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EDIÇÃO 110 Novembro de 2017
L200 TRITON SPORT
Picape estreia nova geração com motor diesel em alumínio e um completo sistema de tração
VIDA NA REPARAÇÃO
Há 59 anos no setor, Nelson Garbuggio conta sua história e revela conquistas e desafios
CEMAUTO SERVIÇOS
De Recife (PE), oficina é referência em serviços prestados, conhecimento técnico e garantia
NISSAN SENTRA
Especialista orienta como fazer o diagnóstico e inspeção da transmissão JF011-E
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES
SUMÁRIO
EDIÇÃO 110 NOVEMBRO 2017 04 ENTREVISTA
Roberto Rualonga, gerente de Assistência Técnica da Tecfil
08 QUALIDADE NO TRABALHO Responsabilidade da empresa e também do colaborador
10 NEGÓCIOS
Prepare-se agora e tenha clientes na sua empresa o ano todo
14 SUSTENTABILIDADE
7 passos de limpeza essenciais em oficinas mecânicas
18 L200 TRITON SPORT
04
36 10
14
Picape estreia nova geração com motor diesel em alumínio
20 PERFIL DE OFICINA Cemauto Serviços Automotivos, da cidade de Recife (PE)
22 TICKET MÉDIO
A conta para garantir a rentabilidade da sua oficina
30 MOTOR
No último artigo da série, os processos de combustão
32 TRANSMISSÃO
Falha no circuito do motor de passo do Nissan Sentra
36 ELÉTRICA
Saiba como utilizar corretamente o Multímetro Automotivo
DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatores Karin Fuchs Simone Kühl ARTE Designers Jheimisson Sampaio Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Richard Faria richard@znews.com.br Adalberto Franco Wanderley Klinger MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br
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Como devem ser instaladas as coifas da junta homocinética
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FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo.
38 SUSPENSÃO
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26º Congresso e Mostra de Tecnologia da Mobilidade
48 MESTRES
A história de Nelson Garbuggio há 59 anos no setor
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ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br Mônica Macedo marketing1@ibreditora.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
MÍDIA DADOS 2017
A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.
Aplic Resolit...47 BorgWarner....29 Caoa .............25 Corteco ........33 Dana ............17 Fortec ..........13 FTE ..............07 Graxinha ......43 Hella ............21 IAB ..............15
King Tony ..........31 Motorcraft ...02/51 Radnaq.............44 Ranalle ............39 Raven ..............27 Urba e Brosol ..35 TRW ................52 TV Reparação...42 Viemar..............11 ZF.....................05
ENTREVISTA
TECFIL
CADA VEZ MAIS COMPLETA
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
Segundo Roberto Rualonga, gerente de Assistência Técnica da Tecfil, a empresa tem inovado sempre em informações aos seus clientes, com uma equipe técnica que viaja por todo o País divulgando e treinando os reparadores, visitas à fábrica e ao centro de treinamento TECSTOP, e a empresa lançou também o site de treinamento on-line, onde os profissionais da reparação podem assistir a diversos vídeos tutoriais e se manterem informados e atualizados sobre os processos de troca dos filtros dos mais variados veículos. 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ENTREVISTA
TECFIL
Reparação Automotiva: Com as novas tendências do mercado e as inovações nos veículos, quais as principais novidades e tecnologias nos produtos da Tecfil? Roberto Rualonga: A Tecfil tem investido em novas tecnologias para atender as diversas exigências do mercado automobilístico, com novos equipamentos e produtos inovadores. Uma grande tendência no setor atual são os filtros ecológicos, que ajudam na diminuição dos resíduos que são gerados, outra tendência é com relação às novas normas de emissão de poluentes EURO, e nossos filtros estão prontos para atender as mais rigorosas exigências. RA: Discorra a respeito do posicionamento da empresa no aftermarket e quais as ações com o setor de reposição. RR: A Tecfil é líder no aftermarket brasileiro, estando bem à frente dos seus concorrentes. Essa liderança é fruto de muito trabalho e atenção ao mercado de reposição. A empresa sempre esteve muito próxima ao setor, desde a cadeia de distribuição até os reparadores. Essa proximidade nos ajudou a corrigir rumos e melhorar cada vez mais nossa entrega de benefícios ao segmento. RA: Comente sobre o que a empresa tem feito para manter o reparador atualizado e treinado. RR: A Tecfil tem inovado sempre em informações aos seus clientes. Atualmente dispomos de uma equipe técnica que viaja por todo o País divulgando e treinando os reparadores. Em nossas fábricas recebemos visitas constantes e, em nosso centro de treinamento TECSTOP, capacitamos os profissionais. A empresa lançou também o site de treinamento on-line, onde os reparadores podem assistir a diversos vídeos tutoriais e se manterem informados e atualizados 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
sobre os processos de troca dos filtros dos mais variados veículos. www. treinamentotecfil.com.br
tantes visitas à fábrica e laboratório móvel para levar conhecimento aos diversos pontos do Brasil.
RA: A Tecfil também realiza treinamentos presenciais? Se sim, quantos treinamentos a empresa tem realizado e em quais regiões do País? RR: Treinamentos presenciais representam o principal trabalho da nossa equipe técnica, atuando em todo o território nacional. Apenas para se ter uma ideia, no último ano foram realizados mais de 350 treinamentos em campo e quinzenalmente em nossa fábrica.
RA: Ressalte também como é o processo de garantia dos produtos da Tecfil. RR: Todo cliente que utiliza nossos produtos dispõe de uma rede de distribuidores que está apta a atender em qualquer situação. Com ligação direta com a fábrica, dispomos de uma equipe técnica interna que está preparada para responder a qualquer dúvida do cliente.
RA: E quais as ações para estreitar o relacionamento com este público? RR: A Tecfil, através dos seus distribuidores, promove diversas campanhas de incentivo para o público reparador, mas nosso maior investimento é na questão de disponibilização de informações e atualizações. Todas as nossas ferramentas de consulta são atualizadas diariamente para facilitar a vida dos reparadores. Possuímos catálogos de aplicações dos produtos impressos, on e off-line e em formato de app para celular. Além disso, como mencionamos, lançamos este ano o site de treinamento on-line e dispomos de cons-
RA: Como foram esses 10 meses de 2017 para a empresa e quais as expectativas para o fechamento deste ano? RR: O ano teve diversos desafios, devido à nossa economia, porém, com planejamento e eficiência na mudança de rumos, conseguiremos entregar um ótimo resultado! A Tecfil possui uma grande vantagem em ser 100% brasileira: As decisões são ágeis! RA: Quais os próximos projetos e investimentos da Tecfil para o reparador? RR: Estamos estudando uma plataforma para treinamento digital ao vivo com total interação dos participantes. Essa ferramenta ampliará ainda mais o acesso a informações e atualizações dos reparadores.
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 07
GESTÃO
QUALIDADE NO TRABALHO por Simone Kühl | fotos Divulgação
QUALIDADE NO TRABALHO
RESPONSABILIDADE DA OFICINA E DO COLABORADOR Evite distrações, tenha foco, seja organizado e alcance o equilíbrio em sua vida, desta forma a produtividade e os bons resultados acontecerão naturalmente
D
o lado da empresa, está a responsabilidade em propiciar um clima harmonioso e um ambiente agradável para que os profissionais possam desempenhar suas funções, que vão desde questões de higiene e limpeza, bem como iluminação adequada, ergonomia, segurança, entre outros. Além disso, a empresa deve respeitar os horários estabelecidos para o trabalho, bem como pausas para refeições e pequenos descansos.
08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
E do lado dos colaboradores está a contribuição para manutenção das instalações e estrutura da empresa, bem como utilizar equipamentos de segurança, quando necessário, e seguir as instruções e normas da empresa. Os colaboradores também são responsáveis por manter o ambiente limpo, principalmente se tratando de áreas comuns. Além disto, outros fatores são responsáveis pela qualidade no trabalho. Pensando nisto, José Rober-
to Marques (foto), presidente do Instituto Brasileiro de Coaching e Master Coach Senior, destaca alguns pontos para o profissional refletir e analisar em sua vida para melhorar seu desempenho. EQUILÍBRIO – Marques afirma que o ser humano precisa de equilíbrio e congruência em sua vida. “Nesse sentido, vida pessoal e pro-
SAIBA MAIS SOBRE GESTÃO DE OFICINAS EM
reparacaoautomotiva.com.br fissional devem andar lado a lado. Quando um profissional não tem uma vida equilibrada, ele acaba por se desgastar, os níveis de estresse e ansiedade tendem a aumentar. Quando estamos com algum problema e não estamos confortáveis, tendemos a não ser tão produtivos. Além disto, a nossa motivação também está ligada à qualidade de vida em todos os sentidos”, ressalta. Nesta direção, o coach destaca a importância de ter maturidade para separar questões pessoais e profissionais, não deixando fatores externos atrapalharem o desempenho. “É claro que uma preocupação com al-
gum familiar doente, por exemplo, pode afetar sua produtividade por te deixar preocupado, nesse caso é importante abrir a situação com o superior imediato”, orienta. Alguns problemas de saúde, cansaço, fadiga, dores, também podem atrapalhar, “fique atento a esses sinais e procure especialistas que podem te ajudar, a exemplo de médicos, nutricionistas, educador físico, para que você esteja bem com sua saúde para que possa desempenhar sua função”, alerta. ORGANIZAÇÃO – A produtividade, performance e resultado es-
ORGANIZE SEU TEMPO PLANEJE SEU DIA: planeje suas atividades diárias e siga o cronograma estabelecido. ESTABELEÇA PRIORIDADES: faça o que é mais importante, o que gerará os resultados esperados. ALIMENTE-SE DE FORMA ADEQUADA: evite o consumo excessivo de açúcar e carboidratos refinados. Na dúvida, procure auxílio de um profissional especializado, no caso nutricionista. FAÇA PAUSAS: faça pequenas pausas para esticar o corpo, tomar uma água, um café.
PRATIQUE ATIVIDADE FÍSICA: fazer atividades regularmente, além de deixar você com o corpo em forma, aumenta os níveis de endorfina, responsável pelo bemestar, além de diminuir os níveis de cortisol, responsável pelo estresse.
TENHA FOCO: foque na atividade que está sendo realizada, e siga o planejamento estabelecido.
EVITE DISTRAÇÕES: como por exemplo: ficar checando e-mails, redes sociais, conversas desnecessárias.
tão ligados à organização, seja ela do seu tempo, organizando seus compromissos, atividades e prazos de entrega, bem como do seu espaço de trabalho e quaisquer outros equipamentos utilizados para sua atividade. “Algumas empresas possuem processos de qualidade, eles contribuem muito para o desenvolvimento das atividades, porém se a sua não tem você pode criar seus próprios processos”, sugere. OBJETIVOS – Para obter melhores resultados, também é preciso estar atento aos objetivos da empresa e aos seus próprios. “A companhia deve deixar muito claro quais são seus objetivos, bem como o que espera de cada profissional, equipe e área, para que, juntos, possam atingi-los da melhor maneira possível. Nesse sentido, o indivíduo deve ter seus objetivos profissionais e pessoais bem definidos para que possa alinhar com os da empresa, de forma que todos consigam seus resultados”, comenta. REDES SOCIAIS - Não só as mídias sociais são vilões da produtividade, mas checar e-mails a todo tempo, distrair com conversas, esticar a pausa do café, entre outros fatores, podem atrapalhar o desempenho de um profissional. Contudo, as redes sociais hoje são as principais distrações do profissional, pois nelas encontramos muitas informações e podemos nos comunicar facilmente com outras pessoas. “O profissional tem que ter em mente que esses comportamentos podem sim sabotar sua produtividade e o alcance das metas e objetivos, bem como atrapalhar a concentração, o foco e comprometimento”, enfatiza. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 09
NEGÓCIOS
FINAL DO ANO por Simone Kühl | foto Divulgação
MANUTENÇÃO DE FÉRIAS PODE FIDELIZAR O CLIENTE DURANTE O ANO TODO Pratique um bom atendimento, conheça mais o seu cliente, realize promoções e campanhas de fidelidade para conquistá-lo e mantê-lo sempre satisfeito
C
om o final do ano, os consumidores dispõem de mais recursos financeiros na economia vindos do pagamento do 13º salário e com o período de férias de verão há uma expectativa natural para aumento na demanda por serviços de manutenção automotiva, que poderá significar excelentes oportunidades para as oficinas que se planejarem para os benefícios que essa época proporciona. De acordo com Mauro Alves dos Santos, coordenador de Atividades Técnicas da Escola Senai Conde José Vicente Azevedo, de São Paulo, o setor de reparação automotiva felizmente teve um impacto menor 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
no contexto econômico dos últimos anos, comparado a outros mercados. “Como a economia ainda não apresentou resultados expressivos de recuperação, os proprietários de automóveis continuam com a tendência de adiar a compra do veículo novo e, dessa forma, se deparam com a necessidade de se fazer a manutenção de forma mais sistemática e preventiva”, pontua. Somado a esse fato, o especialista destaca algumas iniciativas para preparar a oficina nesta época. ATENDIMENTO – É preciso estar atento aos serviços de maior demanda nesse período para poder
atender bem os clientes. “Os proprietários tendem a se preocupar mais com a manutenção preventiva. Os serviços de revisão geral são bastantes procurados, destacando itens de segurança, como: revisão dos sistemas de sinalização e iluminação, revisão do sistema de freios, alinhamento de direção, substituição de pneus, palhetas, filtros, lubrificantes e fluidos em geral, higienização e manutenção do sistema de ar-condicionado”, aponta o coordenador. Nas oficinas, em geral, o bom atendimento é um dos fatores principais na retenção do cliente. Muitas vezes, as oficinas perdem a oportunidade de fidelizar um cliente pelo
simples fato da falta de atenção no atendimento. O cliente quer ser ouvido e está em busca da solução de um problema. “A comunicação entre o profissional e o cliente precisa ser adequada, clara e objetiva em relação ao serviço que precisa ser feito e aos riscos de adiar aquele conserto. Essa postura associada à prática de um preço justo são decisivos para se conquistar a confiança. Uma vez que se consegue a confiança do cliente nesse momento, há uma grande chance de fidelização para o ano todo”, garante.
desse segmento definirá qual tipo de promoção será mais adequada.
PROMOÇÃO - As promoções são uma importante estratégia para alavancar os negócios da oficina. Em função do seu perfil, portfólio de serviços, análise da concorrência e relacionamento com fornecedores na busca de melhores condições, o empresário
INFORMAÇÃO – Faça uma coleta de informações sobre o cliente e o registro dos serviços executados. Com essas informações, a oficina poderá adotar ações proativas, entrando em contato para alertar a respeito da manutenção, por exemplo.
FIDELIZAÇÃO - Uma tática que poderá trazer bons resultados na fidelização de clientes mais antigos é a prática de descontos proporcionais à sua fidelidade. A criação de um cartão fidelidade ou sistema de pontuação em que o cliente perceba o benefício da assiduidade na manutenção. Para isto, tenha um banco de dados com informações relevantes sobre o perfil do cliente e histórico de manutenção do seu veículo.
PLANEJAMENTO - Para esse aumento de demanda sazonal, é fundamental que a oficina tenha um bom plano estratégico e invista em conhecer bem o mercado onde atua. Isso inclui conhecer com clareza o perfil da própria oficina e sua capacidade operacional para cada tipo de serviço, assim terá conhecimento do seu cliente com maior nível de personalização possível, a fim de saber suas expectativas, entender o perfil dos concorrentes e naturalmente dos fornecedores. Somado a tudo isso, é necessária uma boa estratégia de comunicação e marketing que inclui necessariamente o marketing digital. “Em suma, investir na qualidade do atendimento e relacionamento com o cliente é uma dica valiosa para as oficinas”, finaliza Mauro.
70MIL KM DE GARANTIA SÓ A VIEMAR TEM Só mesmo uma empresa inovadora como a Viemar para fornecer ao mercado 70MIL KM OU 2 ANOS DE GARANTIA para axiais, pivôs e terminais. Com a Viemar você tem a solução completa: peças 100% projetadas e fabricadas no Brasil, com a garantia que só quem sabe fazer consegue dar. São 70.000Km de garantia INÉDITOS no mercado!
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INDICADORES
ENTIDADES por Sérgio Duque | foto Divulgação
NÚMEROS DO SETOR
OUTUBRO REGISTRA MAIS UMA VEZ AUMENTO NA VENDA E EMPLACAMENTO DE VEÍCULOS NOVOS
M
ais um mês onde se observa aumento na venda e emplacamento de veículos novos. É o terceiro seguido que isso ocorre e confirma previsões de reversão na curva de tendência, animando analistas que continuam apostando em um mercado em recuperação até o final do ano. O emplacamento acumulado até outubro de 2017 atingiu 2,51 milhões de novos veículos no País, mais de 52 mil máquinas agrícolas e implementos rodoviários vendidos até aqui. É a primeira vez no ano que o acumulado total de emplacamento 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
supera o ano anterior no mesmo período, mostrando números positivos em praticamente todos os segmentos da frota, com exceção de caminhões. Estamos muito longe ainda de obter volumes de venda e emplacamento iguais ao ano de 2012, quando entre todos os modais da frota (incluindo os implementos) chegou-se a comercializar 5,5 milhões de novas unidades. Se tudo permanecer como previsto no comportamento do mercado, se a economia mantiver seu ritmo de atividade constante e positiva, se a
expectativa dos consumidores continuar a evoluir e atingir índices mais consolidados sob ponto de vista de intenção de compra, é bem provável que possamos fechar a estatística de emplacamento em aproximadamente 3 milhões de unidades emplacadas em 2017, o que representaria -45,4% em relação a 2012. SITUAÇÃO - O segmento de automóveis surpreende e vai muito bem, superando a marca de dois dígitos positivos em relação ao mesmo período do 2016, enquanto o setor de comerciais leves manteve-se estável e também contribuindo de forma positiva.
O emplacamento de ônibus melhorou e, depois de muitos meses, apresenta números positivos. Já o segmento de caminhões ainda está bastante abaixo da expectativa geral. Já no mercado de motos, as estatísticas não apresentaram números mais promissores. A situação no setor continua sem mostrar evolução. Em 2012 foram emplacadas 1,6 milhão de novas unidades, ou seja, atualmente o segmento de motos está -46,8% do que deveria ser se o cenário fosse de normalidade. PREVISÃO - Para novembro, espera-se um desempenho igual ou até melhor que outubro no mercado varejista automotivo, o que deve confirmar as previsões para o ano com maior recuperação no acumulado geral. O volume total de emplacamento previsto pela Audatec
RESULTADO DE EMPLACAMENTO DE NOVOS VEÍCULOS NO ANO ACUMULADO JAN/OUT
% VAR.
PREVISÃO 2017
1.369.466
10,63
1.800.000
255.142
244.317
4,43
300.000
Caminhões
40.399
42.068
-4,11
45.000
Ônibus
12.050
11.915
1,13
15.000
Motos
708.462
841.010
-15,76
850.000
2.508.776
0,89
3.010.000
SEGMENTO
2017
2016
Automóveis
1.515.025
Comerciais Leves
TOTAL 2.531.078 EMPLACAMENTOS Implementos
20.539
20.380
0,78
24.000
Máquinas Agrícolas 1
31.900
29.928
6,59
39.000
TOTAL MÁQS. E IMPLEMs.
52.439
50.308
4,23
63.000
Fonte: Licenciamento acumulado FENABRAVE. Máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras), números apenas para referência, uma vez que não há emplacamento para este segmento. Previsão 2017, estudos AUDATEC Marketing 1 Número de fechamento acumulado até outubro 2017 para máquinas agrícolas, ainda preliminares – Anfavea
sofreu um reajuste para mais nos segmentos de automóveis e comerciais leves, em relação ao quadro
apresentado na última estatística, por conta do desempenho dos respectivos setores.
SUSTENTABILIDADE
OFICINA LIMPA por Simone Kühl | fotos Divulgação
PROCESSOS DE LIMPEZA ESSENCIAIS EM OFICINAS MECÂNICAS
Além de ser fundamental para melhorar o desempenho do estabelecimento, a limpeza da oficina transmite organização, qualidade e confiança ao consumidor
C
om a grande concorrência e o mercado exigente do setor automotivo, é primordial que as empresas apresentem um diferencial para atrair e manter seus clientes. E uma oficina mecânica organizada e limpa pode transmitir mais segurança e profissionalismo para os consumidores. Além disso, a organização ajuda na eficiência e no dinamismo dos serviços executados. Outro ponto importante é dar uma atenção à organização e limpeza na área do cliente, pois é nessa aparência que as pessoas reparam em primeiro lugar. E estando em perfeitas condições, transmitirá uma boa impressão, 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
gerando confiança no serviço que será prestado, fora que o tempo de espera será mais agradável para o cliente. Dessa forma, é muito importante que a oficina contenha procedimentos de limpeza adequados, desde a parte de descarte de produtos até a limpeza do ambiente físico. De acordo com Gleverson Cavallaro, gerente de Marketing da Tonini Distribuidora, os procedimentos de limpeza englobam, diversas formas de organização, estratégia e logística. Nesse sentido, o profissional cita sete procedimentos necessários para garantir a correta limpeza de sua oficina:
PRODUTOS EFICIENTES - Todo o ambiente deve estar sempre limpo, como os funcionários, ferramentas e o chão. Sendo assim, é fundamental a utilização de produtos que promovam a retirada da sujeira facilmente. Em relação aos funcionários, existem pastas que retiram facilmente o óleo e graxa das mãos. Além disso, a utilização de luva, na maioria dos procedimentos, faz com que o trabalhador não tenha contato direto com tais substâncias. Referindo-se ao chão da loja, existem diversos detergentes específicos que propiciam a limpeza rápida e eficiente, sem deixar rastro algum de mancha. O mais utilizado ultimamente é
o Detergente Desengraxante em Pó para Pisos. Ele tem resolvido a maioria dos problemas relacionados à sujeira pesada. Em relação às ferramentas, algo diferente deve acontecer. É necessário passar um óleo anticorrosivo, para evitar que as mesmas enferrujem. Esse é um óleo específico e não o mesmo usado nos procedimentos de reparos em veículos. Embora seja necessário aplicar o óleo conservador, a ferramenta deve estar clara, limpa e com todo seu brilho preservado, demonstrando, assim, higiene para o cliente. FERRAMENTAS E BANCADAS O primeiro passo para um ambiente organizado começa com o fim das ferramentas espalhadas sobre as bancadas e no chão. É preciso
As ferramentas devem estar claras, limpas e com todo seu brilho preservado
determinar um espaço exclusivo para armazenar esses instrumentos de trabalho, tanto para conservá-los quanto para otimizar a organização do espaço. A dica é adquirir armários específicos para as ferramentas ou instalar painéis magnéticos, que são ótimas soluções para quem não possui
muito espaço para usar armários e outros móveis. Outro ponto é a redução do vai e vem de pessoas até o depósito de equipamentos. Uma boa solução é investir nos carrinhos de ferramentas com divisórias, que promove uma melhor organização e separação de cada tipo de utensílio. Além de etiquetas para ajudar na identificação.
ÁREAS DETERMINADAS - Vários reparadores correndo de um lado para o outro não transmitem uma imagem de trabalho organizado aos clientes. Para melhorar esse aspecto, a oficina deve possuir espaços demarcados. Dessa forma, cada tarefa é executada dentro de um local apropriado. Um bom exemplo é a troca de óleo ser realizada sempre no mesmo local, por um funcionário equipado e qualificado para o serviço. Desta maneira, promove a eficiência, qualidade e, para o dono da oficina, facilidade na hora de saber com quem conversar a respeito de algumas modificações nesta área. É importante lembrar de seguir uma lógica nessas demarcações, por isso, tente segmentar de acordo com o tipo de serviço que será executado, agrupando os trabalhos semelhantes. AMBIENTE LIMPO - O gestor sozinho não é capaz, e nem dispõe de tempo hábil, para ficar organizando a bagunça deixada pelos funcionários. A melhor solução para um ambiente organizado é a cooperação. Por isso, incentive, esclareça e eduque os funcionários. É muito impor-
tante que o empregador saiba como lidar com seus colaboradores para manter a ordem. Para isso, vale a pena seguir uma linha de raciocínio: explique a tarefa, mostre os benefícios, peça para repetir e veja se entendeu corretamente, esteja disponível para qualquer dúvida e promova o bom relacionamento. A partir do momento que esses tópicos são atingidos, o ambiente de trabalho torna-se mais calmo, amigável e, consequentemente, atraente para os clientes. Também pode-se pensar em uma política de incentivo, uma espécie de premiação para o colaborador que se empenhar mais para manter o ambiente adequado. APLIQUE TECNOLOGIAS - A organização em uma oficina mecânica não se restringe ao ambiente, a parte administrativa também merece esse cuidado. É possível melhorar e digitalizar processos como compras, reposição de estoque e relacionamento com clientes e fornecedores. O uso de softwares de gestão está se mostrando um importante parceiro das oficinas que buscam otimizar
A melhor solução para um ambiente organizado é a cooperação de todos da oficina 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
seu fluxo de trabalho e, principalmente, a qualidade da sua gestão, e também garante acessibilidade e transparência ao cliente. BUSQUE DISCIPLINA – A partir do momento em que toda a equipe trabalha com disciplina, o sistema funciona adequadamente. É possível que muitas pessoas desconfiem dessa simples e óbvia dica, contudo, vemos que no ambiente automotivo, muitas vezes isso não acontece. Além de disciplinar os colaboradores quanto à organização e limpeza, é muito importante mostrar uma metodologia de trabalho, principalmente o trato com o cliente, seja ele de qualquer gênero, para evitar atitudes e comentários pejorativos, maldosos e infantis. Isso é algo inadmissível, pois além de ser ilegal e criminoso, faz a loja perder credibilidade e afasta seus clientes. SOLICITE FEEDBACK - Assim como é necessário efetuar um serviço de qualidade, organizado, higiênico e rápido para o cliente, o respaldo dele é fundamental. Para isso, é importante que haja um questionário, para que o mesmo faça as observações consideráveis e a oficina possa melhorar cada vez mais. Esse tipo de conexão entre loja e consumidor é o que garante um atendimento diferenciado, fornece qualidade no serviço e produto e, consequentemente, promove o crescimento do negócio. Uma oficina mecânica organizada e limpa gera mais confiança e segurança em seus colaboradores e permite o aumento da eficiência no dia a dia de trabalho.
CARROS
L200 por Silvio Rocha | fotos Divulgação
L200 TRITON SPORT
EFICIÊNCIA, SOFISTICAÇÃO, ROBUSTEZ E CONFIABILIDADE Picape estreia nova geração com motor diesel em alumínio e um completo sistema de tração
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ara você, amigo reparador, que gosta de ficar sempre por dentro das novidades em lançamento de automóveis, preparamos nesta edição uma reportagem especial com a Nova L200 Triton Sport, pensada e projetada para oferecer o máximo em conforto e melhor dirigibilidade. Vale destacar que por trás está o DNA 4x4 da Mitsubishi em cada detalhe, com o máximo em praticidade e durabilidade para o trabalho e o conforto para as viagens em família. A L200 Triton Sport é a primeira picape do mundo a utilizar um motor de alumínio, permitindo a redução de peso desse componente em 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
30 quilos, visando alta performance e economia de combustível. Com bom dimensionamento volumétrico, o motor 2.4L turbo diesel tem baixa taxa de compressão, que se traduz em um funcionamento suave e silencioso, com 190cv e 43,9 kgf.m de torque. CÂMBIO E SUSPENSÃO - O câmbio automático tem cinco velocidades e o sistema de tração é o Super Select II: 4x2, 4x4 (que pode rodar no asfalto), 4x4 com bloqueio do diferencial central e 4x4 reduzida. As trocas podem ser feitas facilmente através do seletor no console central. Ao todo, a L200 Triton Sport permite até 20 combinações de marcha, mostrando toda a aptidão off-road desta picape,
que é a única equipada com Paddle Shifters. Na versão GLS, o câmbio é manual de seis marchas. A nova Suspensão SDS II tem barra estabilizadora expandida e molas helicoidais mais rígidas, que trabalham em harmonia com os amortecedores. Na dianteira, é independente, com braços triangulares duplos, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Na traseira, eixo rígido e molas semielípticas. O veículo ainda tem bloqueio do diferencial do eixo traseiro, que em situações extremas, onde as rodas ficam suspensas, é possível superar com facilidade a partir de um simples toque de botão.
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youtube.com/reparacaoautomotiva OPINIÃO – De acordo com Marcos Silva, proprietário da Mecânica Marquinhos, localizada no bairro de Planalto Paulista, zona sul da cidade de São Paulo, e que gentilmente recebeu a nossa equipe de reportagem para a avaliação do modelo, a picape apresenta muitas modificações em relação à sua versão anterior, que facilitaram ainda mais o trabalho do reparador.
FICHA TÉCNICA L200 TRITON SPORT MOTOR TIPO: MIVEC 2.4L diesel com 190cv POTÊNCIA (CV/RPM): 190 / 3500 TORQUE (KGF.MRPM): 43,9 / 2500 DIMENSÕES COMPRIMENTO: 5.280 mm LARGURA: 1.815 mm ALTURA: 1.795 mm DISTÂNCIA ENTRE EIXOS: 3.000 mm
“A Mitsubishi mudou o filtro de ar, assim como o catalisador, a turbina, freios, bateria, bicos injetores e a válvula de partida a frio. O sistema ABS não é mais dentro do cubo e agora está do lado de fora e o reservatório de água veio para a lateral. O sistema do hidrovácuo e cilindro mestre também está menor e apresenta maior eficiência”, diz. Segundo o que nos afirma o experiente profissional da reparação, “as correias anteriores foram substituídas e agora são duas correias de Micro V que demonstram uma performance ainda melhor. Outra mudança boa foi o protetor de cárter, que antes era preciso retirá-lo para troca de óleo e hoje não é mais necessário”, explica. MUDANÇAS - A montadora também modificou o cardan, que antes era completo com uma peça só e dividiu em duas partes, com isso conseguiu tirar o atrito e proporcionar um melhor balanceamento. Além disto, do ponto de vista estético, os faróis estão diferentes. “A suspensão continua a mesma e não temos reclamações do câmbio automático, posso afirmar que é 100% confiável”, aponta. Para o profissional, as mudanças resultaram em um motor mais compacto e eficiente, fazendo o veículo
CAPACIDADES CAÇAMBA: 1.046L TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 75L
ter um melhor rendimento. “A única dificuldade que o reparador pode encontrar é na hora da manutenção no motor de arranque, pois a válvula GE está localizada acima dele, neste caso é preciso trocar a válvula também para um bom conserto”, conclui. CONFORTO E SEGURANÇA - A L200 Triton Sport é excelente em dirigibilidade, desempenho e conforto, aliados a um conjunto equilibrado com a força e resistência. Vem equipada com controle de tração e estabilidade ATSC; HSA (Hill Start Assist), assistente de partida em rampa; TSA (Trailer Stability Assist), que estabiliza o conjunto trailer/veículo. O sistema de freios é completo, com ABS, EBD
e BAS, e o modelo conta com o Brake Override System, BOS, que monitora constantemente os sinais do freio e acelerador. VERSÕES - A All New L200 Triton Sport tem a MitRevisão com preço fixo, o mais baixo da categoria, e é oferecida em oito cores: Branco Fuji, Prata Rodhium, Prata Cool, Cinza Londrino, Preto Ônix, Vermelho Rubi, Marrom Cacau e Azul Petróleo. O modelo é produzido na fábrica da Mitsubishi Motors em Catalão (GO) e está disponível em três versões: L200 Triton Sport HPE Top no valor R$ 174.990,00, L200 Triton Sport HPE a R$ 154.990,00 e L200 Triton Sport GLS no valor R$ 131.990,00. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
19
PERFIL
CEMAUTO por Simone Kühl | fotos Divulgação
CEMAUTO SERVIÇOS
ESPECIALISTA EM DIESEL LEVE, SEDAN PREMIUM E 4X4 Com o foco nesses segmentos na cidade de Recife (PE), oficina é referência em serviços prestados, conhecimento técnico e garantia
C
om uma bagagem de 15 anos no setor automotivo, Ivan Rajo Saraiva, proprietário e diretor da Cemauto Serviços Automotivos Ltda., de Recife (PE), fundou a oficina em fevereiro de 1998 com o foco inicial nos segmentos de funilaria e pintura, prestando serviços diretamente para as seguradoras. Contudo, devido à concorrência no mercado e à falta de oficinas especializadas nos segmentos de Diesel Leve, Sedan Premium e veículos 4x4, o reparador decidiu 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
investir nesse nicho. “Ao adquirir um veículo 4x4, descobri que para manutenção do mesmo a única opção do setor eram as concessionarias das marcas”, conta.
prestados, bem como o conhecimento técnico necessário da equipe, além de um bom estoque para o cumprimento dos prazos fornecidos e certificação IQA.
Esse fator o motivou a buscar conhecimento e a se especializar no segmento. Com isso, no ano de 2002 a oficina passou a atender o setor de manutenção mecânica nessas linhas de veículos.
“Esses fatores somados às parcerias com distribuidoras de peças e representantes de equipamentos de todo o País viabilizaram a oficina a se tornar referência nesse segmento no Nordeste, tendo hoje clientes em vários estados”, pontua.
DIFERENCIAIS - Como principais características da oficina, o reparador cita a garantia dos serviços
TREINAMENTOS – Para estarem atentos e informados sobre as
novas tecnologias e novos modelos de carros, o profissional comenta que o treinamento é algo primordial e constante na oficina. “Buscamos periodicamente capacitação para os colaboradores através de parcerias com o sistema ‘S’ (Composto pelas instituições SENAR, SENAC, SESC, SESCOOP, SENAI, SESI, SEST, SENAT e SEBRAE) e empresas especializadas em treinamentos para o nosso segmento”. INVESTIMENTOS – O reparador conta que apesar da crise financeira e dos transtornos causados pela reforma nesse período, foi possível manter a média de faturamento dos últimos anos na oficina e realizar os investimentos projetados.
Como característica da oficina, o reparador destaca o conhecimento técnico da equipe para reparos nos mais modernos veículos existentes
“No ano de 2017 iniciamos uma ampliação que aumentou consideravelmente nossa área física para cerca 2.000 metros quadrados, com investimento em novos equipamentos e treinamentos para nossa equipe, visando melhorar e ampliar nossa capacidade de atendimento”, completa.
Ainda neste ano, ele revela que pretende concluir toda a reestruturação organizacional e física projetada para manter a excelência no atendimento de seus clientes, amigos e parceiros. A oficina hoje conta com 15 funcionários e está localizada no bairro dos Afogados, na cidade de Recife, na Rua Cosme Viana, 550.
CAPA
TICKET MÉDIO por Karin Fuchs | fotos Divulgação
TICKET
Médio
A CONTA PARA GARANTIR A RENTABILIDADE DA OFICINA No entanto, essa equação por exemplo pode variar de acordo com a região, tamanho, faturamento, estrutura, tipos de serviços realizados, entre outros fatores
E
m 2015, a Roland Berger realizou um estudo sobre o setor de reposição automotiva e uma das abordagens foi a respeito do ticket médio. “Apesar de já ter dois anos, as conclusões do estudo são bem atuais”, informa o diretor Automotivo da Roland Berger, Rodrigo Custódio.
que subiu um pouco de lá para cá, pelo aumento do gasto com manutenção de um veículo ao ano e pela inflação automotiva. “Em comparação aos mercados maduros, como Estados Unidos, Europa e Japão, onde o ticket médio é de R$ 800,00, no País ele é cerca de duas vezes e meia menor”, compara.
Pelo estudo, no Brasil o ticket médio é de cerca de R$ 300,00, valor
Ele explica que essa diferença pode ser atribuída a alguns fatores.
22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
“Em países desenvolvidos, o consumidor prefere fazer a manutenção preventiva, portanto, mais constante para que o veículo fique sempre em ordem, e também pela questão da inspeção técnica obrigatória”. O Brasil, diz Custódio, “é um dos poucos países que beneficia proprietários de veículos usados. Há regulações rigorosas para emissões e segurança para carros
Rodrigo Custódio, diretor Automotivo da Roland Berger
José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reposição Automotiva
Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional
novos, mas os velhos continuam poluindo muito e sem condições de rodar. A inspeção veicular é um tema importante que tínhamos que trabalhar com mais afinco no Brasil”.
CRITÉRIOS - Consultor Especialista em Reposição Automotiva, José Carlos Alquati orienta que dois tipos de serviços devem ser considerados, o preventivo e o reparativo, para a definição do ticket médio. “Para o reparativo, pode-se estabelecer um valor baseado no custo do serviço de atendimento com um parâmetro de lucro”.
dos principais erros é ficar refém do conserto reparativo, sem se preocupar em planejar o faturamento da empresa”, alerta.
TECNOLOGIA - O que também impacta no ticket médio é a tecnologia associada ao tamanho do carro. “No Brasil prevalece a venda de veículos mais básicos. Nos Estados Unidos, picapes, e na Europa, carros tecnicamente melhores. À medida que se aplica mais tecnologia nos veículos e eles ficam mais confiáveis, há menos problemas com itens tradicionais e novos componentes que dão manutenção”. Para concluir, Custódio comenta que neste momento está havendo no País uma migração da demanda para veículos usados e para a manutenção dos já existentes no mercado. “No entanto, não há tanto uma ampliação das manutenções de maior valor. Nós estamos muito aquém dos setores desenvolvidos, em relação ao quanto o consumidor gasta com manutenção.
Na conta, devem ser considerados, por exemplo, a mão de obra e o custo de parada do carro na estação de serviço. “Algumas oficinas não cobram o orçamento e com isso elas podem estar perdendo”. E acrescenta: “todo o empresário tem um custo de funcionamento da empresa, ele tem que conhecer o seu ponto de equilíbrio para cobrir todas as despesas no mês”. Ele sugere oferecer serviços com preços pré-fixados. E para a preventiva, criar promoções e revisões. “Assim, é possível calcular a quantidade de serviços que serão feitos em determinado período, chegando ao ponto de equilíbrio, ao número necessário/mês. Um
VARIÁVEIS - Segundo dados da Cinau – Central de Inteligência Automotiva, o ticket médio das oficinas na Grande São Paulo gira em torno de R$ 521,00. Porém, Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP, diz que este cálculo é complexo. “Ele varia de acordo com a região, tamanho, faturamento, estrutura e tipos de serviços realizados pelo estabelecimento; e pela forma como a empresa trabalha e sua produtividade, além da competência na captação de clientes”. Ele menciona que o maior custo da oficina é a mão de obra. “Isso deve estar devidamente computado, por isso, achamos importante a criação de uma tabela temperária de serviços que ajudaria no cálculo de formulação do orçamento. O Sindirepa está empenhado nesta questão por entender que é de grande relevância para o setor”.
CAPA
TICKET MÉDIO
Para chegar ao ticket médio, Fiola orienta que, primeiramente, é importante fazer uma análise financeira da empresa, verificar custos fixos e despesas pontuais. “Falta muitas vezes uma análise mais apurada do negócio, considerando todas as despesas. Por ser um mercado muito competitivo, às vezes, essas contas não são feitas, na ânsia de captar o cliente”. PASSO A PASSO - Presidente do Sindirepa-PR, Wilson Bill, diz que para chegar ao ticket médio, divide-se a soma dos serviços realizados pelo número de passagens de veículos no mês. “Podendo ser calculado somente do ticket o valor da mão de obra ou o ticket das peças, ou o valor médio do valor total dos serviços do mês”. Ele esclarece que o número de passagens pode variar mês a mês, como por exemplo, menos passagens e mais serviços. “Como por exemplo, alguns serviços de gran-
Bruno Tinoco Martinucci, da MotorFast, de São Paulo (SP)
de porte realizados, de forma que um veículo muitas vezes faz a diferença na média do ticket médio”. Bill adverte que o principal erro de alguns empresários é pensar que o valor cobrado do cliente é somente lucro, sem calcular suas despesas com fornecedores, encargos e salários, e não saber qual é seu custo hora para realizar seus serviços. “Hoje o empresário reparador tem que pensar como empresário e não só como reparador”. E, ainda, “muitas oficinas têm software de gestão e controle de seus negócios, porém, as que não têm devem implantá-lo. O setor de reparação precisa ter noção que, a cada dia, está mais difícil de fazer um perfeito diagnóstico e rápido. Estamos carentes de mão de obra de boa de qualidade e clientes com poder de compra para remunerar adequadamente o setor de reparação”.
Wilson Bill, presidente do Sindirepa-PR 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
GARANTIA - Na MotorFast, prevalece a manutenção preventiva. “O nosso ticket médio se baseia nos
serviços que mais vendemos, primeiramente, a parte de filtros, depois, dependendo da quilometragem do veículo, a parte de correia dentada e a parte de segurança (suspensão e freios)”, especifica Bruno Tinoco Martinucci. Outra variável é o perfil do veículo. “O que influencia no ticket médio, como por exemplo, carros que têm peças mais caras e serviços mais complexos. O ticket médio contempla peças e serviços, pois além de pagar imposto sobre as peças, nós temos um motoboy para buscá-las e poder atender agilmente o nosso cliente”, informa. E na MotorFast não é aceito que o cliente forneça a peça. “Pois em alguns casos, pelo período de análise do fabricante, nós acabamos por comprar a peça para o veículo não ficar parado na oficina”. Padrão similar adota Edson Roberto D’Ávila, proprietário da Mingau Automobilística. “Nós não utilizamos as marcas A, B, C ou D, mas a marca Mingau
CAPA
TICKET MÉDIO
Automobilística. Há 20 anos adotei esta estratégia e isso veio ao encontro com a qualidade da prestação de serviço. Não aceito componentes fornecidos por clientes, pois eu dou 100% de garantia do item instalado. E quando há problema eu resolvo com o fabricante. E isso tudo é aplicado no ticket médio”. MENSURAÇÃO - Mingau explica que, “o ticket médio é um procedimento adotado pelas empresas prestadoras de serviços automobilísticos de forma que cada uma faz o seu cálculo. No mercado em geral, você detecta várias empresas que contratam profissionais para execução do trabalho e colocam o cronograma de funcionabilidade. É a maneira administrativa deles de fazer”. No caso dele, por ser mecânico de formação e empresário da reparação, ele foi atrás de informações administrativas para auxiliá-lo. “Assim, eu consigo mensurar qual é o custo da empresa para ela estar aberta. Não que isso sobrecarregue o orçamento na hora de fazer o reparo do veículo, mas para que o estabelecimento seja mantido”. No fim do mês, ele soma os serviços que foram realizados na oficina, divide o valor, o que resulta na média por carros ou o ticket médio. “De forma que eu consigo fazer uma prospecção para o próximo mês. Para quem não faz isso, as dívidas viram uma bola de neve. E para colocar a empresa no azul, muitos cobram um valor baixo pelos serviços, priorizando pagar as contas, sem perceber que estão se afundando cada vez mais”. CUSTOS DA OFICINA - Uma conta que Fabiana Guardani, da Alemão O 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
o número de funcionários. O que sugerimos é calcular as despesas fixas e as variáveis do mês, somá-las e dividí-las para se obter o ticket médio; o quanto ganhar para pagar suas despesas”, informa.
Edson Roberto D’Ávila, da Mingau Automobilística, de Suzano (SP)
Bom, sabe fazer muito bem. “O meu pai tem oficina por mais de 50 anos e nós sabemos que o dia a dia é um bumerangue, ora com o estabelecimento lotado e há dias que ele está vazio, por isso, o ticket médio tem que ser muito bem calculado”. Na prática, o valor é estipulado a partir do tipo de serviço a ser executado, que varia também pelo modelo de veículo. “Calcular o ticket médio não é tão simples, é complexo, a mão de obra depende em qual automóvel será feito determinado reparo, sempre calculado pela média”. Também nesta conta devem ser considerados todos os custos da oficina para que ela seja rentável.
Zete compartilha que a média do ticket médio de R$ 300,00, pelo estudo da Roland Berger, seja factível. “Principalmente de modo geral, analisando a massa de proprietários de veículos no País em relação à sua renda”. Especificamente em Araraquara e região, ele diz que a média é de R$ 60,00 a hora trabalhada. “Também deve ser considerado que quanto mais quilometragem o veículo tiver, mais defeitos ele apresentará. Por outro lado, há automóveis com mais idade, mas com pouca quilometragem. Mas de maneira geral, é feita mais a manutenção corretiva, não por falta de cultura ou hábito, mas por uma questão financeira”, analisa. Manutenção essa que impacta diretamente no ticket médio. ATIVIDADE SECUNDÁRIA - Nas palavras de Antonio Fiola, “o reparador tem como atividade secundária a compra e venda de peças, para isso,
MÉDIA - Presidente e um dos fundadores do ARVAR, Associação dos Reparadores de Veículos de Araraquara e região, Antonio Donizete dos Santos (Zete) também enfatiza que o ticket médio não é uma tarefa fácil de estipular. “Cada oficina tem o seu custo, a localização mais central ou no bairro influencia, como também
Fabiana Guardani, da Alemão O Bom, de São Paulo (SP)
CAPA
TICKET MÉDIO
paga impostos, faz conferência, arca com o transporte, risco e, por isso, é normal ter lucro sobre esse trabalho”. Ele ressalta que existe uma negociação diferenciada entre reparador e o varejo até por conta da relação que existe entre ambos. “São questões comerciais que existem em qualquer mercado. Desta forma, ele consegue negociações e prazos diferenciados ao comprar, o que deixa o preço muito parecido com o que cliente vai encontrar se comprar diretamente na loja”. O executivo lembra que a 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
compra da peça está cada vez mais técnica e exige conhecimento. “O reparador entende e sabe qual é a peça certa para o reparo diante de tantas referências e códigos”. Além disso, “o reparador é responsável pela peça que aplica no veículo e dá a garantia do serviço ao cliente, caso aconteça algum problema”. Para finalizar, Fiola compara que o procedimento é similar ao de um dentista. “O paciente não compra o anestésico para que o profissional aplique, até porque ele nem sabe qual é o produto e marca adequada. Isso também vale para a reparação do veículo”.
Antonio Donizete dos Santos (Zete), da Associação dos Reparadores de Veículos de Araraquara e região
NA OFICINA
MOTOR
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
colaborou Fabio von Glehn sócio-diretor da Ciclo Engenharia
SISTEMA DE INJEÇÃO
PROCESSOS DE COMBUSTÃO
PARTE FINAL
Por que usar borboletas direcionadoras de ar no coletor de admissão?
P
ara otimizar os processos de combustão, é comum que se utilize uma borboleta direcionadora de ar no coletor de admissão. Essa borboleta permitirá à unidade de controle do motor trabalhar tanto com a formação da mistura homogênea quanto estratificada. Quando a borboleta direcionadora está alinhada horizontalmente com o coletor, o fluxo de ar no interior da câmara segue um fluxo similar ao de um tombamento, o que favorece um processo de homogenização da mistura. E quando a borboleta direcionadora está alinhada verticalmente, o fluxo de ar no interior da câmara segue um fluxo similar ao de um turbilhonamento, o que irá provocar um favorecimento para a estraficação da mistura pelo arraste do ar. (Imagem 1) Então a simples posição da borboleta na horizontal ou na vertical permitirá decidir entre os processos homogêneo e estratificado. O que se faz é utilizar a estratégia estratificada (borboleta na vertical – função swirl ou de
30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
IMAGEM 1
turbilhonamento) com o motor em marcha-lenta ou em cargas parciais e mudar de estratégia para homogênea direta (borboleta na horizontal – função tumble ou de tombamento) quando o motor se aproxima da plena carga. (Imagem 2) Essa mudança de estratégia de estratificada em cargas parciais para homogênea direta em plena carga permite uma folga ao trabalho do injetor de combustível por causa do reduzido tempo disponível para a formação da mistura, pois no caso da mistura estratificada tem-se o tempo de compressão
IMAGEM 2
para isso, enquanto na mistura homogênea o tempo de admissão. Ou seja, quando o tempo de formação da mistura reduz por causa do aumento da rotação do motor, o tempo para formação da mistura ganha um alívio ao trocar o tempo de compressão, menor, pelo tempo de admissão, maior. E tudo isso mudando apenas uma borboleta de posição (vertical para horizontal) e antecipando o trabalho do injetor (durante a compressão para durante a admissão), caso a carga mude de parcial para plena, ou o inverso se de plena para parcial.
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NA OFICINA
TRANSMISSÃO
FALHA NO CIRCUITO DO MOTOR DE PASSO
colaborou Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil
NISSAN SENTRA - TRANSMISSÃO JF011-E por Silvio Rocha | fotos Divulgação
Saiba como realizar o correto diagnóstico e inspeção desse motor O motor de passo muda o passo girando 4 bobinas ON/OFF de acordo com o sinal recebido pelo TCM. Como resultado, o fluxo de pressão de linha para a polia primária é alterado e a relação das polias é controlada. (Tabela 1) PROCEDIMENTO DE DIAGNÓSTICO TERMINAIS DO TCM E VALORES DE REFERÊNCIA
1. Verifique os sinais de entrada: Funcione o motor / Selecione a função “LISTA DE DADOS” / Ande com o veículo e leia os valores de “STM STEP”, BOBINA A, B, C e D. (SMCOIL A, B, C e D). (Tabela 2) 2. Inspecione o chicote entre o TCM e o motor de passo: Ligue a ignição / Desconecte o conector da transmissão CVT e o conector do TCM (A) / Inspecione a continuidade entre os terminais do conector do TCM (A) e os terminais do conector da transmissão CVT (B). (Tabela 3)
No scanner vemos:
TABELA1
COMPONENTE Passos Bobina A Bobina B Bobina C Bobina D
VALOR NA TELA
CONDIÇÃO
(APROXIMADO)
0 - 177 passos Durante a condução
Muda de ON para OFF
Quando o sistema detectar o cód. de falhas acima (Pl777), as causas podem ser: 1. Motor de passo emperrado. 2. Chicote ou conectores (o circuito do motor de passo está em curto ou aberto).
TABELA2 COMPONENTE Passos Bobina A Bobina B
VALOR NA TELA
CONDIÇÃO
(APROXIMADO)
- 20 - 190 passos Durante a condução
Muda de ON para OFF
Bobina C Bobina D
Se OK, vá para o passo 4. Se NÃO OK, vá para o passo 2.
TABELA3
COMPONENTE
CONECTOR
TERMINAL
TCM
F23
30
Chicote de caixa
F46
6
TCM
F23
29
Chicote de caixa
F46
7
TCM
F23
2
Chicote de caixa
F46
8
TCM
F23
27
Chicote de caixa
F46
9
CONTINUIDADE SIM SIM SIM SIM
Se estiver OK, inspecione o chicote quanto a curto à massa ou curto ao positivo. Se estiver OK, inspecione a continuidade entre a massa da carroceria e à
carcaça da transmissão. Reinstale quaisquer peças removidas.
SE OK, vá para o passo 3.
SE NÃO OK, repare o circuito aberto ou o curto à massa ou ao positivo no chicote ou nos conectores. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
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NA OFICINA
TRANSMISSÃO
3. Verificação do motor de passo: Inspecione o motor de passo. Substitua caso não OK / Desligue a
ignição / Desconecte o conector da transmissão CVT / Verifique a resistência entre os terminais do chicote da transmissão CVT e a massa.
NOME
CONECTOR
TERMINAL 6 -7 8 -9
Motor de Passo
F46
RESISTÊNCIA 30 ohms
6 - massa 7 – massa 8 – massa
15 ohms
9 - massa
4. Verifique novamente o código
de falha (DTC): Se o código de falha apaga e não mais retorna, OK e fim do serviço. Se o código retorna, vá para o passo 5.
5. Inspecione o TCM: Verifique os
sinais de entrada e saída do TCM. Se estiverem todos OK, inspecione os pinos do TCM quanto a danos ou conexão defeituosa ou oxidação. Caso negativo, substitua o TCM. Recentemente recebemos casos em oficinas de nossos consultores
em que o código de falha P1777 estava armazenado e o problema não era o motor de passo em si, porém o problema era mau contato nos terminais do TCM, conforme as fotos abaixo mostram. Portanto, recomendamos aos técnicos associados que antes de substituir o motor de passo, façam as verificações iniciais informadas neste boletim de serviço. Ao lado, reproduzimos as informações técnicas e diagrama elétrico das peças envolvidas.
REPRODUZIMOS A SEGUIR AS FOTOS DO DEFEITO ENCONTRADO NA OFICINA DE NOSSO CONSULTOR TÉCNICO:
Motor de passo da transmissão JFOll-E
34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Oxidação nos terminais do módulo da Transmissão (TCM)
Chicote da transmissão com oxidação visível
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MERCEDES-BENZ Cód. BROSOL N. Original SPRINTER
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NA OFICINA
ELÉTRICA colaborou Leandro Marco Instrutor Senai Uberaba / MG
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
MULTÍMETRO AUTOMOTIVO
SAIBA COMO UTILIZAR CORRETAMENTE
O diagnóstico automotivo é mais complexo do que se imagina. Conheça e compreenda as medições do equipamento
P
ara utilizar o Multímetro é necessário que o reparador tenha conhecimento técnico da aplicação de cada equipamento de teste e de cada ferramenta específica. O multímetro recebe este nome por ser um equipamento que traz em sua construção a unificação de outros equipamentos em sua estrutura. Veja a apresentação deste importante equipamento nesta edição.
3) OMÍMETRO - Equipamento
para medir a Resistência Elétrica: Ω-Ohm / KΩ- Kilo-ohms
1) VOLTÍMETRO -
Equipamento para medir tensões, voltes: AC- Corrente Alternada / DC-Corrente Contínua
2) AMPERÍMETRO -
Equipamento para medir a Corrente Elétrica A – Ampere / mA- Miliampere
4) FREQUENCÍMETRO -
5) TERMÔMETRO
8) BORNES DE LIGAÇÃO
9) PONTAS DE PROVAS (TESTES)
Equipamento para medir a Frequência Elétrica: HZ- Hertz
- Equipamento para medir temperatura C/F
6) BEEP - Sinal sonoro para medir continuidade: )))
FIGURA A DOS DIODOS 7) TENSÃO 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
UTILIZAÇÃO ENTENDA COMO USAR O MULTÍMETRO NA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA: FUNÇÕES - Ao escolher o multímetro, é necessário ficar atento a algumas escalas que são indispensáveis para manutenção automotiva. Normalmente todo multímetro possui escala de tensão, corrente, resistência, mas nem sempre trazem teste de continuidade (Beep), temperatura e frequência. No multímetro de um reparador automotivo não podem faltar tais escalas e funções, pois algumas informações acompanhamos pelo scanner automotivo, mas outras precisam ser medidas diretamente no componente.
A) CONFERINDO a Carga do Alternador V- Tensão em Corrente contínua
B) TESTE de Sensor de Temperatura-Resistência
C) TESTE DE FREQUÊNCIA da Sonda Lambda HZ- Hertz Estes são alguns dos inúmeros testes que podemos realizar com multímetro, ele não dispensa o recurso de outros equipamentos, mas contribui no diagnóstico automotivo. Em casos mais avançados de eletrônica embarcada, deve ser utilizado para maior precisão o Osciloscópio.
ATENÇÃO DIAGNÓSTICO: • Possua tabela referência dos componentes a serem testados. • Possua diagrama elétrico do circuito a ser reparado. • Pontas de provas do multímetro precisam estar em ótimas condições de uso. • Bateria interna sempre com tensão ideal de trabalho. USO - As áreas que utilizamos o multímetro na reparação automotiva são: Sinalização e iluminação, Sistema de carga e partida, Eletrônica embarcada, Gerenciamento eletrônico do motor (injeção), Freios ABS, e Gerenciamento de transmissão automática e automatizada.
UTILIZAÇÃO: • Observe a escala de medição para não danificar o aparelho, exemplo medir tensão com multímetro em escala de corrente elétrica (amperímetro). • Não espete as pontas de provas em cabos de ignição, além de danificar aparelho há um provável risco de choque. • Não deixe o display digital exposto ao sol, pois o mesmo irá danificar o cristal líquido. • Mantenha-o em local seguro livre de quedas e pancadas. COMPRA - Existem várias marcas no mercado, mas é importante que não se defina apenas pelo custo inicial do aparelho, mas pelas funções que o mesmo possui, qualidade de suas pontas de provas e seu acabamento. Opte por equipamentos que possuam borracha protetora, que possuam chave seletora com opção de desligamento por interruptor. Leia o manual de seu equipamento, busque conhecer a melhor forma de utilizá-lo e conservação.
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
37
NA OFICINA
SUSPENSÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação
colaboraram Jair Silva e Eduardo Guimarães (foto), da Nakata Automotiva
COIFAS DA JUNTA HOMOCINÉTICA COMO DEVEM SER INSTALADAS?
Torque, lubrificação e fixação adequada das braçadeiras são alguns cuidados que prolongam a vida útil da junta
U
tilizadas como proteção da graxa que envolve as juntas homocinéticas, as coifas requerem cuidados na hora da instalação. “Após montar a coifa na junta homocinética, é preciso colocar as abraçadeiras, fechando sempre com o alicate adequado”, afirma Jair Silva, gerente de qualidade e serviços da Nakata. O técnico explica que, primeiro, é necessário inserir a abraçadeira maior, denominada tipo ponte, e fechar em forma de “T” com o alicate especial (imagem 1), que faz pressão nas laterais e na parte superior da abraçadeira. 38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
IMAGEM 1
“Se não utilizar o alicate adequado, é arriscado quebrar a abraçadeira ou até mesmo escapar em funcionamento”, adverte. CUIDADOS - Segundo Silva, antes de colocar a abraçadeira menor, é necessário deixar entrar um pouco de ar na coifa. O fechamento da abraçadeira menor também é tipo ponte, e feito com o mesmo alicate. Ele esclarece que usando uma turquesa, por exemplo, poderia formar uma ponta na abraçadeira bem no fechamento, essa ponta pode tocar em algum componente da suspensão e soltá-la, em funcionamento.
IMAGEM 2
Ao perder as abraçadeiras, a coifa vai se desprender permitindo entrada de contaminantes. “Se a graxa estiver contaminada com qualquer tipo de sujeira (imagem 2), como terra e água, as pistas de trabalho sofrerão desgaste, criando marcas profundas que gerarão ruídos ”, explica.
DESEMPENHO - Para o bom desempenho do componente (imagem 3), a fabricante orienta que o reparador utilize o torque correto na fixação da porca, a lubrificação certa (imagem 4), com a graxa que acompanha o kit Nakata e fixe as braçadeiras adequadamente na coifa. Se a coifa for mal instalada e não usar a ferramenta especial, as abraçadeiras podem escapar e perder a eficiência de vedação, contaminando a peça. Se ocorrer o desgaste das pistas por abrasão, a peça terá que ser substituída por uma nova.
IMAGEM 3
IMAGEM 4
NA OFICINA
FREIOS
REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DE PASTILHAS E PINÇAS DE FREIO por Silvio Rocha | fotos Divulgação colaborou Motorcraft
por Silvio Rocha | fotos Divulgação
FORD FOCUS (2010 A 2013)
O PASSO A PASSO SUGERIDO DESSES IMPORTANTES COMPONENTES Para iniciar o procedimento nas pastilhas de freio, é necessário o uso de ferramentas especiais, como o Retrator e Êmbolo da pinça de freio 206-005 (12014) e o uso do material Fluido de Freio – DOT 4 (ESD-M6C57-A).
REMOÇÃO - PASTILHAS DE FREIO
1. REMOVA a presilha de retenção das pastilhas de freio. 3. CUIDADO: SUSPENDA a pinça para evitar esforço sobre a mangueira de freio. DESTAQUE a pinça de freio da placa de ancoragem. (1) REMOVA as capas dos parafusos (se equipado). (2) REMOVA os parafusos.
2. NOTA: ANOTE a posição da
mangueira do freio, para facilitar a instalação. DESTAQUE a mangueira de freio da torre da suspensão. REMOVA a presilha retentora.
4. REMOVA as pastilhas de freio.
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INSTALAÇÃO 1. CUIDADO: quando o
êmbolo da pinça de freio estiver se retraindo em seu alojamento, o fluido de freio será distribuído no seu reservatório. Utilizando a Ferramenta(s) Especial(ais), RETRAIA o êmbolo da pinça de freio.
2. CUIDADO: não torça a mangueira do freio quando instalar a mordaça para evitar danos à mesma. CUIDADO: CERTIFIQUE-SE que a mangueira do freio esteja corretamente posicionada no seu suporte. CUIDADO: CERTIFIQUESE que a presilha retentora esteja posicionada no lado, debaixo do suporte da mangueira de freio. 4. ACOPLE a pinça de freio na placa de ancoragem. (1) INSTALE os parafusos de retenção. (2) COLOQUE as coberturas dos parafusos (se equipado).
3. INSTALE as pastilhas de freio.
5. INSTALE a presilha de
retenção das pastilhas de freio.
6. NOTA: REPITA a posição
da mangueira do freio. INSTALE a mangueira de freio da torre da suspensão.
7. INSTALE a roda.
8. PRESSIONE o pedal do
freio, VERIFIQUE o nível do fluido de freio no reservatório e, se necessário, COMPLETE.
REMOÇÃO - PINÇAS DE FREIO Para o procedimento nas pinças de freio, é necessário o uso do equipamento: Braçadeira da mangueira do freio e de material: graxa para alta temperatura (ESE-M12A4-A).
1.REMOVA a presilha de retenção das pastilhas.
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NA OFICINA
FREIOS
REMOÇÃO - PINÇAS DE FREIO 2. CUIDADO: TAMPE a mangueira
3. REMOVA a pinça do freio. (1) REMOVA as capas dos parafusos (se equipado). (2) REMOVA os parafusos.
de freio para evitar perda de fluido ou entrada de sujeira. SOLTE a mangueira na união da pinça de freio. (1) COMPRIMA a mangueira do freio com uma braçadeira. (2) SOLTE a união.
4. REMOVA
as pastilhas.
5. REMOVA
os parafusos de fixação da placa de ancoragem.
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6. REMOVA a placa de ancoragem.
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NA OFICINA
FREIOS
INSTALAÇÃO
1. INSTALE a placa de ancoragem.
2. NOTA: APLIQUE graxa para alta temperatura nos pontos de contato da pastilha de freio. INSTALE as pastilhas de freio.
3. INSTALE a pinça do freio. (1) INSTALE os parafusos. (2) INSTALE as capas dos parafusos (se equipado).
4. INSTALE a mangueira na 6) INSTALE a roda.
união da pinça de freio. (1) INSTALE a união. (2) LIBERE a mangueira do freio com uma braçadeira.
5. SANGRE o sistema de freio.
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EVENTO
SAE BRASIL por Redação | fotos Divulgação
26º CONGRESSO E MOSTRA INTERNACIONAIS SAE BRASIL DE TECNOLOGIA DA MOBILIDADE Evento aconteceu na capital paulista entre os dias 7 e 9 de novembro com o Tema: “A mobilidade inteligente e a transição para o futuro”
C
om o tema “A mobilidade inteligente e a transição para o futuro”, aconteceu entre os 7 e 9 de novembro, no Centro de Eventos PRO MAGNO, no bairro da Casa Verde, o 26º Congresso e Mostra Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade. Os painéis dos Presidentes, Internacional, Ferroviário, Qualidade, Caminhões e Ônibus, Manufatura e Logística e Suprimentos fecharam o acontecimento no dia 9.
CONGRESSO EM NÚMEROS - Painéis - 17: três âncoras (Engenheiros-chefes, Internacional e Presidentes) e 14 temáticos - Aeroespacial, Caminhões e Ônibus, Duas Rodas, Educação de Engenharia, Ferroviário, Manufatura e Logística, Máquinas Agrícolas e de Construção, Motorsport, Qualidade, Segurança Veicular, Suprimentos, Tecnologia da Informação, Telemática e Infotainment e Veículos Elétricos e Híbridos.
MOSTRA TECNOLÓGICA – Mostra Tecnológica com os últimos avanços da indústria da mobilidade, que teve entre os participantes a Allison Transmission, Applus Idiada, BASF, Bosch, CBMM, Eaton, Emicol, Ford, Fras-le, General Motors, GGDP, Grupo Moura, Hella, MAN, Mercedes-Benz, Metalúrgica Fey, Neo Rodas, NSK, Radici Group, Randon, Schaeffler, Schuh & Co. e Toyota.
PAPERS – 116 trabalhos técnicos em Carroceria e Estrutura, Chassis, Metodologia de Projeto e Design, Eletroeletrônica, Eletrônica Embarcada, Meio Ambiente, Combustíveis e Rec. Energéticos, Ergonomia, Interiores e Cabines, Man. e Reposição, Gestão e Des. de Produtos, Manufatura, Materiais, Ruídos e Vibrações, Peças e Comp., Powertrain, Qualidade, Confiabilidade e Durabilidade, Segurança, Testes e Simulações, Sist. de Transporte e Veículos.
HUB TECNOLÓGICO - Integrado à mostra internacional, o HUB Tecnológico foi um espaço para apresentação de tecnologia, interação com o público e prospecção de novos negócios. Para se ter uma ideia, a programação do HUB se estendeu pelos três dias do Congresso. Participaram da iniciativa empresas como Applus Idiada, Benteler, Gerdau, Infinite Foundry, Metalmatrix e Michelin/Sascar. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 45
NOVIDADES
PRODUTOS E INFORMAÇÕES
por Redação | fotos Divulgação
MONROE LANÇA AMORTECEDORES NA REPOSIÇÃO PARA VEÍCULOS LEVES E PESADOS empresa anuncia a chegada de novas aplicações do componente no mercado de reposição. Os lançamentos contemplam modelos importantes no cenário nacional, como o Hyundai HB20, nas versões hatch e X, Fiat Palio Sporting, Chevrolet Cruze, Honda City, Peugeot 3008, Nissan Tiida, Iveco Tector e
Mercedes-Benz O-500. Os amortecedores Monroe são produzidos sob os mais rígidos processos de qualidade exigidos pelas montadoras. Mais informações sobre os produtos Monroe podem ser consultadas por meio do serviço de relacionamento com o cliente no 0800-166-004 ou através do site www.monroe.com.br.
SISTEMA START-STOP REQUER CUIDADOS ESPECIAIS COM SISTEMA DE IGNIÇÃO demanda por carros equipados com sistema start-stop vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Os técnicos da NGK, no entanto, fazem um alerta: para que tudo funcione corretamente é necessária manutenção preventiva de componentes, como velas, cabos e bobina. Caso contrário, a vida útil da bate-
CAMPANHA TRW ORIGINAIS DE VERDADE GANHA POPULARIDADE E NOVA NARRATIVA
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epois de dois anos e seis milhões de visualizações online, a ZF Aftermarket trouxe todos os elementos de sua campanha global em conjunto com uma nova e dinâmica narrativa para suas campanhas. A nova narrativa conta a história da marca TRW e mostra como os colaboradores da empresa colo-
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caram suas paixões diárias individuais no trabalho que realizam em todo o mundo. A campanha mostra toda a força da marca, a partir da diversidade das linhas de produtos, da experiência e força de engenharia, além da uniformidade e qualidade dos produtos originais e desenvolvimento de soluções inovadoras.
ria e do motor de partida pode ser comprometida. Em veículos que não possuem a tecnologia de velas especiais, o uso das velas G-Power, de platina, e Iridium IX, de irídio – produtos da NGK para o mercado de reposição – também são recomendáveis, já que possuem uma excelente ignibilidade e facilitam a partida do automóvel.
CAOA LANÇA SITE COM DICAS DE MECÂNICA PARA O PÚBLICO FEMININO
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evido ao grande sucesso da ação Mecânica para elas – Você no comando do seu carro, promovida pela CAOA e que apresenta noções básicas de mecânica automotiva para o público feminino, a empresa lançou o site www.mecanicaparaelas.com.br. Contando com um layout moderno, leve e fun-
cional, o site foi desenvolvido para facilitar a utilização e a visualização das informações nele contidas. Com essa novidade, a CAOA estará ainda mais próxima desse importante público, além de proporcionar mais um canal para a propagação de conhecimentos técnicos e dicas de manutenção.
CUBOS DE RODAS COFAP SUPERAM EXPECTATIVAS
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raças ao sucesso nas vendas, que tem superado as expectativas da empresa, os Cubos de Rodas Cofap brevemente estarão presentes em todos os 60 mil pontos de venda espalhados pelo País com a ajuda da maior rede de distribuição de autopeças do mercado de reposição. Presente no
segmento há mais de 50 anos, a marca Cofap detém a confiança do consumidor brasileiro graças à tradição e segurança. A incorporação dos Cubos de Roda ao seu portfólio reforça ainda mais a posição da marca nos sistemas undercar dos veículos, ou seja, suspensão, freio, direção e transmissão.
MESTRES DA REPARAÇÃO
GARBUGGIO por Simone Kühl | fotos Divulgação
UMA VIDA NA OFICINA REPARADOR DESDE CRIANÇA
C
Há 59 anos no setor, Nelson Garbuggio conta sua história e revela suas principais conquistas e desafios
om 71 anos e muita disposição ainda para trabalhar, Nelson Garbuggio está no mercado há 59 anos. Hoje, o reparador é proprietário da Garbuggio Centro Automotivo e Peças Ltda., em São Caetano do Sul (SP), além de oficina, o estabelecimento também conta com um setor de autopeças, administrado por seus dois filhos, Elisabete Garbuggio e Nelson Garbuggio Fillho.
auxiliar de mecânico na Chocolates Pan, onde seu pai João Garbuggio era o chefe da oficina. “Eu cumpria uma carga de 240 horas no mês e trabalhava de segunda a sábado. Como eu morava perto, quando o expediente acabava eu ia para casa, fazia minhas tarefas escolares e depois às 19h eu ia para a escola. Agradeço muito aos meus pais e à minha avó pela cobrança e motivação no meu trabalho e estudo”, emenda.
HISTÓRIA – Seu primeiro emprego no setor foi aos 12 anos como
Aos 15 anos, Nelson saiu da Pan e foi trabalhar na oficina Sereno e
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Gaspari, mesmo estabelecimento que seu pai aprendeu a profissão. Após, trabalhou nas Indústrias Aliberti (SCS), onde era responsável por uma frota de 12 veículos. CAPACITAÇÃO - Com 16 anos, o reparador se matriculou em uma escola de mecânica de automoveis, Escola Profissional Urubatan. “No segundo ano, tirei meu diploma com a nota máxima e consegui um emprego noturno na própria escola como instrutor de aulas práticas”, comenta.
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EM EVIDÊNCIA
O profissional também decidiu fazer um estágio na Vemag, onde se especializou em DKW. “A partir desse momento comecei a trabalhar nos fundos da casa dos meus pais. Na época DKW era pouco conhecido e eu tendo conhecimento especializado nessa marca consegui uma boa clientela”, recorda.
novo serviço para atender ao cliente. “Há 30 anos existia uma grande dificuldade na hora de socorrer um veículo, seja por acidente ou defeito mecânico. Por conta disso, eu montei um caminhão guincho com uma Chevrolet 1949 e consegui mais uma fonte de renda para a oficina”.
DESAFIOS – Para o reparador, os principais obstáculos foram as constantes mudanças e inovações nos veículos. “Foram muitas as dificuldades, principalmente na área técnica e ferramental”, pontua.
O ano de 1991 foi marcado pela inauguração do setor de peças na oficina e o início do uso da informática para o controle de estoque de peças.
Pensando nisto, o profissional decidiu investir também no estudo da injeção eletrônica em 1988. “De lá para cá venho adquirindo diversos tipos de ferramentas e posso dizer que no geral as mudanças foram para melhor”, ressalta. Contudo, Nelson ainda menciona um grande problema na reposição de peças. “Ao adquirirmos peças de reposição, muitas vezes temos nos deparado com produtos de má qualidade, por isso é importante termos conhecimento sobre o fabricante para prezarmos a qualidade sempre”, destaca
anos, onde tem passado os finais de semana e feriados com a sua família. Além disto, em seu tempo livre ele trabalha em seu carro e está sempre acompanhando as notícias do País.
PAIXÕES E FAMÍLIA – Como forma de lazer, o reparador revela que comprou uma chácara há 44
Com 71 anos de idade, Nelson conta que ainda pretende trabalhar muito nessa área. “Gosto muito da minha profissão e tenho prazer em desempenhá-la, me sinto muito satisfeito e realizado por tudo que conquistei. Trabalho das 7h às 19h na oficina e adoro fazer a montagem completa de motores, câmbio e diferencial, freios, suspensão e injeção eletrônica”, completa.
Reparação é a maior paixão do empresário
Equipe capacitada é destaque na oficina
NEGÓCIO – Em 1964, Nelson e seu pai fizeram um empréstimo para começar seu próprio negócio e iniciaram a construção de um pequeno prédio de 144m², que rapidamente ficou pequeno. “Consegui depois adquirir mais 60m² e então o primeiro espaço físico ficou com 204m². Hoje em dia estamos com 1000m² e contamos com 25 funcionários”, conta. Um dos fatos históricos que ele se lembra foi a inserção de um 50
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Há 59 anos na profissão, Nelson investiu num setor de autopeças para melhor atender seu cliente