Primavera, poesía e felicidade

Page 1


Primavera, Poesía e Felicidade

2

21 marzo 2015

Índice de contido Xoán Airas............................................................................................................................................2 Antón Avilés de Taramancos................................................................................................................2 Darío Xohán Cabana............................................................................................................................3 A Manuel María...............................................................................................................................3 Rosalía de Castro..................................................................................................................................4 Rubén Darío..........................................................................................................................................4 ¡Aleluya!..........................................................................................................................................4 Estíbaliz Espinosa.................................................................................................................................4 Federico García Lorca..........................................................................................................................6 Canción primaveral..........................................................................................................................6 Emilio Xosé Insua................................................................................................................................7 Votos................................................................................................................................................7 Antonio Machado.................................................................................................................................8 Me dijo un alba de la primavera......................................................................................................8 Era una mañana y abril sonreía........................................................................................................8 Manuel María.......................................................................................................................................9 Andoriña..........................................................................................................................................9 Ode á Poesía.....................................................................................................................................9 Ode ao nacemento dunha folla.......................................................................................................10 Égloga para que floreza unha mimosa...........................................................................................10 Elexía pola amendoeira en flor......................................................................................................11 Canción da flor do toxo.................................................................................................................12 Primavera.......................................................................................................................................13 Despedida da Primavera................................................................................................................14 Martha Medeiros................................................................................................................................14 Quem morre?.................................................................................................................................14 Pablo Neruda......................................................................................................................................15 Oda al día feliz...............................................................................................................................15 Amado Nervo.....................................................................................................................................17 La felicidad....................................................................................................................................17 Luís Pimentel......................................................................................................................................17 A poesía é o gran milagre do mundo.............................................................................................17 José Santos Chocano..........................................................................................................................19 El romance de la felicidad.............................................................................................................19 Yorgos Seferis.....................................................................................................................................20 Primavera d. C...............................................................................................................................20 Xohana Torres.....................................................................................................................................21

Coa presente escolma, a Biblioteca e o Club de Lectura “Pedra do Acordo” do IES “San Paio”de Tui, celebramos o Día Internacional da Poesía e da Felicidade e o inicio da Primavera


Primavera, Poesía e Felicidade

3

21 marzo 2015

Xoán Airas Bailemos nós ja todas tres, ai amigas, so aquestas avelaneiras frolidas e quen for velida, como nós velidas, se amigo amar, so aquestas avelaneiras frolidas verrá bailar. Bailemos nós ja todas tres, ai irmanas, so aqueste ramo destas avelanas e quen for louçana, como nós louçanas, se amigo amar, so aqueste ramo destas avelanas verrá bailar.1

Antón Avilés de Taramancos Abril rompe amodiño polos cómaros, unha preguiza nova vén no vento: ¡Ai meu amor! ¿Por onde o val florido sen a melancolía dos teus ollos? O sulco medra, medra esguiamente. Vou sementando amor con edras tenras para cinguir a luz, o vidro limpo do lume desbordado no teu labio. Este río que nace, esta mapoula, ¿qué transparente forza lle deu brío para aniñar na túa fermosura, no mármore levián de fresco lume? Sinto brosmos os dedos, o aloumiño tería de ser fráxil, rula morna que a túa voz máis leve engaiolase...2 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ 1 2

http://estromatolitos.blogspot.com.es/2012/06/airas-nunez.html AVILÉS DE TARAMANCOS, Antón, Obra poética completa, Espiral Maior, A Coruña, 2003, p. 51


Primavera, Poesía e Felicidade

4

Empeza a primavera no teu seo xentil e miudiña, como o pulo dun outeiro que nace de repente. Eu gardo un poldro novo prás camposas deste primeiro amor. E son agora romeiro apaixoado pola dita. Por onde xorde a flor graciosamente, alí meu corazón, túzaro xoven, planta o seu aturuxo máis cumprido. ¿E como non dicir este aloumiño de gromo tenro que che fire o peito? ¡A vendimar, qu é tempo no teu colo, a vendimar limón con auga clara que hai ánfora en sazón e hai seda morna na dureza da pel roxa e escura!3 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ A luz de abril: a terra xeme de sazón, entreabre o fondo deo sulco do amor e canta.4 Darío Xohán Cabana A Manuel María Se algunha vez, amigo meu, dixera que non é túa a luz que máis amei, ceguen meus ollos, porque non serei digno de ver de novo a primavera. Se algunha vez, amigo meu, rompera os preciosos cristais da nosa lei, que non regrese á chaira en que abrollei, patria que o teu cantar enaltecera. Se algunha vez, amigo meu amado, descoñecera a luz esplendorosa que ti me deches cando andaba cego, non mereza ser máis considerado por digno de vivir na patria nosa, non mereza o brasón de ser galego.5 3 4 5

Ibidem p. 58 Ibidem p. 225 https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=286062914899597&id=258421094330446

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

5

Rosalía de Castro E por eso ó mirar cal nos campos de novo abrochan as rosas dixen: "¿En onde, Dios mío irei esconderme agora?" E ó bosque de San Lourenzo me encamiñei silenciosa. Rubén Darío ¡Aleluya! Rosas rosadas y blancas, ramas verdes, corolas frescas y frescos ramos, Alegría! Nidos en los tibios árboles, huevos en los tibios nidos, dulzura, Alegría! El beso de esa muchacha rubia, y el de esa morena, y el de esa negra, Alegría! Y el vientre de esa pequeña de quince años, y sus brazos armoniosos, Alegría! Y el aliento de la selva virgen, y el de las vírgenes hembras, y las dulces rimas de la Aurora, Alegría, Alegría, Alegría!6

Estíbaliz Espinosa EU, que podo facer que este verso dure sempre que volvan as anduriñas a resolver a felicidade dun alto príncipe sempre que volva a neve que volva sempre que empuñen as vastas xentes a xustiza e ábrase o mar a unha orde dos meus ollos

6

in Cantos de vida y esperanza.

http://www.poemas-del-alma.com/xxvi-aleluya.htm

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

6

EU, que podo facer que Ulises navegue e navegue pensando sempre en volver e a Bela que Durme sexa cen veces espertada e a pomba trabucada e Lesbia miña sempre miña

¿Hai algo que non estea nas miñas mans na corrente de río que leva por diante figuras e batallas pra deixarme entre os dedos, peneirada a fina area prata e negra dunha páxina?

Facelo todo podo. A poderosa man do incerto príncipe termando dun bufón baleiro é tan só a miña meu o seu pensar que flota nas augas coma unha dama florescendo.

EU, príncipe das tebras e da luz, xiro e xiro coma un muíño que agardase nunha páxina a inmortalidade literaria a máis ferinte porque é quen de confundir a memoria das xentes de facer dun triste muíño un ser xigante ao son dun olifante que nunca soou.

EU, que podo facer deste Aleph a miña casa, que podo recrear un Amor que dura sempre -porque trálas perdices, agochado, estaba o sempre, trála páxina que volver non podo trála palabra fin, trálo pano caendo...

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

EU, fragmento desa area prata e negra tran préto da marabilla que me queimo teño que baixar os ollos ante ti que non es libro nin podo abrirte nin sei lerte anque sexas máis fermoso que Ulises e que Lesbia e que Roland e Dulcinea

hei de baixar os ollos e non seguir lendo

hei de baixar os ollos ante o único fragmento do meu tempo que non sei como facer que dure sempre7

Federico García Lorca Canción primaveral I Salen los niños alegres De la escuela, Poniendo en el aire tibio Del abril, canciones tiernas. ¡Que alegría tiene el hondo Silencio de la calleja! Un silencio hecho pedazos por risas de plata nueva.

7

in Pan (libro de ler e de desler), tomado da BVG.

7

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

8

II Voy camino de la tarde Entre flores de la huerta, Dejando sobre el camino El agua de mi tristeza. En el monte solitario Un cementerio de aldea Parece un campo sembrado Con granos de calaveras. Y han florecido cipreses Como gigantes cabezas Que con órbitas vacías Y verdosas cabelleras Pensativos y dolientes El horizonte contemplan. ¡Abril divino, que vienes Cargado de sol y esencias Llena con nidos de oro Las floridas calaveras!8

Emilio Xosé Insua Votos Para Luís e Rosa

Que o mel inunde cálido os vosos corazóns sempre Que receban os vosos corpos a donda carícia das follas dos íntimos bidueiros apousados nas beiras do rio da vida. Que se estremeza a vosa ollada ao cruzar-se cada dia como duas plácidas dornas mecas na ria da Arousa. Que proclamen os vosos peitos a bandeira imorrente da felicidade en cada hora. Asi sexa!9 8

http://www.poemas-del-alma.com/cancion-primaveral.htm

9

in Poemas, tomado da BVG

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

Antonio Machado Me dijo un alba de la primavera Me dijo un alba de la primavera: —Yo florecí en tu corazón sombrío ha muchos años, caminante viejo que no cortas las flores del camino. Tu corazón de sombra, ¿acaso guarda el viejo aroma de mis viejos lirios? ¿Perfuman aun mis rosas la alba frente del hada de tu sueño adamantino? Respondí a la mañana: —Sólo tienen cristal los sueños míos. Yo no conozco el hada de mis sueños, ni sé si está mi corazón florido. Pero si aguardas la mañana pura que ha de romper el vaso cristalino, quizás el hada te dará tus rosas; mí corazòn, tus lirios. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Era una mañana y abril sonreía Era una mañana y abril sonreía. Frente al horizonte dorado moría la luna, muy blanca y opaca; tras ella, cual tenue ligera quimera, corría la nube que apenas enturbia una estrella. Como sonreía la rosa mañana, al sol del oriente abrí mi ventana; y en mi triste alcoba penetró el oriente en canto de alondras, en risa de fuente y en suave perfume de flora temprana. Fue una clara tarde de melancolía. Abril sonreía. Yo abrí las ventanas de mi casa al viento... El viento traía perfumes de rosas, doblar de campanas... Doblar de campanas lejanas, llorosas, süave de rosas aromado aliento... ...¿Dónde están los huertos floridos de rosas? ¿Qué dicen las dulces campanas al viento?

9

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

10

21 marzo 2015

Pregunté a la tarde de abril que moría: —¿Al fin la alegría se acerca a mi casa? La tarde de abril sonrió: —La alegría pasó por tu puerta-y luego, sombría—: Pasó por tu puerta. Dos veces no pasa.10 Manuel María Andoriña Andoriña que voabas en círculos polos meus soños primeiros, asombro dos meus ollos: é a ti, flor de ar, a quen pregunto polo recendo doutras primaveras e pola melancolía dos solpores esfollada en leves señardades. Dáme noticia dos teus chíos, dos teus niños baixo dos aleiros ou mesmo do portal da nosa cas. Lembro as túas azas longas, con latexos de luz sobresaltada. Pergúntoche a ti, tan so a ti, máxica andoriña emigrante, polas albas de abril e os orballos de maio a tremar nos pétalos das rosas: tal as bágoas, incontíbeis e cálidas, dunha adolescente apaixonada que sinte arder no íntimo de si a chama do amor por vez primeira11. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Ode á Poesía Ameite dende que abrín os ollos á luz virxe e núa da mañá. Enchiche a miña vida co teu resplandor de beleza non usada. Aínda que non te ollara nunca sentín a túa presencia, total e inmaculada, no meu feble, vello e ferido corazón. Ti estás en todo. Es todo. 10 http://www.los-poetas.com/a/mach1.htm 11 MARÍA, Manuel, Obra poética completa II (1981-2000), Espiral Maior, A Coruña, 2001, pp. 166-7.


Primavera, Poesía e Felicidade Para ti non hai fronteiras nin cancelas. Atentan contra ti todos aqueles que queren coutarte, encasillarte, limitarte. Sempre foxes. E apareces sempre despida, perfecta e inefábel. Perdoa a miña pobreza e faime, ¡ouh Poesía!, digno e merecente dos teus sagrados dons12. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Ode ao nacemento dunha folla ¿Qué cantidade de marabilla foi precisa para que se producira este prodixio?. ¿Qué dor ou que alegría sentiu a árbore cando esta folla xurdiu á luz de súpeto?. ¿Qué lle diría o vento cando a ollou? Cando se menea e vibra: ¿qué segredo ou mensaxe nos quere transmitir?. ¿Cómo e de qué xeito tivo que adelgazar a terra, rubir árbore enriba, facerse vidro musical e transparente e ser delicada folla estremecida?13. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Égloga para que floreza unha mimosa Agardamos, con impaciencia e tremor, a túa chegada para embebedarnos co teu recendo escandaloso e para encher os nosos ollos coas túas puras chamas poderosas que incendian ao mundo de alegría. Ti desfás as atoutiñantes brétemas e chamas polo azul, mimosa amiga.14 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ 12 Ibidem, p. 317 13 Íbidem p. 321 14 Ibidem p. 323

11

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

Elexía pola amendoeira en flor Berro solitario e firme de alegría na friaxe de febreiro cando a terra se abre á suxerencia, poderosa e vital, da primavera. No meu maxín estás, ouh flor de amendoeira, co teu peso de verso emocionado e a túa doce levedade de luz sen estrear. Limpo os meus escuros ollos neboentos para non lixar a túa pureza inmaculada. E purifico o meu mancado e triste corazón para darlle aloxamento á túa brancura.15

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

O teu nome de sal e primavera feito de asombro, gracia, fermosura, enche os beizos de mel e tenrura, dunha música maina e feiticeira. O nome teu aluma a noite escura, este meu mar sen porto nin ribeira e pon, no corazón, luz verdadeira: unha coita de amor, calada e pura. O nome teu, amor, ábreme o mundo, ultrapasa a razón, o sentimento e fai o coñecemento máis profundo. Pronuncio o nome teu de xeito lento e pérdome por el, nel me confundo deica facerme anceio, sol e vento16. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

15 Ibidem pp. 332-3 16 Ibidem pp. 336-7

12

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

Canción da flor do toxo Chorimas incendiadas, consumíndovos nun rabioso fulgor desesperado: sodes o amarelo puro e esencial pois non hai outro. Lóstregos de amor que vos abrides no corazón do cosmos para ferir aos nosos ollos co alto asombro do ouro verdadeiro: única moeda para poder pagar o desasosego que nos causa este incerto vivir cego e absurdo que se nos vai por tortos, indecisos, calados e inseguros camiños de tristura e desamparo17. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ ¿Sería a gracia de abril ou agromaron de ti esas cores de rubí, leve mapoula xentil...? ¿Eres cecais a flor esa a que lle dá aos menceres matices e rosicleres en xeito de sangue acesa? Ouh mapoula mapoulada como unha chaga despida: ¡Semellas unha ferida escoante e magoada...! Es ti a miña paixón, mapoula pequena e leve ¡pois tés pureza de neve e forma de corazón...!18 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

17 Ibidem p. 344 18 Ibidem p. 454

13

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

14

Primavera No mundo é sempre Primavera. Sempre. Sempre. Por moito que queiran e que intenten prohibila, afogala, asasinala rexurde xoven, pura, inmaculada, inocente, incontíbel, poderosa. O mundo azul, Venus, Primavera: a primeira luz que nos aluma e lle dá ás cousas transparencia, reconciliando ao home co universo. E que fai que o noso instinto sexa un torrente caudaloso e puro. A Primavera é Venus. Florentina Flora, loira como o bo trigo candeal, o ouro e o lume do sol nos seus cabelos fermosísimos que nos incendian totalmente cun lume que acaba consumíndonos. A Primavera é azul: tal os ríos do noso bon país. Como as veas nas que corre -seiva fecundanteo noso sangue abrasado e soerguido que berra, canta, clama ao ceo e pide, sen máis, perpetuarse. 19 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Están todas as carpazas co lilailo da súa flor ¡No corazón das rapazas nacen cantigas de amor! Hai ledicia verdadeira nas flores e nas espiñas. ¡Xa chegou a Primavera no bico das andoriñas!20 ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

19 Ibidem p. 496 20 http://www.aelg.org/resources/centrodoc/members/paratexts/pdfs/autor304/PT_paratext2145.pdf

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

15

Despedida da Primavera É tempo xa de que me despida, Primavera. Queda lonxe aquela idade na que eran irmaos nosos os menceres: Flora poñía un lume abrasador nas nosas veas, Venus mostrábase propicia, as Tres Gracias agasallábannos con canciós, danzas, sorrisas e poemas que alegraban ao mundo e facían xurdir un tempo novo e ledo: agromaban rosas, camelias, caraveis, a vida tiña unha esencia musical a cuio máxico son corrían os ríos, danzaban, rumorosas, as florestas e ordenaba o seu curso o universo. De ti me despido para sempre, Primavera. Sei que o tempo é irreversíbel e non vale de nada andar laiando. Ameite fondamente e de verdade. Sempre levarei a túa sorrisa no sombrizo e escuro pozo dos meus ollos. Só che pido unha raiola de sol e de alegría par aquecer a este meu triste corazón, vello e cansado.21

Martha Medeiros Quem morre? Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. 21 MARÍA, Manuel, op. cit. p. 504

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

16

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.22

Pablo Neruda Oda al día feliz Esta vez dejadme ser feliz, nada ha pasado a nadie, no estoy en parte alguna, sucede solamente que soy feliz por los cuatro costados del corazón, andando, durmiendo o escribiendo. 22 http://www.escritas.org/pt/poema/13437/quem-morre

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

17

Qué voy a hacerle, soy feliz. Soy más innumerable que el pasto en las praderas, siento la piel como un árbol rugoso y el agua abajo, los pájaros arriba, el mar como un anillo en mi cintura, hecha de pan y piedra la tierra el aire canta como una guitarra. Tú a mi lado en la arena eres arena, tú cantas y eres canto, el mundo es hoy mi alma, canto y arena, el mundo es hoy tu boca, dejadme en tu boca y en la arena ser feliz, ser feliz porque si, porque respiro y porque tú respiras, ser feliz porque toco tu rodilla y es como si tocara la piel azul del cielo y su frescura. Hoy dejadme a mí solo ser feliz, con todos o sin todos, ser feliz con el pasto y la arena, ser feliz con el aire y la tierra, ser feliz, contigo, con tu boca, ser feliz23.

23 http://www.neruda.uchile.cl/obra/obraodaselementales3.html

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

18

Amado Nervo La felicidad Un cielo azul de estrellas brillando en la inmensidad; un pájaro enamorado cantando en el forestal; por ambiente los aromas del jardín y el azahar; junto a nosotros el agua brotando del manantial nuestros corazones cerca, nuestros labios mucho más, tú levantándote al cielo y yo siguiéndote allá, ese es el amor mi vida, ¡Esa es la felicidad!... Cruza con las mismas alas los mundos de lo ideal; apurar todos los goces, y todo el bien apurar; de lo sueños y la dicha volver a la realidad, despertando entre las flores de un césped primaveral; los dos mirándonos mucho, los dos besándonos más, ese es el amor, mi vida, ¡Esa es la felicidad...!24

Luís Pimentel A poesía é o gran milagre do mundo Insinareiche sin berros. O poeta é un mestre sin ira. Levareite ó meu reino, onde te agarda a bandeira da espranza. Non che amostraréi aquéla triste, abatida sobre o mastro, solitaria baixo unha chuvia cincenta. 24 http://albalearning.com/audiolibros/nervo/lafelicidad-p.html

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

19

Estóu arrepentido de pensar que o máis brosmo e brután dos homes non poida descalzarse pra entrar no noso reino. (¡A poesía é o gran milagre do mundo!) Eu faréi que olles a través das túas maos toscas a luz da túa sangre. Puliremos a túa frente de seixo hasta case facela lúa. Non che faréi erguer pesadas pedras, nin subir o monte máis alto onde cravada está a bandeira do meu verso, nin soster cos teus hombros as noites. Todo esto xa o ten feito o poeta por ti, pra ti e máis pra o mundo. Eu asegúroche que quedarás enviso fitando prás estrelas. O xoto palpexar das túas maos chegará a conocer as rosas invisibles na noite. Sentirás o borboriño da propia sangre i o silencio que todos levamos cando digas: os seos da miña amada… Quedarás deslumbrado pola súa luz, baixo da sombra verde no bosque. (¡A poesía é o gran milagre do mundo!) Faremos música do teu vocerío. Eiquí estamos coa túa lingoaxe vulgar. Nomearás calquera cousa –árbol, cabalo, pedra…– e veralos nacer coa súa vida máis íntima, cos seus contornos máis puros. Olla esa formiga, ise argueiro mouro… ¿Qué delicados dedos de alfareiro puideron modelar tan pequechiño corazón, que latexa agora baixo dos altos árboles? ¿Non te decatas de que se movéu o silencio? É esa noitarega que nesgóu o bosque: doces, xordas plumas, abanador da noite.25 25

in Sombra do aire na herba, 1959. http://poeticas.es/?p=1083

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

20

José Santos Chocano El romance de la felicidad Felicidad: yo te he encontrado más de una vez en mi camino; pero al tender hacia ti el ruego de mis dos manos... has huido, dejando en ellas, solamente, cual una dádiva, cautivo algún mechón de tus cabellos o algún jirón de tus vestidos... Tanto mejor fuera no haberte hallado nunca en mi camino. Por ser tu dueño, siento a veces que no soy dueño de mí mismo... Toda esperanza es un engaño; todo deseo es un martirio... Felicidad: te vi de cerca; pero no pude hablar contigo. Ya voy sintiéndome cansado... Cuando en la orilla del camino me siento a ver pasar a muchos que hacia ti vayan cuál yo he ido, tal vez te atraiga mi reposo, mi displicente escepticismo, mi resignada indiferencia, mi corazón firme y tranquilo; y, paso a paso, a mí te acerques, sin que yo llegue a percibirlo, y, al fin, sentándote a mi lado, hablarme empieces: - Buen amigo... ¿Será mejor el no buscarte? ¿Será mejor el ser altivo en la desgracia y no sentirse juguete vil de tus caprichos? Yo sólo sé que cuantas veces con más afán te he perseguido, más fácilmente, hacia más lejos, más desdeñosa, huir te he visto. Yo sólo sé que cuantas veces tornó perfil un sueño mío, Felicidad, te vi de cerca, pero no pude hablar contigo...26 26 http://www.los-poetas.com/d/choc1.htm#EL%20ROMANCE%20DE%20LA%20FELICIDAD

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade Yorgos Seferis Primavera d. C. Outra vez a primavera vestía claras cores e con paso moi lixeiro outra vez a primavera outra vez no verán sorría. Por entre os novos brotes o peito nu ata as veas máis alá da luz seca máis alá dos brancos anciáns que discuten en voz baixa se sería mellor entregar as chaves ou tender a corda e colgar do nó deixando corpos baleiros aí onde as almas non aguantan aí onde a mente non entende e dóbranse os xeonllos. Cos novos brotes os vellos equivocábanse e entregaban todo netos e bisnetos os extensos agros as verdes montañas amor e abundancia piedade e refuxio os ríos e o mar; e partiron como estatuas deixando atrás un silencio que nin unha espada cortase que ningún galope afastase nin a bulla dos mozos; chegou entón a gran soidade chegou entón a gran privación xunto coa primavera e afincouse, estendeuse como a xeada da alba aferrouse ás ramas altas deslizouse polos madeiros e envolveu a nosa alma.

21

21 marzo 2015


Primavera, Poesía e Felicidade

22

Pero sorría vestindo claras cores como amendoeira en flor entre chamas amarelas e ía con paso lixeiro abrindo ventás ao gozoso ceo sen nós, desgraciados. E vin o seu peito nu a cintura e o xeonllo subtraerse á tortura como inmaculado mártir que vai camiño do ceo inmaculado e purificado máis alá dos murmurios incoherentes da xente no circo ilimitado máis alá do xesto negro o colo suado do verdugo exasperado que solta o seu golpe en van. A soidade converteuse en lago a privación converteuse en lago sen fisura, inmaculado.27

Xohana Torres ¡Xa chegou!... Xa chegou a hora de vestir paxaros: Salgada humidade chéganos do mar e un azul, de anxo, píntase nos ceos.28

27 SEFERIS, Yorgos, Mythistórima. Poesía Completa, Galaxia Gutenberg, Barcelona, 2012, pp.331-5 28 http://www.aelg.org/resources/centrodoc/members/paratexts/pdfs/autor304/PT_paratext2145.pdf

21 marzo 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.