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Floriano Alves Borba
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária Juliana Farias Motta CRB7- 5880
B726l Borba, Floriano Alves Lucas, o anjo da guarda / Floriano Alves Borba. -- Rio de Janeiro : Planeta Azul Editora, 2015. 196 p. ; 14 x 21 cm . ISBN: 978-85-69870-03-6
1. Romance espírita. 2. Anjos da guarda.3. Anjos. I. Título. CDD 133.93 Índice para catálogo sistemático: 1. Romance espírita 2. Anjos da guarda 3. Anjos
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Dedicatória
A Minha Telha – meu guia espiritual. A Ica – meu irmão – que sempre me protegeu a vida toda, como um guardião encarnado. A Arimluz – farol a iluminar o meu caminho.
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Sumário
Prefácio............................................................................................ 9 Capítulo 1. Academia de Anjos da Guarda..................... 11 Capítulo 2. A instituição........................................................ 14 Capítulo 3. Na sala de aula................................................... 17 Capítulo 4. Diálogo franco.................................................... 20 Capítulo 5. O ladrão na cruz................................................ 24 Capítulo 6. Condiscípulos..................................................... 27 Capítulo 7. A Bíblia.................................................................. 30 Capítulo 8. Observando......................................................... 34 Capítulo 9. Na clínica.............................................................. 37 Capítulo 10. Os cálculos....................................................... 40 Capítulo 11. Escort.................................................................. 42 Capítulo 12. Marisa................................................................. 45 Capítulo 13. A água.................................................................. 48 Capítulo 14. A igualdade....................................................... 51 Capítulo 15. No hospital........................................................ 54 Capítulo 16. O lobo.................................................................. 57 Capítulo 17. Recuperação..................................................... 60 Capítulo 18. Pane..................................................................... 63 Capítulo 19. Contato............................................................... 68 Capítulo 20. O casório............................................................ 73 Capítulo 21. Leitura................................................................ 76 Capítulo 22. A fazenda........................................................... 79 Capítulo 23. O aniversário.................................................... 82 Capítulo 24. Balanço............................................................... 86
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Capítulo 25. Análise................................................................ 89 Capítulo 26. O trabalho do anjo da guarda................... 93 Capítulo 27. A volta do doutor........................................... 96 Capítulo 27. Os estrangeiros.............................................100 Capítulo 29. Tocaia................................................................103 Capítulo 30. Simbiose ........................................................106 Capítulo 31. Misericórdia...................................................109 Capítulo 32. Brigada de emergência..............................112 Capítulo 33. Kíron continua.............................................115 Capítulo 34. A conversa.......................................................118 Capítulo 35. Regressão........................................................121 Capítulo 36. Explicações.....................................................125 Capítulo 37. Serviço..............................................................128 Capítulo 38. Ginástica..........................................................132 Capítulo 39. O Exu da guarda............................................135 Capítulo 40. Instruções........................................................138 Capítulo 41. Continuando as instruções......................141 Capítulo 42. Os kiumbas.....................................................144 Capítulo 43. A intervenção.................................................148 Capítulo 44. Lonan................................................................151 Capítulo 45. Dentro da lei...................................................154 Capítulo 46. TDAH.................................................................158 Capítulo 47. Medicação ......................................................161 Capítulo 48. Doutor Túlio...................................................164 Capítulo 49. Decisão.............................................................167 Capítulo 50. Silvia..................................................................170 Capítulo 51. Férias.................................................................173 Capítulo 52. Sono...................................................................176 Capítulo 53. O acidente........................................................181 Capítulo 54. Mudança de tática........................................183 Capítulo 55. Quatro séculos...............................................187 Capítulo 56. Última chance................................................190 Capítulo 57. Agradecimento..............................................193 8 | Floriano Alves Borba Anjo da Guarda Miolo.indd 8
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Prefácio
O que são Anjos da Guarda? Quem são os Anjos da Guarda? Costumamos atribuir essa denominação a alguém que se dedica exclusivamente ao bom andamento de nossa encarnação, abrindo mão de reencarnar para ficar nos protegendo o tempo todo. Em parte é isso, ou pode ser isso. Mas a coisa não é bem assim. Existe uma série de possibilidades. O certo é que recebemos realmente da divindade toda uma proteção planejada para nos manter na estrada do bem e, com muita frequência, mesmo assim, nos desviamos. Que esse livro possa ajudar na compreensão da bondade divina para conosco. Boa leitura.
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Capítulo 1. Academia de Anjos da Guarda
A Academia de Anjos da Guarda situa-se na parte mais baixa do astral superior do planeta Terra. Estão de viagem para lá no ônibus astral-espiritual o instrutor e sua turma. – Parte mais baixa do astral superior do planeta? – Sim, Lucas. Na parte mais baixa – diz o instrutor Kíron. – Mas por que mais baixa? Nós vamos ser anjos da guarda – fala Lucas cheio de orgulho de si próprio, com a concordância dos seus companheiros. – Anjos? – Sim. Não é o que dizem? – Lucas, você já viu anjo andando de aerobus espiritual? – Não. Eles não precisam. Lucas se cala por instantes e outro discípulo pergunta: – Mestre, não pude deixar de escutar. Se não vamos ser anjos da guarda, o que seremos então? – Protetores, amigos espirituais, orientadores. – Mas por que na terra chamam estes protetores de anjos da guarda se eles não são anjos. Anjos da guarda não existem? – Eu não disse que não existem. Eles existem, mas só para quem merece. – Como assim? – Ora, Sebastian, para um ser humano excepcional como Francisco de Assis, Gandhi, teremos um quase anjo ou para o magno Jesus, que já era um anjo, teremos um anjo da Lucas, o anjo da guarda | 11
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guarda, mas para os terráqueos comuns serve qualquer um de vocês. E Kíron desata a gargalhar no que é acompanhado por seus discípulos. Baltar intervém. – Certo mestre. Por isso então vamos para a parte mais baixa do astral superior? – Sim. Na verdade deveriam ir para a parte mais alta do astral médio, onde vocês estão ainda sob influência do astral inferior, mas a boa vontade em trabalhar na direção do bem fez com que os mentores premiassem esse esforço com um ambiente de aprendizado que mantivesse vocês numa espécie de euforia permanente, estimulando a vontade de vocês. – E quanto tempo ficaremos lá, em aprendizado? – Depende da tarefa a ser executada pela necessidade de vocês, da necessidade de tarefa de quem vocês tomarão conta, do relacionamento cármico de vocês com o protegido, diversos fatores. Cada caso é um caso, cada aluno é único, cada tarefa é única, e cada protegido é único. Mas o curso é sempre no esquema noventa por quinze. – É. Eu ouvi falar desse negócio esquisito. Noventa dias na academia quinze dias na nossa colônia de origem. Por que não ficamos direto para acabarmos logo o curso? Por que esse troca/troca? Esse vai e vem? – Argui Lucas. – Porque vocês não resistiriam ao ambiente mais etéreo. – Como assim?! – Volta Lucas abismado. – Durante muito tempo, num ambiente mais eterizado, vocês se desequilibrariam. É como a água pura, se for demais afoga. Os urubus comem carniça e, frequentemente, até podre; os beija-flores, o néctar das flores. Experimente trocar as alimentações. Vocês ainda precisam respirar o ar do pântano de vez em quando. – Poxa, mestre, que esculacho. Assim o senhor acaba com toda nossa vaidade. Nós já estávamos até achando que éramos alguma coisa. A pontuação de Lucas faz todos rirem junto ao instrutor. 12 | Floriano Alves Borba Anjo da Guarda Miolo.indd 12
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– Lucas, – continua o instrutor com ternura, autoridade e sabedoria – as ilusões do mundo têm que ser deixadas para trás. Nós desencarnamos do corpo, mas habitamos um astral ainda muito próximo do planeta porque ainda não desencarnamos totalmente dele. A tendência é ainda raciocinarmos mais como se estivéssemos encarnados do que desencarnados. Esquecemo-nos que estamos na pátria da verdade. Para exercer qualquer função mais séria no astral ou quando encarnado, o indivíduo tem que se desligar ao máximo de seus desequilíbrios morais. Eu não posso deixar de ser rigoroso com vocês, principalmente por causa da minha função. Eu sou, como se diz no linguajar de vocês, um anjo da guarda de anjos da guarda que obedece a outro superior, que obedece a outro superior e assim vai até chegar a Deus. – Mas é um mestre. – Está bem, Lucas, vou aceitar o seu elogio, mas lembrar-te que não sou bom. Jesus aceitou o adjetivo de mestre, mas disse que bom era só o Pai. O que diremos nós? E todos somos discípulos de quem está em cima, e mestres de quem está em baixo. E os discípulos fizeram o restante da viagem pensando nas palavras do mestre, no quanto nós somos vaidosos, lembrando o Livro de Eclesiastes que diz: “Ainda que eu fosse bom me restaria a vaidade de ser bom.” Julgando muitas vezes o outro pelo que vejo e a mim sem contar o que escondo de mim mesmo e não segundo a reta justiça de Deus que julga pelas intenções mais profundas e escondidas do espírito.
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Capítulo 2. A instituição
A Academia de Angelologia situava-se na colônia Alvorada Sublime, a colônia tinha esse nome, pois seus construtores fizeram-na numa angulação que recebia os primeiros raios solares prânicos, fazendo efeitos coloridos de diversos matizes que serviam também para cromoterapia e fortalecimento, principalmente, dos estagiários. A colônia não tinha exatamente um período noturno. Tinha apenas um abrandamento em sua luminosidade durante um período que ali era chamado noite. O padrão evolutivo elevado de seus habitantes e a constituição mais etérica, diáfana e vibrante de sua matéria faziam que a luminosidade fosse constante, brotasse espontaneamente. Seus operosos moradores na prática não descansavam, permanecendo todo o tempo em serviço a favor do próximo ou em estudo de aprimoramento. Cultuavam as artes, a filosofia e a ética bem como a religiosidade permanente. Eram todos belos, simpáticos e carregando uma alegria e felicidade que transbordavam pelo sorriso, pelos olhos e pela fala suave e musical quando falavam, porém, para mais ou menos um quinto, no entanto, que compunham o grupo mais evoluído, a comunicação já podia ser totalmente telepática. A academia era um prédio grande em estilo futurista com detalhes mais arredondados que retilíneos, tinha laboratórios, inúmeras salas de aula, alojamentos, auditório e um vasto jardim lindamente florido, onde os discípulos medita14 | Floriano Alves Borba Anjo da Guarda Miolo.indd 14
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vam em recantos adredemente preparados para esse fim. O aerobus chega e os candidatos a “anjos da guarda” dirigem-se para lá. – Nossa mãe do céu! O que é isso? – Diz Lucas extasiado, vendo a construção. – Nós não merecemos isso? – Fala Sebastian com os olhos marejados. – Mestre! – Balbucia Baltar sem conseguir dizer mais nada. – É isso, meus queridos discípulos. Emocionem-se. Isso já aconteceu comigo também quando eu vim para cá fazer meu curso há muito, muito tempo. – Mas nós não merecemos – volta Sebastian. – Eu sei, mas os mentores querem assim. – Por quê? – Aparta Lucas. – Para estimular o aluno. – Como assim? – Lucas outra vez. – Lucas, quando vocês forem embora daqui, vocês nunca mais esquecerão o que viram e sentiram. Mesmo encarnando, a intuição vai fazer vocês sentirem saudade deste lugar, e vocês terão mais força para lutar pelo aperfeiçoamento e voltarem para o, digamos, paraíso que conheceram. Mais ou menos o que Jesus fez com o ladrão na cruz. – Ladrão na cruz? Como assim? – Baltar, se Jesus levou realmente para o paraíso o tal ladrão, ele não o levou para ficar no paraíso, mas, como diz o Evangelho, atendendo ao pedido Jesus disse: “Hoje estarás comigo no paraíso.” Ele disse estarás, mas não disse ficarás. Quer dizer: vou te premiar por esse momento de arrependimento. Vou te mostrar o que te espera se agires corretamente, se andares no caminho reto. Mas terás que retornar à Terra e fazer teu longo caminho para apagar os teus erros. A imagem, porém, da luz e felicidade da esfera onde habito ficar-te-á na memória espiritual te dando forças para que tu te venças. Entendem agora o que eu quis dizer no aerobus? – O quê? Mestre. Lucas, o anjo da guarda | 15
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– Vocês vão fazer noventa por quinze. Quantos minutos vocês aguentariam na esfera onde Jesus vive? – Minutos ou segundos? – Pergunta Lucas já gargalhando.
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