Logus, Um Cachorrinho que Só Dá Prazer

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Direitos autorais, venda e distribuição cedidos pelo autor à Planeta Azul Editora www.planetazuleditora.com.br | e-mail: planetazul2014@yahoo.com.br Copyright © 2013 by Maria Amélia Fiuza Sauwen Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-037-3

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“... Sem pedir licença, muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...” (Trecho da canção de Toquinho; Vinicius de Moraes; Guido Morra; Maurizio Fabrizio)

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Para minha mĂŁe e meu pai, com muito amor.

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Perfil do Protagonista

Nome: Logus Sexo: Macho Raça: Cocker Spaniel Inglês Cor: Louro Data de Nascimento: 16 de setembro de 1996 Naturalidade: Rio de Janeiro Estado Civil: Solteirão Cachorralidade: Pavio Curto

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Nós, os Coadjuvantes: somos a Família do Logus.

Virgínia: Vovó Nelson: Vovô Paloma: Mamãe Leonardo: Papai Maria Amélia: Meméia, Titia E nessa família o Logus tem sido criado, mimado e muito amado.

M

eus pais, Virgínia e Nelson, casaram-se em janeiro de 1966. Nasci em novembro do mesmo ano. Minha irmã Paloma é mais nova do que eu, alguns anos. Meus pais trabalharam como advogados e professores, dando infinitas aulas para manter as duas filhas no Colégio Santa Marcelina, um verdadeiro palácio no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Em 1979, nós, que morávamos no Andaraí, nos mudamos para Vila Isabel. Passaram-se os anos. 11

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1994 – Meus pais e eu nos mudamos para um flat perto do Largo do Machado. Nessa época, minha irmã morava com seu marido em Vila Isabel. 1996 – Eu estava no aconchego do meu lar, o flat perto do Largo do Machado, quando soube que minha irmã e seu marido haviam comprado um cachorro. Eu não estava lá, mas soube que, numa noite, Paloma e Leonardo estavam num bar em Vila Isabel com alguns amigos, quando uma moça passou por lá, vendendo um filhote de cachorro por 150 reais. Minha irmã apaixonou-se por aquela bolinha peluda e não resistiu. Os amigos deram força, meu cunhado se virou para conseguir os 150 reais em moeda corrente; e aquele cachorrinho, que recebeu o nome de Logus, passou parte da madrugada em cima do balcão do bar, emprestando sua beleza para quem quisesse ver. O dia seguinte: Eu continuava não estando lá, mas me contaram que, quando meu cunhado acordou, foi até a cozinha e tropeçou numa coisinha. Só que a coisinha reclamou e Leonardo se assustou: — Que é isso? Minha irmã respondeu: — É aquele cachorro que nós compramos ontem, lembra? Não. Ele não se lembrava.

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Logus - um Cachorrinho que só dá Prazer

Vovó, Vovô e Titia conheceram o Logus no apartamento dele, em Vila Isabel. Claro que foi paixão à primeira vista de todos os lados. Loguinho ficou eufórico e logo apresentou sua barriga para ser coçada. E como ele foi coçado, apertado, massageado... Nesse mesmo dia, Logus foi com Mamãe, Papai, Vovó, Vovô e Titia passar o final de semana na casa dos meus pais, em Petrópolis. Loguinho era muito novinho e vivia pedindo colo. Além disso, ele ainda não tinha aprendido a fazer xixi e cocô ao ar livre. Por isso, às vezes, Logus ficava restrito à varanda envidraçada da frente da casa. E quando a família queria fazer outra coisa que não fosse dar colo para o cachorrinho como, por exemplo, Vovó e Titia que queriam pelo menos conseguir ler o jornal, Logus ficava sozinho na varanda se esticando todo para vencer a barricada feita para ele não passar para a sala de visitas. Foi aí que nasceu uma grande amizade entre Vovô e Loguinho. Vovô ia lá e dava colinho. Logus adorou o final de semana na casa dos seus avós, em Petrópolis, o primeiro de muitos que ainda viriam, ao longo dos anos.

E durante um ano foi assim: Logus morava com Mamãe e Papai e passava muitos finais de semana em Petrópolis com Vovó, Vovô, e, às vezes, Titia. Loguinho entrava no carro do Vovô com sua sacolinha cheia de apetrechos: Roupinhas, brinquedinhos, remédios... Às vezes, Mamãe e 13

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Papai, também iam, mas, na maioria das vezes, era a Vovó que pedia o Logus emprestado para a Mamãe dele. Ela era boazinha e sempre emprestava. Como Loguinho curtiu aquele quintal, que, naquela época, era só dele. Quando Logus era filhote, Vovó tinha, em Petrópolis, uma pantufa de espuma amarela com um laçarote também de espuma amarela. Loguinho, que adorava cordas e laços de todos os tipos, ficava mordendo o laçarote da pantufa enquanto a Vovó estava sentada, e quando ela levantava e começava a andar, ele ia junto, agarrado ao tal laçarote. Em Petrópolis, Loguinho saía da casa, corria para o quintal e voltava com galhos, folhas e gravetos. Ele fazia várias viagens da casa para o quintal e do quintal para a casa. No final do dia, o tapete da sala de visitas tinha se transformado em um quintal particular do Logus.

Loguinho sempre gostou de roubar lenços, meias, panos... E esconder embaixo da cama de casal. Mas um dia, em Petrópolis, ele resolveu inovar: pegou um pé de chinelo do Vovô e ninguém achava. Vovó falou brava: — Só o Logus sabe onde está o chinelo. Foi ele quem pegou. E, em seguida, mais brava ainda, ela deu uma ordem: — Logus, vai buscar o chinelo do Vovô que você escondeu. 14

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