Revista Reparação Automotiva - 108

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reparacaoautomotiva.com.br

EDIÇÃO 108 Setembro de 2017

A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

NA REPARAÇÃO

Agora é o momento para avaliar o que precisa ser melhorado na oficina diante das chances que o mercado oferece

CORREIA DE SINCRONISMO

Para a Amarok 2011, os procedimentos que devem ser realizados na quebra

ENFAUTO 2017

Com o foco mais estratégico e gerencial, evento reúne mais de 300 reparadores

MULTIJET IMPORT

Com 18 anos de fundação, oficina é destaque na região de Tubarão (SC)

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES



SUMÁRIO

EDIÇÃO 108 SETEMBRO 2017

reparacaoautomotiva.com.br

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04 ENTREVISTA

Edison Vieira, da Tenneco

08 ESPECIAL

Enfauto 2017 foca na gestão empresarial

14 INDÚSTRIA

Grupo ZF conclui aquisição da TRW

16 OFICINA

Empresa é referência em importados

18 GESTÃO

Aprenda a administrar melhor seu negócio

22 CARROS

WR-V passa por avaliação técnica

18

14

38

46

24 NEGÓCIOS

Atendimento e novas demandas do mercado

26 CAPA

Desafios e oportunidades para o seu negócio

34 MOTOR

Tipos de misturas do sistema de injeção

36 TRANSMISSÃO

Defeitos no funcionamento do sistema

38 ELÉTRICA

Primeiros socorros em casos de panes

40 AMAROK 2011

Rompimento da correia de sincronismo

46 FÓRUM

Discute mercado de transmissão automática

48 MESTRES

Muita luta e trabalho na vida de Damião

DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatores Karin Fuchs Simone Kühl Revisor Geuid Dib Jardim ARTE Designers Jheimisson Sampaio Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Richard Faria richard@znews.com.br Adalberto Franco Wanderley Klinger MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara tatiane@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br

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APOIO E PARCERIA

FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 355 04139-090 - São Paulo - SP (11) 3585-0626 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br Depto. Financeiro Tatiane Nunes administrativo@znews.com.br Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

MÍDIA DADOS 2017

A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.

Aplic Resolit...32 BorgWarner ..09 Bosch ...........07 Cabovel ........37 Corteco ........11 Corven .........45 Dana .......19/27 Editora..........41 Fabrini ........ 33 FTE ..............31 Graxinha .....43

Hella ...............05 King Tony ........29 Motorcraft ..02/51 Radnaq.............20 Ranalle ............17 Raven ..............13 Reparação ..35/39 Sincopeças .....49 Urba e Brosol .21 Viemar ...........25 ZF-TRW ..........52


ENTREVISTA

TENNECO

NOVAS ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS

TENNECO REVELA AÇÕES PARA O REPARADOR E O MERCADO DE AFTERMARKET

por Silvio Rocha | foto Divulgação

Com mais de 25 anos de experiência no setor automotivo, com passagens por empresas como a Goodyear e a Continental Contitech, Edison Vieira, gerente de Vendas e Marketing da Tenneco, conta mais sobre seus desafios e objetivos para contribuir com o grupo, que está em um momento de estratégia forte no aftermarket, aumento significativo do portfólio de produtos e de melhoria de seus serviços de atendimento aos clientes.

O

executivo adianta que serão lançadas até o final do ano mais de 170 novas aplicações de amortecedores, buchas e coxins. Além disso, há muitas outras novidades já apresentadas no primeiro semestre, como a nova linha de terminal axial e bandejas da 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


Monroe Axios e os amortecedores Quick-Strut, da Monroe. A Tenneco ainda tem fortalecido suas ações de marketing e relacionamento com o setor, recebendo grupos de clientes em sua fábrica, para conhecer todo o seu processo de produção e receber treinamentos. Reparação Automotiva: Há seis meses na empresa, fale a respeito dos resultados já alcançados nesse período. Edison Vieira: Foi um período de trabalho intenso, com reestruturação da área comercial de marketing, lançamento de uma nova política comercial e intensificação de lançamentos de produtos. Mas também foi um período marcado pelos ótimos resultados alcançados. Superamos a nossa meta do semestre e já estamos nos dedicando aos próximos lançamentos e à intensifica-

ção do relacionamento com nossos clientes e parceiros em todo o País. RA: Com as novas tendências do mercado e as inovações nos veículos, quais as principais soluções e novidades da Tenneco? EV: A Tenneco está atenta a essas mudanças e investindo em soluções que atendam a demanda do mercado. Neste ano, por exemplo, lançamos uma linha inovadora e totalmente voltada à otimização do serviço do reparador: o amortecedor Quick-Strut, da Monroe. O produto possui uma estrutura pré-montada de fábrica e chega ao profissional pronto para a instalação no veículo, reduzindo em até 50% o tempo de reparação na oficina. Também estamos, cada vez mais, presentes nos meios online, seja por meio das nossas mídias so-

ciais – Facebook e Instagram – ou pelos nossos sites e canais no YouTube – Monroe Informa e Monroe Axios Informa – que hoje somam mais de 460 mil visualizações, tendo sido pioneiros no segmento. RA: O que a empresa tem feito para manter o reparador atualizado e treinado? EV: São diversas iniciativas que demonstram o quanto a Tenneco leva a sério a capacitação desses profissionais. O reparador é uma das partes mais importantes da nossa cadeia de clientes e, muitas vezes, o responsável por fazer a ponte entre o consumidor final e os nossos produtos. Por isso, treiná-lo, significa garantir que os componentes cheguem até o dono do veículo entregando a mesma qualidade e excelência com que ele sai de fábrica. Hoje, além dos nossos treinamentos presenciais, que

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ENTREVISTA

TENNECO

somente no ano passado reuniram mais de 12 mil participantes em todo o Brasil e América do Sul, temos uma plataforma de capacitação e-learning nos sites da Monroe e Monroe Axios, além de vídeos periódicos com treinamentos e dicas técnicas em nossos canais no YouTube – Monroe Informa e Monroe Axios Informa. RA: E quais os programas e ações de relacionamento com o reparador? EV: Iniciamos recentemente um novo programa de relacionamento que nos trouxe ótimos resultados em sua primeira edição, o Monroe na Área. Nessa ação, levamos toda a nossa equipe até uma determinada cidade para realizarmos visitas e treinamentos a clientes, com o objetivo de aproximar a empresa dos nossos parceiros e levar informações sobre os produtos e serviços da marca. Além disso, nossos clientes participam constantemente de visitas às nossas fábricas em eventos nos quais eles têm a oportunidade de ver de perto os nossos processos produtivos e participar de treinamentos técnicos. Estamos presentes nas principais feiras do setor. Neste ano, participamos da Automec e também da Autonor, recebendo em nossos estandes tanto os reparadores quanto varejistas e distribuidores. RA: Fale sobre o papel do site na divulgação e capacitação do profissional. EV: A Tenneco é uma empresa que está constantemente pensando em novas formas de estar mais próxima de seus clientes e de fornecer conteúdo para esse público. Dessa forma, pensamos em nosso site como uma ferramenta para esse tipo de informação. Vale ressaltar que temos dois endereços online, um para a Monroe e outro para a Monroe 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Axios. Por lá, além de um link direto para os nossos canais no YouTube, também temos uma ferramenta de treinamento e-learning e várias dicas sobre mecânica do Professor Juliano Caretta, nosso coordenador de Treinamento Técnico. RA: Como é o processo de garantia dos produtos da Tenneco? EV: Caso seja necessária a troca de uma peça, o cliente pode entrar em contato com o nosso serviço de atendimento ao cliente pelo telefone 0800-166-004. A partir disso, faremos uma análise do componente para que seja avaliado se o item se encaixa nos termos de garantia. Em caso positivo, o cliente é encaminhado até uma loja, no caso do consumidor final, ou até o distribuidor onde ele comprou a peça, no caso dos reparadores, para que seja feita a substituição. RA: Comente a respeito do posicionamento da Tenneco no aftermarket e quais as iniciativas com o setor de reposição. EV: A Tenneco é um dos maiores fabricantes e fornecedores de amortecedores, componentes de suspensão e de sistema controle de emissões para montadoras e aftermarket. Por esse motivo, contamos com o diferencial de oferecermos ao mercado de reposição as mesmas peças e, consequentemente, a mesma qualidade e performance que vendemos para as principais montadoras do País e do mundo. No aftermarket, além das várias ações de marketing e da nossa presença online, contamos ainda com o Monroe Club, um programa de relacionamento com mais de 2,2 mil estabelecimentos participantes que são premiados, treinados e recebem todo o nosso suporte para auxiliar no crescimento dos seus negócios por meio

das nossas linhas de produtos. RA: Como a empresa enxerga o atual cenário brasileiro no quesito oportunidades e desafios? EV: Sem dúvidas, o setor automotivo passa por um momento bastante delicado. Mas o mercado brasileiro é estratégico para nós e acreditamos muito em seu potencial. Por isso, estamos intensificando nossos investimentos em novas aplicações e linhas de produtos e inovando nas formas como nos relacionamos com o segmento. Neste sentido, acreditamos que as oportunidades estão no aftermarket, um setor que, apesar do cenário atual, se fortalece ano a ano. RA: Como foi o primeiro semestre e quais as expectativas para o fechamento deste ano? EV: O primeiro semestre de 2017 foi muito satisfatório em termos de resultados. Por isso, estamos otimistas para os próximos meses e confiantes de que fecharemos o ano, assim como fechamos o semestre, superando nossas metas. Nossos planos para 2018 já estão definidos. Nossa estratégia tem como principal objetivo nos tornarmos ainda mais importantes e parceiros dos nossos clientes, sendo referência em nosso segmento de atuação. Continuaremos investindo fortemente em nossos produtos e nos lançamentos para ampliarmos mais o nosso portfólio e atendermos de forma ainda mais completa os nossos clientes. Também anunciaremos, em breve, uma grande novidade que vai auxiliar os nossos parceiros em seu dia a dia. Uma iniciativa inédita no setor que promete transformar a forma como os reparadores e toda a nossa cadeia de clientes acessam os nossos produtos.


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ESPECIAL

ENFAUTO por Simone Kühl | fotos Divulgação

ENFAUTO 2017 DESAFIA

DONOS DE OFICINAS A TEREM UM NEGÓCIO PRÓSPERO Com o foco mais estratégico e gerencial, evento reúne mais de 300 reparadores nos dias 18 e 19 de agosto, em Florianópolis (SC) ealizado a cada dois anos, a 2² edição da Enfauto (Encontro Nacional e Feira do Conhecimento da Reparação Automotiva) foi um grande sucesso e deixou o público ansioso pelo próximo em 2019. Diferentemente de 2015, o evento neste ano focou mais na gestão das oficinas e no entendimento da nova geração de consumidores. Organizado pelo NEA-SC (Núcleo Estadual de Automecânicas) e a ARVESC (Associação de Reparadores de Veículos de Santa Catarina), o evento aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto, em Florianópolis (SC), e reuniu mais de 300 participantes, 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

empresários de oficinas mecânicas de todo o Brasil, mais de 10 expositores (fabricantes de autopeças) e ainda contou com o apoio institucional do SEBRAE, SINDIREPA, SENAC, FACISC, SEST SENAT, ABNT e IQA. Em um formato dinâmico, a Enfauto 2017 trouxe a pergunta “Vamos Transformar a Oficina em um Próspero Negócio?”, com o intuito de influenciar os empresários a refletirem mais sobre a sua empresa e traçar novas perspectivas e estratégias para o próximo ano. Para isto, o evento apresentou palestras que abordaram os temas: gestão, administração, sucessão familiar e a nova

geração de consumidores (X, Y e Z), Ao final, houve uma competição entre os membros do NEA, nos moldes do GP Motorcraft, com avaliações teóricas e práticas, e prêmios aos finalistas de até R$ 20 mil. O palco do acontecimento foi o Centro de Eventos Jorge Joaquim Daux Boabaid e CELHS Canasvierias. COBERTURA - Nesta edição a Revista Reparação Automotiva realizou a divulgação e cobertura do evento, parceria que está rendendo bons frutos às partes. “A coordenação nos procurou antes da Automec deste ano e nos convidou também a parti-



ESPECIAL

ENFAUTO

cipar da organização através do suporte na escolha dos palestrantes”, conta Jeison Lima, consultor de Negócios da Revista. Jeison ressalta que a Enfauto tem crescido cada vez mais e a edição de 2017 superou as expectativas. “Foram apresentados cases de fora do mercado, como as Malhas Marisol, que deram novas perspectivas aos empresários. As oficinas participaram também contando suas experiências em sucessão familiar e ainda foi realizada uma competição técnica com os reparadores. Tudo estava excelente e estamos ansiosos para o próximo evento”, completa. Entre algumas novidades, ele revela que está sendo trabalhado uma nova certificação profissional e um novo aplicativo. Além disto, a próxima edição contará com um novo presidente, Anderson Marchi, que assume o lugar de Roberto Turatti (Billy), coordenador do Enfauto 2017, este que ainda fará parte da equipe de coordenação do evento.

também a diferença que faz uma boa gestão empresarial”, avalia. Organizador também do evento, Rodimar Marchiori: consultor do NEA, relembra como surgiu a Enfauto “Através do Encontro Estadual de Automecânicas em Santa Catarina, vimos a importância de criar um acontecimento como este, o público era de 1500 pessoas e mesclava empresários e técnicos. Saímos desse encontro e pensamos em uma mudança estratégica no foco do evento, buscamos direcionar para empresá-

rios e gestores com temas voltados à gestão e está sendo ótimo. Nesta edição tivemos a adesão de sete estados e ouvimos muitos depoimentos positivos”, pontua. PALESTRA - Na primeira vez no evento, a palestrante Roberta Sobré, coach e consultora, comenta que ficou impressionada e encantada com a qualidade do encontro. “É muito bom ver a dedicação dos empresários em estarem lá durante um fim de semana e dedicados a aprender mais. Acredito que o exemplo

Rodimar Marchiori e Roberto Turatti (Billy), organizadores da Enfauto

COORDENAÇÃO - De acordo com Roberto Turatti (Billy), presidente do NEA e coordenador do Enfauto 2017, os objetivos foram alcançados e superados, sem dúvida. “O evento acendeu o farol sobre a carência do setor no quesito gestão empresarial e os participantes saíram muito satisfeitos com as lições aprendidas. O público participou e elogiou muito a qualidade dos palestrantes”, destaca. “Dois temas bem preocupantes que identificamos no setor são a sucessão familiar e a mudança de público, pois os clientes têm mudado cada vez mais e é preciso entender a nova geração. As empresas estão atentas a estes temas e entendem 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Com mais de 300 reparadores presentes, Enfauto 2017 aborda temas focados em gestão, sucessão familiar e novo consumidor


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ESPECIAL

ENFAUTO

da Enfauto deveria ser seguido em outros estados”, analisa. Responsável por discutir sobre a nova geração, a palestrante enfatiza a importância de entender o consumidor e estar sempre se modernizando para acompanhar as tendências do mercado. “Em época de crise no setor, é muito bom estar em um evento como a Enfauto, pois podemos ver esperança através de um bom trabalho nas empresas”, diz. DEPOIMENTOS - Entre os participantes, Bruno Brito, do Sebrae Cuiabá, conta que acompanhou um grupo de 18 pessoas, entre empresários do setor de reparação automotiva de Mato Grosso e colegas gestores do próprio Sebrae Mato Grosso para a Enfauto 2017.

Roberta Sobré (palestrante), Fabio Von Glehn (Ciclo Engenharia) e José Natal (Mega Car)

“Dentro da Enfauto, senti que todos nós tivemos experiências sensacionais e únicas. Palestras de alto nível técnico, representantes das mais respeitadas instituições e empresas, cases de sucesso que, mesmo não sendo representantes do setor, conseguiram transmitir a mensagem e contextualizar para a realidade do empresariado da reparação. A edição 2017 agiu como um resgate para

Na opinião de Eduardo Colzani, do Sindirepa Joinville, o evento é indispensável para manter o profissional atualizado. “O setor precisa de encontros como a Enfauto para mostrar o quanto é importante a gestão das empresas, trocar experiências e, consequentemente, fazer os negócios prosperarem cada vez mais. O acontecimento atendeu as minhas expectativas, as

Para Thiago Aparecido Cavichioli Dotta, do Grupo de Cascavel, desde a primeira participação no evento já foi possível perceber sua importância. “Esse encontro nos levou a entender a necessidade de nos preocupar mais com a gestão do negócio em vez de darmos atenção somente para a parte técnica. As palestras despertaram muito o interesse dos participantes e eles puderam enxergar a relevância do planejamento para não haver desperdícios em todos os recursos da oficina”, finaliza.

Bruno Brito, do Sebrae Cuiabá

Thiago Dotta, do Grupo Cascavel

Eduardo Colzani, do Sindirepa Joinville

12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

nós daqui do Mato Grosso. Aprendemos um pouco mais, e também tivemos oportunidade de dividir algumas das nossas experiências e resultados. Não poderia ter sido melhor, a organização está de parabéns”, emenda.

palestras foram muito boas e, sem dúvida, pretendo participar da próxima edição”, comenta.



INDÚSTRIA

ZF por Simone Kühl | fotos Divulgação

GRUPO ZF CONCLUI UNIÃO

DA MARCA TRW E ANUNCIA NOVIDADES PARA O SETOR Preocupada em oferecer o melhor ao profissional, companhia revela projetos e novidades para o reparador

D

ois anos após aquisição, a integração da TRW no Grupo ZF está completa, marca faz parte do portfólio ZF, junto com as marcas ZF, SACHS e LEMFÖRDER. De acordo com João Lopes, diretor da unidade de negócios ZF Services América do Sul, a aquisição aconteceu com o intuito de acompanhar as tendências do mercado no que diz respeito à condução autônoma. “Enxergamos que esse futuro está próximo e é irreversível, por isso temos que nos adaptar 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

às novas tecnologias. Junto com a TRW, agora temos soluções nas sete principais linhas de produtos: transmissão, eixos, embreagem, amortecedores, sistema de direção, freios e suspensão. Isso nos garante um portfólio maior e a possibilidade de oferecer ao reparador todos os produtos através de uma fonte apenas”, completa DISTRIBUIÇÃO - Além de ser pioneira no início do processo de integração, a América do Sul foi também a primeira região no mundo a inaugurar o Centro de

Distribuição da ZF Aftermarket integrado. Localizado em Itu, interior de São Paulo, o CD possui 21 mil m² e está localizado próximo às principais rodovias do estado e a duas horas do porto de Santos, em São Paulo. O CD conta com aproximadamente 16 mil posições de estoque dedicadas às marcas ZF, SACHS, LEMFÖRDER e TRW em todos os segmentos que a ZF atua, tanto nas linhas leve e pesada, como em equipamentos fora de estrada.


OFICINA MODELO - Agora localizada também em Itu, a oficina modelo da ZF existe desde 2010 e atende o segmento fora de estrada e industrial. Além da nova estrutura que a oficina ganhou no novo espaço, a ZF Aftermarket ampliou a oferta de serviços para o mercado de pesados. Atualmente essa área tem uma rede de 63 concessionárias ZF estrategicamente instaladas em todo o Brasil. A oficina modelo é uma referência de qualidade e organização no atendimento às concessionárias ZF em processos de certificação, além de oferecer suporte técnico à rede quando necessário. “Estamos também incorporando treinamentos e novos produtos na oficina”, comenta o executivo. CONTEÚDOS TÉCNICOS - Entre os novos projetos para o reparador, também está o programa “Amigo Bom de Peça”, uma ação que engloba a produção de conteúdo exclusivamente voltado aos profissionais do setor de reparação de todo o País. No site do Programa “Amigo Bom de Peça” (www.amigobomdepeca.com.br), são incluídos novos conteúdos em vídeo com dicas técnicas. Além disso, os reparadores interessados em treinamentos podem acessar o site e obter informações sobre cursos, após os estudos, os reparadores ainda podem realizar testes de conhecimento para receber o Certificado de Especialista da ZF. No Facebook (www.facebook. com/amigobomdepeca), o Programa “Amigo Bom de Peça” já colocou no ar uma série de posts com dicas práticas sobre temas variados. Por meio do canal no YouTube, a ZF tam-

bém apresenta dicas técnicas, passo a passo de aplicações e curiosidades a respeito de todos os seus produtos destinados ao mercado de reposição, que envolve as marcas do grupo. REDE DE OFICINAS - Outra novidade que em breve será anunciada é o Protech, projeto que tem como objetivo reunir as oficinas em uma rede de associadas. A companhia ainda irá disponibilizar às oficinas associadas uma série de informações sobre a manutenção de todos os automóveis no Brasil em seu portal. “Já possuímos esse programa na Alemanha e agora vamos lançar no Brasil, oferecendo ao profissional a possibilidade de adesão ao acesso Plus para a realização de treinamentos e visitas técnicas”, finaliza Lopes.

João Lopes, diretor da unidade de negócios ZF REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 15


PERFIL

IMPORTADOS por Simone Kühl | fotos Divulgação

OFICINA MULTIJET IMPORT ESPECIALIZADA EM VEÍCULOS E MOTOS IMPORTADAS Oficina também oferece aulas de injeção eletrônica no SENAI e faz parte do renomado Grupo de Oficinas Premium

F

undada em 1999 na região de Tubarão (SC), a Oficina Multijet Import iniciou no setor oferecendo serviços na área de elétrica e, após aquisição do negócio em 2001 por Sandro Silva Araújo, ampliou seu portfólio de serviços, com a entrada no segmento de eletrônica e mecânica especializada para veículos importados e, mais recentemente, começou a atender motocicletas também. FORMAÇÃO – No setor desde criança, Sandro começou a trabalhar como reparador na oficina de seu pai em São Paulo, na região do Tatuapé. “Iniciei minha carreira em São Paulo, me formei no SE16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

NAI Ipiranga e adquiri experiência trabalhando com o meu pai, depois disso fui para uma concessionária e, em seguida, me mudei para a região sul e decidi abrir meu próprio negócio”, conta. OFICINA – No início, quando o empresário abriu a oficina com a sua esposa, o espaço era pequeno, felizmente o negócio cresceu e foi preciso fazer mudanças, a oficina foi para um local que abrigava seis boxes e depois de seis anos a oficina foi para um novo estabelecimento. “Hoje nosso espaço abriga entre 40 e 50 veículos e temos oito funcionários. Posso dizer que 70% dos veículos atendidos são de marca alemã”, emenda.

Na nova sede há 50 dias, Sandro relata que as expectativas são de fechar o ano de forma positiva. “Os clientes estão mais conscientes sobre a importância da manutenção, vamos continuar prospectando novos negócios e oferecendo ao público uma melhor qualidade de atendimento. Além disto, estão nos meus projetos abrir novas unidades e estar até 2020 entre as 10 maiores oficinas de Santa Catarina”, revela. CAPACITAÇÃO – Preocupada também em aprimorar seus colaboradores, a oficina possui parcerias com importantes empresas do setor para a realização de treinamentos. “Em paralelo,


desenvolvemos um trabalho com o SENAI para a formação de profissionais, onde ministramos aulas de injeção eletrônica às terças e quintas”, ressalta. GRUPO – Presidente fundador do Oficinas Premium, Sandro comenta que a ideia de montar o grupo surgiu diante da necessidade de compartilhamento de informações técnicas sobre veículos importados em janeiro de 2015. “Temos oficinas associadas aqui no Brasil e uma nos Estados Unidos. O Grupo oferecerá o primeiro treinamento interno em outubro na cidade de Blumenau, onde uma oficina especializada promoverá um curso sobre câmbio automático, veículos híbridos e elétricos”, conclui.

Aprimoramento técnico é um dos pontos fortes da oficina, que tem parceria com o SENAI e oferece treinamentos constantemente aos colaboradores


GESTÃO

SEBRAE por Simone Kühl | foto Divulgação

GESTÃO FINANCEIRA COMO MANTER A SAÚDE DA EMPRESA?

Dicas do Sebrae-SP para conseguir honrar os compromissos com os colaboradores e parceiros, readequar as despesas e continuar a crescer no mercado

N

ão é novidade que o momento de incertezas econômicas e políticas no País ainda influencia os negócios de muitas empresas. Diante deste cenário, é possível identificar quem está preparado para atravessar as tempestades e quem precisa buscar novos caminhos e readequar o modelo de gestão.

manterem e honrar com seus compromissos, Natal orienta que, nesses momentos de retração do mercado e queda no resultado, é necessária a readequação das despesas para o novo patamar de receitas. Para isto, o consultor pontua alguns caminhos seguros para o empresário manter a saúde financeira do seu negócio:

João Carlos Natal, consultor Financeiro do Sebrae-SP, destaca que para uma boa gestão, o planejamento é o passo inicial, ele é a base para todas as decisões e deve ser realizado e revisado frequentemente. Tendo em vista as dificuldades financeiras que as empresas têm enfrentado para se

FLUXO DE CAIXA - Planeje o fluxo de caixa, pois possibilita a identificação de recursos financeiros que estão ou estarão sobrando e/ou faltando no caixa, o que possibilita à empresa planejar melhor suas ações futuras ou acompanhar o seu desempenho. A importância de um controle de

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fluxo de caixa bem feito nos coloca à disposição uma grande ferramenta financeira para trabalhar com diversas situações, como exemplo: alto ou baixo custo do crédito, taxas de juros elevadas ou reduzidas, redução ou aumento do faturamento; aumento ou redução da necessidade de capital de giro e outras atividades inerentes ao negócio. READEQUAÇÃO DE DESPESAS Readéque as despesas ao novo nível de receitas. É importante destacar que quanto mais breve agir mais rapidamente retorna ao ponto de equilíbrio, trazendo uma maior tranquilidade ao empresário para que possa



GESTÃO

SEBRAE

planejar o operacional da empresa. REDUZA CUSTOS - É preciso controlar e reduzir os custos/despesas da empresa não somente em momentos de crise. Verificamos que, por ser muito dinâmico o seu dia a dia, o empresário carrega em seu crescimento (empresa) muitas vezes custos/despesas que não são mais necessários ou que poderiam ser reduzidos. PRIORIZE PARCERIAS - É preciso priorizar parcerias que agreguem valor aos seus produtos/mercadorias/ serviços: Essa atitude deve ser mantida não apenas em momentos difíceis e pode ser um diferencial para o seu negócio. É importante também o desenvolvimento de novos fornecedores para que a empresa tenha um

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maior poder de negociação e, consequentemente, uma melhor qualidade, o que igualmente se tornará em um diferencial competitivo. CLIENTES - Avalie o histórico de seus clientes. Em ano de restrição ao crédito e de aperto financeiro deve-se praticar uma rigorosa análise de crédito dos seus clientes e possíveis clientes, consulte os serviços de análise de crédito; tenha o histórico do cliente sempre em mãos; valorize os bons pagadores; implemente um sistema de cobrança eficaz e nunca venda sem nota fiscal. Normalmente o empresário argumenta que se ele for mais criterioso para conceder crédito ao seu cliente ele não vende, sempre oriento que na realidade ele já ob-

teve a sua resposta, pois quando se vende mal (sem critérios) tem-se o custo do produto duas vezes. REVEJA SEU NEGÓCIO - Planeje o preço de venda da empresa (indústria / comércio / serviços). Conforme atendimentos efetuados, podemos afirmar que, em quase sua totalidade (99,9%) dos empresários não sabem calcular o preço de venda do seu (produto / mercadoria / serviço); portanto é de grande importância planejar com critério os valores. Além disto, é necessário avaliar e analisar a gestão da sua empresa. Para isso faça perguntas frequentemente para si, como exemplos – O negócio pode ser melhorado? Devo adquirir novas habilidades para implantar melhorias?, etc.


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CARROS

WR-V por Simone Kühl e Silvio Rocha | fotos Divulgação

NOVO HONDA WR-V PASSA POR AVALIAÇÃO TÉCNICA

Modelo chega ao mercado em duas versões: EX e EXL que combinam robustez e versatilidade a um amplo pacote de equipamentos Honda Automóveis lançou no primeiro semestre deste ano no Brasil o aguardado e inédito SUV compacto WR-V. O modelo chega ao mercado em duas versões, EX e EXL, que trazem configurações de equipamentos que combinam segurança, tecnologia, versatilidade e conforto à proposta inédita do SUV compacto. O WR-V é um importante marco na história da Honda no País, que em 2017 comemora 20 anos de fabricação por aqui. Externamente, as duas versões trazem o mesmo visual robusto e esportivo, desenvolvido com base no conceito “Wild Armor”, criado especificamente para esse modelo. 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Aliás, ele é refletido em uma frente elevada, marcante e com grade frontal com acabamento em black piano que evoca a linha de SUV da Honda, faróis com luzes de uso diurno (DRL) em LED, além dos projetores de neblina que são de série em ambas as configurações. Com o WR-V a Honda oferece aos consumidores brasileiros um produto desenvolvido no País, com base nas necessidades locais e amplia sua gama de SUVs comercializados. O novo SUV compacto teve seu projeto liderado pelo time de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda Automóveis do Brasil, e traz o DNA global da marca. O veículo está sendo produzido na fábrica de

Sumaré, interior de São Paulo, juntamente com Civic, HR-V, City e Fit. MOTORIZAÇÃO - O WR-V é equipado com o motor 1.5 i-VTEC FlexOne, com controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas. Criada pela Honda, a tecnologia i-VTEC varia o tempo e a profundidade de abertura das válvulas para obter a máxima eficiência em diferentes regimes de rotação. Com isso, o WR-V traz excelente desempenho e economia de combustível, com agilidade similar à de veículos com maior cilindrada. Com etanol, esse propulsor gera 116 cv de potência a 6.000 rpm e 15,3 kgf.m de torque a 4.800 rpm – quando abaste-


cido com gasolina, são 115 cv a 6.000 rpm e 15,2 kgf.m a 4.800 rpm. A transmissão CVT possui conversor de torque, proporcionando uma resposta mais rápida e aceleração linear. Essa combinação fez com que o WR-V alcançasse nota máxima “A” na categoria utilitário esportivo compacto dos testes de consumo do Compet/INMETRO. OPINIÃO - De acordo com Alex William Castilho (Tito), da Oficina Tito & Tuta, da zona Leste de São Paulo, durante o teste de performance, o carro apresentou um ótimo desempenho.

Silvio Rocha (Reparação Automotiva) e Tito, da Oficina Tito & Tuta, na Zona Leste da Capital Paulista

FICHA TÉCNICA | HONDA WR-V 2018 MOTOR TIPO: 1.5L i-VTEC SOHC - Etanol / Gasolina - FlexOne POTÊNCIA (CV/RPM): (E) 116/6000 - (G) 115/6600 TORQUE (KGF.MRPM): (E) 15,3/4800 - (G) 15,2/4800

DIMENSÕES COMPRIMENTO: 4.000 mm LARGURA: 2.076 mm ALTURA: 1.599 mm DISTÂNCIA ENTRE EIXOS: 2.555 mm CAPACIDADES PORTA-MALAS: 363L TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 45,3L

“O câmbio é suave, a direção é macia e o veículo tem boa retomada, além disto o espaço para dirigir é muito confortável. Esteticamente o carro é lindo, com certeza eu compraria, mas o preço poderia ser mais baixo. Tenho certeza que esse veículo fará sucesso no País. No entanto, o barulho do motor e do ar-condicionado é alto, o que acaba incomodando um pouco. Senti falta também de um paddle shift e o acesso dos controles do volante poderia ser mais afastado”, comenta. Falando sobre a mecânica do carro, Tito destaca que, em comparação com a linha Fit e HR-V, o veículo apresenta mais facilidades ao reparador e a carroceria está mais reforçada. Entre os principais diferenciais, eles apontam que a barra estabilizadora está mais grossa, o sistema de exaustão mais acessível, o espaço para manutenção na frente mais fácil, e é possível remover toda a parte dianteira ao tirar os parachoques e faróis, facilitando bastante o trabalho do reparador. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NEGÓCIOS

ECONOMIA por Karin Fuchs | fotos Divulgação

PRONTAS PARA RETOMAR O ATENDIMENTO A NOVAS DEMANDAS DE MERCADO Segundo consultor, isso deve acontecer com as pequenas e médias empresas que fizeram a lição de casa

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economia do País já mostra sinais de que a crise felizmente ficou para trás, por dois trimestres consecutivos o PIB cresceu e a tendência é que a partir deste segundo semestre as empresas alcancem resultados melhores. No caso das pequenas e médias, principalmente as que se prepararam para isso. Conforme Alexandre Slivnik, diretor da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, ABTD, e especialista em gestão de pessoas e em excelên24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

cia e atendimento pela universidade de Harvard, “quem se preparou e não deixou de treinar a sua equipe, principalmente o time que atua diretamente com o público, vai conseguir multiplicar os ganhos”, prevê. Ele explica que, para a empresa ser mais competitiva, é preciso estruturar processos e treinar pessoas. “Esses dois P’s são os principais responsáveis por negócios duradouros. Quanto mais os processos estiverem estruturados e quanto mais as pessoas estive-

rem treinadas para seguirem os processos e estarem motivadas, maior será o resultado no médio e longo prazos”. PESSOAS – Para o especialista ter um time bem formado começa na contratação. “Durante a contratação, é preciso encontrar quem se enquadra na missão da empresa, assim o engajamento e a motivação surgem com muito mais naturalidade”, enfatiza. TREINAMENTO – Slivnik desmistifica que é comum a empre-


sa investir em pessoas e perdê-las para a concorrência. “Esta crença está diminuindo, muitos gestores já estão entendendo que a ignorância é um preço muito mais alto do que o risco de perder um profissional qualificado”, afirma. ENGAJAMENTO – Segundo ele, “o grande diferencial de qualquer empresa está nas pessoas que trabalham no negócio, sendo assim, o melhor investimento continua sendo no crescimento dos talentos que trabalham para ele. Para que possamos engajar os talentos, é preciso ouvir e, principalmente, reconhecer suas conquistas”, diz. COMUNICAÇÃO – “Reconhe-

cer e ser ouvido é o principal motivador dos talentos em um negócio. Quanto mais o líder separa o seu precioso tempo para estar, verdadeiramente, com a equipe, maior será a possibilidade de engajar seus colaboradores. E nada melhor do que o olho no olho para ter uma comunicação mais clara, afetiva e efetiva”, orienta. GESTÃO FAMILIAR – “Ao mesmo tempo que a gestão familiar de empresas de pequeno e médio portes pode ser um grande desafio, também enxergo como uma grande oportunidade, se a família souber aproveitar os pontos positivos. O mais importante é tentar separar os momentos em que se discute sobre a família e

outros momentos que se discute a respeito do negócio”, aconselha. ALERTA – Slivnik comenta que um dos principais erros na gestão de empresas pequenas e familiares é que as contas pessoais e profissionais acabam sendo misturadas. “Quanto mais a família tiver ciência de como anda a saúde financeira do negócio, mais fácil será a gestão”, acrescenta. E, ainda, “outra questão é levar discussões normais do negócio para a mesa do almoço do domingo. É preciso deixar claro o momento e o ambiente para falar de negócio, caso contrário, a família e a empresa podem sofrer com uma eventual crise”, conclui.

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COMPORTAMENTO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

OFICINA SEMPRE CHEIA

DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O SEU NEGÓCIO O momento é propício para avaliar o que precisa ser melhorado na oficina diante das chances que o mercado oferece

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o dia a dia das oficinas mecânicas, assim como em qualquer empresa, os desafios são muitos como também as oportunidades. Da mesma forma que a parte do controle financeiro, manter a equipe treinada e engajada, acompanhar as novas tecnologias, buscar soluções para os clientes e fidelizá-los é primordial à sobrevivência de qualquer negócio.

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Do lado das oportunidades, podemos destacar um mercado em expansão, a especialização e parcerias, conscientização sobre a importância da manutenção preventiva e a proximidade e a busca por novos clientes. Nesta matéria, empresários da reparação falam exatamente a respeito dessas oportunidades e desafios, incluindo as dicas do consultor, José Carlos Alquati, sobre como tornar o seu negócio mais rentável. A começar pelos desafios:

José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reparação Automotiva


ou não sabem cobrar o valor da mão de obra”, alerta.

CONTROLE FINANCEIRO – Por serem profissionais altamente técnicos, muitos empresários da reparação não se atentam ao controle financeiro. “Quando a esposa percebe que o marido trabalha demais e não põe dinheiro em casa, é ela quem, geralmente, vai organizar a empresa”, comenta Alquati. Segundo ele, “o dono da empresa tem que ter consciência que ele é uma pessoa física e jurídica, e que a jurídica é que lhe proverá os recursos para viver. A dica é buscar orientação do Sebrae para lhe ajudar a organizar as finanças”, sugere o consultor. NA PRÁTICA – Proprietário do Valência Centro Automotivo, em Porto Alegre (RS), Paulo Gilmar Boff, sabe muito bem como fazer isso. “Desde que abri a minha oficina, há 38 anos, sempre soube cobrar pelos serviços. Às vezes, por querer ser gentil com o cliente, muitos cobram abaixo dos custos

Ele lembra que “o movimento nas oficinas é muito oscilante. É preciso ter disciplina para ter fluxo de caixa que garanta as despesas por pelo menos um mês”, orienta. E assim como Alquati, a sua dica é buscar orientação do Sebrae. “Eu já fiz dois cursos no Sebrae que me ajudaram muito”, revela.

ela estiver lucrativa, ele terá uma parte do bolo”, diz Marcelo Leitão, proprietário da oficina Auto Total, em Recife (PE). Fórmula que para ele é motivo de retenção. “O mais novo funcionário está comigo há cinco anos (ao todo são sete, incluindo na recepção)”, comenta. E também aproveitar ao máximo quando a oficina estiver movimentada. “Vendendo serviço, até porque o movimento é muito sazonal”, complementa.

RETENÇÃO DE TALENTOS – “O empresário que tem visão empreendedora, busca ter a melhor equipe, sempre atualizada e a melhor prestação de serviço. Se há o receio de treinar o funcionário e perdê-lo para a concorrência, a dica é proporcioná-lo a capacitação e, em contrapartida, fazer um contrato de forma que ele permaneça por um tempo na empresa”, sugere Alquati.

NOVAS TECNOLOGIAS – Para Alquati, a necessidade de acompanhar as tecnologias é primordial para se manter na reparação. “E uma das principais tendências é o ensino a distância, as indústrias estão investindo muito nisso. E a dica é buscar a informação e compartilhar”, afirma.

NA PRÁTICA – “O seu colaborador tem que ser como um sócio. É preciso mostrar que ele faz parte da empresa e que, assim, se

NA PRÁTICA – “O desafio está em ter as informações para se trabalhar da forma correta. Eu acesso muito material de fora do Brasil,

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COMPORTAMENTO

que tenho clientes que continuam comigo desde que abri a oficina há 38 anos. É uma relação de extrema confiança”, revela Paulo Boff. SOLUÇÃO – Quando o dinheiro está curto, o cliente quer fazer o mínimo possível para rodar com o seu veículo. Mas nem sempre isso é possível, pois adiar o conserto pode comprometer não apenas a sua segurança, mas de quem está no entorno. A solução para o cliente significa orientá-lo adequadamente.

traz muitos problemas. O cliente chega à oficina com muitas informações que nem sempre são as corretas. Cabe a cada um de nós o orientarmos para que realmente seja vendida uma solução e não um problema”.

OPORTUNIDADES até porque, por aqui, ainda as montadoras não abriram as informações ou o que está disponível é de carros que já estão no mercado há muito tempo”, diz Fabiano Petrone, proprietário da Santa Oficina, localizada em São Paulo (SP). FIDELIZAÇÃO – A tão almejada fidelização esbarra no mau atendimento ou em não se atentar que o público feminino está cada vez mais presente nas oficinas. É preciso gerar confiança e, quando conquistada, ir um pouco mais além. “Sugiro que seja feito um cadastro dos clientes com ênfase no CRM, com o histórico dos veículos de sua família, e oferecer serviços alinhados a essas características, como se fosse um médico da família”, aconselha Alquati. NA PRÁTICA – “Cativar o cliente vai muito da confiança e isso tem que ser recíproco. Você fazer ele confiar no seu serviço e ele de fato confiar nele. É preciso se colocar no lugar do cliente. Eu conquisto a fidelização com a transparência, tanto 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“Hoje os carros modernos exigem que a análise e o diagnóstico sejam feitos por equipamentos. A solução para o cliente é mostrar um retrato do que precisa ser feito. É como quando se tem uma dor de cabeça e o médico não mais receita um remédio, mas pede uma tomografia”, compara Alquati. NA PRÁTICA – César Garcia Samos, proprietário da Mecânica do Gato, em São Paulo (SP), comenta que na prática nem sempre é assim. “Quanto pior a sua situação financeira, mais as pessoas vão atrás de preço, buscam informações na internet e comparam preços de peças”, diz. Segundo ele, “a internet é uma grande ferramenta, mas também

MERCADO EM EXPANSÃO – A queda nas vendas de veículos novos nos últimos anos e os que estão deixando o período de garantia de fábrica refletem diretamente na reposição. E Alquati faz uma projeção: “acredito que o período de 2018 a 2025 será um grande momento para a reposição independente, com a reparação do veículo fora da garantia”, prevê. E a dica é estar muito bem preparado. “Até porque acredito que irá crescer o volume de serviço e, ao mesmo tempo, não teremos tantas novas oficinas sendo abertas”, profetiza. NA PRÁTICA – Para Marcelo Leitão haverá grandes mudanças. “Hoje, o cliente entra na oficina e espera pelo diagnóstico. Em breve, ele chegará dizendo o que precisa ser feito no carro, pois a troca de informações será muito rápida, pela internet, ele pesquisará preços e serviços. Assim, o nosso mercado tende a ter um preço único e o diferencial, o plus é o que encantará o cliente”, diz.



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COMPORTAMENTO

COMODIDADE – Na opinião de Alquati, “as oficinas de sucesso oferecem um espaço para os clientes com wi-fi, conforto no momento em que eles estão nas suas dependências e, naturalmente, eles perceberão que tecnologicamente a empresa está bem aparelhada”, explica. NA PRÁTICA – “Recentemente, reformamos toda a parte da recepção para oferecer mais conforto aos nossos clientes, inclusive para o público feminino, com wi-fi, ar-condicionado, revistas, etc., de forma que seja possível ver todo o serviço que está sendo feito na oficina”, especifica Paulo Boff.

é a joia da casa, ele tem que ser bem tratado e temos que resolver o problema do seu carro, mostrando com transparência a real necessidade de executar o serviço, propondo uma solução que seja viável (parcelamento) para que ele fique satisfeito”.

má-lo quando ele apresenta um problema. Mas ele se esquece que ao comprar um usado, o antigo proprietário fez o mesmo. Se todos cuidassem do carro antes de vendê-lo, todos teriam mais segurança na hora da compra de um usado”, defende.

CONSCIENTIZAÇÃO – A velha questão da manutenção preventiva, nem sempre efetiva quando o cliente está com os bolsos vazios, deve ser mantida como um trabalho de conscientização até que surta efeito. “O custo/benefício é muito maior do que o custo/benefício com a manutenção corretiva”, compara Alquati.

ESPECIALIZAÇÕES E PARCERIAS – Com o volume de marcas e modelos de veículos, o setor caminha para a especialização. “Houve um momento em que se dizia que a oficina moderna iria fazer de tudo, que o especialista iria desaparecer. O que aconteceu foi o oposto, o especialista está em voga, e os estabelecimentos já se dividem em departamentos”, informa Alquati.

NA PRÁTICA – “Desde 1997 nós fazemos um trabalho de conscientização sobre a manutenção preventiva, inclusive das marcas que têm fama de não quebrar, que aos poucos surte efeito. O problema é que quando acaba o dinheiro, o cliente posterga a manutenção. Mas de maneira geral, percebemos que uma parcela adere à manutenção preventiva”, revela César Samos. Outra comodidade, diz ele, é a forma de pagamento. “O cliente 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Por outro lado, comenta Samos, “a cultura do brasileiro é querer trocar de carro sem arru-

NA PRÁTICA – “O que tem acontecido é a troca de informações entre especialistas, entre reparadores independentes. As concessionárias não dão conta do volume, a grande maioria das montadoras sabe disso, mas não nos proporciona acesso às informações, o que seria uma oportunidade para ambos os lados: concessionárias e reparadores, que, ainda, falariam bem do veículo, do modelo e da marca, para seus clientes”, diz Fabiano Petrone.



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COMPORTAMENTO

NOVOS CLIENTES – Muito comum no universo das oficinas mecânicas é conquistar o cliente com o famoso boca a boca, pela indicação dos que já executaram serviços nelas. Também é recomendado oferecer brindes para deixar a sua marca sempre na memória dos clientes. Como exemplo, Alquati cita a rede de postos Ipiranga, que ao trocar o óleo o cliente ganha um brinde. “A oficina pode fazer chamadas desse tipo para conquistar novos clientes, oferecendo serviço e, em contrapartida, um brinde”, sugere.

32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

NA PRÁTICA – “Quando mudamos para a nova oficina, em 2000, fiz um trabalho de divulgação no entorno que surtiu muito efeito, sempre fizemos panfletos, mas hoje busco focar em manter os clientes que temos”, comenta Paulo Boff, acrescentando que, como benefício, ele tem a própria divulgação da Bosch, pelo seu estabelecimento ser uma referenciada Bosch Car Service, desde 2002. “Eles têm um trabalho muito forte nesse sentido que participamos juntos”, conclui.



NA OFICINA

MOTOR colaborou Fabio von Glehn – sócio-diretor da Ciclo Engenharia

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

SISTEMA DE INJEÇÃO TIPOS DE MISTURAS HOMOGÊNEA E ESTRATIFICADA Saiba mais sobre as semelhanças e diferenças nos tipos de misturas utilizados nesse sistema TIPOS DE INJEÇÃO – PARTE 2 Em continuidade à matéria sobre as semelhanças e diferenças do sistema de injeção, da edição passada, os sistemas de controle de funcionamento do motor podem ser classificados conforme os tipos de mistura em homogênea e estratificada. HOMOGÊNEA - As misturas homogêneas são combinações de ar/ combustível que buscam a formação de uma substância de aparência uniforme a olho nu. O objetivo nesse caso é misturar o vapor de combustível com o ar admitido de tal forma que o teor de combustível e de ar em qualquer parte da mistura seja exatamente igual. O plano de buscar uma mistura homogênea é utilizado principalmente em motores do ciclo otto com injeção indireta, mas também 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

pode ser usado em motores otto de injeção direta. O uso de mistura homogênea (Figura 1) é particularmente interessante quando o objetivo é reduzir a emissão de poluentes buscando uma combustão estequiométrica, em outras palavras, uma queima em que todo o combustível (carbono – C e hidrogênio – H) e todo o oxigênio (O) presente na mistura ar/combustível seja integralmente consumido e transformado em dióxido de carbono (CO2) e vapor de água (H2O). O controle normalmente se faz pela medição da quantidade de oxigênio no escape: se existe muito oxigênio após a combustão, é indicativo de que a proporção

de ar na mistura é maior do que a ideal, nesse caso a mistura é identificada como “pobre” e no ciclo seguinte o módulo de controle deverá aumentar a quantidade de combustível para tentar atingir o alvo estequiométrico. Caso ocorra o contrário, uma falta de oxigênio no escape, a mistura é identificada como “rica” porque agora a proporção de ar admitido é menor do que a ideal e o módulo de controle deverá trabalhar diminuindo a quantidade de combustível. ESTRATIFICADA - O outro tipo de mistura é a estratificada e a ideia geral muda. O objetivo nesse caso é ter a quantidade de combustível necessária ao funcionamento do motor de acordo com o seu regime de funcionamento e não mais


FIGURA 1

MISTURA HOMOGÊNEA

a mistura estequiométrica. Esse é o procedimento utilizado por motores diesel e que via software permitirá aos motores otto de injeção direta adotar o uso de mistura homogênea ou estratificada.

FIGURA 2

Na mistura estratificada (Figura 2) sempre é introduzida a quantidade total de ar na câmara de combustão e apenas uma parte do ar interage com o combustível e é enviado à vela de ignição (caso otto direto). O teor de combustível e ar nas proximidades da vela (otto) ou do injetor (diesel) é muito maior no que essa mesma relação nas paredes do cilindro onde praticamente só tem ar. Já é possível perceber que o processo de medição do teor de oxigênio no escape terá que ser diferente.

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NA OFICINA

TRANSMISSÃO colaborou Carlos Napoletano Neto - Diretor Técnico Aptta Brasil

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

POLOS DE BATERIA CORROÍDOS AFETAM O FUNCIONAMENTO DA TRANSMISSÃO? APTTA Brasil explica como os terminais de bateria podem causar uma ampla gama de defeitos no sistema

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om certa frequência pode ser percebido que a transmissão muda de marcha com uma pequena demora ou talvez que ela deixe de engatar uma marcha inteiramente, ficando então perfeita novamente, por um pequeno espaço de tempo. E o pior de tudo, não existe uma causa aparente por trás destas falhas, num minuto ela funciona bem e no outro não. Ao abrir o capô para verificar o nível de fluido da transmissão, pode ser observado que existe um monte de corrosão nos terminais da bateria. Temos que cuidar disto, porém 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

esta não é a causa por trás deste defeito, certo? Errado, na verdade existe uma boa chance de termos encontrado o problema da transmissão. Isto é porque todas as mudanças de marcha nas transmissões modernas são realizadas eletronicamente através de um sistema computadorizado. E este sistema computadorizado pega a alimentação da bateria. DEFEITOS - Terminais de bateria como estes podem causar uma ampla gama de defeitos da transmissão. Mesmo quando o motor dá a partida e funciona corretamente, podemos

ter um problema de baixa tensão que pode afetar a operação de sua transmissão. Desta maneira, uma queda intermitente de voltagem da bateria pode causar muitos problemas interessantes com o funcionamento da transmissão. Mas espere; se as conexões da bateria estão ruins, por que o motor dá a partida corretamente quando viramos a chave? Dar a partida no motor necessita de muito mais corrente do que a transmissão, certo? MANUTENÇÃO - Há uma coisa interessante acerca da eletricidade. Algumas vezes más conexões dão um bom contato quando se aplica


uma grande carga ao circuito. A corrente extra parece forçar sua passagem através de uma resistência do circuito. Assim como uma pressão extra pode forçar a passagem da água em uma dobra da mangueira de jardim. Mas a pequena quantidade de corrente necessária para os solenoides da transmissão não é o bastante para forçar a corrente através da resistência do circuito, assim a transmissão não funcionará corretamente. A boa notícia é que o reparo deste problema é fácil e relativamente barato. Uma boa manutenção da bateria, incluindo a limpeza dos terminais, será provavelmente tudo o que precisamos para corrigir

o problema permanentemente. Se as conexões estiverem muito ruins, poderemos precisar substituir inclusive os terminais dos cabos da bateria. Mas de qualquer maneira, uma vez reparado o problema, estamos de volta ao mercado. Não tente isto em casa! A limpeza dos terminais da bateria é fácil; podemos fazer isto nós mesmos, certo? De maneira nenhuma, pois poderemos abrir uma lata de minhocas. Em primeiro lugar, os sistemas computadorizados possuem memória. A desconexão da bateria pode apagar esta memória, causando toda sorte de problemas de dirigibilidade enquanto o sistema reaprende seu funcionamento.

E, em alguns veículos, o rádio pode possuir algum sistema de código anti-roubo. A desconexão da bateria poderá desabilitar o rádio até que entremos com o código do rádio. Se você não conhece o código, o rádio deverá ir para o fabricante para voltar a funcionar. Por isto muitas oficinas utilizam um alimentador de memórias quando desconectam a bateria. O alimentador de memórias aplica uma tensão baixa ao sistema para mantê-las ativas enquanto a bateria estiver desconectada. Se você não possui este equipamento em sua oficina, sua melhor atitude será deixar este tipo de serviço a um bom profissional.


NA OFICINA

ELÉTRICA colaborou Leandro Marco - Instrutor Senai Uberaba / MG

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

PRIMEIROS SOCORROS EM CASOS DE PANES ELÉTRICAS

Entenda como deve ser o correto procedimento da famosa “Chupeta” e quais práticas devem ser evitadas para que não causem danos ao veículo

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entre os problemas gerados pelas panes elétricas, é importante se atentar para a famosa transferência de carga através do procedimento conhecido por “chupeta”. Comum no dia a dia, esse processo deve ser executado da mesma maneira que os “Primeiros Socorros Médicos” são feitos, por um profissional bem treinado. Em carros antigos era comum o reparador retirar a bateria e colocar uma nova com carga para funcionar o veículo, e depois retirar a mesma e deixar o carro funcionando, para após recolocar a bateria descarregada, deixar a mesma sendo carregada pelo próprio veículo. 38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Ainda sendo um procedimento errado, os danos não eram sempre apresentados. No entanto, em veículos modernos, esta prática deve ser abolida, pois os componentes eletrônicos não suportam a sobrecarga que acontece em retirar a bateria do sistema. BATERIA – Para entender a relação entre carga e bateria, é importante saber que a bateria não é apenas o acumulador de energia, ela atua também como estabilizador de corrente elétrica. Quando a retiramos do circuito, o alternador automaticamente aumenta a tensão de carga, pois perde a referência de carga da bateria, assim os circuitos,

que têm uma determinada tensão de trabalho pré-fixada em sua produção e uma margem de tolerância, a qual é ultrapassada neste momento, causam a queima de unidades de controle eletrônico, lâmpadas, equipamentos de som, etc. Em circuitos eletrônicos residenciais, temos a referência por frequência, Hertz, HZ. Quando você compra um equipamento, esta frequência vem informada em seu rótulo, ou etiqueta técnica. Neste caso, é porque falamos de corrente alternada, assim se eu ligo em alimentação elétrica um componente com frequência diferente da rede elétrica, vou queimá-lo.


Por exemplo, quando tenho uma bateria ruim, ou um regulador de voltagem do alternador com problemas, pode acontecer em pequeno espaço de tempo de utilização a queima de lâmpadas. Quando o cliente chega à oficina e questiona o porquê de seu veículo queimar muito rápido as lâmpadas, devemos conferir a tensão com carro em funcionamento. Lembrando sempre que a tensão de bateria em stand by é de 12,6 volts e com veículo em funcionamento fica entre 13,4 e 14,8 volts. Ainda: devemos também verificar a situação da bateria, pois se a mesma estiver baixando fluido interno, a solução de bateria, a mesma não efetuará a função de estabilizador de tensão, e por estar com curto interno, ela não será uma referência para o alternador.

PROCEDIMENTOS – Em caso de pane elétrica, para a transferência de carga é recomendado: 1. Se for utilizar outro veículo, ambos devem permanecer com as chaves de ignição desligadas. 2. Os cabos de transferências devem ser de boa qualidade, então tenha cuidado, pois quanto menor a bitola do fio de cobre interno do cabo, pior será o trabalho. 3. Ligue o veículo que fornecerá a carga e mantenha acelerado a 1500 rpm no máximo, por cinco minutos, isto permitirá fornecer uma carga inicial ao carro defeituoso, e depois dê partida no veículo socorrido. 4. Assim que o veículo funcionar, baixe a aceleração de carro que fornece a carga de socorro, retire as garras da bateria sem causar centelhamento e, em seguida, faça o mesmo com o veículo socorrido.

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MOTOR colaborou Edson Roberto de Ávila – Mingau Automobilística

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

QUEBRA DA CORREIA DE SINCRONISMO NA AMAROK 2011 Saiba quais procedimentos devem ser realizados para um diagnóstico correto e manutenção

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oje o relato que passarei a vocês será de um caso que ocorreu aqui na Mingau Automobilística e infelizmente não é tão anormal, mas que me chamou a atenção e vi grande oportunidade de compartilhar e passar os procedimentos para um diagnóstico correto, como também sua manutenção. Esse veículo teve o rompimento da correia de sincronismo. No caso devido à construção e tecnologia empregadas nesse propulsor é inevitável que quando do rompimento desse componente o pistão não atin40 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

gir as válvulas, sendo assim havendo a necessidade de remoção para se efetuar a substituição das válvulas danificadas, como também já se fazer a retífica completa desse cabeçote e garantir a qualidade da sua prestação de serviço. INFORMAÇÃO – Após essa remoção e efetuada a retífica foi feita a montagem do cabeçote no propulsor. Em conversa bastante prolongada com o proprietário do veículo, obtivemos informações importantes para darmos seguimento ao diagnóstico. Por exemplo: o propulsor estava com

uma grande dificuldade para entrar em funcionamento, falaram para o proprietário que o problema era do acumulador de energia (BATERIA). Dica: Sempre conversem com seus clientes, eles são sua maior fonte de informação e isso traz agilidade ao diagnóstico, como também uma manutenção eficiente. Durante nossa conversa nos foi relatado pelo proprietário que o veículo passou a ter o sintoma de superaquecimento, onde substituíram os acessórios do sistema de arrefecimento como também o ca-


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beçote, resfriador do sistema de arrefecimento (RADIADOR), bomba de circulação do sistema (BOMBA MECÂNICA), nesse sistema existe bomba elétrica de auxílio, reservatório de expansão. E a válvula controladora de temperatura do propulsor (VÁLVULA TERMOSTÁTICA) foi removida. Mesmo com toda essa prática adotada, como resultado a força da pressão do sistema arrefecedor estava vencendo a válvula da tampa do reservatório de expansão, mas somente em grande aceleração, ou seja, quando se elevava a rotação. Enquanto que na rotação de segurança o problema não surgia. O detalhe que vale ressaltar é que, nesse veículo por estratégia do sistema de gerenciamento do propulsor quando parado não ultrapassa os 2.500 RPM, isso se dá para exatamente proteger o propulsor de funcionar em alta rotação sem carga e acontecer qualquer dano interno, portanto tem que ser efetuado o diagnóstico em movimento para termos os resultados. PROBLEMAS E CAUSAS - Temos, portanto, uma série de problemas e possíveis causas, como aqui na Mingau Automobilística não trabalhamos com possibilidade e sim com precisão, passamos a procurar as respostas do porquê desses problemas. Saímos com o veículo com as referidas informações e com equipamentos para monitorar: a temperatura do sistema de arrefecimento, de entrada e saída do resfriador (RADIADOR), esse sistema operacional de gerenciamento do propulsor monitora e facilita através de sensores responsáveis para essas informações; a temperatura do óleo lubrificante; valores de depressão; valores de pres42 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

são da linha de alta do sistema de alimentação de combustível; e manômetro instalado no sistema de arrefecimento, para se verificar a alteração de valores de pressão em conjunto com a temperatura do propulsor. DIAGNÓSTICO – Foram encontrados no diagnóstico alguns problemas, suas causas e soluções, sendo: 1º Funcionamento irregular, 2º Pressão no sistema arrefecedor e 3º Vazamento de óleo lubrificante. PRIMEIRA CAUSA – Os eixos de comando estavam foram de sincronismo, nesse propulsor se utiliza

dois eixos, um para admissão e outro para escape. O bico injetor, não tendo sua vedação de forma eficiente, permitiu com que a taxa formada invadisse a parte interna do propulsor. A solução é remover os eixos de comando e efetuar o perfeito sincronismo com ferramental específico, retirar os injetores, substituir arruelas e anel de vedação e realizar o processo de plaina da parte inferior dos injetores. E também trocar os parafusos de fixação dos injetores (esses parafusos são elásticos e seu aperto é efetuado através de graus, conforme pede o fabricante). Feitos esses procedimentos, inicialmente

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o propulsor passou a funcionar de maneira homogênea, resolvendo a questão do mau funcionamento.

SEGUNDA CAUSA: PRESSÃO NO SISTEMA ARREFECEDOR

Dando continuidade ao processo, ainda tínhamos a questão da pressão que se formava internamente no sistema arrefecedor com o propulsor em altas rotações, até porque a temperatura se mantinha estabilizada, isso nos trazia a informação de que algo estava permitindo que a taxa formada pelo propulsor invadia o sistema de arrefecimento. SEGUNDA CAUSA – Os parafusos soltos e a solução foi a remoção do cabeçote para teste e verificação das irregularidades, visto que efetuaram sua substituição. Em seguida é preciso a reinstalação do cabeçote com a junta correta, esses propulsores têm a necessidade de se verificar as medidas de altura dos pistões, esse processo exige que seja assim, nesse caso são três medidas. Através de informações técnicas se define qual é a correta para a aplicação. No caso aqui, estava com a junta irregular para esse conjunto. Substitua os parafusos de aperto superior do propulsor (bloco e cabeçote) esses parafusos são elásticos e seu aperto é feito em graus, conforme pede o fabricante. TERCEIRA CAUSA – Vazamento de óleo lubrificante causado por guarnições metálicas com tratamento para vedação com cola (reaproveitadas). A solução foi a substituição das guarnições. Nesse caso relatado vemos que no momento de executar a manutenção corretiva pelo rompimento da correia de sincronismo, houve falta de procedimento gerando várias consequências desagradáveis, como por exemplo, componentes com vida útil até o momento da desmontagem sendo reutilizado. 44 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

TERCEIRA CAUSA: VAZAMENTO DE ÓLEO LUBRIFICANTE

REFLEXÃO – Procurem sempre se informar, sejam éticos, trabalhem com seriedade e disciplina, esse é o caminho para fazer o melhor todos os dias. Tenho ouvido bastante recla-

mação e até lamentação, porém se não começarmos a agir de maneira correta, com certeza não teremos bons resultados. Um enorme abraço a todos e viva a Ética!



FÓRUM

CÂMBIO AUTOMÁTICO por Simone Kühl | fotos Marcos Bravo

4º FÓRUM DE REPARADORES DE CÂMBIO AUTOMÁTICO DO BRASIL

Novas transmissões, projeções para os próximos anos e mais sobre o cenário brasileiro são abordados nos dias 15 e 16 de setembro em Florianópolis (SC)

E

m mais uma edição de sucesso, o 4º Fórum de Reparadores de Câmbio Automático do Brasil superou os números do último encontro. Com 14 palestrantes e mais de 200 pessoas presentes, entre convidados, organizadores e empresas do setor, o evento aconteceu nos dias 15 e 16 de setembro, no Hotel Majestic, em Florianópolis (SC). Realizado a cada dois anos pela Aptta Brasil (Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática) e a Thoten Transmissão, o Fórum também contou

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com o apoio da revista Reparação Automotiva e trouxe em sua programação diversas palestras ministradas por técnicos brasileiros e estrangeiros das empresas Allomatic, Raybestos, Febi, Transtec, ZF e Marf Conversores. Entre os temas abordados no evento estavam as últimas tendências em transmissões, os principais desafios e dúvidas do reparador sobre este sistema e mais do cenário brasileiro e as perspectivas para os próximos anos. ORGANIZAÇÃO – Em sua quarta

edição, Thales Kreling da Rosa, comenta que o evento tem crescido cada vez mais, não apenas em número de participantes, mas também em número de empresas envolvidas. “O mercado de transmissão apresenta um futuro muito promissor, hoje temos uma frota de praticamente 5 milhões de veículos, por isso tentamos abordar nesse Fórum as transmissões mais atuais do setor e igualmente trazer um pouco do cenário brasileiro e uma projeção para os próximos anos. Além disto, trouxemos empresas estrangeiras que apresentaram mais tendências e novidades”, destaca. Carlos Napoletano, diretor


Técnico da Aptta Brasil, também ressalta a evolução do Fórum. “Tivemos um aumento de 30% em relação à última edição, procuramos mesclar temas técnicos com assuntos relacionados à administração, atendimento ao cliente, aquisição de equipamentos, relacionamento com montadoras e execução de serviços”, completa. CONTEÚDO – Palestrante pela segunda vez e participante desde a primeira edição, Milton Marfim, abordou em sua palestra as técnicas de conversão de torque, princípios básicos e quais as maiores dificuldades para o reparador. “O evento é muito bom para o profissional, ele pode fazer contatos com fornecedores, aprender novas técnicas e conhecer as empresas estrangeiras que estão prestigiando o Fórum”, avalia. CONVIDADOS – Para Adonys Machado, da Solupeças, distribuidora de peças instalada em São Paulo, o evento foi um grande sucesso. “Pudemos observar que o reparador está cada vez mais interessado e as empresas estão mais dispostas a oferecer informações. O trabalho da organização foi fantástico e estarei presente na próxima edição”, garante.

Jeison Cocianji, Revista Reparação Automotiva

Thales Kreling, organizador do evento

Carlos Napoletano, Aptta Brasil

Milton Marfim, Marf Conversores

Adonys Machado, Solupeças Distribuidora

Cláudio Goti, Rede 1000

Presente ao evento desde 2015, Cláudio Goti, diretor da oficina Rede 1000, localizada no Rio de Janeiro, comenta também sobre a importância do fórum que, além de ser referência em câmbio automático, traz as principais novidades do exterior. “Conseguimos obter muitas informações a respeito desse sistema e entender mais da evolução do mercado”, finaliza.

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MESTRES DA REPARAÇÃO

O DAMIÃO por Simone Kühl | fotos Divulgação

LUTA E TRABALHO PARA O CAMINHO DA REPARAÇÃO

Com um começo difícil, reparador conseguiu abrir seu próprio negócio e ser referência no estado do Ceará

N

ascido na cidade de Sobral em 1º de julho de 1949, Damião Duarte de Melo, empresário e ex-mecânico, é prova de que muito trabalho e perseverança fazem a diferença para mudar de vida e abrir seu próprio negócio. “Eu vim de uma família humilde, comecei vendendo milho e água na rodoviária de Sobral e meu irmão com 12 anos trabalhava em uma concessionária da Willys do Brasil, com isso ele me ensinava to48

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das as técnicas de mecânicas que aprendia”, conta. E com 18 anos, devido às dificuldades que sua família passava, abriu a oficina O Damião na cidade de Fortaleza (CE). “Primeiro aluguei um terreno com um grande pé de mangueira, comecei a fazer minha clientela e após seis anos iniciei a compra e construção em um novo local, onde estamos até hoje funcionando”, frisa.

OPORTUNIDADE - Para Damião, o principal desafio foi conseguir ser uma referência no setor e a oportunidade que trouxe essa conquista foi um defeito de fábrica no veículo Corcel. “Como esse carro apresentava um problema de Tripod, uma peça que funciona em conjunto com o câmbio, eu consegui resolver este defeito e, com isso, muitos automóveis de todo o estado do Ceará vinham até a minha oficina”, recorda.


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MESTRES DA REPARAÇÃO

O DAMIÃO

FAMÍLIA - Outra grande dificuldade na vida de Damião foi a perda de sua mãe. “Ela era uma pessoa com muita garra e que lutou muito para que os filhos fossem responsáveis, honestos e que nunca esquecessem suas origens. Por isso, até hoje eu procuro sempre viajar para minha terra natal (Sobral) em feriados”, ressalta. MUDANÇA - No começo, a oficina atendia apenas a linha Ford até 1989, contudo as mudanças no mercado fizeram com que o reparador ampliasse sua atuação para o atendimento multimarcas. Com isso, foi preciso buscar conhecimento para estar atento às tendências do setor.

Hoje à frente do negócio, Damião Jr. administra a oficina com sua esposa e seu pai

Hoje, na área administrativa por meio expediente, Damião acumula em sua carreira 56 anos de experiência e sua oficina é gerenciada por seu filho, Damião Jr., desde 1999. “Temos que saber a hora de passar o bastão, estamos focados e atentos aos veículos híbridos e elétricos, tecnologias estas que já não fazem mais parte da minha geração e, com isso, temos que passar para os mais jovens”, complementa o reparador. OFICINA – Localizada na Av. Duque de Caxias, 2001, Farias Brito, a Oficina O Damião (matriz) conta hoje com uma equipe qualificada e uma infraestrutura ampla com mais de 2.300 m² de área coberta, além disso possui equipamentos modernos. A oficina também tem uma filial na Av. João Pessoa, 3835, Damas, em Fortaleza (CE). A oficina atende: câmbio automático, câmbio mecânico, diagnóstico diesel, ar-condicionado, injeção eletrônica, motor, auto 50

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Oficina cresceu ao longo dos anos, inaugurou uma filial e é hoje referência no Ceará

elétrica, freios, suspensão, alinhamento, balanceamento e cambagem, embreagem, escapamentos, caixa de direção, mecânica e hidráulica, baterias, troca de óleo e acessórios automotivos.


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