O Dragãozinho Edevaldes

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Copyright © 2013 by Floriano Alves Borba Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-067-0 PROJETO GRÁFICO | REVISÃO | EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Aped - Apoio e Produção Editora Ltda.

CAPA CRIAÇÃO: Zélia de Oliveira ILUSTRAÇÃO: Clara Rosalba Borba PINTURA DIGITAL: Guilherme Soares CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ Borba, Floriano Alves, 1952O dragãozinho Edevaldes / Floriano Alves Borba ; ilustração Clara Rosalba Borba ; Guilherme Soares. - 1. ed. - Rio de Janeiro : APED, 2013. 32 p. : il. ; 23 cm. ISBN 978-85-8255-067-0 1. Literatura infantojuvenil brasileira. I. Borba, Clara Rosalba. II. Soares, Guilherme. III. Título. 13-04065 CDD: 028.5 CDU: 087.5 15/08/2013

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Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 3183-0849/ 99996-9067 www.apededitora.com.br www.apededitora.com.br/apedezinha/ aped@wnetrj.com.br

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Dedico este livro aos meus netinhos Felipe, Lívia e Marina

Agradecimento Agradeço à minha filha Clara por ter posto em desenhos sua imaginação infantil do Edevaldes.

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Foi num tempo em que a

Terra era pouco habitada por seres humanos. No tempo em que imperavam duendes, fadas, gnomos e toda sorte de seres lendários de que temos notícia — Unicórnios, sagitários, centauros e outros. Neste tempo habitavam também os dragões. Seres temidos pelo seu tamanho e pelo fogo que soltavam pelo nariz e pela boca. Ainda bem que os que conseguiam voar não conseguiam voar grandes distâncias, mas somente espaços curtos. Por este tempo os habitantes da floresta, temendo por 4

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sua segurança, conseguiram, usando håbeis estratagemas, isolar os dragþes em uma grande ilha

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deserta em alto-mar, bem distante. Inventaram uma história de que na ilha a terra era saborosíssima e, pouco a pouco, levaram os dragões em balsas para a ilha. Os dragões, gulosos como sempre, iam de bom grado. Vocês sabem muito bem que os dragões em geral só comem pedra e terra, pois são as únicas coisas que não carbonizam na hora que eles colocam na boca. Uma vez colocados na ilha, a vida passou a ser tranquila para os moradores da floresta. O tempo foi passando, passando até que nasceu Edevaldes, um dragãozinho verdinho, bonitinho, de focinho suave e olhos mansos. Edevaldes era diferente dos outros dragõezinhos. Era ensinado a ser perverso, a queimar as coisas, mas não sentia prazer nisso e nunca conseguia fazer as coisas más direito. Era sempre motivo de zombaria dos colegas. Nos torneios de queimação, tirava sempre o último lugar. Resultado, não ti7

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nha amigos. Vivia sozinho pelos cantos, seus pais não sabiam mais o que fazer com aquele garoto bonzinho. E assim foi crescendo Edevaldes, sem amigos, sem namorada sem ninguém. Um dia, andando por aqui e por ali, foi parar numa caverna onde encontrou um monte de pinturas sobre coisas que nunca tinha visto. Eram pinturas feitas por algum antepassado saudoso da terra natal. Árvores como nunca tinha visto, seres de que nunca tinha ouvido falar, paisagens coloridas como nunca tinha sonhado existir. O entusiasmo dele foi enorme e passou a pesquisar sobre o fato. Conversava com os idosos buscando informações, explorava todas as cavernas que soube existir, falou com filósofos, professores, qualquer um que pudesse lhe dar informações. Pouco a pouco o mundo de seus antepassados foi tomando forma em sua cabeça. Sonhava com ele, vivia ele, respirava e comia ele. De repente, tomou uma resolução. — Tenho que ir até lá. 8

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E essa ideia passou a dominá-lo. Como faria para atravessar as águas do grande oceano? Será que conseguiria chegar ao outro lado? Como seria recebido pelos outros seres se eles ainda existissem? Será que ainda existiam todas aquelas coisas bonitas que estavam pintadas nas cavernas? Nada importava a Edevaldes, o que ele queria era tentar. Se nada encontrasse, se encontrasse um mundo desolado igual ao seu, pelo menos estaria sozinho sem receber a chacota de ninguém. Se afundasse no meio do caminho, pelo menos teria perseguido seu sonho com coragem, coisa que poucos se dispõem a fazer por não terem força suficiente. Se fosse mal recebido e morto por outros seres pelo menos teria visto que o mundo sonhado era real.

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