÉM OS ENFRENTARÃO?

Estes desafios são comuns a todas as empresas, independentemente do tamanho ou da localização geográfica. Todos estão preocupados em ser cada vez mais competitivos e em assumir uma posição destacada e única no mercado.

COMO UMA EMPRESA COMO A LECTRA PODE CONTRIBUIR PARA AMENIZAR OS RISCOS AOS QUAIS ESSAS EMPRESAS ESTÃO PERMANENTEMENTE SUJEITAS?

A Lectra pode ajudar a implementar as melhores práticas e métodos para promover e orientar as mudanças necessárias. As transformações podem se dar de muitas formas: através de apoio para uma nova estratégia de negócios; melhoria da capacidade e eficiência; reduções no tempo de comercialização; revisão para adequação da linha de produtos, geografia ou ambos, etc. A maioria desses projetos envolve várias equipes e as questões que se sobrepõem que são complexas e, consequentemente, exigem uma experiência para resolver de forma eficiente.

COMO O FAST FASHION CONTRIBUI PARA O NOVO PANORAMA?

Fast Fashion tornou-se parte da cultura popular e é uma forma de “entretenimento” para todos nós. Os seres humanos sempre expressam sua individualidade através da aparência. O Fast fashion obrigou todos os players, até mesmo marcas de luxo, a repensar as estratégias de atuação. O sistema também influencia outros mercados consumidores como o mobiliário e decoração, porque agora todos querem mais opções e com mais rapidez. Definitivamente, esse panorama não mudará tão cedo!

À esquerda, Stacey Charbin: “O Fast fashion obrigou todos os players, até mesmo marcas de luxo, a repensar Fotos: Divulgação

estratégias de atuação” Acima: Sede da Lectra em Bordeaux, na França

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+acontece mundo

A China de hoje é muito mais vanguardista do que qualquer fashionista do Ocidente pode imaginar. Quem conta é Christine Tsui, acadêmica e antenada, em recente visita ao Brasil Por Eleni Kronka

A

pergunta que não quer calar é: o que há por trás da enorme produção da indústria chinesa de vestuário? É simples: existe moda! Já foi o tempo em que a criação dos modelos seguia em sentido único: do Ocidente para lá. Essa pode ser considerada a primeira geração da moda no país, datada dos anos 1990. Desde então, o tráfego de talentos tomou novos rumos e jovens chineses não só se abriram à informação saída dos grandes centros da moda na Europa e Estados Unidos, como foram atrás dela in loco, frequentando os melhores cursos nas escolas de renome internacional. O resultado de toda essa ebulição foi mostrado por Christine Tsui, em recente visita ao Brasil, a convite da NAU, agência de Design de Experiência, Branding de Aculturação e Economia de Compartilhamento. A pesquisadora, com base em Hong Kong, é docente da Universidade de Hong Kong, tem vasto currículo que inclui docência na Parsons School, de Nova York, e em outras instituições renomadas. Ela também tem importante experiência na área de negócios em empresas chinesas, bem como é autora de vários livros ligados à moda.

GERAÇÕES 1, 2, 3

Christine Tsui chama a atenção para o que intitula gerações da moda chinesa. A primeira geração, segundo ela, despontou no final dos anos 1980. Formada por criadores nascidos nas décadas de 1950 e 1960, ganhou exposição na mídia a partir dos muitos concursos de designers que surgiram então. “A moda era, para esses criadores, um grande show, entretenimento”, comenta. Era a moda teatral que mesclava elementos da cultura local com atributos em voga na cena ocidental. Apesar da exposição nos meios de comunicação, esses nomes da moda chinesa permaneciam restritos ao âmbito local e poucos tiveram vez nas passarelas internacionais. No campo da distribuição e vendas, as limitações também se faziam presentes: poucas lojas próprias, franquia quase inexistente, produção limitada, sob risco de pirataria… Chegou a vez da segunda geração, composta pelos nascidos entre as décadas de 1960 e 1970, que representa, hoje, a principal fatia do mercado de moda na China atual. Nomes como

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Fotos: Acervo WF

CHINA FASHION Carol Garcia, da NAU, e Christine Tsui unem esforços para estudo sobre mercado de moda.

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Exception, Wu Yong by Ma Ke, ZucZug, Tangy nitidamente surgiram sob impulso de propostas que marcaram época no Ocidente, tais como: o belga Martin Margiela, o cipriota Hussein Chalayan, o britânico Alexander McQueen e até mesmo o japonês Yoji Yamamoto. As referências indicam, por si mesmas, os rumos tomados por essa geração chinesa de talentos: modelagem desestruturada, ampla e solta, atenta ao conforto extremo e às origens orgânicas da roupa, de sua matéria-prima e de possíveis intervenções sobre esses elementos. Christine Tsui assinala que é uma moda relacionada com a vida e o cotidiano das pessoas. Segundo a pesquisadora, são propostas que resgatam “a alma chinesa a partir da silhueta ocidental”. O ponto de venda dá continuidade à ideia original. “O visual merchandising deixa de lado o uso de metais e artigos sintéticos para compor-se de madeira e reforçar a proposta de sustentabilidade e de moda orgânica”, assinala a pesquisadora chinesa. Ela ainda destaca a proposta da marca Tangy que, em sua comunicação visual, utiliza elementos da típica pintura chinesa, “feita em preto e branco, com traços delicados que dão efeito de flutuação por meio da imagem”. Nesse modelo de negócios, as marcas ganham as cidades e espalham-se por meio de franquias. Estabelecem comunicação com o público feminino entre 30 e 50 anos, composto por executivas e intelectuais, por pessoas que viajam e apreciam a cultura chinesa. “Esse é o melhor momento para os designers chineses, que expandem suas lojas e são procurados pelas redes também”. Mesmo assim, segundo Tsui, esses criadores têm como desafios o e-commerce, a “pirataria” e mesmo a luta para manter a proposta de design, ainda que seja sob a pressão feita pelo dono do capital investidor. A terceira geração chegou com a década de 2010 e, segundo Christine Tsui, é formada pelos filhos únicos da sociedade chinesa. São bem-nascidos e estão antenados com as propostas de moda independente que brotam no Japão, Bélgica e França. “Ganham impulso por meio das mídias sociais, conquistam espaço em semanas de moda internacionais – como a London Fashion Week – e sabem trabalhar com a venda online”, observa, afirmando que, para esses, a moda leva a “etiqueta do individualismo”. Essa geração apresenta como nomes:

Imagens 2 a 5: A Triple Major leva para seu Visual Merchandising a proposta de resgate da cultura local impressa em seu conceito de moda. C

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Uma Wang, Boundless, Wang Haizhen, Digest by Doling Jiang, a moda divertida de Sankuanz e de Yang Du. Segundo Christine Tsui, a venda online cresce. “Há marcas que trabalham exclusivamente com designers chineses, enquanto outras recrutam talentos de várias origens para um público eclético”. Em matéria de negócios, os novos criadores chineses não brincam em serviço. Suas peças custam de 100 a

500 dólares e são amplamente distribuídas pelo imenso território chinês. O faturamento é alto, dado confirmado pelo chamado “Dia dos Solteiros”, algo parecido ao nosso Dia dos Namorados, comemorado no dia 11 de novembro. Em 2012, a data representou um faturamento de 3,08 bilhões de dólares. “A meta dos designers chineses é conquistar o mercado internacional”, adverte a conferencista.

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Vicunha Têxtil, líder mundial na produção de índigos e brins.


+acontece mundo

FAST COUTURE, A EVOLUÇÃO DO FAST FASHION As novas coleções de Inverno15 nas vitrinas do varejo do Hemisfério Norte confirmam que o momento é de mudança no fast fashion

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Imagens 1, 2 e 3: O panorama do novo fast fashion: matéria-prima de qualidade com preços acessíveis na japonesa Uniqlo/Londres

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Por Daniela Burity (texto e fotos)

H

á uma fantástica transformação em curso na maneira de pensar e ver o varejo. No novo modelo, criatividade, tecnologia e inovação caminham de braços dados e jamais se separam da concepção contemporânea de trabalhar a criação, em que vigoram silhuetas bem construídas, a utilização de

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Imagens 4, 5, 6 e 7:O novo caminho do fast fashion ao fast couture na Topshop,Oxford Circus em Londres

A top model Cara Delevingne na nova campanha de Inverno/15 da marca britânica Topshop na Oxford Circus em Londres

diferentes e inusitadas matérias-primas, além do impecável cuidado com os detalhes. Tudo isso contribui para alavancar um segmento da indústria que cresce e investe em qualidade e preços acessíveis – o fast fashion. O sistema fast fashion, que encantou e tem dominado o mundo por mais de uma década, opera com pequena

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margem de lucro e altos volumes de vendas, o que permite melhores negociações de preço de matérias-primas com economias de escala. Com investimentos em propaganda, marketing, em profissionais qualificados e tecnologia, os fabricantes obtêm aumento de produtividade e otimizam a estrutura logística, que é extremamente bem planejada para uma perfeita distribuição da mercadoria. Assim, atendem a uma demanda cada vez mais exigente de consumidores ávidos por novidades numa era em que impera a rapidez somada à novidade.

NOVA PÁGINA

O antigo “trashy-copy-paste fashion”, bastante conhecido do mercado varejista, pode ser, hoje, facilmente substituído pela denominação de fast couture, a arte de transformar simples peças em modelos concebidos dentro de propostas vanguardistas, que poderiam ser consideradas autorais, saídas de ateliês de alta costura... A britânica Topshop e a marca japonesa Uniqlo servem como exemplos. A Topshop possui atualmente mais de 300 lojas na Inglaterra e mais de 440 lojas espalhadas por 37 países. No Brasil, a rede já possui quatro lojas, além de volume de operações online bastante significativo. Com visão de futuro, foi uma das primeiras marcas da high street a apresentar suas coleções no London Fashion Week, e a investir em campanhas para seus lançamentos de coleção, trazendo modelos

conceituadas no mundo fashion, como Kate Moss e Cara Delevingne. Os desfiles da Topshop são considerados verdadeira sensação no calendário de moda londrina, com convites disputadíssimos entre profissionais da área e fashionistas.

INOVAÇÃO

A Uniqlo tem no seu DNA uma combinação perfeita de moda, contemporaneidade e uma vibe “high-tech-inovadora”. Considerada uma febre asiática, já contaminou o mundo e se tornou um dos maiores casos de sucesso fashion do Japão nas últimas décadas. Na vitrine da Oxford Street, em Londres, o display da Uniqlo para essa estação traz fantásticos fios coloridos que se entrelaçam em cubos geométricos para o lançamento dos seus produtos que utilizam 100% de lã de ovelhas Merino, originária da Espanha e Portugal, considerada como a mais nobre para uso em vestimentas e artigos de decoração. Na temporada passada, a marca lançou uma linha de casacos leves, intitulados Ultra Light Down, práticos e quase sem volume, comercializados em pequenas embalagens, oferecendo proteção, suavidade e conforto. No resultado final, temos um formato similar às grifes de luxo, mas com volume de vendas bem superior, fazendo com que essas peças, “trazidas” para o fast fashion, tornem-se bem mais acessíveis a grande parte dos consumidores de moda. Seja bem vindo ao novo fast fashion!

Daniela Burity é trend tracker residente em Londres. Proprietária do TrendZ Bureau, especializado no varejo. www.trendzbureau.com

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“WEARABLE TECHNOLOGY”

Fotos: Divulgação

+moda masculina

As passarelas internacionais trazem muito mais do que novidades em forma de tecidos, cores e formas. A inovação agora é digital e promete nova revolução na moda Por André do Val

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a mesma semana de setembro em que os desfiles de Nova York mostravam as roupas que veremos nas lojas (e nas ruas) em 2015, as empresas de tecnologia apresentavam ao mundo novidades que, além de extremamente funcionais, têm vocação também para serem itens de moda. “Wearable technology” é o nome que tem sido usado para definir esta nova categoria de gadgets, tratados como peças de design e que devem ser usados vestidos no corpo, desocupando as mãos e os bolsos.

GOPRO

Não apenas câmeras, mas uma nova maneira de tirar fotografias (e compartilhá-las nas redes sociais): segurando a câmera por um pequeno bastão, para as selfies mais improváveis. Promovida como “a câmera mais versátil do mundo”, tem uma série de acessórios feitos para que possa ser vestida, acoplada ao capacete ou mesmo amarrada ao tórax. Por conta desta funcionalidade, é muito utilizada para a prática de esportes radicais (saltos, mergulhos, escaladas...) que vão direto para Instagram, YouTube...

GOOGLE GLASS

“Interação com o mundo e acesso à informação sem o uso das mãos” é o que promete o acessório fashion da empresa, que uniu engenheiros de software e designers para promover versões assinadas do produto. Diane von Furstenberg foi a primeira colaboradora e apresentou a peça no seu desfile de verão 2014, além de produzir um vídeo de backstage com as imagens gravadas na ocasião. Os próximos lançamentos são com a italiana Luxottica, que fabrica Ray-Ban, Oakley e Arnette.

APPLE WATCH

Chegando junto com o iPhone 6, o novo gadget tem como maior atributo justamente parecer apenas um relógio, não um trambolho. Prometido para 2015, vem em três modelos diferentes (além da linha regular, há uma esportiva e outra de luxo), em caixas de aço inoxidável, alumínio ou ouro 18 quilates, e pulseiras substituíveis. Os fundos de tela também são facilmente trocados e ele tem até uma coroa como um relógio comum, que em vez de acertar os ponteiros, serve como scroll e evita o contato do dedo com a tela. Deveras vintage para um aparelho tão inovador, que vai permitir acessar toda a linha de produtos da empresa com as mãos livres, não?!

MICA (MY INTELLIGENT COMMUNICATION ACCESSORY)

Resultado de uma parceria da Intel com a multimarcas Barneys New York e desenhada pela dupla à frente da marca Opening Ceremony, o bracelete em couro com pérolas tem um display touchscreen com capacidade de comunicação via wifi. Foi apresentado durante o desfile em Nova York. André do Val é especialista e palestrante em moda masculina.

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SAMSUNG GEAR S

Andreas Melbostad, diretor criativo da Diesel Black Gold, integrou os dispositivos portáteis às peças de couro personalizadas para vestir as modelos do desfile em NY, inspirado em estrelas de rock New Wave. Segundo o estilista, a ideia é aproximar cada vez mais moda e tecnologia na vida cotidiana.

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JAQUETA INTERATIVA DA MALWEE

Em cores bem básicas, a peça tem botões laterais na manga servem como controles de áudio e que podem ser integrados com plug universal para MP3 players, smarthphones ou tablets. Assim, permite que você esteja sempre com o fone, seja para ouvir suas músicas favoritas ou para atender ligações telefônicas, e ao mesmo facilitando os movimentos para atividades esportivas.

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Moda, tecnológica e mais sustentável 18

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oda e tecnologia, mais do que nunca, andam juntas na cena contemporânea. Dos laboratórios mundiais saem as novas fibras e fios que compõem as construções e trazem inovação para as passarelas, bem como o conforto que o consumidor tanto espera. Os novos processos contribuem para a notável redução no consumo de água, elemento cada vez mais raro nesse cenário de aquecimento global. Contribuem também para a diminuição dos custos das confecções nas etapas de lavagem e acabamentos das coleções. A moda, por sua vez, pega carona nos investimentos da indústria, fazendo surgir uma estética com ares de inovação, no que diz respeito ao toque dos tecidos, à durabilidade, fixação de cores e bem estar. A indústria já pensa também no tempo de decomposição da fibra – sintética –, a partir do momento em que a peça for descartada no meio ambiente. Aspecto que interessa, aliás, para o contexto de alto consumo gerado pelo fast fashion. Enfim, de uma ponta à outra da existência da roupa, agora já se pode vislumbrar a atenção para com o consumidor, com o planeta e, claro, a moda. E a prória sustentabilidade vai ganhando novos e nítidos contornos.

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Desfile de Issey Miyake – Primavera/Verão 2015 – foto de Marina Sprogis


Inovação começa pela matéria-prima Gigantes da área de produção dos mais importantes insumos para a indústria têxtil mundial investem pesadamente em tecnologia, colocando a sustentabilidade como pilar essencial de política de atuação no mercado LYCRA® MOVES YOU Kirkwood, vice-presidente da área de Marketing e Tecnologia da Invista, destaca papel do Brasil

Fotos: Divulgação

nos lançamentos da companhia

LYCRA® BIO-DERIVADA E RENOVÁVEL

A Invista, um dos maiores produtores integrados de intermediários químicos, polímeros e fibras do mundo, está presente no mercado por meio de marcas como Lycra®, Coolmax®, Cordura®, Stainmaster® e Antron®. As avançadas tecnologias da companhia para náilon, elastano e poliéster são usadas para produzir roupas, carpetes, componentes automotivos e uma infinidade de outros produtos do cotidiano. Com sede nos Estados Unidos, a empresa apresenta o único fio de elastano bio-derivado comercialmente disponível em todo o mundo. Aproximadamente 70% do novo fio Lycra® é proveniente de uma matéria-prima renovável que vem de uma dextrose

AMNI EM FORMATO ECO-FRIENDLY

Há um ano, a Rhodia, empresa do Grupo Solvay, lançava no SPFW, durante desfile do estilista Ronaldo Fraga, Amni Soul Eco, a primeira biodegradável do mundo. Como grande atributo, o tecido produzido com a novíssima fibra é capaz de se desintegrar em até 50% após permanecer pouco mais de um ano em aterro sanitário. Outro grande atrativo do lançamento é que o produto tem tecnologia desenvolvida nos laboratórios brasileiros da companhia. O Amni Soul Eco é um fio de poliamida 6.6 aprimorado em sua formulação para permitir que roupas feitas a partir deste artigo se decomponham rapidamente após serem descartadas em aterro sanitário. Vale lembrar que a fibra mantém os diversos benefícios da poliamida para os consumidores, tais como: toque macio, extremo conforto, transpirabilidade, absorção

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derivada do milho. Devido ao uso desta fonte renovável, a produção do fio Lycra® bio-derivado emite menos carbono do que a fabricação de elastanos que usam materiais tradicionais. Com o novo fio Lycra®, a Invista proverá o varejo e fabricantes de tecidos elastizados com uma opção de fio de elastano que pode impactar a avaliação de todo o ciclo de vida do tecido e da roupa. As propriedades do fio seguirão os altos padrões e especificações da Invista e não é esperado que seja necessário fazer qualquer adaptação nos tecidos, no processo de finalização ou estamparia. Segundo o vice-presidente executivo de Marketing e Tecnologia da Invista Apparel, Robert L. Kirkwood, “o fio Lycra® bio-derivado é mais um exem-

de umidade, fácil lavagem e inúmeras cores para a indústria produzir as mais variadas peças. O investimento no desenvolvimento desse produto, conforme destaca o presidente da área global de negócios Fibra da Solvay, Francisco Ferraroli, demonstra “o compromisso da Rhodia com o planeta e a indústria têxtil”. O executivo destaca que a fibra de poliamida convencional leva décadas para se decompor. Segundo Francisco Ferraroli, “este novo lançamento faz com que esse tempo diminua para menos de três anos”, comenta, acrescentando que se trata de “uma evolução enorme para a indústria e, assim, cumprimos nosso papel com a natureza e com as futuras gerações”. A parceria com Ronaldo Fraga para o lançamento deveu-se ao engajamento do estilista com questões relacionadas à sustentabilidade e aos meio ambiente, proposto por meio de suas coleções e desfiles. “O fio Amni Soul Eco é o início da revolução dos materiais para o vestuário do século XXI”, afirmou. (E.K.)

plo que confirma o compromisso da Invista com a indústria têxtil”. O diretor global de sustentabilidade do grupo, Arnaud Tandonnet, por sua vez, salienta que a Invista como um todo está muito atenta às questões ligadas à sustentabilidade. Segundo ele, trata-se de tema “cada vez mais importante na cadeia de valor têxtil e de vestuário, devido ao aumento da consciência dos consumidores, marcas, varejo e fabricantes”. O executivo destaca que foram feitos testes bem sucedidos de produção do fio e sua aplicação na fabricação de tecidos nas unidades de pesquisas. “Planejamos produzir quantidades comerciais para atender às coleções do Outono/Inverno 2015 e Primavera/Verão 2016”, informa.

A companhia, que opera em mais de 20 países e conta com cerca de 10 mil funcionários, elegeu o Brasil para o lançamento da campanha que tem por lema Lycra® moves you. Trata-se de ação global que reforça o posicionamento mais emocional adotado pela marca, criado para engajar e mover os negócios de toda a cadeia têxtil. Em evento que contou com a presença da diretora global de Comunicação, Denise Sakuma, a Invista apresentou em detalhes a campanha, que leva a assinatura da SapientNitro e está inserida no Lycra® Connect, projeto que reúne todos os elos do setor têxtil (da tecelagem ao varejo) com ações que ora mobilizam parceiros, ora reforçam o posicionamento de arquitetura da marca, com novos modelos de etiquetas. No dia 21 de setembro, a campanha estreou em um dos intervalos do Fantástico. A partir de então, de forma mais compacta, marcou presença em canais abertos e a cabo, além de revistas impressas e sites. “O Brasil é um mercado importante e estratégico, em que a Invista aposta. A indústria brasileira é integrada e o mercado de moda mostra-se aquecido aqui. Por isso fizemos um investimento de mais de US$ 100 milhões na expansão da fábrica de Paulínia e agora fazemos um investimento milionário nessa iniciativa de comunicação”, afirma o Presidente Global do segmento de vestuário da Invista.

Amni Soul Eco, lançado em parceria com Ronaldo Fraga, reduz para até três anos a decomposição de tecidos descartados no meio ambiente

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PARCEIROS DO MEIO AMBIENTE Tecelagens implantam práticas sustentáveis em seus processos para o bem da natureza e de todos nós Por Roselaine Araujo

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m tempos de aquecimento global e devastação sumária, a palavra “sustentabilidade” virou febre em todas as áreas, sobretudo dentro da indústria da moda, considerada pelos ambientalistas como um dos setores mais poluentes. No entanto, várias empresas do segmento buscam reduzir as agressões à natureza, adotando práticas sustentáveis em toda cadeia produtiva. Confira algumas dessas marcas que mostraram que é possível desenvolver uma produção ambientalmente responsável sem perder em nada a qualidade de suas coleções.

ADVANCE TÊXTIL

A empresa paulista investe de forma contínua nas práticas sustentáveis. Criou uma estação de tratamento de água que possibilita reutilizar 100% de toda água usada na produção dos tecidos. “Além disso, fazemos uso de gás natural que é menos poluente e nossos corantes são ecologicamente corretos, pois são elaborados à base de água”, completa a gerente de Marketing da empresa, Eliane Waetge. Quanto à inovação tecnológica, a aposta são os maquinários que consomem menos água e energia elétrica. O resultado disso tudo torna suas coleções diferenciadas. Na temporada de verão 2015, um dos temas que se destacam da marca é o Remix. Estampas digitais com efeito 3D recriam os clássicos, trazendo uma mistura de estampas em cores, como o rosa chiclete e o verde vivo.

MARLES

A sustentabilidade é bandeira da marca. A empresa busca otimizar a produção, o que significa reduzir o consumo de energia elétrica, gás e água. “Fazemos também uma criteriosa seleção dos fornecedores, tanto que verificamos se todos se enquadram nas exigências ambientais previstas em lei”, assinala a gerente de Marketing da Marles, Carolina Rehem. O cuidado com a preservação da natureza não para por aí. A Marles possui a linha Bamboo, uma família de artigos biodegradáveis. As novidades da marca para o verão 2015 estão inseridas no tema o Macro H.y.p.e.r.real. Nele, os tecidos vão retratar o conceito da hiperrealidade já tão difundido na arte, como uma condição na qual o que é real e o que é ficção se misturam.

SAVYON

“Utilizamos embalagem reciclada para enviar tecidos aos clientes. As sacolas de entregas também são produzidas com material reciclado”, diz o porta-voz da marca, Renato Bitter. Entre as novidades para o verão 2015/16 estão os tecidos que unem conforto e tecnologia. Os artigos contém proteção UV e foram criados para confecção de roupas tanto para o uso diário como para prática esportiva.

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estampa Advance/ Remix

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TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE Fotos: Divulgação

SULTEXTIL

HORIZONTE TÊXTIL

Com um mix de produtos cada vez maior, a Horizonte Têxtil orgulha-se de estar em dia com a legislação ambiental. Isso significa que todos os seus artigos possuem procedência confiável. “Uma das práticas que demonstra a nossa preocupação com os recursos naturais é o tratamento da água utilizada no processo de fabricação. A água passa pela Estação de Tratamento de Efluente (ETE) antes de ser reutilizada”, revela a coordenadora de Marketing da Horizonte, Josiane Paiva. Inovações na elaboração dos seus tecidos são, também, o ponto forte da marca. Entre os lançamentos para verão 15/16 está o Pholhas, um artigo de denim estampado cujo desenho é revelado na lavanderia e pode ser localizado de acordo com os efeitos de used e clareamento.

Reduziu o consumo de água no processo industrial, além de recuperar 100% daquilo que já foi utilizado com a Estação de Tratamento de Efluentes. “Elaboramos também um programa de desenvolvimento dos processos de tingimento. Com ele, é possível escolher os produtos de menor impacto ambiental, tais como os corantes biodegradáveis”, ressalta a diretora de desenvolvimento, Paola Reginatto. O resultado das práticas influencia diretamente em todas as coleções da companhia. Aliás, o verão 2015/16 da marca traz malhas leves com fios de composição natural e mistos de performance superior. Já os tingimentos em tye-dye garantem o famoso aspecto artesanal com efeito manchado. A diferença é que agora ele é feito com menor consumo de corantes.

COLTEX

Com grande expertise no segmento de beachwear, fitness e lingerie, a Coltex ajuda o meio ambiente reciclando embalagens de seus produtos. “Estimulamos nossos colaboradores a fazer o mesmo. Criamos um programa no qual os funcionários podem trazer o lixo de casa para que a companhia o recicle”, conta a diretora de negócios, Aneliese de Oliveira. Em relação aos produtos, o uso da tecnologia é sempre constante. Exemplo disso é o Matrix, novo jacquard de alta compressão e toque macio. O Píer é outro artigo em evidência. Leve e confortável, ele conta com a proteção UV 50+ homologado pela Rhodia.

SAYOART

A empresa faz tratamento e reuso de água, remoção de substâncias químicas, utilização de produtos biodegradáveis, além de utilizar de forma racional a energia elétrica, o vapor e o gás natural. A coleção de verão 2015/16 da marca traz muitas cores e estampas, misturando estilos e texturas. “Embora não tenhamos produtos ecológicos específicos, a Sayoart adota a política de uma companhia com práticas sustentáveis de produção”, afirma o diretor de mercado, Gil Khoury.

SANTACONSTANCIA

Desenvolveu a linha de tecidos CO2control®. A etiqueta é concedida apenas para os artigos rastreáveis desde a origem da matéria-prima até a produção final do fio. A linha não é tóxica para pele, foi feita com o consumo racional de água e está inserida em conceitos como biodegradabilidade e compostagem. A diretora Gabriella Pascolato detalha um dos produtos sustentáveis. “Desenvolvemos o artigo Light-(CO2) ®, que traz fio em poliamida 6.6 aprimorado para que roupas feitas com esse material se decomponham rapidamente. O fio batizado de Amni Soul Eco® é a primeira poliamida biodegradável do mundo lançada pela Rhodia Solvay. A decomposição que antes demorava décadas agora 50% já acontece no primeiro ano, mas o melhor é que em apenas três anos já está totalmente decomposto”, enfatiza Pascolato.

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Denim: cada vez mais alinhado com asustentabilidade S Por Eleni Kronka e Marcela Leone

CANATIBA

O conceito de sustentabilidade também se faz presente no mix de produtos da Canatiba. A empresa continua ampliando as linhas HiComfort e Maxskin, produzidas com fibras de Tencell e Modal que vêm de fontes sustentáveis, além de bases que facilitem o trabalho das lavanderias, diminuindo o consumo de água e energia. “Acreditamos que o futuro da indústria têxtil depende de se ter uma operação eficiente, limpa e sem desperdícios, além de produzir produtos que levem essa mesma filosofia a todas as etapas de produção de vestuário até o consumidor final”, salienta o

diretor de Marketing, Fábio Covolan. O empresário comenta que preocupação com a sustentabilidade faz parte do dia a dia em todas as etapas do processo na Canatiba. Como exemplo dessas práticas de sustentabilidade na produção, ele cita a opção por insumos de alta qualidade, “que reduzem desperdícios, são menos poluentes e possibilitam a obtenção de bons resultados com menos dispêndio de energia e água”. Fábio Covolan frisa: “Muito além de jogadas de marketing, a operação sustentável requer comprometimento, pesquisa e investimentos incessantes”.

CAPRICÓRNIO TÊXTIL

Na coleção de Inverno 2015 da Capricórnio Têxtil, dois tecidos possuem especificações que minimizam, de diferentes formas, o impacto e reduzem o consumo de água. “Temos dois tingimentos: o Intense Blue, que se utiliza do processo de fixação do corante e contribui para a economia de 40% de água (240.000.000 L/

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natureza e, a fim de minimizar danos, as empresas mostram diversas ações que vão desde a destinação adequada dos rejeitos de produção até a conscientização do cliente final. Entre elas, destacam-se: a escolha de fornecedores de matéria-prima coerentes com esse discurso; a compra de maquinários modernos; ter uma operação limpa (com sistemas de reutilização de água e energia, por exemplo); e até o desenvolvimento de produtos inteligentes.

Fotos: Divulgação

Coleções do inverno 2015 destacam a preocupação com o meio-ambiente de forma criativa

e, anteriormente, a indústria têxtil estava apenas preocupada com as vendas, hoje, o setor mostra-se atento também aos reflexos que as práticas de produção causam à sociedade e ao meio ambiente. Foi em meados dos anos 90 que a palavra sustentabilidade ganhou força e preocupar-se com ela tornou-se um reflexo de boa atuação no mercado. São muitos os impactos que os processos produtivos podem causar na

dia), e outro, chamado Inside Green, que além da fixação, possui um processo de tingimento pouco penetrado que gera grande economia de água, energia e tempo nos processos de lavagens (de denim) destinados à confecção da calça”, afirma a diretora de planejamento da indústria, Maria José Orione.

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www.covolan.com.br


ISKO

CEDRO TÊXTIL

Grande fabricante de denim, com sede na Turquia, a Isko chegou ao Brasil visando o segmento premium do jeanswear. Com a marca de 300 lançamentos ao ano, calcados em alta tecnologia de construção, de fios e acabamentos, a empresa conta com várias patentes e marcas registradas, tais como: Isko Pop, The Future Face of Indigo, Jeggings (presente na coleção e na atual campanha da Diesel), RecallinShape, Isko Reform e Isko Loom FX (efeito coating, com visual, toque e elasticidade), entre outras. Destaque também para as linhas: Slowfade (o denim não desbota sob o efeito da luz), Overdark (azul profundo), BlueJym (influência do activewear no denim confortável como a malha), Scratch (efeito dublado, 3D), Soft (stretch e confort) e Retrô. Marli Vernille, responsável pela Isko no Brasil, lembra que várias marcas internacionais levam o denim Isko em suas coleções, tais como: Diesel, Calvin Klein, G-Star, Guess, Uniqlo, Zara, Sisley, Fornarina, Marithé + François Girbaud, Haikure. “A Guess, por exemplo, introduziu no mercado o Powerdenim e o Powershape, produzidos com tecnologia inovadora patenteada pela Isko Jeggings e Isko Xmen, dando origem a uma nova geração de denims de alto desempenho”, ressalta e acrescenta que a linha Isko Xmen tem realmente aspecto mascullino, associado ao conforto do stretch. No Brasil, segundo Marli Vernillo, a carteira de clientes inclui marcas como: Morena Rosa, Dudalina, Ellus, VR, Animale, Calvin Klein, entre outras.

A Cedro Têxtil estreia a linha Biofashion, com tratamento de efluentes com reaproveitamento da água, energia gerada com biomassa e tingimento inovador e biodegradável. Livre de sulfeto, a tecnologia permite economia de mais de 6 milhões de litros de água ao ano no processo industrial. “Os confeccionistas apostam em ações responsáveis e em produtos com características inovadoras na produção de coleções que surpreendam os clientes”, avalia o gerente comercial, Oto Rafael Arantes. A Cedro trata 100% de seus efluentes, utiliza fibra de poliéster reciclada e aproveita resíduos sólidos (iodo) como adubo na agricultura. A tecnologia de ponta contribui para os atributos dos tecidos que a Cedro propõe para a temporada de Verão 2015/16, tendo como foco os tecidos super stretch. A linha vem com potencial de stretch em torno de 60% (stretch lavado) e alto recovery, o que garante a estabilidade da peça

no corpo e significativa redução do laceamento com o uso. Entre os lançamentos da Cedro em denim estão os artigos: Sardenha (sarja super stretch, tingimento azul mediano para efeito acastanhado brilhante pós-lavagem), Lanai (super stretch, azul escuro com fundo acastanhado para efeito de envelhecimento e empoeirado), Colônia (algodão/poliéster/elastano, tingimento extra dark, toque macio pelo avesso). A linha Colour destaca os tecidos Soul e Top. Já a série Duo Power resulta da aplicação da tecnologia Lycra T400, que garante o alto stretch da peça. Vale lembrar que a companhia amplia a linha Cedro Tech FR, produzida a partir da tecnologia Proban® (Solvay Rhodia), destinada ao mercado de vestuário profissional. Além do atributo principal proporcionado pelo efeito Proban® (retardante de chama), a série caracteriza-se por tecidos mais leves, duráveis, antiodor e com menor índice de encolhimento.

COVOLAN

A Covolan aposta nos tecidos com tingimento ultra intenso, resultado de novas tecnologias que a empresa recentemente adquiriu como ressalta a gerente de Marketing Aline Nóbrega Cabral. Os tecidos do tipo 30 Deep (com 3% de elastano) e Dark Blue (2% de elastano) fazem parte desta gama de artigos em azul ultra intenso. Já a linha de alto elastano conta com o tecido Glossy, com tingimento blue e trama tinta em preto, artigo que pode ser trabalhado dos dois lados. O Sevilha, com algodão e elastano na composição, apresenta tingimento em blue e trama cinza azulada, com super potencial na lavanderia. O verão traz propostas de trama tinta colorida, como a do tecido Malaga (trama alaranjada) e do Valencia (trama amarela). Na linha dos leves, surgem estampados em chambray, além de estampas coloridas, em corrosão e em azul, ideal também para moda masculina. Além disso, a empresa acaba de receber a certificação internacional STeP (Sustainable Textile Production) pela Oeko-Tex, pela produção sustentável comprovada e pela responsabilidade social. Segundo diretor industrial da empresa, Frederico Maziero, o desenvolvimento sustentável é um dos objetivos primordiais da Covolan. “Inclui a melhoria constante da qualidade e produtividade, bem como a redução do consumo de recursos naturais e a minimização da geração de resíduos”, ressalta. Um dos destaques do portfolio de produtos da Covolan é a linha Denim Genius, tingida e refinada por meio de método inovador de processamento. “A tecnologia garante economia de cerca de 40% do consumo de água e de até 70% dos produtos químicos utilizados”, afirma Maziero.

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SANTANENSE

O Verão 15/16 chega confortável pelos tecidos e modelagens, segundo a gerente de Marketing, Eleonora França. A executiva lembra que o toque retrô prevalece, pelas cores e estampas, convivendo com o contemporâneo, pela fusão de ideias e conceito de sustentabilidade renovável. “Nessa temporada, sentese a fusão do aspectos delicado e do feito à mão com uma proposta mais rústica, sob efeitos de envelhecimento e de ferrugem, como se a realidade fosse vista através de uma cortina do tempo”, comenta. A partir desse conceito, a Santanense desenvolveu as diretrizes para a estação, trabalhando, por exemplo, a alta elasticidade para as linhas color e denim. “Fizemos investimentos em equipamentos para conseguirmos um fio que proporciona maior elasticidade com recuperação”, revela a executi-

va. Outra proposta é a intensidade e diversidade de cores do denim, com significativa redução no consumo de água na lavagem das peças. “Buscamos na Espanha tecnologia para este desenvolvimento”, informa. Outro destaque são as cores tintas, com aspecto retrô, em cartela ampla e versátil, complementada por cores reativas e também as resinadas. Na coleção, resinas renovam aspectos dos tecidos tradicionais. A estamparia é diversificada, para atender aos consumidores adulto e infantil. Ênfase para as flores aguadas, aspectos manchados e figurativos por policromia, bem como para os florais clássicos e definidos. O étnico do leste europeu surge em diferentes processos de estamparia (pigmento, corrosão, resina). Os aspectos de peles e camuflagens marcam presença, assim como os tradicionais xadrezes e listras.

TAVEX

A Tavex continua investindo intensamente na tecnologia Acquasave® by Tavex que representa a redução de mais de 300 mil litros de água ao dia durante o processo de tingimento do denim. Essa tecnologia possibilita processos mais rápidos de lavanderia, privilegia a economia de água e reduz o consumo de energia térmica. Além disso, outra prática sustentável é a substituição os auxiliares químicos convencionais, que dão lugar a produtos de baixo impacto ambiental, como o amaciante natural à base

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de cupuaçu, o Awara® by Tavex. “A proposta do Acquasave® by Tavex significa importante ganho para a indústria do denim, conhecida pelo alto consumo de água e de energia”, assinala a gerente de Marketing da empresa, Lílian Kurosaki, completando que a companhia integra a proposta da sustentabilidade ao desenvolvimento de novos produtos em perfeita sintonia com a moda. “O mercado brasileiro e mundial receberão, em breve, novos artigos Tavex, diferenciados e sustentáveis”, finaliza.

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TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE VICUNHA

A empresa adota novas técnicas de produção e acabamento, à base de produtos biodegradáveis, visando baixo consumo de água, com redução de até 80%. “O objetivo é conseguir looks contemporâneos com o menor impacto ambiental”, afirma o coordenador de lavanderia industrial, Fábio Félix. Mesclar técnicas é a tendência, assinala o especialista, acrescentando que, hoje, há uma revisão da prática da lavanderia e a fusão de processos.

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“Criatividade é a ferramenta para produzir efeitos variados e aplicações”, observa, lembrando que os produtos químicos possibilitam diferentes efeitos de toque e movimento. Os efeitos 3D, por exemplo (de ondulações e enrugamento), podem ser conciliados a outros processos, como o super stone, puídos, o clareamento e a corrosão. Outro desenvolvimento sustentável da Vicunha é a linha Eco-D, de denims colors. Disponíveis nas versões de tingimento Hortelã, Pequí, Melancia e Tangerina, destacam-se pelas cores alegres e inovação tecnológica da construção. O segredo é o processo de produção, que combina algodão BCI ao poliéster derivado de garrafas PET, além de reduzir em 80% o volume de água no tingimento. Os

artigos Eco-D levam corantes que, combinados à glicose (biodegradável) e submetidos a processo exclusivo da Vicunha, otimizam a absorção e fixação da cor nas fibras do tecido. A linha Eco-D é certificada pelo Instituto-E, do empresário Oskar Metsavaht (Osklen). Vale lembrar que a Vicunha conta, há mais de uma década, com as certificações de qualidade ISO 9001, ISO 14001 e o selo verde europeu Oeko-Tex Standard 100, que atesta a não utilização de substâncias nocivas ao ser humano na produção, tingimento e acabamentos de seus tecidos. A Vicunha é a primeira têxtil brasileira a associar-se à ONG Better Cotton Initiative (BCI) pela melhoria das condições sociais dos cotonicultores.

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Alice & Olívia

Begdorf Goodman

OUTONO DE CONTRASTES E CORES EM NOVA YORK

Begdorf Goodman

Begdorf Goodman

Begdorf Goodman

Begdorf Goodman

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Bottega Venetta

Denis Basso

Dior

Por Eleni Kronka Fotos: Fernanda Calfat, de Nova York

O

momento é de troca de estação no varejo do Hemisfério Norte. E as vitrinas mais antenadas de Nova York anunciam um outono em que as harmonias valorizam tons sombrios de fundo, com muito destaque, porém, para cores quentes, associadas ao branco puro e ao off-white. As cores estão nas aplicações, nas franjas e nas falsas peles, nas intarsias e nos jogos de geometria. Os bordados aparecem como proposta importante, como detalhe ou valorizando a peça inteira. É momento, sim, para

Burberry

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os looks mais artesanais, com aplicação de contas, canutilhos, miçangas, lantejoulas, pérolas e cristais, ora com brilho intenso, ora com aspecto fosco. A temporada é de sobreposições de peças e de volumes, para uma silhueta que, no entanto, é slim, graças aos tecidos que aquecem e, ao mesmo tempo, são tecnológicos. Se é verdade que a temporada fria é sempre a mais elegante, a máxima continua vigorando como demonstram as novas coleções que, além de tudo, vêm salpicadas de detalhes, tons quentes e bom humor.

Chanel

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Dior

Dolce & Gabbana

Hermès

Hermès

J. Mendel

Kate Spade

Lanvin

Louis Vuitton

Louis Vuitton

Miumiu

Prada

Prada

Pucci

Ralph Lauren

Ralph Lauren

Ralph Lauren

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+por dentro

DE OLHO NO MERCADO BRASILEIRO O Peru retorna a São Paulo para nova edição da mostra que coloca produtores de matériasprimas e de produtos confeccionados ao alcance de marcas e do varejo local Por Eleni Kronka

S

ão Paulo recebeu, no dia 16 de outubro, a 2ª Peru Moda no Brasil, mostra que, desta vez, reuniu 110 empresas peruanas do setor têxtil, no Hotel Unique. O diretor geral do Escritório Comercial do Peru no Brasil, Antonio Castilho, assinala que os expositores levam ao encontro o melhor da indústria daquele país, “desde a produção dos famosos fios de algodão Pima, aos artigos confeccionados com qualidade e preços atrativos.” Além da exposição de produtos, a Peru Moda também funciona como espaço de negócios para os empresários do setor. Os empresários brasileiros, segundo Castillo, terão a oportunidade de conhecer e adquirir desde matérias-primas até artigos confeccionados pelo sistema private label.

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O executivo assinala que “marcas internacionais importantes, como Armani Exchange, Lacoste, Hugo Boss, Abercrombie & Fitch, Polo Ralph Lauren, DKNY, GAP, Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Marc Jacobs, entre outras, fabricam suas coleções em empresas peruanas”.

PARCERIA

Antonio Castillo afirma que “o Brasil tem tudo para ser o segundo maior importador de produtos têxteis do Peru”. O empresário revela que as empresas peruanas já atendem cerca de 180 marcas importantes no Brasil, como Ricardo Almeida, Brooksfield, Ellus, Dudalina e Cavalera, entre outras. “A indústria peruana fornece desde os fios e tecidos até peças confeccioandas, pois se trata de um setor focado em tecnologia, qualidade, acabamento e inovação”.

Número de expositores da 2ª Peru Moda no Brasil sobe de 25 para 110 empresas

Em 2013, pela mostra, realizada no Shopping Iguatemi JK, passaram cerca de 600 empresários do setor têxtil brasileiro e de confecção, que estiveram em contato com as ofertas apresentadas por 25 empresas peruanas. Entre as marcas brasileiras presentes, estiveram: Carmim, Oxo Paxo, Lita Mortari, Via Veneto, Stroke, Les Lis Blanc, Alpargatas, Hering, Trousseau, Mixed e Ricardo Almeida. Segundo o Escritório Comercial do Peru no Brasil, na ocasião, foram fechados 385 negócios, movimentando US$ 28 milhões em vendas. Antonio Castillo salienta que as expor-

tações peruanas de têxteis e confeccionados representam, hoje, US$ 2 milhões de dólares e têm como principais mercados os Estados Unidos, Europa e Brasil. “A política do setor se sustenta na competitividade da matéria-prima, neste caso o algodão pima e tangüis, sendo o primeiro com uma fibra extra longa e o segundo com uma fibra longa e de alta resistência”, assinala. O acabamento dos produtos, frisa o executivo, “é um grande diferencial da indústria têxtil peruana, assim como a produtividade, que se destaca em relação aos países da América Central e Ásia”, conclui.

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ISKO CHEGA AO BRASIL

Fotos: Acervo WF – fotógrafo Osvaldo F.

+por dentro Presentes ao evento de lançamento da Isko no Brasil: (à esq.) Marli Vernillo, Umberto Brocchetto, Mert Oynargul, Serhat Fidan, Marco Rosso e Kutay Saritosur

Líder mundial na produção de denim Premium, estabelece-se com escritório próprio em São Paulo, propondo lançamentos simultâneos e com alta tecnologia

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mercado brasileiro está com novidade no amplo e disputado território do jeans. E que novidade! Acaba de aportar no País a Isko, gigante mundial na produção de denim, cuja sede é na Turquia. A Isko é uma marca da Sanko Tekstil Isletmeleri San.ve Tic.A.S., empresa integrada ao grupo multinacional Sanko, com negócios altamente diversificados, tais como: energia, construção, finanças, além do próprio têxtil. Pertencente à família Konukoglu, a Sanko é um dos maiores conglomerados da Turquia, com mais de 15 mil empregados em todo o mundo e com um volume de negócios que ultrapassa 2 bilhões de euros. O grupo investe nas áreas de energia renovável e em proteção ambiental, além dos projetos de âmbito social e educacional. É também detentor da maior produção de algodão da Turquia e pioneiro na produção de algodão orgânico no país há mais de dez anos. A divisão têxtil Isko foi criada em 1983, com planejamento que a colocasse ao longo dos anos entre os líderes mundiais do segmento denim. Com pouco mais de 30 anos de existência, a companhia apresenta números prá lá de expressivos. A produção anual de denim está na casa de 250 milhões de metros, utilizando a força de 1600 teares automatizados, instalados na avançada unidade de Inegol, na Turquia, onde há 3 mil funcionários, o que representa a maior capacidade de produção desses artigos no mundo. As vendas são realizadas através dos 35 escritórios da empresa instalados em mais de 60 países. Os desenvolvimentos saem do Centro de Pesquisa próprio, dotado de especialistas em diversas áreas, como têxtil, física, química, biologia, nanotecnologia, entre outras, e apresenta um portfólio com mais de 25 mil produtos. O fato Lança Perfume

comprova o investimento da empresa em tecnologia para novos produtos.

ISKO NO BRASIL

A presença da empresa turca no mercado nacional se dá por meio da empresária Marli Vernillo, com 20 anos de atuação no segmento denim e especialmente contratada para gerenciar os negócios da Isko aqui. A executiva destaca o fato de a empresa investir pesadamente em tecnologia e desenvolvimento de novas construções e produtos. “Tanto é assim que a Isko possui portfolio com inúmeras patentes, o que assegura a exclusividade aos clientes”.

ESTREIA

O lançamento oficial da Isko no Brasil se deu com evento em São Paulo, no dia 30 de setembro, com a participação de integrantes do staff internacional da companhia, bem como com a presença de clientes e da imprensa. Na ocasião, foram apresentadas as diretrizes e propostas da marca, com destaque para o timing das novidades. “Os lançamentos acontecem simultaneamente lá fora e aqui”, salienta Marli Vernillo, acrescentando que “o Brasil ficará conhecendo primeiro as novidades do Verão 2015/16, nos dias 4 e 5 de novembro, durante o Première Vision São Paulo”. Só na semana seguinte, segundo ela, os novos artigos estarão disponíveis para o mercado internacional. Sobre o potencial do mercado brasileiro para a Isko, Marli Vernillo destacou que a marca brasileira Morena Rosa utilizou os artigos Isko Jeggings e Isko Future Face para o lançamento da coleção Fash Denim. “A qualidade do algodão da Turquia vem acompanhada pela construção inovadora e sistema de tingimento sem similar no Brasil”, conclui a empresária.

Equipe da Inbrands

Morena Rosa

Damyller

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TECIDO JACQUARD 100% NACIONAL

Fotos: Divulgação, Agência Fotosite

+por dentro Wiezel: “A Innovativ desenvolve e produz tecidos de qualidade, com design diferenciado, fios e acabamentos especiais”

Empresa têxtil paulista aposta no desenvolvimento e produção de tecidos diferenciados, em jacquard, para atender lacuna na área de moda Por Eleni Kronka

H

á notícia nova e boa no ar na área têxtil brasileira. Trata-se do surgimento da Innovativ, nova marca de tecidos planos, genuinamente nacional, que chega para atender à demanda de tecidos diferenciados por parte das marcas e confecções. Situada no município de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo, a empresa já nasce com longa experiência de atuação no mercado. Explica-se: a Innovativ surge dentro do Grupo Tramare, com duas décadas de atuação no segmento de tecidos para decoração, com foco na alta tecnologia dos teares para jacquard. Dirigido por Ordiwal Wiezel Junior, AF02_ANWFVarejo_Curvas_Nomina061Page 1 21/6/2013 21:55:52 empresário com longa atuação no

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mercado têxtil, o Grupo Tramare lançou a Innovativ no início de 2014, com o objetivo de oferecer tecidos diferenciados, do tipo jacquard, exclusivos para vestuário, calçados e acessórios. “A proposta da Innovativ é desenvolver e produzir tecidos de qualidade, com design diferenciado, calcado em fios e acabamentos especiais”, afirma Wiezel, acrescentando que a produção dos artigos leva matérias-primas como seda, viscose, algodão, poliamida e misturas inusitadas das mais variadas fibras, principalmente em tecidos maquinetados e jacquard. O lançamento oficial da marca deuse de forma marcante, com o desfile de apresentação da coleção de João Pimenta no SPFW. “O criador interessou-

se pela proposta e pelos produtos da Innovativ, com atenção especial para os tecidos em jacquard e a possibilidade de desenvolvimentos e acabamentos exclusivos que a fábrica disponibilizou para ele”, revela Ordiwal Wiezel. A empresa faz o lançamento do Verão 15/16 em novembro e marcará presença mais uma vez no SPFW. “Mais uma vez, toda a coleção de João Pimenta levará os tecidos Innovativ”, comemora, acrescentando que os tecidos estarão também no desfile de Fernanda Yamamoto. O empresário salienta que o surgimento da proposta da Innovativ teve resposta muito positiva por parte do mercado. “Especialmente por se tratar de uma empresa de produção inteiramente nacional”, conclui.

Desfile de João Pimenta marcou lançamento da nova marca Innovativ de tecidos em jacquard para moda

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10 a Edição

PrimAVErA VErão

4-5 Novembro 2014 Expo Center Norte / Pav. Vermelho The Fashion Textile Show for Latin America

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EVENTOS MOVIMENTAM CALENDÁRIO FASHION O Brasil recebe eventos de alcance nacional e regional, que movimentam negócios para toda a temporada de Verão 2015

FENIN FASHION EM DUAS VERSÕES totalmente climatizado, o evento reuniu expoentes do segmento de moda masculina, tais como: Apa, Arrow, Luiz Eugenio, Raffer, Spring Gravataria, entre outros. A moda feminina esteve representada por: Alpelo, Aishty, Haes, Kissmiss, Moschine, Modelan, Wooline, Tonâge, entre outras. Outro destaque é o espaço Interjeans, com marcas como: Sawary, Gangster, Crocker Jeans, Uber e Zune Jeans. A Fenin Fashion contou com atraentes estreantes: Polo Ralph Lauren, Lacoste, Rock Country, Converse Moda, Desigual, DKNY, Triton, Vide Bula,

Jeep, Levi's, Authoria, Animê, King & Joe, Convicto, Nike, Tommy Hilfiger, Van Heusen, e FJ Praia. Fizeram parte do line-up de desfiles dessa edição: Pacific Blue, Port & Co e Nicoboco, responsáveis pela presença dos famosos, além

das marcas Sabala, Lofty, NRK Jeans, Sawary, Caedu, Fyia Lady e Gangster. O calendário para 2015 já está no ar. Anote: Fenin Fashion RS Inverno 2015 (20 a 23 de janeiro, Bento Gonçalves, RS) e Fenin Fashion

SP Verão 2015 (21 a 23 de junho, São Paulo EXPO, São Paulo). Fenin Fashion Verão RS 2015 (7 a 10 de julho, Bento Gonçalves, RS). Fenin Fashion Rio Verão/Alto Verão 2015/2016 (4 a 7 de agosto, RioCentro, RJ). (Y. S.)

Fotos: Divulgação

Foto: Acervo World Fashion

O empresário Júlio Viana, diretor da Fenin Feiras, comemora o êxito das edições etapas da Fenin Fashion Verão em São Paulo (junho) e de Bento Gonçalves (15 a 17 de julho, RS). O executivo assinala que as empresas participantes tiveram a oportunidade de realizar novos contatos com os lojistas convidados e, principalmente, entabular novos negócios para a temporada. “A Fenin Fashion movimenta o correspondente a até nove meses de produção”, frisa. Realizado numa área de 27 mil m² do extenso complexo do Centro de Eventos,

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Fotos: Divulgação

INSPIRAMAIS, 10 ANOS DE PESQUISA E INFORMAÇÃO Se há eventos em São Paulo e no Brasil que trazem informação consistente, calcada em pesquisa aprofundada em moda e tecnologia, e ainda são alavancas para negócios para os mais diferentes segmentos (vestuário, calçados, acessórios), um desses eventos é o Inspiramais – Salão de Design e Inovação de Materiais. Realizado nos dias 16 e 17 de julho no Centro de Eventos do Shopping Frei Caneca, o salão chegou a sua 10ª edição, trazendo informações detalhadas sobre o Inverno 2015. Na ocasião, também adiantou o que virá no Verão 2016. O evento é realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Footwear Components by Brasil e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). “Completar uma década significa, para a Assintecal, a consolidação do Inspiramais e a aceitação por parte do público ligado ao setor de moda”, avalia o presidente da Assintecal, William Marcelo Nicolau. O salão abarca também o Fórum de Inspirações, o Projeto Comprador, o Mix by Brasil, Inovamais (alta tecnologia de materiais), Preview do Couro, Missões Empresariais, Referências Brasileiras, Rodada de Negócios e Oficina de Criação.

CHUVA DE INSPIRAÇÕES

O Núcleo de Design da Assintecal, coordenado pelo estilista Walter Rodrigues, desenvolve as inspirações de moda para cada estação. Importante ressaltar que a pesquisa tem como base referências culturais verde-amarelas. As inspirações para o Inverno 2015 estão divididas em três conceitos, Suavidade, Metrópole e Solar, tendo a chuva como ponto de partida. Em um país continental como o Brasil, em cada região, a chuva é anunciada de formas diferentes, muitas vezes pelo instinto de aves como o acauã e o íbis-escarlate (guará). Em alguns lugares, ela é garantia de alimento e de alegria, como no sertão nordestino. Lá, seus habitantes contemplam sua beleza e rezam agradecendo a sua chegada. Por outro lado, nas grandes cidades, que nunca estão preparadas para rece-

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bê-la, é quase sempre vista como sinônimo de castigo. Após um verão intenso, uma estação multiestampada, a chuva lava e renova. É o elemento que traz as inspirações para a estação. O Conceito 3 traz como tema a Suavidade, referindo-se à chuva como símbolo de limpeza e transformação. Tratase de uma metáfora, pois no momento atual, cansados de tanto apelo visual, de tantas cores e imagens, buscamos um suave recomeço. Surgem as “não-cores” presentes na natureza, esmaecidas, desbotadas, despigmentadas e lavadas, que nos instigam a preencher a página em branco da estação, iniciando um novo e sutil colorido. Um elemento simbólico importante é a ave brasileira acauã. A leveza de suas penas em contraste com as garras e o bico fortes de ave de rapina servem de analogia para a criação de materiais nos quais leveza e força são o foco principal. Já as penas vermelhas da íbis-escarlate (guará) invocam um romantismo preservacionista. O Conceito 2 evoca a ideia da Metrópole, com céu cinza e pesado, que encobre o espaço urbano formado por prédios, ruas, praças. Formas bidimensionais assumem o papel de alegrar esse cenário com uma simplicidade básica e lúdica. Na eleição dos materiais e formas, vale a metáfora da rigidez dos edifícios em contraste com a maciez das nuvens. O Conceito 1, por sua vez, traz a ideia do Solar, a vida do sertão. A cor da caatinga contrasta com o azul do céu. No fim do dia, a luz dourada e quente dá lugar à noite, ao som dos estalidos do fogão de lenha e da cantilena das rezas.

O VERÃO 2016

Para a temporada seguinte, a pesquisa realizada pelo Inspiramais, também sob a coordenação de Walter Rodrigues, sinaliza que a leveza permanece e a procura por novas sensações ultrapassa limites e rompe fronteiras. Novos aspectos artesanais refletem a importância do mix de culturas e da redescoberta de manufaturas seculares– viver o que não foi vivido, superar o tempo e descortinar os segredos escondidos em culturas longínquas. (E.K.)

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Fotos: Elias Silva

Missbella

Carvalho

Cobra

Bambu

D’Agua

Ivan Aguilar

Konik

Clutch

MODA E NEGÓCIOS EM REDUTO CAPIXABA Presente no calendário brasileiro de moda há sete anos, a edição do Vitória Moda 2014 realizou-se, de 29 de julho a 5 de agosto, com duas novas etapas – uma voltada ao fashion e outra ao business. A primeira, composta por 17 desfiles de marcas locais, teve lugar em Vitória, enquanto a versão dedicada aos negócios realizouse na cidade vizinha, Colatina. Também na capital realizou-se o Salão da Economia Criativa, com a participação de 20 micro e pequenas empresas ligadas à arte, cultura, moda, artesanato, audiovisual e serviços. A semana de moda é realizada pelo Sistema Findes (ES), Câmara do Vestuário e Sebrae. Sendo o maior evento do setor no Espírito Santo, ampliou seu raio de atuação, na busca de resultados ainda mais satisfatórios tanto para as indústrias envolvidas e suas conexões de mercado quanto para o Estado, envolvendo a duas cidades de abrangência regional. Sob o tema eleito para a edição “Os cinco sentidos – Razão e Emoção”, faz ligação com aspectos sensoriais que a moda suscita desde a criação até o consumo final. A temática conduziu os desfiles realizados no Itamaraty Hall, onde se apresentaram as marcas: Surreal, Praia, Clutch, Amábilis, Cobra D´Água, Carvalho Bambu, Empório Nacional, Marcí, Konyk e Missbella, Illusyon, PK Jeans, Base Nuclear, Verônica Santolini, Puro Luxo, Hagaef. O encerramento da semana ficou por conta do estilista capixaba Ivan Aguilar que levou para a passarela os lançamentos mostrados recentemente na Semana de Moda de Nova York. (Y.S.)


Fotos: Divulgação/Celso Jones

LINGERIE E MODA PRAIA NO RIO De 3 a 5 de agosto, Nova Friburgo (RJ) sediou a 24ª Fevest Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima. Com desfiles diários, os 90 expositores da mostra apresentaram lançamentos para o Verão 2014/15, numa área de 12 mil m² instalada no Country Club local. A Fevest é uma realização do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região, o maior polo fabricante de moda íntima em todo o país, contou com a promoção do Sebrae e Sistema Firjan, através do Senai Moda Design. Recebe apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, TexBrasil, Abit e Apex. A organização foi da Fábrica de Ideias. (Y. S.)

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A 14ª edição da “Febratex – Feira Brasileira para a Indústria Têxtil”, realizada de 12 a 15 de agosto de 2014, no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC), confirmou as expectativas iniciais e sinaliza um novo cenário, mais otimista, para o setor que evidencia a inovação tecnológica como caminho para o desenvolvimento da indústria nacional. Com visitação de 90 mil profissionais, a feira reforçou a importância da inovação tecnológica para o setor. A mostra contou com empresas representantes de mais de 50 países, totalizando 2.250 marcas, que apresentaram novidades em equipamentos nas áreas de acessórios, insumos e matérias-primas, além de informações técnicas e de tendências comportamentais e de varejo. A sustentabilidade é tema que aparece permeando a maioria dos lançamentos. A gerente de marketing da Lectra, Daniela Ambrogi, declara que a Febratex 2014 foi “muito positiva e excelente oportunidade para encontro com clientes, bem como para divulgação das soluções da Lectra aos potencias clientes do País”. Já Daniel Ricardo Nowazik, marketing da Haco, destaca a mudança no perfil dos visitantes da Febratex: “Notamos a diversificação no perfil do público. Anteriormente, a maioria dos visitantes estava interessada apenas em máquinas e agora as equipes de estilo também estão vindo ao evento. Gostamos bastante da nossa participação e o movimento foi muito bom”. Léo Schmidtke, diretor executivo da Serilon, por sua vez, assinala que o destaque da empresa foi o Poli-Tape, uma película transferível produzida na Alemanha. “Encontramos na feira o público consumidor para o nosso produto, que é uma alternativa à serigrafia e ao bordado”, declara. O executivo ainda elogiou a capacidade do evento de atrair profissionais: “A visitação, além de qualificada, veio de todo o País e de países vizinhos, como Colômbia, Argentina e Bolívia”. O diretor de vendas da Audaces, Paulo Pereira, contou que a empresa conseguiu fechar bons negócios. O destaque foi a máquina de corte Audaces Neocut. “Trouxemos para a feira a última geração de uma máquina lançada em 2008, agora equipada com dispositivos de segurança que atendem a todas as exigências da Norma Regulamentadora nº 12”. O diretor comercial da Tabatex, Marcelo Lopes, revela que a empresa recebeu vários clientes que foram ao evento já com a intenção de fechar negócios: “Entre os produtos apresentados, as máquinas de fazer meias e a máquina de impressão digital em tecido foram as que tiveram o maior número de cotações para futuras vendas”. O diretor comercial da Tajima do Brasil, Eduardo Molinero, também ficou satisfeito com a visitação qualificada do evento. “Nessa segunda participação na Febratex, comprovamos que nossa atuação no Brasil está consolidada”, avalia o executivo, garantindo a próxima participação no evento. O diretor consultivo da Global Química & Moda, Carlos Sanchez Moreno,

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Foto: Fotos Giselle Seibel / Divulgação

FEBRATEX, BIENAL, GANHA NOVO PAVILHÃO

Diretoria da FCEM com executivos das feiras internacionais

Febratex/stand da Lectra

Febratex 2014

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também elogia. “Recebemos a nata da indústria têxtil nacional e profissionais de El Salvador, Argentina e Peru”. O executivo, que está há 40 anos no mercado de têxtil, diz-se surpreso com a quantidade de visitantes do setor calçadista. “O uso de tecidos nos calçados está aumentado e comprovamos esta tendência durante a feira”, conta.

Febratex 2014

Hélvio Roberto Pompeo Madeira entrega o prêmio a Yuko Suzuki

"PRÊMIO EGON DEUSTSCHENDORF”

O prêmio foi criado para homenagear os expositores que completavam 10 participações no evento, o nome do prêmio é uma homenagem ao Sr. Egon Deustschendorf, fundador da empresa Cotex, que foi um grande incentivador da “Febratex” e apoiou o evento desde a primeira edição.Em 2014 foram agraciadas as empresas expositoras: Audaces Automação Industrial, Comercial Moreira, Multiágua Engenharia Ambiental, Multitherm, Rivitex e Sintequímica do Brasil. Também receberam homenagem as revistas UseFashion, World Fashion e Santa Têxtil, além dos agentes internacionais Merkur e China Trade Center pela parceria com o evento.Na cerimônia de entrega do “Prêmio Egon Deustschendorf”, o Prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, confirmou que a próxima edição da “Febratex”, de 9 a 12 de agosto de 2016, contará com nova estrutura do Parque Vila Germânica. A novidade é o Setor 4, que será erguido na modalidade de naming right, seguindo o modelo dos maiores

Homenageados com o “Prêmio Egon Deustschendorf”

espaços de eventos do mundo. Hélvio Roberto Pompeo Madeira, diretor-presidente da FCEM, organizador e promotor da feira declarou: “A notícia do novo pavilhão e de investimentos da administração municipal no setor de turismo é bastante positiva, já que a cada edição a Febratex reforça a sua posição de maior feira da indústria têxtil nas Américas e conta com diversas empresas interessadas em expor no evento”. (Y.S.)

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Foto: Gui Benites

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O QUE FAZ UM NEGÓCIO? Para todo problema complexo, existe uma solução clara, simples e errada

P

ergunte a diferentes empresários qual é o ponto central de um negócio. As respostas deverão variar bastante. Uns dirão que o mais importante é ter bons produtos, outros dirão que as vendas é que geram recursos para a empresa, alguns dirão que o marketing é o que conquista clientes. A visão que cada empresário tem do seu negócio é bem específica. Normalmente, destaca-se o ponto que o tornou competitivo. O dramaturgo Bernard Shaw disse que para todo problema complexo, existe uma solução clara, simples e errada. Empresas são assim: não há receitas simples. Temos que lidar com fatores externos, que não controlamos, além de fatores internos à empresa, mais controláveis. Para definir o negócio, temos que unir uma atividade na qual podemos ser mais fortes e competitivos com um setor que seja uma oportunidade de crescimento e lucro. Vários pontos são importantes para termos um bom modelo:

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Proposta de valor: Chamamos de valor aquilo que é valorizado pelos clientes. Eles estarão dispostos a pagar por um produto se perceberem algo que valorizam. Que tipo de valor ou benefício você entregará aos clientes? Por que isso fará uma diferença significativa? O que você entrega deve ser uma ótima solução de um problema ou desejo dos clientes. Segmentos de clientes: Quais são os grupos de clientes que você poderá atender melhor que os outros? Em que tipo de cliente você vai se especializar? Ter foco na definição do público lhe permite atendê-lo melhor. Afinal, não se pode agradar a todos. Canais: Você precisa de canais de venda, distribuição e comunicação para entregar sua proposta de valor aos clientes. Esses canais precisam ser definidos e geridos para que os clientes sejam conquistados. • Relacionamento com clientes: Cada segmento de clientes precisa

ter o relacionamento estabelecido e mantido. Só vendemos àqueles com quem nos relacionamos. Portanto, uma relação com os clientes em potencial deve ser construída e aprofundada. E, como em toda relação, há uma troca. Não pratique o monólogo, mas dedique-se a ouvir e compreender os clientes, especialmente suas necessidades. Fluxo de receitas: Como resultado da proposta de valor entregue aos clientes, haverá um fluxo de receitas. Essa receita é peça fundamental de qualquer negócio, mas não é o objetivo final. Lembre-se: uma empresa não vive de faturamento, mas de lucro. Recursos chave: Defina os recursos mais importantes para que você possa oferecer e entregar os elementos anteriores. Caso você não possua todos eles, poderá buscá-los no mercado. Atividades chave: Quais são as atividades centrais no seu negócio? Dedique-se a elas e terceirize as outras. Dessa forma você diminui custos e foca no que é mais importante. Parceiros chave: Algumas atividades poderão ser feitas por parceiros externos, que podem ajudar a desenvolver melhores produtos, obter custos mais competitivos ou inovar. Alguns parcei-

ros podem também auxiliar na gestão de processos específicos. Estrutura de custos: O modelo de negócio gerará uma estrutura de custos. Combinada com o fluxo de receitas, ela deverá resultar em lucro. Contudo, não se iluda: todo negócio novo demora um tempo até gerar os primeiros lucros. Esteja certo de que possui os recursos para aguardar esse momento. E trabalhe para que isso não demore demais. Outro ponto importante é a combinação das datas e valores de pagamentos com as datas e valores de recebimentos. É o chamado fluxo de caixa, calcanhar de Aquiles de muitas empresas. Esses pontos devem ser cuidadosamente planejados e perseguidos. Com esse conjunto de fatores bem definidos, podemos ter um negócio competitivo, diferenciado e lucrativo. Defina metas, desmembre-as em indicadores de desempenho e acompanhe-os de perto. Segundo o lendário executivo Jack Welch, as três coisas mais importantes que você precisa medir em seu negócio são satisfação do cliente, clima organizacional e fluxo de caixa. Com todos esses pontos definidos e planejados, temos garantia de sucesso? Não temos, pois todo negócio envolve risco. Mas, planejando, diminuímos os riscos. Uma coisa é certa: se você deixa de planejar, está planejando o fracasso.

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Empreendimento

São Paulo

Gestão e realização


Fotos: Arquivo pessoal, Divulgação

por Edson D'Aguano

Diretor presidente da Consultive Holding.

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NO MERCADO DO NOVO MILÊNIO A MUDANÇA FALA! E A SUSTENTABILIDADE EXPLICA.. A nova mudança está aí e se apresenta como a única certeza de que a humanidade de consumo e as empresas têm “pra chegar lá”. Mas atenção: Até a mudança mudou...

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eza a lenda que os supersticiosos milenaristas de eterno plantão estavam certos... A era atual, rotulada, paradoxalmente, de “progresso” (progresso???) está acabando, já cruzando a linha final. Uma era num mundo que já era, manjada e óbvia que foi travestida de mais do mesmo total. A verdade mais que verdadeira é que, sob a ótica do flash back, durante muitos milênios não houve, de fato, progresso no nosso mundo fashion, apenas ciclos. As estações se sucediam. As gerações chegavam e partiam. Convenhamos, com raras exceções, o modus vivendi não melhorava, apenas refletia-se sucessivamente num enganoso, rotineiro e infindável padrão de falso êxito. Não havia futuro, pois o futuro não se distinguia do passado. Nada de realmente novo acontecia, especialmente no hall do nosso mundinho fashion. A mutação no design do produto (cópias gringas escarradas) não quer dizer progresso, não e não mesmo. Felizmente, esta era tida e havida como progressista está mesmo caindo fora de vez, morrendo de velhice sem deixar rastros e remorsos. Ufa!!! Pelo

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sim, pelo não, melhor seria chamar esta era “progresso coisa e tal” de era da mesmice. E é só o que se viu e ainda o que se vê por aí. Felizmente, e já não era sem tempo, estamos agora no limiar de uma nova era – a era da revolução. Em nossas mentes sabemos que os novos tempos já estão aí; em nosso íntimo, na nossa alma. Não estamos convencidos de que aplaudiremos esse outro cenário, pois sabemos que será uma época de migrações constantes de consumo, de convulsões empresariais, de tumultos culturais, de fortunas feitas e desfeitas a velocidades vertiginosas. Mudança total mesmo. Pois, quem diria, até a mudança mudou. Não é mais agregativa. Não mais se movimenta em linha reta. Não é mais previsível. A mudança agora é descontínua, abrupta, indócil e cruel, muito cruel.

E A SUA EMPRESA, JÁ ESTÁ NESSA?

A nova mudança se faz presente e, como sempre, se apresenta como a única certeza que a humanidade de consumo e as empresas têm “pra chegar lá”, via think different. Mudar é possível sim. Talvez a data redondinha

que sinaliza a surreal profecia da mudança no sinal dos tempos do apocalipse now mercadológico de hoje seja uma mera coincidência, afinal o calendário é uma infeliz invenção do homem. A natureza, por exemplo, não liga para isso, nem para o calendário e tampouco para o progresso. Acontece que essa era progressista (mundo este que dizem estar agonizando) também é, curiosamente, uma feliz (feliz?) invenção do homem. Penso que o que está acabando mesmo são os atuais modelos e formatos de gestão empresarial (e já não era sem tempo), míopes que são até o talo e que não conseguem acompanhar as mudanças do lifestyle das pessoas-alvo, assim como não acompanham as diferenças culturais, os novos estilos de vida (necessidade, desejo, compra, costume e uso), os antagonismos étnicos, as muitas fontes de riquezas nas mãos de poucos dadivosos (o dinheiro trocou de bolso) e, especialmente, os sistemas de poder nas mãos de incompetentes e falsos líderes, mais políticos do que carismáticos que só. Penso mais, muito mais ainda. Acredito, de verdade, que, no nosso universo fashion, nada será como antes

neste novo milênio (só caminhamos 14 anos até agora). Pense comigo: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo passará. Não adianta fingir nem mentir pra si mesmo” já dizia, há décadas, o poeta musical numa cantiga pra lá de sacal e verdadeira como nenhuma outra; radical, abrangente, contundente, lúdica, presente, atualizadérrima e pertinente como nunca o fora antes. O fato, portanto, mais que evidente (só não enxerga quem não sabe ver), é que a tal era do progresso pintada e cantada em prosa e verso como moderna que deveria ser está cedendo espaço e vez para a era já rotulada de era da revolução, mas que atende pelo nome de mudança. Mudança na maneira de enxergar, de pensar, de criar e agir rápido (efeito mind set). A propósito, a sua empresa já está nessa de novo mundo fazendo as coisas acontecerem ou está ainda, de boa, esperando as coisas acontecerem? E aí? Você vai sair da zona de conforto ou prefere arder no prejuízo do mármore do inferno? Qual é a sua, afinal? A dica é: Sempre é bom lembrar que a mudança não é invisível aos olhos. Quem viver verá.

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por Marcelo V. Prado

Foto: Arquivo pessoal

Marcelo V. Prado é sócio-diretor do IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial

foto: Daniela Burity

faleconosco@iemi.com.br

MARCAS PRÓPRIAS OU MARCAS DESEJADAS? Já é hora de o Grande Varejo de Moda começar a repensar suas estratégias, pois o interesse pelo consumo de marcas de fama internacional é cada vez maior

D

urante a década de 1990, após o Plano Real e o fim do período de hiperinflação no Brasil, assistimos a uma grande transformação no varejo de moda de grande superfície no país. Até então, este canal, que fazia as vezes do nosso varejo de desconto, vivendo da venda de produtos de baixo preço e de marcas desconhecidas ou sem atratividade, começou a implantar uma bem sucedida estratégia de marcas próprias associadas às bandeiras das lojas e que permitiram agregar maior valor e giro aos produtos por ele comercializados. Grandes equipes de criação e desenvolvimento de produtos foram introduzidas nestas empresas para ajudar a ditar as novas tendências, desenvolver fornecedores e inovar os pro-

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dutos ofertados no ponto de venda. Os ambientes das lojas começaram a ser transformados aos poucos, com a redução das bancas de ofertas, do “cartazeamento” ostensivo de preços com descontos, sem vitrines e paredes vazias, evoluindo para lojas melhor organizadas e setorizadas, com vitrines e paredes decoradas com

manequins, looks da estação e uma solução mais completa em termos de mix, através da inserção de novos produtos como acessórios, calçados, perfumes, celulares e outros. Os estudos de monitoramento do varejo de moda do IEMI demonstram que, até o início dos anos 2000, 40% do mix das Lojas de Departamento de Moda era composto por artigos como meias, cuecas, calcinhas e sutiãs, em sua maioria vendidos a granel, ou seja, amarrados em pacotes de 1/2 dúzia de peças (ou pares), expostos em bancas de desconto. Hoje, a participação destes produtos se reduziu para aproximadamente 14% do mix, enquanto as roupas femininas cresceram e muito em sua participação, garantindo maior valor agregado e maior apelo de moda. Essa transformação reflete a chegada do conceito de fast fashion no varejo de moda do Brasil. Seguindo nesta trilha, estimulados pela melhoria da renda e da facilidade do crédito, o grande varejo de moda está descobrindo, através do lançamento de coleções assinadas por grandes estilistas e celebridades, que o mercado brasileiro tem se mostrado apto e ansioso por consumir produtos de marcas famosas e desejadas, que ajudam satisfazer e a refletir o maior poder de compra destes consumidores. Assim como ocorre hoje nos demais países emergentes, o interesse pelo consumo de marcas de fama internacional é cada vez maior e parece que já é hora do Grande Varejo de Moda começar a repensar suas estratégias. Nos Estados Unidos e na Europa, são

recorrentes as lojas de departamento que vendem as grandes grifes do planeta, será que este momento já está chegando ao Brasil? Sem dúvida, marcas famosas e desejadas oferecem um potencial de giro e de rentabilidade acima das marcas próprias e poderão causar uma nova segmentação neste canal de varejo, com o desenvolvimento de Lojas de Departamento de Moda com foco em marcas de luxo, departamentadas agora não só por gênero, idade e produtos, mas também por marcas e estilo. É óbvio que esta estratégia, embora atraente economicamente, não será para todas as bandeiras e não será feita sem percalços, mesmo assim, não se pode desconsiderar esta opção neste momento de consolidação do varejo brasileiro.

INDICADORES ECONÔMICOS

Voltando ao vestuário, a venda do comércio varejista teve um leve avanço no mês de julho. Em volumes físicos, a alta foi de 1,5% e, em valores de venda, de 1,2%. No acumulado do ano, de janeiro a julho de 2014, houve alta de 3,6% nas receitas e recuo de 1,3% nos volumes. A produção nacional destes artigos, em número de peças confeccionadas, avançou 20,3% em julho comparado ao mês de junho de 2014, porém, no ano, a produção desacelerou 2,3% em 2014, sobre o montante produzido em 2013. As importações brasileiras de roupas, por sua vez, cresceram 54,4% em julho, com alta de 8,4% no ano. Já as exportações obtiveram alta de 3,0% no mês e, no ano, acumularam queda de 3,9%.

DESEMPENHO VESTUÁRIO

VARIAÇÃO NO MÊS 1

VARIAÇÃO ANUALIZADA 2

VENDAS NO VAREJO (R$)

1,2%

3,6%

VENDAS NO VAREJO (PEÇAS)

1,5%

-1,3%

PRODUÇÃO INDUSTRIAL (PEÇAS)

20,3%

-2,3%

IMPORTAÇÕES (US$)

54,4%

8,4%

EXPORTAÇÕES (US$)

3,0%

-3,9%

Fontes: IEMI / IBGE / SECEX (1) Julho 2014 / Junho 2014 (2) janeiro-julho 2014 / janeiro-julho 2013

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por Paulo Delegá

Paulo Delegá é diretor Foto: Arquivo pessoal

da Vendere, agência digital de criação e desenvolvimento de sites e marketing na Internet.

www.vendere.com.br

REDES SOCIAIS NO SITE INSTITUCIONAL: TER OU NÃO TER? A presença de botões de redes sociais no site institucional é decisão que exige seriedade e investimento por parte da empresa para que esse recurso seja realmente eficaz

A

s redes sociais estão crescendo muito. Quase todo mundo tem conta em uma ou outra rede social. Como consequência, muitas empresas da área têxtil e moda acham que têm obrigação de colocar botão de rede social em seus sites institucionais. Acreditam que se não houver um botão do Facebook, do Instagram ou da rede social que for o destaque da vez, suas empresas podem parecer

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que não acompanham as tendências da sociedade. Enfim, não estariam na moda. Soma-se a isso a ilusão da gratuidade: se é de graça fazer uma página no Facebook, por que não? Embora ligar a participação em redes sociais ao site institucional da empresa possa, sim, ajudar o marketing, há pelo menos dois casos em que ter um botão de rede social pode ser contraproducente: primeiro, se empresa tem poucos seguidores na rede social,

e segundo, se a atualização da rede social não é profissional, ou seja, não é feita por equipe interna especializada nem por uma agência contratada.

CONTEÚDO E QUALIDADE

Se sua empresa só tem, digamos, 50 seguidores no Facebook, a ideia original de ter o botão da rede social no site – que seria justamente mostrar que sua empresa de moda está na moda – vai por água abaixo. E se a atualização da página social da empresa não é profissional, ela pode prejudicar a marca por não ter qualidade, frequência de atualização e resposta rápida às reclamações e comentários. Poderia dar uma impressão de desleixo ou descuido da marca para com seus admiradores. Aliás, essas expectativas do público sobre a qualidade da rede social da empresa acabam com o mito da rede social gratuita: entrar no Facebook ou Instagram é grátis, mas a necessidade de conteúdo de qualidade e aten-

ção constante aos visitantes custa. Caso sua empresa tenha poucos seguidores nas redes ou caso não queira investir em gente especializada para abastecê-la (é bom lembrar que um problema retroalimenta o outro…), melhor é não ter o botão da rede social no site institucional. Assim, quando o visitante for ao site, a “conversa” fica centrada no site, sem um botão para tirá-lo dali e mandá-lo para uma página social fraca de conteúdo e seguidores. Para muitos mercados e públicos, a informação contida no site institucional é suficiente, o visitante nem está pensando em rede social durante a visita. Agora, se você tem certeza que para seu mercado, produto ou público, seja importante dar “prova social”, primeiro profissionalize a manutenção da presença social, depois faça campanhas nas redes até ter um número razoável de seguidores. Só então coloque o botão de ligação no seu site institucional.

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A grande cartada dos estrategistas das marcas é saber escolher quais são os mais adequados para cada modelo de ponto de venda

E

xistem diversos modelos de ponto de venda como: franquia, concessões, licenciamento, outlet (loja de fábrica), flagship store (loja conceito), stand, showroom. Os formatos têm se tornado cada vez mais inovadores como as pop up stores (lojas temporárias) e, na internet, com lojas virtuais e clubes de vendas com produtos promocionais para associados. Com o advento das vendas pela internet – o chamado varejo on-line, levar o produto para mais perto do consumidor já não é o maior desafio para as marcas de moda. Mas a grande cartada dos estrategistas é saber escolher, dentro dos modelos de ponto de venda, quais são os mais adequados e como aliar todas estas alternativas para se apresentar, ganhar e fidelizar novos clientes.

G-STAR

Vejamos alguns modelos de pontos de vendas adotados pela marca holandesa G-Star que comemora, em 2014, 25 anos sempre focados no design de seu jeans. Trabalhando sob o mesmo teto, dentro do recém-inaugurado QG de 27.500m2 em Amsterdã, todas as equipes de criação respiram o mesmo DNA da marca para criar os produtos de moda, as lojas, as embalagens, as campanhas, etc. Desta forma, consolida a sua identidade em todos os pontos de contato com o público. A G-Star Raw trabalha com sistema de multiplataforma de vendas e ressalta a importância de todos eles.

VAREJO ON-LINE

O varejo on-line é global, não restringe territórios, além de possibilitar ao consumidor a compra em qualquer hora sem sair de casa. Através do site, a G-Star comercializa seus produtos diretamente com clientes de mais de 50 países. Além de canal de vendas, o site é uma ferramenta de comunicação importante, apresenta toda a filosofia da marca, lançamentos e campanhas, como, por exemplo, a recente coleção Raw For the Oceans, com a curadoria do cantor Phrarrel Williams. A coleção eco-friendly foi feita a partir de plásticos reciclados retirados dos oceanos para a confecção de seus jeans.

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Por outro lado, experiência de marca se faz muito mais forte nos pontos de venda físicos e permite a sinergia com os clientes.

Diretora de Criação da Nomina Design, escritório especializado em projetos completos de loja e identidade de marca no varejo.

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FLAGSHIP

Este modelo de ponto de venda tem o poder de transmitir o conceito e levar a experiência da marca para o consumidor. No ano de 2000, quando as mais diversas marcas despontavam suas primeiras flagships pelo mundo afora, a G-Star lançou em Lyon, na França a sua 1ª flagship. Hoje, a marca continua expandindo-se com este modelo de loja, marcando presença em mercados importantes como na Ásia. Com 680 metros2 divididos em dois andares, a nova loja Hong Kong é uma das maiores lojas da G-Star. A fachada foi construída a partir de uma dupla camada de chapa de aço corten inteiramente recortado com o padrão personalizado da G-Star. Este material reveste mais de seis andares de altura sendo que de dia, a natureza bruta do aço contrasta com os edifícios de concreto e, de noite, a sua iluminação

“lava” toda a sua superfície, transformando-se numa lanterna visível de longe. O visual ‘enferrujado’ do aço corten em camadas e o recorte são interpretações de como a equipe de cria-

FRANQUIAS

As lojas de franquias permitem ao varejista expandir sua marca para os mais distantes territórios com um investimento menor: as lojas e produtos são investimentos de um franqueado que conhece o mercado local. Já para o franqueado a vantagem é de trabalhar seguindo um modelo bem estruturado e com produtos reconhecidos no mercado. A G-Star está presente no mundo através de centenas de lojas mono marcas próprias e franqueadas. Para crescer e ser conhecida no mercado internacional, a presença de lojas físicas em diversos países tem importância estratégica.

CONCESSÃO

As concessões funcionam muito bem para as grifes e também implicam em um investimento bem menor do que a formatação de uma loja para os estilistas. Definidas como store in store ou loja dentro de outra loja, as concessões se realizam, normalmente, dentro de uma loja de departamentos, por exemplo. A G-Star vende oficialmente no Brasil através deste sistema store in store oferecendo seus produtos nas lojas físicas da Mandi.

Fotos: Arquivo pessoal. divulgação

PONTOS DE VENDA: ESTRATÉGICOS PARA A MODA

ção trata o seus jeans. Eles buscam num jeans rústico, o desafio de torná-lo 3D, através dos tratamentos nas lavagens, recortes, costuras, arrebites e sobreposição de camadas.

ESTÚDIO ITINERANTE

Parece uma pop up store, pois aparece num lugar e logo desaparece, mas este conceito, criado pela G-Star, tem uma grande diferença. Eles criaram o RAW Tailor Atelier onde uma equipe de alfaiates e o ateliê estão à disposição do cliente para personalizar um jeans da linha Red Listing com os botões, etiquetas e rebites da sua escolha. Em 20 minutos, o cliente terá um jeans da G-Star com o seu olhar. O RAW Tailor Atelier pode surgir a qualquer hora em alguma parte do mundo.

STAND

O stand é uma forma de ponto de venda efêmero em feiras especializadas, porém, com grande potencial de venda, baixo custo e para equipe de vendas, um intenso contato com novos lançamentos da marca e com o público. As feiras trazem um feedback muito rápido sobre o produto e uma oportunidade de ver e repensar sobre o futuro da marca. Segundo o diretor do departamento de design e desenvolvimento da G-Star, Pieter Kool, sobre a combinação do ponto de venda on-line e off-line: “Nenhum

deles pode substituir o outro completamente, mas sendo trabalhados juntos de forma complementar, ambos podem desfrutar de um mercado saudável. Muitos gostam de comprar um jeans on-line, mas outros preferem provar antes numa

loja. E se você abraçar esta sinergia, a internet torna-se um enorme guia para aumentar o tráfego para a loja.” O modelo de ponto de venda é importante, e muito mais importante é manter a identidade da marca em qualquer um deles.

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