zen kids#07

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zen kids

EDIÇÃO 7 | ABRIL 2016 | MENSAL

NUMEROLOGIA E AS CRIANÇAS

ORGANIZAÇÃO NAS CRIANÇAS

DIFERENÇAS CULTURAIS

CONHEÇA MELHOR

É POSSÍVEL?

A INFÂNCIA E DIFERENTES CULTURAS

FAMÍLIA| EDUCAÇÃO | BEM-ESTAR


Nr. 7 Abril de 2016

DIRECTORA E EDITORA Sara Morgado revista@zen-kids.org DIRECÇÃO COMERCIAL comercial@zen-kids.org COLABORADORES Diana Banha, Joana Moita, Vânia Fernandes, Helena Fernandes e crianças, Marlene Gomes IMAGENS Pixabay, Photl PERIODICIDADE Mensal

SUBSCRIÇÕES revista@zen-kids.org projetozenkids@gmail.com www.zen-kids.org Rua das Camélias nº2 2710-632 Sintra

ZEN KIDS


revista ZEN KIDS

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CONTEÚDO NÚMERO 7

NESTA EDIÇÃO Editorial

7

Agenda

9

A Magia da Infância

10

O importância da organização na infância

16

Os medos das crianças e os pais

30

E quando as crianças falam de "Tenho um Irmão" 38

A Numerologia e as Crianças

20

Diferenças culturais na Infância

28

Seremos melhores pais?

40

Criar, Desenhar, Pintar

50



EDITORIAL

Sara Morgado EDITORA Será a minha visão ou o mundo não pára quieto? Não digo que alguma vez tenha estado, mas que agora, os acontecimentos sucedem­se, à escala mundial, tão rapidamente, e em tanta quantidade. Estamos em grandes e profundas mudanças? Quase diárias? O que tal significa? Penso que nenhum de nós tem respostas concretas. Todas as procuramos, e todos as encontramos. O que sabemos é que precisamos parar, refletir, quando sabemos que o mundo não vai parar à nossa volta. Que precisamos aquietar dentro de nós o que fora de nós, não se aquieta. Ou aprendermos a fazê­lo. Que aquilo que acontece no mundo ao nível colectivo, acontece com cada um de nós. As mudanças, as experiências, os ciclos, o positivo e o negativo, a evolução, o regredir, a luz, a sombra. O choque. A beleza. Como conseguimos lidar com o que acontece no colectivo? Estará relacionado com a forma como lidamos com as nossas próprias experiências individuais? As coisas estarão separadas ou ligadas? Cada um de nós é o mundo? Ou o mundo somos todos nós? Perguntas. Demasiadas perguntas. Para que quero respostas, se terei que elaborar perguntas novas, a cada dia que passa? Impermanência? E porque não a permanência ser impermanente?

Sara



AGENDA

ABRIL

16

8, 9 10 - MINI-MI FASHION WEEK

LX FACTORY

10 - MERCADITO DOS PEQUENITOS

Hotel Tryp Porto Expo a partir de 14 - O LIVRO DA SELVA

todo o país 21 A 24 - DIAS DA MÚSICA NO CCB

até 25 - FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHOCOLATE DE ÓBIDOS


A MAGIA da inf창ncia


Cada etapa de desenvolvimento é dotada de características muito singulares que merecem a atenção do adulto. Perceber e integrar esta individualidade permite penetrar num mundo que aparentemente simples, por vezes pode tornar­se bastante complexo. Muitas são as teorias existentes acerca do desenvolvimento da criança mas, se é verdade o que alguém muito especial uma vez me disse “nós já nascemos felizes”, como é que a experiência nos molda e, em muitos casos nos esquecemos disto? De facto, existem vários aspetos a ter em linha de conta. Todavia, o que parece unificar todos eles, é sem dúvida: Ser.

E que lindo que é poder apreciá­la! Deste modo,

É isso que considero transversal a todas as

o papel parental é fulcral no processo de

teorias do desenvolvimento e comportamento

desabrochar. Se é certo que há uns anos este

humano. No entanto, as teorias apresentadas

era de exclusividade materna, hoje sabe­se que

apostam em caminhos diferentes para conseguir

o pai tem uma posição fundamental no sistema

atingir o Potencial Humano – SER.

familiar e de crescimento saudável da criança.

Quanto maior a proximidade do Ser que Somos, mais felizes nos tornamos. Daí advém a

Sobre ele recaem algumas responsabilidades

relevância do conhecimento das etapas do

através da interação com a criança, como:

crescimento e suas características. Quão mais

personificar o Outro na vida da criança, ou seja,

detentores deste saber formos, melhor resposta

a sociedade; permite à criança uma melhor e

saberemos dar às nossas crianças. Logo, mais

mais eficaz gestão de stress através do

integradas aos níveis emocional, mental, físico e

estabelecimento de uma relação calorosa; uma

social se sentirão. Ora, crianças felizes, adultos

maior motivação para a partilha social quando

felizes. A infância assemelha­se ao nascimento

existe interação lúdica e verbal; a construção

de uma flor. Para termos a oportunidade de

das primeiras imagens sobre o mundo; equilibrar

contemplar a beleza que existe num adulto de

a relação entre a mãe­filho; o corte do cordão

bem consigo e com a vida, teremos de cuidar

umbilical psicológico da criança com a mãe;

dele e nutri­lo desde o seu nascimento e em

figura de autoridade que permite à criança

todas as etapas de crescimento, tal com

sentir­se segura e amada; um modelo de

fazemos com a flor.

masculinidade.



Por seu turno, cabe à mãe promover o

indubitavelmente de conhecer a sua família e o

desenvolvimento afetivo e emocional da criança

tipo de relacionamento que é estabelecido entre

que se inicia durante a gestação e que tem

os seus membros. Todavia, este não é o único

continuidade após o nascimento. Nesta relação,

fator a ter em conta.

importa que a mãe seja capaz de atender e

A rede social envolvente é de suma importância,

entender com prontidão as necessidades da

tal com a cultura vigente. Deste modo, quanto

criança e responder a estas para que ela se

maior for a capacidade de a família se

sinta segura e confiante, permitindo desta forma

adaptar aos desafios que ocorrerem, sejam

que caminhe no processo de autorregulação.

eles socias, económicos ou culturais, melhor

Assim, ao “frustrar” a criança promove também a

e mais saudáveis serão as relações

sua autonomia. Também importa salientar a

estabelecidas entre os vários membros da

eficácia de estímulos positivos como sendo

mesma.

expressão facial afável, o sorriso, divertimento e

Assim sendo, para se poder trabalhar

prazer na interação, no suporte emocional

individualmente com a criança é necessário ter

positivo por parte da mãe. Cabe ainda à mãe

em conta tudo o que foi acima descrito, tal como

responsiva, estimular a autonomia da criança no

a sua interpretação dos factos que vão

que concerne à exploração do seu meio

acontecendo quer internamente, quer ao seu

promovendo desta forma várias aprendizagens

redor e ajudá­la a reinterpretá­los de uma forma

inerentes ao desenvolvimento do seu potencial.

mais saudável para si, promovendo a sua sensação de bem­estar.

Se é certo a relevância do papel de cada progenitor no desenvolvimento da criança, temos igualmente de abraçar a família como um todo. O modelo relacional aprendido no seio da família é aquele que a criança irá transportar e manifestar nos relacionamentos que estabelecer. A família como um todo funciona como um veiculo que proporciona uma troca de interações, sejam elas de afeto, comunicação, compreensão, regras, que pressupõe a formação da unicidade da criança pelo respeito mútuo no relacionamento. Assim sendo, para compreender a criança teremos


Valorizar as crianças é valorizar a

desejado com a criança. É fundamental que a

Humanidade. As crianças precisam de

própria sociedade e sistema de ensino

carinho, atenção, escuta ativa, respeito,

proporcione espaço/atividades para que as

brincadeira, tempo para serem crianças ……

crianças expressem de forma espontânea quem

Se até aqui se contava com uma certa super­

são: Crianças. Crianças que sabem muito de

proteção social, que de certo modo nos

muita coisa não são necessariamente mais

“desresponsabilizava”, agora estamos a passar

felizes. Existe tempo e espaço para isso! É

para o extremo oposto. Arrepia­me pensar que a

preciso dar espaço para que a individualidade

única refeição diária de uma criança possa ser

possa ser vivida de uma forma saudável.

aquela que toma na escola. Como se pode pedir

Numa sociedade frenética estamos a criar seres

mais sucesso escolar, aquele que vem nas

frenéticos, uma geração fast, que têm de saber

estatísticas nacionais, quando necessidades tão

tudo, ou um pouco de tudo. E, assim, estes

básicas não são muitas vezes satisfeitas? Para

pequenos adultos “servem” de troféus para

onde caminhamos? A questão da humanização

muitos dos seus pais. Afinal, de que precisamos

parece­me ser transversal a todos os setores da

todos nós? Espaço e tempo para vivermos

sociedade em que vivemos.Precisamos de

quem realmente somos.Estamos a viver numa

parar, olhar para as nossas crianças/adultos e

sociedade debilitada, doente emocionalmente e

escutar verdadeiramente o que têm para nos

o reflexo disso é o crescente número de

transmitir. Este será um ponto de partida para

doenças mentais que acompanham a dita

edificar uma sociedade mais justa, equitativa e

“evolução dos tempos”. É imprescindível

mais humana.Como poderá ser feito este

desenvolver uma atitude mais reflexiva e

caminho se, agora é impossibilitada a entrada

sensível, procurar entender as reais

dos encarregados de educação nas escolas,

necessidades das crianças. Pormo­nos em

onde está a ponte que unifica o mundo interior e

causa certamente ajudará neste caminho, o que

exterior da criança? Por vezes observar o

foi verdade durante décadas, poderá já não ser

comportamento, a reação vale mais do que mil

válido agora. Penso que esta poderá ser uma

palavras e os pais vêem­se impedidos de

das possíveis mensagens que esta nova

acompanhar mais de perto os seus filhos que

geração de crianças trás consigo, na procura de

para além de ficarem a maior parte do seu dia

edificar uma sociedade mais saudável e feliz.

na escola, acabam por ficar com pouco espaço para a interação em família e brincadeira. O que por vezes promove algumas cedências desajustadas por parte dos pais para se conseguir ter “aquele tempo de qualidade” tão


Importa então ajudar a criança a: ­ Atuar no presente, procurando alterar os resultados negativos que ficaram marcados do passado, tentando perceber o que mantém esses problemas na atualidade ­ Formular interações positivas da criança ela própria e com o mundo que a rodeia E como contextualizar a criança diz respeito ao seu mundo interno e externo, urge abordar a temática social em que vivemos. A problemática das minorias é transversal ao mundo inteiro…estarão aqui inseridas as nossas crianças, as crianças de Portugal? Sejam elas ciganas, com problemas de mobilidade ou que carecem de ensino especial? As crianças são encaradas efetivamente como uma minoria no nosso País? Se é verdade que podemos assistir a um declínio nas reformas educativas, também se pode constatar uma certa desresponsabilização social na entrega das crianças à mesma. De facto, parece fundamental que esta responsabilização tenha início no núcleo familiar, para acompanhar as crianças nas várias etapas das suas vidas. Importa perceber que não podemos mudar o mundo, apenas podemos mudar o nosso pequeno mundo, se assim o entendermos.Acredito com veemência que quanto mais inspirados e permeáveis formos mais influenciaremos positivamente quem está ao nosso redor. Tecemos desta forma a teia da humanidade. Não seremos também nós minorias quando nos fechamos sobre nós próprios?

A formação cívica tem um papel fulcral, nas sociedades atuais. Somos o somatório das influências da família e da sociedade em que estamos inseridos. Parece­me que a questão do “jeitinho à portuguesa” está tão enraizado em Portugal que, por vezes, os valores morais parecem passar para segundo plano. É a consciência de um povo que necessita de reforma… Muitas vezes são necessários sacrifícios pessoais em prol daquilo em que se acredita. Estaremos preparados para este desafio?Tal como os pais representam modelos para os seus filhos, também os governantes deste país representam modelos de conduta e autoridade para o seu povo. Andaremos à procura de referências no local certo? Para onde estamos a caminhar afinal? É importante investir na qualidade e não apenas nos resultados. Vânia Cardoso Enfermeira na Unidade de Transplantes do Hospital Curry Cabral


A importância da organização na infância


Todos nós, adultos, sabemos o quanto a organização facilita a nossa vida no dia­a­dia, e o quanto é fundamental a criação de hábitos e rotinas para que as crianças tenham uma vida regrada e disciplinada e assim conseguirem de uma forma mais independente, enfrentar o mundo quando crescerem. A organização não é inata e não nasce connosco, daí a importância dos pais incentivarem os seus filhos desde tenra idade a terem hábitos e rotinas saudáveis, com vista a terem uma melhor performance e adaptação ao longo das suas vidas. A organização na infância é uma qualidade adquirida com o tempo, ao observar e aprender com os atos e comportamentos dos adultos que os rodeiam. Por isso, é fundamental incutir­lhes isso mesmo, servindo­lhes de exemplo e ensinando­lhes os seus benefícios.

Crie uma rotina matinal e noturna para a criança, até porque esta sucessão de acontecimentos a ajudam a saber em determinado momento o que pode ser esperado dela e o que ela pode esperar dos pais, e isso traz­lhe segurança. Envolva a criança na organização, dando­lhe pequenas tarefas conforme a idade. Por exemplo, todos os dias deve guardar os brinquedos que usou de uma forma organizada e nos mesmos sítios, por a roupa suja no cesto da roupa suja, etc. Tenha as roupas do armário e brinquedos de fácil acesso e ao alcance da mão. Organizados de uma maneira prática e funcional, de modo a que a criança conforme vai crescendo, fique mais independente.


Sempre que for organizar as roupas e brinquedos, peça ajuda à criança, afinal é ela que os usa. Explique­lhe a importância de doar tudo aquilo que já não lhe serve ou brinquedos que já não usa a Instituições de Solidariedade e assim fazer outras crianças felizes. Ter um cantinho de estudos organizado e só com o material necessário para evitar distrações é fulcral para um maior sucesso escolar. Incentive sempre a criança a fazer a pasta para o dia seguinte e verifique se está tudo em ordem enquanto ela é mais pequena.

Ensine à criança a importância do tempo e como tirar melhor proveito dele. Por exemplo, quanto mais demorar a fazer determinada atividade, menos tempo terá para fazer outras de que mais gosta. É tudo uma questão de paciência e ensinar de uma forma prática e consistente os benefícios de melhor gerir o tempo. Faça com que as tarefas sejam divertidas, fazendo jogos e brincadeiras com a arrumação, para que estes pequenos “trabalhos” sejam divertidos e não uma chatice. Seja criativa! Deixo aqui um conselho aos pais muito importante. Quando os seus filhos forem brincar, deixe­os brincar livremente sem restrições organizativas, até para poderem estimular o seu lado criativo e dar asas à imaginação.

Marlene Borges Super Organizada Blog /http://superorganizadablog.blogspot.pt/ super.organizada.blog@gmail.com



A Numerologia e as CRIANÇAS


No Universo tudo é energia e cada número tem uma frequência de vibração específica, com caraterísticas positivas e negativas. A Numerologia estuda e interpreta a forma como estas caraterísticas interagem e são experienciadas por nós. Como seres humanos, também temos um código de frequência de vibração, e é isso o que permite distinguirmo­ nos uns dos outros e o que nos torna únicos. O nosso código de frequência de vibração resulta dos números provenientes da nossa data de nascimento e do nosso nome completo, obtido até aos 36 meses de idade, e é conhecido por mapa numerológico. Numa consulta de Numerologia Intuitiva ficamos a perceber quem somos, qual a nossa missão de vida, quais os nossos dons e qual a nossa vocação profissional. Também dá significado aos acontecimentos mais recorrentes da nossa vida e à forma como nos relacionamos com os outros, ajudando­nos a identificar os nós emocionais que daí advêm e permitindo­nos ganhar consciência sobre a maneira como reagimos às nossas emoções, auxiliando­nos, assim, a mudar os nossos comportamentos e atitudes. Explica­nos quais os desafios e as lições que vimos experienciar e auxilia­nos a ultrapassá­los da melhor forma. Pois quando ganhamos consciência é mais fácil aceitarmos e deixarmos de resistir. Assim, a nossa vida torna­ se mais simples e feliz. A Numerologia não se aplica apenas a obter a frequência de vibração de cada pessoa. Ajuda­ nos a compreender as pessoas que nos rodeiam e tudo aquilo que faz parte da nossa vida. Por exemplo, a Numerologia pode ser usada para analisar compatibilidades amorosas, datas importantes e significativas da nossa vida, o número das portas das casas ou o nome das empresas.Ajuda também a compreender o significado de determinadas sequências numéricas que nos aparecem insistentemente ou com as quais sonhamos.

As crianças são uma caixinha de surpresas para os pais. Inicialmente estes esperam nove meses para descobrir qual a sua fisionomia. Mas quando o bebé nasce, a sua personalidade, a forma como vão reagir às mais diversas situações do dia­a­dia ou como vão interagir com os outros, por exemplo, continua a ser uma incógnita que vai sendo revelada à medida que vão crescendo. Na leitura intuitiva do mapa numerológico, o nome próprio da criança é bastante importante, pois a sua frequência de vibração, produzida pelo som da verbalização do seu nome, corresponde ao seu desenvolvimento inicial, ou seja, à infância. É aqui que se identificam, no mapa numerógico, as experiências recorrentes que a criança vai ter de vivenciar ao longo do seu crescimento. A forma como a criança vai reagir às mesmas, ditará a base da estrutura mental, emocional, psicológica e social do futuro adulto. O educador que tem consciência das dificuldades que a criança tem pela frente, fica mais preparado e munido de ferramentas que lhe permitem auxiliar a criança a superar e a compreender a aprendizagem que vem fazer em cada uma das experiências que vão surgindo no seu dia­a­dia.


A frequência de vibração obtida através do nome completo da criança vai dar­nos a informação referente ao seu potencial, ao que a motiva e faz avançar, ao que deseja interiormente e às lições que vem aprender e resolver nesta vida. Para além disto, os nomes de família que estão contidos no nome completo da criança ligam a energia da criança à energia dos seus antepassados e ao respetivo karma familiar contido em cada um dos nomes de família. É daqui que advêm os padrões de comportamentos repetitivos familiares, que perduram de geração em geração. Estes padrões podem ser quebrados quando existe, por parte dos progenitores da criança, uma consciencialização e identificação dos mesmos. Quando os nomes próprios da criança têm uma tradição de família, por exemplo, o avô, o pai e o filho têm o mesmo nome próprio, a energia referente ao karma familiar também aqui está associada à energia/frequência de vibração do nome próprio. Depois de lermos as últimas linhas, ficamos com a sensação que os pais são os responsáveis pela escolha de uma parte significativa da vida da criança. No entanto, nada é por acaso e as escolhas que aparentemente são feitas pelos pais, acabam por servir na perfeição à missão que a criança escolheu vir vivenciar. Falando agora da data de nascimento da criança, podemos dizer que dá acesso à informação relativa ao percurso de vida que a criança escolheu viver. Como a realidade que estamos a vivenciar é criada por nós e pode ser alterada sempre que se coloca consciência na forma como a estamos a vivenciar, esta informação é uma excelente ferramenta para o educador auxiliar a criança durante o seu crescimento.


Da leitura intuitiva da frequencia de vibração da data de nascimento também ficamos a saber quais as características da personalidade da criança, os seus comportamentos e atitudes no dia-a-dia, a forma como gerem as emoções, quais as suas fragilidades e resistências emocionais, assim como qual a melhor forma de ultrapassar as suas crises emocionais. Também temos acesso às suas tendências vocacionais, bem como os obstáculos que tem de enfrentar ao longo da sua vida. A leitura intuitiva do mapa numerológico da criança é única e personalizada. Nesse sentido, a consulta de Numerologia Intuitiva pode ser uma mais valia para pais, professores e educadores de uma forma geral, pois é uma excelente ferramenta para ajudar na educação das crianças. Permite ficar com um profundo conhecimento da criança, auxiliando os educadores a perceber quais os seus comportamentos e atitudes nas mais variadas situações ao longo da sua vida, qual a melhor forma de lidar com as crianças, tendo em conta as suas caraterísticas de personalidade, a sua autoestima e autoconfiança, sensibilidade, equilíbrio emocional, independência, ou os desafios que trazem para cumprir, as lições que vêm aprender, as suas áreas vocacionais mais fortes e a sua missão de vida. Assim, podemos criar e educar crianças mais felizes e conscientes de si próprias.


Calcular o número Nome Próprio Para calcular o número do nome próprio vamos substituir cada uma das letras do nome próprio pelo respetivo número e fazer a soma linear dos números. Conversão das letras em números AJS – 1 BKT – 2 CLU – 3 DMV – 4 ENW – 5 FOX – 6 GPY – 7 HQZ – 8 IR – 9 Exemplo: 4 1 4 1 3 5 5 1 = 24 = 6 (2+4) O número de Nome Próprio é o 6. MADALENA Interpretação Nome próprio 1: Vai experienciar situações onde terá de assumir a liderança e tomar decisões sozinho, sem se tornar egoísta ou autoritário. Nome próprio 2: Vai experienciar situações onde terá de ser mais sensível e empático às necessidades dos outros, sem se esquecer de si. Nome próprio 3: Vai experienciar situações onde terá de ser mais auto expressivo, mostrando aquilo que é capaz de fazer, mesmo que os outros não consigam entender. Nome próprio 4: Vai experienciar situações onde terá de ser mais prático e um trabalhador exemplar, encarando as suas limitações no trabalho e serviço aos outros sem sentimentos de injustiça ou vitimização.

Nome próprio 5: Vai experienciar situações onde terá de explorar os aspetos da vida física, sem se deixar levar pela tentação ou destruição. Encontrar o equilíbrio no dia a dia é fundamental. Nome próprio 6: Vai experienciar situações onde terá de ser mais responsável e compassivo para com os outros, aceitando as responsabilidades impostas de coração aberto, sem queixas e lamentações. Nome próprio 7: Vai experienciar situações onde terá de ser introspetivo e reservado, o que lhe vai permitir desenvolver e aprender a confiar na sua intuição. Nome próprio 8: Vai experienciar situações onde terá de lidar e utilizar desde cedo com o dinheiro, o que lhe vai possibilitar compreender o dinheiro como uma “energia”. Nome próprio 9: Vai experienciar situações onde terá de ser bondoso e generoso para com os outros, compreendendo que existem muitas formas de dar, mas nem sempre é possível fazêlo. Nome próprio 11: Vai experienciar situações onde terá de ser intuitivo, partilhando com os outros as suas visões, mesmo que estes não consigam entender o que vê. Nome próprio 22: Vai experienciar situações onde terá de colocar em prática os seus projetos idealistas, através dos quais pretende ajudar uma causa maior. Mas para as conseguir concretizar terá de ser menos exigente consigo mesmo e deixar de se comparar com os outros.

Consultas de Numerologia Intuitiva Joana Moita terapeutajoana@gmail.com


IDEIA DO MÊS

Saltar, Correr

NA

Infância atingimos o pico mais alto de níveis de energia de toda a nossa vida. Essa energia precisa de ser expressa e direccionada. Nos dias de hoje cada vez mais obrigamos as crianças a estar sentadas e limitar essa energia

que está dentro delas e que precisa de encontrar formas saudáveis de existir. A infância é também a altura para os saltos, o "parecer que está ligado à corrente". Não há nada de mal com isso. O mal está em queremos sentá­los quietos tantas horas por dia.


Photo by @suhaderbent

Diferenças Culturais na infância


FILIPINAS - photo by @whaleman_1

MAURITÂNIA - photo by @unicef Dragaj

photo by @pascalboegli

INDIA - photo by @stevendetray

O mundo somos todos nós. Mas todos nós, somos muito diferentes. Na infância existem realidades culturalmente diferenciadas, com formas de estar e olhar o mundo próprias e únicas, e que em pouco se aproximam do ocidental. Aceitar e amar este mundo em que vivemos significa respeitar e apreciar cada uma destas culturas. Melhores ou piores? É a nossa visão e comparação que encontra a resposta.


Anatolia, Turquia Šphoto by Ismet Danyeli


GANA -photo by @dennis_thern

photo by @shurakarelin

autor desconhecido

photo by @tapestrykaushik

Quanto mais diferente de mim alguĂŠm ĂŠ, mais real me parece, porque menos depende da minha subjetividade. Fernando Pessoa


Os medos das crianรงas e os pais


Há vários medos normais na infância e que fazem parte do percurso de desenvolvimento da criança. Alguns relacionados com estados internos, outros com elementos externos da vida da criança, mas todos retratam aquilo que é comum : o 1º contacto com algo desconhecido com o qual não se sente ter capacidade para lidar. Crescemos e vivemos a contactar com o desconhecido e a torná­lo conhecido. Nesse processo adaptamo­nos (bem ou mal) às ocorrências da vida e vamos aumentando o crescendo de aprendizagens. Muitas vezes os medos das crianças apresentam forte intensidade e a dificuldade em ultrapassá­los pode estar de alguma forma relacionada com o papel dos pais nesse processo. Vejamos.

assim o sente, visto achar­se, sentir­se com menos poder ou importância do que forças externas. Desta forma, promover o aumento da auto­ estima é também uma forma de auxiliar a criança a vencer os seus medos, reduzindo a sensação de impotência e aumentando a sensação de capacidade.

Quando os pais apresentam alguma resistência a libertar­se da necessidade de os filhos dependerem deles emocionalmente ou de outra forma, estão a diminuir as possibilidades de eles próprios desenvolverem a sua autonomia e as estratégias internas de confronto/gestão das várias situações vivenciais. Por outro lado, quando os pais apresentam eles próprios muitos sentimentos de medo e inseguranças passam a ideia aos filhos de que o mundo pode ser um lugar mais assustador do que seguro e confiável, padrão e visão que poderá também ser adoptada por eles. Todos temos medo do desconhecido e ultrapassar esses medos, e aumentando o conhecimento sobre esse desconhecido permite ganhar também conhecimento sobre a forma como podemos lidar com ele, vencendo os medos. Quando, por várias razões, uma criança apresenta uma fraca auto­estima, terá também maior probabilidade de sentir medos porque estes apresentam­se como uma ameaça externa com que ela não tem capacidade de lidar, ou

Por outro lado, perante os verdadeiros medos as crianças procuram respostas, alternativas e soluções que por vezes não vêem e não encontram. E aqui falamos sobretudo dos medos ligados ao fazer.

Há ainda os medos, que se apresentam como medos concretos (objetos, escuro, etc) e que podem revelar mais do que a forma como se apresentam, visto poderem ser “utilizados” pelas crianças como uma forma de repercutirem o padrão de dependência ou de colo dos pais, assumindo­se desta forma como uma espécie de mecanismo de defesa contra o crescimento e podendo esta utilização ser ou não consciente por parte da criança.

Medo de não ser capaz Cada vez mais, e com os padrões elevados que se colocam pela sociedade e nas crianças, elas apresentam um forte medo de falhar, de errar, quando estão ainda a aprender. E isto relaciona­se também com uma cultura extremamente ligada aos resultados e não à percepção do valor do processo de aprendizagem constante, que todos, adultos e crianças, fazemos. E o medo do escuro? Com anos e anos de tentativas de adaptação ao seu meio, o que sente quando há uma falha de luz? No mínimo desconfortável. Não apenas por aquilo que deixa de conseguir fazer, mas também pelo momento de contacto com um certo vazio e paragem. Imagine então uma



criança, cujo conhecimento do mundo é ainda muito menor do que o seu. Será estranho que exista tanto medo do escuro? Talvez não. Entre várias formas de lidar com a situação será importante acompanhar a criança, mostrando­ lhe segurança, e sobretudo balanceando entre a luz e a falta de luz demonstrar que tudo continua igual das duas formas. Como as crianças precisam de uma adaptação confortável será também importante manter uma luz de presença no quarto para fazer uma habituação a esse estado escuro. Será também importante responder a pensamentos ou dúvidas que as crianças tenham e que lhes possa causar medo do escuro elucidando e esclarecendo, fazendo a ponte entre a fantasia e a realidade. Os medos serão uma constante na vida e são úteis também para nos avisarem dos perigos que possam surgir. Têm esse papel na nossa vida e por isso aceitemo­los como algo natural. Apenas não nos deixemos limitar por eles.

Sara Morgado Terapeuta e Formadora Projeto ZEN KIDS


BUDHA EDEN LUGARES PARA VISITAR EM FAMÍLIA

MEIO

NOMADIC

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No Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e no coração da histórica vila de Alcanede descobrimos o MEIO, um espaço onde toda a família pode descansar, aprender e fortalecer os laços com a natureza. Com capacidade para receber até 14 pessoas, combina a magia da tradição com o conforto da modernidade. O MEIO nasceu na Quinta da Ponte, uma propriedade secular preservada ao longo de gerações e que oferece 4 hectares de ar puro e espaços verdes para descobrir. Atravessada por um pequeno rio, ostenta ainda hoje uma Ponte Romana que nos permite pisar e desfrutar de um pedaço de história, heroicamente alicerçada até aos nossos dias. O Monte da Fonte, como é conhecido desde sempre, desafia­nos para o visitarmos, a pé ou de bicicleta, e com a cesta preparada para um piquenique. Embora esteja no centro da Vila, o MEIO ocupa um recanto que lhe confere total tranquilidade e a garantia de que as crianças podem brincar livres e descomprometidas no jardim e no espaço envolvente. Aqui terá a oportunidade de se redescobrir, em família ou com amigos e, acima de tudo, de desfrutar das coisas simples sem abdicar do conforto e do bom gosto que imprime aos seus dias. Agora, aperte o cinto porque a viagem vai começar. Aceite o nosso convite e, sem dar por isso, estará a entrar numa gruta, a colocar os pés onde há 170 milhões de anos passeavam dinossauros, a ver paisagens que prometem tirar­lhe o folêgo, a descobrir lagoas, pedreiras azuis e orquídeas selvagens ou, tão simplesmente, a colher as melhores plantas para o chá que vai tomar antes de se render ao descanso. A pé a partir do MEIO pode conhecer a Vila, que fervilha de gente acolhedora e sempre disponível para mostrar o que tem de melhor. No mercado tem os produtos frescos da região, muito perto dos serviços mais atuais como os supermercados, cafés ou restaurantes. Os eventos culturais, gastronómicos e religiosos sucedem­se, por isso é provável que venha em dia de festa.


Se decidir subir começa a viagem no tempo. Pode passar pela Igreja Matriz, ainda hoje com enorme afluência, a caminho do castelo onde dormiu em tempos D. Afonso Henriques. Trouxe a bola? Então desafie os seus amigos ou familiares para uma partida no campo de futebol, mesmo ao lado do largo da feira, que ainda se realiza quinzenalmente. Tinha planos menos aventureiros? Então fique connosco para uma aula de Yoga ou atreva­se a por as mãos na massa. Queremos mostrar­lhe os ingredientes, as texturas, os cheiros e os paladares da nossa gastronomia e acredite que temos os melhores anfitriões. Desde o pão que estala no forno, ao queijo acabado de fazer, passando por um jantar selvagem, confeccionado com o que colheu no jardim. Não, não nos esquecemos da sobremesa. Doces conventuais parece­lhe bem? E o terraço, já lhe falámos do terraço? Nas noites de verão é um dos nossos sítios preferidos da casa. Aproveite que está longe da poluição citadina para contemplar um céu cheio de estrelas e deixe­se embalar no silêncio que é pontualmente interrompido pelos sons da natureza.

No MEIO os livros são muito bem­vindos, e gostamos de dar corpo a uma dimensão do conhecimento que só pode ser transmitida por quem sempre fez e viu fazer. Esta inspiração local é o ponto de partida para muitos dos programas que propomos, pela genuinidade e exclusividade que queremos proporcionar a quem nos visita. As pessoas com quem por cá nos cruzamos ensinam­nos diariamente que não é preciso ter muito para ser muito e este é o pequeno segredo que queremos partilhar consigo. Informações úteis: http://www.meio.center/ Email | meio.center@gmail.com Telemóvel | 962 601 725 Localização : Quinta da Ponte, Rua da Ponte Romana Nº2 a 6 2025­036 Alcanede, Santarém


BUDHA EDEN


E QUANDO AS CRIANÇAS FALAM DE

"TENHO UM IRMÃO!"


Tenho 10 anos e já sei o que é ter um irmão mais velho. Ele é um pouco chato mas , enfim, é o que nos dá a vida. Se não tivesse este irmão a minha vida seria completamente diferente, não faria metade metade das coisas que hoje em dia faço . Eu e o meu irmão não temos uma boa relação hoje em dia mas, lá no fundo, damo­nos muito bem. A nossa forma de relacionamento é um pouco estranha, mas acho que é devido à nossa diferença de idade pois ele tem mais cinco anos do que eu. Ele tem a sua vida e eu a minha. Eu acho que ter um irmão , mesmo sendo chato ,egoísta, mal humorado...é sempre melhor do que ser filho único Rafael , 10 anos

Mas nem sempre fico satisfeito com o meu irmão . De vez em quando é chato . Não faz o que lhe peço nem quer estar comigo. Ele tem lá as suas razões . Tiago, 15 anos

Sou a Sara e tenho um irmão mais velho nove anos e cinco dias e uma irmã mais nova cinco anos. Adoro ter irmãos . Gosto muito deles e, apesar de , por vezes, nos irritarmos , estamos sempre juntos e felizes . Adoramo­nos os três . O meu irmão leva ­me a passear quando a nossa mãe está ocupada ou cansada. Fazemos programas girissimos e quando vamos no carro é a euforia total. Cantamos alto as musicas em conjunto com a rádio e fazemos troça uns dos outros na brincadeira . Adoro quando vamos aos museus, quando vamos dar um passeio ao lado do rio , quando brinca connosco em casa , quando cozinha para nós . Adoro quando a minha irmã brinca comigo e me ajuda quando estou tristonha, quando me alegra e quando vê televisão comigo . Adoro ter irmãos e admito que sem eles, sendo filha única , eu não sei o que seria de mim, porque sou demasiado feliz ao lado deles. Sara, 14 anos

Eu não tenho um irmão . Sempre sonhei ter um. Deve ser bom. Tenho amigos que dizem que é bom porque se tem companhia e alguém para desabafar. Mas também há alguns que dizem que é mau porque eles são sempre chatos. Eu cá não sei, só sei que se tivesse ele podia ser tudo de mau mas era meu irmão , uma pessoa muito importante para mim e para os meus pais . Sei que iria perder algumas coisas. Se eu quiser alguma coisa é só pedir e a minha mãe dá e não tem que pensar que eu tenho um irmão que também ia querer e , que se não tivesse, ia discutir comigo . Isto não é muito bom. Victória , 12 anos

Tenho um irmão e gosto muito porque é como se tivesse um melhor amigo sempre ao meu lado, alguém em que posso confiar, na ajuda , nos segredos , nas brincadeiras.... Em muita coisa! Passamos bons momentos e divertimo­ nos.

Eu não tenho um irmão mas desde pequeno que gostava de ter. Gostava de ter alguém da minha idade para brincar comigo, jogar comigo e tudo isso que os irmãos fazem, por outro lado teria que partilhar com ele as consolas, os pais e tudo mais . Mas, pela minha perspectiva , acho que valia a pena ter um irmão , quer fosse mais novo ou mais velho. Dinis, 12

Eu não gostava de ter um irmão porque ele ia ser chato e os meus pais iam focar­se nele e não muito em mim. E também ia ser chato porque tinha de partilhar metade das minhas prendas e eu não ia gostar. Já tive pesadelos porque a minha mãe tinha dito que queria ter um bebé. Se tivesse um irmão ficava muito triste e só me ia apetecer deita ­lo ao lixo e esquecer me dele para sempre. Rodrigo , 12 anos. Conclusão: Irmão , quem tem , mesmo "chato " , gosta


Seremos...


...melhores pais? Ensombrados por uma parentalidade autoritária nas anteriores gerações e procurando novas formas de exercer a mesma, seremos melhores pais na atualidade? Todas as gerações têm as suas características. Se anteriormente a esta geração de pais a dinâmica familiar, as características da sociedade e o próprio papel do pai e da mãe eram substancialmente diferentes dos atuais, estamos atualmente perante uma geração de pais que sobretudo procura uma adaptação saudável ao novo ritmo que impera nas famílias.

Do autoritarismo à liberdade Na generalidade, a evolução das famílias acompanha a evolução da sociedade em que está inserida. Em termos comparativos, verificamos hoje que a facilidade na expressão de sentimentos e emoções, a partilha das experiências vividas e a reflexão sobre esses vários estados impera no dia­a­dia de pais e filhos, em maior número do que antigamente. Ou pelo menos, procura­se que assim o seja. Tal é claramente saudável, mas não tão claramente fácil, visto que quanto mais aumentamos a informação e partilha, em maior quantidade são as situações e sentimentos com os quais temos de lidar de parte a parte. Da mesma forma, também as crianças, nesta nova forma de estar têm mais conhecimento, mais informação, mais perguntas, levando os pais a procurar respostas, porque assim sentem que deve ser.Antigamente, havia menos perguntas, menos dúvidas, visto que toda a complexidade de troca de informação era menor. Mas isto é sem dúvida um maior desafio para estes pais, que precisam reinventar­se a cada dia, perante crianças que não aceitam um

não como resposta e adultos que também não o fazem. Isto ajuda­nos a crescer e evoluir a todos. Desta forma a autoridade existia porque havia menos liberdade de partilha e de informação e apenas por isso se mantinha, numa tentativa de sobrepôr poder. O pai tem atualmente um papel na vida dos filhos muito mais interventivo, o que se apresenta como saudável para as crianças e também para as mães, que podem assim, cada vez mais, desenvolver múltiplos e variados papéis dentro da sociedade e da sua vida para além do de mãe. No entanto as mães também estão menos disponíveis para os filhos, o que por vezes os obriga a acelerar o seu processo de autonomia mais cedo do que desejariam.


Há sem dúvida uma outra preocupação e cuidado com a criança e a educação, mais consciência neste processo e nos efeitos que os pais terão na vida dos filhos, o que leva a aumentar no entanto os sentimentos de culpa nos pais atuais, pelo que fazem de errado e também pela pouca disponibilidade por vezes existente para eles. Se sem consciência dos erros que cometemos teremos mais dificuldade em educar saudavelmente, com culpa excessiva por vários erros cometidos, também. A mãe (e o pai!) precisam sentir­se bons pais para educar com assertividade e confiança, o que trará um maior senso de segurança e estrutura aos filhos.

Somos sem dúvida pais multi­tarefas, o que dificulta também a consciência do processo de educar, mas somos também sem dúvida, pais que procuram fazer melhor a cada dia.

Apesar de respeitarmos mais os direitos das crianças precisamos estar atentos a respeitar também esta fase da infância como uma fase para brincar e ter, ainda, uma outra leveza, que a vida adulta rouba por vezes. Por isso, ser pai hoje em dia implica saber criar estes momentos sem pressas de preparar as crianças para a vida adulta sendo que a melhor forma de tal acontecer é respeitar cada fase e as características subjacentes a cada uma delas, não tentando “saltar degraus”.

Sara Morgado Terapeuta e Criadora do projeto ZEN KIDS www.zen­kids.org



O Canto do

LEITOR

Porque ler é o melhor remédio!

SÓNIA MORAIS SANTOS Um livro bem­humorado da autora do blogue «Cocó na Fralda», onde as mães se vão rever, inclusivé num frequente sentimento de culpa.

MARIA IVONE GASPAR (Coord.) A missão de ser professor implica a aquisição de modelos que favorecem a educação e desenvolvimento da criança.

ELISABETH GILBERT

MAGDA GOMES DIAS

Um convite a viver a vida com toda a inspiração, plenitude e criatividade.

Com casos, conselhos e exercícios práticos para uma dinâmica familiar sem berros.



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hora de dormir Contos ERA UMA VEZ um rei que vivia num reino distante, com a sua filha pequena, que se chamava Branca de Neve. O rei, como se sentia só, voltou a casar, achando que também seria bom para a sua filha ter uma nova mãe. A nova rainha era uma mulher muito bela mas também muito má, e não gostava de Branca de Neve que, quanto mais crescia, mais bela se tornava. A rainha malvada tinha um espelho mágico, ao qual perguntava, todos os dias: ­ Espelho meu, espelho meu, haverá mulher mais bela do que eu? E o espelho respondia: ­ Não minha rainha, és tu a mulher mais bela! Mas uma manhã, a rainha voltou a perguntar o mesmo ao espelho, e este respondeu: ­ Tu és muito bonita minha rainha, mas Branca de Neve é agora a mais bela! Enraivecida, a rainha ordenou a um dos seus servos que levasse Branca de Neve até à floresta e a matasse, trazendo­lhe de volta o seu coração, como prova. Mas o servo teve pena da Branca de Neve e disse­ lhe para fugir em direcção à floresta e nunca mais voltar ao reino.Já na floresta, Branca de Neve conheceu alguns animais, os quais se tornaram seus amigos. Também encontrou uma pequenina casa e bateu à sua porta. Como ninguém respondeu e a porta não estava fechada à chave, entrou. Era uma casa muito pequena, que tinha sete caminhas, todas muito pequeninas, assim como as cadeiras, a mesa e tudo o mais que se encontrava na casa. Também estava muito suja e desarrumada, e Branca de Neve decidiu arrumá­la. No fim, como estava muito cansada, deitou­se nas pequenas camas, que colocou todas juntas, e adormeceu. A casa era dos sete anões que viviam na floresta e, durante o dia, trabalhavam numa mina.Ao anoitecer, os sete anões regressavam à sua casinha, quando deram com Branca de Neve, adormecida nas suas caminhas.

Que surpresa! Com tanta excitação, Branca de Neve acordou, espantada e rapidamente se apresentou: ­ Eu sou a Branca de Neve. E os sete anões, todos contentes, também se apresentaram: ­ Eu sou o Feliz! ­ Eu sou o Atchim e este é o Miudinho. ­ Eu sou o Sabichão, e estes são o Dorminhoco e o Envergonhado. ­ E eu sou o Rezingão! ­ Prazer em conhecê­los. Respondeu Branca de Neve, e logo contou a sua triste história. Os anões convidaram Branca de Neve a viver com eles e ela aceitou, prometendo­lhes que tomaria conta da casa deles.Mas a rainha má, através do seu espelho mágico, descobriu que Branca de Neve estava viva e que vivia na floresta com os anões. Então, furiosa, vestiu­se de senhora muito velha e feia e foi ter com Branca de Neve. Com ela levou um cesto de maçãs, no qual tinha colocado uma maçã vermelha que estava envenenada! Quando viu Branca de Neve, cumprimentou­a gentilmente, e ofereceu­lhe a maçã que tinha veneno. Ao trincá­la, Branca de Neve caiu, como se estivesse morta. A malvada rainha fugiu e, avisados pelos animais do bosque, os sete anões regressam apressadamente a casa, encontrando Branca de Neve caída no chão. Muito chorosos, os anões colocam Branca de Neve numa caixa de vidro, rodeada por flores. Estavam todos em volta de Branca de Neve, quando surgiu, no meio do bosque, um príncipe no seu cavalo branco. Ao ver Branca de Neve, o príncipe de imediato se apaixonou por ela e, num impulso, beijou­a. Branca de Neve acordou: Afinal estava viva! Os anões saltaram de alegria e Branca de Neve ficou maravilhada com o príncipe! O príncipe levou Branca de Neve para o seu castelo, onde casaram e viveram muito felizes para sempre.


Criar desenhar pintar por | Diana Banha | DiStyle StyleDi Um pouco de história neste mês de Abril ou para o nosso artigo vamos chamar o mês dos CRAVOS, pois são estas bonitas flores que vamos fazer. No ano de 1933 foi aprovada a Constituição Política da República Portuguesa e a partir desse ano vigorou no país o Regime do Estado Novo, durante 41 anos. Sendo que durante 36 anos, foi liderado por António de Oliveira Salazar. Durante este tempo vivemos uma guerra colonial, onde todos os jovens (homens) foram recrutados para participarem na guerra em Africa. Tratou­se de um regime autoritário, conservador, uma ditadura, que trouxe um grande descontentamento a uma grande parte da população portuguesa. No sentido de substituir este regime, e substitui­lo por um regime democrático, iniciou­se um processo em 1973, liderado por um movimento militar (constituído por capitães que tinham participado na Guerra Colonial) mas com o apoio da maior parte da população. Após várias reuniões clandestinas, no dia 24 Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho agem de forma concertada em vários pontos do país, para estarem todos em sintonia necessitam de uma “senha/sinal” que determinava o início desta revolução (naquela altura não havia telemóveis, logo a forma das pessoas comunicarem umas com as outras, era muito mais difícil). A “senha/sinal” foi dado na Rádio com a música E depois do adeus, de Paulo de Carvalho. O segundo sinal foi dado algumas horas mais tarde, com a música Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso. Este segundo aviso, confirma o golpe e marca o início das operações.

Várias movimentações militares se reúnem e avançam por todo o país, de Santarém sai o Capitão Salgueiro Maia, comandando a escola Pratica de Cavalaria, com o papel mais importante deste movimento, pois dirigia­se a Lisboa ao Terreiro do Paço. Após esta ocupação, dirige­se para o Quartel do Carmo, onde estava o chefe do Regime Ditatorial – Marcelo Caetano, que ao final do dia se rende. Pelas ruas, já se sabia deste movimento e as pessoas vieram para a rua, juntar­se aos militares e comemorar a queda do regime, a liberdade. Diz­se que uma senhora, que ia na rua com um molho de cravos, ao passar por um dos militares colocou um cravo no cano da espingarda. Situação que foi replicada pelos restantes militares e passou a ser um símbolo desta revolução. Fez­se uma revolução pacifica, sem sangue nas ruas e com uma flor como símbolo.


É esta Flor que vamos agora aprender a fazer. Um Cravo em tecido, tendo como base um lápis, para que ao escreveres te recordes, que hoje em dia podes dizer e escrever tudo o que quiseres em liberdade.

Material Necessário: Lápis (de cor verde) Rodelas de tecido Tesoura zig­zag Cola quente Agulha e linhas

1 – Para cada flor, vamos necessitar de 5 rodelas de tecido. Uma delas para fazer o “olho” da flor e as restantes para as pétalas. A rodela para o centro da flor deve ter um pequeno orifício no meio (para entrar no lápis) .2 – Comecemos o nosso cravo. A rodela que tem o orificio deve ser enfiada no lápis até à extremidade. Coloca um pouco de cola (quente) na ponta do lápis para dobrares a rodela ao meio. De seguida dobra as pontas para cima, colocando um pingo de cola na base do tecido.


3 – De seguida vamos cozer as pétalas, antes de as juntarmos no lápis. Cada rodela deve ser dobrada ao meio e depois dobrar novamente ao meio, formando um triângulo. Para que não se desmanche, cosemos a pontinha do triângulo com 2 ou 3 pontos. Assim, teremos para cada cravo. Uma rodela com um orifício e 4 rodelas em triângulo cosidas na ponta. Devemos também preparar um pequeno quadrado. Em tons verdes, para terminar o nosso cravo.


4 – Já temos as nossas peças todas preparadas, agora é só começar a juntá­las. Temos o nosso lápis com o “olho”, vamos juntar as pétalas uma a uma, colando nos 4 lados, para que fique uniforme.

5 – Para finalizar, vamos colocar um “pedúnculo” no nosso cravo, tapando assim as extremidades das pétalas e completando a nossa flor.


E cá temos os nossos cravos.

Diverte­te!


Viver ĂŠ deixar a vida acontecer, manifestar-se e trazer o que tem para nos trazer


QUARTOS PARA CRIANÇAS


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Vida que acontece, que se mostra, que gira em busca de si pr贸prio



relaxamento CRIANÇAS

Hoje vamos sentir a alegria. Podemos fechar os olhos e respirar fundo. O ar entra e sai do nosso nariz muito lentamente. Vamos repetir quatro vezes. E sentir cada vez que isto acontece. Perceber também que quando o ar entra a nossa barriga sobe e quando o ar sai a nossa barriga desce. Agora vamos pôr as mãos no nosso coração. Através do nosso coração sentimos sentimentos bons como o amor, a amizade, a alegria. E assim, vamos imaginar que estes sentimentos e outros estão aqui dentro e podemos dá­los a alguém quando nós quisermos. Mas como vimos um deles é alegria. É ela que sentimos sempre que acontecem coisas boas ou que passamos bons momentos. Vamos lembrar um momento que nos tenha feito sentir muita alegria. Como se ele estivesse a acontecer agora mesmo. Agora vamos sorrir e deixar esse sorriso na nossa cara enquanto respiramos fundo novamente. Sentimo­nos bem e calmos.


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