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reparacaoautomotiva.com.br
EDIÇÃO 107 Agosto de 2017 EDITORA
A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO
Núcleos de reparadores automotivos já são
REALIDADE NO BRASIL Se antigamente para muitos os motivos para a formação de grupos, núcleos e associações de oficinas mecânicas eram o advento da injeção eletrônica e a carência de informações, atualmente as razões são outras e a união se mantém.
TIPOS DE INJEÇÃO
Principais características que diferenciam os sistemas
TOYOTA COROLLA
Reparador faz avaliação em oficina do modelo 2018
QUEDA EM ELEVADORES
Mais atenção, manutenção e cuidado para evitar acidentes
TRADIÇÃO DE FAMÍLIA Paixão pela reparação já chegou à terceira geração
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES
SUMÁRIO
EDIÇÃO 107 AGOSTO 2017
reparacaoautomotiva.com.br reparacaoautomotivaoficial
04 ENTREVISTA
Paulo Eduardo Lira, da Continental
06 NOVIDADES
Renault lança Kwid no Brasil
10 RESPONSABILIDADE SOCIAL
Centro de Assistência e Motivação de Pessoas
12 INDICADORES
Cenário econômico apresenta sinais positivos
14 GESTÃO
Honestidade, humildade, respeito e paciência
16 OFICINA
Empresa destaque na capital fluminense
6
18
20
10
18 NEGÓCIOS
Meios digitais para maior visibilidade
20 SINDIREPA
Anuário como fonte de informações
21 CONAREM
Artigo de José Arnaldo Laguna
22 COROLLA XEI
Reparador faz avaliação do modelo/2018
24 GRUPOS DE OFICINAS
Antes concorrentes, hoje formam parcerias
32 ELEVADORES
Reparadores contam problemas e prejuízos
36 MOTOR
Injeção diesel, otto direta/indireta
40 FREIOS DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson
Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br
REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatores Karin Fuchs Simone Kühl Revisor Geuid Dib Jardim
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ARTE Designers Jheimisson Sampaio Marcos Bravo
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COMERCIAL Consultores de Vendas Richard Faria richard@znews.com.br Nilson Nardi nilson@znews.com.br Adalberto Franco adalberto@znews.com.br Wanderley Klinger wanderley@znews.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Nunes administrativo@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br
Trava nas rodas do Corolla
42 TRANSMISSÃ0
Orientações sobre troca de fluido
44 SUSPENSÃO
Falta de alguns componentes específicos
46 ELÉTRICA
Componentes que influenciam no consumo
APOIO E PARCERIA
48 MESTRES
Quase setenta anos de profissão
ANUNCIARAM nesta edição
Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
MÍDIA DADOS 2017
A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.
Autonor ....49 Cabovel ...17 Corteco ...39 Corven ....37 Dana .......07 FTE .........09 Graxinha .29 Hipper Freios .15 Hella ..............43
King Tony ....31 Motorcraft ..02/51 Motrio ........35 Radnaq.......11 Ranalle ......41 Raven ........13 Reparação .45 Urba e Brosol .19 ZF-TRW ..........52
ENTREVISTA
CONTINENTAL
INVESTINDO SEMPRE
EMPRESA INTENSIFICA TREINAMENTOS E EXPANDE FÁBRICAS
por Silvio Rocha | foto Divulgação
A Continental, por meio da sua Divisão ContiTech, é um dos principais fornecedores de correias automotivas no mundo e uma dos líderes tanto na Alemanha como no Brasil. Preocupada com a capacitação e atualização do mercado, desde 2002, a companhia ministra treinamentos técnicos em todo o País, onde mais de 10 mil profissionais, entre todos os elos da cadeia automotiva, são capacitados por ano
C
om o princípio de atender às normas e exigências dos fabricantes de veículos, a Continental está sempre acompanhando as inovações nos automóveis. Segundo Paulo Eduardo Lira, gerente de Vendas Reposição América do Sul, a principal novidade no momento na Europa é a correia para trabalhar em óleo, a qual tem como objetivo substituir as correntes utilizadas em 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
alguns modelos de veículos. Contudo, são muitas as novidades em tecnologia para o reparador.
Reparação Automotiva: Diante das novidades, o que a Continental tem feito para manter o reparador atualizado e treinado? Paulo Eduardo Lira: A Continental, através da sua Divisão ContiTech, possui um Departamento de Marketing Service com consultores técnicos prontos para atendimento. Ministramos também treinamentos técnicos em todo o Brasil desde 2002. Por ano são treinadas mais de 10 mil pessoas, entre reparadores, balconistas, representantes e equipes de telemarketing dos distribuidores. Até consumidores finais são treinados. Dessa forma, mantemos a cadeia atualizada. RA: E quais as ações para estreitar o relacionamento com este público? PEL: Diariamente nossa equipe técnica atua em alguma região do País, mantendo assim a proximidade com todos os elos da cadeia do Aftermarket. Hoje, a Continental atua em todo o Brasil, não só através da sua Divisão ContiTech, mas também de suas outras divisões que atendem a indústria automotiva.
RA: Discorra também sobre a importância do site da empresa para a divulgação de dicas técnicas. PEL: Com a ajuda do Departamento de Marketing Service da Alemanha, os nossos consultores participam todos os anos de treinamentos técnicos presenciais na Matriz, na cidade alemã de Hannover. Atualmente, o Grupo Continental é referência quando o assunto é conectividade, ou seja, informações integradas que auxiliam o cliente final no seu dia a dia. Todas as divisões da companhia — Interior, Chassis & Safety, Powertrain, Tires e ContiTech — têm projetos em comum, o que permite um campo de atuação com alto potencial e com possibilidades reais de oferecer aos clientes cada vez mais tecnologia. RA: Como a empresa enxerga o atual cenário brasileiro? PEL: Com o atual cenário econômico, o qual tem reduzido os negócios no Mercado Original e aquecido o mercado de Aftermarket, temos que estar atentos às oportunidades que surgem. Esse cenário colabora e muito para que possamos identificar nossos potenciais de melhoria e explorar ainda mais aquilo que já executamos com eficiência.
RA: Ressalte como é o processo de garantia dos produtos Continental. PEL: Temos recebido diversos elogios de todos os elos da cadeia de Aftermarket e continuamos trabalhando duro para responder a todas as garantias e sinistros em cinco dias, prazo esse que é uma meta global para os nossos consultores técnicos. RA: Como foi o primeiro semestre para a Continental e quais as expectativas de crescimento? PEL: Os primeiros 6 meses já mostram um crescimento ante os mesmos 6 meses de 2016 e também sobre a média do ano. O aumento para nós é uma realidade, e agora o foco é num crescimento ainda maior e se possível nos mesmos moldes de 2016 ou acima. RA: Por fim, quais os próximos projetos e investimentos da empresa para a reparação automotiva? PEL: Temos como objetivo intensificar ainda mais nossos treinamentos técnicos e o desenvolvimento de novos itens e diferentes grupos de produto, bem como expandir nossa capacidade de produção em nossas fábricas de Ponta Grossa (PR) e Santana do Parnaíba (SP).
A REVISTA QUE SE ORGULHA DE PÔR A MÃO NA GRAXA
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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 05
NOVIDADES
PRODUTOS E INFORMAÇÕES
RENAULT LANÇA O KWID
A
Renault inova mais uma vez e lança no Brasil o Kwid, o primeiro SUV compacto urbano. O veículo se destaca pela maior altura do solo (180 mm) da categoria e os ângulos de entrada (24°) e de saída (40°) dignos do segmento SUV. Somando-se às características SUV, o Kwid tem ainda o maior espaço interno e o maior porta-malas da categoria (290 litros). O design segue a nova identidade visual da marca, o inconfundível DNA Renault, e foi desenvolvido em parceria entre os estúdios do Renault Design Network.
MTE-THOMSON APRESENTA CURSO GRATUITO DE REDE CAN
P
ara os reparadores que precisam e buscam se manter sempre atualizados sobre as tecnologias embarcadas nos novos modelos de veículos, a MTE-Thomson preparou um curso técnico especializado em Rede CAN, possível de ser
SABÓ DISPONIBILIZA NOVOS VÍDEOS TÉCNICOS EM SEU CANAL
A
lém de oferecer os tradicionais treinamentos gratuitos e presenciais por todo o Brasil para reparadores, a Sabó agora também está investindo na atualização do seu canal (www. youtube.com.br/sabogrupo). Os novos vídeos disponibilizados são para a Linha Pesada. Em breve, novos vídeos para a Linha Leve e Moto, completando ainda mais as informações já disponíveis para esses segmentos. Além de seu canal, a empresa disponibiliza os vídeos no Facebook (www.facebook.com/sabogrupo). 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
assistido de forma on-line, onde e quando for conveniente para o participante. O curso é gratuito e pode ser realizado através de inscrição no www.cursosonlinemte.com.br. Ao final do treinamento, o aluno recebe certificado de participação.
NOVIDADES
PRODUTOS E INFORMAÇÕES
INAUGURADA A UNIDADE SÃO PAULO DA ESCOLA DO MECÂNICO
N
o mês de julho, no bairro de Santana, zona norte da capital paulista, aconteceu a inauguração da filial São Paulo da Escola do Mecânico, projeto que nasceu há seis anos na cidade de Campinas (SP), pelas mãos da empresária Sandra Nalli. A unidade São Paulo da Escola do Mecânico está situada na rua Alferes Magalhães, 200, a duas quadras do Metrô Santana. É uma moderna unidade com cinco salas de aulas teóricas, pátio com equipamentos de última geração e um auditório com capacidade para 100 pessoas.
ZF AFTERMARKET LANÇA PORTAL EXCLUSIVO AO MERCADO DE REPOSIÇÃO
A
ZF Aftermarket, divisão ZF voltada à reposição, lança portal exclusivo para o segmento de pós-venda. Por meio do novo endereço (aftermarket.zf.com/br), que conta com navegação intuitiva e responsiva, distribuidores, vare-
VALEO APRESENTA NOVA TECNOLOGIA EM ALTERNADORES AUTOMOTIVOS NO AFTERMARKET
A
tenta às demandas e tendências do setor automotivo, a Valeo Service anuncia ao mercado uma nova tecnologia nos reguladores de voltagem para alternadores. Com a mudança, os componentes passam de mono para multi-função, ou seja, a
08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ter outras atribuições além de monitorar e controlar a tensão corrente produzida. A tecnologia permite ainda a preservação do alternador e demais equipamentos eletrônicos em caso de superaquecimento e evita picos de energia.
jistas, reparadores, frotistas e concessionárias ZF de toda a América Latina encontrarão em um único local todas as informações de interesse sobre os produtos e serviços das marcas ZF, Sachs, LEMFÖRDER, TRW e Openmatics.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CAMP OESTE por Karin Fuchs | fotos Divulgação
APRENDIZ DE MECÂNICO AO FIM DO CURSO ESTÁ APTO PARA EFETIVAÇÃO Em parceria com empresas do setor, o Centro de Assistência e Motivação de Pessoas forma mão de obra
E
m 2015, o Centro de Assistência e Motivação de Pessoas, entidade sem fins lucrativos, administrada por membros dos Rotary Club São Paulo Sumaré, Oeste e Lapa, criou o curso de Aprendiz de Mecânico, por meio de projeto inscrito no Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente), com o objetivo de formar jovens reparadores. Damaris Lacerda, coordenadora geral, conta que o projeto começou com um parceiro do setor automotivo que estava preocupado com a falta de mão de obra. “Em 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
conjunto, nós desenvolvemos um curso específico, o de mecânico de diesel, que teve a participação de treze jovens e, ao término, doze foram efetivados pela empresa”, recorda-se. Ao longo dos anos, o curso ganhou adaptações. E até a última formação (julho/2017), cem alunos participaram do curso de aprendiz automotivo e de estoque/mecânico, com atividades teóricas nas suas áreas. “As turmas são formadas de acordo com a absorção desses jovens nas empresas, novas turmas são
formadas pelos novos contratados, e a nossa oficina está localizada na Lapa”, informa a coordenadora. NA PRÁTICA − A formação como aprendiz de mecânica e estoque acontece simultaneamente ao contrato na empresa. “Segundo a lei da aprendizagem, o jovem deve fazer um dia de atividades teóricas na instituição formadora. Essa formação tem a duração de 11 meses, tempo máximo estipulado pela lei para cada contrato de aprendizagem”, explica Damaris Lacerda. Ainda de acordo com ela, “ao
fim do seu contrato, consequentemente fim da formação, o jovem já está preparado para efetivação na empresa. No ano de 2015, tivemos 75% de taxa de efetivação dos jovens aprendizes nas empresas”. CONTEÚDO − O curso tem o módulo básico exigido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o módulo específico para a formação dos jovens reparadores. E eles ficam capacitados a utilizar e fazer leituras de medições com ferramentas especiais (paquímetros e comparadores). Segundo Marcelo Oliveira, mobilizador de recursos, os alunos aprendem a diagnosticar defeitos mecânicos e/ou elétricos, fazer a remoção para análises das peças quando da desmontagem de equipamentos e, depois de recupera-
Até julho deste ano, 100 alunos participaram do curso de aprendiz automotivo e de estoque/mecânico
das, aprendem a instalá-las. “Fazem orçamentos, e a troca de óleo e filtros com descarte correto.” O curso é subdividido em módulos, em que o jovem fica na empresa quatro dias com prática laboratorial e um dia por semana na entidade para a teoria básica e específica.
CRITÉRIOS − Para participar, Damaris Lacerda explica que os interessados precisam ter idade entre 18 e 22 anos e ter feito a Formação Básica Para o Mundo do Trabalho, que tem a duração de três meses. “E também ter passado no processo de seleção de alguma de nossas empresas parceiras” conclui.
INDICADORES
ENTIDADES
NÚMEROS DO SETOR ENTIDADES DIVULGAM RESULTADOS
ANFAVEA De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, no sétimo mês do ano a produção de autoveículos alcançou 224,8 mil unidades, alta de 17,9% sobre as 190,6 mil do mesmo mês do ano anterior e de 5,9% ante as 212,3 mil de junho passado. O período acumulado da produção aponta para alta também: 22,4% ao se comparar as 1,49 milhão de unidades de 2017 com as 1,22 milhão de 2016. Para a entidade, o cenário econômico tem apresentado sinais positivos, como a forte queda da inflação e da taxa básica de juros. FENABRAVE Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Fenabrave, as vendas de todos os segmentos 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
somados apresentaram retração de 4,04% em julho, na comparação com o mês anterior. Foram emplacadas 265.994 unidades em julho, contra 277.185 em junho. Se comparado ao mês de julho de 2016 (271.827), o resultado geral dos emplacamentos de julho/2017 teve retração de 2,15%. No acumulado do ano, a queda foi de 4,99% sobre 2016. Foram emplacadas 1.771.435 unidades de janeiro a julho/2017, contra 1.864.538 no mesmo período de 2016. ABEIFA As dezessete marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, Abeifa, com licenciamento de 16.001 unidades, anotaram nos primeiros sete meses do ano baixa de 25,7% ante igual período de 2016. No comparativo mensal, julho de 2017 ainda registra queda de
18,7% em relação a igual período de 2016. O desempenho de vendas no mês de julho, porém, obteve uma pequena alta de 4,2% comparada com o mês imediatamente anterior. Foram 2.712 unidades contra 2.603 em junho último. ABRACICLO As vendas de motocicletas no atacado – para as concessionárias – deram um salto de 13,2% em julho, totalizando 64.830 unidades, ante as 57.294 unidades comercializadas em junho. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares, Abraciclo. Os resultados de vendas e de produção na comparação com julho de 2016 e também no acumulado do ano estão em queda. As vendas no atacado registraram redução de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano passado (71.760 unidades).
GESTÃO
ÉTICA por Simone Kühl | foto Divulgação
A ÉTICA NO TRABALHO
E SUA IMPORTÂNCIA NAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS Para estabelecer um bom clima no ambiente de trabalho, é fundamental existir honestidade, humildade, respeito e paciência entre a empresa e o colaborador
P
rimordial para guiar nossa conduta, a ética define o tipo de pessoas que somos e o tipo de organização na qual trabalhamos. Por isso, tanto nas relações profissionais como pessoais, a ética é imprescindível. De acordo com Lumara Diniz, formada em administração e hoje empreendedora, o respeito é o principal fator ético dentro de uma empresa. “E ética não pode ser definida apenas como certo ou errado, é o bom senso, como uma pessoa enxerga e observa o mundo existente ao seu redor”, explica. Ao olhar para a relação do empregador com o funcionário, Lumara destaca que deve ser evitado o abuso de poder. “Existem vá14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
rios relatos em que se é usado um cargo, função, posição para obter qualquer favorecimento para si ou para outros. No entanto, deve-se manter sempre uma atitude clara, de respeito e de colaboração com todos.” A especialista ainda comenta que existem quatro qualidades essenciais que constituem o caráter de uma pessoa dentro dos princípios éticos: honestidade, humildade, respeito e paciência. DICAS – Para ser ético, Lumara destaca algumas dicas que servem tanto para a empresa como para o colaborador: “Saiba ouvir e trabalhar em equipe, nunca chame a atenção de alguém na presença de outras pessoas, cuidado ao chamar as pessoas por apelidos, atenção às
brincadeiras, procure não exagerar e, principalmente, saiba com quem brincar; não fique falando mal do seu trabalho, seja pontual, não abuse e cuidado ao utilizar recursos da empresa para fins pessoais.” A especialista ainda enfatiza a importância de não tolerar assédios e ameaças. “O assédio moral é o ato de desqualificar repetidamente, por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do empregado em função de vínculo hierárquico. Denuncie o assediador. Não ceda e comunique aos seus superiores. Não se submeta jamais a essas situações. Lembre-se: fazer o que se tem vontade é de extrema importância para se levar uma vida ética e feliz”, completa.
PERFIL
OFICINA DO FRANCÊS por Simone Kühl | fotos Divulgação
FOCADA EM FRANCESES
OFICINA FOI A PRIMEIRA DO GÊNERO NO RIO DE JANEIRO Através de muito estudo, experiência e perseverança, João Batista provou que é possível administrar um negócio bem-sucedido e oferecer o que há de melhor ao cliente
E
specialista em veículos franceses há mais de 20 anos, João Batista Silva é proprietário da Oficina do Francês Serviços Automotivos Ltda., no Rio de Janeiro. Mas, para ser referência na região e chegar onde está hoje, o reparador percorreu um longo caminho para se tornar especialista nessa área. Atualmente a oficina está localizada no bairro de Bonsucesso e atende veículos por meio de agendamento, com uma média de 80 carros por mês, possui quatro funcionários, seis elevadores, equipamentos de alinhamento, retífica de freios, scanner, entre outros, e ainda comporta 11 automóveis em pleno trabalho e tem espaço para abrigar 21, se necessário. O estabelecimento também conta com seguro contra incêndios e possíveis danos. 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
HISTÓRIA – Batista entrou na área após a realização de um curso no SENAI. Seu primeiro emprego no ramo foi um estágio dentro de uma concessionária Volkswagen. Em seguida, iniciou um trabalho na Ford por dois anos e depois parou para explorar um novo setor, o mercado financeiro, onde teve como patrão Sr. Raul, que foi muito importante para a sua carreira. O reparador também trabalhou na GM e, em 1994, começou a atuar na Citroën. “Dentro da concessionária pude fazer muitos trabalhos como técnico, dar suporte na manutenção e realizar uma série de treinamentos, dentre eles lembro de um muito especial para mim, me mandaram fazer um curso de hidráulica por 28 dias em Paris, foi minha primeira viagem internacional e
no primeiro dia fizemos um teste de conhecimentos gerais e tirei a maior nota, sendo premiado pela organização do evento”, recorda. NEGÓCIO – Em 1998, após perceber uma carência no setor de mão de obra independente especializada na linha francesa, Batista decidiu abrir seu próprio negócio. Para isto, o profissional contou o apoio de seu antigo patrão do mercado financeiro, que havia revelado interesse anteriormente em investir nesse negócio com ele. “Ele deu o pontapé inicial, entrou na sociedade com 54% e eu com 46%. Meu antigo chefe na Citroën também quis entrar na sociedade e eu dividi com ele uma parte da minha porcentagem, mas tivemos problemas com esse sócio e rompemos. Com isso, eu o Raul continuamos a
tocar o negócio, e após quatro anos conseguimos colocar a empresa em ordem”, relata. Com o passar do tempo, o sócio-majoritário, hoje já falecido, decidiu vender a empresa para o reparador. “No início ele queria que eu pagasse apenas o valor simbólico de R$ 1,00, mas eu não aceitei. Disse que ia comprar a firma pelo valor justo e pagar em algumas prestações, fizemos dessa forma e as últimas prestações acabei pagando para a família dele, quando ele veio a óbito”, lamenta. PÚBLICO – “Hoje nós não temos fachada na loja devido às exigências impostas pela Prefeitura, mas entendemos que o nosso público não é o de rua, são pessoas que já nos conhecem e nos acompa-
João Batista Silva considera a oficina uma empresa familiar, haja vista o clima de carinho e respeito
nham há bastante tempo, por isso, não vimos a necessidade de impor uma fachada em nosso estabelecimento. Trabalhamos também com agendamentos, mas mesmo assim atendemos os veículos que chegam eventualmente e precisam de serviços rápidos”, comenta. EQUIPE – O profissional consi-
dera a oficina uma empresa familiar, pois o clima de carinho e respeito é grande. “Eu, minha esposa, que cuida da parte administrativa, e meus quatro funcionários tomamos café, almoçamos e lanchamos juntos. Isso deve acontecer em todas as empresas, pois quando todos torcem pelo negócio, as chances de crescimento são maiores”, ressalta.
NEGÓCIOS
MARKETING DIGITAL por Karin Fuchs | fotos Divulgação
OFICINAS DIGITAIS
PREPARADAS PARA ATENDER NOVAS DEMANDAS
C
Meios para se ter mais visibilidade e oferecer serviços que facilitem a vida dos clientes
ada vez mais o mundo está digital, e as pessoas, constantemente mais conectadas, buscam ferramentas que facilitem o seu dia a dia, inclusive junto aos prestadores de serviços, a exemplo do iFood e do Uber. No caso das oficinas mecânicas não seria diferente, e há muito a inovar para atender a novas demandas. A começar pela sua presença na internet. “É muito comum as oficinas mecânicas atenderem clientes da sua região, e para acessá-los há alguns canais, como a sua própria presença física, o telefone, site e a presença em portais. O marketing digital é uma forma de se ter mais visibilidade”, afirma Carlos Cruz (foto abaixo), diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas). “Esse público acessa serviços pela internet, por isso, o caminho é desenvolver es-
tratégias no mundo digital, com uma linguagem atrativa e objetiva, com um foco muito bem definido a partir do que a oficina tem para oferecer de serviços. E, mais do que isso, buscar parcerias também é importante e estar cadastrado em portais”, orienta. BUSCADORES – Segundo Cruz, a primeira etapa da venda é a prospecção, e os buscadores, como o Google e canais especializados do setor, podem gerar movimentação na oficina. “Porém, muito mais do que estar em portais, a indicação é muito forte nesse mercado por causa da confiança”, pondera. E, nesse sentido, ele explica que é preciso gerar relacionamento, seja pelos meios digitais ou na sua região física. “Identificando no entorno quem são os principais influenciadores, como, as lojas de automóveis e se relacionar com eles”, aconselha. Cruz ainda reitera que “quando
falamos em gerar negócios, no caso das oficinas mecânicas, geralmente são pelos clientes já existentes e também pelos indicados, pois é um mercado que preza pela confiança”. AGENDAMENTO ONLINE – O diretor analisa que o agendamento online de serviços é uma tendência. “A criação de canais de comunicação para agendamento online, como o de aplicativos que integram oficinas por especialização, como reparos de motor e câmbio, é uma oportunidade para elas. Até porque o que temos visto são grandes grupos dominando o mercado.” AGENDA DE CLIENTES – Por outro lado, as oficinais também podem criar canais para um melhor controle de sua própria agenda. “Elas podem se utilizar do WhatsApp para se aproximar de seu cliente e agendar serviços”, sugere. Criando, assim, no próprio celular a sua agenda de controle de clientes que irão à oficina.
CONFIRA NOSSOS LANÇAMENTOS SÃO MAIS DE 100 LANÇAMENTOS EM 2017
BOMBA BO0150 DE ÓLEO FIAT
BOMBA UB0650 DE ÁGUA VOLKSWAGEN
BOMBA UB0639 DE ÁGUA VOLKSWAGEN
BOMBA UB0421 DE ÁGUA HYUNDAI
LINHA DE PRODUTOS
BOMBA DE ÁGUA
LINHA LEVE - LINHA PESADA
BOMBA DE ÓLEO
LINHA LEVE - LINHA PESADA
Assistência Técnica e Garantia 0800 880 21 54 • São Paulo/Capital 4003 2158 • Demais Localidades 011 94553-3531 sac@urba-brosol.com.br
BOMBA DE GASOLINA
LINHA LEVE - LINHA PESADA
CARBURADOR
urbabrosol www.urba-brosol.com.br Empresa 100% Brasileira
VÁLVULA TERMOSTÁTICA
SENSOR DE TEMPERATURA
TERMO INTERRUPTOR
ESPECIAL
SINDIREPA NACIONAL por Redação | foto Divulgação
1ª EDIÇÃO DO ANUÁRIO SINDIREPA NACIONAL PARA A INDÚSTRIA DA REPARAÇÃO DE VEÍCULOS
Material emblemático e importante fonte de informações para os profissionais da reparação automotiva chega ao mercado
E
m agosto de 2017, o Sindirepa Nacional trouxe ao mercado mais um instrumento para os profissionais da reposição automotiva − a primeira edição do Anuário da Indústria da Reparação de Veículos do Brasil. Nesse momento historicamente importante para a reparação, em que observamos a redução drástica do licenciamento de automóveis, o que demonstra a escolha, pelo dono do carro, de não adquirir um carro novo e sim manter o atual, o Anuário chega oportunamente. Reunindo estatísticas que compreendem três grandes áreas, tais como Dados Socioeconômicos Demográficos, Dados Automotivos e da 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Indústria da Reparação de Veículos, o Anuário traz informações que vão desde frota circulante por tipo de veículo, extensão das rodovias até quantidade de empresas do setor, com detalhamento por subclasses, como mecânica e borracharia, além de empregos gerados, capacitação de mão de obra, remuneração, intervalos para substituição de peças, dentre outras. CONTEÚDO − As estatísticas, que compreendem o intervalo de tempo entre 2010 e 2016, foram levantadas pela ABCR, ANP, Antt, Caged, Cinau, CNT, Fraga Inteligência Automotiva, FenSeg, IBGE, PMSP, Senai, Sebrae, Sindirepas Estaduais e
Sindirepa Nacional, sob supervisão e mentoria de seu diretor executivo, Luiz Sérgio Alvarenga. REPARADORES − Antonio Fiola, presidente da entidade, afirma que o Sindirepa Nacional está sempre atento à evolução do mercado da reparação e, sendo coresponsável pelo seu bom desempenho, realizar a publicação do Anuário é sem dúvida um marco. “Abastecer com conteúdo e soluções, representar e defender a indústria da reparação é nosso compromisso, afinal damos voz a 123.324 empresários brasileiros e que juntos empregam mais de 200 mil colaboradores”, conclui Fiola.
ARTIGO
CONAREM
MERCADO EM EVOLUÇÃO
EXIGE CRIATIVIDADE
B
por José Arnaldo Laguna* | foto Divulgação
As retíficas hoje precisam agregar serviços para se tornarem mais competitivas e acompanharem a evolução tecnológica da indústria automobilística
uscando sempre aprimorar serviços que contribuam para o desenvolvimento dos negócios das retíficas associadas, o Conarem estabelece e estreita relacionamentos com fabricantes de autopeças e empresas que possam oferecer suporte em gestão e finanças, entre outros benefícios, às retíficas. A entidade tem feito esse papel de forma intensiva para dar condições que garantam mais competitividade às empresas, principalmente em um momento em que o mercado vive mudanças significativas com o aumento da oferta de motores remanufaturados pelas montadoras. Isso é muito importante para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos serviços das retíficas da Rede Nacional Conarem, que são auditados e seguem os procedimentos estabelecidos pela norma NBR 13.032, cada vez mais reconhecidos por fabricantes que nomeiam as empresas como autorizadas de suas marcas para assistência de pós-venda. MISSÕES − Por meio das missões empresariais para conhecer as feiras mais importantes do setor em vários países, também procura-
mos incluir na programação visitas às matrizes de várias fábricas com unidade aqui e até montadoras. Além de ampliar o conhecimento, essas experiências acabam abrindo portas e novas possibilidades de negócios. As retíficas hoje precisam agregar serviços para se tornarem mais competitivas e acompanharem a evolução tecnológica da indústria automobilística. Já há montadoras anunciando que, muito em breve, deixarão de fabricar veículos com motores a combustão, o que, no caso, revolucionará por completo o mercado de reposição, principalmente o segmento de retíficas. CRIATIVIDADE − Uma retífica, por exemplo, resolveu iniciar a manutenção da parte de transmissão e, com isso, conseguiu aumentar a sua receita significativamente e vai muito bem, obrigado. A criatividade torna-se elemento fundamental em tempos de mudanças, a diversificação de serviços pode ser uma saída interessante e viável.
*Presidente do Conarem (Conselho Nacional de Retífica de Motores) REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 21
PERFIL
TOYOTA COROLLA por Simone Kühl e Silvio Rocha | fotos Divulgação
NOVO COROLLA MODELO 2018 PASSA POR AVALIAÇÃO DE REPARADOR De fácil reparabilidade, veículo teve as vendas iniciadas em março e oferece seis diferentes versões para o consumidor
P
ara continuar na liderança em seu segmento, a Toyota lançou há alguns meses no mercado brasileiro a linha 2018 do Corolla, seu carro de maior sucesso não só no Brasil como em todo o mundo, que chega com design renovado e moderno, mais itens de conforto, conveniência e segurança. Com as vendas iniciadas em março, o novo Corolla completa cinco décadas em 2017. No Brasil, chegou no início dos anos 1990, por meio de importações. Já a partir de 1998, o sedã passou a ser produzido na planta da Toyota de Indaiatuba (SP). 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
DESEMPENHO – O Corolla 2018 tem dois tipos de motorização: 1.8L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, 144 cv a 6.000 rpm, com etanol, e 139 cv a 6.000 giros, com gasolina, e torque de 18,6 kgfm (E) e 17,7 kgfm (G), a 4.800 rpm. E a 2.0L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, 154 cv a 5.800 rpm, com etanol, e 143 cv de potência a 5.800 giros, com gasolina, e torque de 20,7 kgfm a 4.800 rpm (E) e 19,4 kgfm a 4.000 rotações (G). Ambos são construídos com bloco e cabeçote de alumínio. As transmissões que equipam a linha 2018 são: manual de seis velocidades, para a versão de entrada GLi, e a automática Multi-Drive, disponí-
vel nas outras versões. A transmissão Multi-Drive deriva da tecnologia CVT. Seu diferencial é um software de gerenciamento, que reproduz sete marchas, mesmo quando o motorista conduz o veículo com o câmbio na posição Drive. A transmissão Multi-Drive da Toyota oferece, em todas as versões, a possibilidade de trocas manuais sequenciais. Na GLi, exclusivamente na alavanca de câmbio. Nas versões XEi, XRS e Altis, as trocas sequenciais também podem ser feitas por meio das borboletas localizadas atrás do volante. Estas três versões do sedã possuem a tecla “Sport Mode”, que, quando acionada, altera o mapea-
mento do software de gerenciamento da transmissão e proporciona ao Corolla um comportamento dinâmico mais esportivo. VALOR – Os preços do Corolla começam em R$ 69.690,00 na versão 1.8 L GLi manual e variam de acordo com o modelo, chegando a R$ 114.990,00 na versão 2.0L Altis Multi-Drive. O modelo 2018 está disponível na rede de concessionárias Toyota nas cores: branco perolizado, prata supernova, cinza granito, preto eclipse, vermelho granada e na nova cor marrom urban. O Corolla XRS, apenas nas cores branco polar e preto eclipse. OPINIÃO – Na análise do reparador Marcos Ferraresso Junior (foto ao lado), da JL Andrade, na zona sul de São Paulo, o Novo Corolla é referência quando se trata de conforto. “O veículo tem ótima dirigibilidade, apresenta uma troca de marchas fácil e sutil, o painel está mais bonito e ainda tem características esportivas através dos faróis de led nas entradas laterais do parachoque dianteiro. Eu com certeza compraria o automóvel”, afirma. Em relação à reparabilidade, ele destaca que o veículo não oferece dificuldades na manutenção, e muitos dos sistemas são iguais aos da versão a anterior. “Os sistemas de suspensão, freios e arrefecimento são os mesmos do modelo anterior. Uma das únicas diferenças é a tampa da válvula, que agora é de alumínio, assim como o cabeçote e bloco. Os parafusos de fixação dos amortecedores são maiores do que os da versão anterior, estão mais reforçados. Acredito que é porque a roda do novo aro do automóvel aumentou uma polegada”, finaliza.
FICHA TÉCNICA | TOYOTA COROLLA XEI 2018 MOTOR TIPO: 2.0L Dual VVT-i¹ 16V DOHC² Flex (sem subtanque) POTÊNCIA (cv/rpm): 153,6 / 5.800 (abastecido 100% com etanol) TORQUE (kgfm.rpm): 20,7 / 4.800 (abastecido 100% com etanol)
DIMENSÕES Comprimento: 4.620 mm Largura: 2.047 mm | Altura: 1.485 mm Distância entre eixos: 2.700 mm CAPACIDADES Porta-malas: 470L Tanque de combustível: 60L REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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GRUPOS DE OFICINAS por Karin Fuchs | fotos Divulgação
OBJETIVOS EM COMUM
EMPRESÁRIOS SE UNEM POR MAIS CONHECIMENTO Outrora concorrentes, hoje formam parcerias, indicam clientes e executam serviços em suas diversas especializações o longo dos anos, grupos, núcleos e associações de oficinas mecânicas foram formados. Para muitos, o motivo inicial era a vinda da injeção eletrônica, que revolucionou a reparabilidade, e havia uma carência muito grande de informações. Atualmente, os motivos são outros e a união se mantém. “No começo, os participantes se consideravam concorrentes e existia uma cautela nas discussões. Hoje formam parcerias, inclusive, indicando clientes e executando serviços em suas diversas especializações, diz Paulo Albanez (foto ao lado), coordenador 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
estadual de Reparação Veicular e Comércio de Autopeças do Sebrae-SP. Os primeiros grupos de oficinas no Sebrae-SP foram formados em 2014, com a participação de 64 empresários, hoje são 480 e a meta é chegar a 1.000, em 2018, além de mais de 20 mil atendimentos para o setor automotivo no Sebrae-SP. “E a ação mais atual dos grupos é a formação do clube de compras, o que vai permitir uma grande economia nas aquisições dos grupos”, destaca. Entre outras atividades, ele explica que “o objetivo é colaborar no sentido de ampliar e proporcionar uma nova visão dos empresários no
relacionamento, informações que gerem maior participação entre eles e ampliação dos negócios”. Confira a seguir cases de grupos bem-sucedidos. NEA/ARVESC, NÚCLEO ESTADUAL DE AUTOMECÂNICAS/ ASSOCIAÇÃO DE REPARADORES VEICULARES DE SANTA CATARINA A partir do projeto Empreender da Alemanha, implementado em Santa Catarina no início de 1990, surgiram os primeiros núcleos de automecânicas. Unidos, foi criado o NEA, em
Núcleo Estadual de Automecânicas/ Associação de Reparadores Veiculares de Santa Catarina
1998, a partir de três núcleos (Blumenau, Brusque e Joinville), que logo se proliferaram pelo estado catarinense. Hoje, são 360 oficinas associadas. “A formação do núcleo tinha como objetivo a união das oficinas e em como elas poderiam evoluir e se profissionalizar. À época, o trabalho nas oficinas era muito artesanal”, recorda-se o coordenador do NEA/ Arvesc, Roberto Turatti (Billy). Hoje os tempos são outros e os anseios do grupo também. “Eu diria que os três principais são o desenvolvimento técnico, o gerencial e a gestão de clientes. Um tripé, pois nós temos que cuidar da parte técnica, dos resultados da oficina e da parte de clientes”, especifica. Outro foco do NEA/Arvesc está na parte ambiental. “Nós temos um cuidado grande com a questão do meio ambiente e temos alguns quesitos que exigimos por parte das oficinas, dependendo da sua metragem, a licença ambiental ou a conformidade ambiental”, explica. NAC, NÚCLEO DE AUTO MECÂNICAS DA CUESTA Criado em Botucatu (SP), em 2011, e formalizado como uma associação, quatro anos depois, o NAC nasceu com a missão de promover e desenvolver de forma sustentável a reparação automotiva e, desde o início, conta com dez membros. “O objetivo do NAC é ajudar
as empresas do setor de reparação automotiva na formalização, capacitação, segurança no trabalho, descarte correto dos resíduos e gestão empresarial”, informa Silvana Figueiredo, presidente do NAC. Para ela, para alcançar este objetivo, o grupo conta com o apoio do Sebrae, Senai, Prefeitura e outras lideranças dentro e fora do estado de São Paulo. “E estamos para iniciar as negociações com fabricantes e distribuidores para compras em conjunto”, conclui. ARVAR, ASSOCIAÇÃO DOS REPARADORES DE VEÍCULOS DE ARARAQUARA E REGIÃO Em 1995 nasceu a Arvar, que chegou a ter 150 associados e hoje são 50 que contribuem mensalmente para a entidade. “À época, reunimos um grupo de empresários de oficinas e víamos que estávamos à mercê, não tinha quem brigasse pela classe, foi assim que surgiu a ideia da associação”, diz Antonio Donizete dos Santos (Zete), presidente e um dos fundadores. Para Zete, uma das principais
conquistas da entidade foi ter um local próprio para se reunirem. “Nós temos um salão próprio que foi cedido pelo município de Araraquara (SP), com capacidade para 150 pessoas, em um prédio bem localizado na entrada da cidade”. Mas ele também destaca outras conquistas. “Foram muitas nesses mais de 20 anos, como as parcerias com fabricantes e distribuidoras para a realização de treinamentos e os convênios, como os planos de saúde para os associados”. GRUPO DE OFICINAS DE JUNDIAÍ Ramificação da Apor, Associação dos Proprietários de Oficinas de Reparação, que sobreviveu até 2015, o Grupo de Oficinas de Jundiaí reúne vinte empresários da reparação de Jundiaí e região, e começou com o objetivo de atrair as indústrias para obter informações técnicas. “É muito mais fácil um grupo de vinte pedir um treinamento do que isoladamente, e, pelo menos uma vez por mês, nós realizamos treinamentos, sempre com a participação de um fabricante ou de uma empresa especializada”, informa o gestor do grupo, Sérgio Ricardo Ferreira dos Santos. Hoje a demanda principal é na parte de gestão. “As oficinas carecem muito de informações nesta área. Uma oficina é uma empresa, muitos conhecem bem a parte ope-
Núcleo de Auto Mecânicas da Cuesta REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 25
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GRUPOS DE OFICINAS
racional e técnica, mas nem sempre a de gestão, o que elas podem terceirizar ou ter uma pessoa com experiência no estabelecimento. E o Sebrae já me procurou para oferecer um treinamento para o grupo”. AESA-SP, ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS AUTOMOTIVOS DO ESTADO DE SÃO PAULO A Aesa-SP foi fundada em 2003, inicialmente como um grupo de dezoito oficinas, hoje são oitenta empresas. O objetivo é unir a classe, transmitir conhecimentos e proporcionar melhores condições técnicas, administrativas e sociais aos associados. Atualmente, ela realiza reuniões mensais, cursos e palestras. Entre as principais ações, Max Filipe Pavesi, secretário da Aesa-SP, destaca o ferramental, “contamos com um estoque de ferramentas as quais emprestamos aos nossos associados”. E a disponibilidade de manuais e catálogos. “Nós temos um acervo de manuais, CDs e DVDs para os associados, seja para consultar alguma dúvida ou até mesmo para estudar em casa”, afirma. E, ainda, “contamos com os mais atuais sistemas de informações técnicas que englobam a maioria das montadoras. E sempre oferecemos cursos de alta qualidade com
Grupo de Oficinas de Jundiaí 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
instrutores experientes, cursos práticos que facilitam o aprendizado”. GRUPO G6 PNEUS E SERVIÇOS Criado em 2003 com seis lojas participantes, atualmente com treze, o grupo Associação dos Reparadores de Veículos de Araraquara e Região surgiu em São Paulo (SP) para unir forças e vencer dificuldades, inclusive administrativas, a fim de oferecer aos seus clientes qualidade, bons preços e experiência no segmento de serviços automotivos. Em conjunto, diz Mauricio Fabio, administrativo do G6, “nós fazemos negociações e compras, treinamentos, marketing, uniformes para funcionários, troca de conhecimentos técnicos, comerciais e de Associação das Empresas de Serviços ideias sobre o mercado, parcerias Automotivos do Estado de São Paulo com fornecedores, convênios com grupo e de ideais de trabalho que algumas seguradoras para conce- adquiriram credibilidade e confiander descontos a seus segurados, en- ça de seus clientes, fornecedores e tre outros”, menciona. colaboradores”. O grupo se reúne todas as terças-feiras ou quando necessário. E G15, GRUPO DOS QUINZE uma das principais conquistas, diz A eletrônica embarcada foi o Fabio, “foi a consolidação de um que impulsionou a criação do G15, em São Paulo (SP), em 1994, época em que a injeção eletrônica marcava o fim dos carburadores. “Era tudo novidade. Muitos participaram de cursos, treinamentos e eventos. Nesses encontros, alguns criaram afinidades e decidiram montar o grupo”, recorda-se Cesar Samos, membro e ex-coordenador do G15. Hoje, o ponto alto é o intercâmbio técnico, o que envolve várias ações. “Entre elas, todo mundo se ajuda quando um carro na oficina tem um problema, e se alguém con-
segue uma informação, ela é divulgada para o grupo”, cita. Agora, diz ele, “nós estamos vivendo uma segunda revolução, o carro trabalha internamente com redes de comunicação e o desafio é o diagnóstico dos novos sistemas. Já estamos correndo atrás de informações e de novos equipamentos”, antecipa. O nome G15 surgiu pelo ideal de que fossem quinze membros. Começou com doze, chegou a dezesseis, e hoje são treze, sendo que mais da metade dos que formaram o grupo permanecem. “Em comum, todos têm o mesmo perfil técnico, padrão de trabalho similar e a mesma vontade de fazer tudo direito”, revela. GTA, GRUPO TÉCNICO AUTOMOTIVO A eletrônica embarcada também motivou a criação do GTA, em 1995, com dezesseis membros. Hoje são catorze. “Foi por uma iniciativa do Sindirepa-SP que à época reuniu oficinas referenciadas, ligadas às sistemistas. Unir-se em grupos permitia que as informações fluíssem entre eles, para que tivessem acesso às novas tecnologias”, conta Sandro Banderali, um dos fundadores do GTA. Da troca de informações técnicas e de conhecimento, o grupo partiu para a compra em conjunto de peças e equipamentos, como, por exemplo, de scanners. “Alguns tipos de veículos não têm tanta demanda na oficina, o que não justifica a compra do equipamento. A solução mais inteligente é a compra em grupo, rateando o custo e emprestando-o um para o outro”, explica. E mais recentemente para a capacitação. “Em um primeiro momento, o grupo foi formado por
uma dificuldade técnica. Em um segundo, veio a questão da profissionalização, a importância da gestão eficiente, como a criação de métricas para quantificar resultados. Eu diria que esta fase foi mais importante que a primeira fase”, avalia.
do Sebrae”, acrescenta. O grupo também realiza compras coletivas, como por exemplo, de elevadores, óleo de motor e de algumas peças. NEOM GBA – NÚCLEO EMPRESARIAL DE OFICINAS MECÂNICAS DE GUARABIRA Em 2010 nasceu o NEOM GBA, uma parceria do Sebrae-PB, Associação Comercial e projeto Empreender. Hoje, o núcleo reúne entre 16 e 20 empresários que tinham
ROMAT, REDE DE OFICINAS MECÂNICAS DO ALTO TIETÊ Após uma palestra na apresentação do Projeto Aprender Empreender Unir para Crescer, a Romat foi criada em 2001, com o intuito de se fortalecer como grupo praticando o associativismo entre os integrantes. Inicialmente com catorze oficinas, atualmente são sete, das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes, todas de Rede de Oficinas Mecânicas do Alto Tietê São Paulo. Francisco Severiano Alves (Chicomo objetivo o fortalecimento quinho), coordenador da Romat, do segmento com ações coletivas, conta que entre as principais ações como participações em feiras, curdo grupo, que se reúne todas as sesos, palestras, parcerias entre si, gundas-feiras, estão as palestras e os consultorias e ações de Marketing. check-ups. “Que são realizados de Nesses 17 anos, Jacy Viana de forma solidária com arrecadações Andrade Leobino, gerente da Agênde alimentos para doações a enticia Regional do Sebrae de Guariba dades locais”, informa. (PB), cita algumas das principais E da união das oficinas, Chiconquistas: “Foram diversas capaciquinho ressalta que uma das printações técnicas e gerenciais ofertadas cipais conquistas foi a melhoria na por Sebrae e Senai, participação nas parte de conhecimentos adminismaiores feiras do segmento no Bratrativos com o apoio do Sebrae e, sil, consultoria coletiva do Programa Senai. “As oficinas do grupo são 5S e para a construção do Plano de acompanhadas por consultores Gerenciamento de Resíduos”. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 27
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GRUPOS DE OFICINAS
Núcleo Empresarial de Oficinas Mecânicas de Guarabira
Segundo ela, “o núcleo foi reconhecido em nível estadual pelo excelente trabalho, e o objetivo é preparar as empresas para que elas sejam sempre competitivas e estruturadas em redes. Além de tornar a região conhecida como um polo automotivo”, finaliza. NÚCLEO DOS REPARADORES AUTOMOTIVOS DE GURUPI A alta inadimplência do setor e a necessidade de capacitações técnicas foram os principais motivos para a criação do Núcleo dos Reparadores Automotivos de Gurupi (TO), em 2006, que atualmente conta com 25 empresários do segmento, incluindo autopeças. Liliane Pagliarini, analista técnica do Sebrae-TO e gestora do Projeto Serviços Automotivos de Gurupi e região, conta que, além de capacitações e palestras técnicas, os membros já participaram de vá-
Núcleo dos Reparadores Automotivos de Gurupi 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
rias missões técnicas, como a última Automec. “Lá, eles fizeram contatos com vários fornecedores, negócios e investimentos em novas tecnologias e ampliação dos serviços prestados”. E com a união foram implementadas algumas práticas que hoje fazem a diferença nas oficinas participantes do núcleo. “Como práticas de gestão ambiental, gestão empresarial, inovação dos processos e novas tecnologias adquiridas, e o associativismo do grupo”, menciona Liliane Pagliarini. GRUPO DE 350 EMPRESAS, DE PERNAMBUCO Em 2009, um grupo de empresas do setor procurou o Sebrae-PE para apoiá-los na implantação de um programa de qualidade que os levasse a adquirir uma certificação direcionada à melhoria de processos. Atualmente, o grupo é constituído por 350 estabelecimentos das cidades de Recife, Olinda, Abreu e Lima, Paulista, Jaboatão, Camaragibe e São
Lourenço, em Pernambuco. “O objetivo é aumentar a competitividade, por meio do desenvolvimento da gestão empresarial, inovação, empreendedorismo e sustentabilidade”, informa Sybelly Figueira, gestora do Projeto Automotivo do Sebrae-PE. Entre as ações, estão: cursos, palestras, seminários e consultorias, e o Sebraetec, consultorias especializadas e personalizadas na área de inovação. Segundo ela, “com os bons resultados alcançados, empresas de outros municípios também buscaram apoio do Sebrae. Iniciamos um projeto para o segmento em Petrolina e estudamos a viabilidade de iniciarmos um trabalho em Caruaru. Este atendimento ocorre através dos escritórios regionais do Sebrae, nestas localidades”, conclui. OITO GRUPOS, 114 MEMBROS, NO CE As redes de empresas são formadas por grupos com interesses comuns que se unem para a melhoria da competitividade de um determinado setor ou segmento. Foi assim que o primeiro grupo que reúne doze empresários da reparação se uniu, em Fortaleza (CE), em 2006. Hoje são oito grupos, 114 membros, incluindo de outras cidades do estado.
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GRUPOS DE OFICINAS
Grupos não apenas de empresários da reparação, mas que também atuam na linha de acessórios, autopeças e motopeças. “Esta forma busca parcerias que proporcionam competitividade, mais renda, mais lucro, investimento acessível, mais estudos e pesquisas”, diz Felipe Cidrão Cavalcanti Passos, gestor Estadual de Comércio do Sebrae-CE. Ele explica que cooperação entre as empresas é uma forma de torná-las mais competitivas em um mercado cada vez mais complexo. “Por meio de parcerias é possível fortalecer o poder de compra, compartilhar recursos, dividir o ônus de realizar pesquisas tecnológicas e buscar ações de desenvolvimento contínuo das competências gerenciais dos empresários do setor”. OITENTA EMPRESÁRIOS UNIDOS NO ESPÍRITO SANTO Desde 2013, o segmento de reparação automotiva do Espírito Santo vem sendo atendido pelo Sebrae-ES, quando teve início o projeto-piloto de Boas Práticas da Qualidade Setor Automotivo, a partir de solução desenvolvida pelo Sebrae Nacional. O grupo mais recente foi formado no primeiro semestre deste ano e reúne oitenta empresários da Região Metropolitana de Vitória.
No Ceará, 8 Grupos com 114 Membros
“O objetivo é promover a competitividade do segmento de reparação automotiva capixaba, por meio da melhoria na gestão, das práticas de sustentabilidade e do acesso à inovação”, especifica. Entre as ações, estão: cursos, consultorias e palestras de gestão, palestras e missões técnicas. E, apesar do pouco tempo de existência do grupo, ele diz que já é notória a evolução das empresas apoiadas pelo Sebrae-ES no projeto. “Pelos relatos dos empresários, as abordagens do Sebrae junto às suas empresas vêm gerando grandes resultados nas áreas de gestão e na produção”. A FORÇA DA REPARAÇÃO NO MATO GROSSO DO SUL Segundo Daniela Rodrigues, analista da Unidade de Competitividade Empresarial do Sebrae-MS e gestora das ações para o segmen-
Ação promovida por Núcleos de Reparação do Mato Grosso do Sul 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
to de serviços automotivos de 2014 a 2017, em 2016 foram criados três grupos: nas regiões Centro, Centro-Sul e Costa Leste de Mato Grosso do Sul, sem nomes, mas organizados para promover a troca de informações e cooperação. “Anualmente são aplicados diagnósticos de gestão para mensurar o nível de maturidade empresarial e identificar quais são os gaps a serem sanados. A partir da identificação dos pontos de melhoria, são propostas ações de desenvolvimento empresarial com consultorias, oficinas, palestras e cursos”, diz. Ainda conforme Daniela, na região Centro, o grupo é de 25 oficinas mecânicas; na Sul são 16 e na Região Costa Leste,17. “O segmento de reparação automotiva é um dos elencados pelo Sebrae Nacional como prioritários, dada a sua representatividade na economia nacional”. Por fim, ela conta que “no intuito de desenvolver estas empresas de reparação automotiva, o Sebrae/MS captou recursos junto ao Sebrae Nacional para promover ações de capacitação para o segmento, com o objetivo de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios de serviços automotivos no estado, visando o seu fortalecimento e perenidade”.
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NA OFICINA
ELEVADORES por Simone Kühl | fotos Divulgação
QUEDA DE VEÍCULOS NOS ELEVADORES AUTOMOTIVOS
Reparadores contam os problemas e prejuízos que tiveram. É preciso mais atenção, manutenção e cuidado ao posicionar os veículos nos equipamentos
E
m um dia de trabalho normal, você começa a erguer o veículo no elevador em sua oficina e, quando menos espera, ele cai. Temos escutado vários casos relatados no Grupo “O mundo dos mecânicos” no Facebook, em que os profissionais contaram suas histórias, sustos e muitos prejuízos que tiveram. Por isso, todo cuidado é pouco. Segundo os reparadores, é importante estar sempre atento ao correto posicionamento do veículo nos elevadores, aos prazos de manutenção e às medidas de segurança. Ou-
32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
tro fator relevante, mas que muitas vezes passa despercebido, é o seguro nas oficinas, pois em uma situação dessas o prejuízo arcado pode trazer graves problemas também à saúde financeira da empresa. MANUTENÇÃO – Um simples descuido na manutenção dos equipamentos quase causou um grave acidente em uma oficina na cidade de Santa Helena de Goiás (GO), conforme um reparador, que preferiu não se identificar. Por questões de segundos ele não chegou a ser esmagado pelo veículo que caiu do elevador. De acordo com o profis-
sional, existiam dois equipamentos no estabelecimento, um de baixo porte, que suportava 2.000 toneladas, e outro de 4.200 toneladas. Uma semana antes do acidente, um dos reparadores da oficina decidiu trocar a embreagem de uma Zafira (GM) no elevador que não suportava o peso. E mesmo sendo alertado pelos demais companheiros, continuou com o trabalho, e o equipamento só conseguiu subir até metade do caminho. Depois disso, o elevador não foi mais o mesmo, começou a apresentar barulhos estranhos, mas mesmo assim a manu-
tenção adequada não foi realizada. No dia do acidente, o reparador levantou um Fiat Uno para realizar o conserto e, ao sair debaixo do veículo para buscar uma chave, o elevador se soltou de um lado e o carro desabou; por poucos segundos ele se livrou de sérios ferimentos. Só após a oficina ter vivenciado esse perigo real e arcado com o prejuízo da queda do automóvel do equipamento então foi substituído por outro, e a manutenção passou a fazer parte de sua rotina.
R$ 45.000,00, além de ficar com o carro, gastando mais de R$ 9.000,00 para fazer a funilaria. “Com isso, fui obrigado a fechar minha oficina, hoje sou reparador na Usina Clealco”, completa. DETALHES – Já segundo Reunivan Fernandes do Prado, de Goiânia (GO), foram os detalhes que levaram à queda do veículo. O profissional ressalta que o Corsa Classic na parte lateral/frontal tem uma área chanfrada, que se não obser-
vada pode causar o escorregamento dele no elevador. Além disto, o equipamento estava vibrando por estar com o varão (rosca sem fim) empenado, facilitando a queda. Devido a esses detalhes que passaram despercebidos, o carro acabou caindo de uma altura de 1,50 m. “O proprietário do veículo estava presente no momento e dissemos para ele levar o carro a uma oficina de lanternagem e pintura de nossa confiança que arcaríamos
POSICIONAMENTO – O antigo proprietário da oficina, hoje fechada, Carlini Service Car, de Queiroz (SP), Leandro Tadeu Gasparini Carlini, contou que sempre realizava determinados reparos na parte debaixo do motor e no câmbio e, em meados de 2009, ele posicionou uma EcoSport no elevador e começou a levantar o veículo, mas devido à falta de verificação para conferir se ele estava bem posicionado o acidente ocorreu. Carlini relembra que ao erguer o veículo ele percebeu que o equipamento começou a balançar e então quando foi checar percebeu que a sapata do braço do elevador estava muito fora do local indicado: a sapata cedeu, o braço correu e o carro tombou. “Só deu tempo de pular para o lado”, destaca. “A autoconfiança me causou esse problema, e hoje só executo um serviço após verificar se o automóvel está completamente seguro.” Após esse acontecimento, o reparador teve que assumir todos os prejuízos, pagando o valor da tabela Fipe do veículo EcoSport para o proprietário, na época
Veículo caído provalmente resultado de ter sido erguido erroneamente
com as despesas”, lembra. ERRO – Valder Amorim Ribeiro Filho, de Piracuruca (PI), conta que presenciou um acidente em que a falha foi o descuido do reparador. “O profissional errou ao colocar a base do motor do carro, era para ser colocada em cima, e ele colocou embaixo, com isso o elevador acabou baixando e o veículo caiu, por pouco ele não saiu ferido.” A Oficina I. E. Mecânica foi responsável por cobrir os prejuízos do
veículo, algo em torno de R$ 4.000 ,00 em despesas de funilaria De acordo com ele, em seus 10 anos de trabalho na I. E. Mecânica, o elevador (modelo de rosca) nunca havia apresentado nenhum defeito, apenas uma correia embaixo se quebrou, mas a manutenção é um assunto sério para a oficina. Hoje, o reparador abriu seu próprio estabelecimento em Piracuruca, a Auto Center WF. SEGURO - De acordo com MarREPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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NA OFICINA
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Santana reforça que ter um seguro que ampara os carros que estão em poder da oficina é de extrema importância para os proprietários, pois a responsabilidade civil existe independentemente da existência de seguro, ou seja, em caso de danos causados aos veículos por acidentes ocorridos dentro da empresa, roubo ou mesmo incêndio que atinja o local,
o proprietário pode ser responsabilizado civilmente a indenizar os prejuízos causados a terceiros. Essa mesma responsabilidade existe para funcionários que se machuquem no exercício de sua função, em que a cobertura de RC Empregador irá amparar as despesas médicas, bem como indenizações em caso de invalidez ou morte do funcionário, estabelecidas em juízo.
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por Silvio Rocha | fotos Divulgação
TIPOS DE INJEÇÃO - PARTE 1
SISTEMA DE INJEÇÃO SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
O
Conheça as principais características que diferenciam os sistemas de injeção diesel, otto direta e indireta
aumento gradativo das restrições de emissão de poluentes pelos motores de combustão interna provoca uma evolução tecnológica nos sistemas de controle, com isso novas configurações vão aparecendo a cada momento. E acompanhar essas novidades tem sido o desafio da Ciclo Engenharia Automotiva, conforme informa Fabio von Glehn. Até pouco tempo atrás os motores do ciclo otto e do ciclo diesel eram diferenciados entre outras coisas pelo processo de 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
formação da mistura, externa ou indireta no ciclo otto e interna ou direta no ciclo diesel. Outro detalhe que os distinguia era o tipo de operação, com otto usando mistura homogênea e diesel mistura estratificada. Hoje alguns motores otto já usam injeção direta com os dois tipos de operação e decidem sobre o uso de um ou de outro em função de parâmetros de funcionamento do motor. Para entender o que seja formação da mistura externa/indireta ou interna/direta, o especialista
destaca alguns detalhes que podem ser encontrados na imagem: FIGURA A - Injeção monoponto indireta: O combustível é injetado em um ponto único (1) que se encontra antes da borboleta de aceleração (2) e no interior do tubo de admissão (3). Esses sistemas dominaram o mercado no início do uso da injeção eletrônica no Brasil. FIGURA B - Injeção multiponto indireta: O combustível é injetado (1) individualmente em cada cilindro e diferentemente do modelo
NA OFICINA
MOTOR
Handbook Bosch
anterior isso ocorre após a borboleta de aceleração (2), porém ainda no interior do tubo de admissão (3). FIGURA C - Injeção direta: O combustível é injetado (1) individualmente em cada cilindro e dentro da câmara de combustão (4).
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Esse tipo de configuração atende o ciclo diesel e otto de injeção direta. O sistema ciclo otto com injeção direta não é exatamente uma novidade. A própria Ciclo já havia publicado uma matéria em 2001 a respeito do Mitsubishi Carisma GDI. Ou seja, essa “novidade” existe há mais de 16 anos.
A próxima matéria mostrará a diferença entre os tipos de mistura homogênea e estratificada. Não perca!
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NA OFICINA
FREIOS por Silvio Rocha | fotos Divulgação
MISTÉRIO NOS FREIOS TRAVA NAS RODAS DO COROLLA
Um problema difícil de identificar, mas de fácil solução
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ntre todos os casos que já passaram pela oficina SR Motors, de Jundiaí (SP), Sérgio Santos (foto ao lado) destaca um que durou algum tempo até a solução ser encontrada: o problema no sistema de freios do Corolla 2008 que gerava trava nas rodas. O reparador lembra que o cliente chegou à oficina dizendo que toda vez ao sair com o carro nas primeiras freadas as rodas eram arrastadas. “Ele dizia que a roda do lado esquerdo era travada ao pisar no freio. Realizei um teste de percurso e presenciei a situação”.
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Após isso, o reparador desmontou o freio, colocou as campanas em uma máquina de torno e verificou possíveis avarias, encontrando em uma delas uma irregularidade, mas não justificava esse problema. “Liberei o carro ao cliente e depois de trinta dias ele retornou com a mesma reclamação”, conta. O reparador fez os mesmos procedimentos de verificação do sistema, mas nada ainda parecia funcionar. “O veículo ficou indo e voltando da oficina muitas vezes. O carro sempre ficava em torno de trinta dias com o cliente e depois retornava”, informa.
SOLUÇÃO − “Em uma das vezes, notamos que as rodas do lado direito tanto da dianteira como da traseira haviam batido em uma guia; com isso trocamos o rolamento de roda. Pensei que o problema podia ser de um empenamento do cubo também, então fizemos essa troca e nada parecia melhorar. Em uma das conversas com o consumidor, descobri que o carro havia passado por uma manutenção no freio traseiro, mas mesmo assim não foi possível associar à dificuldade”, relembra. Depois de muito “quebrar a cabeça” com esse problema, o reparador relatou para um amigo também
reparador o acontecido. “Ele disse que sabia como resolver essa dificuldade, que a solução era apenas inverter os patinhos de freio. O menor deles estava virado para trás e o maior para a frente, e eu precisava fazer essa inversão. Ele comentou que esse pepino era muito comum nas caminhonetes e caminhões que ele conserta. E para a minha surpresa o problema acabou”, ressalta. O veículo em seguida foi liberado para o cliente e não apresentou mais esse defeito. “Foi um ‘bicho de sete cabeças’ para nós, pois o dono do carro havia comprado ele zero, mas esse meu amigo reparador me ajudou a solucionar esse problema. Por isso, é muito importante estarmos sempre orientando nossos colegas de profissão”, enfatiza.
DICAS – O reparador também faz parte de um grupo de oficinas em Jundiaí (ver matéria de capa na página 24) e fornece dicas para o consumidor final através de sua página no Facebook SR Motors, com vídeos bastante explicativos e de excelente qualidade. Aliás, sua página cada dia mais tem ganhado força e destaque no setor com um alto número de curtidas e compartilhamentos.
NA OFICINA
TRANSMISSÃO colaborou Carlos Napoletano Neto - Diretor Técnico Aptta Brasil
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
FLUIDO DE TRANSMISSÃO QUANDO SUA TROCA É NECESSÁRIA? APTTA Brasil orienta sobre troca do fluido em caso de superaquecimento do motor
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m razão dos constantes questionamentos que o departamento da APTTA Brasil tem recebido sobre a necessidade de troca do fluido da transmissão automática em caso de superaquecimento do motor, a associação explica que essa prática se torna necessária devido ao fato de a transmissão automática compartilhar o mesmo sistema de arrefeci-
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mento do impulsor, o que implica em aumento elevado de temperatura do fluido de transmissão, sendo desta maneira afetado também pelo superaquecimento. Segundo a APTTA Brasil, quando o fluido ATF superaquece, seu processo de oxidação é acelerado, ocasionando geração de verniz, que por sua vez causa patinação dos discos e com-
promete a lubrificação da caixa. É comum perceber após o superaquecimento do motor ligeiros trancos nas mudanças de marcha, indicando que as características do fluido se alteraram em face do superaquecimento. No caso de este fluido alterado ser deixado na transmissão, ela poderá ser queimada, como tem frequentemente acontecido.
EXEMPLO − A figura apresentada mostra uma forma de se processar a troca de fluido da transmissão de maneira prática, incluindo-se neste procedimento a troca do filtro, caso a construção da transmissão permita (filtro acessível por fora). A instalação de um adaptador compatível com as conexões dos tubos de arrefecimento da transmissão torna possível a substituição do fluido ATF de maneira racional e rápida, conseguindo-se assim cerca de 85% de troca de todo o fluido da caixa. CLIENTE − A necessidade desta troca de fluido após intervenção no motor deve ser dita ao cliente, para que ele possa entender a importância deste procedimento para garantir o correto funcionamento de seu veículo com um mínimo de despesas para ele.
TRANSMISS ÃO
CORTE DO RADIADOR PARA VISUALIZAÇÃO DO RADIADOR DE ÓLEO
MOTOR
RADIADOR
ADAPTADOR
NA OFICINA
SUSPENSÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação
DIFÍCEIS DE ENCONTRAR AMORTECEDORES FORD FOCUS 2014
A falta de componentes que atendam as características específicas da montadora dificultou uma resolução que poderia ser rápida e fácil
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uitas vezes os problemas são causados pela dificuldade em encontrar a solução, no entanto, nesse caso em especial, o inconveniente foi gerado pelas singularidades dos amortecedores e pela falta de itens disponíveis no mercado.
PROCEDIMENTOS − Como o veículo tinha 38 mil quilômetros rodados, o reparador conta que o primeiro passo foi verificar os kits dos amortecedores e que ao notar pequenos desgastes, os componentes foram substituídos por itens originais, mas o problema ainda persistia.
Com 36 anos de experiência na área, Rodnei Wilson Lopes (foto ao lado), gerente administrativo e consultor técnico, da Guia Norte Auto Center, da zona norte da capital paulista, que atende a dez locadoras de veículos, relembra um caso que demorou três meses para ser resolvido. “O automóvel Ford Focus 2014 chegou com a reclamação de um barulho na suspensão. Verificamos todo o sistema, entre braços, caixa de direção, terminais e folgas. E visualmente não encontramos nada”.
“O amortecedor não apresentava vazamento, normalmente às vezes identificamos na haste uma coloração diferente, significando que o item está fazendo muito esforço e nessa verificação achamos
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uma folga. O barulho estava nos amortecedores dos dois lados, mas a parte dianteira apresentava um ruído maior”, ressalta. SOLUÇÃO − Com isto, o jeito encontrado foi entrar em contato com a concessionária para a troca do item, mas o tipo de amortecedor do veículo estava em falta e não havia nenhuma outra marca com as características certas para esse componente. Os amortecedores encontrados no mercado eram compatíveis com os modelos até o ano de 2013. “Tivemos que esperar 97 dias para o produto chegar. E ao colocar o amortecedor com o kit original o problema foi resolvido. Tivemos mais três casos parecidos, em que o mesmo diagnóstico facilitou para encontrar a solução”, alerta.
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NA OFICINA
ELÉTRICA colaborou Leandro Marco - Instrutor Senai Uberaba / MG
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
GASTO DE COMBUSTÍVEL
ATENÇÃO AOS ITENS QUE INFLUENCIAM NO CONSUMO Antes de qualquer instalação, lembre-se de verificar os manuais de manutenção do veículo e orientar os clientes sobre as influências das adaptações pós uma crescente moda com o advento de filmes como a série Velozes e Furiosos, tornou-se comum o acréscimo de acessórios em veículos, tais como: Luzes Xenon, Led, e até neon nos assoalhos dos automóveis. Contudo, uma coisa que não é levada em conta, conforme explica Leandro Marco, instrutor do Senai de Uberaba (MG), é a potência elétrica determinada para o veículo e os parâmetros para os quais ele foi ajustado pela montadora. Com isso, os proprietários chegam ao reparador e solicitam a instalação de acessórios, e, por falta de 46 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
conhecimento técnico até mesmo de alguns reparadores, os acessórios acabam acarretando problemas diversos no veículo. Um deles é o consumo elevado de combustível. RELAÇÃO – Ao analisar a relação dos acessórios de funcionamento elétrico com o aumento de consumo de combustível, pode-se perceber que a questão relevante é a potência elétrica, em watts. Cada componente elétrico tem sua potência expressa em watts, uma lâmpada de setas possui 21 watts em 12 volts, que consome uma corrente elétrica de 1,75 ampere. E, à medida que o cliente vai acrescentando acessórios
ao veículo, o consumo de energia vai exigindo uma fonte geradora maior, neste caso o alternador. C
No caso, o alternador apresenta a descrição da capacidade em corrente elétrica (ampere) de um mesmo utilizado no Vectra e Astra 2.0. Este alternador produz uma potência de P= VxI/ 12,6x120 = 1,512 watts, que representam 2,03hp (cavalos de força). Ou seja, trouxe para o carro um peso de 2,03 hp. Geralmente este modelo é adaptado em algumas oficinas em veículos 1.0 litro para suprir a demanda de consumo elétrico dos acessórios, como som e potências de som, iluminação alterada, etc.
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Neste caso, teremos um veículo que teve seus parâmetros determinados para um alternador de menor capacidade, seus consumidores elétricos originais não afetariam o sistema de carga e partida do automóvel. Além do consumo elétrico, o peso das caixas de som e alguns itens de acessórios agregaram valores para alteração do consumo de combustível. Pois você tem um veículo de 70 hp, do qual foram tirados 2,03hp, e que agora tem que exercer mais força para movimentar-se para uma ultrapassagem, etc. Devido a estas adaptações, o automóvel passa a consumir mais combustível. Neste caso é necessário alertar o cliente antes da decisão de instalar acessórios e/ou realizar quaisquer modificações ANUNCIO-REVISTA.pdf no veículo.1 11/08/2017 18:01:46
INFLUÊNCIAS – Entre os itens que influenciam no consumo elevado de combustível estão: ar-condicionado entre 4 hp, alternador de 120 A – 2,03hp, direção hidráulica – 1,8 hp em linha reta e 4,2 hp em manobras. Atenção: O veículo que vem completo de fábrica possui alterações de software e motor. Um automóvel completo de fábrica possui
as medidas internas do motor com algumas alterações, a exemplo o comando de válvulas, com abertura maior, o mapa de injeção oferecendo melhor performance. Lembre-se de verificar os manuais de manutenção das montadoras e deixar seus clientes informados antes das adaptações.
MESTRES DA REPARAÇÃO
MONTIBELLER por Simone Kühl | fotos Leonardo Gepp
NA VIDA E NA FAMÍLIA
A REPARAÇÃO SEMPRE FEZ PARTE DE SEUS DIAS Há quase setenta anos na profissão, reparador conta sua história e revela que a paixão pela reparação já chegou à terceira geração da família Montibeller
C
om 80 anos de idade e quase 70 deles de profissão, o reparador Antônio Sérgio Montibeller começou a se apaixonar pelo trabalho ainda quando criança. “Eu já nasci dentro da oficina, meu pai era profissional da área e eu acabei tomando gosto pela carreira. Hoje não me imagino em outra coisa, pretendo continuar nessa área até quando Deus permitir”, ressalta. O reparador conta que iniciou a carreira com 11 anos de idade e teve seu primeiro trabalho aos 12. 48
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“Meu primeiro trabalho foi em uma firma chamada Albano Martins Cabrita, também trabalhei na Mecânica Sarra e na Volkswagen, e com 17 anos decidi abrir meu próprio negócio. Hoje sou proprietário da Centro Automotivo Vera Lucia Ltda., na Lapa, em São Paulo (SP)”, enfatiza.
Gado. Mas o desenvolvimento do projeto de carro a álcool no País, entre os anos 1978 e 1979, no Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos (SP), foi o que mais me deu prazer, fui até cumprimentado pelo presidente do Brasil na época”, relembra.
Entre todos os trabalhos que o reparador se envolveu ao longo dos anos, o motivo de mais orgulho para ele foi fazer o Brasil começar a andar com carros a álcool. “Consertei automóveis para muitas pessoas importantes, como o Rei do
TRABALHO − Montibeller revela que gosta de desempenhar todos os serviços na oficina, mas sua paixão está mesmo em trabalhar com carros antigos. “Tenho fregueses que me acompanham há setenta anos”, salienta. Para se atu-
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MESTRES DA REPARAÇÃO
MONTIBELLER
alizar no mercado, além dos cursos já feitos no setor, o profissional gosta de acompanhar as revistas de automóveis e ler bastante. LEGADO – Assim como seguiu os passos de seu pai, seu filho acompanhou os seus passos. Eu mostrei para ele quais eram as dificuldades da profissão, mas o amor pela reparação falou mais alto. Ele começou trabalhando comigo ainda criança também e, em setembro de 2006, eu ofereci meu outro armazém para que ele dirigisse seu próprio negócio”, informa. CASOS – Entre todas as experiências já vivenciadas, o reparador lembra de uma história que rendeu boas risadas, quando trabalhava em uma concessionária Volkswagen. “Um carro havia chegado para a revisão e meu chefe me pediu para que fizesse esse trabalho; após verificação entreguei o automóvel para o cliente e, passada uma hora ele voltou com sua mulher reclamando de um barulho ‘violento’ na frente”, explica. “Meu chefe me chamou e juntos começamos a dar uma olhada no carro; ao abrir o capô algo pulou de dentro dele e vimos apenas a mulher do proprietário correndo na oficina gritando ‘meu bichano’. Neste momento percebemos que, quando o cliente chegou em sua casa com o automóvel, durante um breve momento em que conversava com sua mulher, o gato se escondeu dentro do capô, e o problema não estava na revisão. Me recordo até hoje dessa história”, conta. TRADIÇÃO – Seguindo a tradição da família, Roberto Ghelardini Montibeller conta que seu avô tam50
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Montibeller gosta de desempenhar todos os serviços, mas sua paixão está nos carros antigos
Roberto Ghelardini Montibeller (filho) e Antônio Sérgio Montibeller: paixão que atravessa gerações
bém era reparador. “Mas naquela época os conceitos e tecnologias eram diferentes, ele transformava caminhões de guerra em carros de lixo. Hoje a reparação mudou muito, a cada momento surgem novos modelos e tendências nos automóveis”, reflete. “Por isso, eu gosto mais de trabalhar com veículos novos, já meu pai se dedica mais aos carros antigos”, emenda. Hoje, administrador de sua própria oficina, High Tech Service, também na Lapa, em São Paulo (SP), sua carreira como reparador começou na empresa de seu pai, onde trabalhou por 22 anos. “Du-
rante esse tempo cheguei até a atuar em outros setores, mas a paixão pela reparação me fez voltar e seguir firme nesse negócio”, conta. Roberto diz que para isto estudou muito. “Fiz cursos no Senai, participei de palestras e também pertenço a um seleto grupo de oficinas, o GOE (Grupo de Oficinas Especializadas), busco sempre me atualizar às novidades do mercado”, destaca. “Apesar das divergências de pensamentos, sempre estamos nos ajudando, às vezes ele me manda uns clientes quando está com muito trabalho e às vezes sou eu que mando”, finaliza.
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