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Marc Souza
casos, Acasos e DEScasos vรกrias variรกveis de uma vida sem graรงa
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Direitos autorais, venda e distribuição cedidos pelo autor à Planeta Azul Editora www.planetazuleditora.com.br | e-mail: planetazul2014@yahoo.com.br Copyright © 2013 by Marc Souza Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-068-7
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Todos têm CASOS para contar engraçados ou não. Reais ou imaginários. Alguns chegam a jurar a veracidade do que relatam. Dizem ter provas, testemunhas oculares, afins. Na há como negar que, a grande maioria desses casos é obra do ACASO, do inusitado, do irreal, e como dizem a grande maioria: Obras do destino. Afinal o que esta escrito, está.
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A todos, que a cada dia dedicam-se mais e mais na divulgação da literatura nacional. Que mesmo com a falta de apoio, com a falta de dinheiro não desistem, jamais.
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Agradecimentos
Escrever no Brasil é uma das atividades mais estranhas. Infelizmente não temos políticas voltadas para este setor, tampouco, o público em geral está acostumado a se dedicar as poucas horas de lazer que tem a leitura, seja de livros, revistas ou jornais. Por isso, quando alguém diz querer ser um escritor, causa uma estranheza geral, que beira ao mal-estar. Afinal, quantos escritores conhecemos? Quantos livros lemos por ano? Escrever não é nada fácil. Ser escritor no Brasil é surreal, loucura mesmo. Por isso que ao escrever um livro temos muito o que agradecer e a quem agradecer, por que só um louco mesmo para querer viver de literatura no Brasil, e o que é pior — só um louco para apoiar alguém que queira ser escritor. Afinal, todos acham uma profissão linda, mas sabem que só alguns poucos conseguem viver desta arte. Obrigado a todos que mesmo me achando um doido varrido, apoiaram-me nas minhas loucuras literárias. E principalmente à Cris, minha esposa, que todos os dias da nossa vida, viaja, junto comigo, nas linhas do irreal, do surreal, do improvável. Que a cada dia absorve um pouco da minha loucura, ajudando-me a criar sonhos — belos e loucos sonhos. 9
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Sumário
Estranha Felicidade • 13 A Traição • 17 Em Memória • 21 O Grande Dia • 25 Como Acabou um Grande Amor • 29 Uma breve História de Amor (ou Não) • 33 A Declaração • 35 Feriado Inesquecível • 39 História de Carnaval • 43 Amor Estranho Amor • 45 Decepção Amorosa • 49 Aconteceu Naquela Noite • 51 Quem Muito Escolhe • 53 Inesquecível • 55 Eu Não Comi a Vovozinha • 57 A Missão • 59 11
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Em Busca de uma Luz • 61 Um Amor • 63 Esquecimento • 65 Da Boa • 67 Santa Sabedoria • 69 Delivery • 73 O Grande Projeto • 77 Pelo Menos • 81 Os Manos e as Minas • 83 Zé • 85 O Presente • 89 Destino • 91 Em Busca de uma Luz • 93 Coisas do Futebol • 95 Coisas de Criança • 97 Popularidade • 101 Tragédia Anunciada!? • 105 Os Verdadeiros Descobridores do Brasil • 109 Mais uma de... • 111 Profissões • 115 E Foram Infelizes para Sempre • 119 Quase, o Fim! • 127 O Fim! • 129
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Estranha Felicidade
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ão se falavam. Não trocavam uma palavra sequer. Um bom dia. Uma boa tarde. Ou uma boa noite. Apesar de terem dez anos de casamenton eles simplesmente não se falavam. Não diziam absolutamente nada entre si. Nada! Nada! Nada! Mas, não precisavam, afinal, se conheciam muito bem. Um olhar, um gesto discreto ou qualquer que fosse o movimento feito por um, significava algo para o outro. O fato de não se comunicarem verbalmente, era de suma importância para a estabilidade matrimonial. Afinaln eles não se suportavam de boca aberta. A personalidade forte de ambos fazia com que bastassem cinco minutos de conversa, para uma discussão se iniciar, e se encontrarem em pé de guerra. Mas eles se amavam e como se amavam muito, e, infelizmente não conseguiam ter um relacionamento baseado no diálogo, resolveram cortar qualquer diálogo entre si. Nem sobre as mais improváveis coisas ou acontecimentos. Decidiram que o silêncio, entre ambos, seria imperativo. E assim foram vivendo. Felizes. Realizados. Sempre estavam juntos. Trocavam carícias, beijos e olhares perdidamente apaixonados. Tinham uma vida social bastante 13
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agitada, iam sempre ao cinema, ao teatro, a barzinhos, não faltavam a uma festa da quais eram convidados. Todos os dias jantavam juntos, ela sabia muito bem o que ele gostava, e fazia de tudo para agradá-lo. As atitudes dele, não eram diferentes, também a conhecia muito bem e sempre a surpreendia com um presente, flores, entre outras coisas totalmente inusitadas. Após o jantar, assistiam à televisão e, depois, iam para o quarto onde se amavam loucamente, perdidamente. Apaixonados, iam levando a vida. De forma correta ou não, estavam felizes e isso era o que importava para ambos. Mas um dia, no jantar, algo inesperado aconteceu. — Querido, como foi o seu dia? — Perguntou. “Será que estamos preparados para voltarmos a conversar” — pensou ele, mas com naturalidade respondeu. — Muito bom! E o seu? E assim voltaram a conversar. E como conversaram. Conversaram tanto, que, no outro dia, ele nem foi trabalhar, tirou o dia de folga só para ficar com ela, conversando entusiasmadamente. Os dias foram passando e não paravam de conversar, pareciam até um casal normal. Conversavam sobre tudo, principalmente sobre suas vidas, e sobre o amor que um, nutria pelo outro. Faziam entusiasmadas declarações de amor. Declaravam-se um ao outro das mais variadas formas, seja através de frases românticas ou através de declamações de poesias, sobre o que lhes era mais importante naquele momento — o amor. O amor incondicional entre ambos. Mas... Mas... Como nem tudo são flores, passado alguns dias, a primeira discussão. Daí, para iniciarem outro desentendimento e consequente discussão, foi só questão de tempo, logo, estavam os dois, novamente em pé de guerra. Primeiro, ela ameaçou ir embora. Depois, ele. Então, para evitarem o pior, resolveram que tudo voltaria ao normal. Tudo voltaria a ser como antes. 14
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casos, Acasos e DEScasos
Então, neste dia, jantaram em silêncio. Assistiram à TV em silêncio. Ao se deitarem, olharam-se com muito amor e tocando-se com carinho ele disse. — Eu te amo! — Eu também te amo! — Respondeu ela. E se beijaram como nunca. E se amaram como nunca. E foram felizes, felizes para sempre!
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