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reparacaoautomotiva.com.br
EDIÇÃO 99 Novembro de 2016
A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO
BALCONISTAS E
REPARADORES Como a união desses grandes especialistas pode criar novas oportunidades para todos e garantir o futuro da reposição automotiva
NOVIDADES DO SALÃO Novas gerações de motores chegarão em breve nas ruas
REPARAÇÃO EM FOCO
A importância de atender bem e conhecer os diversos públicos
PIONEIRO DOS PAMPAS
As histórias do eletricista que ficou famoso nas Mil Milhas
MANUAIS DO FUTURO
A realidade aumentada será a nova ferramenta das oficinas
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES
SUMÁRIO
EDIÇÃO 99 | NOVEMBRO 2016
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reparacaoautomotiva.com.br reparacaoautomotivaoficial
04 ENTREVISTA
O futuro do comércio de peças
06 NOVIDADES
As últimas notícias do setor
08 INDICADORES
Como usá-los para sair da crise
10 GESTÃO
O desafio de fidelizar os clientes
12 NEGÓCIOS
Atender bem é fundamental
14 PERFIL
Promovendo a união de todos
16 CAPA
Parcerias entre varejos e oficinas
07
20
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20 ESPECIAL
A chegada das novas tecnologias
24 OFICINA
Carro novo com motor destruído
26 AIRBAG
Como desmontá-lo sem receio
28 HISTÓRIA
O desenvolvimento do freio ABS
30 FUTURO
Ampliando os limites da visão
32 MESTRES
Uma vida dedicada à reparação
Diretores Carlos Alberto de Oliveira carlos@znews.com.br Flávio Guerra guerra@znews.com.br REDAÇÃO Coordenador Editorial Douglas Cavallari (MTB 28.890) Redator-Chefe Alexandre Akashi (MTB 30.349) Revisor Geuid Dib Jardim ARTE Designers Ezequiel Leão, Fausto Rapassi Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Helena de Castro helena@znews.com.br Richard Faria richard@znews.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br
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A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.
Corteco 11 Fabrini 10 Fram 27 Hella 31 Idemitsu 09 King Tony 19 Meca Brazil 25
Motorcraft 02/35 Ranalle 07 Raven 15 Sincopeças 34 Takao 13 Urba e Brosol 36 ZNews 29
ENTREVISTA | SINCOPEÇAS-SP
A PEÇA CERTA, NA HORA CERTA
por Alexandre Akashi | foto Divulgação
Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, fala sobre a importância da relação entre varejo e oficinas, e o papel da tecnologia como agente facilitador
No mês de novembro comemora-se o Dia do Balconista de Autopeças. Importante parceiro de negócios dos reparadores, o varejo de autopeças é o braço direito das oficinas pois exerce função além do fornecimento de componentes. “O reparador conta com o varejista para ter a peça certa na hora certa”, afirma Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP. Em entrevista exclusiva para o Reparação Automotiva, o presidente conta os desafios da profissão e como a tecnologia tem auxiliado a aprimorar o relacionamento entre varejo e oficinas. 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Reparação Automotiva - Como o senhor classifica a parceria entre o varejo e as oficinas? Francisco de La Tôrre - Parceria antiga que se mantém pelo relacionamento de confiança que atravessou décadas. O reparador conta com o varejista para ter a peça certa na hora certa na sua oficina. Foi desta forma que o mercado de reposição se formou e se desenvolveu. Formado predominantemente por empresas familiares, as lojas e oficinas estabeleceram uma parceria sólida mantida até hoje. Claro que houve muitas mudanças importantes e que trazem novos desafios.
RA - Qual papel a tecnologia exerce neste relacionamento? Ajuda ou atrapalha? Francisco de La Tôrre - Como citei anteriormente, a tecnologia ajuda bastante, facilita a comunicação, permite a criação de novos canais e pode ser muito útil. É preciso analisar a melhor possibilidade para o negócio e investir. O varejo, com portal de vendas, pode expandir a sua área de atuação e vender para outras regiões. Isso é muito positivo, mas o empresário precisa saber que esse canal demanda investimento e equipe de profissionais para mantê-lo ativo e atuante.
RA - Quais? Francisco de La Tôrre - A própria diversificação da frota é uma delas, que provocou aumento substancial de itens na reposição. Também vemos novos modelos de negócios. Mas talvez o que será mais impactante está por vir com as novas tecnologias e a própria maneira do consumidor utilizar o veículo. Contudo, a parceria entre loja e oficina permanece fortalecida.
RA - Com a tecnologia, é possível romper barreiras de distância e até mesmo culturais? De que forma? Francisco de La Tôrre - Vemos isso acontecer a todo instante. Conseguimos nos comunicar rapidamente com pessoas de qualquer lugar. A tecnologia realmente aproxima e rompe fronteiras. Isso acontece em todas as áreas. O que o empresário precisa é saber utilizar esses recursos da melhor forma para atender as necessidades do seu negócio.
RA - De que forma é possível aprimorar ainda mais o relacionamento entre varejo de autopeças e oficinas? Francisco de La Tôrre - Sempre há como melhorar, seja no atendimento, entrega, estudar formas de facilitar o pagamento para clientes cativos. Hoje, com a internet, o pedido pode ser feito pelo WhatsApp, por exemplo. Criar meios de comunicação rápidos e ágeis.
RA - A crise econômica afetou as vendas no varejo de autopeças? Em quanto? Francisco de La Tôrre - Sim, a crise afetou devido à queda acentuada do emprego, diminuindo o poder aquisitivo, e, consequentemente, fez com que o consumidor tivesse menos recursos para gastar. Ainda que o mercado de reposição atenda às necessidades
da frota em circulação que puxa a demanda, o cenário desfavorável faz com que a pessoa compre somente o que realmente precisa. Quando falamos de reposição automotiva, isso significa que a pessoa só troca o que realmente precisa no carro, deixando de fazer outros serviços. RA - Qual o balanço de 2016? Francisco de La Tôrre - 2016 foi um ano muito diferente por causa da crise econômica e política. A situação melhorou depois do desfecho do impeachment da presidente. RA - Qual a tendência de mercado para 2017? Francisco de La Tôrre - Para 2017, esperamos um ano melhor, mas ainda depende muito dos novos acontecimentos políticos. RA - Este mês se comemora o Dia do Balconista de Autopeças. Quais as mais recentes conquistas deste profissional? Francisco de La Tôrre - O setor como um todo sai da informalidade, o que dá mais segurança ao profissional do varejo. A tecnologia possibilita acesso a catálogos eletrônicos, facilitando as consultas e permitindo uma venda mais assertiva e ágil. Além disso, o profissional, que se dedica e tem conhecimento técnico, é valorizado. O balconista é o cartão de visita da empresa, faz o primeiro contato com o cliente, sem dúvida, tem um papel essencial para o negócio. Uma das conquistas é o próprio reconhecimento do mercado ao criar uma data específica para celebrar o dia deste profissional. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 05
NOVIDADES | PRODUTOS E INFORMAÇÕES
BOMBAS DE ÓLEO
O
mercado de reposição acaba de ganhar novas bombas de óleo para a linha leve da Fiat, Ford e GM com a marca Pierburg, do Grupo Rheinmetall. As novas bombas atendem os motores da Fiat 1.6L E.TorQ 16V Flex aplicado no Idea, Novo Palio, Palio Weekend, Punto, Siena, Grand Siena e Strada, produzidos a partir de 2011, e 1.8L E.TorQ 16V Flex utilizado nos modelos Bravo, Doblo, Idea, Línea, Palio Weekend, Punto e Strada a partir de 2011. Para a Ford os lançamentos são para os motores Supercharger 1.0L que equipam os modelos Ecosport e Fies-
ta e nos motores Zetec Rocam 1.0L e 1.6L aplicados no Fiesta, Ka, Courie, Escort, Focus e Ecosport. Já na GM os novos produtos são aplicados nos motores Econoflex 1.8L,
1.0L, SPE/4 1.0L, 1.4L, 1.6L MPFI, 1.0L VHCE Flexpower que atendem os veículos Corsa, Celta, Agile, Cobalt, Spin, Onix, Prisma, Montana, Meriva, Classic e Tigra.
CURSOS GRATUITOS NA INTERNET
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ma boa opção de capacitação é o curso de velas aquecedoras online que a NGK está ofertando. Na verdade, são cinco novos vídeos que podem ser acessados gratuitamente pelo site www.ngkntk.com.br e que destacam a aplicação, desinstalação, manuseio e uso da peça, tudo de maneira bem didática. O participante recebe no final um certificado da empresa. O site da NGK também dis-
PAIXÃO PELO AUTOMOBILISMO
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ara quem gosta de história de carros de corrida, o catálogo da Imagens da Terra é imperdível. Localizada em Porto Alegre, a editora conta com diversos títulos que registram a época de ouro do nosso automobilismo. São livros como “Automobilismo Gaúcho – Levantando Poeira”, “Rallye Volta da América”, “Circuitos de Rua – 1908/1958”, “12 Horas – História e Estatísticas”, “Tarumã – Uma História de Velocidade”, “Das Pistas para a História”, “Pedro Carneiro Pereira – O Narrador de Emoções”, entre outros títulos. Os pedidos podem ser feitos pelo e-mail imagensdaterra@gmail.com ou pelo telefone (51)99985-8278. 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ponibiliza aulas sobre cabos e bobinas de ignição, sensores de oxigênio e terminais supressivos. Outra oportunidade é a série de vídeos“Palavra de Especialista Nakata”, da Nakata. O material está disponível no YouTube e apresenta temas sobre a manutenção do sistema de suspensão, direção, freios e motor. Os interessados devem acessar https://www.youtube. com/user/ComponentesNakata.
LÂMPADA DE VIDA LONGA
A
caba de chegar ao mercado a lâmpada Philips LongLife EcoVision, que segundo o fabricante oferece durabilidade até quatro vezes maior quando comparada com as convencionais do automóvel. O segredo, de acordo com o fabricante, é a tecnologia de quartzo de vidro de alta resistência e bloqueio de raios UV. A Philips LongLife EcoVision pode ser encontrada
nas principais lojas de autopeças nos tipos H1, H4 e H7, compatíveis com a grande maioria dos carros vendidos no Brasil.
E-CLUTCH
A
Bosch promoveu em outubro, durante o 25º Congresso e Mostra Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade, em São Paulo, tests drives em um veículo protótipo equipado com o electronic Clutch System (e-Clutch), sistema que aciona a embreagem de forma eletrônica e a troca da marcha é realizada manualmente. De acordo com a Bosch, a nova tecnologia possibilita a economia de combustível de até 5%, e pode vir com sensores no trambulador e assim dispensar o pedal da embreagem.
E-CLUTCH 2
N
o mesmo evento, a Shaeffler apresentou protótipo de um sistema de acionamento robotizado da embreagem similar ao da Bosch. Porém, o sistema da Schaeffler não elimina o pedal de embreagem, e funciona como o acelerador eletrônico: um sensor no pedal capta o movimento e informa o módulo da embreagem a intenção do motorista de trocar de marcha, e assim desacopla o motor da transmissão.
INDICADORES | AUDATEC por Sergio Duque | foto Divulgação
EM TEMPOS DE CRISE É FUNDAMENTAL ESTAR BEM INFORMADO Muitos apostam que o próximo ano será muito melhor, mas que lições podemos tirar dos momentos difíceis?
A
o final de 2016, estima-se que o faturamento das indústrias brasileiras com a produção de autopeças para o mercado de reposição movimentará apenas US$ 4,2 bilhões. Para dar uma ideia do tamanho da retração, cinco anos atrás, essas empresas haviam faturado quase o dobro, superando os US$ 8,2 bilhões. Se forem questionados sobre a crise, muitos executivos reforçarão aquele discurso de sempre: conseguimos aumentar a nossa participação mesmo com um baixo volume de negócios, nossos concorrentes perderam mais, ganhamos novos clientes no exterior, passamos a vender mais serviços, e outras coisas do gênero. Mas os pontos que interessam 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
são outros. Quantas empresas usaram a inteligência de mercado para administrar os seus diferenciais competitivos? Quais atingiram os objetivos planejados com menor esforço? As equipes comerciais foram mobilizadas de maneira estratégica ou apenas como uma força tática? DIFERENCIAL - De uma forma geral, sobressai-se nas crises quem possui, valoriza e sabe usar um sistema de informações organizado e atualizado, capaz de apoiar as decisões mais importantes. Também não é necessário gastar milhões. Num passado não tão distante, muitos se baseavam nos relatórios das equipes de vendas.
O fundamental é a empresa criar uma cultura onde a consulta sistemática dos dados seja valorizada. Seus gestores devem ser exigidos a praticar o exercício contínuo da busca do conhecimento. No mundo atual, diante da complexidade da economia, não é possível tomar decisões a partir de intuições e experiências. Compreendido esse papel estratégico da informação, é possível adquirir soluções de análise de mercado, desenvolvidas a partir de cálculos extremamente confiáveis, por valores muito competitivos. No setor de autopeças, por exemplo, a Audatec (www.audatec.com.br) oferece opções que custam menos de R$ 1.000,00 por mês.
GESTÃO | FIDELIDADE por Érick Facioli | foto Divulgação
QUALIDADE E INOVAÇÃO GARANTEM O SUCESSO DA OFICINA
N
Para se destacar diante de uma concorrência em crescimento e sobreviver a qualquer crise, é preciso trabalhar cada detalhe
as últimas décadas, uma das palavras mais repetidas em cursos, palestras e livros sobre administração dos negócios é “qualidade”. Diante de um mundo cada vez mais complexo e exigente, não temos dúvidas de que as “bocas
de porco” estão com os dias contados. Mas, por outro lado, com tanta gente oferecendo serviços parecidos, como fidelizar os clientes? Para Ingo Pelikan, presidente do Instituto da Qualidade Automotiva, o segredo é trabalhar cada detalhe
da cadeia de produção. Não adianta, por exemplo, ter ótimas instalações e reparadores experientes se o atendimento é ruim e os preços estão fora da realidade. Atualmente, é preciso repensar a cada dia, buscar inovações e ouvir a voz do mercado.
Para o australiano Steve Denning, autor de vários livros de sucesso sobre gestão e liderança, a fidelização dos clientes passa por um conjunto de ações:
Esse será o seu maior diferencial. Serviços de qualidade, pessoal treinado e equipamentos caros o seu concorrente também pode ter.
quem são os seus clientes atuais e potenciais, onde estão e o que desejam.
ATENDA O CLIENTE COMO ELE GOSTARIA DE SER ATENDIDO: conheça muito bem o seu público para oferecer tudo o que ele precisa.
DIRECIONE O FOCO PARA O CLIENTE CERTO: suas ações estratégicas devem estar concentradas no seu público-alvo. Nunca perca esse foco. Mas, para isso, é preciso saber muito bem
Es
CLIENTES FIÉIS MERECEM TRATAMENTO ESPECIAL: aquelas pessoas que o acompanham há vários anos precisam ter vantagens exclusivas. Numa crise, elas dificilmente o abandonarão e poderão garantir a sobrevivência da sua empresa.
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Divisão de Reposição
NEGÓCIOS | | REPARAÇÃO EM FOCO por Alexandre Akashi | foto ZNews
ATENÇÃO AO CLIENTE CADA DETALHE FAZ MUITA DIFERENÇA Mais de 150 reparadores do interior paulista participaram de uma palestra sobre como atender melhor os clientes
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a véspera do feriado, no dia 1º de novembro, um grupo de mais de 150 reparadores de Americana e região, no interior de São Paulo, não foi para casa descansar. Ao invés disso, participaram de palestra sobre a importância do bom atendimento ao cliente, ministrada pela consultora empresarial Roberta Sodré, especialista no desenvolvimento de novos negócios. Promovido pela ZMix Marketing Integrado e a revista Reparação Automotiva, em parceria com a Braga Peças, o encontro faz parte do projeto “Reparação em Foco”. A iniciativa tem como objetivo 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ampliar os conhecimentos empresariais e técnicos dos profissionais do setor, sejam eles proprietários de oficinas ou colaboradores. Bem à vontade e em sintonia total com a plateia, Roberta abordou até temas bastante controversos, diante dos quais muitos ainda “torcem o nariz”, como o atendimento a pessoas homossexuais, transexuais e afins. “O Facebook possui 56 opções de gêneros”, informou Roberta. “Vocês precisam saber lidar com todos eles”, complementou. TALK SHOW - Ao final, Roberta conduziu um talk show com os convidados, de forma a ampliar a
troca de experiências sobre o atendimento aos clientes. Participaram José Natal (Mega Car) e Luis Carlos Bailone (Luizinho Reparações Automotivas), ambos de São Paulo; Silvana Figueiredo, da Só Freios Suprema, de Botucatu; e Sérgio Santos, da SR Motors, de Jundiaí. A primeira edição do projeto “Reparação em Foco” realizada no estado de São Paulo foi finalizada com o sorteio de diversos brindes, oferecidos pelas empresas patrocinadoras: Brosol, Corteco, Idemitsu Lubrificantes, MANN-FILTER, Urba e ZF. Nos próximos meses, a iniciativa chegará a outras cidades brasileiras.
PERFIL | INTERIOR PAULISTA por Érick Facioli | fotos ZNews
SÓ FREIOS SUPREMA
APOSTA NO FORTALECIMENTO DO SETOR Oficina acredita que a união entre os empresários da reparação é decisiva para se atualizar, atender cada vez melhor e crescer
P
ara Wagner Thomassoni Figueiredo, três princípios são fundamentais na relação com os clientes: organização, honestidade e seriedade. O reparador também destaca que um planejamento bem feito deve estar, sempre, na base de tudo. Foi com essa visão que ele e a esposa Silvana escolheram, há 28 anos, a cidade paulista de Botucatu para empreender. “Verificamos que a cidade tinha uma grande frota de veículos e muitas subidas e descidas, o que indicava um maior desgaste nos freios. Mas não contava com oficinas especializadas, que ainda eram uma novidade na época”, explica Silvana, que também é sócia no negócio. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Quando se instalou em Botucatu, em uma área de 400 m², Wagner trazia uma experiência de onze anos na oficina do tio, em Jundiaí (SP). Silvana havia trabalhado no setor contábil de uma multinacional. Hoje, a Só Freios Suprema está instalada em um prédio de 1.500 m², tem doze funcionários e, desde 1995, faz parte da rede Bosch Car Service. “Acredito que o segredo do nosso crescimento seja a constante atualização e a capacitação dos funcionários, além da forma sincera e honesta como tratamos os clientes. Nem falo em bom atendimento, pois acredito que isso seja uma obrigação”, explica Wagner.
SETOR FORTE - Os donos da Só Freios também têm uma visão ampla sobre a reparação automotiva e acreditam que o fortalecimento de todos é decisivo para o sucesso do próprio negócio. Por isso, foram um dos fundadores do Núcleo de Auto Mecânicas da Cuesta. O NAC trabalha em parceria com prefeituras, entidades e fabricantes. Investe na capacitação técnica e administrativa dos associados, em segurança do trabalho, na responsabilidade ambiental e promove várias ações com a população. “Buscamos a valorização dos reparadores, mudando a cultura e o ambiente de trabalho. Todos saem ganhando”, explica Silvana.
CAPA | VAREJOS E OFICINAS por Alexandre Akashi | fotos ZNews
BALCONISTAS E REPARADORES
A UNIÃO FAZ O SUCESSO
Quando a relação de compra e venda de autopeças vai além da troca de mercadoria por dinheiro, resultado para ambos é sempre vantajoso
H
á mais de 30 anos, Julio Cesar Pinheiro trabalha como reparador automotivo. Atualmente, é dono do próprio negócio, a oficina Julinho’s Car, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde sozinho atende em média 20 carros por mês. Por escolha própria, não tem funcionários. “Assim mantenho tudo organizado do jeito que gosto, sei onde estão todas as minhas ferramentas, e consigo dar 180 dias de garantia
16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
do meu serviço, sem me preocupar se realmente tudo foi feito do jeito correto”, afirma Julinho. A garantia estendida é um diferencial da oficina que só foi possível depois que o reparador fez parceria com a Macedo Autopeças, loja onde compra 100% dos componentes que aplica nos veículos que faz manutenção, seja preventiva ou corretiva. “Não compro em outro lugar”, diz ao comentar que dezenas de promo-
tores de vendas de outras lojas já ofereceram descontos e vantagens para trocar de fornecedor. “Não é preço, é confiança”, explica. Julinho conta que a parceria nasceu há sete anos e sempre que o cliente diz que prefere comprar as peças por conta própria, recomenda a loja parceira. “Se vierem de lá e forem das marcas que eu especifiquei, damos 180 dias de garantia, na peça e na instalação,
pois sei que os produtos são de boa qualidade, têm procedência e confio na minha mão de obra”, afirma. “Mesmo se as peças derem defeito depois de 90 dias, conseguimos fazer a troca, por conta da parceira com a loja”, explica. Outra vantagem da parceria é a comodidade. Julinho conta que não precisa se preocupar em encontrar o componente que precisa, mesmo quando a peça é de baixa procura, como os coxins do motor dos Honda Civic mais antigos. “O que eu preciso eles buscam para mim e me entregam”, afirma. O fato de trabalhar sozinho e não precisar se preocupar com folha de pagamento dá a Julinho uma vantagem extra: poder recusar serviço caso não concorde com a filosofia de manutenção do dono do carro. “Já tive diversos casos de motoristas que chegaram aqui com peças que eu sei
CARBWEL
Na zona Norte de São Paulo, a Carbwel Autopeças investe há anos no relacionamento com as oficinas que diariamente a consulta em busca de peças de reposição. Com mais de 25 anos de mercado, já realizou diversas ações e eventos para os reparadores, desde competições de pesca esportiva a campeonatos de futebol,
que não prestam e fiz trocar ou comprar novas, na Macedo, assim como já tive casos que recusei o serviço, pois eu não confiava nas peças que trouxeram”, diz. “Se o dono do carro quer arriscar a vida dele, o problema é dele, eu como profissional não preciso arriscar a minha, pois se eu instalar e der problema, vão culpar quem instalou”, afirma. Com essa estratégia de trabalho, Julinho não estoca nada na oficina, nem mesmo componentes de alta rotatividade como óleo, filtros e velas. “Tudo que preciso eu peço e chega aqui em uma hora, no máximo”, diz. “E quando eu especifico a marca, sabem que é para mandar a exigida, mesmo que seja genuína. Eles buscam na concessionária e trazem para mim”, explica ao comentar que só utiliza óleo lubrificante recomendado no manual do proprietário do veículo.
assim como festas de fim de ano e treinamentos intensivos com diversas palestras técnicas ministradas em um único dia. “Foram atividades que conseguimos realizar sempre com o apoio das fabricantes de autopeças, e serviram para estreitar relacionamento com os reparadores, oferecendo a eles algo a mais do que o simples contato comercial”, afirma Carlos Gomes de Moraes (Carlinhos), diretor comercial da Carbwel. Atento às necessidades dos reparadores e ao desenvolvimento tecnológico dos veículos e meios de comunicação, Carlinhos ampliou o atendimento dos vendedores que passaram a ser verdadeiros consultores aos clientes. “Percebemos que com ferramentas simples e de
uso diário conseguimos ajudar muito no processo de identificação do código da peça, e assim evitar a aplicação do componente errado”, diz. A solução encontrada foi a utilização dos aplicativos WhatsApp e Sinesp Cidadão. “Todo mundo usa o WhatsApp, assim passamos a vender peças pelo aplicativo. Mas muitos erravam na hora de pedir a peça, assim descobrimos que o Sinesp Cidadão informa o modelo e ano do veículo a partir do número da placa. Começamos a pedir o envio de foto com o número da placa do carro, e assim conseguimos identificar exatamente qual o carro do cliente. Com essas informações zeramos o número de pedidos errados”, explica Carlinhos. O uso do Sinesp Cidadão é, inclusive, uma ferramenta bastante útil para o reparador, pois além de REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 17
CAPA | VAREJOS E OFICINAS
informar o modelo e o ano do veículo, permite consultar a situação de roubo ou furto de qualquer veículo do Brasil, por meio de consulta no banco de dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), e dessa forma se precaver antes de realizar algum tipo de serviço. Cliente da Carbwel há mais de 10 anos, Antonio Simão Domene (Toni), proprietário da oficina Auto Check-up, na Vila Maria, conta que todas as iniciativas tomadas por Carlinhos são bem-vindas, e o que re-
BRAGA PEÇAS
Quem também investe no relacionamento com os clientes é a Braga Peças, de Americana (SP). Com mais de 10 anos de mercado, o diretor Max Pavesi sabe que não basta apenas atender bem. “É preciso ser parceiro, pois só assim se consegue fidelizar o cliente”, afirma Max. O empresário conta que frequentemente treina os vendedores, para que estejam atualizados e falem a mesma língua dos reparadores. “Antes de tudo é preciso mostrar afinidade, confiança e segurança. Nosso trabalho não é vender, é ajudar”, diz. 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
almente cativa é o atendimento da equipe da loja. “Além de ter uma quantidade muito grande de peças em estoque, com muita variedade, nunca te deixam na mão e, se precisar, correm atrás para ajudar o quanto antes”, afirma. Outro benefício da loja, segundo Toni, é o rápido processo de garantia. “Faz online, via celular. Bato uma foto da peça ruim e logo trazem uma nova. É muito prático, fácil e ágil”, afirma ao comentar que tudo isso tem custo e não se incomoda de pa-
gar. “Porém, o preço é na média do mercado”, revela. Para quem é acostumado a comprar somente de distribuidora, Toni comenta que nem sempre é o melhor negócio. “Temos de vender mão de obra. A compra em distribuidora pode até ser mais vantajosa financeiramente, mas é preciso comprar em quantidade e nem sempre é interessante manter estoque, pois é dinheiro parado”, diz Toni. “Comprando no varejo evito desperdício”, completa.
Com essa filosofia, a Braga Peças organiza, sempre que necessário, palestras técnicas para os reparadores, com objetivo de ampliar os conhecimentos dos clientes, e, além disso, oferece suporte com material técnico, como diagramas, em diagnósticos e programações. “Contamos com scanners de diversas marcas e montadoras na loja. Se o reparador-cliente precisar de algo específico, nós auxiliamos”, afirma Max ao comentar que não cobra pelo serviço. “O mais importante é que o carro esteja pronto no
menor tempo possível e os clientes fiquem satisfeitos”, diz. Max comenta que a iniciativa tem dado bastante certo e já pensa em expandir o serviço para uma consultoria mais ampla. “Em breve contaremos com o Dr. Mecânico, um programa em que um técnico vai até a oficina e auxilia o reparador a encontrar o defeito e até consertar o veículo”, explica Max. A ideia é, segundo Max, agregar valor à compra da peça, uma vez que o Dr. Mecânico será um serviço pago. “O valor da consultoria varia de acordo com a fidelidade do cliente, volume de compra, assiduidade em pagamentos, entre outros atributos”, diz Max.
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ESPECIAL | SALÃO DO AUTOMÓVEL por Alexandre Akashi | fotos ZNews e Divulgação
NOVAS TECNOLOGIAS CHEGARÃO EM BREVE ÀS SUAS MÃOS Para os reparadores, a exposição revelou uma nova geração de motores nacionais, compactos e muito mais avançados
T
odos falam que o carro do futuro será movido por eletricidade. Essa é uma mudança radical que, há tempos, é anunciada nas principais exposições automotivas pelo mundo afora. No nosso Salão do Automóvel não foi diferente. 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Mas, até essa tecnologia se popularizar, muitos milhões de veículos com motores de combustão interna serão produzidos. Por essa razão, outra grande preocupação das montadoras é a busca por uma maior eficiência energética
nos veículos atuais. Em novembro, na exposição realizada na cidade de São Paulo, foram apresentados vários motores inéditos. Em pouco tempo, essas unidades estarão nas oficinas para serem reparadas, seja de forma preventiva ou corretiva.
As bobinas são individuais, conectadas sobre as velas, e o alternador recarrega a bateria principalmente nas desacelerações. A partida a frio conta com o aquecimento do combustível na flauta, e o óleo recomendado é sintético (0W20) de baixa viscosidade. Outra mudança é na bomba de óleo, que é de deslocamento variável e altera a vazão do lubrificante de acordo com a necessidade do motor. Com tudo isso, a expectativa de vida útil do motor é de 240.000 km. A montadora também apresentou o novo motor Tigershark MultiAir Flex 2.4 16V, inicialmente para a picape Toro. A unidade desenvolve uma potência máxima de 186/174 cv e um torque máximo de 24,9/23,5 kgf.m (etanol/gasoli-
FIAT - Atualmente, o novo motor Firefly equipa apenas o Uno, mas no Salão foi apresentado como a nova opção para o Mobi. Aos poucos, deverá substituir em definitivo os antigos 1.0 e 1.4 Fire, ainda presentes em alguns modelos da marca. O Firefly está disponível nas versões 1.0 de três cilindros e 1.3 de quatro cilindros, ambos com taxa de compressão de 13,2:1. O 1.0 tem potência máxima de 77/72
cv e torque máximo de 10,9/10,4 kgf.m (etanol/gasolina), enquanto o 1.3 entrega 109/101 cv e 14,2/13,7 kgf.m. Os novos motores possuem bloco de alumínio, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas acionado por corrente e apenas uma dimensão de pistão e cilindro, permitindo o compartilhamento de vários componentes entre as versões de três e quatro cilindros.
na), com uma taxa de compressão de 11,8:1. Seu grande destaque tecnológico é o sistema MultiAir 2, responsável por variar o tempo e a abertu-
ra das válvulas de admissão por um mecanismo eletro-hidráulico, comandado pelo módulo do motor. Melhora a queima do combustível e reduz as emissões.
JEEP - A segunda geração do Compass fez sua estreia mundial no Brasil, graças à nova planta da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) na cidade pernambucana de Goiana, onde também são produzidos o Jeep Renegade e a Fiat Toro. A exemplo da picape, o Compass também tem uma unidade Tigershark, mas na versão 2.0 16V Flex. Com a mesma taxa de compressão do 2.4 (11,8:1), oferece uma potência máxima de 166/159 cv e um torque máximo de 20,5/19,9 kgf.m (etanol/gasolina). REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 21
ESPECIAL | SALÃO DO AUTOMÓVEL GM - No Salão do Automóvel, a grande novidade da montadora foi a versão hatch do Cruze, a Sport6, equipada com o motor Ecotec 1.4 Turbo Flex. Desenvolve uma potência máxima de 153/150 cv e um torque máximo de 24,5/24 kgf.m (etanol/gasolina). A nova unidade faz parte de uma família global de motores pequenos da GM. São blocos de três e quatro cilindros, com capacidades volumétricas de 999 cm³ e 1.118 cm³, para os três cilindros, e 1.399 cm³ e 1.490 cm³ para os quatro cilindros. Todos têm injeção direta, cabeçote com coletor de escape integrado, bloco, cabeçote e cárter em alumínio, comando de válvulas variável, arrefecimento dos pistões por jato de óleo, corrente de transmissão com dentes invertidos e bomba de óleo com fluxo variável. HYUNDAI - Já a Hyundai apresentou o Creta, um SUV compacto que usa a plataforma do Elantra. Chegará para os brasileiros com duas opções de motores, 1.6 e 2.0, ambas com bloco de alumínio, sistema de partida a frio sem tanquinho e duplo comando variável de válvulas. O motor Gamma 1.6 16V DOHC D-CVVT tem potência máxima de 130/123 cv e torque máximo de 16,5/16,0 kgf.m (etanol/gasolina). A versão Nu 2.0 16V DOHC D-CVV tem 166/156 cv e 20,5/19,1 kgf.m. As vendas começam em 2017, e o modelo será produzido em Piracicaba (SP).
VW - No estande da Volkswagen, um dos destaques foi a chegada do motor 1.0 TSI 12V de três cilindros no Golf. É quase idêntico ao usado no pequeno up!, porém, a marca caprichou um pouco mais na potência e torque, uma vez que conta com 125/116 cv (etanol/ gasolina). Uma curiosidade é que o sistema de injeção conta com um sensor de etanol posicionado antes da bomba de alta pressão, para identificar a mistura que vai ser queimada. O sensor trabalha em conjunto com a sonda lambda e aumenta a precisão do processo de combustão. 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
HONDA - No Brasil existe somente uma versão do Honda Civic com o novo motor 1.5 turbo, a topo de linha Touring. O propulsor foi apresentado mundialmente em 2013 e faz parte da família VTEC Turbo, que ainda tem o pequeno 1.0 de três cilindros e o 2.0 de quatro cilindros. Entre os seus destaques, estão o Dual VTC (duplo controle de abertura das válvulas), o turbo de baixa inércia, a injeção direta de combustível, o virabrequim que une leveza e alta rigidez, a corrente de transmissão de baixo atrito e a bomba de óleo variável.
RENAULT - Em 2017, os modelos da Renault terão dois novos motores 1.0 SCe e 1.6 SCe. Segundo a montadora, trazem uma série de novas tecnologias para garantir uma grande economia de combustível e proporcionar um maior prazer ao dirigir. O 1.0 SCe é um três cilindros, com bloco de alumínio, duplo comando de válvulas variável e corrente de distribuição. A potência máxima é de 82/79 cv (etanol/gasolina). Já o 1.6 SCe terá, dependendo do modelo do carro (Sandero, Logan, Duster ou Captur), entre 118 e 120 cv. Ambos os propulsores, sejam de três ou quatro cilindros, contarão com o sistema ESM (Energy Smart Management), que otimiza a recarga da bateria. As versões mais sofisticadas também usarão a tecnologia start-stop, que desliga o motor quando o veículo está parado. Os novos motores são produzidos no Complexo Ayrton Senna, na cidade paranaense de São José dos Pinhais. Segundo o gerente de engenharia Márcio Melhorança, a redução no consumo de combustível, em relação às versões antigas, ficará entre 19 e 21%. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 23
NA OFICINA | FORD FIESTA por Alexandre Akashi | fotos ZNews
FIESTA 1.6 SIGMA 8.000 KM COM BIELAS TORTAS
E
O carro passou por uma área alagada e esta pode ter sido a causa do quebra dos componentes
m 2011, a Ford apresentou ao mercado brasileiro o New Fiesta 1.6 16V Flex e o novo motor Sigma, em substituição ao RoCam, de 8 válvulas, com diversas melhorias, sendo uma delas o bloco e cabeçote de alumínio, mais leve, mais tecnológico, mais moderno. Tinha (e ainda tem) design, carisma e nada mais do que Ken Block como garoto propaganda, e as manobras mais iradas do mundo. Só era caro. Importado do México, custava acima de R$ 50 mil, na época. Hoje, fabricado no Brasil, custa a partir de R$ 48.231, com motor 1.5. Os 1.6 partem de R$ 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
55.183 e podem chegar a mais de R$ 68 mil, com câmbio automático de dupla embreagem. O modelo da reportagem é um 1.6 SE 2012/2013, avaliado pela tabela Fipe em R$ 32.250. Chegou de guincho à oficina Cobeio Car, de Claudio Cobeio, após parar de funcionar enquanto rodava a 80 km/h em uma rodovia de São Paulo. NA OFICINA - A primeira avaliação mostrou que o prejuízo era grande no Fiesta. “O motor estourou, consigo ver que o bloco de alumínio foi rompido e é por isso que a traseira
está toda cheia de óleo”, comentou Cobeio após abrir o capô e observar o motor superficialmente. Na bancada, já com o motor desmontado, Cobeio realizou um diagnóstico mais preciso. O bloco de alumínio do motor realmente havia sido rasgado por uma biela, que se rompeu. Uma outra estava torta. Para entender como isso aconteceu, Cobeio questionou o cliente sobre a forma de condução do veículo, e descobriu que o carro sempre foi usado de forma moderada, sem abuso de aceleração, e as trocas de óleo sempre foram feitas de forma correta. “Mas, meses antes, du-
rante uma viagem, ele passou por uma área alagada, o que causou um leve calço hidráulico, e provavelmente foi este o motivo das bielas entortarem”, disse Cobeio, ao revelar que a biela que se rompeu também estava torta. “Interessante foi que o carro rodou de forma normal por exatamente 8 mil quilômetros até o material sofrer fadiga e se romper”, comentou Cobeio. Este caso gera uma dúvida: como classificar o veículo? Excelente, pois mesmo depois de um calço hidráulico rodou 8 mil Km até estragar de vez, ou com uma falha que deve ser resolvida, uma vez que o veículo não mostrou nenhum sinal de problemas durante todo esse tempo? De fato, rodar tanto tempo é um bom sinal, de que o motor é robusto, e que apesar do proble-
À esquerda o bloco novo e, à direita, o bloco avariado
ma é capaz de levar os ocupantes para o destino, mas se neste tempo houvesse algum tipo de sistema de alerta de defeito, o custo do conserto teria sido bem menor do que os quase R$ 8 mil reais gastos para a troca parcial do motor. “O mais interessante de tudo é que mesmo com a biela torta o carro não deu nenhum sinal de defeito, nem mesmo na marcha lenta”, afirmou Co-
DICA - BOMBA DE ÓLEO Durante o serviço de troca do bloco do motor, Cobeio recebeu orientação da concessionária que forneceu o componente para a necessidade de troca da bomba de óleo. Realizado o procedimento, o reparador percebeu, porém, que havia um vazamento de óleo. Ao investigar o problema, descobriu que o problema ocorria justamente na emenda da bomba de óleo com o novo bloco e, ao comparar os componentes, descobriu que o bloco novo contém um furo adicional na região da bomba de óleo, inexistente no bloco antigo e, como a concessionária não enviou novas juntas e as antigas estavam em perfeito estado, optou-se por utilizar as originais. “Porém, as originais não vedam o novo furo, e a bomba de óleo que sugeriram trocar, não tem nada de diferente da anterior. A única necessidade é utilizar uma junta compatível com o novo bloco. Se a bomba de óleo está ok, não é preciso trocá-la”, comentou Cobeio.
Junta do bloco antigo com um furo
Junta do bloco novo com dois furos
beio. Segundo o reparador, apesar de o motor ter taxa de compressão elevada (11:1), o sistema de injeção eletrônica compensou a diferença de altura do cilindro no ponto morto superior (PMS), e manteve o motor funcionando normalmente. “Se em algum momento o carro tivesse dado um alerta de problema, o defeito teria sido detectado e corrigido antes de o motor estourar”, disse o reparador.
NA OFICINA | SEGURANÇA por Alexandre Akashi | fotos ZNews
COM MEDO DO AIRBAG DICAS PARA TIRAR E RECOLOCAR A BOLSA DE AR
Durante dois anos, motorista dirigiu carro com diferença de giro no volante por conta de alinhamento mal feito; resultado do receio de alguns profissionais que desconhecem os procedimentos para retirar e recolocar as bolsas de ar
M
uitas vezes as situações fogem do controle, da normalidade e isso é geralmente causado por receio de alguns profissionais em mexer com o que não conhecem e não entendem. O resultado é ruim para o cliente, o dono do carro. Alexandre Morikawa, proprietário da Automecânica e Elétrica Morikawa, de Guarulhos, conta que já pegou casos assim. “Após sofrer uma colisão do lado direi26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
to, o carro voltou do conserto em perfeito estado, visualmente falando. Porém, ao dirigir, ficou claro que o veículo tinha um problema”, disse Morikawa ao explicar que o carro esterçava mais para um lado do que para o outro. Isso não é normal, pois nenhum carro sai de fábrica assim. “O nome disso é defeito colocado”, afirmou. O veículo em questão, um Volkswagen Gol G5, 2013, com airbag, com 170.000 km rodados, mas poderia ser com qualquer outro modelo. O proprietário contou que o carro estava assim já fazia dois anos, e até agora ninguém tinha tido coragem de resolver o problema. Ainda é comum encontrar profissionais que se recusam a mexer em sistemas de airbag, e foi justamente por causa dele que a confusão toda começou. Morikawa conta que para não ter de retirar o volante na hora de fazer o alinhamento, após con-
sertarem a funilaria e pintura, decidiram alinhar só por baixo. “E nem sempre é suficiente, às vezes é preciso soltar o volante”, explicou o reparador. Mas, por falta de conhecimento e receio, foi feito o que era mais confortável e o carro ficou com curso de giro de volante menor para um lado. “Para resolver o problema centralizamos a barra de direção e, claro, o volante ficou torto. Porém, agora o carro virava para os dois lados de forma uniforme”, disse Morikawa ao explicar que para desentortar o volante o procedimento é relativamente simples, e necessita apenas de um pouco de atenção. PROCEDIMENTO - O reparador explica como deve se proceder. Primeiramente é preciso desligar a bateria. Esse é um passo importante para reduzir o risco de um acionamento acidental do airbag, que é explosivo e pode machucar.
Deve-se, porém, se atentar para o modelo de veículo que se está mexendo, pois algumas marcas e modelos não costumam aceitar bem o desligamento da bateria, e acaba desconfigurando vidros e travas elétricas, computador de bordo e outros sistemas, sendo necessário a reprogramação posterior. O Volkswagen Gol G5 não
acusa nenhum tipo de restrição ao procedimento. “Com a bateria desconectada, deve-se aguardar 15 minutos para que todos os sistemas do carro desliguem”, disse o reparador ao explicar que o airbag é preso ao volante por dois parafusos. “Basta soltá-lo se puxar todo o conjunto para fora, com cuidado para não quebrar a
VAI VIAJAR NAS FÉRIAS? NÃO ESQUEÇA DE FAZER A REVISÃO DO SEU VEÍCULO E TROQUE PELOS FILTROS FRAM.
cinta do airbag. Depois é só desconectá-la, assim como o fio da buzina e pronto”, disse. O procedimento termina soltando o volante da coluna para centralizá-lo, de acordo com as rodas. “Depois é só remontar tudo, sem esquecer de reconectar a cinta do airbag e o fio da buzina”, finalizou Morikawa.
HISTÓRIA | FREIOS ABS por Alexandre Akashi | foto Divulgação
DO AVIÃO AO AUTÔNOMO O DESAFIO DE PARAR COM SEGURANÇA Graças à eletrônica, os freios antibloqueio evoluíram tanto que, no futuro, os carros poderão até dispensar o motorista
O
brigatórios no Brasil desde 2014, os freios ABS são atualmente um dos principais sistemas de segurança da indústria automobilística mundial. Quando o aviador francês Gabriel Voisin criou a primeira versão conhecida, em 1929, nunca poderia imaginar que a tecnologia iria tão longe. A primeira patente foi registrada pela Bosch, sete anos depois de Voisin. Mas foi na Segunda Guerra Mundial que o sistema ganhou notoriedade, ainda no campo da aeronáutica. Em 1952, foi lançado o famoso sistema Dunlop-Maxaret, inteiramente mecânico, para o uso em aviões. Na década de 1960, algumas montadoras passaram a oferecer 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
a tecnologia, em modelos como o Ferguson P 66, o Ford Continental Mk III e o Jensen FF. Porém, não era muito eficiente, uma vez que chegava a reduzir a pressão de frenagem em todas as rodas. ELETRÔNICO - Nos anos seguintes, a eletrônica começou a ser aplicada nos veículos. O freio antibloqueio passou a ser conhecido como ABS e ficou bem mais sofisticado. O problema é que ainda era um elemento muito complexo, grande e pouco confiável. Em 1978, graças aos avanços da microeletrônica digital, a Mercedes-Benz e a BMW passaram a equipar os luxuosos sedans da Classe S e Série 7, respectivamen-
te, com um sistema menor e mais confiável, o ABS 2, que pesava 6,3 kg. A geração atual, a nona, tem apenas 1,1 kg. Os benefícios da tecnologia são muitos. Atualmente, com o uso de novos softwares e avançadas centrais de processamento, ler a velocidade das rodas, compará-las e acionar a unidade de controle da pressão do fluido hidráulico são tarefas muito fáceis. Ainda é possível adicionar dezenas de outras informações e, em questão de milésimos de segundo, corrigir a rota, facilitar a saída em rampa, frear em casos de emergência, controlar a velocidade e, num futuro bem próximo, até ajudar a dirigir os novos veículos autônomos.
reparação
em foco
AÇÕES
PRESENCIAIS
Em uma inciativa pioneira, a revista Reparação Automotiva está realizando várias ações com oficinas, varejos e donos de veículos. Relacionamento direto com os reparadores
+ 2.000 oficinas visitadas
Ações em praças estratégicas, compostas por visitas, cadastramentos, levantamento das necessidades dos reparadores, divulgação das marcas e produtos dos patrocinadores. Ao final, todos os apoiadores recebem o mailing com a pesquisa e a relação das oficinas visitadas. Fóruns com reparadores Ações envolvendo os reparadores visitados com temas alinhados às necessidades da região. Eventos com varejos Ações visando a integração das fábricas com os varejos. O tema da palestra é definido por uma pesquisa de mercado. Check-up veicular Ações realizadas em estacionamentos com grande fluxo de veículos, visa conscientizar os consumidores sobre a manutenção preventiva.
NÃO FIQUE DE FORA DAS PRÓXIMAS AÇÕES
Consulte nossa equipe de vendas 11 3585-0626
+ 1.000
pessoas em fóruns e eventos
FUTURO | REALIDADE AUMENTADA por Alexandre Akashi | foto ZNews
NOVA FORMA DE APRENDER TECNOLOGIAS A SERVIÇO DAS OFICINAS
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Conectividade e ferramentas de realidade aumentada ajudarão o reparador a compreender e encontrar o defeito mais rápido
ivros, apostilas e vídeos serão coisas do passado quando o assunto for aprender a diagnosticar defeitos e substituir componentes automotivos. Tudo isso dará lugar a tecnologias de realidade aumentada e sistemas conectados, que informarão a distância os defeitos assim como a leitura de sensores e atuadores no exato momento da gravação da avaria. A realidade aumentada já está em desenvolvimento e começa a ser explorada de forma experimental. Na Europa, diversas empresas se empenham em oferecer às montadoras projetos com a utilização de tablets e smartphones em que basta apontar o dispositivo para o carro para visualizar os corretos procedimentos de desmontagem e troca do componente defeituoso. Existe, inclusive,
30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
um projeto que utiliza os óculos do Google, o Google Glass, o que permite que as mãos do reparador fiquem livres para trabalhar. Independentemente do dispositivo utilizado, o fato é que este tipo de tecnologia permite uma compreensão mais rápida e eficiente de como resolver problemas já diagnosticados, principalmente por quem não é especialista no assunto, ou está vendo o negócio pela primeira vez. TÉCNICO VIRTUAL - A conectividade dos veículos também auxiliará os reparadores em um futuro próximo. Na área de caminhões a Mercedes-Benz já disponibiliza para os clientes frotistas o sistema Detroit Connect Analytics com o serviço de diagnóstico a distância, o “Técnico Virtual”. Esta ferramenta envia uma
fotografia do motor para a Central de Serviços ao Cliente tão logo se acendem luzes identificando um problema, auxiliando assim um rápido e eficiente diagnóstico. O Novo Cruze Sport6 que a Chevrolet lança ainda este ano no mercado nacional contará com o um serviço novo no sistema OnStar, o Diagnóstico Avançado, que permite ao usuário checar, por meio de um aplicativo ou portal na internet, a condição dos principais sistemas do veículo, como motor, transmissão, emissões, freios e airbag, e caso detecte alguma alteração no veículo, o aplicativo alerta e instrui o usuário, a fim de proporcionar mais segurança e comodidade, minimizando riscos de pane mecânica e de encadeamento dos danos.
HELLA na Automechanika em Frankfurt
SUCESSO NA ALEMANHA Com mais de 1.000 m², o stand da HELLA na Automechanika em Frankfurt impressionou todos os visitantes. Principalmente os clientes do Brasil que estiveram visitando a feira. Neste evento a HELLA mostrou sua tecnologia de ponta na área de iluminação, como o farol do Mercedes série E, além de HELLA do Brasil Automotive Ltda. Rua Bom Pastor, 2224 -15º andar CEP.: 04203-002, São Paulo, SP - Brasil Tel.: +55 (11) 2627-7800 www.hella-brasil.com
outros produtos que fornecemos como equipamento original para as principais montadoras, como o pedal do acelerador eletrônicos, bomba de vácuo e sensor inteligente de bateria. Em breve estes produtos eletrônicos também estarão disponíveis nos distribuidores da HELLA no Brasil.
MESTRES DA REPARAÇÃO | ENIO RAUPP
EXEMPLO RIO-GRANDENSE
por Margarete Dambrowski | fotos Marcos Massa e Imagens da Terra Editora
SETE DÉCADAS DE TRABALHO E DEDICAÇÃO A paixão pelos carros levou o gaúcho Enio Guido Raupp a se tornar um dos grandes líderes da reparação nacional
C
om simpatia e bom humor, Enio Raupp nos recebeu na sede do Sindirepa do Rio Grande do Sul, do qual é presidente desde os anos 1990. Sem pressa nas palavras e com um olhar generoso, o veterano eletricista de automóveis começou a revelar as histórias que acumulou ao longo da vida, quase toda dedicada à reparação. Enio vive a sua paixão pelos automóveis desde a infância. Aos 83 anos, o gaúcho de Porto Alegre recordou o começo de tudo com o entusiasmo de um guri. “ Meus preferidos eram os carrinhos de madeira. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Naquela época, ainda nem existiam os modelos de plástico”, explicou. Dos 8 anos em diante, passou a pedir ferramentas de presente, pois queria montar sua primeira bancada no fundo do quintal de casa. “A minha oficinazinha se tornou o meu lar”, recordou Enio. Alguns anos depois, começou a trabalhar numa mecânica “de verdade”, onde o seu primo era funcionário. Desde então, não parou mais. PRODÍGIO - Em 1947, após concluir um curso de eletricidade no Senai, o curioso aprendiz foi con-
tratado por uma concessionária Chevrolet. Foram cinco anos de intenso aprendizado, muito estudo e uma grande oportunidade para fazer o seu nome na capital. “Sempre queria conhecer as novidades dos carros novos nos mínimos detalhes”, destacou. Com a experiência reconhecida e uma clientela cativa, inclusive os próprios patrões, o jovem de 18 anos decidiu arriscar e deixou a revenda para montar uma pequena auto-elétrica dentro da oficina mecânica de Breno Fornari, que se tornaria o futuro parceiro do famo-
so piloto Catharino Andreatta nas primeiras Mil Milhas de Interlagos. “Em 1956, uns meses antes da prova, o Catharino apareceu na oficina perguntando quem era o tal do Enio. Entregou-me um calhamaço com o todo o regulamento da corrida, que havia sido idealizada pelo Wilsão Fittipaldi e o Eloy Gogliano. Mandou estudar muito bem a parte elétrica, pois grande parte da prova seria disputada à noite”, recordou. Nos dias 24 e 25 de novembro, no autódromo de Interlagos, enquanto vários competidores pararam durante a madrugada com problemas elétricos, Catharino e Breno abriram vantagem e acabaram vencendo as Mil Milhas após pilotarem por 16 horas uma carretera impecável. “Só entraram no box para abastecer, trocar os pneus e mudar o piloto”, relembrou Enio. REFERÊNCIA - A partir dali, a marca Eletro Auto Enio esteve sempre presente na pintura dos carros de vários corredores gaúchos, inclusive da famosa Scuderia Galgos Brancos, uma das mais tra-
Catharino e Breno na vitória em Interlagos
dicionais do país. Fora das pistas, o dedicado eletricista também se tornou uma referência no atendimento de frotistas e revendedores. Precisando de mais espaço, montou uma nova oficina num salão alugado. Passou muitas noites dormindo dentro dos carros dos Paraninfo dos novos talentos do Senai
clientes, para não perder tempo indo para casa. O esforço valeu a pena, e, poucos anos depois, Enio mudou para uma sede própria. Também se tornou um serviço autorizado da Wapsa, Bosch e Cibié. Depois de quase meio século de funcionamento, Enio encerrou as atividades da auto-elétrica e passou a se dedicar, em tempo integral, aos trabalhos que desenvolvia com os reparadores rio-grandenses desde a década de 1970. Atualmente, é presidente do Sindirepa-RS e do Conselho Consultivo do Senai Automotivo de Porto Alegre. Mesmo com uma vida inteira de trabalho intenso, Enio sempre foi dedicado à esposa Donilia, com quem é casado há 59 anos, suas quatro filhas e quatro netos. Aliás, dedicação é a sua grande marca, que faz questão de deixar como legado aos iniciantes na profissão: “Meu conselho? Trabalhar, trabalhar e trabalhar”, resumiu sorridente ao final da nossa entrevista. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 33
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