vitrine
Nova York dá show de composição
WORLD FASHION 19 ANOS
Evolução é a marca desse período
Ano XIX | R$30,00 Edição 146
movidos a inovação Verão 2015: lançamentos irresistíveis da estação
Mercado: Crescer sim. Mas não a qualquer custo
Preferência nacional
mai-jun-jul 14
O
mercado de moda tem muito a apresentar no momento, demonstrando grande capacidade de inovação, apesar de todos os percalços e até mesmo motivado por obstáculos que vão aparecendo a todo o momento – seja a concorrência externa, seja a interna, incluindo o chamado Custo Brasil. O varejo brasileiro – especificamente o de moda – dá lições de que momentos de crise são também ocasiões para se colocar em prática a criatividade; o que não exclui uma boa administração dos negócios e um poder de gestão capaz de se renovar muito antes que a tempestade se estabeleça. Nessa Edição Especial sobre os segmentos de Moda Praia e Lingerie, World Fashion +Varejo mostra coleções que as principais marcas dos segmentos estão disponibilizando para as lojas, preparando os lançamentos que chegam em breve às vitrinas brasileiras. É importante notar que as novidades vão além da estética: cores, formas e padrões são muito importantes e, junto com esses atributos, chegam também valores agregados que só a tecnologia é capaz de proporcionar. Outro segmento que deve ser sempre lembrado é o do jeans, que constantemente chega com novas estratégias para manter-se no topo das vendas. Vale lembrar que se trata de um produto top mind na cabeça de qualquer consumidor. O artigo é uma unanimidade, verdadeira preferência nacional. Para isso, a tecelagem apressou-se em lançar as coleções – tecnológicas e muito bem elaboradas – para a temporada do inverno 2015. Trazemos nessa edição uma matéria especial para falar sobre os denins, acabamentos e lavagens, bem como o shape, as cores e os detalhes das peças que vestiremos em breve e já circulam pelas passarelas e vitrines internacionais. E mais: World Fashion +Varejo foi verificar, diretamente com o varejo, qual o peso e o valor do jeanswear no universo da moda hoje. E detectamos que na C&A, o gigante do varejo de moda, o jeans é importante e tem merecido uma estratégia muito especial no contexto dos lançamentos, da exposição e da imagem da rede no Brasil. Em entrevista exclusiva à World Fashion +Varejo, o Vice-Presidente Comercial da companhia, Paulo Correa, dá um zoom na participação desse segmento no mix C&A e diz o que ainda vem por aí. Aproveite essa edição recheada de informações e prepare-se bem para os bons negócios do verão. Eleni Kronka
06 + MOVIMENTO
Jericoacoara agora tem Luz, Varejo, Gastronomia e Luxo!!
08 + VITRINE
NYC conta a nova história da moda
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Casa de Criadores
Tendência/Inverno 2015 jeanswear
40 +por dentro
Inverno 2015 leva
+BALCÃO
o brilho e glamour
O jeans é segmento
dos cristais
estratégico para a C&A
12 16
32 +acontece brasil 34 +tendência
+foco World Fashion 19 anos
+moda masculina O esportivo renova à alfaiataria
18 +dossie 26 +acontece brasil
Moda praia e lingerie
Highlight dos desfiles Spfw/Fashion Rio Minas Trend
30 +acontece brasil
Dragão Fashion Brasil confirma Nordeste na moda brasileira
42 +comportamento Escolher o público é uma arte
45 +gestão
O Sucesso ou o Fracasso não é o Quê você faz, mas é o Como você faz!!!
46 +mercado 48 +online
Os riscos do crescimento
Vender moda no seu site, sim ou não?
50 +sua loja
Moda, Arquitetura e Design sob holofotes
www.worldfashion.com.br Diretor: Luiz Cezar Pimentel | Publisher: Yuko Suzuki yuko@worldfashion.com.br Editora: Eleni Kronka eleni@worldfashion.com.br | Colunistas: Andre do Val, Arnaldo Rabelo, Carlos Ferreirinha, Edson D’Aguano, Marcelo Prado, Noemi Saga e Paulo Delegá Colaboraram nesta edição: Fernanda Calfat, Marcela Leone, Tarcisío D’Almeida Gestão da marca: Céu Branding | Projeto Gráfico e Design: Guilherme Watanabe Jornalista Responsável Eleni Kronka – MTB 12.882 | Publicidade Vera Lopes vera@worldfashion.com.br, Luiz Eduardo Pimentel eduardo@worldfashion.com.br | Rafaela Nobre rafaela@worldfashion.com.br
Desfile de Lenny Niemeyer para o Fashion Rio Fotógrafo: Felipe Censi - divulgação
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A World Fashion Editora e Eventos Ltda não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos de seus colunistas. É terminantemente proibida qualquer forma de reprodução do conteúdo – textos, fotos, ilustrações – desta publicação sem a prévia e devida autorização dos editores. Nenhuma pessoa está autorizada a retirar qualquer tipo de material em nome do WORLD FASHION+ VAREJO. Em caso de necessidade, o portador deverá ter em mãos carta assinada pelo editor.
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Fundador presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, especializada nas ferramentas de gestão e inovação do negócio do luxo Fotos: Divulgação
e premium, com atuação no Brasil, na América Latina, em Angola e Portugal.
www.mcfconsultoria.com.br
jEricoacara aGora TEM luz, varEjo, GasTronoMia E luXo!! Conciliar um cenário paradisíaco, hospedagem de qualidade, boa gastronomia, lojas de moda com tecnologia e experiências é virtude que atrai até os mais exigentes apreciadores do luxo
E
u ainda me lembro da primeira vez que estive em Jericoacara, no extremo sul do Ceará. Faz muitos anos. Anos 90. E nesse tempo remoto e distante, Jericoacara era apenas uma vila praiana que sequer tinha luz elétrica. Eu me lembro dos caminhões boias frias trazendo geradores que tinham como principal função iluminar alguns pontos da Aldeia de Jericoacara. Nesse tempo, simplórias pousadas eram o que existia, comida espírito de casa baseada somente em frutos do mar, ócio total e claro, a estonteante praia de Jericoacara com as incríveis cordilheiras de dunas. Durante muito tempo essas tradicionais dunas foram responsáveis por icônicas imagens do litoral do nordeste brasileiro. Quem nunca viu um registro dos bugres subindo e descendo dessas belezas naturais? Conheço razoavelmente o Nordeste. Sou encantado e fascinado
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pela cultura, pelos destinos, por algumas das praias que ainda relutam à modernidade e, evidentemente, pelo espírito livre de hospitalidade das pessoas e da sempre surpreendente gastronomia.
o cenÁrio hoje
Ano de 2014. Mês de Maio. Retorno à Jericoacara mais de 20 anos depois! Continua distante – quase 300 km de Fortaleza. Com o mesmo charme de vilarejo inexplorado. Com uma ligeira sensação de intocada. Ainda possui as lindas dunas e praias excelentes para diversas práticas esportivas. A MpB ainda toca prazerosamente nos bares. Seus cantores e violões. O forró reina. Repleta de gringos que buscam desesperadamente sol, calor e praias, atraídos pela fama internacional de Jeri. E talvez um dos mais incríveis espetáculos do pôr do sol no Brasil, em um show de cores e formas no céu. Harmoniosamente embalada pelas bucó-
licas imagens de jangadas ao mar. Entretanto... O sinal de celular, por incrível que pareça, está melhor do que na cidade de São paulo. As pousadas simples que ainda existem, convivem lado a lado com pousadas extraordinárias. A gastronomia, ainda que baseada em frutos do mar, saiu do somente simplório “feito em casa” e adicionou uma elegante e refinada gastronomia contemporânea. Bares animados. Locais realmente especiais. E, para a minha surpresa, já que seguramente não era a minha busca, encontrei luxo em Jericoacoara. E me surpreendi e me encantei. O restaurante Sabor da Terra, imbatível na tradicional “comida feita em casa”. Mas, ao mesmo tempo, o The LAB, restaurante de comida fusion que mistura frutos do mar com ingredientes exóticos, impressiona em todos os sentidos, até nos preços altos das grandes cidades do Brasil. O ceviche peruano deste lugar é algo... E o que dizer do Tamarindo, pos-
sivelmente um dos restaurantes mais lindos de Jeri, com iluminação suave e um imenso terraço coberto por uma árvore de tamarindo, que fascina pela capacidade de aliar frutas aos pratos. Agora, surpresa mesmo foi me deparar com a Sorveteria Gelato & Grano! Não temo em dizer que, de longe, o sorvete ali é um dos melhores que provei na vida. No momento que as sorveterias especiais e italianas se multiplicam no Brasil, encontrar uma sorveteria de produção artesanal, baseada nas sorveterias italianas, mas produzida totalmente em Jericoacara, beira o surrealismo. O sabor Banana com Nutella definitivamente não é de Deus. Extraordinária!!! Best ever!!! E as surpresas continuam nas pousadas e nos pequenos hotéis. Destaco alguns locais encantadores como o Casa na praia, a pousada Jeribá, o The Chilli Beach Boutique Hotel, o Mosquito Blue e o Casa de Areia. E até mesmo o varejo me encantou. Lojas muito bem montadas e com surpreendente mix e opções. Multimarcas de moda praia e moda casual. Excelentes opções de moda infantil, óculos de sol e calçados. As descobertas incríveis nos locais mais remotos. O Brasil distante que impressiona. Jericoacara continua linda, harmoniosa, silenciosa. Incrível para descanso e desconexão. Mas apta a conciliar tudo isso, atualmente, com sofisticação praiana, tecnologia e experiências. Talvez aqui o termo que conclua esse meu artigo... JERICOACARA, uma experiência completa!
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www.patoge.com.br | 55 31 3334.2014
Contraste de cores e
Colunas e medalhões romanos
Iluminação fria contrasta
estilos entre cenário e
reforçam o requinte e sofisticação
com tom de madeira
paletó de Dolce & Gabbana
do espaço Dolce & Gabbana
na proposta da Z. Zegna
nYc conTa a nova hisTÓria da Moda Siga esse roteiro nova-iorquino que traz o que há de mais contemporâneo em matéria de estilo e atualizado no que diz respeito à informação, e ingresse no processo de comunicação das melhores grifes Fotos: Fernanda Calfat
N
ova York é, sem dúvida, a grande referência de apresentação da moda por meio das vitrinas. Circular pelas ruas de Manhattan significa mergulhar no universo das marcas mais cobiçadas do mundo… e do planeta fashion. Cada grife adota a própria linguagem e, com ela, estabelece o diálogo mais eficiente com seu fiel consumidor. O interior da loja, muito bem planejado, está todo sintetizado na linha de frente que vai seduzir e ganhar o observador. E não é à toa que isso acontece: cada um dos elementos que compõem a vitrine é estudado em detalhes para que esteja em perfeita harmonia com os demais. Manequins, objetos, “suportes”, iluminação – ah, a
iluminação! – fazem parte do cenário e de um roteiro único, que trazem ingredientes próprios e aspectos que só a moda contemporânea é capaz de juntar. Sofisticação, requinte, despojamento, comportamento, mas também cores, texturas, shapes. Enfim, trata-se de um cross over de todos esses atributos que contribuem para trazer até o consumidor a proposta da marca, juntamente com a informação de moda que vai dar novo colorido às ruas mais antenadas durante a temporada. Nessa edição, World Fashion +Varejo traz com exclusividade uma coletânea das melhores imagens capturadas pelas lentes da fotógrafa Fernanda Calfat. Siga o roteiro e escolha a trajetória para seu próprio negócio nessa estação. (E.K.)
Armação metálica em forma de bancos
A proposta da Fendi é mostrar a moda
Louis Vuitton brinca com formas e
e grades dão ar contemporâneo à vitrina
masculina com harmonia de cores e
materiais, alternando papel reciclado
da Begdorf Goodman
com toque orgânico e metalizado
com “formas” de material sintético
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A Saks brinca com elementos em preto e
Tommy Hilfiger simula uma cena em
O ambiente da Prada lida com piso em diferentes
branco na roupa e no ambiente criado para a
“movimento”, colocando o manequim em
níveis e vários tons de cinza, enquanto as
vitrina, composta por elementos geométricos
destaque com porta aberta para o observador
paredes têm assimetria de volumes
O clássico de Ermenegildo Zegna está na
A irreverência da Diesel está
Duas versões para a atitude arrojada da H&M: a
alfaiataria de corte perfeito e nas peças de
na atitude do manequim e
do modelo do painel, vestindo jaqueta perfecto,
tecidos, que reforçam a tradição da grife
nas paredes grafitadas
e a do manequim vestindo costume casual
A Zara, clean, coloca seu
A iluminação favorece o jogo de cores na vitrina
Cenário mais clean e cool
manequim sobre pedestal em
da Fendi, realçando o azul, o branco da parede
impossível, na proposta
local bem visível no interior da loja
com textura e o metal oxidado da lateral
da Giorgio Armani
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mais abrangente, com variedade e facilidade de escolha. Além de estar presente em várias áreas da loja, acompanhando os “mundos” que a C&A apresenta de acordo com a personalidade de compra de cada tipo de mulher, o jeans tem uma área exclusiva, onde concentram-se de modelos básicos a elaborados, separados didaticamente por modelagens e lavagens. A mudança na forma de tratar o jeans no ponto de venda se deu em função de estudos externos (benchmarking internacional), que foram implementados de forma pioneira no Brasil. A novidade rapidamente foi revertida em resultados e a área ganhou em participação. A participação do jeans nas vendas do segmento feminino subiu 8%, entre 2010 e 2013.
Campanhas da C&A reforçam a comunicação com público feminino
Fotos: Divulgação
WF+V – como tem sido a resposta do consumidor em relação às ações realizadas pela rede? Qual a percepção que tem em relação ao cliente c&a?
o jEans É sEGMEnTo EsTraTÉGico Para a c a Por Eleni Kronka
A
gigante do varejo mundial implantou no Brasil, há quatro anos, em caráter pioneiro, o modelo internacional da rede, criado para dar um novo tratamento ao jeans no ponto de venda. A novidade reverteu em ganhos de participação nos resultados como um todo, segundo o vice-presidente da área Comercial para o Brasil, paulo Correa. Segundo o executivo, só no segmento feminino, a participação do jeans cresceu 8%, de 2010 a 2013. Nessa entrevista exclusiva para o World Fashion +Varejo, ele conta o porquê e o que ainda está por vir.
World Fashion +Varejo – em que consiste a estratégia da c&a focada no jeanswear? Quando foi implantada e quais os resultados já obtidos?
Paulo Correa – Há quatro anos, bem antes de a tendência jeans voltar a ser moda, a C&A criou um departamento específico para cuidar dessa catego-
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ria de produto. O jeans ganhou um novo status dentro da empresa, dada a sua relevância e o apreço que as brasileiras têm com essa peça. Afinal, nada é tão versátil para as brasileiras como um bom par de jeans. Nas lojas, passou a ter exposição diferenciada, que trouxe para o cliente uma visão
Paulo Correa – A resposta do cliente tem sido muito boa e a área tem crescido de modo consistente. A receita desse sucesso é um conjunto de diferenciais, como a oferta por um preço muito acessível de um produto de alta qualidade; a consistência da coleção (ou seja, a qualquer momento é possível entrar nas lojas e encontrar uma ampla variedade de produtos); a regionalização dos produtos, que se traduz na oferta de modelos que mais agradam e atendem as necessidades das clientes e a grande variedade de modelos. Com relação ao cliente, a C&A se preocupa em entendê-lo para oferecer sempre a melhor experiência de compra. para isso, o Conselho Fashion da rede, composto por quase duas mil clientes, também é ouvido mensalmente para opinar sobre a modelagem das peças.
WF+V – a estratégia é válida para todas as lojas c&a do Brasil? Paulo Correa – Sim, a valorização do jeans é uma orientação em todas as 270 lojas da C&A no país.
WF+V – há produtos diferenciados no segmento jeanswear em lojas importantes, como a do shopping iguatemi, em são paulo, e em outras capitais?
Paulo Correa – A C&A tem ótimos modelos de jeans em todas as suas lojas. A coleção de básicos pode ser encontrada em toda a rede, mas o que pode variar entre lojas é a destinação de determinados modelos de acordo com o perfil de compra de cada grupo de lojas e região. Assim, no sul do país, há maior participação de estruturas longas e modelagens específicas, como a flare. No Nordeste, a opção é por estruturas mais leves, coloridas, com estampas, e com modelagens mais justas ao corpo.
WF+V – Qual a área que o jeanswear ocupa nas superfícies de lojas da c&a? Paulo Correa – Com a nova aposta em jeans, as unidades da C&A ganharam uma nova disposição do produto. Hoje, existe um espaço específico para o denim que, segundo pesquisas feitas pela C&A, é uma área de destino da mulher, por isso a importância de estar facilmente localizável na loja.
WF+V – em que linhas da c&a o denim está presente?
Paulo Correa – O jeans está presente em quase todas as linhas da C&A. As peças são encontradas nos Mundos das lojas (forma de divisão da loja de acordo com os estilos das mulheres: jovem, contemporânea, etc.), em muitas das parcerias firmadas com grifes e estilistas renomados na plataforma C&A Collection e também na área masculina.
WF+V – Qual a participação do denim no mix de produtos da rede? Paulo Correa – A área jeans é composta não só por produtos jeans, mas também por produtos de sarja que englobam calças de diferentes modelagens, shorts, bermudas, jaquetas, macaquinhos e macacões, saias, short-saia, camisas, entre outras peças.
WF+V – a confecção das peças é nacional?
Paulo Correa – A produção das peças é predominantemente nacional. Com foco na valorização do mercado nacional, a C&A busca importar apenas produtos e matérias-primas que não sejam encontrados no país, na escala ou na qualidade desejada.
WF+V – Qual a proposta de moda para o jeans, em termos de lavagens, acabamentos, aplicações, etc.? Paulo Correa – A C&A trabalha para que o cliente encontre qualquer produto que procura em todas as lojas da rede. O objetivo é que estejam sempre à disposição peças com informação de moda, básicas, sexies, para festas, situações mais formais, etc. A C&A oferece opções que aliam preço, modelagem, lavanderia e altura de cintura, que formam hoje o melhor portfólio da história da empresa.
WF+V – como tem sido a comunicação dessa estratégia para o jeanswear?
Paulo Correa – No ponto de venda, o jeans ganhou destaque com uma área especial para ele, o que facilita o contato do cliente com o produto. Além disso, a C&A realiza campanhas para promover o denim, como a Semana Jeans (que ocorre a cada semestre), e destaca os produtos em seus canais de comunicação com o cliente, como Facebook, Instagram, Twitter e a publicação Vista.
WF+V – Quais os próximos passos dessa estratégia?
Paulo Correa – A C&A continuará apostando na oferta de um mix diversificado de produtos jeans para os clientes da rede. Um exemplo disso é a chegada às lojas da última tecnologia em termos de jeans, o Beauty Denim®, lançamento exclusivo da Canatiba, desenvolvido com o tecnológico fio Emana®, da Rhodia. São três modelos vendidos a R$ 139 cada, feitos com tecido que ajuda a reduzir os sinais da celulite, melhora a elasticidade e a suavidade da pele. para setembro, a empresa realizará uma campanha chamada Semana Jeans C&A, com grandes ofertas de calças, camisas, shorts, saias, macacões, entre outros itens. Realizada duas vezes por ano, a ação busca mostrar que a C&A é uma autoridade no assunto.
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Reduz os sinais da celulite, aumenta a elasticidade e melhora a suavidade da pele, com maximo conForto e bem-estar
Único no mercado que conserva permanentemente as propriedades cosméticas, mesmo após os processos de beneficiamento, o uso e lavagens constantes.
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CANATIBA.COM.BR
Fotos: Divulgação - Agência Fotosite
Desfile verão 2004 – SPFW
Desfile verão 2002 – SPFW
Desfile verão 2006 – SPFW
world fashion 19 anos World Fashion chega à marca de 19 anos de muito trabalho dedicados à informação. Para comemorar, ouvimos duas importantes expressões do cenário brasileiro de moda, que compartilham com nossos leitores ideias e percepções sobre ações realizadas que contribuíram – e muito! – para a trajetória do País nesse campo
Moda praia fez escola na passarela
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e há uma palavra que defina bem tudo o que aconteceu nas últimas duas décadas no segmento da moda praia no Brasil – e no mundo! – essa palavra é revolução. E se a definição vem do empresário e criador Amir Slama, sem dúvida mentor do movimento que estabeleceu novos contornos para esse mercado, torna-se então impossível contestar.
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o contato com a produção e a criação de lá fora”. Amir Slama recorda que até então era impensável que uma tecelagem ou malharia “parasse” sua produção para introduzir na linha de fabricação um tecido experimental, que seria produzido em quantidades mínimas. E assim muitos criadores passaram a adquirir os insumos vindos de fora, ou indo buscá-los in loco, nas feiras e show rooms internacionais. Nesse mesmo momento, fabricantes de matérias-primas, como a Rhodia e a Invista (Lycra), passaram a apoiar os criadores e as semanas de moda. Enquanto isso, a própria tecelagem e a malharia passa-
cer-se aqui a partir de então. “O advento da internet, redes sociais e o fast fashion vão provocar uma nova evolução”. No plano internacional, Amir Slama lançou-se com um desfile em Nova York em 2000. O objetivo não era outro senão que o mercado reconhecesse o conceito de costura na moda praia, “praia foi prontamente entendido”. O empresário lembra que, com essas ações, adiantava acelerar o processo de internacionalização do trabalho Rosa Chá que já havia, abrindo o mercado norte-americano, europeu e oriental. Ao olhar para esses últimos anos do segmento, nota-se que houve um amadurecimento
ram a contar com o estilista que participava da semana de moda no processo criativo das coleções de tecidos e malhas. A troca de experiências entre fabricantes e designers beneficiou muito a qualidade e a sintonia das coleções com a moda. “A tecelagem e a malharia tinham produtos bons, mas faltava inovação”. “Podemos dizer que a indústria e a criação de moda no Brasil estabeleceu-se, de fato, como processo e como cultura, nos últimos 20 anos”, frisa. porque como confecção já havia. A cultura de moda foi sendo disseminada. O empresário salienta que todas as marcas globais passaram a estabele-
geral nas relações de mercado. “Graças a tudo isso, o novo conceito de moda praia se espalhou por todo Brasil e ganhou o mercado internacional”, observa, lembrando que o futuro do mercado de moda está calcado na nova visão para a moda praia. “A qualidade tornou-se uma exigência. Agora empresas e marcas devem se esmerar no atendimento de seu público alvo para entender seus anseios”. Além disso, o mercado também se sofisticou. “De um lado, temos o extremo luxo, sofisticado, e do outro lado o fast fashion, que contribui para a informação de moda e para a democratização da moda”. (E.K.)
Inspired by the artwork of Daniele Buetti, with his kind authorization. Photo : G. Defaix
Ao colocar a Rosa Chá – marca hoje pertencente ao Grupo Restoque, depois de ter passado também pelo Grupo Marisol – no line up das semanas de moda, Amir abriu caminhos absolutamente novos para o conceito que se tinha até então de moda praia. “Pra começar, a roupa de banho era só um complemento, exposta nas lojas e vitrinas como acessório, ao lado de bolsas e cintos na temporada de alto-verão”, recorda. “A grande questão naquele momento era mostrar que praia era moda!” Isso não aconteceu da noite para o dia e nem foi a coisa mais fácil de propor. “Até mesmo dentro das semanas de moda que estavam começando, havia resistência por parte dos estilistas, que não queriam maiôs e biquínis dividindo com eles o mesmo espaço”, lembra. O empresário lembra que o primeiro desfile da marca não foi em São paulo, onde a empresa estava sediada, mas no Rio, onde de fato estava a grande maioria de nomes do beachwear e onde havia feiras e desfiles com as coleções. “O Morumbi Fashion abriu espaço para essas criações”. O acesso da moda praia nas passarelas dos grandes eventos fez com que, segundo Slama, a praia extrapolasse os limites dos maiôs e biquínis. “Moda praia passou a identificar um jeito de vestir”. Tanto é assim, na visão do empresário, que em paris e Nova York é possível encontrar pessoas andando pelas ruas de uma maneira muito casual, com roupas leves, bermudas, sandálias, “como se estivessem no Rio de Janeiro ou em São Paulo”. Segundo Amir Slama, esse movimento tomou conta das capitais da moda, começando por aqui. “Os centros de moda apropriaram-se de algo que começou entre nós”, acrescenta, destacando que marcas estrangeiras introduziram novas modelagens em suas linhas, identificando-as como “brasileiras”. Isso acontece, como destaca Slama, na Itália, onde marcas apresentam, por exemplo, biquínis muito cavados associados ao padrão brasileiro. “Na verdade, se trata quase de um clichê inspirado no carnaval”. para o empresário, isso pode realmente acontecer pois, quando se exporta uma ideia ou um conceito, “já não se tem mais domínio sobre essa proposta”. Outro ponto positivo para o crescimento da moda praia foi a abertura do próprio mercado brasileiro, em meados dos anos 1990. “Esse foi um período que proporcionou aos designers, estilistas e arquitetos,
Paris : 16-18 setembro 2014 - Parc d’Expositions Paris-Nord Villepinte França - premierevision.com são Paulo : 4-5 novembro 2014 - Expo Center Norte - premierevision-saopaulo.com N E W
Y O R K
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S H A N G H A I
Fotos: Divulgação - Agência Fotosite
Flashes de alguns momentos do Morumbi Fashion Brasil e SPFW
Paradigma da moda Olhar para o cenário que abarca a realidade da moda hoje no Brasil significa remontar uma história que se iniciou há 19 anos, com reuniões entre empresários do setor, sob a batuta de Paulo Borges. O objetivo dos encontros e de todo o movimento que nascia ali não era outro senão unificar o calendário de lançamentos de coleções, com tudo o que isso poderia supor. Isso é, promover a sintonia entre a criação, o desenvolvimento e a produção entre todos os elos da cadeia da moda, de tal forma que a indústria criativa chamada Moda ganhasse maturidade no Brasil e crescesse em identidade no cenário global. World Fashion +Varejo foi ouvir a executiva Graça Cabral, da Luminosidade, realizadora do SPFW e que está à frente de todas essas notáveis mudanças na moda nacional. Graça assinala que o SPFW es-
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tá na base de todo o processo de construção de uma cultura de moda no país. “O evento possibilitou abrir a percepção e a constatação para todos, de que podemos fazer moda”. Isso não quer dizer, no entanto, que o modelo é definitivo. “Trata-se de um processo orgânico em permanente evolução e que nunca está pronto! A moda está sempre se reinventando, sempre acompanhando o seu tempo”. Pioneiro como evento de passarela, o SPFW adiantou-se em várias outras frentes. “Saímos na frente em várias outras situações. Os novos meios, por exemplo, transmitindo os desfiles ao vivo a partir de 2001, muito antes que qualquer outro lugar”, recorda, destacando que o recurso da banda larga era algo que quase ninguém utilizava ainda. Dessa forma, o SPFW abriu novos caminhos. “Fomos sinalizando o que já se imaginava que seriam as grandes mu-
danças trazidas pelas novas tecnologias”, comenta Graça Cabral. E assim, abriu-se também um novo panorama no que se refere à comunicação, “facilitando o acesso às informações em tempo real, para uma melhor distribuição de produtos, para o atendimento dos anseios e desejos de um consumidor que se tornou protagonista, muito mais participativo e até imediatista em relação às novidades”. Outro aspecto destacado por Graça Cabral é a intensificação do diálogo da moda com outras áreas da criação e do conhecimento, como a arquitetura, fotografia, design, teatro entre outras. “Sempre houve o empenho em mostrar essa realidade, que antes era distante do país, para que as pessoas se orgulhassem e entendessem que era possível transformar o desejo de moda em realidade”. Todo o processo desencadeado pela Semana de Moda
motivou também o surgimento de tantos cursos de moda pelo Brasil, “integrando os jovens ao circuito criativo”. A partir daí, profissões foram reconhecidas e várias relações se estabeleceram entre os diferentes profissionais envolvidos em todo o processo da moda no Brasil. “Num país de dimensões continentais, a moda finalmente tornou-se reconhecida como manifestação de cultura, como expressão do país. Sem contar que alguns setores mais distantes desse núcleo pudessem fazer parte do processo a partir de então”. O melhor de tudo, conforme lembra Graça, é que o movimento adquiriu características muito próprias do Brasil. “Conseguimos criar modelos próprios que acabaram inspirando outros países a encontrar seu espaço no contexto fashion”. A executiva observa que, sob o aspecto criativo, “quanto ao produto em si, temos muito que buscar no que diz respeito ao autoral”. No entanto, o caminho foi aberto. Trabalhar a percepção de que a trajetória da moda nacional começava a ser traçada, foi algo que exigiu lidar logicamente com os criadores, com os apoiadores, com o público – que facilmente começou a perceber essa nova realidade – e também com a esfera pública. “Embora essa percepção seja ainda frágil, ela existe e dá seus passos. Isso acontece de forma lenta pois o dia-a-dia dos gestores públicos é repleto de necessidades urgentes. Mas já podemos dizer que hoje, no âmbito público, é possível detectar a noção de que moda é, de fato, uma forma de expressão do País”. Para Graça Cabral, o reco-
nhecimento da existência de uma moda brasileira veio de fora para dentro. “Muitos não viam o porquê de trazer a imprensa internacional para conhecer a plataforma nacional de moda”. A empresária observa que levar a moda brasileira para fora não alcançaria o mesmo impacto do que trazer o jornalista estrangeiro para entender a moda dentro de seu real contexto. “Temos muito pouca experiência de planejamento de longo prazo, em negócios, em tudo. Temos uma tecnologia de inovação – o famoso ‘jeitinho’ – que é a forma que encontramos para driblar os efeitos da repetição de crises pelas quais passamos. E isso também se dá de forma criativa”, comenta. E continua: “Temos pouca experiência em ações que se perpetuam”, salienta, ao se referir ao SPFW, por exemplo, que em 2015 completará 20 anos. “Essas iniciativas são sinais de persistência de quem batalha e consegue”. Com uma estrutura pensada para que o ganho seja comum a todos, o SPFW caracterizase, segundo Graça Cabral, como gerador de conteúdos, de novos negócios, de cursos, profissões e de parcerias que beneficiaram empresas que acreditaram na proposta. Os quase 20 anos de empenho e trabalho mostram, segundo Graça Cabral, que é possível sim, ir do sonho à realização! “Inspira muitas pessoas a sonhar e a construir negócios – a empreender. O País que precisava acreditar nisso”. “O SPFW é uma experiência de aprendizado, mostrando que sim, podemos!”, numa referência à frase do presidente norte-americano, “yes, we can”.
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behype.com.br
COLEÇÃO PLATINUM - Turquoise Dye - Inovação e Exclusividade
o EsPorTivo rEnova a alfaiaTaria
Calvin Klein
Fotos: Divulgação
+moda masculina Bottega Veneta
Elementos do guarda-roupa esportivo são a chave para renovar a alfaiataria masculina vista nas passarelas das semanas de moda internacionais Por André do Val
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ão é do feitio do homem contemporâneo buscar informações de moda e tendências de passarela para levar ao universo da academia e dos esportes de fim de semana. O caminho inverso, por sua vez, tem funcionado muito melhor em comportamento que deve pautar este mercado nos próximos anos. Os elementos esportivos têm servido como agentes renovadores da alfaiataria clássica, criando versões atualizadas do vestuário masculino ao propor a fusão entre o formal e o informal. Assim, de acordo com os desfiles internacionais de verão 2015, ternos tradicionalíssimos de grifes italianas são usados com tênis de corrida ou segunda pele de náilon.
Gucci
Ermenegildo Zegna
ZZegna
C
M
Y
CM
MY
CY
Calvin Klein – Com inspiração utilitária, a coleção de linhas gráficas e sobreposições modernas de Italo Zucchelli, como estas jaquetas de pVC, foi complementada por sneakers de cano alto em couro, mochilas e óculos de sol com lentes coloridas.
CMY
K
Bottega Veneta – “A coleção foi muito inspirada pelo corpo em movimento”, diz o diretor de criação Tomas Maier, que para transmitir “liberdade, atletismo e facilidade” usou roupas sem forro e muito leves, como camisas fit, calças longe do corpo e casacos que funcionam como refinados windbreakers. Gucci – Frida Giannini faz uma proposta jet-setter de inspiração em esportes náuticos para vestir um homem “cool, calmo e viajante expert”, usando o design para dar novos significados aos ícones da marca. Destaque para as calças leves de barra ajustada, que ela chama de “sailor chinos”.
Jimmy Choo
Ermenegildo Zegna – Estão nos detalhes as maiores novidades que Stefano pilati aplicou nesta coleção, como o náilon tecnológico ultrafino, tramado em micro padronagem geométrica, e a malha de algodão com náilon. Z Zegna – Cores e estampas fazem referência aos esportes, mirando no consumidor metropolitano globalizado, que passa o dia inteiro fora de casa, ao oferecer praticidade com elegância em peças sem costuras, finalizadas com cortes a laser e seladas com calor.
Jimmy Choo
Burberry – Inspirada no romancista Bruce Chatwin, conhecido por suas viagens de pesquisa, apresenta uso bem atual do terno desconstruído – com tênis coloridos de corrida –, em uma coleção em que a cartela de cores teve atenção especial do estilista Christopher Bailey. Jimmy Choo – de olho num homem “aventureiro, urbano e livre de formalidades”, combina elementos técnicos de design especializado deste segmento com detalhes artesanais.
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Burberry Prorsum Menswear
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Moda e Conforto
Use DelRio #euqueroeuposso
O lançamento Sleep Bra é um soutien sem costura, desenvolvido para o conforto extremo, deixando você à vontade sempre que sentir necessidade. É moda, conforto e beleza. É DelRio!
A atriz Bruna Linzmeyer usa DelRio
/ModaDelrio www.delrio.com.br EDIÇÃO 146
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inovações Um mercado de
O que move o varejo e a indústria são as inovações – principalmente quando se trata de importantes segmentos de mercado, como a lingerie, a moda praia e o fitness. Diretamente associados ao bem-estar, à qualidade de vida e à beleza,
esses produtos ganham muito mais visibilidade e, consequentemente, a atenção do público-alvo, quando estão em sintonia fina com a moda e trazem, em sua estrutura e na construção, o que há de mais novo em matéria de tecnologia. Nessa edição especial, a World Fashion +Varejo rastreia o mercado e traz novidades que vão ocupar lugar de destaque nas vitrinas e encher os olhos do consumidor 18
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LigaDore Foto: Divulgação
Moda praia resgata o clássico
Biquíni Brasil
Tropicalismo, bodies e tops cropped estão entre as grandes apostas das grifes para a temporada
Tropicalismo
Já é de praxe as marcas de moda praia homenagearem o Brasil em suas linhas. E foi o que fez a Biquíni Brasil para a próxima temporada, com uma coleção batizada de Pátria, composta por estampas que revelam a beleza do País. Para as fotos da campanha, a marca elegeu a modelo e atriz transexual Carol Marra. “A marca tem mais de 20 modelos com aplicações de ferragens, bojos removíveis e calcinhas
com a modelagem levanta bumbum”, ressalta a diretora de estilo, Denise Altman. A América Latina também foi referência da Cia.Marítima, com uma surftrip dos sonhos que passa pela Costa Rica, Peru e México, além do Estado norte-americano do Havaí. As estampas étnicas, que tanto fizeram sucesso na última coleção da grife, estão de volta, repaginadas. A grande novidade fica por conta da padronagem localizada em biquínis, hot pants, croppeds, bodies, vestidos e kaftans. Já os aviamentos mais especiais receberam acabamento esmaltado, couro e spikes. Entre os tecidos eleitos estão o jérsey (texturizado, opaco e brilhante), a microfibra leve, a lasie com elastano e o tricô com aparência de renda. Na carioca Lenny, as estampas localizadas também estão entre as principais apostas. Inspirada na Botânica e em suas texturas, a coleção começa nos crus e cáquis das plantações de algodão e vai evoluindo até chegar aos tons terrosos e vibrantes. As modelagens, mais geométricas, sugerem telas em branco que ganham pinceladas de flores e garantem efeito 3D às peças. Já o tão almejado lifestyle carioca foi a principal referência da Lygia & Nanny. Do Jardim Botânico da Cidade Maravilhosa, por exemplo, surgiram Lenny
Cia. Marítima
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estampas de flores e folhagens. Assim como a fauna e flora do Parque Lage, que resultaram em belas texturas de animais silvestres. O Carnaval vem bem representado pela print de plumas. Os tecidos priorizam a composição, com a presença do fio Lycra®. A marca também propõe que mãe e filha combinem seus modelos nas areias e piscinas. O tropicalismo também está presente no Verão 2015 da Live!, com padronagens digitais que são desenvolvidas e estampadas na própria empresa. Entre as modelagens, destaque para os bodies, que são indicados para o novo esporte do momento, o Stand Up Paddle – afinal, são confeccionados com tecido tecnológico com proteção UV e ação bacteriostática. A marca ressalta também o uso de texturas, que podem ser mais brilhantes ou de aspecto mais rústico. “Toda ilha é pedaço inspirador do paraíso”. Esse é o ponto de partida da Salinas, que embarca em uma viagem imaginária pintada com as cores das telas de Paul Gauguin, que resulta em prints de natureza surreal. Na modelagem, a grife ressalta também o sucesso do top cropped, assim como do maiô. Outra proposta é a combinação de renda e malha em modelos inspirados no surfwear, além de recortes em transparência com o uso do tule.
Lygia & Nanny
Salinas
Fotos: Divulgação
N
ão é à toa que o beachwear brasileiro faz tanto sucesso no exterior. Seja pela modelagem, seja pelas estampas tropicais, o País conquista fãs aqui e lá fora e espalha pelas areias modelos que valorizam diferentes corpos. Para o Verão 2015, fauna e flora são mais uma vez inspirações das padronagens, explorando tons vibrantes que valorizam o bronzeado. Já nos fits, o famoso top cortininha perdeu seu posto para o tomara-que-caia, que já é o preferido entre as brasileiras. O maiô, antes visto como símbolo de mulheres maduras, já conquistou também as mais jovens, principalmente para ser usado como body para um almoço, passeio ou até na balada. Para as mais descoladas, há ainda o top cropped ou os biquínis com babados.
Foto: Divulgação por Felipe Censi
Por Marcela Leone
Live!
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moda praia e lingerie O beachwear de luxo
Modelagem perfeita valoriza silhueta
O formato “tiragem limitada” funciona também na moda praia, como mostra a designer curitibana que usou o caminho inverso para ingressar no mercado: lançou a grife na Europa para conquistar o Brasil… e o mundo
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á quem diga que vocação está no sangue. E assim é com a designer de moda curitibana Caroline Amhof. Em meio aos moldes herdados da avó – de quem herdou também o talento fashion – é que se manifesta a criadora que brilha por trás da Rarha Beach Couture. A marca nasceu em setembro de 2012 e teve seu lançamento oficial durante a Semana de Moda de Valência, na Espanha. A proposta é levar a exclusividade do mercado de luxo à moda praia, como o próprio nome já revela, em uma espécie de beach couture. A estilista aposta na produção de peças únicas para agradar seu público consumidor, que é atraído por uma moda mais conceitual e ornamentada. “A grife procura desenvolver modelos elaborados que de alguma forma tenham um diferencial e, principalmente, que possam deixar a mulher com o corpo muito elegante e segura”, afirma a Caroline.
Detalhes e modelagem fazem resgate do luxo
Fotos: Divulgação
Por Marcela Leone
Exclusividade é proposta da beach couture da marca
Exclusividade
Esqueça o cenário de uma praia comum. As peças são concebidas para serem usadas em ambientes paradisíacos, cruzeiros, jantares e festas. A linha Luxury Collection, por exemplo, recebeu até aplicação de gemas preciosas. Já os aviamentos recebem banho de ouro para ficarem à altura do requinte dos trajes. Embora a grife seja “made in Brazil”, a modelagem foi criada especialmente para agradar ao mercado europeu, com peças que exploram uma silhueta mais vintage e menos reveladora. “O trabalho com modelagem deixa o corpo da mulher menos à mostra e as peças são sensuais na medida certa”, ressalta a designer. Para o Verão 2015, a Grécia será o ponto de partida da coleção. Mas a grande novidade é que a linha poderá ser comprada online, afinal, em breve a Rarha inaugura seu e-commerce.
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Modelos exclusivos podem mesclar materiais
Caroline Amhof: criações exclusivas deixam a mulher segura e elegante
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A moda se descoordena para melhor coordenar, se reinterpreta num eterno mix & match. E a mulher brinca com sua lingerie através da variação de cores e materiais. A moda íntima tem o poder de nos elevar a um clima de sonho, sedução e nostalgia
Fotos: Divulgação
a liNgerie eM sUa ForMa Mais ÍNtiMa
Os valores de passado passam pelas lentes da modernidade, e novas técnicas somadas à alta tecnologia nos brindam com peças ricas em detalhes e sedutoramente refinadas. Materiais nobres como a renda, a seda, o cetim e o tule se mesclam com suntuosidade
Por Márcia Lencioni
e audácia, propondo um estilo alta-costura, como na proposta da Ritratti.
Estilo depurado da Huit conjuga conforto e feminilidade, envolvendo o corpo com elegância
Instigante e sensual, o preto da Huit é sempre o fio condutor de situações que envolve paixão
Discreta sofisticação em tonalidades primaveris reverenciam a tradição da corseteria da Parah Lingerie
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Lingerie clássica Parah para mulheres que esbanjam energia e magnetismo
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moda praia e lingerie Parah New Generation
IMEC
Franca Von Wunster
Rochas
Novas tecnologias permitem ir ao encontro de um mundo de cores e estampas pelas praias do mundo, sem limites nem fronteiras. Gosto pelas misturas, otimismo de verão em criações
Minimalismo para a silhueta
Refinamento
refinada, no mais puro estilo retrô
de materiais de
da Moments by LingaDore
performance que esculpem a silhueta na proposta da Verdissima
Influência cocoonwear da Le Chat para peças confortáveis em noites de temperaturas amenas
Versão outerwear do Imec Studio que traduz uma nova linguagem de sedução e decifra novos códigos
Espírito loungewear para pijamas e robes da Jaloe, envoltos numa atmosfera de inspiração romântica
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moda praia e lingerie
As marcas nacionais estão mais próximas do que nunca da consumidora, a fim de ouvir e atender ao público cada vez mais informado e exigente, atento às novidades do segmento da lingerie conforto do “sem costura”
A linha Sem Costura da DelRio, referência em lingerie de alta qualidade, traz extremo conforto graças à tecnologia slim (sem costuras) e tecido de microfibra, ultra macio. Já o soutien Sleep Bra tem bojo estruturado, ideal para aquelas mulheres que querem conforto e uma sustentação adequada. O modelo apresenta um desenho floral em jacquard contornando o decote e valorizando a peça. Já a calcinha tem laterais estreitas, também sem costura e detalhe em jacquard na frente, com modelagem bem despojada e jovem. Ambas as peças podem ser encontradas nos tamanhos p, M, G e GG, nas cores areia, new nude e preto, nos grandes magazines de todo o país.
Del Rio aposta no conforto proporcionado pela tecnologia
Fotos: Divulgação
“sem costura”
O mês de junho é o marco para o início da comercialização das coleções Gisele Bündchen Intimates por meio de loja física da própria marca. A ideia era começar pelo Brasil, mas dificuldades para viabilizar o ponto de venda por aqui fizeram com que a top começasse por paris. As peças de sua coleção, idealizadas, provadas e aprovadas pela própria Gisele, já estão na loja GBI (Gisele Bündchen Intimates) instalada dentro da Lafayette, na capital francesa. A proposta agora é a abertura de butique em solo brasileiro até o final do ano. produzida pela Hope, a linha Gisele Bündchen Intimates alia tendências de moda à alta tecnologia de fabricação, sempre acompanhadas de muita sofisticação. As peças levam cetim de seda e microfibras levíssimas na produção, associadas às rendas e à modelagem perfeita. A distribuição continua sendo feita por meio das lojas Hope, do site de Gisele Bündchen e agora também da loja física.
Linha Gisele Bündchen Intimates agora em loja física em Paris
Fotos: Divulgação
o FashioN eNcoNtra o tecNolÓgico
paris recebe a lingerie gisele bündchen
loja scala repaginada
Rendas e modelagem elaborada valorizam lingerie plus size da C&A
plus size na c&a
A C&A ampliou a linha Special for You de lingerie, adicionando os tamanhos de 46 ao 52, agora disponíveis nas 270 lojas da rede no Brasil. Com oito modelos, a coleção conta com sutiãs push up, com e sem bojo; calcinhas nos modelos string, caleçon e biquíni; além de camisetes. Como estampa principal, o já consagrado animal print é a aposta da linha, ao lado de modelos com e sem renda. Entre os materiais utilizados, estão as rendas florais e lisas, além das microfibras estampadas e lisas. Outro detalhe na coleção é o acabamento das peças, que prima pelo conforto da mulher. Dentre as cores, o que predomina é o preto, dando um ar mais sexy em cada peça. Os lançamentos passam a integrar a marca Special for You, que já é fixa na C&A e contempla a confecção feminina com produtos desenvolvidos especialmente para tamanhos grandes, com modelagens elaboradas para valorizar as curvas do corpo das mulheres grandes.
liebe aposta nas pin-Ups
Musas românticas da década de 50, as pin-ups são a fonte de inspiração da nova coleção 2014 da Liebe Lingerie. A marca traz a referência para as linhas Luxe e Class. Na primeira, looks misteriosos com transparências surgem com detalhes de argolas, passantes e pingentes banhados a ouro e pérolas. As peças são produzidas com delicada microfibra Xtra-Fine. Coordenada com rendas francesas, tules bordados e laços contrastantes trazem o luxo para o underwear. A linha Class, para a mulher moderna e jovem, apresenta modelos com rendas e microfibras suaves. As estampas privilegiam o animal print e pingentes como detalhes. para a temporada de Verão 2015, a marca estreia com campanha que tem como estrela a atriz paloma Berardi, em fotos de Robson Costa Melo. O proprietário da marca, Cairo Benevides, observa que a atriz global personifica a mulher que escolhe a Liebe Lingerie para o seu cotidiano, assim como também em momentos especiais.
Atriz Paloma Berardi estrela campanha da Liebe para o verão
A Scala renovou todo o visual e o conceito de seu ponto de venda no Shopping Bourbon, em São paulo, seguindo a proposta de loja 2.0 criado pela marca. Sem vitrine física, a loja abre-se para os corredores do shopping, interagindo de forma harmoniosa com as clientes e propondo uma nova forma de comercializar a lingerie. Baseado na essência da marca, o conceito é traduzido em três pilares: indulgência, sensualidade e expressão. Com projeto assinado por Xavier & Travaglia Arquitetos, a loja Scala 2.0 utiliza materiais simples em sua composição, que evidenciam os produtos da marca. Nesse novo ambiente, a marca lançou mais uma edição limitada de bodies, focada no inverno. Dado o sucesso de vendas da série apresentada no verão, a Scala investiu em nova coleção cápsula, composta por dois modelos e duas estampas exclusivas. O destaque fica por conta das estampas, que assim como na primeira edição, vão fazer a diferença por conta dos desenhos gráficos exclusivos nas cores que são destaque no inverno, o vinho e o azul, que ganharam o nome de Noite Vinhedo e Safira, respectivamente. As peças estão à venda nas lojas Scala de todo o país e no e-commerce da marca.
Coleção cápsula de bodies da Scala complementam o básico do dia-a-dia
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atacado@blueman.com.br
blueman.com.br
HIGHLIGHT DOS DESFILES SPFW / FASHION RIO / MINAS TREND Por Eleni Kronka
O
verão 2015 tem raízes muito tropicais, levando-se em conta a seleção das cores, as estampas exuberantes e a composição geral dos looks. Tudo o ver com a estação nos trópicos, que pede looks leves, casuais e, nessa temporada, muito femininos. Não é à toa que um dos temas mais fortes é o chamado Lady Like que, como o nome já
diz, vem cercado de detalhes de feminilidade para mulheres com personalidade e gosto aguçado para a moda. Não são apenas as cores e a padronagem que predominam no momento. As marcas estão especialmente atentas aos materiais que podem dar um toque de exclusividade e até artesanal às coleções. Nesse sentido, a renda está em alta em suas mais varia-
das versões, ao lado das aplicações de flores, cristais, pedras e contas, para tornar cada criação única no cenário da estação. Os bordados aparecem em destaque dentro dessa proposta. Essa é também a estação dos materiais que conferem à roupa um toque orgânico. É o caso do couro, leve e macio, que alterna presença com a ráfia supersofisticada.
Um olhar sobre as coleções apresentadas nas principais semanas de moda brasileiras – SPFW, Fashion Rio, Minas Trend Preview e também o Dragão Fashion – deixa claro que o verão 2015 é feito de descontração, feminilidade e também sofisticação. É feito, enfim, para encher os olhos de quem mal pode esperar para que ele chegue em breve às vitrinas brasileiras.
LADY LIKE
Fabiana Milazzo
Mabel Magalhães
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Alexandre Herchcovitch
Colcci
Tritton
Patricia Motta
Fotos: SPFW – Osvaldo F. / Minas Trend – Agencia Fotosite / FashionRio – Felipe Censi
O tema é carro-chefe para o verão 2015 e oferece a consumidora a oportunidade de apostar na moda como aliada da feminilidade. A inspiração resgata o preciosismo próprio dos anos 50, de Dior e de seu New Look, tudo visto pela ótica da presente década. Cintura marcada, volumew para as saias e ombros delicados são elementos que compõem a mistura perfeita para o tema-chave da temporada.
Lucas Magalhães
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RENDAS, TRAMAS E BORDADOS Há algo de muito latino nas criações do verão 2015, muito bem interpretada por meio da exuberante combinação de cores, padronagem e também de materiais. Flores e folhagens continuam em alta, tomando conta da superfície dos tecidos. Já a diferenciação das peças em muitas coleções se dá por meio de materiais como o couro, leve e macio, e da ráfia, em tons crus e terrosos ou em associações de branco e preto. Como a referência é o hand made, rendas e, principalmente, bordados – com aplicações de contas, sementes, pedras e cristais – garantem o toque artesanal, porém sofisticado, das coleções.
Forum
Ammi
Lolitta
Fabiana Milazzo
Espaço Fashion
Ellus
Cantão
Mary Design
Ronaldo Fraga
Tufi Duek
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FUTURISMO ANOS 60
A padronagem do verão 2015 resgata flores e folhagens da exótica paisagem brasileira. Presente de forma localizada, ou em toda a extensão da roupa, rouba a cena onde quer que chegue, ao mesmo tempo em que permite uma infinidade de combinações com as peças do guardarroupa da mulher contemporânea.
A proposta chega reeditada para o cenário atual. Pode vir representada pelos tons metalizados associados a cores vivas – sobretudo o azul cobalto –, ou simplesmente mesclar, com habilidade, recortes geométricos, trabalhados em blocos de cores frias.
Mabel Magalhães
Ammi
Forum
Gloria Coelho
Cavalera
Forum
Pedro Lourenço
Tufi Duek
Lino Villaventura
Patricia Vieira
Vivaz
Ellus
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Fotos: SPFW – Osvaldo F. / Minas Trend – Agencia Fotosite / FashionRio – Felipe Censi
ESTAMPAS
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LUXO & FESTA
TOTAL BLACK
Há um desejo de requinte na moda que paira no ar… O mais importante é que o look – feito de roupa e acessórios, além do cabelo e maquiagem – exale identidade (da marca) colocando-se a serviço da personalidade de quem o exibe. Por isso é tão fácil encontrar esses belos e atraentes exemplares nas passarelas das semanas de moda.
O preto surge como contraponto na temporada de verão 2015. Em geral, está presente em modelos mais elaborados, como vestidos longos, capas e peças com volume e fluidez, produzidos em tecidos leves, como a musseline e o cetim de seda. A proposta chega para ressaltar nos looks, a sofisticação.
Anneest-folle
Gig
Adriana Degreas
Giuliana Romanno
Vitor Dzenk
Samuel Cirnansck
Gloria Coelho
Tufi Duek
Reinaldo Lourenço
Wagner Kallieno
Uma
Vitorino Campos
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Fotos: Roberta Braga/Silvia Boriello/Ricardo K.
Mark Greiner & Roberto Dias
Weider Silveiro &Jadson Ranieri
Dragão Fashion Brasil confirma Nordeste na moda brasileira Comemorando 15 anos como uma das principais plataformas para criadores autorais no Brasil, semana de moda cearense amplia fronteiras, confirma seu ideário e quer contribuir com a internacionalização das identidades dos criadores Por Tarcisio D’Almeida
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erta vez, durante uma conversa informal no final dos anos 1990, o cineasta e editor de moda masculina Fernando de Barros (1915-2002), português naturalizado brasileiro, afirmou sabiamente que a moda adquire relevância quando conquista e é realizada nos espaços públicos como as praças, por exemplo, em plena sinergia com as culturas urbanas das cidades. A edição 2014 da semana de moda cearense Dragão Fashion Brasil (DFB), realizada de 23 a 27 de abril último, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza (CE), teve como tema
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“A Moda Move o Mundo”, completou 15 anos de trajetória e confirmou a ideia pensada por Barros de um festival multidisciplinar que combina moda com cultura e indústria criativa, resultando na sinergia das esferas artística, cultural, educacional e econômica. E é exatamente nesse caminho que o DFB 2014 tem trilhado sua trajetória. Apresentou 33 desfiles no line-up principal mais oito do line-up do Concurso de Novos (UDC-PR, FASM-SP, IDEC-CE, PUC-PR, UEL-PR, UFMG-MG, UFC-CE, UFPI-PI), em três salas de desfiles, com criações de estudantes de moda de variadas instituições de ensino superior
Maria Philomeno
do país; além da extensa programação com palestras, cursos e workshops do Dragão Pensando Moda; Encontros com o Trade de Moda do Ceará para estreitar as relações com empresas e entidades do setor; assim como o Jardim das Delícias que realizou o 1° Encontro de Street Food no DFB.
Investir para crescer
Com uma estatística que surpreende e que a cada edição confirma e consolida a cultura de moda da região Nordeste, o DFB registra dados que são responsáveis pela profissionalização na região. “Uma indústria forte de moda só se constrói com profissionais capacitados”, explica o idealizador Claudio Silveira. Com custo total de R$ 2 milhões, capitaneados via Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Governo Federal, que reconhece a moda como patrimônio cultural do Brasil e tem propiciado políticas públicas para o setor, o evento contou com patrocínios de empresas como Riachuelo e O Boticário, dentre outras. Gerou mais de 2.700 empregos diretos e indiretos, e recebeu 45 mil pessoas que lotaram as dependências durante os cinco de realização.
Desfiles
A dupla gaúcha da Också mesclou futurismo, fitness e sportswear em looks com apelo urbano em sinergia com a explosão cromática, apostando no tule, no gazar de seda e na organza com neoprenes e tricôs. O estilista João Sobarr inspirou-se na arte milenar de escavações da região da Ilha do Marajó (PA). Mesclou formas, estampas e cores do streetwear com elementos da indumentária indígena. Destaque para o vermelho urucum advindo das famosas cerâmicas marajoaras. Regressando ao DFB, o baiano Aládio Marques desfilou a coleção “Al-
Jeferson Ribeiro
gae”, com referência direta aos estudos do biólogo e naturalista alemão Ernst Haeckel. O resultado apareceu na mescla de características da fluidez e do orgânico que traduziram o embate entre rigidez e flexibilidade nas construções dos looks. Um dos principais nomes da moda masculina nacional, o fluminense Mario Queiroz escolheu o DFB para fazer um flashback de sua carreira, editando 27 dos principais looks de suas coleções em um desfile retrospectivo dos 18 anos de sua grife homônima, que (de)mostrou seu olhar criativo para o homem contemporâneo brasileiro. O baiano Jefferson Ribeiro apresentou uma das melhores coleções, lembrando em seus looks Yohji Yamamoto. A coleção inspira-se na arquitetura de Vilanova Artigas e no discurso político de Carlos Marighellae. A sensibilidade, a leveza e a fluidez dos tecidos nobres como seda e jacquard se misturaram com maestria no excelente trabalho de alfaiataria, em peças minimalistas com cartela em quatro cores. O paraense mais cearense do Brasil, Lino Villaventura, desfilou sua coleção mostrada anteriormente na SPFW. Carol Barreto apostou no legado da diáspora africana com a coleção “Fluxus V15”, que (de)marcou similaridades estéticas, gestuais e subjetivas em looks com linhas orgânicas e geométricas no mapeamento das zonas entre os corpos e cabelos. Outra aposta foi a DoValle, de Bruna do Valle, que mostrou uma fusão/remix de urbanwear com rock na coleção que tem no jeans seu forte aliado. O mineiro Ronaldo Silvestre trouxe uma coleção focada no azul, promovendo o encontro do jeans com o tricô, com looks geométricos e sobrepostos. O cearense Lindebergue Fernandes, que comemorou junto com o DFB
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Lidenbergue Fernandes
seus 15 anos de carreira, apresentou uma coleção que misturou a estética dos tradicionais bailes de salão para terceira idade com temas nordestinos, estes trabalhados, sobretudo nas maxi estamparias, que conferiram certo ilusionismo ótico aos looks, além de tingimentos e formas mais justas e secas nos primeiros looks que ganharam mais volumetria nos finais. Destaque para forma casulo em neoprene e em patchwork de renda fluor. A coleção de moda masculina “B24” do catarinense Jonathan Scarpari inspira-se nos códigos genéticos e tem forte apelo handmade (no tratamento manual do couro como principal matéria-prima). O criador traz uma alfaiataria que une traços minimalistas ao refresh contemporâneo. Destaque para peças de couro em trecê. Com inspiração na arquitetura moderna, no couro e biker dos anos 1950’s, Rebeca Sampaio optou por uma geometria fashion nos cortes e decotes, que mais pareciam uma forte influência à la Versace, com inúmeras apostas de comprimentos.
Inovações
O italiano Nico Didonna, que desfila na London Fashion Week, estreou no DFB e propõe um mergulho na antiguidade grega. O estilista optou pela fluidez de jérseis, viscoses e crepes que são excelentes para o seu processo criativo das peças em moulage. O capixaba Ivan Aguilar, que já desfilou no Fashion Rio, na Casa de Criadores e agora na Mercedes Benz Fashion Week, de Nova York, optou pelo segmento feminino para sua coleção de estreia no DFB. Ele se inspirou nos minerais e pedras preciosas do solo brasileiro, na arquitetura urbana de Barcelona e na arte barroca para looks com alfaiataria retrô, que
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Jonathan Scarpari
lembra um pouco o New Look de Dior. A marca Lizzi se inspirou na obra “La nuit les bleus sont gris”, do artista Gildas Rigaud, para sua coleção que fez uma mélange do barroco e rococó da rainha Maria Antonieta (século XVIII) com o rock do século XX e ainda com espaço para o “savoir-faire” do bumbameu-boi da Floresta de São Luis (MA), com vidrilhos bordados em alguns looks. Muitas referências para uma coleção? Talvez seja interessante guardar dois pontos fortes: o exercício de formas e o cuidado na alfaiataria. Hit entre as garotas da região, a marca Dona Florinda agora é só Florinda. Com uma coleção que reforçou elementos com forte apelo comercial, com renda guipire em detalhes em batas, além de muitos vestidos e saias, trazendo as flores e a estética dos anos 1970. A designer de jóias cearense Eliana Alcântara, radicada em Barcelona, mostrou a coleção “Constellations”, buscando sintonia entre os significados nos pontos de luz no céu e suas linhas sutis e geométricas na concepção de joalheria com linhas clean, elegante e moderna. Ainda como aposta do DFB, a jovem marca Viori apresentou uma coleção marcada pela elegância discreta e romântica, com looks mono e bicolores com rendas e brilho nas criações. Gisela Frank regressou com uma coleção que surpreendeu pela elegância acertada, pelo minimalismo e a alfaiataria, construídos com efeitos de texturas, nervuras e sobreposição de padronagens. A Água de Coco por Liana Thomaz apresentou a coleção “Água Viva”, mostrada na última SPFW. A estilista direcionou seu olhar para arraias, peixes dourados com escamas, conchas, mar com corais, jardim de algas, madrepérolas, cardumes amarelos e cor-
Nico Didonna
das náuticas para elaborar cartela de cores, estampas e texturas dos looks. A parceria criativa entre os estilistas Weider Silveiro e Jadson Raniere resultou na marca 2/Dois, anteriormente desfilada na Casa de Criadores. O conceito mescla o streetwear minimalista à alfaiataria desconstruída, ao japonismo e ao mood boyish para meninos e meninas com um desejo pelo tecnológico-espacial, percebido pelo aspecto perfecto nos looks com zíperes e lapelas. A desconstrução das formas ganha força na coleção. O styling das cabeças lembrou Martin Margiela. Vitorino Campos mostrou 19 dos 37 looks desfilados na SPFW, com a marca da sobriedade sexy traduzida para o verão 2015. Predomina o preto, além de transparências. Maria Philomeno apostou no baú de memórias de sua avó para conceber criações conceituais e ao mesmo tempo luxuosas com aplicação de metais e concebidas com plásticos, bordados e rendas feitas com crochê. Já o cearense David Lee estreou no DFB com a coleção de moda masculina “Corpo de Aço, Coração de Plástico”, que mostrou a progressão de looks com alfaiataria estruturada e certa rigidez para uma proposta lúdica de estampas florais nos looks. Alix Pinho propõe o diálogo da moda ultrasensual com o sportswear. Cortes e recortes, fendas e texturas foram algumas das apostas presentes nos vestidos curtinhos e justos ao corpo, além das misturas de cores, estampas e sobreposições de jeans com malhas. O português Nuno Gama mais uma vez trouxe sua visão de moda masculina d’além mar, constituída a partir de uma alfaiataria bem cortada, com referências militares. Há espaço para malhas, veludos e peles – ops! Mais para a Europa do que Brasil!
Ronaldo Silvestre
Coleções colaborativas
Em projeto-parceria com o SebraeCE, o DFB realizou o Ateliê Criativo em que convidou cinco duplas de estilistas/marcas para conceberem coleções em conjunto. Mar Del Castro & Jomara Cid reforçou o DNA do beachwear cearense em coleção com inspiração nas pin-ups de anúncios da Coca-Cola do período da 2ª Guerra Mundial. Mark Greiner & Roberto Dias mostraram a força da identidade da cultura de moda a partir do sertão cearense com a coleção “Kariri Rocks”. Já a dupla Ivanildo Nunes & Cláudio Quinderé apostou na moda festa/noivas com forte apelo comercial, mas que não descuida do conceitual e do artesanal no processo criativo, com brocados barrocos super elaborados pelo estilista Nunes, que ganharam força quando aliados ao trabalho primoroso de joalheria de Quinderé. Os criadores Kallil Nepomuceno & Jussara Regás mostraram a coleção de moda festas/noivas intitulada “Saga do Ouro”, inspirada nos esplendorosos detalhes barrocos das igrejas do sul da Itália e também nos ricos altares dos templos das cidades de Ouro Preto e Tiradentes, em MG. Com uma estética de fetichismo noir, provavelmente, a socióloga norte-americana Valerie Steele apreciaria a coleção de Alysson Aragão & Suzane Farias. Inspirada na música “Justify my Love”, da rainha da pop music Madonna, os looks pretos propostos por Aragão & Farias uniram o universo da lingerie com a ideia de uma alfaiataria provocante, que tinha silhueta bem justa, além de decotes e texturas em rendas, bordados, brocados e – claro – transparências nas peças. O jornalista Tarcisio D’Almeida viajou a convite da organização do evento.
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A Casa de Criadores tornou-se a primeira semana de moda no Brasil a propiciar uma atmosfera de plataforma para lançamentos de criadores que buscam no autoral e conceitual suas essências criativas; e a edição para o verão 2015 endossa esse fundamento
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Por Tarcisio D’Almeida
Juss
Karin Feller
Apto 401 por Lucas Barros
Fernando Cozendey
Jadson Ranieri
Arnaldo Ventura
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Walério Araújo
Danilo Costa
Felipe Fanaia
Fotos: Divulgação
Com os selos da criatividade e do conceitual
ostumeiramente comparada à London Fashion Week, pela ideologia e por descobrir, apostar e lançar o refresh da criatividade na moda brasileira, a 35ª Casa de Criadores aconteceu, de 4 a 6 de junho, no Salão Almeida Júnior da Galeria Prestes Maia, no Centro de São Paulo, com apostas para o verão 2015 com 16 desfiles no line-up oficial mais os oito do Projeto Lab, além de 10 minicoleções de formandos em moda do Talentos Senac-SP. O momento muito especial dessa edição foi o desfile-surpresa “Novos Olhares”, que encerrou o evento e contou com a participação de dez criadores do evento, todos convidados para pensar e criar looks nos quais os sentidos fossem as características essenciais para deficientes visuais vestirem, como por exemplo, a presença de etiquetas em braile. “Esse desfile nos orgulha por sua natureza especial e por ser pioneiro em uma semana de moda brasileira”, desabafou o idealizador André Hidalgo, que contou com as parcerias da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Governo do Estado de SP e da Agência We, além dos apoios das empresas da Lectra e da Chilli Beans.
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Nosotros
Ale Brito
Trendt
Do Projeto Lab Nosotros da dupla Roberto Hideo & Nathan Sousa venceram o Concurso BtoBe e estrearam no Projeto Lab com uma coleção inspirada nas vanguardas artísticas de Cuba, em especial no pintor René Portocarrero, para criar looks com muitos babados e plissados que mesclaram formas cubanas com a cultura brasileira.
Rober Dognani
Weider Silveiro
Talentos Senac-SP: Pela quarta vez, a parceria com a Casa de Criadores propiciou os desfiles das dez melhores coleções dos formandos do Bacharelado em Design de Moda Estilismo e também das dez melhores dos formandos em Design de Moda Modelagem. Além dos desfiles, houve projeções da categoria Imagens de Moda e a Exposição de Modelagem no hall de entrada da Galeria Prestes Maia.
Novos Olhares: O time de dez criadores composto por Ale Brito, Arnaldo Ventura, Fernando Cozendey, Igor Dadona, Karin Feller, Lucas Barros (da Apto 401), Rober Dognani, Renan Serrano (da Trendt), Walério Araújo e Weider Silveiro criou looks em que o crucial era a inclusão social via moda.
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A vez do vintage no jeanswear
For-All
Affliction
As principais feiras internacionais e as marcas mundiais formadoras de opinião são unânimes em proclamar o vintage como proposta que norteia a criação e a produção do jeans para o Inverno 2015
O
look envelhecido, produzido com a mais alta tecnologia, é o elemento-chave para a criação no segmento jeanswear que vai imperar para o Inverno 2015. Com olhar apurado, a consultora Iolanda Wutzl, sócia-diretora do Guia Jeanswear, percorreu as principais feiras internacionais do setor – Bread & Butter Berlim, Premium e Panorama –, todas na Alemanha, e fez um levantamento detalhado que World Fashion traz para o público varejista. O intuito é preparar o olhar para a escolha das próximas coleções que vão compor o mix das lojas durante a temporada.
Construções
Cada vez mais se vê o felpa (tecido plano com toque de moleton no seu avesso) nas coleções das marcas mais influentes. Produzido com algodão, poliéster e elastano, o artigo agrada pelo aspecto, pelo caimento e principalmente pelo conforto que proporciona. Aparece como índigo, como black e também como colorido, na produção de calças, blusões e jaquetas, em pesos que vão de 8 a 11 onças. O felpa suporta praticamente todos os tipos de lavagens e, no momento, aparece como a novidade em termos de construções para tecidos. Cabe a cada tecelagem e às marcas dar o acabamento diferenciado que condiz com o público alvo.
Malhas
O tingimento índigo está muito presente nos fios para malhas de tricô e crochê. O grau de fidelidade desse segmento ao denim é tal que as peças tricotadas e crochetadas, em 100% algodão, podem vir tinturadas, rasgadas, puídas, enfim, vêm com o toque de envelhecimento sugerido para a temporada. Para se chegar aos resultados esperados, as malhas passam por processos a laser e ozônio na lavanderia.
Formas
Na temporada, predominam as versões skinny, boyfriend e a nova girlfriend, sendo que cada marca trabalhará essas propostas de acordo com o perfil do público alvo. E como o vintage predomina na estação, as marcas reeditam o look clochard, tão em voga nos anos 80: como as calças têm o gancho grande, ao serem bem ajustadas com o cinto, ficam bem à altura da cintura e com volume no quadril. Os shorts também seguem a proposta boyfriend. Já os comprimen-
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tos mais cotados para as calças são: cigarrete, capri e pedal push (à altura da panturrilha), com dobra na bainha ou não. No masculino, as jaquetas são amplas, com ombro desestruturado, bem ao estilo dos anos 80. Já os blêizeres são estruturados, como na alfaiataria; só que agora podem vir confeccionados em denim todo em matelassê graúdo. No feminino, as jaquetas são estruturadas e acinturadas, no índigo e no black. A jardineira está em alta, skinny e boyfriend.
Anerkjendt
Aviamentos
Os metais vêm com força (botões, placas, zíperes, correntes), sempre funcionais e seguindo a proposta vintage. Tanto é que podem até ganhar pontos de ferrugem, para ganharem ares de autenticidade. Mas os esmaltados também estão presentes, sempre seguindo a tonalidade da roupa. Embora importantes, as dimensões dos aviamentos não destoam na peça. Até mesmo o niquelado tem que vir com toque de envelhecimento.
Cores
Vermelho, camelo, ferrugem, cáqui, coral, mostarda, azul Klein, carbono, verde-folha e também o verde militar e, claro, o marinho. Essas são as cores que prevalecem na cartela do Inverno 2015 segundo as grandes marcas do jeanswear. Como sempre, o vintage é o elemento que dá o tom da temporada. Por isso, as peças passam por processos de acabamento que resultarão no tom envelhecido exigido pela moda. Não se trata do denim “descarregado” (com aparência uniforme de alvejamento), mas de uma peça que foi artesanalmente trabalhada, para que seu aspecto reúna tanto o desbote quanto a reserva de pigmento.
Camisaria
No masculino, os maquinetados estão em alta nas construções dos tecidos, assim como o jacquard. O desenho maquinetado imita motivos de camisaria (poás, pied-de-poule, etc.). Em vez de estampada, a peça ganha efeitos próprios da construção do tecido, sobretudo depois da etapa da lavanderia. As camisas vêm também em tecidos coloridos, com predomínio do cáqui, do cinza e do black, lavados e discretos. No feminino, o maquinetado também está presente, juntamente com estampas como os florais e os poás, que se misturam numa mesma peça em delicados e elegantes patchworks.
AG
Lavagens
Antony Morato
Tudo o que se faz nesse campo remete ao vintage (efeito de luz, reserva de corante, etc.). Para se chegar ao resultado, são necessárias pelo menos sete etapas de acabamento. Seja índigo, seja black ou colorido, o efeito 3D continua, ao lado dos bigodes e da marcação com efeito 3D à base de resina. O segredo está na técnica de: a peça vai batendo na máquina e surge o efeito de acabamento vintage. Tem que ter história, aparência e proposta.
Acabamentos
As coleções do Inverno 2015, como as da 7 For All Mankind, Diesel e G-Star, trazem como destaque os detalhes puídos das peças. Esse acabamento é importante e apresentado como devorê, válido para o Inverno 2015 e o Verão 2016. Está em praticamente todas as peças, como calças, macacões, jaquetas e até na malharia, seja a circular, seja o tricô e crochê. (E.K.)
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Buena Vista
Fotos: Divulgação
+inverno 2015 DieselBlackGold-
AT-P-CO
Dawn
Gabba
Dstrezzed
Blend-She
Cream
Blue-De-Genes
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LevisMade&Crafted
Diesel-BlackGold
Freemant_ Porter
Mustang
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leveza, conforTo e elasTicidade nos deniMs da TaveX A Tavex traz para o Inverno 2015 uma série de 16 artigos do tipo premium, que levam alta tecnologia, conforto, flexibilidade e versatilidade. “A tendência aponta para denims com conforto, a alta elasticidade e pesos leves.”, comenta a gerente de marketing jeanswear da Tavex, Lilian Kurosaki. Os tecidos Cramber e Skye da linha Twinic® by Tavex destacam-se pela proposta de cores, com amplas possibilidades de misturas, e pela versatilidade na lavanderia, com economia de água. A linha Tri-blend Tecnology® by Tavex propõe a versão Black para o inverno. A alta tecnologia aparece na mistura
canaTiBa lança Mirror, deniM QUe faz referÊncia ao coUro
dos três fios – algodão, T400 ® e elastano, com melhor performance para o produto confeccionado, dados os atributos das três matérias-primas. Entre as novidades para a temporada, a empresa traz as linhas: Icon (100% algodão, cores intensas e acabamentos diferenciados; o tecido Dundalk recupera o azul intenso, já o Dusk transita pelo black over black), Free (destaque para o stretch, do slim ao comfort fit, em três linhas: Fitness Denim, Fitness Denim e Second Skin), Denim Couture by Tavex (denim premium com aspectos sofisticados, composta por quatro linhas: Absolute Fit by Tavex, com mais de 50% de elasticidade; Runway by Tavex, com o tradicional denim repaginado; Jeather Denim® by Tavex, que traz o denim com aspecto de couro; e Twinic® by Tavex, com denims desenvolvidos para otimizar processos de lavanderia)
o visual e o charme do couro, indicado para todas as estações do ano. Fazem parte da linha os artigos: Mirror Rosa pó (trama branca, peso leve, toque macio, acabamento resinado), Mirror de Verão (peso leve, trama branca, acabamento resinado, tonalidades claras), Mirror petróleo e Mirror Vinho (denims leves, trama tinta preta),
Fotos: Divulgação
Não por acaso a Canatiba Denim Industry entrou em campo e lançou a linha Mirror Denim. Um Denim levemente resinado, com aspecto de couro mas que oferece a leveza e o conforto que encontramos no velho e bom Jeans. Apostando em tons apastelados, os denims com visual de couro se tornaram um clássico para todas as estações do ano. O artigo é indicado na produção de jaquetas, camisas, saias, shorts, calças e coletes. A Canatiba destaca, ainda, o lançamento do tecido com novas cores: branca, areia, rosa, verdes, azuis, petróleo e vinho. O Mirror Denim tem em sua composição 74% algodão, 24% poliéster e 2% elastano. Um tecido com as características do denim,
vicUnha aposTa eM Tecnologia e conforTo
daMYller aposTa no MiX Xadrez coM o floral Seguindo a linguagem do jeanswear, a Damyller propõe a linha de confeccionados composta por saias, shorts, calças, blusas e jaquetas. Entre as estampas, destaque para
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o mix dos clássicos xadrez e floral. A coleção feminina está disponível nos 118 pontos de venda da marca em todo o Brasil e no e-commerce da empresa.
O inverno 2015 da Vicunha inclui artigos com construções, composições e tingimentos diferenciados e uma nova gama de estampas para índigos e brins. Destaque para a ampliação da linha Athletic, com os tecidos Step e Squash no denim e a nova coleção Athletic Color. Com o toque e o conforto de um moletom, as sarjas Bungee, Bungee Black e Spinning da nova linha Athletic Color trazem construções diferenciadas em tecidos com toque macio e elasticidade que varia de 40% a 65%. Ideais para a criação de peças urbanas, os artigos possibilitam versatilidade em tingimento e estamparia. Os artigos são ideais para shapes que pedem movimento, do slim fit aos mais relaxados, e também são
superversáteis em lavanderia, sendo bases perfeitas para variadas técnicas como ecotingimento, jato color e tingimentos desbotáveis. Além da versão pT, traz uma cartela de nove cores como Black, Bordô, Verde Militar, Azul Carbono e Concreto, destaques para a estação. Sucesso no mercado desde as últimas coleções, os índigos tecnológicos da linha Transforming Denim ganham nova versão, o artigo Iron, com tons que vão desde os cinzas mais puros a padrões que contrastam com a cor esverdeada. Todos os lançamentos da Vicunha para a temporada estão na edição #11 da revista Vtrends, que traz desde as novidades em tendências até as novas técnicas de lavanderia industrial.
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prodv
Textilfest
Venha para Blumenau celebrar a maior Feira das Américas para a indústria Têxtil.
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Todas as cores da capricórnio TÊXTil Quatro novos tingimentos em denim ampliam as possibilidades em lavanderia. A tecelagem amplia seu portfólio de artigos com tingimentos especiais e lança 11 novos tecidos com estruturas densas e refinadas, que levam sofisticação às peças com stretch. São quatro cores exclusivas, o que permite maior variação de lavagens e diferenciação do produto final no mercado. A cor Intense Black, presente nos artigos Regent, Bond, Carnaby e Picadilly, renova o denim com o preto intenso e profundo, multiplicando as possibilidades de efeitos em lavanderia. A cor Intense Grey, do o New Castle e do Brighton, evoca o cinza profundo, que possibilita desde o efeito amaciado até o délavé, sem perder o tom acinzentado. Já o Shine Blue, do artigo Tahiti, apresenta o jeans em nova cor azul brilhante, que tende ao púrpura, e é extremamente versátil na lavanderia. O Turquoise Dye, por sua vez, dos tecidos Mykonos e o Santorini, vem com nuances que oscilam entre o verde e o azul brilhante. Destaque também para os tecidos Orfeu (Intense Blue) e Cozumel (Inside Green). A diretora de planejamento Estratégico da empresa, Maria José Orione, lembra que os novos tecidos são resultado de pesquisas sobre as tendências no segmento jeanswear e as evoluções no comportamento de consumo.
Tecidos leves e esTaMpas no inverno da cedro
Fotos: Divulgação
A Cedro Textil criou uma ocasião especial para o lançamento de seu Inverno 2015. No showroom da empresa, no Brás, apresentou a nova coleção e, numa parceria com a GB Customização, mostrou ao mercado, no Laundry Hot Season, os recursos tecnológicos que podem ser usados para potencializar o jeans na moda contemporânea. Na coleção de inverno, a Cedro traz novidades na linha Thor com os artigos nas versões: poá (bolas minúsculas), liberty (flores delicadas), grunge (xadrez) e fiore (florais). Responsável pela área de estilo da Cedro, Eduardo paixão comenta que os novos tecidos são leves – em tor-
no de 6 onças – e podem ser usados do lado direito (liso) ou do avesso (estampado). “Acabamentos como amaciamento, stonagem ou mesmo bleached, permitem que o fundo estampado apareça, produzindo ainda na peça o efeito de reserva de pigmento nas costuras”. Outra proposta interessante da Cedro é a linha Bio Fashion, que permite o tratamento do tecido em lavanderia com até 50% a menos de consumo de água. No evento Laudry Hot Season, as peças apresentadas, finalizadas pela GB Customização, foram confeccionadas com a linha de tecidos Top Denim Cedro, que se caracteriza pela versatilidade e inúmeras possibilidades de beneficiamento. Vale destacar que algumas das peças apresentadas passaram por até 7 procedimentos de lavagem, fato que aumenta o valor e a competitividade dos artigos.
deniM covolan prioriza conforTo marketing Aline Nóbrega Cabral, dá atenção especial para os tecidos de peso leve para a camisaria. Os artigos são lisos, estampados, maquinetados e sempre adequados para todos os tipos de acabamento em lavanderia, o que permite ressaltar a padronagem e efeitos especiais das construções. Outro destaque da temporada são os acabamentos encerados com aspecto de couro. Nessa linha, chamada Jenifer pU, os artigos surgem nas cores: bordô, preto, marinho, vermelho, azul royal e marrom. Já a coleção Genius Denim ganha mais opções de tingimento e outras construções.
prodv
Conforto é a palavra que rege a coleção de Inverno 2015 lançada pela Covolan Têxtil. para alcançar os melhores resultados, a tecelagem aposta na construção em forma de cetim, adicionando a ela a alta elasticidade dada pela presença do elastano. A coleção é calcada nas cores azul, vinho, ocre e verde militar. Nas construções, a trama vem em preto para valorizar acabamentos quando o denim é tingido em blue intenso. Destaque para os tecidos Cetim Color e Cetim Genius. A Covolan, segundo a gerente de
GO TEXTILE SOURCING SHOW TECIDOS • AVIAMENTO • FIOS • CAMA, MESA E BANHO • VESTUÁRIO
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OUT 2014
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PAVILHÃO AMARELO - SÃO PAULO - SP SINROUPAS-GO
+por dentro
invErno 2015 lEva o Brilho E GlaMour dos crisTais
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burgundy, vinho e vermelhos rosados do inverno europeu. Diversas contas, gotas e pedras semipreciosas combinam-se para criar uma atmosfera de luxo. A Trilliant Fancy Stone é destaque tanto em looks geométricos modernos quanto em propostas vintage.
crisTais cHecos
As cores do Inverno 2014/15 já estão disponíveis na ampla linha da Cristais preciosa, marca do genuíno cristal checo, cuja fábrica está instalada na histórica região da Boêmia. O trabalho de pesquisa foi realizado pelo Grupo preciosa, sediado na República Checa, em parceria com a pantone, principal referência mundial em certificação de cores. Como conceito, a proposta é a busca do insondável, do inesperado, sintetizado na paleta de cores clássicas, que surpreendem pelo brilho vibrante e tonalidades intensas, resultando em harmoniosas e energéticas combinações para o Inverno 2014/15. São quatro os temas propostos para a temporada: Voyage, From Beyond, No Limits e The Essence. O tema Voyage faz uma invocação à natureza, com tons sombrios de verde e terra, em contraponto ao vermelho vivo simbolizando as colheitas. Em From Beyond surge um convite a extrapolar limites da Terra, com cores que evocam a luminiscência do universo mais distante, sintetizado nas combinações do verde e roxo. No Limits busca inspiração na água, fonte da vida, contanto que essa água dê a ideia de uma explosão de entusiasmo, em combinações que associam vermelhos e tons de violeta. A proposta em The Essence é trazer o observador à contemplação, por meio de uma paleta de cores sofisticadas, mais quentes, que tendem para o ouro e as especiarias. A Cristais preciosa apresenta como destaque a linha Chaton Rose VIVA 12, composta por pedras de intenso brilho, cores e luminosidade, e que têm como principal característica o fundo com superfície plana, o que permite sua perfeita aplicação como detalhe de roupas, pelo sistema termocolante. No Brasil, os cristais da série Chaton Rose VIVA 12 estão, por exemplo,
Fotos: Divulgação
A
equipe de coolhunters da Swarovski destaca a predominância de duas forças aparentemente opostas nessa estação: o individualismo e o coletivismo. A proposta é estimular a criatividade fornecendo inspiração para passarelas, acessórios, joias, interiores, iluminação e embalagens. São quatro os temas que a grife contemporânea em cristais propõe para o Inverno 2015. Extravagant Simplicity (Clássica) é o tema que sugere a interpretação do Clássico tendo como pano de fundo a pureza de formas proposta pela Bauhaus. O design é puro e limpo, em contraponto aos excessos do mundo atual. Tons de nude, rosé e champagne, com toques de ouro rosa estão em voga, na forma de pequenos cristais aplicados com precisão em linhas geométricas. Já a proposta Nature Lab (Progressiva) lembra que tecnologia e natureza coexistem, servindo de inspiração uma para a outra. O verde proposto vem com o nome de Dark Moss Green, enquanto o cinza lembra o industrialismo urbano. A tecnologia 3D para impressoras acende a possibilidade e o desejo para o desenvolvimento de joias personalizadas. Nessa linha, a Swarovski oferece a Dome Bead e suas formas inspiradas na natureza, sugerindo a criação de joias e acessórios com a proposta DIY (Do It Yourself). Urban Nomad (Romântica) resgata um novo visual boêmio de inspiração nômade, tendo a liberdade como referência. Há toques de excentricidade na cartela de cores, feita de variações de cobre, bronze, ocre e roxo profundo. A sensação desta temporada é a vibrante Crystal Blackberry Pearl, sob efeito do novo Crystal Lilac Shadow. Já a lapidação assimétrica da Sweet Heart Fancy Stone, ideal para fashion jewelry, e as folhas em forma de coração do novo trevo Clover Pendant, exalam romantismo. O tema Demure Decadence (Glamour), por sua vez, faz alusão às mudanças econômicas e geopolíticas, propondo um novo conceito de glamour: a opulência oriental e tons vibrantes de rosa da Índia harmonizam-se com a proposta ocidental do
Foto: Divulgação Swarovski
O luxo é elemento que se tornou indispensável nas criações contemporâneas e tem como um dos principais aliados os cristais de intenso brilho e ampla gama de cores, produzidos com a mais alta tecnologia
nas coleções de Rodrigo Rosner. Outro destaque da preciosa é o cristal da linha “Sew-On”, também dotado de fundo plano, que pode ser aplicado ao bordado com linha e agulha. “O cristal Sew-On é o preferido por ateliês de alta costura”, assinala o executivo da área de Negócios para a América do Sul, Michal Sekowski. Os cristais checos da marca preciosa, segundo o executivo, são produzidos com pura água da região da
Boêmia, “que os tornam reconhecidos como os melhores cristais do mundo”. Além disso, o executivo salienta que os cristais preciosa seguem os rígidos critérios de preservação ambiental propostos pela legislação europeia e norte-americana. “São cristais com alto brilho e luminescência, atributos associados ao baixíssimo teor de chumbo na composição, o que os coloca em grande vantagem sobre artigos produzidos fora do continente europeu”.
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Foto: Gui Benites
por Arnaldo Rabelo
Consultor em marketing infantil e licenciamento de marcas.
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www.rabeloeassociados.com.br
EscolhEr o PÚBlico É uMa arTE O público infantil e teen está muito mais informado e antenado com lançamentos na era digital. Lembre-se disso ao definir o target de sua marca no competitivo mercado da moda
É
comum empresas fazerem escolhas inadequadas à hora da definição do público. E com este ponto mal definido, toda a definição estratégica da empresa pode ficar comprometida. para verificar, basta perguntar a um empresário qual é o seu público. Algumas respostas prováveis são: mulheres da classe C; crianças de 0 a 12 anos de idade; homens da classe B, de 30 a 50 anos. No passado, quando eram poucos os concorrentes e grande a demanda, isso até funcionava. Hoje, com a concorrência internacional de empresas competentes e o excesso de oferta, conquistar clientes é o grande desafio. O mercado é composto por pessoas com diferentes necessidades. A divisão do mercado heterogêneo em grupos menores, mais homogêneos, é o que se chama de segmentação. Os critérios usados para essa divisão são as características que definem seu padrão de consumo.
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No caso de produtos infantis, é preciso levar em conta alguns fatores. Veja a seguir.
QUeM decide a coMpra não É QUeM Usa o prodUTo
Aqui devemos considerar que no processo de compra existem papéis que podem ser desempenhados por diferentes pessoas. O “iniciador” é a pessoa que sugere a ideia de compra de um produto ou serviço; é quem percebe a necessidade não atendida. pode ser a babá, por exemplo. O “influenciador” é a pessoa cujo ponto de vista ou conselho influencia na decisão. Um exemplo é um colega de escola da criança. A figura do “decisor” é a que decide sobre: comprar, o que comprar, como e onde comprar. para produtos infantis, tipicamente é a mãe da criança, mas o pai também é importante. O “comprador” pode não ser quem decidiu, mas quem efetivamente realiza a compra. poderia ser a vó da criança.
Finalmente, o “usuário” é quem usa o produto, mas não obrigatoriamente exerceu outros papéis na compra. Um exemplo seria um bebê.
a idade deTerMina os faTores Mais iMporTanTes
Fatores sociais e culturais exercem forte influência no padrão de consumo de adolescentes e adultos. Já crianças são mais influenciadas por fatores pessoais e psicológicos. Quanto menor a criança, mais as habilidades e capacidades são moldadas pelo estágio de desenvolvimento biológico. Assim, crianças de 0 a 2 anos de idade podem ser consideradas apenas usuárias de seus produtos, sem causar nenhuma influência no consumo. As necessidades, no caso, estão relacionadas à forte ligação com a mãe e à percepção do mundo através dos sentidos. Crianças de 3 a 7 anos estão em outro estágio de desenvolvimento psicomotor, já recebem influência de fato-
res sócio-culturais, e podem ser consideradas influenciadoras do consumo. Sua grande imaginação e busca de compreensão do mundo são os pontos mais característicos. As necessidades relacionam-se à busca de maior autonomia em relação à mãe e conquista intuitiva de algum tipo de poder e controle para sua vida, muitas vezes exercitado através da figura de heróis e personagens fortes e poderosos. A partir dos 8 ou 9 anos, fase que pode começar um pouco antes, é a entrada na pré-adolescência, quando a criança ganha mais autonomia e passa a compreender melhor regras e papéis sociais. para assegurar sua posição de criança “crescida”, rejeita tudo o que é muito característico de sua fase anterior. Sua referência agora são os adolescentes. Negocia as compras, chegando até a ser decisora da aquisição de muitos delas. Essa fase vai até os 11 ou 12 anos, quando começa o comportamento adolescente. Esses grupos têm capacidades, necessidades, desejos e papéis de compra muito diferentes entre si, exigindo produtos e abordagens específicos. Além disso, na medida em que a criança cresce, aumentam as diferenças com causas sócio-culturais. O grupo de 3 a 7 anos já apresenta diferentes necessidades de consumo entre meninos e meninas. No grupo de 8 a 12 anos, além dessas diferenças, começam a aparecer diferentes ‘tribos’, nichos com comportamentos específicos. Com esse panorama, a empresa que atua no mercado de produtos infantis deve escolher estrategicamente em quais segmentos atuará. Como cada segmento tem necessidades específicas, os produtos devem ser desenvolvidos de forma direcionada para aumentar o apelo e a satisfação. Atender a mais de um grupo com a mesma marca é um desafio enorme, principalmente quando a marca ainda não é tão forte. O licenciamento permite a associação de marcas, personagens ou celebridades adequados a cada segmento. Muitas vezes, a empresa opta por manter sua marca nos produtos como sinônimo de qualidade naquela categoria específica. A função do personagem licenciado, neste caso, seria aumentar o apelo do produto a seu segmento através da associação a valores com os quais o público se identifica. É cada vez mais comum vermos a associação da marca do fabricante com a marca licenciada nos produtos. Observe os grandes casos de sucesso de licenciamento. Não será difícil identificar uma escolha de público bem definida e o uso das marcas de forma bastante inteligente.
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Foto: Arquivo pessoal
por Edson D'Aguano
Diretor presidente da Consultive Holding.
www.consultive.com.br
o sucEsso ou o fracasso não É o QuÊ vocÊ faz, Mas É o coMo vocÊ faz!! Por que as coisas dão errado quando fazemos tudo certo???
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eza a lenda que o mantra do sucesso de hoje, mergulhados que estamos “até o talo” num mercado C.A.C.O. (Complexo, Acirrado, Competitivo e Ofertado), é o barulho ensurdecedor que ecoa pelos corredores de cada empresa do nosso mundinho fashion como um verdadeiro rufar de tambores. Haja tensão, haja incerteza e haja insegurança... E como! Num mercado onde a demanda leva uma “goleada” da oferta, as dicas são: premissa 1: O cliente em 1º lugar é tudo na vida (hospitalidade total). premissa 2: Cumpra a sua promessa em 2º lugar (entrega total) e premissa 3: Seja melhor que a concorrência em 3º lugar (maestria total) e ponto final, certo? Errado. Não apenas isso... Cada diretriz acima, por mais individual que possa ser, apresenta uma obrigatoriedade e um desafio estratégico enorme e uma missão executiva maior ainda; mas gestores com alta taxa de competência sabem que, num cenário C.A.C.O., o verdadeiro desafio está em focar, planejar, atender, realizar e controlar as três premissas (atributos) ao mesmo tempo, simultaneamente mesmo, e “ai de quem”, se assim não for. É caos na certa a caminho do inferno. por exemplo... Uma grande ideia que até pode deixar sua empresa entusiasmada, mas que não sensibiliza o seu cliente, não cria nenhum resultado de
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valor. Uma grande ideia que não pode ser implementada, não passa de um delírio. A propósito e lembrando o milenar axioma, “Visão sem Ação é sonho. Ação sem Visão é loucura”... precisa mais? E ainda que uma grande ideia que por você possa ser implementada, mas que a concorrência o faça com maior competência e em menor tempo, é, no melhor dos mundos, um baita esforço em vão e, na pior das hipóteses, perda de tempo e recursos. Então, olhe para dentro de si mesmo. O que você deve esperar se deixar de lado o milagre onírico e partir para mesclar uma grande ideia (estratégica) com uma grande realização (execução)? Num cenário de projetos INDIVIDUALIZADOS, em que os resultados são determinados por quão você e sua equipe realizam iniciativas de audácia e inovação pró-mudanças, a resposta é simples, objetiva e certeira, ou seja, Sucesso absoluto... porém, nas duas últimas décadas, testemunhamos, no fashion world brasileiro, uma grande mudança sistêmica do tradicional sucesso individualizado (tipo eu comigo) para o sucesso concomitante com o trabalho em equipe. À medida que os clientes ficam entediados e/ou frustrados com o fornecimento e o atendimento habitual da sua empresa, como por encanto, os concorrentes se aproximam e entram em cena “rasgando”. As
marcas/empresas tentam, daí e só daí, sair da armadilha da comodidade (zona de conforto) ao encontrar formas de alavancar Produtos com preços competitivos e designs sedutores, formas de quantificar a Comercialização com capilaridade horizontal e distribuição vertical bem como formas de qualificar a Comunicação, via mídia global e CRM global. O PCC explica...
eXisTe UM caMinho Melhor???
Cada vez mais os gestores executivos (tal e qual você na sua empresa) são pressionados e empurrados para um mundo que exige maior interação entre a empresa e o mercado (e/ou vice-versa) e o catalizador–mor desta parceria é a qualificação do RH (Recursos Humanos), é claro. E é aí que mora “o caminho das pedras” pró-Sucesso (ou não) e o perigo pró-Fracasso (ou não). A sacada é que, ao trabalhar definições em conjunto com outras pessoas da sua empresa e empresas terceirizadas (fornecedores em geral), você pode (gestor executivo de nova geração que é) realizar grandes ações com muito mais eficiência e eficácia do que jamais conseguiria se o fizesse decidindo sozinho. A desvantagem, porém, é que o sucesso agora não depende apenas do talento, esforço ou determinação individual de um executivo, mas do talento, esforço e determinação da sua equipe, parceiros que são, e colaboradores também. Ser sozinho e autossuficiente já não basta. O gestor não é mais um inovador independente. É um líder contumaz, mestre, personal e controlador. Tudo ao mesmo tempo. A realidade coorporativa de hoje em dia sinaliza que um gestor é uma peça fundamental dentro de um ecossistema, que exige audácia e inovação, mais amplo, mais assertivo, mais contundente e mais resultante, em menor tempo e com menor custo, com foco no Como
fazer, com mais ênfase do que no Que fazer. Estou me referindo, portanto, a Inteligência Competitiva de Mercado. O Como virou vedete. O Que virou coadjuvante. O Sucesso, num mundo conectado exige que você, gestor, administre sua dependência através do Como fazer, mas, antes disso, é preciso percebê-lo, compreendê-lo e interpretá-lo. É preciso ver para crer, sentir para render. Até mesmo, penso que as maiores empresas do nosso mundo fashion podem ser surpreendidas por essa mudança na maneira de pensar e agir. O Fracasso explica...
eM TeMpo: o inconsaB fala Mais alTo!!!
Onde está a Sabedoria que perdemos no Conhecimento? Onde está o Conhecimento que perdemos na Informação? A informação cativa. O Conhecimento conquista. A Sabedoria domina. A hiperconexidade coloca esse InConSab nas mãos de muitos gestores que buscam o Sucesso e a transparência revela tudo: essa é a nova realidade. Até hoje, observamos algumas das forças externas atuando sobre nós conforme lutamos para nos adaptar às mudanças dos tempos pró-Sucesso. No entanto, existem outras forças atuando, fortes mudanças internas que afetam nossos sentimentos como indivíduo, empresas e qualquer grupo do qual fazemos parte. As novas necessidades e desejos bem como percepções alimentadas por essas mudanças também exercem forte influência no futuro Sucesso ou Fracasso empresarial. portanto, para levar totalmente em conta as rápidas mudanças na geografia e no ecossistema dos negócios, precisamos também abrir a mente e considerar que estas forças poderosas criaram um novo “campo de jogo” para o GDSF (Ganhar Dinheiro e Ser Feliz). para alcançar o Sucesso (ou não) a busca não é invisível aos olhos. Quem viver, verá!!!
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por Marcelo V. Prado
Foto: Arquivo pessoal
Marcelo V. Prado é sócio-diretor do IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial
www.iemi.com.br
os riscos do crEsciMEnTo
Foto: Divulgação
Ponderar a velocidade de crescimento e a sustentabilidade deste crescimento são pontos essenciais para a empresa poder se desenvolver de modo saudável, duradouro e lucrativo
T
emos assistido nos últimos anos a um crescimento significativo do varejo no Brasil, em especial das redes de grande superfície, usualmente qualificadas pelo mercado como redes de autosserviço. Neste grupo, onde se enquadram os hipermercados e lojas de departamento, observa-se, ao longo da última década, importantes movimentos de consolidação, com diversos casos de fusões e aquisições, abertura de capital na bolsa de valores e capitalizações por parte de fundos de investimento. Em cada um destes movimentos, o principal objetivo estratégico imposto pelos investidores alinha-se com um crescimento rápido das operações, baseado na lógica de que ganhos de escala, associados a uma maior participação e poder de mercado, são garantias de conquistas de vantagens competitivas relevantes e do aumento da lucratividade. Dentro de uma análise mais macro, tal lógica faz todo o sentido: o problema é como administrar a pressão pelo crescimento acelerado, conciliando uma gestão eficiente, em meio a uma concorrên-
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cia cada vez mais acirrada no mercado e diante de custos operacionais em elevação, em especial os custos imobiliários e as despesas com a mão de obra.
MeTas e esTraTÉgias
Crescer é sem dúvida um desafio estratégico importante para qualquer empresa e não pode nunca ser negligenciado. porém, crescer ao custo da perda da lucratividade é, em geral, também o caminho mais curto para o fracasso. Nem mesmo possíveis ganhos futuros de escala, devem servir como justificativa para a redução de margens em favor do crescimento. por outro ângulo, quando olhamos para os consumidores brasileiros que
hoje gozam de um maior poder de compra – com a melhoria do emprego, maiores salários e acesso mais facilitado ao crédito – enxergamos um consumidor que pode mais e quer mais. Sem dúvida, o aspiracional destes consumidores nunca falou tão alto quanto hoje, em especial no segmento de moda, onde a capacidade de encantamento de um produto é o principal mote de venda que o varejo pode oferecer. Cada vez mais, podemos afirmar que os consumidores brasileiros estão em busca do melhor que o seu dinheiro pode pagar e não do produto mais barato. Um bom exemplo da mudança que estamos assistindo no consumo é que nas mais recentes pesquisas de comportamento realizadas pelo IEMI tem sido identificado um total entre 60 a 70% de consumidores dispostos a pagar mais por um produto ou serviço de moda, no qual ele perceba algum diferencial. Mas, por vezes, este diferencial nem está associado ao produto em si, mas à ambientação da loja, sua localização, conveniência, atendimento e outros fatores que tornam a experiência de compra algo realmente agradável e recompensador. Se crescer é preciso, garantir a lucratividade é fundamental para a sobrevivência, principalmente quando se está exposto ao frágil humor da economia brasileira. para tanto, porém, é preciso preservar a identidade e os diferenciais que a empresa construiu para se transformar em um ativo atraente, eliminando das estratégias
competitivas, objetivos insustentáveis a médio e longo prazo, como os que podem ser relacionados às frases do tipo: “seremos os mais baratos...”, “seremos o maior...”, “seremos o melhor...”. Tais objetivos estratégicos demandam, invariavelmente, esforços tão consideráveis das organizações, que tendem a corroer a sua lucratividade em curto espaço de tempo, mesmo que gerem um maior crescimento das vendas. Almeje sempre o crescimento da sua empresa, mas pondere a velocidade e a sustentabilidade das vantagens competitivas que você irá utilizar para este crescimento, para poder alcançá-lo de um modo saudável, duradouro e lucrativo.
indicadores econÔMicos
Voltando ao vestuário, a venda do comércio varejista avançou no mês de abril. Em volumes físicos o avanço foi de 6,3% e, em valores de venda, de 6,7%. No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2014, houve alta de 3,9% nas receitas e recuo de 1,2% nos volumes. A produção nacional destes artigos, em número de peças confeccionadas, avançou 3,8% em abril comparado ao mês de março de 2014. No ano, a produção acelerou a taxas pequenas de 0,8% em 2014, sobre o montante produzido em 2013. As importações brasileiras de roupas, por sua vez, recuaram 34,3% em abril, porém acumulam alta de 3,7% no ano. Já as exportações obtiveram alta de 22,1% no mês, e no ano acumularam queda de 9,6%.
deseMpenho vesTUÁrio
variação no MÊs 1
variação anUalizada 2
vendas no varejo (r$)
6,7%
3,9%
vendas no varejo (peças)
6,3%
-1,2%
prodUção indUsTrial (peças)
3,8%
0,8%
iMporTações (Us$)
-34,3%
3,7%
eXporTações (Us$)
22,1%
-9,6%
Fontes: IEMI / IBGE / SECEX (1) Abril 2014 / Março 2014 (2) janeiro-abril 2014 / janeiro-abril 2013
EDIÇÃO 146
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por Paulo Delegá
Paulo Delegá é diretor Foto: Arquivo pessoal
da Vendere, agência digital de criação e desenvolvimento de sites e marketing na Internet.
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Vender moda no seu site, sim ou não? Assim como não é possível ficar fora do ambiente virtual, também é essencial fazer a escolha acertada do modelo de vendas on line, para que empresas e marcas atinjam objetivos comerciais E-commerce: não ter, Marketplace ou loja própria?
Há basicamente três modelos para uma empresa de moda lidar com vendas na Internet: a) não ter e-commerce, ter um site apenas de divulgação e relacionamento e vender fora da Internet. b) não ter e-commerce no próprio site, mas vender em um Marketplace, isto é, sites que vendem produtos de várias marcas. c) construir uma loja
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própria: um site ou uma seção de ecommerce dentro do próprio site. Vejamos vantagens e desvantagens:
Não ter e-commerce no site
Um site de divulgação e relacionamento, sem venda on-line, atende naturalmente a vários tipos de negócios do tipo business to business (B2B), isto é, ações realizadas entre fabricantes e atacadistas, pois dificilmente alguém compra 1.000 calças, duas toneladas
de fio ou 5.000 metros de denim diretamente no site, com o cartão de crédito. É preciso negociação entre humanos. Além do B2B, há empresas que vendem diretamente ao consumidor (B2C) e optam pela venda somente através de lojas físicas, com atendimento diferenciado. O objetivo também é o de impedir que o fabricante canibalize na Internet as vendas das lojas físicas.
Marketplaces on line
Empresas B2C (que atendem ao consumidor final) podem colocar seus produtos para vender em um ou mais Marketplaces, sites que vendem várias marcas, tais como: Dafiti, Farfetch, Oqvestir, shop2gether, Fashionera, Privalia, etc. No site “normal” da marca basta colocar um botão “comprar” que remeterá o cliente à loja no Marketplace. O lado bom é que o custo e a reponsabilidade pela infraestrutura técnica e pela divulgação do site ficam por conta do Marketplace. O ruim é que parte da receita fica para o Marketplace. Além disso, cada Marke-
tplace pode restringir o perfil das empresas aceitas e também estabelecer as regras para o relacionamento.
Site de e-commerce próprio
Ter o carrinho de compras no próprio site é opção para atender principalmente negócios B2C. O bom de ter a loja no próprio site é o controle total do processo e não ter que pagar comissão para ninguém. O ruim é o custo: criar o site, a operação (entrega, devolução, etc.) e manter tudo no ar operando 24h x 7dias (se o site travar na madrugada, um cliente já pode sair falando mal nas redes sociais). E há outro custo importante: como há milhares de sites no Brasil, é difícil alguém achar seu site por acaso. É preciso divulgar. As três maiores lojas na Internet do Brasil – Americanas, Netshoes e Walmart – investem pesadamente em marketing na própria Internet (principalmente na rede Google e no Facebook) e em revistas, rádio, jornais e TV. A Internet tem muito alcance, mas clientes não caem do céu, é preciso brigar pela atenção (e pelo bolso) deles.
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QUANDO O ASSUNTO É MODA, A GENTE VAI MUITO ALÉM DO BÁSICO. CHEGOU O
Primavera, verão, outono, inverno. Independente da estação, Nova Friburgo acaba de ficar ainda mais fashion com o SENAI Espaço da Moda. O primeiro e único centro
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Nessa edição, trazemos boas propostas brasileiras reconhecidas lá fora, ao lado de um nome já consagrado no mundo fashion. Em comum a todos está o foco na identidade e em valores culturais
O
Artes, em São paulo, projetada pelo escritório Brasil Arquitetura, e a Coleção de Inverno 2014 do estilista mineiro Ronaldo Fraga. A outra, que também é tema da nossa coluna, é a fachada da loja paul Smith, em Mayfair, Londres. Mesmo pertencendo a categorias diferentes, em comum apresentam referências da história local e usos de materiais considerados rústicos ou brutos e que paradoxalmente nos trazem a sensação de leveza, de acalento, de conforto, sem falar nos detalhes estéticos refinados, o que os tornam tão contemporâneos.
Fotos: Divulgação
Design Museum de Londres anunciou 76 indicações ao Prêmio de Design do Ano de 2014 nas categorias: Arquitetura, produto, Móveis, Moda, Gráfico, Digital e Transporte. Todos os projetos estão expostos no museu desde 26 de março até o próximo dia 25 agosto. O vencedor de cada categoria e o vencedor de todas serão anunciados no fim deste ano. No que se refere à arquitetura e à moda, nos enchem de orgulho três indicações, sendo que duas delas são os projetos brasileiros, Praça das
praça das arTes
Vejam o projeto de expansão da praça das Artes, situado numa região central da cidade sofrida pelo declínio econômico por décadas. O prédio histórico é a memória física e simbólica da cidade do final do século 19 para o início do século 20 e abriga o Conservatório Musical antes mesmo da existência do
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Teatro Municipal na região. Mantido e restaurado, foram incorporados a ele grandes volumes de concreto, elevados do nível da rua para criar espaços públicos acessíveis, com passagens que interligam as três ruas que fazem suas fronteiras: uma praça de verdade. Um lugar que reúne pessoas para desfrutar de dança e de música.
Diretora de Criação da Nomina Design, escritório especializado
Foto: Arquivo pessoal
Moda, arQuiTETura E dEsiGn soB holofoTEs
em projetos completos de loja e identidade de marca no varejo.
www.nominadesign.com.br
FacHada de paUl smiTH
A loja paul Smith, situada no número 9 da Albemarle Street, em Londres, foi ampliada com a junção do prédio vizinho e a fachada revestida de ferro fundido... É de tirar o fôlego! paul Smith queria que sua loja refletisse o contexto do entorno na área de conservação da histórica Mayfair. pensando nisto, os arquitetos da empresa britânica 6A Architects resolveram utilizar um material muito tradicional e familiar em Londres, presente discretamente nas ruas da cidade: o ferro fundido que aparece em muitos equipamentos urbanos, como trilhos, tubulações, grelhas, varandas e postes de iluminação. Estes são todos ainda moldados em fundições fundadas há mais de 100 anos e que até hoje empregam técnicas tradicionais que foram desenvolvidas na Idade do Bronze. A fachada foi recoberta por um padrão sinuoso de círculos entrelaçados e que foram fundidos em chapas de ferro, tornando-se uma balaustrada aberta através de janelas do primeiro andar. Ele reinterpreta e abstrai a rusticidade da construção georgiana e a linguagem ornamental esculpida na fachada de loja do século 18. Através da repetição desta forma típica do período da Regência, o padrão criado ganha complexidade óptica com o jogo de luz e sombra, transformando-se em uma textura de superfície profunda. Esta superfície é ainda valorizada por marcas do processo de fabricação comuns na fundição e a pátina natural do ferro fundido. Janelas curvas se projetam entre as texturas do ferro escuro formando vitrines luminosas. Os outros andares da fachada foram pintados de preto para mimetizar a construção vizinha. Na entrada da loja, os painéis de ferro fundido formam uma curva para dentro em direção à porta de carvalho manchado, que fica recuada, fazendo referência ao molde e leito de areia preparada para o metal fundido. Um degrau de ferro delicadamente curvado evoca passos do passado. Com o tempo, a entrada de ferro vai se polindo sob o pé, registrando a vida do edifício em seu material.
Nas roupas criadas por paul Smith existe o elemento surpresa sempre a ser encontrado, muitas vezes como um detalhe. Na fachada também há detalhes sutis: o trio de pequenos desenhos do designer fundidos diretamente em painéis espalhados pela fachada. Descubram um gato, uma bota e um pássaro. O interior de três andares tem três áreas principais. Cada uma com sua peculiaridade de sensação. E é aqui que encontramos os mínimos detalhes pensados por paul Smith. A área das mulheres é espaçosa, inspirada em um mix entre a rica história da arte de Mayfair e o estúdio da artista e escultora Barbara Hepworth. Racks esculturais expõem as coleções de roupas e armários exuberantes exibem os acessórios. As paredes do departamento de sapatos são uma injeção de diversão, decorado com mais de 26.000 peças de dominó! A área dos homens tem estilo modernista e masculino com móveis feitos em bronze e ma-
deira bruta em forma orgânica. Smith se orgulha do piso de limestone e blocos madeira com os nós e veios bem aparentes. Um arco de ferro preto exibe a alfaiataria e ao fundo três janelas amplas dão vista para um pequeno jardim. A área de mobiliário tem um estilo de galeria com paredes brancas e piso de limestone. Este espaço é bastante flexível para poder, durante o ano, exibir tesouros únicos e inesperados; algumas peças originais e alguns que recebem um novo sopro de vida com um tecido de paul Smith. O edifício recebeu outra característica vibrante: uma escadaria cor cobalto e verde brilhante. Como se fosse uma passarela suspensa, essa escada cria uma divisão entre as áreas. As vitrines são mudadas frequentemente e apresentam roupas, arte e mobiliário. Brasileiros na arquitetura e na moda, e uma loja entre os indicados no Design of the Year 2014. Aplausos!!!
o serTão de ronaldo fraga
Uma paisagem única do sertão brasileiro, a caatinga inspirou a coleção de inverno 2014 do estilista Ronaldo Fraga através da aparência rústica do couro e dos tons terrosos para os esverdeados dos cactos, amarelos e alaranjados solares, além do azul do céu. O couro com arranhões e marcas causados pelos galhos secos e cactos, normalmente desprezado nos curtumes, se tornam estampas naturais nas peças que se traduzem femininas pelo desenho do estilista.
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