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zen kids

EDIÇÃO 3 | DEZEMBRO 2015 | MENSAL

LER AOS MAIS PEQUENINOS

ESPECIAL NATAL

AS CRIANÇAS E OS ANIMAIS

Ler e contar histórias são poderosas ferramentas para o bem-estar das crianças e para o seu desenvolvimento

Uma edição repleta de ideias e reflexões

Os benefícios do contacto com os animais

FAMÍLIA| EDUCAÇÃO | BEM-ESTAR


Nr. 3 Dezembro de 2015

DIRECTORA E EDITORA Sara Morgado revista@zen-kids.org DIRECÇÃO COMERCIAL comercial@zen-kids.org COLABORADORES Rute Calhau, Vânia Cardoso, Diana Banha, Célia Negrão, Marisa Menezes, Lara Barbosa, Isabel Leal IMAGENS Pixabay, Photl PERIODICIDADE Mensal

SUBSCRIÇÕES revista@zen-kids.org projetozenkids@gmail.com www.zen-kids.org Rua das Camélias nº2 2710-632 Sintra

ZEN KIDS


CONTEÚDO NÚMERO 3

NESTA EDIÇÃO Editorial

5

Agenda

6

Um Natal com mais Amor

8

As crianças e os animais

Ler aos mais pequeninos

A Pré-Eclâmpsia

12

Um Natal sem açúcar

30

Receber ou Dar?

36

Carta ao Pai Natal

41

10 Dicas para um Natal sem stress

42

Letras do Coração

48

Criar, Desenhar, Pintar

56

Decorações de Natal

60

Relaxamento para Crianças

64

16

24


revista ZEN KIDS

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EDITORIAL

Sara Morgado EDITORA Esta altura do ano é de celebração! Mas também de reflexão. Celebração pela união das famílias que por vezes pouco tempo estão juntas. Celebração, pelo espírito de Natal que a todos inunda. E celebração mais tarde, pela entrada de um novo Ano. Mas também de reflexão. Como acontece em todos os ciclos que se fecham. O ano 2015 está a chegar ao fim. E todos nós refletimos no passado e delineamos metas para o futuro. Aproveitemos estes momentos, se não o fazemos de forma frequente, para essa reflexão. Que nos ajuda a valorizar, a identificar tudo o que fizemos e o que vivemos. Que nos permite tirar da gaveta sonhos e objetivos antigos. Como todos os anos, e este não é excepção, temos momentos muito felizes, outros menos. Mas da vida, tudo isso faz parte. Essa certeza não nos deve escapar, mas sim ajudar­nos a perceber melhor a vida e a aceitá­la. Aproveite também para refletir o que pode ensinar às crianças com esta quadra, e sobretudo desfrute plenamente de todos os momentos que ela nos traz. Nesta edição poderá encontrar muitas ideias, umas práticas e outras de reflexão para que o Natal seja vivido com felicidade e tranquilidade. E também para que o seu verdadeiro sentido (ou aquele que teimo em encontrar), não se perca. Depende também de si! Um feliz Natal e uma maravilhosa entrada no novo ano! E mais uma vez, obrigado por estar aqui.

Sara


AGENDA

DEZEMBRO 15

3/12 - Estreia - O Principezinho

5/12 - Pegada Cultural Artes e educação para toda a família Entrada Livre 09h30 - 18h00

5/12 - Yoga Mágico para Crianças Biblioteca da Penha de França 10h00 ; 3,5€

14/11 a 6/01 - Mega Aldeia de Natal da Playmobil Almada Fórum



UM

NATAL

COM MAIS AMOR


Chegada a Portugal após uma ausência de três meses e meio em África, percebo que o Natal está aí!! As árvores e as decorações de Natal começam a surgir por todo o lado e já se sente a movimentação inerente à preparação deste evento. Quando penso no Natal, penso em valores,

Como a Liberdade é um grande princípio que

princípios e sentimentos como Paz, Alegria,

rege a minha vida, há alguns anos tomei a

Amor, Família, Partilha, Fraternidade, Sonhos de

decisão de não oferecer prendas, afinal, o que

criança...

tem mais significado: o que sentimos e

Mas na realidade, ao longo dos anos fui­me

partilhamos com os outros ou qualquer prendita

apercebendo que o Natal se foi transformando

que compramos cingindo­nos a um curto

num motivo de grande consumismo da

orçamento que apenas permite comprar uma

sociedade. Nesta época, a grande maioria das

“lembrancinha” que nem sabemos muito bem se

pessoas preocupa­se em fazer grandes listas de

tem algum tipo de utilidade?

prendas que “têm” que comprar para oferecer àqueles que amam, e também àqueles

Troquei as prendas por momentos, por

que não amam assim tanto, mas que sabem que

abraços, por partilhas...

lhes trarão uma lembrança e que é necessário retribuir. Penso que o Natal é realmente uma época de Este sentimento de obrigação desvirtua o

partilha, de partilha de Amor, de partilha de

verdadeiro significado do Natal, impede­nos de

abraços, de partilha da Família, de partilha da

sentir esta época de forma genuína e sem a

presença daqueles que pelas mais variadas

necessidade de fazer algo porque tem de ser.

razões não estão sempre presentes fisicamente no nosso dia­a­dia, de partilha de desejos de “Bom Natal” a todos quantos fazem parte das nossas vidas e também aqueles que em algum momento fizeram parte dela. Não sei se estou certa, não imponho a minha posição, apenas partilho aquilo em que acredito e que me faz sentido, aceitando sempre quem faz de outra forma.


As experiências que tenho tido por África, também

Disse­me uma criança que fez a carta para o Pai

me fazem perceber o quanto vivemos numa

Natal que ia pedir 7 brinquedos. Eu

sociedade consumista e esbanjadora. Não é porque

carinhosamente disse­lhe: “Mas não achas que

falta lá, que aqui também vamos viver com carências,

é muita coisa para o Pai Natal te trazer? Se

não! Apenas reflito sobre se existe realmente

todos os meninos pedem tantas coisas ele não

necessidade de tanto...

vai conseguir...”. A sua resposta foi: “O ano passado eu pedi 5 coisas e ele trouxe 7 por

Desde que cheguei, vejo as crianças agarradas a

isso... não há problema!”

catálogos de brinquedos para decidirem o que “pedir

Então e assim, como é que ficamos?

ao Pai Natal”. É­lhes dada esta possibilidade porquê?

São as crianças exigentes ou os adultos pouco

Não fará parte da Liberdade dos pais decidir o que

moderados? Que valores estamos a transmitir?

oferecer aos seus filhos? Ou será que assim se torna

Quando assisto a festas de Natal em família vejo

tudo mais fácil? É importante existir envolvimento,

que as crianças estão ansiosas pela chegada

sentir, perceber o que gostávamos de oferecer aos

das prendas, para depois entrarem num

nossos filhos, sem que eles se tornem “pequenos

turbilhão de emoções que apenas lhes permite

ditadores” numa decisão que pode e deve ser nossa.

rasgar papel de embrulho, para sofregamente perceber o que está lá dentro, e logo de seguida

Por outro lado, se lhes damos um catálogo para a

atirar o brinquedo para um canto onde outros se

mão, estamos a abrir a possibilidade a que as

amontoam. E rapidamente abrir o seguinte, sem

crianças elaborem uma extensa lista de brinquedos

qualquer tipo de interação com o anterior...

que querem receber. E então? É para o Pai Natal

percebo o quanto lhes é indiferente aquele

trazer tudo? E se não traz?

objeto! No final, apenas conta o número de

Defendo que as crianças necessitam de brincar e os

prendas recebidas e no dia seguinte uma delas

brinquedos são grandes aliados ao desenvolvimento,

é escolhida para ocupar o dia e as restantes são

crescimento e criatividade. No entanto, serão

para “atafulhar” nos quartos já cheios de “coisas”

necessários tantos? E essa criatividade não fica posta

sem usar.

em causa na presença do excesso?

Penso que o excesso leva a alguma futilidade, a desinteresse, a desvalorização, a não saber lidar com a frustração, à não estimulação da criatividade... Será isso que queremos para as nossas crianças? Com certeza que não...

Célia Negrão Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria celia.negrao@gmail.com



OS ANIMAIS E AS CRIANÇAS

A relação que estabelecemos com os animais é única, e favorecedora do nosso bem­estar. Quem tem ou já teve animais reconhece perfeitamente este facto. Para além de fazerem parte da família, os animais podem também ter um importante papel no desenvolvimento da criança, assim como na sua afectividade. Ao longo dos séculos fomos tornando muitos animais, animais de estimação, criando com eles uma relação próxima e por isso também até intuitiva. De cães a gatos, cavalos e até outras espécies mais exóticas, o ser humano foi adaptando estes seres a outras vivências e por isso também à sua evolução.

NOMADIC

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Os animais na afectividade e emoções De entre muitos pontos que podemos analisar, um dos mais importantes é o papel que os animais têm no âmbito dos afectos. Tornando­se verdadeiros elementos da família, estabelecem connosco uma troca de manifestações de carinho, companheirismo, brincadeira e até interdependência que podem ajudar toda a família a exprimir­se. Pela sua espontaneadade e procura, despoletam em nós também sentimentos de cuidado. Cuidar de um animal, prover­lhe alimento e criar um ambiente confortável para ele promove a prática da bondade e entrega a outro ser, essencial nas relações também humanas. Nesse âmbito, e porque as crianças estão a progredir numa maturação emocional, desenvolver em si estes aspectos pode também ser útil nas suas relações humanas, assim como na promoção do seu auto­conceito. Quando fazemos algo que consideramos bom, ou quando prestamos ajuda, uma sensação boa nos invade. Não só pelo que recebemos desse dar, mas também porque a nossa auto­estima fica promovida : “se sou capaz de realizar ações que considero positivas, vou construindo uma melhor auto­imagem de mim próprio” Na afectividade e na relação existem sempre vários pontos a ter em conta. Um deles é também o respeito por outro ser. Os animais ensinam­nos a desenvolver esse respeito. Seja pela sua força como pela sua ,por vezes também independência, como é manifestado especialmente no caso dos gatos. É importante a criança perceber que um animal não é um brinquedo. É um ser que experiencia sensações e emoções várias.

Essa aceitação ensina a criança a respeitar vontades e desejos de outros seres. Ensina regras e limites, visto que inicialmente, elas não têm percepção de que nem tudo pode ser feito, mas vão ganhando na convivência e por fruto de manifestações menos agradáveis, como arranhadelas e mordidelas. Nesta convivência são experienciadas emoções e sentimentos de frustração, de alegria, de tristeza , assim como tolerância e compreensão.

Por outro lado, tocar num animal, durante algum tempo, produz um efeito calmante e relaxante. O que pode ajudar crianças e adultos no seu quotidiano.


O Desenvolvimento Infantil e os animais

A partir do momento em que a criança começa a ter alguma autonomia nos seus movimentos, o seu desenvolvimento passa pela descoberta e exploração do mundo material e imaterial que a rodeia. Nessa exploração e descoberta nasce a noção individual daquilo que faz parte do mundo. Para que tal seja feito na totalidade a criança utiliza os seus cinco sentidos e por isso, toca, coloca objetos na boca, e procura assimilar esse conhecimento, numa fase precoce, essencialmente através das sensações que lhe desperta. A presença de animais em casa promove essa descoberta e nessa sequência, o próprio desenvolvimento. Visto que os animais são também promotores da brincadeira dentro da família, apresentam­se como um veículo de auxílio à criança para mais movimento, mais estimulação.

Não admira portanto que os animais, cada vez mais, sejam utilizados como pontes terapêuticas para diversas problemáticas, relacionais e individuais. Neste âmbito, podem contribuir para : ­estimular a participação da criança ­desenvolver a capacidade de regular as emoções das crianças ­aumentar as interações verbais e a relação com o outro ­estimular a memória, atenção e concentração ­aumentar a auto­estima ­melhorar capacidades motoras, de motricidade e de equilibrio ­melhorar a assimilação e interiorização de conceitos

Sara Morgado Terapeuta, Formadora, Criadora do projeto ZEN KIDS www.zen-kids.org


IDEIA DO MÊS

Partilhar

A

partilha é essencial na nossa relação com os outros. Numa altura do ano em que damos e recebemos muito, ensine as crianças a fazer parte dessa dinâmica de troca.

Ensine­as a partilhar o que já não usam, o que outros precisam, o que quiserem oferecer, com o objetivo de fazer alguém que lhes é próxima, mais feliz


Ler aos mais

pequeninos


Sempre tive o gosto pelas viagens e comecei a viajar muito cedo. Mais tarde tive a sorte de trabalhar numa companhia aérea e por isso continuar a visitar imensos países lindíssimos, a perceber outras culturas e formas de estar. Encontrei em outros países o interesse e a prática para levar ao mundo da criança os afetos e a qualidade do tempo em família. Por este motivo e por achar que todas as crianças merecem o melhor decidi estudar e trazer para Portugal algumas dessas matérias que faço refletir nos meus trabalhos e nos meus livros de conto infantil. Encontrei algumas pessoas experientes, a nível nacional e internacional que se interessam e estudam, com resultados no seio das famílias e que comprovam que é possível mudar, melhorar e ajudar o mundo da criança. A hora de dormir assumiu desde sempre, na generalidade das famílias, um momento de intimidade e de partilha entre pais e filhos, em que as histórias de encantar tinham um papel de destaque.

Recordar esses momentos traz à memória de toda uma geração boas e gratas recordações, momentos em família cheios de afeto e intimidade em que a história preferida era repetida noite após noite, pela voz tranquilizante de um dos progenitores, através de livros cuidadosamente ilustrados, plenos de imagens mimosas a reter o olhar dos mais pequenos que seguiam as histórias atentamente até o sono chegar. Mas será que as crianças de hoje em dia vão poder ter este tipo de recordações daqui a alguns anos? Com a vida agitada da maior parte das famílias, a tradição de contar histórias aos mais novos diariamente, quando chega a hora de dormir,foise perdendo e, de acordo com os especialistas, é urgente resgatá-la, fomentando os momentos de união entre pais e filhos.


Para Mário Cordeiro, um excelente pediatra e autor de “O Grande Livro do Bebé”, “O Livro da Criança” e “O Grande Livro do Adolescente”, “as histórias infantis não existem por acaso, foram-se desenvolvendo ao longo do tempo, com vista a dar prazer, a ensinar, a entreter e a exemplificar, mas também a veicular modelos, concepções, dilemas éticos e normas de conduta, assim como a revelar eventuais percursos de vida”. Numa altura em que existem cada vez mais livros infantis nas livrarias, e uma variedade crescente de histórias on-line é fundamental saber escolher o tema que melhor se adequa a cada criança, tendo sempre presente a sua idade, os seus interesses e a mensagem e valores que cada história transmite e que se adaptam a cada faixa etária. É importante escolher livros que utilizem uma linguagem positiva e que transmitam os valores, os afetos, a realidade e um pouco de fantasia porque isso é muito importante para a formação intelectual e criativa da criança. Além dos momentos de afecto e segurança, o adulto passa à criança o mundo da fantasia, ao mesmo tempo repleto de factos concretos da vida real. De acordo com Piaget, a criança, na primeira infância, reage de forma anímica, por isso com os sentidos bem abertos e disponíveis mais tarde, depois dos 7 anos, passa para uma fase mais racional e é, por isso, mais selectiva. Quer explicações lógicas. Contos de fadas que apelam à fantasia, animais que falam e que têm sentimentos. Flores e árvores que ajudam a defender o bem como só a Natureza tem força para defender. Histórias repletas de personagens que explicam, com uma maturidade muito avançada, quais os melhores caminhos e escolhas, e estes acabam por ser os referenciais de excelência para a criança.

Contos provenientes dos quatro cantos do mundo mas que espelham relatos universais, falam de registos transversais a todos os seres humanos. Por exemplo, Rapunzel, a história de uma princesa que descobre que em si mesma está o segredo para a sua libertação, os seus cabelos. Histórias ricas em bons exemplos e palavras encantadas, palavras poderosas. Palavras que falam da importância da família, da honestidade, da auto-estima, da bondade, da verdade, da perseverança, a luta do bem contra o mal, a intervenção divina. São histórias ou contos com palavras fortes, palavras belas, excelentes exemplos, relatos curtos e úteis que querem transmitir ensinamentos básicos que ficam para toda a vida. Escrever histórias pode vir do inconsciente colectivo, ou da capacidade criativa de cada indivíduo, de acordo com a sua experiência e uma pitada de amor do coração para tornar a história muito querida junto dos mais pequenos. Ao escolher uma história para ler à(s) criança(s), o adulto deve ter sensibilidade para perceber se há ou não uma mensagem implícita, e que mensagem é esta. Há histórias com conteúdos, valores e parâmetros indicados para crianças e outros não. É útil e necessário ter estes conteúdos em consideração pois as crianças absorvem tudo aquilo que ouvem.


Os pais devem começar a conversar com os filhos, a contar-lhes ou a ler-lhes histórias, ainda durante o período de gestação, optando nomeadamente pelas tradicionais histórias de encantar, dado o seu carácter construtivo e transmissor de valores e de exemplos de vida, assim como utilizar uma boa música ambiente. Acredito que os mais pequenos são muitas vezes reflexo dos mais velhos que com eles convivem ou vivem. As crianças refletem o seu descontentamento por mau comportamento ou agressividade quando não sabem comunicar de outra forma. Em pequenino é fácil ter medo de manifestar a sua verdade por medo de excessiva autoridade dos pais ou por medo de perder o seu amor. As crianças são educadas para temer as figuras de autoridade. Pais, professores, amas ou assistentes de educação. Educadas a aceitar sem questionar, começando desde cedo a anular a sua essência. Do adulto esperam a força, o amparo e os parâmetros que o ajudem na adaptação à vida na matéria. Espera que o entenda e que queira mudar junto com ele. Espera que os eduquem com base em atitudes amorosas e atentas à sua natureza. Logo que integrem estas novas técnicas é possível perceber que se cria uma relação mais fácil. Tenha presente que a mudança começa em si. Amor,Tolerância, Respeito e Aceitação Incondicional devem fazer parte das práticas de educação. Aos educadores são sugeridas novas técnicas como a negociação, comunicação e disciplina. Mas como a vida não é sempre um conto de fadas, é igualmente importante transmitir desde cedo a realidade às crianças. Como em tudo na vida há o lado bom e o lado mau e é importante que as crianças tenham a noção de que existem dois lados na mesma moeda.

Não devemos transmitir-lhes que a vida é um conto de fadas para depois elas chegarem à vida real e perceberem que afinal as coisas não são bem assim. É importante que o conteúdo das histórias tenha sempre presente o factor realidade, adaptando-o à compreensão da criança, porque existem maneiras melhores e piores de explicar e de transmitir as coisas mais difíceis. Uma ideia partilhada por Mário Cordeiro, que nos diz, “as histórias não precisam de ser ‘melosas’. Basta atentar na versão original dos contos de fadas, para ver que os príncipes e as princesas, o capuchinho vermelho e os porquinhos, têm de sair da alçada da mãe e enfrentar as bruxas, os monstros e os lobos maus. São histórias que lhes ensinam o que é o percurso de vida, transmitindo a necessidade de conhecer, reconhecer e enfrentar o mal, e cultivar o bem, "para serem felizes para sempre".

Entre diversos momentos que enternecem e juntam pais e filhos à hora de dormir, alguns podem ser com histórias de encantar. Esta pode ser a alternativa certa para utilizar o poder da palavra, uma vez que as histórias, porque são descontraídas, têm o condão de dizer o que é sério de forma leve e amorosa. Muitos acreditam que os valores só podem ser passados à criança em idade escolar, pois é nessa altura que a criança está capaz de absorver a informação ensinada. Estudos mais recentes mostram exactamente o contrário: é até aos 7 anos de idade que a criança está atenta e integra com imensa rapidez tudo o que a rodeia, pelo que se trata do momento ideal para formar e educar a criança, dando-lhe assim os pilares básicos. Um dos aspectos que valorizamos muitíssimo na vida e educação da criança são os valores.


Estes são ensinados com a certeza de que vão fazer parte do desenvolvimento, da atitude e dos resultados da criança para o resto da vida. Através de contos e de filmes que imortalizaram tantas histórias, o dinamarquês Hans Christian Andersen e o norte­americano Walt Disney já acreditavam nisto. Tão importante como escolher a melhor história é saber contá­la com o tom de voz adequado de maneira a conseguir prender a atenção da criança, para que esta retenha a mensagem de uma forma positiva. Na verdade eu acredito que ninguém aprende coisa alguma pela negativa. Sempre achei que se ensina de forma diplomática, construtiva e serena para que a mensagem seja aceite e interiorizada.


É importante que um conto ou um romance para adolescentes reflita bom senso, partilha, libertação do medo, boas relações humanas, exigência, paz, procura de fortalecimento interno, compreensão que a vida é uma passagem e que o dinheiro não é tudo, prevenção face aos problemas do futuro, investimento na criatividade, regresso às atividades básicas como cultivar a terra ecologia, educação, estudo, ordem, paz e clareza mental. A palavra tem um som e o som é o formato mais simples para que uma informação seja captada. Assim, perceber que a palavra é mais do que um conjunto de sons utilizados para chamar alguém, mandar alguém embora ou dar uma ordem e para as histórias de encantar na hora de dormir. Pensamentos determinam acções e existe uma relação forte entre as palavras que usamos, o tom que aplicamos e o resultado final é fundamental. As palavras criam impressões, imagens e expectativas, constroem ligações e o tom com que são ditas também. Influenciam tudo na nossa vida e a vida responde na mesma frequência. Pensamentos determinam acções e existe uma relação forte entre as palavras que usamos, o tom que aplicamos e o resultado final. A cada pensamento ou palavra que libertamos, estamos a formar uma realidade e a entrar em contacto com uma certa vibração energética.

Hoje, nascem crianças mais espirituais, com capacidades diferentes e exigências diferentes, e os adultos têm noção deste processo. Nascem crianças com outro nível de consciência, inteligência e espiritualidade mais apurada.

Nos EUA, educadores e pais, demonstram um interesse crescente em práticas, crenças e valores espirituais quer na educação quer nos materiais pedagógicos, como por exemplo, os livros. Há uma preocupação genuína em compreender melhor as crianças e aplicar novos conhecimentos no dia-a-dia. Para acompanhar as crianças é necessário que os pais e professores entendam que a espiritualidade é fundamental para estar e educar as crianças do séc. XXI.

A inteligência da criança observa amando e não com indiferença - isso é o que faz ver o invisível. (Maria Montessori, pedagoga italiana)


O poder da palavra

Leituras infantis recomendadas - nacionais

Palavras positivas Emitir palavras com tanto cuidado como se fossem dirigidas para nós é fundamental. É importante utilizar palavras positivas, de bom íntimo, que gerem bem-estar à nossa volta, principalmente quando estão crianças por perto. Do nascimento aos sete anos, as crianças estão em formação e em contínua transformação. Tanto ao nível físico como mental e espiritual, a criança está a formar a base que fica para o resto da sua vida. É ainda nesta fase que são mais traquinas pois experimentam tudo como só as crianças sabem fazer, sem medo.

Alice Vieira • Viagem à Roda do Meu Nome • Flor de Mel • Se Perguntarem por Mim Digam Que Voei

O poder da palavra, ou do conceito que a palavra encerra, abre um mundo de possibilidades. Palavras como paz, harmonia, honestidade, coragem, compaixão, força, energia, inteligência, amor, criatividade, saúde, bondade, sabedoria e tantas outras transportamnos, pelo bem-estar que causam, para um sorriso.

Palavras poderosas Medite sobre cada uma e sinta o seu poder: Abundância, amizade, amor, beleza, bondade, caridade, compreensão, concentração, confiança, criatividade, concretizações, desenvoltura, energia, equilíbrio, felicidade, força, honestidade, harmonia, ilimitado, independência, inspiração, inteligência, justiça, juventude, liberdade, objectivos, orientação, paz, persistência, poder, realização, sabedoria, saúde, segurança, serenidade, sucesso, útil, vida, vitalidade.

Alves Redol • A Vida Mágica da Sementinha • A Flor Vai Ver o Mar • Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada • Três Fábulas • Uma Aventura na Escola • Uma Aventura Debaixo da Terra Graça Gonçalves • O Amigo Secreto e a Estrelinha Aprendiz • Tchim e o Jardim Encantado • O Céu Dentro de Ti Matilde Rosa Araújo • As Fadas Verdes • O Gato Dourado • O Chão e a Estrela Sophia de Mello Breyner Andresen • O Rapaz de Bronze • A Fada Oriana • A Menina do Mar

Isabel Leal (00351) 925880688 www.criancasdeumnovomundo.com



ISSUE NO. 3

Manual MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

A PRÉECLÂMPSIA COMO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA PODE AJUDAR


A gravidez é considerada uma das fases mais bonitas da vida da mulher. Contudo, pode também ser uma fase conturbada e associada a alguns desequilíbrios. A diabetes gestacional/ gravídica, a placenta prévia e a pré-eclâmpsia são alguns exemplos de problemas associados à gravidez. A pré-eclâmpsia é uma doença, que se caracteriza por uma elevada tensão arterial, por uma progressiva eliminação de proteínas através da urina (a que se designa proteinúria) e/ ou elevada retenção de líquidos (edema). Sendo mais comum nas primeiras gravidezes e em mulheres que já têm, mesmo antes de engravidar, tensão arterial elevada(hipertensão), estima-se que, em Portugal, afete cerca de 5% das grávidas. A medicina chinesa e a pré - eclâmpsia A medicina chinesa além de tratar patologias, sinais e sintomas atua, principalmente, na prevenção. Mas como é possível prevenir o aparecimento de uma doença ou de um sintoma? De acordo com a medicina chinesa, consegue-se evitar que certas patologias se manifestem quando o organismo e todos os seus órgãos estão em equilíbrio. No caso específico da pré-eclâmpsia, o fígado é, em termos energéticos, o órgão mais afetado, pois segundo a medicina chinesa, é o órgão fígado que está relacionado com o sabor ácido, com sentimentos como a raiva, a irritabilidade e a cólera e com diversos desequilíbrios e patologias como a tensão arterial elevada, entre outros. Logo, numa patologia em que o principal e mais preocupante sintoma é a tensão anormalmente elevada, é fundamental que se aja sobre o fígado, através de pontos de acupuntura específicos e de conselhos dietéticos cujo intuito é controlar a energia deste órgão, equilibrá-la e diminuir a sua preponderância no organismo.

A acupuntura e a pré-eclâmpsia A acupuntura é a área da medicina chinesa que recorre a agulhas para o tratamento das patologias e equilíbrio da energia do organismo. No caso da pré-eclâmpsia e, apesar de a mulher estar grávida, pode recorrer à acupuntura. Podese recorrer à acupuntura durante toda a fase gestacional, incluindo até durante o próprio parto. Para além de ser benéfico para a mãe, traz também inúmeros benefícios para o bebé. Relativamente à tensão arterial, por exemplo, é possível controlá-la, mantendo-a estável ou fazendo-a baixar para valores ideais/ aceitáveis. Apesar de não ser possível incluir no protocolo alguns pontos, pela própria localização e pelo efeito que têm, existem muitos outros pontos a que se pode recorrer para controlar fatores como a tensão arterial elevada e a ansiedade associadas à gravidez e a situações de préeclâmpsia. Controlando estes sintomas torna-se possível prevenir uma situação de pré-eclâmpsia, ajudando a grávida a ter uma gravidez mais tranquila, com menos preocupações e com menor risco de malformações no feto.


A dietética chinesa e a Pré-eclâmpsia "O uso moderado nutre, enquanto a falta e o excesso agridem" (sabedoria chinesa). Além da acupuntura, também a dietética chinesa pode contribuir positivamente para a obtenção de um maior equilíbrio do órgão fígado. A dietética chinesa é a área da medicina chinesa que estuda os alimentos e as suas propriedades, adequando a cada patologia um tipo específico de dieta e restrições alimentares.

Neste caso, e numa doença que se caracteriza principalmente pela tensão arterial elevada, torna-se imperativo aconselhar uma dieta alimentar que ajude a controlar esta situação. Pelo facto de, segundo a medicina chinesa, a hipertensão arterial (ou tensão arterial elevada), estar relacionada com o excesso de energia do órgão fígado, aconselha-se um especial cuidado com os sabores dos alimentos e com as diferentes formas de os preparar. Entre os alimentos que se recomenda quando há excesso de energia no fígado, destaca-se a ervilha, a alface e a maçã.


Ervilha, Pisum sativum Origem: descoberta no século VII no sudeste asiático, foi desde sempre muito apreciada pelos povos grego e egípcio. Neste momento, a ervilha é cultivada nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Hungria, na China e na Índia. Características: rica em vitamina A e vitaminas do complexo B, possuem um elevado teor de proteínas e sais minerais como o potássio, o fósforo, o zinco, o ferro e o cobre. Há a salientar que a ervilha, comparativamente com os restantes legumes, possui uma menor quantidade de água. Função: equilibra o fígado, reforça o baço, promove a circulação de sangue e de energia, tonifica o organismo em geral, promove a gravidez. Indicação Terapêutica: obstipação, fadiga, anemia, ameaça de aborto espontâneo. Recomendação: o armazenamento da ervilha congelada deve ser o mais curto possível (perde vitaminas ao longo da congelação).. Maçã, Malus sylvestris "Uma maçã por dia afasta o médico" (Benjamim Franklin) Origem: originária do sudoeste da Ásia, simboliza o amor e a fecundidade. Características: possui quase todos os minerais e vitaminas. Destacam-se os que dificilmente se encontram nos alimentos, como o bromo (que facilita e promove o sono), o tanino (que combate o ácido úrico) e o silício (que permite consolidar ossos e artérias, facilitando a circulação). É também anti-bacteriana e antiinfecciosa. Função: reforça o fígado, equilibra o organismo, sedativo, calmante.


Indicação Terapêutica: gota, diarreia infantil, dores de cabeça, hipertensão arterial, problemas de fertilidade, prevenção de enfarte, excesso de peso, nefrite, ansiedade, irritabilidade, insónia, falta de apetite, rejuvenescimento. Recomendação: ingerida de manhã, "dá uma boa tez à pele" pois ajuda a purificar o sangue; no início de uma refeição, estimula o apetite e promove uma fácil digestão; à noite, ajuda a descansar porque promove o sono e combate ativamente a insónia, ao mesmo tempo que também tem fortes efeitos laxativos. Diariamente, a qualquer altura do dia, é "uma escova de dentes natural" ao eliminar grande parte das bactérias que se alojam na boca, ajudando a combater também o mau hálito (halitose). A maçã deve ser consumida madura, caso contrário, irrita o estômago e sobrecarrega o baço. Também a tisana de casca de maçã tem um efeito interessante no combate à insónia. .

Alguns cuidados a ter na alimentação para evitar o excesso de energia no fígado: - Evitar comida picante e condimentada; - Preferir temperos suaves, como o azeite; - Ter cuidado na utilização do sal: comida com pouco sal permite-nos viver mais e melhores anos; - Evitar alimentos com sabor ácido (como o limão, a lima, o tomate, a maçã verde, a laranja, o ananás, o abacaxi e a cebola); - Preferir sempre alimentos cozinhados e mornos, e evitar ingerir comida fria / gelada e crua; - Fazer uma alimentação rica em vegetais, principalmente os de cor escura (bróculos, couve, espinafres e espargos), pois são ricos em sais minerais, são de fácil digestão e tonificam o organismo; - Evitar a salsa e a canela (têm propriedades abortivas em grandes quantidades, pelo que o seu uso deve ser muito limitado durante a gravidez); - Evitar comer fritos e recorrer a grelhados e cozidos; - Beber muita água (1,5L a 2L) por dia; - Fazer exercício físico regularmente (2 a 3 vezes por semana); - Evitar conflitos e discussões (a irritabilidade está diretamente relacionada com o fígado). .

Marisa Menezes marisaflmenezes@gmail.com Consultórios Médicos da Casal Ribeiro (Saldanha)

Lara Barbosa larabarbosamtc@gmail.com Health Club Infante de Sagres (Belém)


INVERNO

TEMPO DE RECOLHIMENTO, DE REFLEXテグ, DE AQUECER O INTERIOR


NATAL

UM NATAL sem açúcar


O consumo de açúcar tem vindo a aumentar substancialmente, sendo deveras importante despertar a consciência dos pais para os malefícios desta substância. Já repararam na quantidade de açúcar diária que os vossos pequeninos ingerem? Ao pequeno­almoço a habitual taça de cereais com sabor a mel ou de chocolate. Eles adoram! A meio da manhã e a meio da tarde, um bolicao ou umas bolachas filipinos e um leitinho com chocolate ou um refrigerante. Ao almoço e jantar carne, muita carne… e antes de deitar um leitinho quentinho para aconchegar e adormecer rapidinho. Quando ingerimos açúcar ou outros alimentos que contêm um elevado índice glicémico, os níveis de glucose no sangue aumentam rapidamente. O organismo liberta de imediato uma dose de insulina para permitir que a glucose entre nas células. A secreção de insulina é acompanhada pela libertação de uma outra molécula que vai estimular o desenvolvimento das células. Além disso, o açúcar promove factores inflamatórios que promovem igualmente o desenvolvimento de células e funcionam como fertilizantes para os tumores. Hoje em dia, já obtemos a informação de que, os picos de insulina e a secreção da somatomedina C estimulam directamente as células cancerosas, tendo também a capacidade de invadir os tecidos circundantes. Lembram­se de quando tinham acne? Ou daquela fase em que era difícil suportar a sua filha porque tinha que arranjar uma solução milagrosa para o acne e começou a tomar a pilula para dar fim a esse tormento? Mas o açúcar esteve sempre presente na alimentação do adolescente. Ao cortar no consumo de açúcar e farinhas refinadas, vai reparar nos seus efeitos secundários, como obter uma pele mais saudável.

O Dr. Loren Cordain, especialista em nutrição, acompanhou uma equipa de dermatologistas na análise da pele de 1200 adolescentes isolados do resto do mundo, nas ilhas Kitavan (Nova Guiné) e 130 índios Ache (Paraguai). Em ambos os grupos não se encontraram vestígios de acne. Os investigadores atribuíram este feito à alimentação dos adolescentes, que por sua vez era isenta de açúcares ou farinhas refinadas. Existem muitos mais artigos sobre esta temática que poderão pesquisar caso a vossa atenção desperte para este assunto.

As pessoas que optam por uma alimentação livre de açúcar e produtos refinados, têm menor probabilidade de desenvolver uma patologia cancerígena. Além do mais, é sabido que os diabéticos (doença caracterizada pelos elevados níveis glicémicos) correm um risco acrescido de vir a desenvolver cancro. Diminuir o consumo de doces e alimentos refinados, vai ajudar a sua criança a crescer mais saudável.


Lembre­se que dar­lhe um chupa chupa às 8h da manhã só para não fazer birra (sim, eu já vi isto a acontecer), vai tapar os seus ouvidos hoje mas amanhã poderá ter outras consequências. Como tudo na vida, não devemos ser extremistas. É importante aprender a manter o equilíbrio. É normal que haja ingestão de açúcar pela parte de alguns alimentos, mas desde que se informe devidamente e tente manter refeições equilibradas, a criança não corre um risco acrescido.

Alimentos a evitar devido ao elevado índice glicémico: açúcar branco ou amarelo, mel, xaropes (ácer, frutose, dextrose), farinhas brancas refinadas (pão branco, farinha branca, massas brancas, bolos, galetes de arroz, croissants), batata (sobretudo o puré), flocos de milho, arroz tufado, a maior parte dos cereais de pequeno­almoço branqueados ou adoçados, doces e geleias, fruta cozinhada com açúcar, fruta em xarope, bebidas adoçadas (refrigerantes e sumos industriais),…

Alimentos com baixo índice glicémico: extratos de açúcar naturais (néctar de agave, stevia, xilitol, glicínia, chocolate preto – 70% de cacau), mistura de cereais integrais (pão de mistura – não apenas trigo), arroz integral, basmati ou tailandês, massa integral cozinhada a "el dente", quinoa, flocos de aveia, milho painço, trigo­mourisco, lentilhas, ervilhas, feijão, batata­doce, inhame, papas de aveia, muesli, fruta no seu estado natural (os mirtilos, cerejas e framboesas, ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue), água aromatizada com limão e ervas aromáticas, chás,…

Bem sei que não é fácil fazer estas mudanças alimentares, muito menos nos miúdos, mas comecemos por reduzir os alimentos mais óbvios, tais como mencionei no início do artigo. Depois aos poucos vai­se experimentando cereais diferentes para o pequeno­almoço, entre outras coisas e pouco a pouco obterá uma alimentação mais saudável.


O açúcar é considerado a nossa droga alimentar e por sua vez a droga dos pequeninos, pois estes começam a ingeri­la desde muito cedo devido à falta de informação dos pais. Não se culpe por isso. Aceite os seus erros e simplesmente tente contornar e melhorar o seu estilo de vida e dos seus filhos. É importante mencionar também que quando se ingere bolachas (ou açúcar) entre as refeições, não há nada que bloqueie o aumento de insulina. Mas ao combinarmos a bolacha com outros alimentos, sobretudo fibras de legumes e fruta, ou gorduras boas como o azeite, reduz a assimilação de açúcar e os picos de insulina. Nestas épocas festivas fica difícil de resistir a umas guloseimas. As tradições pregam­nos rasteiras. E se para nós é difícil, mais ainda para os miúdos. Estas são afirmações verdadeiras, no entanto, fique sabendo que existem alternativas mesmo nas doçarias. Deixo­vos aqui uma receita de Natal.

Sonhos Saudáveis ­ 500g de abóbora (de preferência, biológica); ­ 2 ovos; ­ 200g farinha de aveia (sem glúten); ­ Fermento biológico; ­ Raspas de casca de laranja; ­ Azeite virgem; ­ Canela em pó; ­ Stévia. Preparação: ­ Descascar e cortar a abóbora aos cubos; ­ Colocar em água a ferver; ­ Retirar quando estiver cozido e esmagar; ­ Adicionar farinha aos poucos; ­ Adicionar 2 gemas e uma colher de fermento; ­ Juntar as claras em castelo; ­ Juntar as raspas de laranja; ­ Com o auxilio de uma colher, fazer bolinhas e colocar a fazer numa frigideira com o azeite; ­ Retirar do azeite e envolver os sonhos com stévia e canela.

Rute Calhau Naturopata e Terapeuta Holística naturalmentezen.jimdo.com rutecalhau­therapies.blogspot.pt/ rutecalhau.therapies@gmail.com


BUDHA EDEN LUGARES PARA VISITAR EM FAMÍLIA

ÓBIDOS vila Natal

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Para além de ser uma das vilas mais bonitas do nosso país, Óbidos tem feiras fantásticas para visitarmos. Visto que viver o Natal é também entrar no espírito natalício das decorações, das músicas, do chocolate quente e muito mais, nada melhor do que ir a Óbidos visitar a Vila Natal. Espaço pleno de atrações para miúdos e graúdos, Óbidos recebe uma das maiores afluências de visitantes nesta altura. Junte as crianças e prepare­se para viver o espírito de Natal e conhecer uma vila maravilhosa do nosso cantinho.

Horários: Consultar http://obidosvilanatal.pt/


NATAL

RECEBER OU DAR?


Numa altura do ano em que as prendas se tornaram o foco do Natal importa pensar: o que é realmente importante? A magia do Natal nada tem a ver com prendas, embora elas se tenham tornado muito o seu ponto principal. Se recordar a sua infância, relembra sobretudo as prendas que recebeu ou os momentos mágicos do Natal? Quando penso nos Natais da minha infância recordo muito a minha avó. A elaboração dos bolos, sonhos, filhoses e outros, eram uma verdadeira azáfama naquela casa. Ansiávamos por que chegasse o momento em que ela nos ia fazer aquele bolo, aquela sobremesa, aquele prato. Para além dos bolos, eram as prendas, que sobretudo as que se destinavam à minha mãe, eram feitas por nós as duas. A minha avó era uma verdadeira artista, pintava e fazia muitos trabalhos manuais. Por isso, as prendas por nós elaboradas passaram por tudo: desde quadros, a pintura de toalhas e a uma verdadeira aldeia em miniatura. Mais momentos mágicos. Tive uma avó que vibrava com o Natal, que na altura de abertura das prendas vibrava mais que as crianças, e que é provavelmente a maior responsável por ainda hoje sentir no natal uma magia muito próxima da minha visão de criança. Recordo também, o teatro criado com aberturas de portas da rua, vozes pelo prédio e afins para me fazerem acreditar no Pai Natal, que eu, com muita tristeza, nunca via. Recordo a reunião de uma família, que mesmo apenas aí, tinha o seu momento de ser. Recordo as músicas, a árvore de Natal e os filmes do Sozinho em Casa ou Música no Coração, que mais uma vez, nos faziam acreditar na beleza e na magia desta época. Por isso recebi. Recebi muito. Mas não foi só material.

E porque o Natal é uma altura em que as crianças recebem muito, e os adultos dão muito, porque não colocar as crianças também a dar e os adultos a dar mais de si, sem gastos? Dar, para os grandes e para os pequenos! Dê um sorriso Por quantas pessoas passamos todos os dias? Por quantas pessoas nos cruzamos? Quantas interacções temos todos os dias que são uma oportunidade para sorrirmos a alguém e fazermos do nosso dia e do dia de outra pessoa um dia mais bem­disposto? Dê um pouco mais do seu tempo Todos nós temos causas nas quais acreditamos. Todos nós sabemos que na nossa sociedade há quem precise de receber a nossa partilha. Todos nós sabemos de alguém que precisa da nossa ajuda e de um pouco do nosso tempo. Esse bem que nos é neste momento tão precioso. E por isso mesmo dê um pouco do seu tempo a prestar auxílio ou a contribuir com pessoas e instituições que de nós precisam.

E ponha as suas crianças a fazer o mesmo!


Dê um telefonema Há quanto tempo não fala com aquela pessoa, que a falta de tempo vai deixando para depois? Tire uns momentos para falar a viva voz com aqueles que, mesmo longe ou até perto, são importantes para si. Dê algo feito por si Pode ser qualquer coisa. Simples ou mais complexa. Mas que fez com certeza com todo o seu amor e dedicação, porque foi algo feito por si. Dê uma palavra de apreço ou um elogio No nosso dia­a­dia e muito centrados em nós, nas nossas preocupações e nas nossas tarefas, esquecemo­nos de elogiar, valorizar e expressar aos outros o que gostamos neles ou o que apreciamos. Em altura de dar, lembre­se deste gesto. Dê uma carta Vieram as sms, o facebook e afins… E deixámos de escrever, com caneta e papel. Esse ato tão único e especial. Todos nós gostamos de ler uma carta dirigida a nós, ler as palavras do outro e ver a letra do outro, assim como a sua energia e intenção refletida. Este Natal, escreva a alguém.

Dê o que já não usa Cada vez estamos mais conscientes dos excedentes que acumulamos e de como essa é uma energia estagnada na nossa vida. Liberte­se do que não necessita e ofereça­o a uma instituição.

Por ! Editorial




CARTA AO PAI NATAL Querido Pai Natal, Já sou adulta, e por isso, os outros adultos como eu, já não me deixam acreditar em ti. De qualquer das maneiras, gostava de ter uma conversa contigo, porque dizem algumas crianças, que tu realizas sonhos e fazes magia. Tenho uns quantos pedidos a fazer­te. Este ano, acho que me portei muito bem, por isso, cá vai. Ajuda as crianças a gostarem de ser crianças e os adultos a não tentarem fazer delas adultas demasiado cedo. A infância é a altura da vida em que o tempo não tem tempo, o próximo aniversário demora anos a chegar e o Natal nem se fala. Ver a mãe ou o pai no final do dia é como ver pela primeira vez, a cada vez. Os sonhos são muitos, porque o peso da realidade é pequeno. Não existem impossíveis, porque até as fadas levam os dentes. E quando chegamos a adultos, sentimos sempre a nostalgia, a saudade desses momentos. Nessa altura, muito do que se vê e sente, vê­se e sente­se pela primeira vez, e por isso, a capacidade de viver no presente é única e irrepetível. Ajuda as crianças a desenvolverem­se saudavelmente e a serem sensíveis aos outros. Ajuda­as a passar da fase do egocentrismo para a da empatia e não a ficar sempre na do egocentrismo...Por toda a vida.

Como fazes magia, faz com que os pais passem mais tempo com os filhos, com disponibilidade e entrega. E que cada final de dia seja uma festa, e não um cansaço. Permite que o mundo caminhe mesmo para uma maior igualdade e que a sensibilidade, existindo, seja para todos : próximos e afastados, os de dentro e os de fora. E que os conflitos, a existirem, se desconstruam, perante interesses em comum de todos. Se não for pedir muito, gostava também que ajudasses as crianças de hoje a confiarem e gostarem mais delas próprias. Sabemos bem o que consegue quem acredita nas suas capacidades. E já agora, também a perder a noção do tempo nas brincadeiras de criança e não a perder tempo nas tecnologias. Estive quase a ver­te tantas vezes, mas sempre me escapavas na noite do dia 24. Diziam­me que tinhas muitas prendas para distribuir e por isso vinhas apressado… Mas Pai Natal, como é que é possível que o Natal seja agora apenas para receber presentes e deixaste que lhe tirassem a magia?? E que até hoje em dia muitas crianças não acreditem em ti?? Pai Natal, Pai Natal… Só mais uma coisa, e esta é mesmo importante : podes ajudar os adultos a recordar que também foram crianças um dia e acreditaram em ti? Obrigado Pai Natal! Eu sei que nunca me vais desiludir!

Sara Morgado


10 DICAS PARA UM NATAL SEM STRESS PARA MテウS ATAREFADAS


1. Faça uma lista Fazer listas é um acto simples e ao mesmo tempo muito útil. Se um pequeno caderno ou papel estiver consigo onde quer que vá, poderá anotar as várias ideias e também afazeres que não quer esquecer. Desta forma, será mais fácil consultar a lista e fazer tudo o que é necessário na altura certa, tendo a certeza que não vai faltar nada 2. Keep it simple Numa altura do ano em que as tarefas, desde compras, a organização da casa, a preparar menus, entre outras, atingem um número elevado, reflita sobre o que pode retirar e que considera superficial e menos importante. Relembre que mesmo que querendo que tudo corra da melhor maneira o mais importante é o tempo que vai passar com a família e os momentos que irão partilhar 3. Peça a colaboração das crianças A divisão de tarefas é uma acção fulcral dentro da dinâmica familiar. Pedir a colaboração das crianças vai ajudá­la e estar mais livre para avançar com outras tarefas ou pode tornar os processos mais simples. Para além disso está a promover o facto de a criança aprender a colaborar com os adultos ou no seu próprio dia­ a­dia, com os seus pares. Dá­lhes também uma noção do processo de elaboração de algo, que tem várias etapas e, por vezes, dão trabalho. Pode ser também um momento muito divertido para elas 4. Lembre­se de preparar com antecedência Deixar tudo para a última hora, apesar de ser um ato muito comum, não nos traz benefícios. Consultando a sua lista, veja o que pode começar a fazer alguns dias antes, e divida as restantes tarefas pelos dias restantes. Sobretudo, no que toca a prendas. Vai evitar muitas filas e maior desgaste

5. Aceite a colaboração Quando os elementos da família se disponibilizam para ajudar nas tarefas ou até contribuir com partes do menu, diga sim! O Natal também é partilha entre todos 6. Estabeleça um valor fixo (realista) que pode gastar Muitos dos gastos elevados nesta altura do ano passam também pela não existência de uma linha limite estabelecida inicialmente. É provável que gaste sempre mais do que inicialmente pensado, mas existindo um limite estabelecido, será mais dificil ultrapassá­lo em larga escala e sabe que terá que gerir esse valor


7. Tire alguns minutos para relaxar O acto de parar, por 10 ou 15 minutos (que seja!), no nosso dia­a­dia é de extrema importância ao nosso bem­estar. Nesses minutos procure fazer algumas inspirações e expirações profundas, concentrando a sua atenção nesse acto. Quando voltar, estará com uma energia renovada 8. Faça dos momentos de tarefas verdadeiros momentos de Natal Estar de volta das panelas com a televisão em alto som como música de fundo não é propriamente a melhor ideia de uma cozinha onde se prepara uma noite de Natal. Que tal substituir por músicas natalícias que criem verdadeiramente o ambiente? Com certeza, terá mais magia!

9. Promova o espírito de Natal Para que o Natal não seja apenas uma lista de tarefas a gerir e executar, é preciso deixar espaço para sentir o espírito. Por isso, neste Natal viva­o. Vá ver as árvores de Natal pelas cidades, visite a Vila Natal, os enfeites. Ouça músicas natalícias. Recorde bons momentos dos natais da sua infância e da sua vida adulta. Encha a casa de artigos alusivos. E veja os filmes de Natal da sua infância 10. Desfrute E por isso, desfrute. Desfrute da elaboração, desfrute de comprar algo para oferecer aos que mais gosta e faça­o com amor. Desfrute da companhia da família. Desfrute da alegria dos mais novos. Desfrute das refeições e viva­o com total consciência do presente



UM CÂNTICO DE NATAL

O Canto do

LEITOR CHARLES DICKENS

Recordar um dos contos épicos sobre o Natal

DIÁRIO DE UMA

A VISITA DO URSO PEQUENO

ELSE HOLMELUND MINARIK, MAURICE SENDAK

AVÓ-GALINHA

ISABEL STILWELL Confissões, reflexões e dúvidas do dia­a­dia de uma avó

Um mergulho na magia e na ternura da família

INVENTÁRIO ILUSTRADO DOS INSECTOS

A ARTE DE DIZER NÃO

JOAQUIM QUINTINO AIRES VIRGINIE ALADJIDI e EMMANUELLE TCHOUKRIEL Com óptimas ilustrações para os mais novos conhecerem

Uma das maiores dificuldades na educação e na relação com os outros, mas um aspecto fulcral na percepção das nossas necessidades e limites



LETRAS

RUBRICA Mensal

DO CORAÇÃO

Natal cheira a partilha, abraços e comunhão. Cheira a bacalhau, figos secos e à filhó da avó. Natal cheira a magia e a um número infinito de possibilidades que cabem todos na imaginação. Um Ser de barba branquinha que desce pela chaminé estreitinha e distribui presentes por todos os meninos do planeta... É um verdadeiro herói! Natal é o musgo acabadinho de apanhar para adornar o mais belo presépio regado de entrega e invenção. São os chocolates pendurados na árvore e que um a um vão sendo descascados. São as bolas e fitas coloridas, que dão luz a uma época de invenção. É o presente descoberto nas missões de domingo à tarde e que é sempre uma surpresa, não vá o Pai Natal se aborrecer! São as brincadeiras do dia seguinte com o brinquedo tão especial. São os pais, irmãos, tios, primos, avós, sobrinhos, amigos e desconhecidos…. É uma família Universal, que se une por uma teia invisível chamada tolerância, respeito, justiça, aceitação, amizade, Amor… Natal não tem raça ou religião. Natal é a lembrança que ressoa da meninice e que faz acordar a necessidade de pertença, e de estrutura. Mas sobretudo Natal é Gratidão. Num mundo em constante transformação, é fácil trocar atos de Amor por brinquedos de plástico, papéis coloridos com uma semi­vida muito curta. Alegremos as nossas crianças com a possibilidade da criação dos enfeites para a árvore, do postal a desejar uma época

Feliz aos amigos e familiares, de partilhar brinquedos e roupas com outras crianças, de acompanharem os pais ao voluntariado, de saborearem a importância da gratidão e das pequenas conquistas. Natal é a recordação anual de que algo intrinsecamente bom existe e persiste na raça humana, e que esse estado de leveza está disponível a qualquer momento. Um estado de comunhão, como se de uma pausa a grande escala se tratasse. Vejo mais sorrisos, alegria e compreensão, vejo mais gestos de bondade e calor humano. É como se de uma neblina se tratasse e todos ficássemos imersos nesta onda de entusiasmo. Por vezes, é necessário reconstruir a imagem mental de uma época que para muitos é feliz e para outros… Ajudemo­nos uns aos outros nas várias etapas da vida assim como cada estação do ano nos prepara a chegada da seguinte. Acredito que as crianças têm um papel fulcral neste processo. Elas representam o novo, a descoberta, a genuinidade, a ausência de filtro, conceitos e preconceitos. Apenas existem e dão­se tal qual como são. Para elas a inexistência temporal de determinados acontecimentos, permite­lhes viver em liberdade absoluta. A simplicidade é a chave dessa alegria. Tornemos simples o Natal de todos os dias destas crianças aspirantes a adultos, para que assim o seu baú de recordações perpetue valores que os presenteie a si próprios e a um mundo em mutação. Por| Vânia Cardoso



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hora de dormir Contos Era Véspera de Natal, silêncio em toda a casa. Nem um rato se ouvia. As meias estavam cuidadosamente penduradas na chaminé, na esperança da chegada em breve do Pai Natal. As crianças estavam confortáveis nas suas camas. Nas suas cabecinhas pairavam ainda imagens das filhoses. A mamã e eu com os nossos gorros estávamos preparados para uma boa noite de sono. Quando, de repente, se ouviu um estrondo no jardim. Saltei da cama e corri para a janela a ver o que se passava. Corri as cortinas com força. A lua iluminava a neve acabada de cair, e fazia brilhar tudo em redor. Quando: o que vêem os meus olhos? Um pequeno trenó puxado por oito renas e conduzido por um idoso rápido e alegre. Percebi de imediato que só podia ser o Pai Natal. Vieram mais rápidas que águias. Ele assobiou e chamou as suas renas pelo nome. Vamos, Corredora! agora, Dançarina! depressa, Empinadora e Raposa! Rápido, Cometa! já, Cupido! agora, Trovão e Relampago! Para o telhado, apressem­se, apressem­se. Saltem, saltem! E como folhas secas antes do furacão, elas voaram. Quando encontravam um obstáculo, cavalgavam pelo céu. Voaram até ao telhado com o trenó do Pai Natal carregadinho de presentes. E então, de repente, ouvi no telhado, tal como tinha imaginado, os seus cascos, E, virando­me, vi o Pai Natal a descer a chaminé.

Vinha vestido todo de peles, da cabeça aos pés. As suas roupas estavam cheias de fuligem e cinzas. Às costas trazia um saco cheio de brinquedos. E parecia um vendedor ambulante abrindo a sua mala. Os seus olhos brilhavam, o seu rosto tinha covinhas de alegria! As bochechas estavam rosadas, o seu nariz parecia uma cereja vermelha! A sua boca fazia um arco de alegria! E a barba e o cabelo eram brancos como a neve. Ele tinha um rosto redondo e uma grande barriga. Que tremia como gelatina quando ele se ria. Ele era gordinho e roliço, um verdadeiro duende, E eu ri­me ao vê­lo. Um piscar de olhos e um acenar de cabeça. Percebi que não tinha nada a temer. Ele não disse uma palavra, e iniciou o seu trabalho . Encheu todas as botas com imensos brinquedos. Deu um toque no nariz, abanou a cabeça, e subiu pela chaminé. Entrou no trenó, assobiou às suas renas. E voou para longe. Mas! Ainda o ouvi a exclamar, antes de desaparecer de vista, “Feliz Natal para todos e uma santa noite”

Tradução livre e adaptação de “An account of a visit from St. Nicholas”, C. Pinto


Criar, desenhar, pintar O Natal está mesmo, mesmo a chegar, faz as tuas bolas de Natal mágicas e coloca na tua árvore. Na noite de Natal faz uma surpresa a toda a tua família e oferece uma bola a cada pessoa. Nesta época de confraternização, há muitas coisas boas, muitas surpresas, mas principalmente o amor da nossa família que nos aquece o coração. Vamos surpreendê­los com as nossas bolas mágicas, só tu vais saber o que cada uma contém.

Vamos precisar de algum material: Vários tipos de papel Bolas de Neve (rebuçados) ou bombons Cola Fita seda

1º Passo Escolhe vários papéis que tenhas em casa, coloridos e com fantasias. Atenção, que não podem ser muito finos, têm de ter alguma espessura, para suportar a surpresa que vão guardar. Com um recipiente redondo, que tenhas em casa, coloca­o sobre o verso do papel e desenha vários círculos (+/­ 10 a 15cm de diâmetro).


Corta também as fitas de seda (de várias cores, com +/­ 20 cm de comprimento) Faz combinações dos círculos de papel em pares. Pois, para fazermos as nossas bolas, vamos colar 2 a 2. As duas faces podem ser diferentes, uma pode ser lisa e a outra ter desenhos, ou serem as duas brilhantes….fica ao teu gosto. Diverte­te!

2º Passo Coloca os círculos com o verso para cima preenche­os com cola à volta nas extremidades. Atenção: não coloques cola em todo o círculo. Deixa um pequeno espaço.

3º Passo Após colocares a cola, deves de imediato colar a outra parte do par, por cima. Não te esqueças que há um espaço onde não colocamos cola. Se verificares que alguma parte não ficou bem colada, podes sempre reforçar. Caso não tenhas cola quente, podes utilizar sempre outra cola, só tens de esperar mais um pouco e certificar­te que o papel fica mesmo colado. A parte mais gira vem a seguir…


4º Passo Na abertura dos 2 círculos, temos o local da nossa magia…..estás preparado(a)? É agora que vamos escolher o que colocar dentro das bolas. Podes escolher rebuçados, bombons, o que quiseres. Basta teres atenção ao espaço que tens dentro das bolas.

5º Passo Escolhe uma fita de seda, dobra­a ao meio juntando as pontas (se quiseres podes colocar um pingo de cola para as juntares). De seguida coloca as pontas da fita dentro da bola, através do mesmo espaço por onde colocamos os rebuçados. Após teres os rebuçados dentro da bola e as pontinhas da fita também lá dentro, chegou a hora de selarmos a nossa bola mágica. Coloca cola neste espaço que faltava para a nossa bola ficar bem fechada, aperta e certifica­te que a fita fica bem presa, pois é com ela que vamos pendurar a nossa bola na árvore de Natal.

Se tiveres bolas, em que uma das faces é lisa, escreve uma mensagem natalícia ou simplesmente uma mensagem de amor (por exemplo: Gosto muito de ti; Feliz Natal; Que o calor dos nossos corações esteja sempre presente, etc.). Ficará bonito e a pessoa que a vai receber, ficará feliz. Cá estão as nossas bolas mágicas. Pendura­as na tua árvore de Natal, e na noite da consoada, quando trocarem as prendas vai à àrvore e diz a cada uma das pessoas que tu gostas para escolher a sua bola mágica. Diverte­te a construir as Bolas Mágicas. Diana Banha FELIZ NATAL! veja mais em https://www.facebook.com/distyle.styledi


o Natal ĂŠ viver bons momentos com a famĂ­lia


NATAL

DECORAÇÕES DE NATAL


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relaxamento CRIANÇAS

Vamos relaxar agora ... ficar sonolentos ... Imagina um lugar tranquilo. Deixa­te ficar completamente confortável e feliz neste lugar da tua imaginação. Os olhos estão a ficar pesados ... e é muito bom fechar os olhos ... descansar ... é relaxante ... Estás a sentir­te muito calmo... sonolento ... feliz ... (Pausa) quando o teu corpo fica relaxado, podes sentir calma. Sabes que uma parte de ti está tranquila porque ela fica um pouco diferente ... talvez um pouco mais quente ... ou mais pesada ... ou mais solta ... Concentra­te nas tuas mãos ... deixa as mãos relaxar, até que elas fiquem um pouco diferentes. Podes sentir o que é o relaxamento. É uma agradável sensação. Basta deixar as mãos relaxar, tranquilas. Concentra­te nos teus braços agora, até aos cotovelos. Sente o relaxamento nos teus braços. Pensa nos teus braços, em todo o caminho até ao teu ombro. Sente os teus braços relaxar ... Os teus braços estão a sentir­se muito relaxados. Eles estão pesados e soltos ... as tuas mãos e braços sentem­se quentes ... quentes, pesados e descontraídos.

Pensa nos teus pés agora. Relaxa os pés. Os teus pés sentem­se quentes e pesados ... e as pernas sentem­se relaxadas ... sente as pernas relaxadas. Quando sentires o relaxamento nas tuas pernas, passas para o resto do teu corpo. Deixa agora o teu estômago relaxar ... ele sente­ se quente e confortável. Pensa nas tuas costas. Deixa as costas relaxar desde a parte de baixo das tuas costas, até ao pescoço. As tuas costas vão sentir­se um pouco diferentes do que antes ... uma boa sensação relaxante. Pensa no teu peito ... deixa esta parte relaxar também. Pensa no teu rosto ... e a tua cabeça ... em breve o teu rosto e a tua cabeça vão­se sentir relaxados. Agora pensa no corpo inteiro ... todo o percurso dos teus pés até à cabeça. Se sentires que algum lugar do teu corpo não está relaxado, basta pensar sobre esta área ... e a sensação é relaxante. Todo o teu corpo está relaxado. Vais sentir­te tão bem e tão confortável, um pouco mais quente ... ou mais pesado.


Um bom

ANO

PLENO DE BONS MOMENTOS


PRÓXIMA EDIÇÃO

ESPECIAL

ANO NOVO! NOVO ANO, NOVAS IDEIAS, NOVAS METAS


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