Revista Reparação Automotiva - 100

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reparacaoautomotivaoficial

reparacaoautomotiva.com.br

EDIÇÃO 100 Dezembro de 2016 EDITORA

A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO

COMO “TURBINAR” OS

LUCROS DAS

OFICINAS Com as vendas de veículos novos em baixa, as oportunidades de negócios são imensas. Mas é preciso estar bem preparado e pensar diferente para aproveitar essa prosperidade

DILEMAS DA INJEÇÃO

Os novos sistemas diretos e a qualidade dos combustíveis

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Presidente da Anfavea reforça a importância da cooperação

CVT EM CRESCIMENTO

A transmissão se populariza e chega aos carros compactos

DE OLHO NO FUTURO

Os motores a combustão se adaptam às novas exigências

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES



SUMÁRIO

reparacaoautomotiva.com.br reparacaoautomotivaoficial

EDIÇÃO 100 | DEZEMBRO 2016

42

04 ENTREVISTA

Montadoras e reparadores

06 NOVIDADES

As últimas notícias do setor

10 INDICADORES

Como usar o geomarketing

14 NEGÓCIOS

Urba e Brosol em expansão

16 GESTÃO

O checklist gerando lucros

18 PERFIL

Uma oficina sob nova direção

20 SOCIAL

A reparação mudando vidas

22 OFICINAS

Como aproveitar a boa fase

18

30

34

26 ESPECIAL

Nossas primeiras cem edições

30 AVALIAÇÃO

Câmbio CVT no Nissan March

32 AUTOMÁTICOS

Cuidados com os franceses

34 INJEÇÃO

Falhas nos sistemas diretos

36 HISTÓRIA

A saga da direção assistida

40 FUTURO

Combustível ou eletricidade?

Diretores Carlos Alberto de Oliveira carlos@znews.com.br Flávio Guerra guerra@znews.com.br REDAÇÃO Coordenador Editorial Douglas Cavallari (MTB 28.890) Redator-Chefe Alexandre Akashi (MTB 30.349) Revisor Geuid Dib Jardim ARTE Designers Ezequiel Leão, Fausto Rapassi Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Helena de Castro helena@znews.com.br Richard Faria richard@znews.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br

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Essa revista também está disponível nos dispositivos

42 MESTRES

As aventuras de João Mariano

Precisa criar algo novo? Fazer arte é com a gente mesmo: criacao@znews.com.br Anuncie na revista Reparação Automotiva, ou em nosso site. Comunique-se com o setor automotivo e aumente o poder de sua marca: comercial@znews.com.br

ANUNCIARAM nesta edição

APOIO E PARCERIA

FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 355 04139-090 - São Paulo - SP (11) 3585-0626 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Circulação auditada pelo

A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.

BorgWarner 11 Corteco 09 Corven 45 Dana 48 Fabrini 16 Fram 33 Fremax 17 Hella 21 Idemitsu 07 King Tony 15 Lupus 41 Mann 23

Meca Brazil 31 Motorcraft 02/47 Motrio 19 Ranalle 35 Raven 13 Renault 38 Sincopeças 46 Tecnomotor 25 Urba e Brosol 37 Wega 29 ZMix 27 ZNews 39


ENTREVISTA | ANFAVEA

SETOR AUTOMOTIVO ESTAMOS TODOS INTERLIGADOS

por Alexandre Akashi | foto Divulgação

O presidente da Anfavea falou com exclusividade para a revista Reparação Automotiva sobre as novas tecnologias que estão chegando e o papel das oficinas independentes

Em abril, Antonio Megale assumiu a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Graduado em Engenharia Mecânica Automotiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Megale ocupou anteriormente a presidência da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, entre os anos de 2011 e 2014. Com perfil bastante técnico, Megale comentou em entrevista exclusiva para a revista Reparação Automotiva a visão da Anfavea a respeito do futuro da indústria automobilística no Brasil e a importância das oficinas independentes na manutenção da frota. Para o entrevistado, “Da mesma forma que falamos com as indústrias, conversamos com o setor da reparação. Nós atuamos num setor único, o automotivo. Estamos todos interligados”. 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


Reparação Automotiva - O Salão do Automóvel de São Paulo mostrou muita evolução nos motores. O que podemos esperar de novidades além do que já foi apresentado? Antonio Megale - Chamamos essa edição de “Salão do Inovar-Auto” porque tivemos uma evolução extraordinária dos motores em função do programa, que estabeleceu metas de eficiência energética para cada empresa. Para cumprir o acordado, a solução foi trazer para o Brasil as mais avançadas tecnologias disponíveis nas matrizes. RA - Quais são essas tecnologias? AM - Motores mais leves e menores, de alumínio, turbo, injeção direta e comando de válvulas variáveis. Agora, em médio prazo, veremos a consolidação dessas tecnologias, que devem avançar para mais modelos. Além disso, existem outras inovações ainda mais complexas, como as taxas de compressão variáveis e a colocação de mais válvulas por cilindros, que devem ser implementadas no futuro. RA - E os veículos híbridos e elétricos dentro desse contexto? AM - No futuro, sabemos que a propulsão será elétrica. Porém, o que se discute ainda é qual a melhor forma de levar essa eletricidade para o veículo. Pode ser bateria, energia solar, híbrido, híbrido plug-in, célula a combustível... Essa última eu acho uma boa alternativa para o Brasil. RA - Como assim? AM - Temos uma alternativa muito interessante em emissões de gases, que é o etanol. De forma mais abrangente, o ciclo do etanol de cana é neutro em gases de efeito estufa. É a melhor alternativa que temos. Há um grande

espaço para o etanol no futuro, inclusive, muitos países estão aumentando a mistura do combustível vegetal na gasolina. RA - Então falamos em células a combustível de etanol? AM - Sim. Uma alternativa interessante é a célula a combustível de onde se extrai o hidrogênio direto do etanol. Dessa forma, se aproveitaria toda a estrutura atual de plantio, destilação e distribuição do combustível. A geração de energia é feita dentro do carro para mover o motor, que passa a ser elétrico. É uma tecnologia muito promissora. Ainda é muito cara, grande, pesada, mas grandes pesquisas estão sendo feitas para torná-la viável. RA - Voltando ao presente, os motores de combustão interna estão cada vez mais sofisticados e difíceis de reparar. Como levar todo o conhecimento das novas tecnologias para fora da rede concessionária? AM - É um grande desafio e uma mudança de paradigma. Não há como fazer o diagnóstico e nem o reparo sem a ajuda de muita eletrônica. Hoje, os carros estão cheios de eletrônica embarcada, e a tendência é aumentar. Isso vale uma boa conversa entre as marcas e a rede de reparação, porque é de interesse das montadoras oferecer todas as condições para as oficinas independentes repararem os seus veículos. Se não for assim, o cliente abandona a marca. RA - A Anfavea apoia esse tipo de iniciativa? AM - Sim. É assim que a gente entende. O veículo dura muito mais do que o período de garantia. Se há veículos com 10, 20, 30 anos ro-

dando bem, com certeza estão assim porque fizeram a manutenção adequada nesse período e usaram peças adequadas. Só que a questão da eletrônica muda um pouco essa lógica. Para fazer a reparação e a manutenção preventiva adequada, você precisa ter disponíveis os equipamentos e o treinamento necessário. RA - Na Europa existem equipamentos que fazem a atualização de softwares remotamente, por assinatura. Ainda é algo muito novo e que não existe no Brasil. Esse é um mercado que as montadoras podem desenvolver? AM - Apesar de ser uma novidade, acredito que se torne uma tendência. A preocupação das montadoras é que o cliente seja bem atendido não apenas durante o período de garantia, mas ao longo de toda a vida útil do veículo. Então, será preciso prestar um atendimento técnico adequado e capacitar a mão de obra para esse tipo de serviço, qualquer que seja a idade do automóvel ou o tipo de oficina que o dono escolher. RA - O mercado de veículos novos caiu vertiginosamente. Mas, para as oficinas, o movimento está muito bom. Como a Anfavea avalia o mercado original e a reposição brasileira para daqui a alguns anos, diante desse período recente de crise? AM - Estamos rodando muito abaixo da capacidade instalada, que é estimada em cinco milhões de unidades. Hoje, o mais importante para todos é a retomada da indústria. É por isso que a gente tem de lutar. Quanto maior for o tamanho do mercado, melhor. Os veículos hoje são muito mais duráveis do que no passado, mas, um dia, acabam precisando de manutenção e reparação. Então, quanto mais produção, melhor. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 05


NOVIDADES | PRODUTOS E INFORMAÇÕES

NAKATA LEVA REPARADORES À OFICINA DE NONÔ FIGUEIREDO

P

elo segundo ano consecutivo, a Nakata visitou visita a oficina da equipe Onze Motorsports, onde é preparado o Chevrolet Cruze do piloto Nonô Figueiredo, patrocinado pela empresa. Cerca de 60 empresários e reparadores participantes do Programa de Auto Centers Nakata foram até a cidade de Piracicaba para conhecer as instalações e um pouco da história do time, que lidera o Campeonato Brasileiro de Marcas. “Comecei no kart, ainda criança, e corri na StockCar até dois anos atrás, quando decidi montar a minha própria equipe para o Brasileiro de Marcas”, resume Nonô.

URBA AMPLIA A LINHA DE BOMBAS DE ÁGUA

A

Urba acaba de ampliar e atualizar sua linha de produtos com o lançamento de bombas de água para dezoito modelos de nove marcas: Nissan (March 1.6 16V 2011 em diante), Toyota (Corolla 2.0 16V 2009/2013), Honda (Fit e City 1.5 16V 2009 em diante), Ford (Ka 1.0 12V), Volkswa-

MONROE LANÇA KITS DE COIFAS O mercado de reposição passa a contar com vinte e três novos kits de coifas para homocinéticas da Monroe Axios. Os novos produtos complementam a linha atual e são aplicados em veículos como Fiat Ducato; Citroën Jumper; Ford Ranger; Chevrolet Vectra, Astra, Zafira, Corsa, S10, Montana e Prisma; Honda Civic; Peugeot 206; Toyota Hilux; Nissan Frontier; Renault Clio, Kangoo e Mégane; Volkswagen Fox, Polo, Golf, Passat e Kombi. 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

gen (up!, Fox e Gol com motor EA2111.0 12V e 1.6 16V, além da Amarok 2.0 16v), Kia (Picanto 1.0 12V, Sportage 2.0 16V e 2.7 V6 24V, Carens 2.0 16V e Cerato 2.0 16V), Hyundai (HB20 1.0 12V, i30 2.0 16V, Tucson 2.0 16V e 2.7 V6 24V), Fiat (Palio 1.6 e 1.8 E.torQ 16V) e Jeep (Renegade 1.8 16V)

DAYCO APRESENTA NOVOS ITENS

A

Dayco lançou novos produtos para a Volkswagen Amarok; Chevrolet Cruze,

Tracker e Sonic; além dos modelos Clio, Symbol, Logan e Sandero da Renault. Para a Amarok 2.0 16V a empresa disponibiliza as polias ATB2570/ATB2571 e o tensionador ATB2569. Os modelos Cruze 1.8 16V, Tracker 1.8 16V e Sonic 1.6 16V passam a contar com o tensionador ATB2506. Para os veículos Renault com motores 1.6 8V está disponível o kit KTB794 para o sistema de sincronização e o tensionador ATB2572.



NOVIDADES | PRODUTOS E INFORMAÇÕES

BOSCH LANÇA O SCANNER KTS 590

A

Bosch apresenta ao mercado o KTS 590, o primeiro scanner de diagnóstico desenvolvido para estabelecer comunicação via Ethernet (DoIP) - uma rede mais rápida para conexões e processamento de dados. Segundo a Bosch, essa nova geração de scanners atende as atuais e diferentes demandas das oficinas, além de estar preparada para as futuras plataformas de eletrônica

embarcada que equiparão os principais veículos leves e pesados vendidos do mundo. Uma novidade é o diagnóstico paralelo, que possibilita a leitura de até três sistemas simultaneamente. O KTS 590 conta ainda com multímetro e osciloscópio integrados e possui proteção contra poeira e gotas de água. O equipamento está disponívelem duas opções de

tensão de operação: 8 V e 28 V. Também conta com um conector USB 2.0 para o computador ou notebook e tem comunicação sem fio por Bluetooth.

COSAN LUBRIFICANTES AGORA É MOOVE

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esde novembro, a Cosan Lubrificantes adotou uma nova marca e identidade visual, passando a se chamar Moove. Segundo a empresa, o novo nome representa com uma maior força e impacto os objetivos da companhia, que espera tornar-se ainda mais reconhecida no

AMPRI PASSA A CONTAR COM TERMINAIS AXIAIS

E

specializada na fabricação de componentes para sistemas de direção, a Ampri acaba de lançar uma nova linha de terminais axiais. Numa primeira fase, estarão disponíveis mais de 200 itens, para aplicação em carros, utilitários, picapes e SUVs, nacionais e importados. Todos os produtos contam com a certificação do Inmetro.

08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

KS ALERTA PARA O SELO DO INMETRO

mercado nacional e internacional de lubrificantes. Os produtos da marca Mobil continuarão sendo o principal foco de atuação da companhia, que também distribui os lubrificantes Comma e possui a rede de franquias Zip Lube, que oferece uma série de serviços automotivos diferenciados.

A

partir de janeiro de 2017, diversos produtos automotivos comercializados no mercado de reposição brasileiro deverão possuir o selo de certificação do Inmetro. A fabricante de componentes para motor KS informa que os produtos do seu portfólio que requerem a certificação possuem o selo desde janeiro de 2013. São eles: bronzinas, pistões de alumínio, pinos de pistão, anéis de trava, anéis de pistão e bombas elétricas de combustível para motores a gasolina e flex. Algumas peças estão isentas da certificação, como as aplicadas nos veículos de produção descontinuada até 31 de dezembro de 1999; os componentes para motocicletas, ciclomotores, motonetas; como também os itens destinados exclusivamente a compressores de ar.


Faça revisões em seu veículo regularmente

A Freudenberg - Corteco disponibiliza para o mercado de reposição a linha completa de KITS DE REPARO DE CÂMBIOS, EIXOS E TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA (linha leve). São componentes originais desenvolvidos em conformidade com as rigorosas exigências internacionais de qualidade das montadoras e das normas ambientais.

www.corteco.com

Seja original, seja Freudenberg-NOK

Divisão de Reposição


INDICADORES | AUDATEC por Sergio Duque | foto Divulgação

GEOMARKETING

ESTUDO SOBRE A GRANDE SÃO PAULO Para 2017, a tendência é que essa região amplie a sua participação no volume total dos negócios automotivos

C

om base em dados estatísticos, sociais e econômicos, a Audatec desenvolve estudos de geomarketing (quantitativos e qualitativos) feitos sob medida para a reposição automotiva. A partir da análise de vários fatores que interferem no desempenho do setor, a empresa criou um algoritmo capaz de calcular a demanda por autopeças de forma segmentada. O cálculo desse algoritmo leva em consideração diversos fatores, como a frota que circula em cada município brasileiro; os gastos médios com peças e mão de obra para a manutenção desses veículos, divididos por classe social; o consumo dos diferentes combustíveis; a 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

série histórica e a previsão do PIB para essas cidades; entre muitas outras informações. Todos os dados aplicados na composição da fórmula (cada um com um peso diferente, proporcional a sua importância) geram, ao final, um índice potencial de demanda por autopeças com elevado grau de confiabilidade. Os desenvolvedores do sistema chegam a considerar até a ocorrência de desastres naturais ou crises econômicas em cada região do país. Dessa forma, o sistema da Audatec é capaz de disponibilizar as informações de forma dinâmica, uma vez que é permanentemente atualizado com base no desem-

penho econômico esperado para cada município. Para dar uma ideia sobre como isso funciona, nesta edição da revista vamos apresentar os dados da região metropolitana da cidade de São Paulo. RETOMADA - Para o próximo ano, os cálculos apontam que a região deverá responder por 14,97% dos negócios realizados pela reposição automotiva. Em 2016, essa participação deve ficar em 13,54%. A evolução é justificada pela esperada recuperação da economia, o aumento da confiança dos consumidores, a idade média da frota, entre outros fatores.


Dica Técnica

A D I T R A R DE P ER

Orientação de montagem do Motor de Partida 8000567 PG260P2, em veículos Fiat Ducato, Peugeot Boxer e Citröem Jumper que estão equipados com motores Fiat de 2.3L e 2.8L JTD – Primeira e Segunda Gerações.

EM

ONTAG

EM DICA D

MOTO , BOXER E JUMP O DUCAT

MONTAGEM PARA

VEÍCULOS

1ª GERAÇÃO

Ao montar o motor de partida 8000567 BorgWarner nos veículos com motores Fiat Primeira Geração de 2.3L e 2.8L JTD – em substituição aos motores de partida Marelli/Denso 63114014 e Bosch 0.001.109.313,

0.001.218.159,

0.001.218.759

e

0.001.223.013

é

necessário REMOVER a flange espaçadora cujo código Fiat 1327137080 ou 5978701, que está montada entre o motor de partida e o bloco do motor a combustão, garantindo a distância correta entre eles. Isto ocorre porque o motor de partida BorgWarner já possui as dimensões compatíveis do pinhão em repouso em relação à distância da cremalheira do motor a combustão. RA VEÍCULOS

MONTAGEM PA

2ª GERAÇÃO

Motores de Segunda Geração Fiat 2.3L e 2.8L JTD, em substituição aos motores de partida Marelli/Dens 63521093, Bosch 0.001.109.300, 0.001.109.301 e BorgWarner 8000032, NÃO pode ser usada a flange espaçadora entre o motor de partida e o bloco do motor a combustão.

2,0 mm - Pinhão em repouso 4,0 mm - Posição cremalheira

No caso da segunda geração, o motor a combustão não possui flange espaçadora, e não tem a necessidade de inserir a mesma, pois a distância entre o pinhão do motor de partida

e a cremalheira do motor à combustão já possuem as dimensões. INFORMAÇÕES

TÉCNICAS

PG260P2

Modelo: PG260P2 Tensão: 12V Potência: 2,5kW Módulo: 3,0mm Dados do Pinhão: 09 dentes Rotação: Sentido Horário - CW

NTE

IMPORTA

Somente produtos e componentes originais BorgWarner devem ser utilizados. No caso de uso de outras peças ou modificações não aprovadas pela BorgWarner ou não seguir cuidadosamente as instruções de montagem estabelecidas acima, todas as garantias aplicáveis serão anuladas.


INDICADORES | AUDATEC

MESORREGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Estado São Paulo Sigla SP População 21.986.938 Habitantes por veículos 2,41 9.665,72 Área (km2) 2 2.274,70 Densidade demográfica (hab./km ) Número de microrregiões 6 Número de municípios 39 PIB previsto 2016 R$ 947.490.590.361,67

A mesorregião que compreende a área metropolitana da capital paulista conta com 39 municípios, incluindo todas as cidades das microrregiões de São Paulo, Mogi das Cruzes, Osasco, Franco da Rocha, Guarulhos e Itapecerica da Serra. Ao todo, cobrem uma área de aproximadamente 10 mil km2 e concentram uma atividade econômica forte e diversificada. Nas tabelas a seguir, é possível avaliar alguns indicadores que ajudam a compreender a importância da região e a sua influência no desenvolvimento do país. Como consequência desse dinamismo, a demanda por autopeças e serviços é muito significativa, uma vez que a frota é grande, engloba modelos de alto valor e a quilometragem média anual também é alta.

GASTOS COM VEÍCULO PRÓPRIO ESTIMADO PARA 2017 NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO POR CLASSE SOCIAL TOTAL PEÇAS SERVIÇOS Classe A1 R$ 998.036.687,08 R$ 14.970.550,31 R$ 7.485.275,15 Classe A2 R$ 4.556.035.088,17 R$ 91.120.701,76 R$ 45.560.350,88 Classe B1 Classe B2 Classe C1 Classe C2 Classe D Classe E 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

R$ 8.477.392.813,01 R$ 6.636.629.165,80 R$ 3.017.939.675,36 R$ 843.571.393,46 R$ 247.782.421,10 R$ 3.737.365,91

R$ R$ R$ R$ R$ R$

254.321.784,39 182.507.302,06 75.448.491,88 18.980.356,35 4.955.648,42 56.060,49

R$ 127.160.892,20 R$ 91.585.482,49 R$ 37.724.245,94 R$ 9.532.356,75 R$ 2.477.824,21 R$ 28.030,24

O acesso completo ao banco de dados da Audatec, com informações sobre 5.567 municípios brasileiros, pode ser contratado a um custo mensal de R$ 250,00. Para conhecer todas as funcionalidades do sistema, acesse audatec.com.br ou, se preferir, entre em contato por telefone, ligando para (11) 3857-2629.



NEGÓCIOS | REPOSIÇÃO por Alexandre Akashi | foto ZNews

URBA E BROSOL

APRESENTAM DIVERSAS NOVIDADES Com grande tradição nas oficinas, as marcas anunciaram novos investimentos nas fábricas e no suporte aos clientes

A

Urba e a Brosol realizaram no mês passado uma série de encontros com os seus principais clientes (montadoras, distribuidores e varejistas de autopeças) para apresentar sua nova estratégia de negócios. Tradicionais fabricantes de carburadores e bombas, as empresas passam por um período de grandes mudanças. Ao todo, dezesseis distribuidores de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará participaram dos eventos, assim como 26 empresários do varejo da capital paulista e região. Conheceram as fábricas, o novo centro de distribuição e o laboratório de desenvolvimento de produtos, instalado em Vinhedo, no interior do estado. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

RETORNO - Entre as novidades apresentadas, uma das principais mudanças foi o anúncio do retorno, depois de quase vinte anos, da produção de carburadores e bombas de combustível para a cidade de Ribeirão Pires (SP). A transferência termina este mês, e, graças ao planejamento realizado, a produção seguiu normal. Esse retorno tem um grande propósito: abrir espaço para uma ampla reforma e ampliação do centro de produção de bombas de água e óleo, localizado em São Paulo. Além do crescimento alcançado no mercado de reposição, as empresas acabaram de ganhar importantes negócios nas montadoras e novos contratos de exportação.

Todas essas novidades são um reflexo da reestruturação pela qual as empresas estão passando desde a chegada dos novos gestores. No início do ano, foram contratados vários profissionais com vasta experiência, como o engenheiro e administrador de empresas Sérgio Camargo, que trabalha há mais de trinta anos no setor e encabeça as mudanças. Camargo conta com o valioso apoio do departamento comercial, liderado pelo diretor Claudio Coppia e dois gerentes: Eugenio Vazquez, no suporte às montadoras, e Fabio Valls Corsetti, que atende os clientes da reposição. Wagner Antonio responde pelos novos produtos e Eliana Silva coordena as ações de marketing.


87438-3O 87438-3O

COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO

PREÇO PREÇO SUGERIDO SUGERIDO

2.595,00 R$R$ 2.595,00 9-31106MR 9-31106MR

9-1272MR 9-1272MR

9-91026PR 9-91026PR

9-91024MR 9-91024MR

9-4522MR 9-4522MR

84700011B 84700011B Jogo 8 peças Jogo c/ 8c/peças

Dezembro - Dia Mecânico 2020 dede Dezembro - Dia dodo Mecânico

Preço sugerido válido até 31/12/2016 em nossos distribuidores, ou enquanto durarem os estoques Preço sugerido válido até 31/12/2016 em nossos distribuidores, ou enquanto durarem os estoques

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GESTÃO | MANUTENÇÃO

NEGÓCIOS À VISTA

COM O CHECKLIST TODOS GANHAM por Alexandre Akashi | foto Farol Alto

V

Fazer uma avaliação rápida dos carros que entram na oficina é ótimo para o faturamento e reforça a parceria com os clientes

ocê sabe como anda a “saúde” dos carros que frequentam a sua oficina? Por incrível que pareça, poucos empresários da reparação conseguem responder a essa pergunta. Por não avaliarem corretamente a frota que atendem todos os dias, acabam perdendo muitas oportunidades que, no fim do mês, poderiam representar um lucro extra. Em recente ação realizada na zona leste de São Paulo, batizada de Check-up Solidário Farol Alto, foi constatado que 55% dos veículos que rodam naquela região da cidade apresentavam fluido de freio vencido e 22,5% estavam com

as pastilhas de freios ruins. Essa é uma situação na qual todos perdem: a oficina não fatura e o cliente corre um risco desnecessário. Outro dado alarmante que a inspeção revelou foi o aumento do número de carros com emissões de gases acima do normal. Em um ano, o percentual de “poluidores” subiu de 15 para 37,5% na região. Isso leva a crer que muitas oficinas não utilizam o equipamento de análise de gases de forma preventiva, alertando o motorista sobre essa situação. O infográfico acima, com um resumo dos principais defeitos encontrados no último Check-up Solidário,

Es

serve como um primeiro guia para o reparador, uma vez que os defeitos costumam variar de uma cidade para outra. Porém, numa oficina, é muito fácil obter essas informações. Basta aplicar um pequeno checklist em todos os veículos atendidos. Com o tempo, a análise dessas falhas pode ajudar o empresário da reparação a planejar as compras de peças e conseguir melhores preços com os fornecedores. E, como efeito colateral, os clientes agradecem. Em muitos casos, a descoberta de um defeito desconhecido pode evitar desde uma multa de trânsito até um acidente mais grave.

das o i o p a o m e t o çã e s a t



PERFIL | PONTO CAR por Alexandre Akashi | fotos ZNews

SOB NOVA DIREÇÃO

APOSTANDO NA GESTÃO PARA SE DESTACAR Há menos de um ano, dois casais iniciaram o projeto de suas vidas: compraram uma oficina e investem para torná-la uma referência

O

casal Michael e Elisângela Keller sempre teve o sonho de empreender. A oportunidade finalmente apareceu no ano passado, da forma mais inesperada. Um dos antigos patrões decidiu deixar o setor e vendeu a parte dele na oficina. “De um dia para o outro, me tornei sócio do meu ex-chefe”, relembra Michael. Desde então, a Ponto Car Centro Automotivo, localizada na cidade paulista de Americana, passou a ser tocada “a oito mãos”. Uma das vantagens é que, apesar de ter trocado de nome e gestores, o empreendimento tem 25 anos de tradição. “Sempre foi uma oficina muito bem conceituada”, destaca Elisângela. 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

DESTINO - Michael e Elisângela passaram a trabalhar em parceria com Ricardo e Daniela Covolam. A amizade entre eles teve início em 2008. “Nessa época, eu troquei de emprego e a Daniela chefiava a área. Um dia descobrimos que os nossos maridos tinham a mesma profissão”, recorda Elisângela. Tempos depois, Michael estava em busca de uma recolocação e, por coincidência, Ricardo procurava mais um funcionário para a oficina. Apresentados pelas esposas, os mecânicos começaram a trabalhar juntos. A parceria deu tão certo que, diante da oportunidade de se tornarem sócios, os quatro não tiveram dúvidas em arriscar.

Desde que assumiram a oficina, os casais investiram em uma série de melhorias, desde uma nova pintura até a criação de uma sala de espera para os clientes. Mas a grande mudança foi na gestão. “Antes, não havia nem cadastro dos clientes. Era impossível saber o básico, como o faturamento e os custos”, afirma Daniela. Agora, com a “casa em ordem”, o próximo desafio da Ponto Car é atrair o público feminino. Para isso, as dicas das esposas serão valiosas. “Muitas mulheres ainda têm receio de levar o carro à oficina. Não gostam do ambiente ou acreditam que serão enganadas. Nós vamos mudar essa mentalidade”, aposta Elisângela.



RESPONSABILIDADE SOCIAL | ENSINO TÉCNICO por Alexandre Akashi | foto ZNews

CCP HENRY FORD

A EDUCAÇÃO MUDANDO A VIDA DOS JOVENS Nas aulas de mecânica automotiva, adolescentes descobrem um novo mundo e muitos seguem carreira como reparadores

D

esde 1999, a vida de muitos moradores do Jardim Vila Carrão, na cidade de São Paulo, mudou para melhor. Nesse ano foi inaugurado o Centro de Capacitação Profissional Henry Ford, uma iniciativa do Comitê dos Trabalhadores da Ford em parceria com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. O objetivo é ensinar mecânica para jovens em situação de vulnerabilidade social. A coordenadora do CCP, Andreia Alves, explica que anualmente são admitidos 320 novos alunos, que passam por uma seleção muito disputada. “A cada processo, recebemos cerca de 500 inscrições, mas não temos como atender a todos. Ao final, sempre existem aqueles ca20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

sos em que não conseguimos dizer não e ultrapassamos um pouco o nosso limite. Hoje, a escola tem 358 alunos”, revela. O CCP funciona em três períodos, desde manhã até a noite. Em cada um deles, os alunos recebem duas refeições: café e almoço, almoço e lanche ou janta e lanche. A alimentação, o material básico e os salários são pagos por um convênio com a prefeitura. Os equipamentos, veículos e componentes são conseguidos por meio de doações de montadoras e outras indústrias automotivas. CURSOS - O CCP nasceu como uma alternativa aos cursos técnicos tradicionais. É organizado em sete módulos: suspensão, direção e

freios, transmissão mecânica, parte elétrica, motores, instalação de som e acessórios e gestão de oficinas. Em 2007, foi criada a “Oficina Escola”. Duas vezes por semana, os melhores alunos atendem à comunidade, realizando manutenções preventivas e corretivas. Hoje, o maior desafio do instrutor Leandro da Silva é manter a escola atualizada e completa para os seus alunos. “Temos muita carência em tudo que é material técnico, desde palestras até veículos, motores, peças e ferramentas. Estamos sempre em busca de apoiadores. Quem quiser nos ajudar, pode ligar no telefone (11) 27514311 e fazer uma visita. Será muito bem-vindo”, convida Silva.


A HELLA do Brasil parabeniza a todos os aplicadores por este importante dia.

PARABÉNS! A HELLA do Brasil parabeniza a todos os aplicadores por este importante dia. Vocês realmente fazem a diferença no mercado de reposição. Por este motivo todos nossos esforços são para facilitar seu trabalho com informações e tecnologia de ponta.

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Technology with Vision


CAPA | MARKETING por Alexandre Akashi | fotos Divulgação

OFICINA SEMPRE CHEIA GERA PROSPERIDADE PARA TODOS

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O que toda empresa precisa é de novos clientes, sempre. Mesmo as que têm fila de espera, pois nunca se sabe o dia de amanhã

m tempos de crise, fidelizar e conquistar novos clientes são palavras de ordem em qualquer empresa. Com as vendas de carros novos em baixa, muitos acreditam que o consumidor gastará todas as economias em serviços automotivos, na manutenção do seu veículo usado. A realidade não é bem essa, uma vez que a crise atinge a todos. Quando o dono do carro não leva o veículo até a oficina para fazer a manutenção, em consequência, os demais elos da cadeia não vendem. Assim, em homenagem ao Dia do Mecânico, celebrado em 20 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

de dezembro, convidamos os responsáveis pelo marketing das principais indústrias de autopeças para responder a uma pergunta: como atrair mais clientes? Segundo Mônica Cassaro, diretora de marketing e comunicação da Magneti Marelli Cofap, a propaganda boca a boca ainda é forte no setor e, para ter uma clientela farta, é preciso sempre prestar um bom serviço aos clientes mais fiéis. “Satisfeitos, eles indicarão o seu negócio na área de influência deles”, afirma ao comentar que 96% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas

mudam de fornecedor e deixam de indicar os serviços. “Em casos de mau atendimento, você nunca perde um cliente, mas vários”, alerta.

QUALIDADE - A satisfação do cliente tem tudo a ver com qualidade, o que para Fábio Betarello, gestor de conceito de oficinas da Bosch, é um ponto chave. “Para manter uma oficina cheia e atrativa, a principal orientação é a prestação de serviços com excelência e o uso de produtos de qualidade, pois isso gera confiança ao dono do veículo, além de propaganda boca a boca positiva”, diz.


Marcos Mosso, chefe de marketing da NGK do Brasil, também tem a mesma opinião. Mosso afirma que o primeiro passo para ter uma oficina de sucesso é oferecer um serviço de qualidade, desde o atendimento até a manutenção. “Para isso, é preciso investir na capacitação da equipe”, destaca ao comentar que a NGK oferece diversos treinamentos. “Em 57 anos de Brasil, já formamos mais de 350 mil profissionais por meio de 7.750 palestras técnicas”, afirma. Bosch e Magneti Marelli também investem em capacitação técnica dos reparadores. Segundo Mônica Cassaro, a empresa realizou em 2016 mais de 5 mil treinamentos e palestras, tendo contabilizado mais de 70 mil profissionais treinados nas cinquenta linhas que formam o portfólio da empresa.

Além de treinar os funcionários, os entrevistados lembraram a vantagem de usar peças de primeira linha. “Associar-se a marcas de referência também é importante, pois mostra um compromisso com a qualidade”, diz Marcos Mosso. “Utilizar produtos reconhecidos pelo mercado torna o mecânico ainda mais confiável aos olhos do consumidor”, enfatiza Pedro Ortolan, diretor de vendas e marketing da MANN+HUMMEL do Brasil. Vale lembrar que marcas como Bosch, Delphi, MANN+HUMMEL, Magneti Marelli Cofap e NGK, que atenderam à solicitação da revista para esta reportagem, atuam também (e principalmente) no mercado original, como fornecedores para as montadoras, porém nem sempre o consumidor final as conhece ou reconhece, e cabe ao em-

presário da reparação explicar as diferenças de qualidade e por que o preço pode ser diferente.

ORGANIZAÇÃO - Tão importante quanto o atendimento atencioso e qualidade técnica da mão de obra e produtos é a organização e limpeza da oficina. “A primeira impressão é a que fica”, diz Mônica Cassaro. “A aparência, organização, limpeza e recepção do cliente serão as primeiras coisas que ele irá notar, o que pode influenciar a escolha em realizar os serviços em sua oficina, ou não”, afirma. Na opinião de Juliana Sanchez, coordenadora de marketing e comunicação da Delphi, cuidar da limpeza e da organização da oficina é fundamental. “Consumidores ligam o atendimento que recebem a boas experiências e sempre prefe-

Já trocou o filtro hoje? Quer ver o motor trabalhando de forma eficiente? Dê o original para ele: MANN-FILTER. O motor rende mais, evita desgastes e você fica satisfeito por ter escolhido o melhor. Lembre-se: troque o filtro do óleo e os outros filtros também.

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CAPA | MARKETING

rem voltar aos locais dos quais têm boas memórias”, afirma. Mônica Cassaro e Fábio Betarello recomendam ainda a criação de uma sala de espera agradável, onde o cliente possa aguardar para ser atendido ou até mesmo em caso de um reparo rápido. “Se o espaço permitir, faça um local de entretenimento. Não é preciso investir muito: uns bancos, algumas revistas, televisão e um wi-fi gratuito”, diz Mônica. Betarello acrescenta: “Outra dica relevante é oferecer diferenciais para a comodidade do cliente, como a limpeza do veículo antes da entrega e serviços de leva e traz. São fatores simples e que geram maior satisfação do consumidor”, diz.

PROPAGANDA - Finalmente, após criar as melhores condições de atendimento aos clientes, é chegada a hora de espalhar a notícia. Betarello comenta que é importante estar sempre conectado. Muitos consumidores buscam uma oficina na internet. “Portanto, possuir um website diferenciado e de fácil localização no ambiente online ajuda muito a atrair novos clientes, principalmente se esta oficina está vinculada a alguma rede de serviços”, diz. Juliana Sanchez afirma que atrair novos clientes é um desafio para qualquer elo da indústria, e por isso a propaganda e as ações de marketing são fundamentais. “Boas promoções são sempre um

diferencial, mas não se esqueça de divulgar”, diz Juliana ao comentar que uma faixa ou um cartaz podem fazer toda a diferença. Outra dica de Juliana é investir em alertas via mensagem de celular. “Podem ajudar e também não custam muito. Além de anunciar promoções, os reparadores podem enviar mensagens aos seus principais clientes convidando para uma revisão preventiva”, afirma. Juliana recomenda ainda oferecer descontos para quem indicar a oficina para outros. “Novos clientes que procurarem a oficina a partir de uma indicação também podem ser contemplados com condições especiais”, exemplifica.

PÚBLICOS ALTERNATIVOS

ESTRATÉGIAS DE MARKETING

Tempos atrás, os clientes das oficinas eram, em sua maioria, homens. Mas essa realidade está mudando rapidamente. “O ambiente está mais democratizado e passa a receber também as mulheres, que antes delegavam esse serviço aos maridos”, afirma Mônica Cassaro. Para atrair o público feminino, Fábio Betarello recomenda que o empresário da reparação ofereça cursos de mecânica para mulheres. “Isso gera mais confiança entre elas, que estão, cada vez mais, ganhando espaço nas oficinas”, afirma. Assim como as mulheres, o público homossexual (masculino e feminino) está começando a frequentar esses locais com mais intensidade e, ignorá-los ou discriminá-los, também pode representar uma grande perda de oportunidades.

Possuir um banco de dados da clientela e mantê-lo sempre atualizado é uma recomendação básica de todos os entrevistados. “Isso auxilia muito na retenção dos atuais clientes e na prospecção de novos”, diz Fábio Betarello. Para Mônica Cassaro, as ações de pósvenda são fundamentais. Uma oficina que possui informações sobre o cliente e o veículo pode enviar mensagens em datas especiais, divulgar suas promoções ou avisar sobre revisões preventivas. “Para que a oficina consiga uma vantagem competitiva, gerando oferta de valor superior ao cliente, frente à concorrência, o correto é desenvolver estratégias e táticas que darão retorno em longo prazo, conquistando e fidelizando seu público”, conclui Mônica.

Juliana Sanchez

Pedro Ortolan

Fábio Betarello

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Marcos Mosso

Mônica Cassaro



ESPECIAL | RETROSPECTIVA por Alexandre Akashi | fotos ZNews

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO REGISTRADA EM MILHARES DE PÁGINAS A revista Reparação Automotiva chega à centésima edição e recorda alguns momentos dessa trajetória

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m maio de 2008, os reparadores brasileiros ganharam uma nova publicação que, a começar pelo nome, deixava evidente o seu compromisso em acompanhar o dinamismo do setor e auxiliar os profissionais diante dos grandes desafios técnicos e gerenciais. Logo no primeiro número, a revista trazia uma provocação, ao discutir um dos principais problemas das oficinas. “No século 21, o reparador que desejar viver da profissão, seja ele dono ou funcionário, precisará agir de uma maneira mais profissional”, registramos na capa. Na edição seguinte, mais um tema polêmico: a apresentação na Assembleia Legislativa de São Pau-

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lo do projeto de lei nº 322/08, de autoria do então deputado estadual Major Olimpio, que regulamentava o funcionamento das oficinas. Em janeiro de 2014, o projeto virou lei, com o número 15.297, mas que até hoje falta a regulamentação pelo governo paulista. INÍCIO - Na primeira edição de aniversário, a revista Reparação Automotiva trouxe como destaque um balanço da Automec 2009, a maior feira de autopeças da América do Sul. Na edição 19, ficou registrada uma ilusão passageira: o bom resultado da inspeção veicular ambiental na cidade de São Paulo criou uma expectativa de ampliação para o

resto do país, assim como a implantação da inspeção técnica veicular. Mas, até hoje, nada se concretizou. O segundo ano foi marcado pela mudança de formato, assim como um maior espaço para as matérias técnicas, com temas que sempre procuram ajudar o reparador a executar mais facilmente o serviço na oficina. A diversidade de temas também sempre esteve presente. Com a evolução da publicação, novos assuntos entraram em pauta, como a avaliação de um Chevrolet Camaro sob o ponto de vista dos reparadores, publicado na edição de maio de 2011, ou ainda a reportagem especial sobre a história da Romi-Isetta, o primeiro automóvel fabricado no Brasil.


Tudo o que você precisa de comunicação e resultado, em um único lugar. Gestão de Promotores

Envolve a coordenação dos promotores e sua interação com o público-alvo. É realizada por uma equipe especializada em divulgar empresas e marcas em todos os canais de vendas. Cada atividade tem acesso imediato por tablets e smartphones agilizando a tomada de decisões estratégicas.

Campanhas Promocionais

A partir das necessidades e objetivos de cada empresa, podemos conceituar, criar e gerenciar os mais diversos modelos de campanhas (internas ou externas) visando o aumento de vendas, fidelização dos clientes ou fortalecimento da marca e seus produtos. Elaboramos toda a estratégia de comunicação e as ações publicitárias envolvidas, desde a formulação do plano, desenvolvimento do conceito com a criação, treinamento das equipes, gestão dos recursos e a produção de relatórios durante e ao final de cada campanha.

Criação

É responsável pela realização de campanhas publicitárias diferenciadas e com alta repercussão no mercado automotivo, visando despertar o interesse dos clientes para as soluções oferecidas pelas empresas e fortalecer suas marcas. • Comunicação Impressa: catálogos, mala-diretas, folders, flyers, cartazes, encartes,embalagens e projetos editoriais. • Comunicação Digital: publicação digital. catálogo digital, sites, email marketing, multimidia e identidade visual.

Pesquisa de Mercado

Possibilita conhecer com profundidade os clientes, seus hábitos de consumo e comportamento, além de identificar novas oportunidades a partir de um entendimento imediato do mercado. Ao fornecer resultados confiáveis e com alto valor agregado, são fundamentais nas tomadas de decisões. Colocamos à disposição dos nossos clientes todas as metodologias disponíveis para a coleta de informações, independente do trabalho ter um foco qualitativo ou quantitativo e a abordagem ser pessoal, por telefone ou internet.

Gestão de Redes Sociais

• Criação de Fan Page (página corporativa) ou análise de Fan Page existente. • Criação de cronograma mensal (programação), com datas comemorativas, informações relevantes da empresa, lançamentos, notícias do setor entre outros. • Elaborar e colocar em prática ações e campanhas para o aumento de “curtidas” e “compartilhamentos”. • Atualizações e monitoramentos sejam: diários, semanais ou quinzenais.

Callcenter

Implantamos toda a estrutura necessária e administramos o relacionamento das empresas com seus clientes, utilizando bases de dados confiáveis e segmentadas, formadas a partir de ações ativas e receptivas. Transformamos cada contato em conteúdo estratégico, ao unir uma equipe qualificada com as melhores técnicas de marketing, ferramentas de gestão e tecnologia da informação. Estamos prontos para oferecer os seguintes serviços:

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ESPECIAL | RETROSPECTIVA SUCESSO - Em maio de 2013 a revista Reparação Automotiva chegou ao quinto ano de publicação com muito fôlego, um novo projeto gráfico e o aumento da tiragem para 30 mil exemplares. O mercado de veículos novos batia recordes de vendas e, em julho do mesmo ano, a principal manchete era sobre a enorme frota de carros flex do país: 20 milhões de unidades. Em contrapartida, o editorial alertava sobre falta de mão de obra nas oficinas. O ano passou e, logo em seguida, as vendas nas concessionárias começaram a cair. Na edição comemorativa deseis anos, a revista convidou diversos empresários do setor para analisarem o passado, o presente e o futuro da reparação automotiva. Em fevereiro de 2015, a publicação passou por uma completa reformulação, sob a nova direção da ZNews Editora. Foi uma época “turbulenta”, com a crise batendo forte

28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

na sociedade e os ânimos políticos cada vez mais exaltados. A venda de carros novos despencou e a reposição voltou a ser a “bola da vez”. Na edição 85, a revista Reparação Automotiva saiu à caça das novas oportunidades: “O Brasil proporciona bons negócios para quem quer atuar na reparação de veículos. Conheça as características regionais”, escrevemos na capa. Foi uma das reportagens de maior sucesso na história da revista. FUTURO - Recentemente, um novo time editorial assumiu a revista com a missão de dar um maior equilíbrio entre as matérias técnicas, de gestão e mercado, além de implantar um novo padrão gráfico. Os fóruns com reparadores foram intensificados e chegaram ao Sul e Nordeste. Também foi a primeira vez que um jornalista da equipe cobriu a feira de Frankfurt, na Alemanha, o que re-

sultou na seguinte chamada de capa, na edição 98: “Uma visão do futuro: em nossa edição de aniversário, visitamos a maior feira de autopeças do mundo para antecipar as mudanças e os desafios que poderão revolucionar toda a reparação”. Para comemorar a chegada da centésima edição, a publicação dá um novo passo em direção ao futuro com o lançamento de aplicativos para os celulares e tablets com sistemas Apple iOS e Google Android. Muito mais do que uma versão digital do exemplar impresso, a nova interface foi pensada de uma forma independente, em sintonia com os mais avançados recursos interativos da comunicação multimídia. Dessa forma, a revista Reparação Automotiva se prepara para os novos tempos e reforça o seu compromisso em estar sempre atualizada e ao lado dos profissionais do setor, como é a sua marca desde o primeiro número.


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AVALIAÇÃO | NISSAN MARCH por Alexandre Akashi | fotos ZNews

CONFORTO COMPACTO HATCH JAPONÊS COM NOVO CÂMBIO

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Antes restrita ao mercado de luxo, a transmissão CVT começa a equipar outros modelos da frota nacional

Nissan March 1.6 ganhou a opção de câmbio CVT (sigla inglesa para transmissão continuamente variável), que oferece mais conforto ao usuário e economia de combustível, pois aproveita melhor a faixa de torque do motor nas mais diversas situações de condução. O preço, porém, é alto: R$ 54.890, na versão SV CVT e, R$ 59.290, na SL CVT. Chamado de XTRONIC, tem duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma correia metálica. A polia condutora (ou primária) recebe o torque do motor, e a conduzida (ou secundária) o transmite ao diferencial. O princípio de funcionamento é simples e depende 100% do fluido de transmissão, uma vez que ele é o responsável por criar o atrito necessário entre as polias e a correia metálica. Com fluido sob pressão, a correia 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

adere às polias, que variam de diâmetro de acordo com as demandas do pedal do acelerador. Em rotações reduzidas, a polia condutora apresenta um raio menor, enquanto a polia conduzida fica com um raio maior. Na medida em que o carro acelera, o movimento das polias se inverte. A distância entre as polias é fixa, como também o comprimento da correia. Operando assim, o câmbio CVT possibilita um número de marchas infinito entre as menores e maiores relações. NOVIDADES - Desenvolvido pela Jacto, empresa da Nissan, o câmbio XTRONIC CVT apresenta os sistemas Lock Up e Active Slip Control, que permite acelerações com respostas mais vigorosas, pois segura a polia e a solta de forma gradual para que o torque seja transmitido de uma forma mais linear e rápida.

Em relação às gerações anteriores de transmissões CVT da marca japonesa, a correia conta com uma maior área de contato e houve um aumento na rigidez da polia. A bomba de óleo também foi otimizada, não conta mais com a válvula de controle de entrada do óleo e a geometria da área de sucção foi modificada, para reduzir o nível de atrito em até 30%. Outra novidade é a utilização do método de partícula para a visualização do fluido do câmbio, o que melhora a geometria do conjunto e também do diferencial. NA OFICINA - Como todo sistema CVT, o nível de manutenção é baixo. “São raros os casos de necessidade de reforma do câmbio”, afirma o especialista em transmissão automática Maurício Carreiro, instrutor da TTR Treinamentos, de São Bernar-


do do Campo (SP). O especialista com filtro). Já o sistema de arrefecomenta que o defeito mais comum cimento tem 7,2 litros (no modelo é a vibração causada pela patinação com câmbio manual são 6,7 litros). da correia metálica. “É um sinal claro de que o fluido da transmissão SUSPENSÃO - Uma surpresa precisa ser substituído”, afirma. desagradável foi verificar que o De acordo com o manual do Nissan March não dispõe de barproprietário do March, o fluido de ras estabilizadoras nos eixos diantransmissão precisa ser verificado a teiro e traseiro, que contam com cada 20 mil km ou 12 meses e, caso suspensões independentes do tipo o motorista utilize o veículo para reMcPherson e eixo de torção, resbocar um trailer ou o conduza por pectivamente. Cobeio explica que vias não pavimentadas com frequêna barra estabilizadora limita a rolacia, os intervalos de inspeção devem ser menores, para verificar possíveis deteriorações. A cada 100 mil km, quando houver necessidade, deve ser substituído. Segundo Carreiro, é bom ficar atento. O fluido de transmissão perde as propriedades com o uso e pode sofrer deterioração com o aumento de temperatura, que causa oxidação, perda de ação detergente e mudança de viscosidade. “O CVT possui um trocador térmico para esfriar o fluido de transmissão, que utiliza o mesmo líquido de arrefecimento do motor. Por essa razão, é importante sempre manter o sistema de arrefecimento em ordem”, explica. MOTOR - O câmbio CVT está associado ao motor 1.6 no Nissan March, código HR 16DE. Durante avaliação na oficina, Claudio Cobeio, da Cobeio Car, chamou a atenção para a dificuldade de reparo do sistema de ignição. “Para trocar velas, bobinas e fazer qualquer serviço nos injetores, é preciso remover todo o coletor de admissão”, comenta. Vale lembrar que este motor utiliza velas de ignição com eletrodos de platina, que rodam até 100 mil km sem necessidade de troca. O óleo do motor recomendado é o 5W30 API SN ou superior, ILSAC classificação GF-5. A capacidade máxima do carter é de 4,3 litros (troca

gem do carro em curvas. “Dá para sentir que ele inclina um pouco mais do que deveria”, comenta. No entanto, se a montadora optou por não utilizar o componente fez isso de uma forma consciente e equipou o modelo com molas específicas que possibilitam um comportamento dinâmico adequado. Assim, quando for necessário substituir as molas, é preciso ficar mais atento quanto às características e qualidade das peças.


NA OFICINA | VOLKSWAGEN por Alexandre Akashi | fotos ZNews

PASSAT 2.0 TFSI

INJEÇÃO DIRETA E MUITOS PROBLEMAS

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O modelo pode ser uma armadilha para os reparadores desatentos, é preciso ter experiência para evitar as trocas desnecessárias de peças

Passat foi o primeiro carro de uma montadora popular a receber um sistema de injeção direta de combustível, em 2006. O motor 2.0 tinha 150 cv de potência e 20,4 kgfm de torque máximo. Um ano depois, a VW acrescentou o turbo, o que elevou a potência para 200 cv e o torque para 28,4 kgfm. Com pressão de injeção de combustível de até 120 bar, o sistema FSI do Passat é complexo e nem sempre fácil de entender, uma vez que utiliza componentes diferentes da injeção indireta, como a bomba de alta pressão, injetores exclusivos e uma bomba de combustível com módulo PWM. “São peças que costumam apresentar defeitos sem a menor cerimônia”, afirma Claudio Cobeio, da CobeioCar. “Em um dia estão funcionando, no outro, não”, diz.

32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

No entanto, Cobeio comenta que o mais difícil é acertar o diagnóstico. “Como há diversos itens muito sensíveis, é fácil errar”, afirma o reparador. Diante dessa situação, o melhor a fazer é sempre ter uma boa conversa com o cliente, para saber dele todos os detalhes da forma de utilização do carro. “Muitas vezes é nessa conversa que encontramos o defeito”, diz. MÓDULO DA BOMBA - Um dos sintomas de que o módulo PWM da bomba de combustível precisa ser trocado é quando o carro começa a morrer sozinho, parado ou até mesmo andando. “É um defeito que causa bastante dúvida entre os reparadores, pois muitos chegama pensar que é bomba de alta, quando na verdade é o módulo que parou”, diz Cobeio.

Outros problemas que Cobeio já enfrentou com os motores EA888 fabricados entre 2008 e 2010 foram o elevado consumo de óleo, causado pelo rompimento do diafragma da tampa de óleo, e o afrouxamento do esticador da corrente de sincronismo, que pode até entortar as válvulas de admissão. “Só esses dois defeitos crônicos mostram o quanto é importante investigar a procedência do carro, antes mesmo de abrir o capô”, afirma. Com preços ao redor de R$ 39.000, segundo a tabela Fipe, o Passat 2.0 FSI Turbo 2009 é, geralmente, um carro de segunda mão quando chega à oficina e, como é muito comum nesses casos, o novo proprietário não faz a menor ideia do que comprou.


QUEIMA DE VÁLVULA - Um defeito que tem se mostrado bastante comum no motor TFSI da Volkswagen é a queima de válvulas. Cobeio comenta que é preciso ficar atento com o sistema de arrefecimento do cabeçote, pois a injeção direta não oferece um bom resfriamento das válvulas pelos injetores. “Ao contrário da injeção indireta a válvula trabalha quente e seca. Nesse sentido, a injeção direta é uma faca de dois gumes”, diz. O defeito é sério e Cobeio comenta que muitos reparadores tem errado no diagnóstico e trocado peças desnecessárias, como velas e bobina, sem resultado. “Se o carro vem falhando muito, é bom investigar bem com o estetoscópio automotivo, pois pode ser que haja um buraco nas válvulas”, afirma.

COLETOR DE ADMISSÃO - Uma característica do motor FSI (sigla inglesa para injeção de combustível estratificada ou em camadas) é a presença de flaps no coletor de admissão, que serve para restringir a entrada de ar, o que gera uma maior aceleração na câmara de combustão (efeito Venturi). Em diversos casos, o componente de acionamento dos flaps, que é de plástico, se rompe,

PARABÉNS PARA QUEM FAZ DO TALENTO E DETERMINAÇÃO, SUAS MELHORES FERRAMENTAS Homenagem da FRAM a todos os mecânicos brasileiros!

causando um mau funcionamento do sistema, com a falha no motor devido a mistura pobre, o que faz com que a luz de injeção acenda. Uma forma bem simples de diagnóstico é verificar se a haste de acionamento dos flaps está saltada para fora do coletor de admissão. Se estiver a forma de resolver o defeito é com a troca de todo o conjunto. O componente não aceita reparo.

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NA OFICINA | AUTOMÁTICOS por Mauricio Carreiro | fotos TTR Treinamentos

FALHA DE PRESSÃO É um defeito bem familiar para os reparadores de câmbios automáticos, mas costuma causar alguns problemas na hora da manutenção

U

ma falha bastante comum na transmissão AL4/DP0, que equipa diversos veículos franceses (Renault, Peugeot e Citroën), é a baixa pressão no sistema. Na maioria das vezes, o proprietário informa que o computador de bordo está sinalizando uma falha ou notou uma perda de força. Dependendo da quilometragem, é possível executar o reparo sem a desmontagem total da transmissão. Porém, o veículo não pode ser muito rodado, deverá ter em torno de 30 a 40 mil quilômetros. 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

OS CUIDADOS COM A CAIXA AL4/DP0

Alguns procedimentos de verificação são necessários e, se tratando de um sistema hidráulico, o fluido é o primeiro passo. Deverá estar com cor castanho claro, sem cheiro de queimado. Se estiver muito escuro e com forte cheiro de queimado, somente o reparo completo resolverá o problema. SOLUÇÃO - O passo a passo para resolver a falha começa com a drenagem do fluido da caixa, retirando o bujão e o tubo de nível. A transmissão não é retirada do veículo, mas é necessário soltar seu coxim para que ela se incline e possibilite a retirada da tampa. Faremos isso entre a caixa de roda, um pouco abaixo da longarina do chassi. Nessa tampa existem três anéis de vedação que devem ser substituí-

dos. O novo modelo de anel grande deve ser aplicado. Esse item é muito importante, pois os novos anéis têm o formato conhecido como “mão-amiga”, que é bem diferente do anterior, de seção reta, que podia causar vazamentos. O anel menor ainda tem formato reto entre faces, mas nesse local não ocorre o problema. Prefira usar peças originais. Retire os tambores das embreagens E1 e E2. Observe atentamente se existe desgaste na região onde os anéis de vedação trabalham. Se houver, o eixo devera ser substituído. Observe a bucha de bronze quanto ao desgaste ou folga e sua vedação. Na montagem do sistema, substitua a junta da tampa e instale cuidadosamente o freio F1 multidiscos. Retire o cárter frontal e o corpo de válvulas. Depois, troque o solenóide de pressão, de forma a prevenir o aparecimento de novas falhas. Reinstale o corpo tomando bastante cuidado para não danificar o chicote. É preciso usar uma


ferramenta especial no ajuste do liame de posição do corpo. Como o custo é baixo, dependendo do volume de veículos atendidos, vale a pena ter. Monte o cárter, o tubo de nível e, sem o uso de ferramenta, coloque o bujão sem apertá-lo, pois será necessário acertar o nível de fluido. Na parte superior da transmissão, próximo ao cabo de seleção, solte o parafuso de enchimento. Adicione por volta de quatro li-

tros de fluido (LT 71141 Mobil para os modelos Peugeot e Citroën ou Dexron III para a linha Renault) e depois funcione o veículo, que deve estar nivelado. Para finalizar, solte o bujão de nível com o veículo funcionando e adicione mais fluido pela parte superior da transmissão. Quando começar a escorrer, feche o bujão (em média, são usados 5,8 litros). O motor do veículo deverá estar frio, no máximo, até 60 °C.


HISTÓRIA | DIREÇÃO ASSISTIDA por Wagner Gonzalez | foto Divulgação

BALIZA SEM ESFORÇO

A EVOLUÇÃO DA HIDRÁULICA À AUTÔNOMA Por incrível que pareça, o sistema demorou mais de um século para conquistar os motoristas e se tornar um item indispensável

A

primeira patente de direção servo-assistida foi registrada em 1876, pelo norte-americano G. W. Fitts. Mas nem ele, nem o inglês Frederick Lanchester, que em 1902 patenteou outro sistema parecido, tiveram sucesso com os seus projetos. Os custos elevados e a dificuldade de se construir um sistema eficiente foram obstáculos superados apenas a partir da II Guerra Mundial, com o aprendizado obtido nos veículos militares. O mecanismo de direção mecânico-hidráulico que começou a ser a instalado nos grandes automóveis dessa época geralmente 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

usava uma caixa de direção do tipo setor e rosca sem fim e uma bomba (acionada pelo motor) que era conectada a um cilindro com duas câmaras separadas por um pistão. As manobras ficaram bem mais fáceis, mas muitos motoristas achavam o sistema perigoso, por deixar a direção mais leve também em alta velocidade. A direção assistida ficou realmente confiável após a introdução de vários controles eletrônicos, principalmente a partir dos anos 1980. Em alguns veículos, as montadoras foram além e trocaram o complexo conjunto hidráulico por um pequeno motor elétrico.

A Suzuki foi a primeira a usar essa tecnologia, em 1988. Na década seguinte, o grande avanço foi o desenvolvimento do sistema de estacionamento automático. Para o futuro, o novo desafio é transferir o movimento do volante às rodas unicamente por impulsos elétricos, o chamado steer-by-wire. Atualmente, sua popularização ainda esbarra nos mesmos problemas que marcaram o início da “direção hidráulica”: o alto custo e a confiabilidade duvidosa. Mas, com os grandes investimentos que estão sendo realizados nos carros autônomos, essas limitações deverão ser superadas em breve.


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FUTURO | MOTORES

por Wagner Gonzalez | foto Divulgação

POSTO OU TOMADA?

CHEGOU A VEZ DA FROTA DIVERSIFICADA Cada vez mais, as oficinas precisarão estar preparadas para reparar veículos com motores flex, diesel, híbridos e elétricos

T

em muita gente jurando que chegou a vez do carro elétrico, movido por fontes de energia alternativa e limpa para “salvar o nosso planeta”. Como não há nada cem por cento certo ou cem por cento errado nesse mundo, o velho e conhecido motor a combustão interna ainda vai queimar muito combustível até receber a sua aposentadoria. Estudos da Mahle indicam que os propulsores tradicionais estarão em produção, pelo menos, por mais trinta anos. Duas análises podem ser usadas para justificar essa conclusão. Primeiro, precisamos considerar o tamanho da estrutura atual, que

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precisará ser completamente remodelada: de revendas a postos, passando pelas oficinas e o comércio de usados. Em complemento, novas tecnologias estão criando motores “tradicionais” mais potentes, econômicos e menos poluentes. Em paralelo, os investimentos nos híbridos e elétricos crescem cada vez mais. O Iveco Z Truck, por exemplo, ainda é um caminhão conceito, mas aponta para essa direção. Tem aerodinâmica apurada, um sistema que transforma energia térmica em energia mecânica e usa um motor movido a gás metano que permite jornadas de até 2.200 km sem reabastecimento, com emissões próxi-

mas a zero. Para a montadora italiana, o motorista do Z Truck não será apenas um caminhoneiro, será um “operador logístico de bordo”. Longe dos nossos olhos, lá dentro dos motores a combustão, todas as peças estão recebendo grandes inovações. Recentemente, a Federal Mogul lançou uma linha de pistões com câmaras de refrigeração interna, capazes de reduzir a temperatura de trabalho em quase 50 °C. Outros fabricantes estão criando componentes inteligentes, como juntas e bombas, unindo eletrônica avançada aos sistemas mecânicos. Tudo para garantir um futuro repleto de opções.



MESTRES DA REPARAÇÃO | JOÃO MARIANO por Wagner Gonzalez | fotos Izilda França e Arquivo Pessoal

SETE DÉCADAS

DEDICADAS À ARTE DA MECÂNICA

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Poucos reparadores tiveram uma vida tão movimentada e vitoriosa como o discreto “Mariano” da Equipe Greco

s corridas de automóveis sempre contam com a participação de muitos heróis anônimos. Longe dos “holofotes” da mídia, onde se destacam os pilotos e dirigentes, milhares de profissionais trabalham sem parar em busca da tão sonhada vitória. Há mais de meio século, um desses mestres é o paulista João Mariano de Oliveira, nascido há 82 anos em Santa Cruz do Rio Pardo. Conhecido pela grande competência e educação, Mariano ainda dá expediente todos os dias na Equipe Greco, onde tra42 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

balha desde os tempos das berlinetas Willys Interlagos. Braço direito do saudoso chefe de equipe Luiz Antônio Greco, o mecânico segue firme com Fabio Greco, responsável por manter viva a tradição da família nas pistas. Sempre atualizado, João Mariano auxilia a equipe na preparação de dois Renault Fluence que disputam o Campeonato de Marcas. É quase um retorno ao início de sua carreira, na década de 1960, onde os carros também eram da marca francesa. Em paralelo, ainda cuida da restaura-

ção mecânica de carros antigos atendidos pela oficina da família. MUDANÇA - Desde muito jovem, Mariano trabalhava como mecânico em sua cidade. Até que, um dia, resolveu arriscar a sorte. “Como eu tinha experiência em oficinas, um amigo me convenceu a vir para a capital, onde poderia ter mais oportunidades. Estou aqui até hoje, mas continuo o mesmo caipira”, relembra com o seu tradicional bom humor. Em São Paulo, acabou contratado para trabalhar na Equipe


A inesquecível Equipe Willys

Afinando o protótipo Bino

Mariano entre os seus “novos brinquedos”: dois Renault Fluence de Marcas

Willys, liderada por Greco e uma das mais vitoriosas da história do automobilismo brasileiro. Mariano viveu uma “época de ouro”, onde toda a indústria automobilística investia muito no esporte para desenvolver os seus produtos e promover as marcas. “A gente não tinha dinamômetro e tinha que fazer tudo de uma forma bem artesanal. Não é como hoje, que já vem quase tudo pronto. Os carros de corrida eram emplacados e saiam da oficina com para-choques e silenciosos. O motor era amaciado no caminho. No autódromo, o carro era depenado e, depois, remontado para a volta”, destaca Mariano. EXPERIÊNCIA - Com Luiz Antônio Greco, Mariano viveu experiências únicas, que marcariam a vida de qualquer mecânico mundo afora. Teve a chance de prepa-

rar carros clássicos como o Ford GT 40 e o Renault Alpine, além de potentes protótipos estilo Can-Am. Também participou da construção dos primeiros carros de fórmula nacionais. Com um desses modelos, o Willys Gávea, apresentado em 1965, Mariano quase chegou à Fórmula 1. A ideia da equipe era acumular experiência nas categorias inferiores e regionais para, um dia, chegar ao topo do automobilismo mundial. Mas a venda da montadora para a Ford, pouco tempo depois, acabou com o plano. Mas, se não deu certo sair do país, em compensação, Mariano teve a oportunidade de conhecer todo o Brasil com as corridas. A experiência mais inesquecível foi o “Raid da Integração Nacional”, realizado em 1973. A bordo de um Ford Maverick, pilotado por Luiz Greco, o mecânico visitou

Raid da Integração Nacional

Muito trabalho nos boxes

todas as capitais, numa jornada de 17.000 quilômetros. Completamente realizado na profissão, o mestre João Mariano não pensa em se aposentar tão cedo. Segue com o mesmo entusiasmo dos primeiros anos e está sempre em busca de novos conhecimentos. Atualmente, só “desacelera” um pouco quando visita a querida Santa Cruz do Rio Pardo ou curte a família, em especial, suas duas netas. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 43


OPINIÃO | SINDIREPA

UM PROFISSIONAL

EM CONSTANTE EVOLUÇÃO

Antonio Fiola Presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional

N

a década de 1980 quando estudava no Senai Ipiranga, e mesmo logo depois que ingressei no setor de reparação de veículos, não imaginava a evolução porque a indústria automobilística iria passar nas décadas subsequentes de forma tão rápida e transformadora. Ao visitar a Automechanika de Frankfurt pude conferir como as novas tecnologias ganham força. Carros elétricos e híbridos já são realidade na Europa e vêm aí os veículos autônomos. Lembro quando chegaram ao mercado os carros com injeção eletrônica na década de 1990, aquilo parecia algo muito novo,

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revolucionário. Mas, de lá para cá, muitos avanços ocorreram, a parte eletrônica evoluiu demais, câmbio, sistema de freios com ABS, airbag e por aí afora. Sem falar da questão da conectividade, que está cada vez mais presente nos veículos. O automóvel está cada vez mais sofisticado e inteligente. É com essas adversidades que o mecânico trabalha todos os dias. Cada modelo de veículo que chega na oficina traz uma novidade. Só com atualização permanente é que se vencem as barreiras. O profissional da reparação está acostumado a enfrentar desafios diários, faz parte da rotina e talvez seja um

ingrediente que torne o trabalho ainda mais interessante. É comum encontrar oficinas que possuem profissionais com vinte, trinta anos de casa. Muitos saem para montar a própria oficina, o que denota o prazer pela profissão. Existem muitas gerações de mecânicos nas famílias. O setor de reparação possui 93 mil oficinas espalhadas por todos os municípios do País que são responsáveis por 80% da frota circulante. É um mercado competitivo, desafiador e apaixonante que os profissionais ajudam a construir todos os dias, com trabalho e dedicação. Parabéns a todos os mecânicos do Brasil!


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