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EDIÇÃO 104 Maio de 2017
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EDITORA
A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO
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ARES 30 mil impres s 40 mil digitali os e zados
A MÍDIA QUE MAIS CRESCE NO SEGMENTO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA
PRODUÇÃO DE VÍDEOS +100 vídeos produzidos (institucionais e técnicos)
SITE REPARAÇÃO +13 mil acessos/mês
DISPARO DO SEU ANÚNCIO
para 40 mil e-mails de leitores reparadores
COMUNICAÇÃO, INTEGRAÇÃO E RESULTADOS
MÍDIA DADOS 2017
O MAIOR PACOTE DE OPORTUNIDADES PARA O MERCADO AUTOMOTIVO
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EDIÇÃO 104 Maio de 2017 EDITORA
A REVISTA QUE MUDA COM O REPARADOR MODERNO
ENTRE DESAFIOS
E OPORTUNIDADES Além de mostrar toda a força da reposição automotiva, a Automec deixou claro que o setor precisará se reinventar para sobreviver e prosperar numa sociedade cada vez mais tecnológica, compartilhada e dependente de informação
COPIANDO OS AVIÕES Motores rotativos quase revolucionaram o setor
OFICINAS DOS SONHOS Grupo se especializa para atender carros luxuosos
O AVANÇO DO DIESEL
A frota cresce a cada dia e faltam bons reparadores
ETANOL NAS CÉLULAS
A solução para os carros do futuro pode ser nossa
E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES
SUMÁRIO
EDIÇÃO 104 MAIO 2017
reparacaoautomotiva.com.br reparacaoautomotivaoficial
18
06 ENTREVISTA
Tecnologia a favor de todos
10 NEGÓCIOS
Encontros de reparadores
12 INDICADORES
Previsão de licenciamentos
14 GESTÃO
O apoio dos especialistas
16 SUSTENTABILIDADE Atenção aos contaminantes
18 PERFIL
A união de paixão e tradição
20 AUTOMEC
A opinião dos profissionais
24 PERSPECTIVA
Reflexões sobre o futuro
24
44
46
26 AUTOPEÇAS
Novidades dos expositores
30 EQUIPAMENTOS Os lançamentos da feira
34 MOTOR
Pequenos motores diesel
36 TRANSMISSÃO
Câmbio automático VW 09
38 SUSPENSÃO
Dúvidas no diagnóstico
40 FREIOS
Cuidado com a hidráulica Diretores Carlos Alberto de Oliveira carlos@znews.com.br Flávio Guerra guerra@znews.com.br REDAÇÃO Coordenador Editorial Douglas Cavallari (MTB 28.890) Redator-Chefe Alexandre Akashi (MTB 30.349) Redatores Karin Fuchs Simone Kühl Silvio Rocha Revisor Geuid Dib Jardim ARTE Designers Ezequiel Leão Jheimisson Sampaio Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Helena de Castro helena@znews.com.br Richard Faria richard@znews.com.br Nilson Nardi nilson@znews.com.br
42 IGNIÇÃO
A culpa era das velas
Tem dúvidas, críticas ou sugestões? Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br
44 HISTÓRIA
Querendo ser um avião
46 FUTURO
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O etanol pode ser a saída
48 MESTRES
Um reparador multimídia
APOIO E PARCERIA
ANUNCIARAM nesta edição
FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 355 04139-090 - São Paulo - SP (11) 3585-0626 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br
MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez tatiane@znews.com.br
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Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br
Circulação auditada pelo
A revista Reparação Automotiva é uma publicação da ZNews Editora e Marketing, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.
Autonor 47 Bosch 15 Corteco 37 Dana 25/52 Fras-Le 29 FTE 33 Graxinha Cash 13 Hella 43 Hiper Freios 17 King Tony 41
Meca Brazil 35 Motorcraft 04/51 Ranalle 11 Raven 09 Schulz 23 Sincopeças 50 Urba e Brosol 45 ZF 19 ZNews 02/39
ENTREVISTA
VALEO
GARANTIA ATÉ POR WHATSAPP
E MUITAS OUTRAS INOVAÇÕES Numa entrevista exclusiva, os executivos da Valeo falam sobre as últimas novidades da empresa e avaliam como a série de mudanças na indústria automobilística vai mudar o papel dos reparadores
A
Valeo apresentou durante a Automec 2017 a nova estratégia mundial no aftermarket: We care for you (Nós cuidamos de você). Em entrevista exclusiva ao Reparação Automotiva, Fernando Ribeiro, diretor geral da operação aftermarket América do Sul, e Robson Costa, gerente de marketing para o mercado de reposição América do Sul, falam sobre essa nova estratégia, em que os processos de garantia são instantâneos com o uso de ferramentas de conectividade de uso cotidiano da maioria das pessoas. Falam também sobre o futuro da reparação, com veículos mais complexos e conectados, em que a informação será o segredo para mudar conceitos muito além da manutenção preventiva. 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Fernando Ribeiro - Diretor de Aftermarket
por Alexandre Akashi | fotos Divulgação
Reparação Automotiva - A quantidade e qualidade dos componentes eletrônicos nos veículos crescem a cada ano. De que forma os reparadores devem se preparar para conseguir realizar diagnósticos assertivos diante de tanta complexidade dos sistemas modernos? Fernando Ribeiro - O automóvel passa por uma grande transformação. Felizmente o mercado de reparação brasileiro ainda não é afetado por isso. Mas esse futuro vai chegar em algum momento. Já falamos em veículos que estacionam sozinhos, buscam vagas sozinhos e andam sozinhos. A Valeo está de cabeça nessa inovação e por causa disso existe uma mudança de tecnologia. Os veículos vão deixar de usar motores a combustão e passarão a ser elétricos. Isso vai exigir do reparador uma capacitação diferente do que ele tem hoje. Como fornecedor de componentes temos a obrigação de garantir que o reparador esteja preparado, e o trabalho que já fazemos hoje, de atuar com o varejo e o reparador, terá de ser intensificado. Hoje o reparador tem de ter conexão com internet, rede Wi-Fi, para atualizar catálogos e manuais de reparação, que forneceremos, podendo até mesmo ter acesso a um auxílio de reparação por vídeo. Na última edição da Automechanika Frankfurt mostramos a nossa estrutura de TechCare por vídeo, em que o reparador liga em uma central da Valeo e com um aperto de botão o celular vira os olhos do operador.
A REVISTA QUE SE ORGULHA DE PÔR A MÃO NA GRAXA
O operador consegue dar zoom, tirar foto, ficar presente na oficina e ajudá-lo. É preciso investir em tecnologia, comunicação e nuvem, pois tudo vai estar na nuvem. RA - O conceito de nuvem ainda é complexo para muitos. E logo os veículos estarão conectados em nuvem e passarão a ser monitorados à distância pelas próprias montadoras, que terão à disposição informações de como o veículo é utilizado, e poderão criar mecanismos próativos para oferecer serviços automotivos. FR - A indústria automotiva sai da manutenção corretiva para a manutenção preditiva. Com isso, através de sensorização e do veículo conectado, conseguimos ter acesso a um banco de dados que possibilita criar ferramentas de predição, para saber que determinado componente está apresentando um comportamento que vai falhar. Será possível dizer até em quanto tempo ele vai quebrar. Isso já é uma realidade na indústria de aviação e saúde. Vai ser possível mapear em tempo real todos os seus produtos, entender o que está acontecendo e avisar o motorista. Será possível, por exemplo, dizer: o seu motor elétrico vai ter uma falha pois ele já começou a apresentar um sinal que outros 10 milhões de veículos iguais ao seu já apresentaram e falharam depois de 2 mil km. RA - Isso muda diversos conceitos da forma como o veículo é utilizado...
FR - Sim. O veículo passa a ter muito mais disponibilidade operacional pois não vai mais ficar parado. Deixa de ser produto para ficar “frotizado” e passa a ser serviço. Com isso, precisa ter essa predicção do problema. Veículo parado significa dinheiro perdido. RA - Como o aftermarket independente pode competir diante de um cenário como este, uma vez que a informação estará com as montadoras? FR - Não tenho certeza ainda se essa informação será das montadoras. Ainda não está claro quem é o detentor da informação, falta discussão. Acredito que vai variar muito de legislação, de país, de mercado, da relação do fornecedor com a montadora. Acho que ninguém pode responder isso ainda. Robson Costa - A Valeo é hoje um dos maiores investidores do mundo em Telemetics, comunicação telemática de detecção de uma manutenção futura. E com certeza seremos uma empresa que irá deter o conhecimento dos próprios produtos. E como atendemos às grandes montadoras, esse é um dos dados que no futuro teremos de trazer para o mercado de reposição, porque vai precisar disso, sem dúvida nenhuma. RA - Como você avalia o mercado automotivo brasileiro em relação aos custos de aquisição e manutenção dos veículos e a renda das pessoas?
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 07
ENTREVISTA
VALEO
Robson Costa - Gerente de Marketing
FR - Como a mão de obra no Brasil é barata, isso faz com que o país tenha custos de manutenção acessíveis. Vemos tendências na Europa em que o próprio dono do carro faz o serviço. Ele compra a peça pela internet e ele mesmo faz o reparo. Aqui ainda tem acesso ao reparador. Não vejo como ruim, pelo contrário. RC - O que é tendência na Europa? Alternador e motor de partida lá não têm reparo. No Brasil, ainda têm. Então o consumidor lá é obrigado a comprar um alternador, por exemplo, que custa R$ 500, quando na verdade precisaria só de um regulador de tensão, de R$ 50. Esse é o modelo de mercado lá, enquanto aqui o modelo é diferente. RA - O que precisa melhorar no aftermarket brasileiro para o desenvolvimento do setor como um todo? RC - Um dos pontos em que o mercado precisa melhorar é o serviço que os fornecedores precisam dar 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
para capacitar os reparadores, pois os veículos vão ficar mais complexos. Além disso, é preciso ficar atento aos produtos que entram no mercado, para não ter problema de performance. Pois existem produtos que não atendem à necessidade dos clientes. RA - E o que está bom? RC - Temos uma diversidade de produtos locais que permitem fazer a manutenção dos carros circulantes na frota. Nossa indústria tem muito conhecimento e tecnologia, nossos produtos são muito bons e reconhecidos fora do Brasil. Além disso, o Brasil é um dos mercados que mais se preparam em capacitação técnica e conhecimento. Estamos em patamar diferente de Europa e Estados Unidos, mas ainda assim somos um dos melhores do mundo. RA - A Valeo conta com um programa de garantia diferenciada. Como é? RC - Seguindo a temática de cuidar do cliente, adotamos uma ferramenta nova, que é a tecnologia. Atra-
vés do WhatsApp conseguimos fazer atendimento ao cliente, para garantir que ele está recebendo assistência técnica e em alguns casos até mesmo atendimento de garantia. Utilizamos isso para nos conectar facilmente ao cliente. Temos um time de campo para dar assistência ao cliente, de forma a mostrar seriedade. RA - Em outras palavras, garantia instantânea... RC - Sim. Você consegue mandar qual é o problema, tipo de aplicação, foto e áudio; esses técnicos vão avaliar a dimensão do problema ou o assunto de que quer tratar, e por meio da mesma ferramenta dar a resposta de como ele deve fazer a manutenção ou se é o caso de um problema, se o caso é procedente ou não e como deve tratar isso. Em alguns casos conseguimos dar resposta para o cliente via WhatsApp, dizendo para ele que a reclamação procede e informando um número de protocolo em que a garantia está autorizada pela Valeo.
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 09
NEGÓCIOS
CAPACITAÇÃO
REPARAÇÃO EM FOCO EM BOTUCATU
A
cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, sediará o 2º Fórum Reparação Automotiva, no dia 23 de maio. O evento é promovido pela revista Reparação Automotiva e tem o apoio da Ata Peças. O tema desta edição é “Atendimento e Marketing de Relacionamento para Oficinas Mecânicas”. Roberta Sodré, consultora de empreendedorismo e novos negócios, abordará três assuntos: “Como se preparar para o novo mercado”, “Como atender o novo consumidor”, “Inovações no segmento da reparação”. O encontro acontecerá no Parque Tecnológico de Botucatu, na rodovia Gastão Dal Farra, no Jardim Aeroporto. A entrada é franca e as inscrições devem ser feitas na Ata Peças, pelo telefone (14) 3312-4900.
FÓRUM DE CÂMBIO AUTOMÁTICO
N
os dias 15 e 16 de setembro, acontece o 4º Fórum de Reparadores de Câmbio Automático do Brasil, no Hotel Majestic, em Florianópolis (SC). O evento é realizado pela Aptta Brasil e a Thoten Transmissão, e conta com o apoio da revista Reparação Automotiva. A programação abrange diversas palestras, ministradas por técnicos brasileiros e estrangeiros das empresas Allomatic, Raybestos, Febi, Transtec, ZF e Marf Conversores. O fórum é considerado o maior evento técnico para reparadores de câmbio automático. As inscrições já estão abertas. Até 1º/7, com preço promocional de R$ 850,00. De 2/7 a 1/9 o valor sobe para R$ 950,00 e, após 2/9, para R$ 1.350,00. Para obter mais informações ou fazer a sua inscrição, acesse o site: http://promo.thoten.com.br/lp-4-forum-1-lote
GRUPO DE MECÂNICOS PREMIUM
A
lgumas oficinas são especializadas em carros dos sonhos, supermáquinas que atraem milhares de pessoas mundo afora. Por isso, empresários de Santa Catarina fundaram o grupo “Mecânicos Premium”. “A ideia surgiu há dois anos, diante da necessidade de trocar informações técnicas de veículos de alta gama e clássicos”, diz Sandro Araujo, gestor da oficina Multijet Import, um dos fundadores e presidente. O grande objetivo do grupo é unir as oficinas para que juntas busquem todas as condições necessárias para realizar a manutenção no mesmo padrão das concessionárias. Atualmente, são 28 empresas participantes, de vários estados do país e até dos Estados Unidos. 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
GESTÃO ESTRATÉGICA DO NEGÓCIO
O
rganizado pelo NEA-SC (Núcleo Estadual de Automecânicas) e a Arvesc (Associação de Reparadores de Veículos de Santa Catarina), a 2ª edição do Enfauto 2017 (Encontro Nacional e Feira do Conhecimento da Reparação Automotiva) será realizada nos dias 18 e 19 de agosto, em Florianópolis (SC). “Diferentemente de 2015, o foco agora é mais estratégico e gerencial. Os presentes conhecerão, por meio de diversos temas e palestras, ferramentas de gestão tendo em vista a melhora dos resultados das oficinas”, informa Roberto Turatti (Billy), coordenador do Enfauto 2017. Na ocasião também haverá uma competição entre os membros do NEA, nos moldes do GP Motorcraft organizado todos os anos pela Ford, com avaliações teóricas e práticas, e prêmios aos finalistas de até R$ 20 mil. O palco do evento é o Centro de Eventos Jorge Joaquim Daux Boabaid e CELHS Canasvierias. Aos interessados, há pacotes pré-programados no site: www.enfauto.com.br. As inscrições individuais custam R$ 800 (no site) e, para caravanas, R$ 600 (para reservas: contato@nea-sc.com.br).
INDICADORES
AUDATEC por Sérgio Duque | tabela Audatec
LICENCIAMENTOS EM 2017 AS PREVISÕES ESTÃO POSITIVAS
Anfavea prevê 2,8 milhões de unidades emplacadas, o que representa uma leve retomada em relação a 2016
A
o longo do ano, as montadoras estimam que o número de emplacamentos de veículos seja 3% superior quando comparado ao resultado de 2016, totalizando 2,8 milhões de unidades. O número inclui todos os segmentos e motos. Não é uma ótima notícia, pois está abaixo da estimativa feita no início do ano. Mas, diante de todas as incertezas que ainda rondam o nosso país, qualquer previsão de crescimento deve ser comemorada pelo setor automotivo. 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
LEVES - Estima-se uma evolução no emplacamento de 9% em relação a 2016, especialmente pela contribuição do segmento de comerciais leves, com crescimento há vários meses. Os automóveis deverão crescer 7% em 2017.
Os caminhões semileves serão os únicos com crescimento acentuado e com maior destaque, com estimativa de resultado final 51% maior que em 2016. Já os leves, pesados e extrapesados deverão ficar estagnados por mais um ano.
CAMINHÕES - É o segmento que mais preocupa. No acumulado do quadrimestre, houve uma queda de 25% nas vendas em relação ao mesmo período de 2016, que já foi um resultado baixo. A ociosidade nessas linhas está acima de 75%.
ÔNIBUS - A previsão para este segmento é que haja uma retração no volume de emplacamentos. Somente no primeiro quadrimestre, as vendas de ônibus apresentaram um decréscimo de 29,2% em relação a igual período de 2016.
MOTOS - A luta será para conseguir manter os números e sustentar os meses futuros sem o registro de quedas. Mas nada parece contribuir para a reversão deste quadro, por mais esforços que as montadoras façam. Na tabela está demonstrada a estimativa de emplacamento por segmento da frota, com base em estudos da Audatec Marketing, que considera o histórico nos meses anteriores, avalia questões econômicas e fatores de influência que possam impactar o negócio. Para conhecer em detalhes esses e muitos outros estudos sobre o mercado automotivo, as empresas e entidades do setor podem solicitar um login e senha para acesso temporário no site da Audatec Marketing, no endereço www.audatec.com.br
PREVISÃO DE LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS PERÍODOS
SEGMENTO DA FROTA
2017
2016
Veículos leves
1.870.000
1.723.132
+ 9%
Automóveis
1.600.000
1.490.903
+ 7%
Comerciais leves
270.000
232.229
+ 16%
Caminhões
41.000
48.746
- 16%
Semileves
3.000
1.984
+ 51%
Leves
9.500
13.100
- 27%
Médios
3.500
4.218
- 17%
Semipesados
10.000
14.473
- 31%
Pesados
15.000
14.971
0%
Ônibus
7.750
11.154
- 31%
Motos
850.000
899.793
- 5%
Total
2.768.750
2.682.825
+ 3%
VARIAÇÃO
Fontes: Anfavea, Abraciclo e Audatec
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GESTÃO
SEBRAE por Alexandre Akashi | foto ZNews
GESTÃO APRIMORADA COM A TROCA DE EXPERIÊNCIAS
T
Por todo o Brasil, o Sebrae cria grupos com oficinas e autopeças para dinamizar essas empresas e garantir o seu crescimento
ão importante quanto a sua oficina ser lucrativa é acertar na gestão. É preciso saber cobrar corretamente, evitar desperdícios, coordenar as equipes, cumprir as exigências legais e estar atento às inovações tecnológicas que podem ser aplicadas no seu negócio. Para ajudar os empresários da reposição automotiva, em muitas unidades do Sebrae foram criados grupos com oficinas mecânicas e varejos de autopeças com o intuito de promover a troca de informações e o aprimoramento da gestão de cada um dos participantes. Como os encontros variam de uma região para outra, a melhor forma de participar é entrar em 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
contato com a unidade do Sebrae mais próxima. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, as duas últimas reuniões foram realizadas na Lapa e em Guarulhos. PARCERIAS - Nesses dois eventos, a revista Reparação Automotiva teve uma participação especial como parceira do Sebrae-SP. O consultor de negócios da publicação, Jeison Lima, ministrou uma palestra especial sobre o panorama da reposição no Brasil. “Com base nos números de emplacamentos de veículos novos e as vendas de usados, eu apresentei o perfil dos clientes que irão buscar o mercado de reposição nos
próximos anos e como os empresários devem estar preparados para atendê-los”, explica Jeison. Atualmente, os grupos formados na Grande São Paulo reúnem cerca de cem empresas do setor. Os consultores acompanham o desenvolvimento de cada participante e as suas dificuldades. Com base nessas informações, planejam a evolução dos treinamentos. Os serviços de consultoria oferecidos pelo Sebrae são gratuitos, e os grupos são formados a partir das demandas de cada região. Procure participar dessas iniciativas e, para saber onde está a unidade mais próxima de você, ligue para o telefone 0800-570-0800.
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RESÍDUOS E EMISSÕES por Alexandre Akashi | foto Divulgação
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REPARADOR CONSCIENTE PRECISA FICAR DE OLHO NOS POLUENTES
Dentro das oficinas existem vários produtos que podem causar danos ambientais. É preciso dar o destino correto para cada um
N
a correria do dia a dia, você pode até não notar, mas a reparação automotiva tem uma grande responsabilidade na preservação do nosso planeta. Existem fontes de poluição por todos os lados, e qualquer descarte feito de uma forma incorreta pode contaminar seriamente o nosso ar, solo e milhares de litros de água. Ao contrário do que parece, tornar a oficina um espaço ambientalmente correto não é difícil e nem caro. O primeiro passo é identificar as fontes de poluição e treinar a equipe para eliminar cada uma delas. Parcerias com empresas de reciclagem podem ajudar e ainda garantir uma renda extra. Entre as principais fontes de poluição em uma oficina estão: 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Resíduos sólidos: representam a grande maioria, desde embalagens até peças usadas, pneus e vidros. Quase tudo pode ser reciclado. Emissões gasosas: as oficinas mecânicas devem tentar reduzir o tempo de funcionamento dos veículos. Nas funilarias o ideal é usar cabines de pintura. Poluição sonora: além de causar impactos ambientais, também pode gerar problemas com a vizinhança. Controle os horários e os ruídos da oficina. Efluentes líquidos: estão entre os mais poluentes. Cuidado com o descarte de óleos, combustíveis, solventes e produtos de limpeza.
O Sindirepa, por exemplo, recomenda às oficinas que usem máquinas apropriadas para lavar as peças e instalem caixas de coleta de areia, óleo e solventes na rede de esgoto. Tomando esses cuidados, os reparadores reduzem seu impacto ambiental e ajudam no reaproveitamento desses resíduos por empresas especializadas. Hoje em dia, também é muito importante ficar atento aos lançamentos de novos equipamentos mais ecológicos, que consomem pouca energia, são menos agressivos ao meio ambiente, usam filtros especiais para controlar a poluição ou fazem a reciclagem de gases e fluidos usados pelos veículos. A cada passo dado, deixamos o nosso planeta um pouco melhor.
PERFIL
ANGELLA por Érick Facioli | fotos ZNews
ANGELLA CAR SERVICE QUALIDADE E RESPEITO AMBIENTAL
C
Oficina atende clientes há quase meio século, investe em certificações de qualidade e fortalece sua presença no setor
om 45 anos de tradição e um cadastro de clientes de fazer inveja a muitos reparadores de grandes centros, a Angella Car Service ganhou a confiança dos moradores da região de Botucatu, no interior de São Paulo. Hoje, um dos aspectos que diferenciam a oficina da concorrência é a sua preocupação com o meio ambiente. Desde 2014, a empresa conta com o Selo Verde do Instituto da Qualidade Automotiva, que atesta o respeito às normas ambientais e o cumprimento de todos os requisitos legais do setor. Para conquistar essa certificação foi preciso investir num sistema de caixas de inspeção, que trata toda a água da oficina. 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Também foi importado da Alemanha um equipamento para filtrar os gases dos escapamentos dos veículos em manutenção. A história da empresa começou em 1972, com Lourival Angella trabalhando num galpão de apenas 60 m². A oficina foi uma das pioneiras na conversão de motores a álcool na década de 1980. EVOLUÇÃO - Em 1990, o filho Licharles Angella se casou com Andrea Policastro e os dois assumiram a oficina. Investiram muito em organização, capacitação técnica e profissionalização da equipe. “A clientela se manteve fiel e hoje atendemos os netos dos primeiros clientes do meu pai”, destaca Licharles.
Depois disso, a empresa não parou de crescer. O espaço foi ampliado muitas vezes e, atualmente, conta com 1.400 m². A oficina também tem parcerias com a Bosch, Porto Seguro, Eco Car e Michelin. Chamado de “artista da oficina” pela esposa, Licharles explica que o segredo do sucesso é a sinceridade, honestidade e confiança adquirida junto aos clientes, além da paixão pela profissão. No ano passado, Licharles ficou conhecido em todo o país ao ser o quarto colocado entre os quase 17 mil inscritos no GP Motorcraft. “O meu maior prazer é enfrentar novos desafios, resolver os problemas e deixar os clientes satisfeitos. O resto é consequência”, resume o reparador.
AUTOMEC
OPINIÕES por Alexandre Akashi | fotos ZNews
BALANÇO GERAL
REPARADORES AVALIAM A AUTOMEC
A
Os profissionais destacaram o contato com os fabricantes, as centenas de novidades apresentadas e o novo pavilhão
Automec 2017 foi um sucesso. A Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, contabilizou 74.252 visitantes nos cinco dias da feira, número que superou as expectativas iniciais, de 70 mil visitantes. O novo pavilhão de exposições do São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, agradou a maioria dos reparadores que visitaram a feira. O espaço se destacou principalmente pela maior organização e a beleza dos estandes. “Gostei muito do novo local”, disse Sandro Araujo, presidente do Grupo Mecânicos Premium e 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
gestor da Multijet Import, de Tubarão (SC). Assim como ele, o engenheiro mecânico Josmar Boschetti Junior, da Especializada Josmar, de São Paulo (SP), elogiou o pavilhão na Imigrantes. “Havia um maior número de expositores e algumas novidades”, afirmou. Para Francisco Carlos de Oliveira, da Stilo Motores, também na capital paulista, o novo local foi acertado. “A feira contou com uma estrutura muito melhor, mais bem organizada e com mais expositores que as demais edições da Automec”, declarou, acrescentado que ele participou de todas as anteriores.
PROXIMIDADE - Entre as novidades em lançamentos de autopeças, ferramentas e equipamentos, os reparadores elogiaram a disponibilidade dos fabricantes em atendê-los. “As empresas acolheram bem, toda equipe das marcas estava lá para nos atender”, disse José Natal da Silva, da MegaCar. Segundo o empresário paulista “as empresas entenderam que quem vende a marca delas é o reparador. Nas edições anteriores, os espaços eram reservados para os distribudores e grandes varejistas, e, pelo que vi na feira deste ano, isso mudou”, afirma.
Edson Roberto de Ávila (Mingau), da Mingau Automobilística, de Suzano (SP), concorda com Natal. “As empresas estavam preocupadas em passar informações de mercado para os reparadores”, comentou. Opinião similar tem o engenheiro Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, de São Paulo (SP). “Os fabricantes de autopeças nacionais estavam bem atenciosos. Foi possível conversar sobre novos produtos e problemas gerais, como qualidade dos componentes e garantia.” DICAS - Torigoe aproveitou a feira para tirar dúvidas técnicas, principalmente da linha asiática. “Recentemente, eu troquei os amortecedores de um Honda Fit que estavam batendo e o defeito persistiu, ainda que em menor intensidade. O técnico da Cofap explicou que pode ser por causa da calibração dos pneus, e que para resolver bastava colocar 32 libras na frente e 30 atrás”, citou. Outra dica garimpada por Torigoe foi sobre a instalação dos
Natal destacou o atendimento dos fabricantes
Josmar se surpreendeu com o número de expositores
amortecedores do Nissan Sentra. “O técnico da Cofap me contou que, quando se trocam os amortecedores dianteiros, ao fazer o alinhamento, deve-se levar o carro com os parafusos dos batentes soltos, pois somente assim se consegue o correto acasalamento do amortecedor”, informou. Segundo ele, “do contrário, os amortecedores podem ficar travados e trabalharem forçados. Isso acontece porque os furos do batente na
carroceria são ovais, para permitir o melhor ajuste do novo amortecedor e evitar que fiquem com as hastes travadas”, diz Torigoe. Francisco Oliveira, da Stilo Motores, destacou ainda o convite que recebeu da Urba e Brosol para participar da Automec, como convidado VIP, fruto de campanha de relacionamento realizada com reparadores. GARIMPO - Pelo olhar dos reparadores, a Automec foi boa para garimpar novos fornecedores e ferramentas inexistentes no mercado nacional. Acostumado a frequentar feiras internacionais, Boschetti disse que realizou bons negócios. “A feira não é tão grande e nem tem tanta variedade quanto a de Frankfurt, mas encontrei ferramentas boas”, revelou. Torigoe aproveitou para fazer contatos com fabricantes de peças miúdas, de fixação automotiva. “Muitas vezes precisamos de presilhas de portas e outras miudezas que são difíceis de encontrar nas lojas de autopeças. Na feira, conseguimos contato com o fabricante, que pode nos indicar os distribuidores mais próximos”, afirmou.
AUTOMEC
OPINIÕES
O reparador ainda ficou interessado em outros equipamentos. “A máquina de teste de amortecedores apresentada pela Tecnomotor, que dispensa o maquinário de um shock tester para avaliar as condições do sistema de suspensão do carro, me surpreendeu”, finalizou Torigoe.
Torigoe encontrou peças difíceis de comprar
Francisco recebeu um atendimento especial
FERRAMENTAS - Um setor da Automec que sempre chama a atenção dos reparadores é o de ferramentas e equipamentos. Nesta edição não foi diferente. Araujo destacou o portfólio de ferramentas para modelos importados apresentados por Raven, Autel, Snap-on e o KTS 590, da Bosch. Para Natal, um dos destaques foi o aparelho da Sun que realiza o diagnóstico por temperatura, pelo aquecimento de algumas partes do veículo e pela diferença de temperatura. “É um equipamento muito interessante, porém não conhecemos ainda a eficiência do diagnóstico que ele realiza”, ponderou. Mingau gostou de ver a velocidade com que os fabricantes de ferramentas tem atualizado o portfólio de produtos. “Vi vários ferramentais para veículos que ainda nem entraram nas oficinas. Isso mostra que os fornecedores estão atentos ao nosso mercado, porém, alguns valores cobrados são absurdos, inviabiliza a compra”, disse.
Quem também ficou atento às novidades de ferramentas foi Torigoe. “Gostei muito do equipamento de testes de cabos de velas da Raven, e do modelo de negócio do scanner da Plana TC, que custa a partir de R$ 1.500,00”, citou.
CRÍTICAS - Apesar de o interior da feira estar muito bem montado, com belos estandes e excelente receptividade dos expositores, a estrutura viária para chegada e saída do pavilhão foi bastante criticada pelos reparadores que visitaram a Automec, principalmente no último dia, um sábado no meio de um feriado prolongado. “O acesso ao estacionamento não suportou a quantidade de carros, e na saída da feira chegou a demorar uma hora para deixarmos o local”, contou Boschetti. “Eu nem consegui atravessar o viaduto de tão congestionado que estava. Estacionei na rua, perto do metrô, e desci a pé para o pavilhão”, disse Natal.
Sandro aprovou a estrutura do pavilhão
Mingau gostou dos novos equipamentos
22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ALÉM DOS FREIOS, AGORA A SCHULZ ASSUME A DIREÇÃO
Para comemorar os cinco anos de sucesso na reposição automotiva, ampliamos a nossa presença com uma completa linha de bombas para direções hidráulicas. Temos aplicações para os principais veículos pesados e comerciais leves da Agrale, Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Hyundai, Iveco, Kia, Mercedes-Benz, Peugeot, Renault, Scania, Volkswagen e Volvo.
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AUTOMEC
PERSPECTIVAS por Alexandre Akashi | foto ZNews
DESAFIOS E OPORTUNIDADES REVELADOS DURANTE A AUTOMEC
G
As novas tecnologias mudarão toda a indústria automobilística e os reparadores precisarão estar atentos a essa nova realidade
raças às ferramentas de conectividade, o modelo de negócio do aftermarket automotivo está prestes a mudar. Talvez demore um pouco para afetar as oficinas e o varejo de autopeças do país, mas a história mostra que é impossível frear o avanço tecnológico. Uma breve visão desse futuro foi mostrada na Automec 2017, em diversos estandes de fabricantes de sistemas automotivos, e também nos 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
fóruns de entidades, como o organizado pelo Sincopeças, “A tecnologia dirigindo o futuro do aftermarket”. Nas palavras de Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, “o impacto das novas tecnologias e a nova forma de lidar com o automóvel serão tão grandes ao usuário final e aos players da cadeia do setor, senão maiores, quanto foi com a revolução feita por Henry Ford quando lançou o modelo T”, comparou.
Segundo o executivo, “isso não se trata de futuro, mas já é uma realidade”, declarou, a exemplo dos veículos mais sofisticados que são praticamente máquinas conectadas. CARUSO - Plataforma desenvolvida na Europa há oito meses, o Caruso foi outra novidade da Automec. O sistema possibilita a coleta, padronização e compartilhamento de informações geradas pelo veículo.
Esses dados mostram como os carros estão sendo utilizados e as necessidades de manutenções preventivas. Pode parecer difícil de entender, mas é simples. Hoje, diversos modelos que circulam nas ruas já enviam estas informações para as montadoras, que podem alertar o motorista sobre a necessidade de manutenções preventivas nas concessionárias. Um sensor na pastilha de freio, por exemplo, monitora o desgaste da peça e, quando chega a um limite pré-determinado, envia um sinal para a montadora que alerta o motorista por meio da central multimídia.
terão de estar conectadas à internet e entender conceitos como “nuvem” e “compartilhamento de dados”. E será preciso instalar no veículo do cliente um equipamento que possibilite a conexão com a nuvem. No entanto, as oportunidades de geração de valor em toda cadeia são enormes. Por isso, as oficinas devem começar a se preparar desde já. Não é preciso investir toneladas de dinheiro em sistemas complexos, mas iniciar um processo de gestão administrativa de qualidade e organizado, tendo como objetivo integrar esse novo modelo de negócio.
NA PRÁTICA - Jurgen Buchert, CEO da TecAlliance, explicou que o Caruso foi desenvolvido para suprir as principais necessidades do mercado de reposição. “A informação que vem do carro, direto para o fabricante e para a montadora, nem sempre é compartilhada. E esse foi o cerne do nosso questionamento: como vamos fazer isso?”, afirmou. Segundo ele, a resposta foi a união de representantes do setor para a criação da plataforma e o acesso aos envolvidos. “Dessa forma, coletando os dados, padronizando e os compartilhando com o mercado, podemos continuar crescendo com os negócios”, explicou.
SOBRE RODAS - Em sua apresentação no fórum do Sincopeças, Fernando Saddi, CEO da Easy Carros, expôs algumas mudanças que o setor automotivo vivenciará em poucos anos. “O coração do carro passará a ser um sistema operacional, a exemplo dos computadores, e o seu cérebro será a inteligência artificial. Quem cuidará desses veículos: o mecânico ou um programador?”, questionou. Ele também fez a plateia refletir sobre a inteligência artificial. “Quando se cria um computador sobre rodas, é possível ter todas as informações do condutor e do veículo. Isso impactará toda a cadeia automotiva (demanda), e a oficina precisa ser proativa e não mais aguardar que o cliente a procure”, afirmou. Saddi alertou sobre outra mudança: “nos próximos cinco anos, um quarto dos veículos estarão nas empresas. As oficinas terão de mudar a
OPERACIONALIZAÇÃO - O desafio para a cadeia de suprimentos do aftermarket automotivo é justamente montar a rede para operacionalizar o Caruso. Primeiramente, as oficinas
forma como se relacionam hoje com o cliente final para com os clientes corporativos. Elas terão de ganhar a confiança deles e criar uma forma de trabalho totalmente diferente”. PRODUTIVIDADE - Na Automec, o vice-presidente do Sindirepa-SP, Pedro Luiz Scopino, apresentou a palestra “Cálculo da hora de mão de obra na oficina”, abordando os desafios que toda a oficina deve superar para criar a cultura de cobrança pela hora trabalhada. “Os desafios são vários, como a falta de mão de obra treinada, de profissionalização na empresa, administração de recursos humanos, retorno sobre investimento, controle administrativo, financeiro e gerencial, questões ambientais e solidão empresarial”, especificou. Ele também disse o óbvio para ter produtividade na oficina, mas que vale a pena repetir, como realizar o diagnóstico correto, ter ferramentas pneumáticas, carrinho individual, ferramentas organizadas e em bom estado, rampas de troca de pneus, elevador automotivo, a peça certa no momento certo, limpeza, local demarcado para os serviços e ter informação técnica. Ainda de acordo com ele, “é preciso tabelar os motivos do retorno e corrigi-los para que não ocorram novamente”, orientou. Em outras palavras, é importante fazer corretamente o reparo na primeira vez para evitar retorno de serviço, o que compromete a produtividade.
AUTOMEC
LANÇAMENTOS DE AUTOPEÇAS
BORG WARNER
CUMMINS
DANA
A
empresa apresentou na Automec novos motores de partida que atendem ao Hyundai HB 20 e vários modelos da Chevrolet, como os veículos Cobalt, Montana, Onix, Prisma e Spin. Outra aposta do grupo foi o motor de partida remanufaturado para os caminhões da Volkswagen, que custam menos e têm a mesma garantia de qualidade do original.
C
om a marca Holset, a empresa lançou na feira os turbos HE150 (utilizado em motores de dois a cinco litros) e HE250 (para unidades de cinco a sete litros), além de peças para modelos com geometria variável (VGT), como o atuador eletrônico e conjunto central. Além disso, anunciou a ampliação da oferta de turbos remanufaturados de 13 para 35 modelos diferentes.
N
DELPHI
FEDERAL MOGUL
FRAM
C
om uma carcaça azul, resultado de um tratamento especial com banho de zinco-níquel, as velas de ignição Delphi foram o destaque em termos de lançamento de produtos da empresa durante a feira. Em quatro versões, com um, dois ou três eletrodos, dependendo da aplicação. A mais comum é a D-Power, e o modelo Yttrium traz um inovador eletrodo de níquel-ítrio. 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
A
fabricante de freios automotivos anunciou a produção local das pastilhas de freios de cerâmica Ferodo Top Premium, com uma tecnologia exclusiva que garante um melhor desempenho e uma maior segurança nas frenagens. Conforme a Federal Mogul, essas pastilhas têm uma durabilidade 30% superior às comuns e também apresentam um baixo nível de ruído.
a Automec, a empresa iniciou as comemorações dos 70 anos de Brasil e aproveitou para informar ao mercado sobre a nova forma de comercialização dos seus produtos na reposição automotiva, com uma estrutura própria. Nesse novo modelo, ela apresentou a gama completa de produtos com a marca Spicer, tanto para veículos leves quanto pesados.
U
ma das grandes novidades da Fram na Automec foi o lançamento de um aplicativo para aparelhos com sistemas iOS, Android ou Windows Phone. Por ele, é possível acessar todo o catálogo da marca. Para instalá-lo, basta buscar por “Fram Filtros” nas lojas de apps. A empresa também está com uma nova página no Facebook e mais conteúdos no site www.fram.com.br
GATES
MERITOR
MICRONAIR
F
abricante de correias, tensionadores e mangueiras, a Gates apresentou na feira o novo conceito da campanha de manutenção inteligente 10/40, batizada de “Pense no Sistema”. O objetivo é conscientizar o reparador e o dono do veículo a realizar a inspeção dos itens de transmissão de força a cada 10.000 km e trocar de forma preventiva a cada 40.000 km.
F
abricante de eixos e sistemas para veículos, a Meritor lançou na Automec uma linha de óleos para lubrificação de eixos diferenciais e a Universidade Meritor, plataforma on-line que oferece cursos técnicos gratuitos sobre montagem e desmontagem de cada linha de produto da marca. A empresa também apresentou sua linha de cruzetas para veículos pesados.
U
PHILIPS
SCHAEFFLER
SCHULZ
A
aposta da Philips na exposição foi apresentar tecnologias inovadoras em iluminação automotiva, como o lançamento da lâmpada H4 de LED, que, segundo a empresa, atende e supera todos os critérios de qualidade e desempenho exigidos para as lâmpadas halógenas, com até 150% mais brilho, graças à temperatura de cor de 6.200 K.
U
ma das atrações da empresa na Automec foi o INA GearBOX, uma solução que reúne em uma única caixa um conjunto de rolamentos, vedações, anéis e todos os componentes necessários para a reparação de transmissões manuais dos principais veículos nacionais da linha leve. O kit pretende simplificar o trabalho na oficina e reduzir o custo de reparo das transmissões.
m filtro de cabine que promete absorver o mau cheiro e eliminar os gases prejudiciais à saúde. Esse é o micronAir blue, lançado oficialmente na Automec 2017. O segredo é uma quarta camada funcional, impregnada de ácido de frutas e nano prata, que, ao filtrar o ar que vem de fora do veículo, neutraliza também as partículas alergênicas e os poluentes presentes no ar.
D
urante a feira, a Schulz anunciou que, além de sua ampla linha de produtos para freios, fornecerá também bombas para direções hidráulicas. No início, estarão disponíveis 41 peças para o reparo dos principais veículos comerciais da Agrale, Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Hyundai, Iveco, Kia, Mercedes-Benz, Peugeot, Renault, Scania, Volkswagen e Volvo. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 27
AUTOMEC
LANÇAMENTOS DE AUTOPEÇAS
TARANTO
TECFIL
Taranto apresentou durante o evento uma série de novos produtos, como os kits de reparo para injeção eletrônica, atuadores hidráulicos de embreagem, cabeçotes e tuchos de válvulas. As novas famílias de componentes complementam a linha tradicional da empresa, composta por retentores, juntas para veículos leves e pesados, parafusos e embreagens.
urante a Automec, a Tecfil apresentou as novas embalagens dos seus produtos, lançou dezenas de filtros para os novos veículos que passaram a fazer parte da frota nacional e criou um site de treinamentos para os profissionais do mercado de reposição, com muitas dicas sobre aplicações de filtros. O endereço da página é www.treinamentotecfil.com.br
D
O
URBA E BROSOL
WEGA
ZF
A
P
resentes em mais uma edição da Automec, as marcas Urba e Brosol apresentaram várias novidades. Foram lançadas dezenas de bombas de água e óleo, além de outros componentes para motores, como os sensores de temperatura e termointerruptores. Também foi possível conhecer todas as aplicações das linhas de carburadores, bombas de combustível, kits de reparo e aditivos. 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
E
m 2017, a empresa completa 15 anos de presença no Brasil e aproveitou a Automec para lançar novos produtos no seu portfólio de mais de 365 itens, que abrangem 5.706 aplicações. Entre os destaques apresentados, estavam os filtros de cabine com carvão ativado para a linha Mercedes-Benz Sprinter, BMW X1, Jeep Renegade, entre outros veículos presentes na frota nacional.
TENNECO
Quick-Strut foi a grande novidade da Tenneco na exposição. Comercializado com a marca Monroe, é um kit de amortecedor dianteiro com mola, batente e coxim. Como vem montado, o reparador pode realizar a troca de uma forma muito mais rápida e prática. Inicialmente, a empresa disponibilizará o kit para cerca de trinta veículos da frota nacional.
A
ZF marcou presença na Automec com o lançamento de componentes para veículos leves e pesados. Mas a grande aposta foi na qualificação profissional, com a apresentação do programa “Amigo Bom de Peça”. Por meio de vídeos no YouTube e uma página no Facebook, a empresa passará aos reparadores uma série de dicas técnicas sobre a aplicação dos seus produtos.
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AUTOMEC
LANÇAMENTOS DE EQUIPAMENTOS
ALFATEST
A
BOSCH
BOVENAU
presentou durante a Automec grandes lançamentos, entre eles: o scanner Kaptor Pad com tela de 8 polegadas touch-screen, scanner Kaptor V3S com novo display de led orgânico, scanner diesel W.Easy para caminhões e ônibus e os testadores de baterias BT 521, BT 282 e BTME1 (para motos) com tecnologia CCA.
urante a feira, a empresa apresentou suas soluções em peças diesel em um motor tamanho real. O objetivo foi que os visitantes pudessem conferir de perto as aplicações de componentes, como o sistema de injeção common rail completo, que envolve bomba de alta pressão, injetores e sensores necessários para o gerenciamento do motor.
C
om 25 anos de história, a Bovenau está consolidada entre os líderes de vendas no segmento de macacos e equipamentos hidráulicos. A empresa trouxe para a feira sua linha completa de produtos e vários lançamentos, consolidando-se como uma das maiores fabricantes de equipamentos para oficinas e centros automotivos do mercado brasileiro.
BOXTOP
CAR-TECH
CHIPTRONIC
D
entre os equipamentos apresentados, dois tiveram destaque especial: o elevador para caminhões e ônibus, EBW-7000 e o modelo pantográfico EBWP-4000, único fabricado no Brasil. O equipamento foi exposto com uma S-10 americana modificada, utilizada em corridas de arrancada. O veículo é pilotado pelo campeão nacional da categoria promod, Alexandre Kayayan. 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
D
D
ivulgou o CT-980, um alinhador 3D com diagnóstico por imagens. Mede todos os ângulos necessários com rapidez e precisão. É compacto, tem ótimo acabamento, é muito fácil de usar e tem excelente custo-benefício, permitindo o retorno do investimento em pouco tempo, trazendo credibilidade e confiabilidade aos seus serviços de alinhamento de direção.
D
estacou entre as novidades o ECU Test 3 Infinity, simulador de sistemas automotivos para testes de centrais de injeção eletrônica indireta, direta e diesel. O equipamento tem 21 sensores variáveis, 27 atuadores, injetores, bobinas de ignição, gerador de sinal PWM, programadores integrados, alimentação positiva ou negativa dos sensores e antena de imobilizador.
CORGHI
EMASTER
EMEB
O
s equipamentos da Corghi são reconhecidos em todo o mundo por sua alta qualidade, sofisticação tecnológica e confiabilidade técnica. A empresa trouxe como lançamentos o ICE 800 - recicladora de gás do ar-condicionado RR206, retífica de rodas BT 90, linha de inspeção veicular R.E.M.O. e o alinhador robotizado touchless.
A
Emaster Elevadores é hoje uma marca de referência em qualidade e inovações na fabricação de elevadores automotivos. É a empresa brasileira deste setor com a maior linha do mercado. Expôs durante a Automec o novo pórtico Emaster, um elevador que traz como diferencial o piso livre de obstáculos e totalmente dentro da norma NR 12.
A
ENGECASS
GEDORE
KING TONY
A
empresa apresentou na Automec sua linha de produtos com condições especiais e ainda premiou um dos visitantes com um elevador EC 2600. Durante a vigência da garantia dos produtos da empresa, os clientes podem contar com o apoio da assistência técnica da fábrica na orientação de uso do equipamento, na prestação dos serviços e execução de reparos.
A
marca lançou na feira dois novos carros com ferramentas: 1580 GM Mix 2 e 3000 GM Mix 2. Com berços em EVA em duas cores, que permitem a rápida identificação das ferramentas, e composições adequadas para atender às necessidades do mercado, os novos carros refletem também o novo visual da linha Gedore de Organização e Movimento para as oficinas.
presentou a LUX-777, uma balanceadora com monitor LED, medição automática de distância e diâmetro, dez funções de balanceamento e frenagem automática. Os comandos são interativos e a máquina é muito fácil de usar. Conta com preço competitivo e dois anos de garantia, a exemplo de toda a linha de produtos da marca.
D
urante a Automec, foi lançado o mais novo torquímetro digital com torque angular criado pela empresa. Nele é possível escolher diversas unidades de medida, entre as quais Nm e Kgfm. Capaz de aplicar torques angulares de 0° a 360°, o torquímetro pode armazenar dez operações em memória e tem função de autodesligamento. Sua autonomia é de 110 horas. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 31
AUTOMEC
LANÇAMENTOS DE EQUIPAMENTOS
KITEST
LEONE EQUIPAMENTOS
NAPRO
A
presentou na feira vários lançamentos, com destaque para os suportes de motor, chaves, travas, ferramentas para retenção das polias de comando, equipamentos para o sincronismo de motores, extratores de terminais, saca-filtros de óleo, ferramentas para regular a tensão das correias sincronizadoras, testes para atuadores, entre outros.
E
ntre os lançamentos, a marca destacou o Navigator TXT, um equipamento de diagnóstico que se conecta diretamente ao módulo do veículo e comunica-se via Bluetooth com tablets ou computadores com o sistema operacional Windows. Também mostrou um scanner multimarcas para motos, carros, pesados, máquinas agrícolas e embarcações.
A
RAVEN FERRAMENTAS
SUN EQUIPAMENTOS
TECNOMOTOR
om mais de 50 anos de tradição, a empresa é reconhecida pela excelência da sua linha de produtos e o desenvolvimento contínuo de novas tecnologias que proporcionam uma maior segurança, produtividade e performance nos trabalhos de manutenção automotiva. Seguindo esse compromisso, mostrou na feira uma série de lançamentos para o segmento de diagnóstico e undercar.
grande lançamento da empresa na Automec 2017 foi o Rasther Shock Box, equipamento que verifica o desequilíbrio da suspensão em percentual entre o lado direito e esquerdo de um eixo. É uma análise equivalente à feita em um shock tester de uma linha de inspeção veicular. O equipamento ajuda o reparador a mostrar para o cliente que a suspensão necessita de reparos.
A
presentou, entre outras novidades, ferramentas especiais inéditas para sincronismo de motores de veículos nacionais e importados, além de outras novas ferramentas e equipamentos especiais. O estande da empresa na Automec também contou com uma área especial na qual o reparador pôde ter contato com o Scanner 3 e tirar todas as suas dúvidas a respeito do equipamento. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
C
empresa, que desenvolve atividades na área de automação industrial, equipamentos para oficinas e aparelhos de medição, mostrou suas principais novidades em equipamentos de diagnóstico automotivo, entre eles o upgrade para o PC SCAN 3000, agora com Bluetooth e atualizações por meio da NBT-8000, dispensando o uso de um cabo USB.
O
NA OFICINA
MOTOR por Alexandre Akashi | fotos Divulgação
DIESEL LINHA LEVE SEGMENTO INTERESSANTE OU NÃO?
A frota está aumentando a cada dia e os consertos costumam ser caros, mas o reparador precisa se capacitar e ter uma série de equipamentos
A
s vendas de picapes, vans e SUVs com motores a diesel têm crescido no Brasil, tanto em áreas rurais quanto urbanas. Para muitos, a manutenção desses veículos é complicada, por causa da presença e ausência de componentes, comparados com os motores do Ciclo Otto. Mas aqueles que se aventuraram a incluir a mecânica diesel no leque de atuação não têm do que reclamar. Francisco Carlos de Oliveira, proprietário da Stilo Motores, no 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
bairro do Mandaqui, zona Norte de São Paulo, vislumbrou essa oportunidade há mais de cinco anos, e não se arrepende. Claro que os desafios aumentaram, porém o segredo do sucesso é estudar bastante. “Sempre que encontrava algo que desconhecia, pesquisava na internet, conversava com outros reparadores, falava com os técnicos das fábricas, fazia cursos, corria atrás de todas as informações que precisava para resolver o problema do cliente”, conta.
Um caso recente que pegou na oficina foi de uma vela incandescente em curto-circuito. O veículo era uma van Ford Transit 2013/14 com motor 2.2 TDCi Euro 5. Oliveira conta que o utilitário chegou à oficina com o filtro de partículas (DPF) saturado, após tê-lo trocado havia apenas três meses em outra oficina. “Trata-se de uma peça caríssima, que custa entre R$ 12.000 e R$ 14.000 na concessionária, e não costuma apresentar esse tipo de defeito”, comenta.
“O cliente estava insatisfeito, pois havia trocado a peça, o carro ficou bom por três meses, mas o defeito voltou”, diz Oliveira. O problema identificado pelo scanner era a vela incandescente em curto. Porém, ao retirar o componente e efetuar teste de bancada, a peça funcionou perfeitamente. “A ponta avermelhou e parecia normal, e esta é uma pegadinha, pois, mesmo tendo ficado vermelha, o componente não mandava sinal para o módulo, e assim o sistema de regeneração do filtro não entrava em ação”, explica Oliveira. Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, atenta para o fato de que nem todos os veículos diesel Euro 5 usam velas incandescentes no sistema de regeneração do filtro de partícu-
las. “Alguns veículos utilizam como estratégia tornar a mistura pobre para sobreaquecer a exaustão e queimar o material particulado. RESULTADO - No caso da Ford Transit atendida na Stilo Motores, Oliveira trocou a vela incandescente, aplicou um produto para a limpeza do DPF e saiu para rodar com o veículo em circuito rodoviário. “No começo, o carro não passava de 80 km/h, mas assim que o filtro entrou em módulo de regeneração, ficou bom”, afirma. Para dar mais segurança, Oliveira realizou uma manutenção preventiva com a troca dos filtros de ar e de óleo do motor. “Assim temos a certeza de que o veículo está 100% e o cliente poderá rodar por mais tempo sem problemas”, afirma.
O filtro de partículas não iniciava o processo de regeneração e entupia
A vela incandescente da Transit estava em curto-circuito
O espaço para trabalhar foi um problema
É recomendado revisar os bicos injetores
NA OFICINA
TRANSMISSÃO
CÂMBIO VW 09
por Alexandre Akashi | foto Divulgação
FAZER O AJUSTE BÁSICO REQUER CERTA PACIÊNCIA
Este modelo equipa os veículos Jetta, Passat, Beetle, Tiguam, Touareg, Porsche Cayenne, Audi A3 e A4
T
oda transmissão automática requer, de vez em quando, um reset, também conhecido como ajuste básico. Em outras palavras, é preciso reconfigurá-la para os padrões de fábrica, de quando o veículo era novo. Carlos Napoletano, diretor da APTTA Brasil, explica que esse procedimento deve ser realizado sempre que for trocado o módulo de controle da transmissão, o reparo completo da caixa ou o reparador precisar desligar a bateria. “Toda transmissão automática moderna tem um programa de aprendizado, que se adapta à medida que os componentes internos vão se desgastando”, explica. Segundo o especialista, as folgas nos discos aumentam com o passar do tempo e, para manter o funcionamento sempre igual, os parâmetros mudam. “Quando se reforma a caixa, esses parâmetros antigos não servem, e o ajuste básico serve para informar ao módulo que ele precisa voltar aos padrões de fábrica”, afirma. Napoletano comenta que, se esse procedimento não for realizado pelo reparador, o câmbio fica com um comportamento estranho. “É comum começar a dar trancos e patinar, até que, com o tempo, 36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
consegue se auto-ajustar, mas isso pode demorar muitos quilômetros. Para o técnico entregar o carro em ordem para o cliente, o ideal é fazer o reset”, finaliza. SEM SCANNER - Em muitos casos, esse procedimento é facilmente realizado com ajuda de um aparelho apropriado para isso. Porém, há como fazê-lo sem o equipamento. O trabalho é um tanto quanto demorado, mas sempre funciona. Acompanhe abaixo as etapas de ajuste básico das transmissões automáticas de seis marchas VW modelo 09G/09D/09M, que equipam veículos Jetta, Passat, New Beetle, Tiguam, Touareg, Audi A3 e A4 e Porsche Cayenne. Após o veículo estar aquecido (acima de 80° C), deve ser colocado num piso plano. 1. Deixe em marcha lenta. 2. Pise no freio e segure o pedal. 3. Sem acelerar, leve a alavanca seletora de “P” para “R”. Aguarde 5 segundos nesta posição, volte a alavanca para “P”, espere mais 5 segundos, retorne a alavanca para “R”. Aguarde mais 5 segundos e repita este procedimento pelo menos dez vezes em cada posição.
PASSO A PASSO 4. Leve agora a alavanca para a posição “N”, aguarde 5 segundos, leve a alavanca para a posição “D”, aguarde 5 segundos, volte a alavanca para “N”, aguarde mais 5 segundos. Repita este procedimento pelo menos dez vezes em cada posição. 5. Saia com o veículo dirigindo-o normalmente e passando a alavanca ou o tiptronic por todas as marchas. A transmissão automática deverá estar ajustada nos parâmetros originais de fábrica novamente.
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NA OFICINA
SUSPENSÃO por Alexandre Akashi | fotos ZNews
TRANCOS SUSPEITOS
A IMPORTÂNCIA DAS BUCHAS DE SUSPENSÃO
A
O cliente chegou na oficina reclamando de um problema no câmbio, mas o defeito estava bem longe: eram borrachas e coxins quebrados
caixa PowerShift que equipa os veículos Ford já deu muito o que falar, e eis uma novidade: sensação de que o câmbio está com problemas pode ser causada por defeitos na suspensão. O caso foi atendido na Mecânica De Castro, na zona Norte de São Paulo, de propriedade do reparador Marcos de Castro. De Castro afirma que o proprietário do veículo, um Ford Focus Titanium 2.0 PowerShift 2014/2014, com 74.420 km rodados, chegou à oficina reclamando de trancos na hora de mudar as marchas, e acreditava que o problema era no câmbio. Após realizar o diagnóstico, fi38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
cou claro que o defeito não era na transmissão, mas, sim, na estrutura do veículo. “Havia diversos itens da suspensão e de sustentação do motor que estavam com as buchas de borracha quebradas ou rachadas, e isso causava a impressão de que o câmbio dava aquelas cabeçadas”, relembra o especialista. O reparador substituiu diversos componentes, como o coxim hidráulico do motor, as duas bandejas dianteiras (direita e esquerda), os coxins dos amortecedores dianteiros, o rolamento da haste dos amortecedores dianteiros, os batentes e coifas dos amortecedores, as duas bieletas da suspensão
dianteira (direita e esquerda) e os dois braços axiais, com terminal de direção (direito e esquerdo). “Como o carro é automático, ficava dando muito tranco sempre que o motorista acelerava e freava o veículo, porque as buchas das bandejas e do motor estavam danificadas”, explica De Castro. O reparador comenta que, apesar de o carro ser novo, o desgaste prematuro das buchas de suspensão e apoio do motor se deve ao uso do veículo em vias ruins, muito esburacadas. “Só não trocamos os amortecedores porque eles eram novos, tinham sido substituídos havia pouco tempo”, ressalta Marcos de Castro.
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NA OFICINA
FREIOS por Alexandre Akashi | foto Divulgação
COMPONENTES HIDRÁULICOS FLUIDO, GAXETAS E TUBULAÇÕES REQUEREM ATENÇÃO
O
Compononentes de borracha têm vida útil, assim como o fluido de freio, o uso de ferramentas específicas também é recomendado
s componentes hidráulicos do sistema de freios são parte importante e nem sempre verificada por reparadores durante a manutenção preventiva. Fluido, tubulações e gaxetas requerem uma verificada anual. O reparador Silvio Cândido, proprietário da Peghasus Powered Motors, de São Paulo, comenta que é preciso tomar cuidados especiais ao soltar as tubulações. “Muitos reparadores desconhecem, mas existem chaves certas para fazer isso”, revela ao comentar que muitos utilizam chave fixa comum e, dependendo da forma como manuseiam a ferramenta, danificam o tubo. 40 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Outra dica de Cândido é em relação à durabilidade dos componentes de borracha do sistema hidráulico de freios. “O pessoal esquece que os flexíveis de freio têm vida útil, assim como gaxetas e cilindro de roda”, afirma. “É preciso ficar atento, pois, quando ficam velhos, tendem a se romper e causar vazamentos”, explica. FLUIDO - O fluido de freio também tem vida útil, e Cândido recomenda a troca uma vez por ano, de forma preventiva. “Se a oficina tiver aparelho para medir o ponto de ebulição do freio, é melhor, mas se não tiver, melhor fazer pelo tem-
po, de forma preventiva”, diz ao explicar que o fluido é higroscópico, ou seja, absorve umidade do ar e com o tempo perde as propriedades de suportar temperaturas elevadas, ferve e cria bolhas de ar no sistema, fazendo com que o freio perca eficiência. Cândido chama ainda a atenção para a necessidade de abrir os sangradores do sistema de freios sempre que for realizada a troca das pastilhas. “Se não fizer, corre-se o risco de o fluido contaminado retornar pelo sistema e danificar cilindro mestre, válvulas e até mesmo o módulo hidráulico do sistema ABS”, explica.
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ELÉTRICA por Alexandre Akashi | foto ZNews
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O carro passou a ter um consumo de combustível absurdo e a causa era bem simples: ainda usava as velas originais
xistem milagres que somente quem acredita no poder da manutenção preventiva consegue explicar. Este é um deles, e aconteceu na Oficina Torigoe, na zona Leste de São Paulo, de propriedade do engenheiro Sergio Torigoe. O veículo, um VW Jetta Variant 2.5 2012/2012, com apenas 60.000 km, chegou à oficina com alto consumo de combustível, não fazia mais do que 3 km/l com gasolina na cidade. Torigoe conta que passou o scanner e não apresentou nenhuma falha. “Como o carro é relativamente novo e não tinha avaria, expliquei que não havia muito o que fazer, era preciso melhorar a qualidade da combustão interna” , afirma Torigoe. Assim, o procedimento básico foi efetuar a troca de velas e filtro de ar. “O curioso nesse caso é que as velas não estavam ruins, mas ao 42 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
removê-las percebi que eram velas comuns, e ainda originais de fábrica”, conta o reparador. Para melhorar a combustão, Torigoe sugeriu a troca das velas comuns por velas de iridium, da mesma marca que estavam no carro. “Custam bem mais caro, mas produzem uma faísca mais forte”, explica. Vale lembrar que este modelo de Jetta tem cinco cilindros e, consequentemente, utiliza cinco velas. Torigoe completou o serviço com limpeza do corpo de borboletas, como procedimento normal de uma manutenção preventiva. Uma semana depois, o cliente voltou à oficina para agradecer. “Disse que o carro passou a fazer até 12 km/l na estrada, e média de 8 km/l na cidade”, comenta Torigoe. “Só achei estranho um carro dessa categoria sair de fábrica com velas
convencionais”, diz o reparador, ao lembrar que a durabilidade das velas de iridium é bem superior e que, por um longo período, o veículo manterá essa performance. PREVENTIVA - Este caso exemplifica de forma concreta o quanto é importante o reparador insistir na manutenção preventiva junto aos seus clientes e também conhecer bem o funcionamento do veículo ao realizar qualquer troca de peças. Torigoe comenta que, se tivesse substituído as velas por outras iguais, provavelmente não teria obtido o mesmo resultado, e o cliente não teria ficado satisfeito. “Teria melhorado um pouco, mas nem tanto quanto foi relatado pelo cliente, que ficou muito feliz com o efeito da manutenção e, com certeza, trará outros serviços para a oficina”, afirma.
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HISTÓRIA
ROTATIVOS por Alexandre Akashi | foto Divulgação
QUASE UM AVIÃO A CRIATIVIDADE NOS MOTORES
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Durante várias décadas, os fabricantes de veículos investiram em novas formas de propulsão, mas quase nada deu certo
s montadoras já pensaram em quase tudo ao desenvolver um novo veículo, inclusive usar motores a jato. Conta a história que a primeira investigação séria a respeito ocorreu em 1946, quando os engenheiros Robert Kafka e Robert Engerstein criaram uma turbina para carros. O JET1, da britânica Rover, foi o primeiro modelo funcional com esse tipo de propulsão. Apresentado em 1950, tinha dois lugares e o motor ficava atrás dos assentos. Nos testes atingiu uma velocidade máxima de 140 km/h, mas o alto consumo inviabilizou o projeto. Em 1953, a GM montou o Firebird I, que tinha aparência de 44 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
um jato e por isso muitos pensaram que a propulsão seria tal como a de um avião, porém a turbina impulsionava as rodas traseiras. Nunca foi feito comercialmente, somente para testes e exposições. ROTATIVOS - Outro tipo de motor que a indústria pensou em utilizar, parecido ao dos aviões, foi o tipo rotativo, desenvolvido por Felix Wankel em 1951 e aperfeiçoado por Hanns Dieter Paschke, que o deixou mais simples e funcional. O primeiro carro comercializado com este tipo de motor foi o esportivo alemão NSU Spider, em 1964. Apesar de oferecer uma ótima relação entre peso, tamanho e
potência, o propulsor ficou conhecido pelo alto consumo, desgastes precoces e baixa confiabilidade. A Mazda, marca mais conhecida a utilizar este tipo de motor, licenciou a tecnologia em 1961. Mas, diante dos problemas sofridos pela NSU, os japoneses acharam melhor repensar todo o motor antes de lançar o seu primeiro carro. O modelo Cosmo chegou apenas em 1967. Ao final, mesmo com todo o dinheiro investido por várias marcas (inclusive GM e Mercedes-Benz), os motores Wankel continuaram ruins de consumo e emissões. A Mazda insistiu em usar a tecnologia até 2012, quando o esportivo RX-8 deixou de ser fabricado.
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FUTURO
CÉLULA A COMBUSTÍVEL por Alexandre Akashi | foto Divulgação
VEÍCULOS SEM EMISSÕES O ETANOL GANHA UMA NOVA FORÇA
Até hoje, os biocombustíveis são a alternativa mais realista ao petróleo, e algumas montadoras apostam que eles serão a melhor solução para o futuro
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m poucas décadas, a maioria dos veículos terá tração elétrica. A eletrificação dos motores é um caminho sem volta para muitas montadoras de automóveis. A dúvida é, no entanto, saber qual fonte de energia utilizar para abastecer as baterias. Na visão da Nissan, há quatro opções: os veículos puramente elétricos, os híbridos com um motor a combustão de baixa cilindrada (usado como gerador), a célula a combustível de hidrogênio e a célula a combustível abastecida por biocombustíveis, como o etanol. Os veículos com célula a combustível ainda estão em fase de estudo de viabilidade econômica. No caso do hidrogênio, a grande dúvida é: como obter o gás de uma for46 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ma limpa e barata? O hidrogênio é o gás mais comum no planeta, mas separá-lo ainda custa muito caro. Uma proposta que começa a ganhar adeptos é a célula a combustível movida por biocombustível. A Nissan acaba de apresentar no Brasil um protótipo equipado com essa tecnologia. Trata-se de uma van NV200, adaptada por engenheiros brasileiros e japoneses. TECNOLOGIA - O veículo escolhido é equipado com um motor elétrico e um conjunto de baterias de lítio de 24 kW/h. Recebeu um tanque de 30 litros de etanol e uma célula SOFC de 5 kW (sigla em inglês para célula a combustível de óxido sólido) capaz de processar o etanol de forma direta.
O gerente da Nissan, Ricardo Abe, comenta que, dependendo do mercado, em vez de etanol pode ser utilizado gás natural ou outros biocombustíveis. “No Brasil escolhemos o etanol. É um combustível encontrado em todo o país”, pondera. Ainda sem preço e nem prazo para comercialização no Brasil e no mundo, os veículos movidos com células a combustível vão precisar evoluir muito antes de ganhar as ruas. Mas os primeiros resultados são bastante animadores. Segundo a Nissan, com 30 litros de etanol comum é possível rodar cerca de 600 km com a Nissan SOFC em circuito urbano. Um dos segredos da van para alcançar essa média é o sistema de recuperação de energia nas desacelerações e frenagens.
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MESTRES DA REPARAÇÃO
FINARDI por Antonio Puga | fotos ZNews
JOSÉ CARLOS FINARDI UM PROFISSIONAL MULTIMÍDIA
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Se o assunto é automóvel, esse reparador encara qualquer desafio, desde resolver os defeitos mais difíceis até criar um programa de TV
exemplo de muitos outros profissionais da mecânica, Finardi é um apaixonado por automóveis e, desde cedo, descobriu que a oficina era o lugar ideal para ganhar o sustento e trabalhar com o que mais gosta. Após décadas de estudo e dedicação, hoje é uma referência para centenas de reparadores em todo o Brasil. Ao longo da vida, José Carlos encarou as mais diferentes atividades, sempre tendo os veículos por perto. Foi funcionário de montadora, preparador de carros de corrida, colecionador e restaurador. Atualmente, divide o seu tempo entre o trabalho 48 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
na oficina, os serviços de consultoria, um programa de TV, um canal no YouTube e uma revista. Mas como Finardi trilhou esse caminho tão diferente? “Comecei na mecânica muito cedo, com 13 anos, trabalhando na área de pintura. Pouco depois, abri uma oficina com o meu irmão, em São Bernardo do Campo (SP). Continuei me aperfeiçoando e acabei contratado pela Volkswagen, onde trabalhei por vários anos”, recorda. Aos 66 anos, José Carlos destaca que sempre procurou se atualizar, por isso que segue na ativa. “O reparador precisa ter o conhecimento
das novas tecnologias. Os veículos evoluem rapidamente. Por isso que eu sempre estou estudando. Hoje, chego a organizar cursos e dou consultoria para mais de duzentos mecânicos”, revela. CAUSOS - Histórias curiosas também não faltam na vida de Finardi, como o caso de um jornalista que, durante uma viagem, ficou com o carro quebrado na beira da estrada e longe de tudo. “Ele me ligou e fomos tentando achar o defeito. Acabou dando certo, o motor voltou a funcionar e ele conseguiu chegar à cidade mais próxima”, conta.
No entanto, a situação mais estranha foi quando um amigo reparador buscou até uma força “do além” para consertar um carro. “Quando fui ajudá-lo, notei que a carroceria estava com várias manchas brancas. Perguntei o que era aquilo. Era sal, jogado por uma benzedeira que ele chamou! Ao final, o defeito não tinha nada de sobrenatural, era apenas um fio ligado errado”, relembra. CONSULTOR - Apesar de seguir à frente de sua oficina, na cidade de São Bernardo do Campo, José Carlos dedica cada vez mais tempo à capacitação de outros reparadores. “Eu ainda acompanho todos os consertos feitos aqui e atendo os casos mais complicados, mas estou procurando me dedicar mais aos cursos e consultorias”, explica. Nos últimos anos, Finardi também passou a ser um profissional “multimídia”, divulgando os seus conhecimentos num canal de vídeos no YouTube, num programa de TV e numa revista. “Começou como um hobby, mas está cada vez mais sério. Estou aprendendo bastante e, por esses meios, posso me manter na ativa por muitos anos”, planeja.
O RESGATE DO DEMOCRATA
A preparação de motores é uma paixão antiga
Finardi também aposta na comunicação
A Ibap foi a maior aventura do reparador
Em 1989, José Carlos Finardi surpreendeu os apaixonados por carros antigos ao comprar com o seu irmão a massa falida da polêmica Indústria Brasileira de Automóveis Presidente. O lote era composto por cerca de vinte carrocerias, três veículos completos e alguns moldes. Todo esse acervo tinha ficado interditado pela justiça desde 1968. Fundada em 1963, também na cidade de São Bernardo do Campo, a Ibap queria se tornar a maior fábrica de veículos de capital nacional. O primeiro modelo apresenta-
do, o Democrata, era um luxuoso sedan com motor V6. Mas a sua forma de financiamento, com a venda de títulos, foi considerada uma fraude pelo governo da época. Os irmãos Finardi se dedicaram durante vários anos a recuperar parte dessa história. Ao final, conseguiram restaurar completamente dois carros. Um modelo vermelho está exposto no Museu do Automóvel de Canela, no Rio Grande do Sul, e o outro, na cor verde, faz parte do acervo do Museu Nacional do Automóvel, localizado em Brasília. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 49
Conheça alguns dos projetos que o SINCOPEÇAS-SP desenvolve em benefício dos varejistas de autopeças:
ENVIO SEMANAL DE BOLETINS DIGITAIS COM INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO
LEI DO DESMANCHE
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REALIZAÇÃO DE FÓRUNS DIREITO DO CONSUMIDOR ESOCIAL
NOVO PORTAL DA AUTOPEÇA
PESQUISA MVA
ACESSO PARA MAIS DE 60.000 VAREJOS BRASILEIROS
INMETRO CONQUISTA DA PRORROGAÇÃO DOS PRAZOS ESTABELECIDOS PELO
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Acompanhe relatório completo das atividades no site: www.portaldaautopeca.com.br
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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 51
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Conheci a marca Spicer em 1990 quando eu ainda era auxiliar de almoxarifado. Sempre soube que a Spicer era a melhor marca em qualidade do segmento, antes mesmo de se tornar genuína no Brasil. Com ela, nossos clientes ganham mais durabilidade e menos risco de vibração. Temos orgulho da parceria de mais de 40 anos com a Spicer, confiando totalmente em seus produtos.
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