Reparação Automotiva 118

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EDIÇÃO 118 Julho de 2018

CONVIVENDO COM A

SAZONALIDADE

Oficinas mecânicas relatam como alternam períodos de grande demanda com épocas de calmaria. A dica é procurar equacionar as contas da sua empresa fidelizando clientes o ano todo, desde manutenção preventiva a serviços mais específicos.

GESTÃO DO TEMPO

Dicas para melhorar a produtividade e encontrar o equilíbrio nas suas ações

CÂMBIO AUTOMÁTICO

O que é mito ou fato sobre alumínio anodizado, que muitos ainda divergem

MARKETING DIGITAL Canais são cada dia mais utilizados no setor e com resultados satisfatórios

TREPIDAÇÃO NO FREIO

Segundo profissional da reparação, problema pode estar no disco ou cubo

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS



SUMÁRIO

EDIÇÃO 118 JULHO 2018

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04. NEGÓCIOS

Uso dos canais de MKT Digital cada vez mais frequente no setor

06. GESTÃO

Dicas para administrar o tempo e aumentar a sua produtividade

08. ARTIGO

“É hora de alavancar a certificação de oficinas”, por Luiz Sérgio Alvarenga

10. NOVIDADES

A realização da Autop, em agosto; e o banco de dados técnico do Conarem

12. CAPA

Reparadores relatam como lidam com a sazonalidade nas oficinas

20. TRANSMISSÃO

Alumínio anodizado: saiba o que é mito e fato sobre o tema

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24. MOTOR

Reparador conta o caso de defeito na bomba de óleo do Fiat Marea

28. ELÉTRICA

Entenda o funcionamento e os cuidados com o sistema de ignição

32. FREIOS

Nesta edição, trepidação no freio pode estar no disco ou cubo

DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson edio.nelson@ibreditora.com.br REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) redacao@ibreditora.com.br Redatora Karin Fuchs redacao@ibreditora.com.br ARTE Designer Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br COMERCIAL Consultores de Vendas Alessandra Costa comercial2@ibreditora.com.br Richard Faria comercial3@ibreditora.com.br Wanderley Klinger comercial1@ibreditora.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez marketing@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima consultor@ibreditora.com.br DEPTO AUDIOVISUAL/ PRODUTORA Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br

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FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br

A revista Reparação Automotiva é uma publicação da IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor.

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IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO

TIRAGEM: 30 MIL EXEMPLARES 72 MIL EXEMPLARES

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ENVIADOS PARA E-MAIL’S CADASTRADOS FOTOS DE CAPA OFICINA AUTOGIRO, DO BAIRRO DO TATUAPÉ, ZONA LESTE DE SÃO PAULO

Atendimento ao Leitor Mônica Macedo marketing1@ibreditora.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: redacao@ibreditora.com.br

MÍDIA DADOS 2017

Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.

Albarus............... 36 Aplic .................. 15 Automechanika.. 35 Autop ................ 27 HipperFreios ..... 09 IAB .................... 23 Illinois................. 05 Mitsubishi.......... 33

Motorcraft .02/18/19 Radnaq ............. 17 Ranalle............... 07 Spicer ............... 21 Urba e Brosol .... 25 Zap .................... 10 Zen..................... 11


NEGÓCIOS

MARKETING DIGITAL

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

CANAIS DE MKT DIGITAL ALCANÇAR, SE RELACIONAR E OBTER CLIENTES E, diferentemente do que muitos imaginam, esses meios requerem linguagens distintas e cuidados para não ser invasivo

O

empresário da reparação pode e deve utilizar os canais digitais, como o Facebook, WhatsApp e e-mail para atrair clientes para a oficina. “Inclusive o Instagram e o Linkedin (no caso de atendimento a frotas e empresas)”, orienta Haroldo Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa.

nas buscas do Google e formulários de contato e orçamento.

tomóveis, quanto mais segmentado (nicho de mercado) melhor.

WHATSAPP – Pode atuar como um canal de comunicação rápida para dúvidas e envio de promoções aos clientes, informação do estatus do serviço, envio de fotos e áudio explicativo, autorização para execução de serviços.

Segundo ele, “os negócios são tratados entre as pessoas e hoje temos certeza que elas permanecem conectadas na internet várias vezes ao dia nas redes sociais”. E ele dá dicas de qual deve ser a linguagem.

FACEBOOK – Interação e relacionamento com a comunidade de clientes e potenciais clientes com dados sobre a empresa e o segmento. Assim, a comunicação deve seguir a estratégia de posicionamento de mercado.

LINKEDIN – Proposta de artigos/ matérias sobre o setor e serviços direcionados para empresas, otimização de recursos e custos de manutenção de frotas, aumentar a rede de contatos de quem possa decidir ou influenciar a compra destes serviços.

SITE – Neste canal vale explorar dados da empresa, catálogo técnico de produtos, vídeos com orientação e utilização de autopeças e serviços de reparação, blog com artigos e matérias que ajudarão

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INSTAGRAM – Neste canal vale expor fotos como resultados, carros reparados, curiosidades e posts com dicas do setor automotivo e, ainda, buscar se destacar entre os fãs de au-

E-MAIL – Hoje temos pouca utilização por ações via e-mail, porém, muitos clientes pedem como formalização de contratos, orçamentos e pedidos. Excelente ferramenta utilizada para relacionar juntamente com os outros canais de comunicação para engajamento e prospecção. E seja qual for o canal escolhido, é preciso certos cuidados para


Haroldo Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa

não ser invasivo. “Nós recomendados a estratégia de marketing de conteúdo, onde as postagens na mídia digital sejam de interesse do público-alvo e é ele quem solicita participar e receber mais posts e informações da empresa”. Desta forma, explica Matsumoto, você é aceito pelo cliente a interagir e não invadir o espaço dele. “Entretanto, depois que há o amadurecimento do processo de compra, muitas empresas ficam esperando o cliente tomar a decisão sozinho da compra e isso não vai acontecer de forma espontânea”. Neste caso, “depois de supridas as informações e orientações, o empresário tem que ser assertivo e buscar o fechamento do negócio através das ferramentas tradicionais

como contato telefônico, visita pessoal ou uma comunicação direta para gerar o resultado esperado”. PERIODICIDADE – Matsumoto informa que cada empresa deve traçar sua estratégia digital de acordo com os resultados esperados e a verba disponível para investir. “Reforço que cada mercado e cada firma têm realidade e estratégias digitais diferentes”. Para que o empresário possa ter um parâmetro, cita ele: “podemos exemplificar 3 posts semanais, 3 artigos mensais de 2 laudas e 2 vídeos e impulsionamento de no mínimo R$ 300,00 por mês para começar a medir a efetividade e aumentar gradativamente”. MENSURAÇÃO – Existem diversas plataformas e aplicativos que

mensuram os resultados. “A começar pelo próprio sistema de gestão empresarial com as vendas diárias e por quais canais. E há plataformas de mídias digitais como RD Station e Lead Lovers, de tráfego como Google Analytics e SEMRush. Para os e-mails e contatos com potenciais clientes, utilizar CRM como Agendor, PìpeDrive, Suggar CRM, entre outros”. Porém, mensurar o esforço e resultado é parte do processo. “O empresário deve pensar como objetivo estratégico, plano de ação e treinamento da equipe para que esses recursos sejam aproveitados e que tragam retorno sobre o investimento efetuado”.


GESTÃO

ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

O TEMPO É PRECIOSO

DICAS PARA AUMENTAR A SUA PRODUTIVIDADE Não há escola que ensine ao empresário da reparação a administrar o seu tempo para o seu negócio ser mais rentável... ...quem garante é José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reparação Automotiva. “É muito difícil dar uma dica genérica, pois há muitas diversidades, a começar pelos diferentes portes de oficinas”, diz. Mas existem caminhos. Os básicos são: a empresa ter critérios para receber o veículo, ter uma política comercial, tabela de valores para serviços, ter critérios de cobrança para garantir liquidez e capacidade de produzir serviços com qualidade para que não haja retorno de garantia. “Retorno leva o lucro da firma”, alerta. Para Alquati, é preciso ter consciência de produtividade, e isso está relacionado à gestão do tempo do empresário. “Para isso, a empresa tem que estar bem organizada na parte administrativa e financeira, ter procedimentos mais padroniza-

06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

dos, critérios para admissão, gestão, treinamentos e desenvolvimento das habilidades da equipe. Ter todos os procedimentos pré-definidos e estar com a saúde financeira em dia”. MODELO – “Quem trabalha melhor as questões relativas à produtividade são os centros automotivos e a oficina mecânica tem que se inspirar neles para ter uma qualidade de desenvolvimento melhor”. Como exemplo, ele cita o modelo europeu, onde há empresas com mais de 1.000 filiais próprias. “Elas trabalham com um índice de capacidade produtiva ideal de 95% dos espaços ocupados permanentemente, com serviços em execução. Há um box para uma avaliação prévia, no qual uma plataforma simula todos os movimentos do veículo, gerando um diagnóstico o mais

próximo de uma exatidão possível. E o local é dividido por boxes, para serviços específicos”. Claro que no Brasil nem sempre isso pode ser uma realidade. “Essa plataforma é muito cara e nem todas as empresas disponibilizam de espaço para isso. Mas vale ressaltar a importância dos profissionais especializados, pois o que faz tudo é o mais antiprodutivo. Ter pessoas capacitadas e qualificadas nem sempre custará mais”. E o barato sai caro. TEMPO DO SERVIÇO – Para o cálculo do tempo do serviço, a sugestão de Alquati é usar tabelas tempárias ou criar um modelo próprio, com o tempo limite para a troca de embreagem, revisão dos freios, por exemplo, e estabelecer um valor pré-determinado para os diferentes tipos de serviços e para os mais


José Carlos Alquati, consultor Especialista em Reparação Automotiva

genéricos, realizados por hora de ocupação dos profissionais. “Mas nem sempre isso é bem dimensionado, pois mesmo com um pré-diagnóstico pode haver a necessidade de troca de outros componentes do veículo, a oficina ter que aguardar pela peça e um serviço que demoraria duas horas pode levar meio período”. Tempo que não pode ser cobrado do cliente. “E isso consome a rentabilidade da empresa”. Além de poder comprometer a realização de outros serviços. “Considerando que o carro está no elevador e chegue outro cliente na oficina, ele não terá como atendê-lo naquele momento e nem sempre é garantia de que o cliente retornará depois.

TEMPO DE SE APERFEIÇOAR – É essencial que o empresário da reparação automotiva esteja sempre em busca de informações. “De treinamentos em todas as esferas, administrativa e técnica, ler de fato as revistas especializadas do setor, participar de feiras e congressos, e fazer intercâmbio com outras empresas e visitar as que são reconhecidas pelas melhores práticas”. Movimentos esses que permitem a ele colocar em prática soluções para melhorar a performance da oficina e aplicar um planejamento financeiro adequado, visualizar a possibilidade de aquisição de ferramentas e equipamentos, que não são baratos. “É aplicar de fato uma visão empresarial”.

TEMPO DE SE RESGUARDAR – Também na gestão do tempo do empresário é fundamental ele ter respaldo contábil, ter um assessor e não apenas um guarda livros, para não ter problemas. “E se associar com marcas fortes para obter suporte técnico e empresarial, trabalhar com produtos de qualidade reconhecida, marketing de relacionamento e padronização”. Para Alquati, vale para os empresários do setor adotar um dos princípios da Toyota, que é trabalhar com pessoas normais, desenvolvendo pessoas e equipes excepcionais para a obtenção de resultados.

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AGORA COM 1 ANO DE GARANTIA!

Informamos que a partir do mês de Julho de 2018 toda nossa linha de tensores, polias e Kits de distribuição passarão a ter 01 ano de garantia. Para validação da garantia será obrigatório o preenchimento do certificado enviado junto com os nossos produtos. Qualquer dúvida contatar nosso departamento técnico pelo telefone (011) 2020-4200. ®

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ARTIGO

SINDIREPA NACIONAL

É HORA DE ALAVANCAR

Foto Divulgação

A CERTIFICAÇÃO DE OFICINAS

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certificação de oficinas ainda é bastante tímida no Brasil, sobretudo se comparada à de fornecedoras para a indústria automobilística. Isso muito se deve à condição de voluntariedade, que reduz a certificação a um custo, embora seja investimento, que gera diminuição de desperdício, agilidade no processo e ganhos de produtividade, premissas para deixar de perder dinheiro.

O diferencial é a divulgação das certificações nos âmbitos público e privado – como órgãos governamentais, frotas, entidades de classe, empresas de seguro, montadoras e indústrias de autopeças, entre tantos outros segmentos – com o propósito de alavancar a demanda de serviços para as empresas que possuem a mais alta credencial no País, que é a certificação da qualidade Inmetro.

Mas as perspectivas são boas, uma vez que os gestores dos centros automotivos demonstram cada vez mais entender os benefícios da certificação – e o exemplo vem de fora das grandes capitais, onde se nota maior envolvimento dos empresários em iniciativas para a gestão da qualidade. Com mais orientação, certamente, muitas outras empresas de reparação de veículos irão se engajar.

Para tanto, o IQA ouviu o pleito do Sindirepa Nacional: além de oferecer as ações de certificação, estabelecer forte comunicação em todo o País, com o envio de ofícios a instituições públicas e privadas. Ademais, criou condições de investimentos ainda mais atrativas para grupos de empresas, tirando do isolamento o empresário deste porte.

É com essa expectativa que o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) e a Associação de Sindicatos da Indústria de Reparação de Veículos (Sindirepa Nacional) criaram o Programa de Incentivo à Qualidade (PIQ), cujo objetivo é justamente intensificar a certificação de oficinas independentes no País, de tal modo a alcançar 5 mil empresas certificadas em cinco anos. 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A recepção ao PIQ tem sido excelente, com a realização de eventos em todo o País e o engajamento de muitas oficinas. Alguns grupos já se formam em Estados, como Pernambuco e Pará, além de São Paulo, que iniciou a diplomação das primeiras certificações. Tal avanço tem sido possível graças ao apoio do Sindirepa Regional, vital para a divulgação do conceito de competitividade.

por Luiz Sérgio Alvarenga Diretor executivo do Sindirepa Nacional

Na era dos aplicativos e serviços padronizados sem surpresas, as oficinas não podem mais conviver com o mundo analógico e sem credenciais que as elevem a patamares acreditados mundialmente. Não basta mais o empresário dizer que adota boas práticas. Ele precisa comprová-las por meio de órgão acreditado no País para transmitir a devida tranquilidade ao consumidor. Em breve, oportunidades em redes de negócios também surgirão e a linha de corte será a certificação, modelo já adotado pelas concessionárias junto às marcas representadas. Os editais de concorrência ainda deverão ampliar as exigências em função da evolução tecnológica dos veículos. É hora de se engajar para atingir métricas comprobatórias de qualidade e rumar seguro para os próximos tempos.


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ENTREVISTA NOVIDADES

MERCADO

AUTOP 2018 SERÁ REALIZADA EM AGOSTO No próximo mês acontece a 16ª edição da Feira Nacional de Autopeças, Motopeças, Acessórios, Equipamentos e Serviços, em Fortaleza (CE). O destaque dessa edição é Oficina Verde Virtual, em realidade aumentada, onde todos poderão verificar nesse espaço qual modelo de oficina o futuro espera para o seu negócio. O evento

é palco para se relacionar com os principais fabricantes de peças no País, obter informações técnicas e se qualificar. LOCAL: CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ Período: 15 a 18 de agosto Quarta a sexta-feira, das 16 às 22h Sábado, das 11 às 18h www.autopceara.com.br

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CAPA

SAZONALIDADE

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

SAZONALIDADE NAS OFICINAS OS SEUS EFEITOS NOS NEGÓCIOS E COMO ENFRENTÁ-LA A difícil arte de equacionar os períodos de menores e maiores movimentos no fluxo de caixa das empresas

A

ssim como no comércio de maneira geral, as oficinas mecânicas também passam por períodos que têm mais movimento e épocas com menos serviços. Mas ao longo do ano, as contas têm que ser pagas e a palavra de ordem é gestão. Para a grande maioria, o melhor movimento está nos meses que antecedem as férias. Já os que não trazem tantos resultados, variam. “Os períodos que antecedem as férias são os mais movimentados na oficina e também os de chuvas. Já os que temos queda de movimento são após o Ano Novo, por causa das contas que têm que ser pagas no início do ano, como o IPVA e o material escolar, e após feriados que o movi12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

mento igualmente é mais fraco”, diz Agda Oliver, da oficina Meu Mecânico, de Brasília (DF). “O mês mais fraco para nós é o do Carnaval, principalmente quando ele acontece em fevereiro, que já é um mês curto. Nos períodos de férias e que antecedem feriados tradicionais e locais, historicamente, são melhores na oficina”, afirma Kleybson César Braz de Lucena, da Lucena Autoservice, localizada em Recife (PE). Na Santa Oficina, em São Caetano do Sul (SP), época boa é durante as férias. “Muitas famílias têm dois carros e aproveitam esse período para fazerem a manutenção de ambos, revezando a entrega deles na oficina. Já

os períodos mais fracos são o Carnaval e em dias muito frios no inverno”, comenta o empresário Fabiano Patrone. PÓS-VENDA - “Os meses de dezembro, janeiro e julho são os melhores. Os restantes nós mantemos uma média, pois fazemos um trabalho forte de pós-venda. Sete dias após o serviço executado, nós entramos em contato com o cliente e também depois de seis meses para lembrá-lo de algo que tem que ser feito no carro”, Agda Oliver, da oficina Meu Mecânico, de Brasília (DF)


CAPA

SAZONALIDADE

diz Sérgio Ricardo Ferreira dos Santos, da SR Motors, de Jundiaí (SP). Em Belém (PA), Janaína Valente, da Oficina Mecânica Tamandaré, destaca o período de férias como o de melhor movimento na oficina. “Já os meses de março e abril são terríveis e temos que nos virar nos trinta”. Na Goiânia Auto Center, em Goiânia (GO), os meses de baixo movimento são maio e agosto. “E o período que antecede as férias é ótimo”, informa Vagner Ferreira. Na ADL Bosch Car Service, localizada em Belo Horizonte (MG), Leonardo Santos Lemos, comenta que, diferentemente do passado, antes do Carnaval não tem mais tanta demanda como havia. “Isso foi o que mais mudou. E continua sendo o período próximo às férias o de mais movimento. Já os meses mais fracos são agosto e setembro”. MUDANÇA – “Há cerca de dois anos acabou a sazonalidade nas oficinas. Antes, sabíamos quais eram os melhores meses, como o período de fim de ano e antes das férias de julho. Olhando para o meu fechamento mensal, observa-se que meses que antes eram bons, já não são tanto assim, e os que não eram bons terminam um pouco melhor”, comenta Sandro Cruppeizaki, da Mecânica Beto, de Curitiba (PR). Na Oficina Luiz Maurício, sediada em Boa Vista (RR), o empresário Luiz Maurício da Silva mostra um cenário desanimador. “Acabou a sazonalidade, a política brasileira nos prejudicou muito. Eu só não fechei as portas porque Deus está na frente. Antes tínhamos uma equipe de doze pessoas, hoje somos três”. AÇÕES – Para driblar os períodos de baixo movimento, ações são colocadas em prática pelas oficinas.

“Nós buscamos fazer algo diferente para trazer os clientes para o centro automotivo. Estamos sempre em contato com eles, levando informações e, assim, nós conseguimos um resultado satisfatório com o mailing que trabalhamos”, conta Kleybson de Lucena. Na visão de Agda Oliver, em primeiro lugar, é preciso manter a fidelidade dos clientes. “É preciso ficar próximo a eles, lembrando-os que você está presente, e nós fazemos isso mantendo contato, dando dicas, por exemplo, de cuidados com o carro. E fazemos promoções, mas exclusivamente para quem já é cliente. Além de fidelizá-lo, ele também nos indica para outros”. Para não perder trabalho, Vagner Ferreira busca facilitar ao máximo para o cliente aprovar o orçamento. “Aumentamos uma parcela no prazo de pagamento ou tiramos um pouco o lucro da peça, por exemplo. Formas para que o cliente aprove o orçamento”. PREÇO – Para Luiz Maurício da Silva, promoções geram uma concorrência desleal. “É muito complicado atender o cliente que busca apenas preço, pois não paga a qualidade do trabalho que temos, além de gerar uma concorrência desleal entre as oficinas”. “O cliente que te procura pelo preço, te troca por outro pelo mesmo motivo, e este não é o cliente que eu quero hoje na minha oficina. Como somos um centro de reparação e não um centro automotivo, não fazemos serviços rápidos, mas sim uma avaliação completa do veículo. E usamos o Google como uma ferramenta de divulgação”, comenta Fabiano Patrone. CAPTAÇÃO - Na opinião de Leo-

Fabiano Patrone, da Santa Oficina, de São Caetano do Sul (SP)

nardo Lemos, o caminho é a captação de novos clientes. “Fazemos isso por diferentes canais, avaliando quais estão com bons resultados. Acredito que promoção acaba prejudicando o cliente frequente, que acaba pagando mais caro pelo serviço, do que o quem vem só pela promoção”. Na Mecânica Beto, diferentes canais são utilizados para chegar ao cliente. “Hoje não é apenas por um canal, mas por vários, e as redes sociais funcionam muito bem. E cada vez mais, o cliente quer ser atendido da forma que ele quer. Acho que o nosso segmento tem muito que aprender sobre atendimento personalizado via web, ainda teremos que trabalhar muito nesse sentido”, defende Sandro Cruppeizaki. E na SR Motors, Sérgio Santos diz que a melhor forma é estar em contato direto com o cliente, o que eles fazem mensalmente. “E também fazer outros movimentos, como campanha e promoção. Mas a regra é: contato direto com o cliente”, frisa.

PONTOS FORTES E FRACOS Melhores meses para as oficinas: o período que antecede as férias escolares. Também foi citado na matéria, a véspera de feriados tradicionais e regionais. Períodos mais fracos: além do início do ano e após os feriados, os entrevistados especificaram quais são os meses que as oficinas têm menos movimento. São eles: março, abril, agosto e setembro.

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 13


CAPA

SAZONALIDADE dos mais fracos, eu faço algumas modificações na empresa. A equipe é de doze pessoas, a gente acorda pensando na folha de pagamento”.

Sérgio Santos, da SR Motors, de Jundiaí (SP)

GESTÃO – Para manter as contas sempre em dia, a palavra de ordem é gestão, considerando principalmente que há períodos de menor movimento na oficina. “Nós fazemos um acompanhamento semanal do faturamento e apostamos no nosso mix de produtos, nós trabalhamos com três segmentos: mecânica em geral, adaptação de veículos para pessoas com necessidades especiais e gás natural”, especifica Sandro Cruppeizaki. Ele conta que a equipe já foi maior, hoje são oito pessoas. “Nós tínhamos uma previsão de atender frotista que diminuiu muito, acho que isso aconteceu pela terceirização da frota e por causa dos cartões de gestão. No caso do cliente pessoa física, a crise o pegou em cheio”. A dica de Vagner Ferreira é fazer reservas. “Nós procuramos sempre trabalhar com fluxo de caixa, nos resguardando para os períodos de menos movimento, o que nos dá uma segurança para trabalharmos por três ou quatro meses, independentemente do que acontecer. Incluindo eu e meu irmão, que somos sócios, a nossa equipe é de dezoito pessoas. É uma folha de pagamento alta”. Prática similar é feita por Leonardo Lemos. “Sempre que estamos melhor, eu não queimo a gordura toda. E sabendo quais são os perío14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

RESGUARDO – Segundo Fabiano Patrone, é preciso equilibrar os meses bons com os mais fracos. “Investindo e guardando dinheiro para se manter no mercado. A nossa empresa tem quase dez anos”. Para Agda Oliver, o importante é ter capital de giro para não entrar no vermelho. “Nós fazemos o fluxo de caixa para conseguir pagar as contas todos os meses. Não é fácil, mas é no mês gordo que é preciso apertar mais, pois sabemos que o mês com movimento fraco está para vir. Se não tiver um bom capital de giro, acaba entrando no vermelho”. Para ela, uma das contas altas é a folha de pagamento. “Principalmente porque todos na oficina são registrados (equipe de sete pessoas). Por um lado é uma concorrência desleal, pois nem todos registram seus funcionários, por outro, nós não temos rotatividade, o que é uma segurança para o cliente”. IDENTIFICAÇÃO – “Nós trabalhamos muito com um sistema de gestão interno que nos mostra os períodos que tradicionalmente precisamos enxugar os custos, evitando contratação e dando férias para o funcionário. Nós trabalhamos em cima da análise de dados e criamos estratégias. A equipe é de vinte e duas pessoas, fora o peso da folha de pagamento, há impostos que não acabam mais”, comenta Kleybson de Lucena. Na SR Motors, o incentivo ao cliente é para o pagamento à vista. “Para isso, nós damos um desconto. É preciso ter reserva de dinheiro para ter fluxo de caixa”, revela SérSandro Cruppeizaki, da Mecânica Beto, de Curitiba (PR)

gio Santos, acrescentando que férias de funcionários são antecipadas em períodos de baixo movimento e suspensas as horas-extras. E na Oficina Mecânica Tamandaré, a prática é atrair clientes nos meses mais fracos. “Entramos em contato com os clientes por sites de relacionamento, oferecendo promoções, alguns benefícios e venda casada para poder movimentar esses meses que são terríveis. A nossa equipe é de oito pessoas”. PRIMEIRO SEMESTRE – Com relação aos resultados do primeiro semestre deste ano, para a maioria dos empresários que participaram dessa matéria, eles ficaram aquém do esperado. “Não atingimos o lucro que queríamos. Não foi um semestre ruim, mas não foi excelente, e houve uma queda muito grande no movimento no mês de julho, por conta da Copa do Mundo”, diz Agda Oliveira. “Nos fazemos um levantamento por trimestre, abril e maio foram meses muito bons. A partir da greve dos caminhoneiros, o movimento caiu bastante, o que atrapalhou o semestre inteiro. A nossa expectativa é de uma recuperação nesse mês de férias”, prevê Kleybson de Lucena. Mesma avaliação faz Leonardo Lemos. “Depois da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo, houve uma queda grande no movimento. Mas o começo do ano foi bom, melhor que em 2017”. Já Fabiano Patrone comenta que “o ano está sendo bom, o movimento melhorou, e tive-



CAPA

SAZONALIDADE

mos um pequeno crescimento no primeiro semestre quando comparado ao mesmo período do ano passado”. RESULTADOS - Na SR Motors, Sérgio Santos conta que o resultado não foi o esperado. “Nós começamos o ano bem e a partir de fevereiro nós tivemos queda no faturamento. No ano passado crescemos 9%, em média, e no primeiro semestre deste ano, tive-

mos uma retração de 1,19%”. Já em Belém (PA), Janaína Valente diz que o primeiro semestre foi bom. “Apesar de todo mundo estar reclamando da situação econômica do País, para nós não foi ruim. Não crescemos, mas também não regredimos, foi um primeiro semestre bom”. Na Goiânia Auto Center, o resultado foi regular. “Não foi péssimo o primeiro semestre, porque temos

serviços. Mas, por outro lado, tivemos que adotar medidas para manter o cliente e até diminuir o valor do orçamento”, explica Vagner Ferreira. Para finalizar, Sandro diz que conseguiram trabalhar equilibrados, no azul. “Mas a sensação que tenho é que o consumidor está sem dinheiro e também a taxa de desemprego está alta no País. Então, ele foca no que é prioridade”, conclui.

NÃO SE ACOMODE Nas palavras de Alexandre Costa, consultor e diretor da ALPHA Consultoria, empresa especializada em consultoria e treinamento para o mercado automotivo, a sazonalidade é uma característica do setor varejista onde há grande variação no fluxo de clientes nos dias do mês, e todos (oficina mecânica e centro automotivo) estão sujeitos a isso. “Porém, sentirão mais os impactos da sazonalidade aquelas empresas que não procuram estimular a passagem de clientes, por meio de campanhas de vendas ou ações de mídia, o que é algo bem comum em nosso segmento de reposição automotiva”, afirma. Ele observa uma postura passiva dos empresários que simplesmente entendem a sazonalidade como “algo do mercado” com suas variações de dias “bons e ruins" de venda. “O que muitos não sabem é que é possível se antecipar à queda de fluxo de clientes e até mesmo prever quando vai ocorrer”. Isso porque muito do que é sazonal é repetido, ou seja, ocorre sempre, de maneira cíclica. “Claro que há sempre fatores que não podemos prever, como por exemplo, um protesto, que inviabilize a circulação de clientes. No mais, é possível, sim, identificar quando há um queda no movimento com certa brevidade e assim poder definir 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ações para evitá-la”. Ainda, de acordo com ele, “é importante ressaltar que agregar contratos com empresas ajudam a elevar a passagem de veículos da oficina, porém, em muitos casos esse tipo de trabalho pode atrapalhar o atendimento do seu cliente final”, pondera. ESTRATÉGIAS Na sequência, Alexandre Costa, dá dicas em como planejar uma estratégia para reduzir a sazonalidade na oficina: • O primeiro passo é saber exatamente qual o custo de funcionamento diário da empresa pelo levantamento das despesas fixas e variáveis; • Em seguida, pelo histórico de atendimento, levantar as vendas por dia em um período e o número de clientes atendidos. O ideal é que seja analisado ao menos um período de três meses. Com essas informações é possível identificar o custo de funcionamento/ dia, as vendas médias diárias e o número de clientes atendidos; • Dentro do período analisado é importante identificar os dias com vendas/ passagem de clientes abaixo da média. Identificados esses dias, é preciso perceber se há um padrão específico. Por exemplo, se é muito comum que na sexta o movimento da oficina caia; • Observe que esses padrões de baixa

tendem a se repetir no período e é isso que nos ajuda a se antecipar à queda nas vendas; • Sabido quais dias do mês são mais suscetíveis à queda no fluxo de clientes, você deve estabelecer ações de vendas, de preferência simples, que estimulem os clientes a realizar um serviço, justamente nesse dia; Dicas: promoções relâmpagos, descontos em serviços ou comodidades oferecidas aos clientes ajudam a estimular o fluxo, reduzindo a sazonalidade, se a meta é convidar o maior número de clientes de forma a superar a média de vendas diária e, assim, poder cobrir os custos de um dia de baixo movimento.





NA OFICINA

TRANSMISSÃO

ALUMÍNIO ANODIZADO

O QUE É MITO E O QUE É FATO SOBRE O TEMA por Silvio Rocha | fotos Divulgação

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o decorrer de nossa vida profissional, muitas vezes nos deparamos com componentes que possuem peças de alumínio anodizadas. Por que estas peças recebem este tratamento especial e quais vantagens elas oferecem a respeito de outros materiais, tais como aço ou alumínio sem tratamento? Ao conversar com vários técnicos, percebemos que existem alguns mal entendidos acerca deste assunto e das propriedades do alumínio anodizado, e os problemas associados a estas peças. O alumínio é um material mais comum em veíulos modernos, especialmente devido aos esforços dos fabricantes para redução de peso do automóvel, desta maneira reduzindo o consumo de combustível e emissões. Alguns estudos mostram que uma redução de 10% no peso dos veículos aumenta de 6 a 8% a quilometragem dos mesmos com a mesma quantidade de combustível. Os consumidores também desejam vários equipamentos extras em seus automóveis (sistema de som, ar-condicionado, navegação por satélite, equipamento de vídeo, entre outros) os quais todos adicionam peso. Embora os veículos modernos pesem mais que os mais antigos, a utilização do alumínio

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manteve o peso dos carros em um patamar aceitável. De fato, 40 anos atrás o veículo médio possuía ao redor de 25 quilos de alumínio, enquanto os carros modernos possuem atualmente em média 125 quilos. Estes 100 quilos adicionais de alumínio, se fossem transformados em aço, pesariam adicionais 300 quilos. As transmissões eletronicamente controladas de hoje, versus as transmissões hidraulicamente mais antigas, tiram vantagem do menor peso do alumínio nas válvulas do corpo de válvulas, que são pulsadas mais facilmente do que as válvulas de aço mais antigas. Os consumidores atualmente exigem veículos mais seguros, e o alumínio fornece maior resistência que o aço em certas peças, e pode ser projetado para absorver a mesma quantidade de energia com um peso bem menor em comparação. Enquanto o alumínio possui muitas características benéficas, as peças podem ser adicionalmente melhoradas através da anodização,

que é um processo que não afeta as propriedades mecânicas básicas dele, tais como a resistência mecânica, resistência transversal e alongamento. A anodização é um processo de conversão eletromecânico, que converte a superfície do alumínio em óxido de alumínio, que é um material mais forte e mais denso, estruturalmente colado ao alumínio básico. Essencialmente este processo pode ser comparado ao fluxo de corrente em uma bateria de automóvel (figura 1). Uma bateria de automóvel possui um terminal positivo e um negativo com pares de placas imersas em um eletrólito composto de acído. Quando um condutor é posicionado entre os terminais da bateria, uma corrente elétrica flui e move os elétrons.

FIGURA 1: ANODIZAÇÃO



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TRANSMISSÃO

No processo anodização, a peça de alumínio (terminal positivo ou ânodo) é submersa em um tanque de ácido sulfúrico (eletrólito) com uma placa de metal (terminal negativo ou cátodo). Quando uma corrente é fornecida ao sistema, ocorre uma reação e o óxido de alumínio “cresce” na superfície externa da peça em direção ao seu centro. Existem geralmente três tipos de anodização. Os tipos I e II, também mencionados como anodização “softcoat” ou de cobertura suave, são usados primeiramente para proteção de superfícies contra corrosão, aderência de tintas e resistência à fadiga. A espessura da camada de óxido de alumínio é geralmente de 0,025 mm ou menor. O óxido de alumínio não é uma cobertura, mas sim parte da peça de alumínio. Nos tipos I e II, cerca de 2/3 da espessura do óxido penetra no metal base e 1/3 dela é adicionada à superfície da peça. O tipo III é referido comumente como anodização “hardcoat” ou endurecida, sendo realizada para fornecer resistência à abrasão e ao desgaste com proteção adicional contra a corrosão e endurecimento adicional da superfície. A espessura da camada de óxido no tipo III vai de 0,013 mm a 0,11 mm e possui dureza igual à safira (HRC 60-70). A espessura de óxido penetra e se deposita na superfície em quantidades iguais. Enquanto o fabricante das peças do veículo utiliza ambos os sistemas de anodização (softcoat e hardcoat), os fabricantes de peças de reposição para transmissões automáticas utilizam exclusivamente o sistema hardcoat, que reúne as vantagens deste processo em especial

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RESISTÊNCIA AO DESGASTE A peça que sofre o processo de anodização hardcoat é 10 vezes mais resistente ao desgaste do que a que sofre somente a anodização convencional, e 2 vezes mais resistente do que o aço temperado. Isto torna o processo uma escolha excelente para válvulas hidráulicas, que tendem a gastar-se rapidamente devido à sua contínua oscilação.

ENDURECIMENTO O alumínio anodizado pelo processo tipo III é a segunda substância mais dura conhecida pelo homem, somente atrás do diamante. O endurecimento fornece resistência à abrasão, o que evita que as válvulas sejam riscadas durante o manuseio e virtualmente todas as fases de operação. Um método simples para determinar se uma peça é anodizada ou simplesmente pintada ou anodizada pelo tipo I ou II é tentar riscar a superfície da peça com limas de teste de dureza (figura 2).

FIGURA 2: TESTE DE DUREZA

CONSULTOR

colaborou Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

RESISTÊNCIA À CORROSÃO O óxido de alumínio protege o alumínio base, mesmo de produtos químicos altamente cáusticos como fluido de freio aquecido. Válvulas anodizadas podem ser limpas com uma mistura de sabão e água, não necessitando de produtos químicos sofisticados.

DIELÉTRICO Enquanto o alumínio simples é condutivo, a capa de anodização age como isolante e não conduz a eletricidade abaixo de 2.000 Volts. Esta capacidade de isolação está no mesmo patamar que o vidro e a porcelana. Isto pode ser ilustrado pelo teste de peças de alumínio simples e alumínio anodizado com um multímetro (figura 3). Assim, se a transmissão sofrer um choque elétrico, as válvulas de alumínio anodizado pelo processo III (hardcoat) não descamarão, riscarão ou serão de alguma maneira afetadas. Devemos compreender que durante o processo de anodização as peças são fixadas por suportes especiais. Isto tipicamente deixa dois pequenos pontos não anodizados na peça. Estas marcas dos suportes são limitadas a áreas na peça – tais como o pescoço das válvulas.


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LUBRICIDADE

FIGURA 3: VERIFICAÇÃO COM O MULTÍMETRO

Superfícies endurecidas pelo processo de anodização possuem um elevado grau de lubricidade ou deslizamento, que dá à peça um baixo coeficiente de fricção ou atrito. Isto confere à válvula uma grande facilidade de movimento durante seu trabalho, mesmo se a lubrificação pelo ATF for baixa.

RESISTÊNCIA AO CALOR O alumínio endurecido pelo processo de anodização possui um ponto de fusão de 660ºC. Devido ao fato que o banho de ácido utilizado para o processo de anodização é mantido a baixas temperaturas, não existe risco de deformação física ou térmica das

peças durante o processo. Isto ajuda a manter a dimensão e circularidade críticas dos diâmetros dos carretéis das válvulas.

DURABILIDADE Devido ao fato que a anodização é integrada ao alumínio base, ela não descamará, conferindo à peça uma vida útil extremamente longa.

Ao passo que o endurecimento pela anodização é efetivo e benéfico para muitas peças, nem sempre é necessariamente o melhor material a ser utilizado em certas ocasiões. À engenharia caberá analisar e selecionar o melhor material para uma determinada peça baseado em sua função individual ou em uma aplicação em particular.


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DEFEITO NA BOMBA DE ÓLEO DO MAREA por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

Reparador explica em detalhes como fazer o diagnóstico para identificar problema no sistema neste veículo especificamente

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esta edição da revista Reparação Automoticava, o relato de Hans Alves, da Oficina Hans Car, do bairro do Ipiranga, da capital paulista, que trabalha bastante com Fiat Marea, onde aparecem algumas surpresas. Uma das surpresas que apareceu algum tempo atrás foi referente a um Fiat Marea que, simplesmente, “você girava o contato e ele não acendia a luz do óleo. Começamos a desmontar o carro, a verificar o que tinha acontecido e o porquê estava daquela forma. O virabrequim estava com bronzina standard, porém, fuga de óleo, bronzina standard, bronzina avermelhada, perdeu o material e a primeira camada, e não acendia a luz do óleo. Verificando a medida do virabrequim, ele estava fora de medida”, diz. Então, começaram a verificar o histórico do carro, onde foi visto que o manual do proprietário indica a troca a cada 20 mil km.

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O QUE ACONTECEU COM ISSO?

Quando o carro era produzido lá fora, na Itália, realmente poderia trocar com 20 mil km. Chegando no Brasil, onde a nossa gasolina tem óxido de ferro, dióxido de enxofre, que ataca diretamente no óleo, o óleo perde a sua propriedade química, perde a capacidade de formar película protetora entre munhão e bronzina no virabrequim e o que aconteceu? A Fiat fez um recall dos motores e mudou a medida de bronzina. Quando o carro era um pouco mais novo, chegava na oficina mecânica, eles tiravam no caso os mancais e constatavam que a bronzina era original Fiat, porém, não foi verificada devidamente a parte de medida com um micrômetro. Então, o que aconteceu? O mecânico colocou bronzina standard achando que o virabrequim era standard e não era, era zero 12.

A partir disso, começamos a verificar o que aconteceu com o restante o motor com essa fuga de óleo. Desmontando a bomba de óleo, a gente achou, na própria bomba de óleo, um desgaste prematuro, devido à fuga de óleo, e não gerou a pressão necessária dentro da bomba de óleo. Com isso daí a gente foi atrás para comprar a bomba de óleo. Chegando na concessionária da própria Fiat, eles tinham um preço absurdo da bomba de óleo. Na autopeça me informaram que a marca X estava fabricando. Decidi fazer um teste devido à situação financeira para poder comprar a bomba de óleo original Fiat. Começamos o teste, montamos o carro, trocamos virabrequim, trocamos bronzinas, montamos ele, funcionamos o veículo, começou a pingar óleo no chão.



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NA OFICINA MOTOR

youtube.com/reparacaoautomotiva Pingando óleo no chão, a gente começou a pensar de onde era? Junta da tampa de válvula? Retentor? E começamos a desmontar o carro. Desmontamos a correia de serviço e, chegando na própria bomba de óleo com o motor funcionando, constatamos que tinha um vazamento na carcaça. Então, tinha um poro na carcaça que, provavelmente, com a pressão, estourou e formou o fio de óleo escorrendo. Entramos em contato com fabricante, o mesmo chegou a vir na oficina, constatou que realmente era defeito na peça. Após isso, me mandou uma outra bomba de óleo, onde identificamos um outro problema, que era a posição do eixo compensador de massa referente à posição da própria bomba de óleo.

COMO QUE A GENTE CHEGOU A ESSE RESULTADO?

Colocando o primeiro cilindro em PMS (ponto morto superior), ele tem um encaixe correto na engrenagem, na peça de plástico. Aqui tem uma seta e na engrenagem original tem uma outra seta para a gente coincidir as duas informações e, o eixo compensador de massa, onde ele encaixa na própria bomba de óleo, ele é descentralizado. Então, pegamos a bomba de óleo original do carro, encaixamos, removemos, pegamos a bomba de óleo da fabricante paralela, encaixamos e simplesmente não encaixava por causa da posição do eixo compensador de massa. Mas se no original está de um jeito e a paralela de outro, o eixo compensador de massa é responsável pela marcha lenta equalizada, motor estabilizado, principalmente em aceleração. Ele não tem aquela vibração e nem aquela jogada do motor. Ele é justamente projetado

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para evitar vibração no motor. Entramos em contato novamente com o fabricante, o mesmo enviou mais duas bombas de óleo onde, chegando na oficina, a gente simplesmente desistiu de usar a bomba de óleo do fabricante. Aí corremos atrás da bomba de óleo original, colocamos, o carro está rodando tranquilo. Após quase três anos, a marca fabricante da bomba de óleo entrou em contato conosco.

demais bombas de óleo que eles têm em estoque vão ser todas conferidas para poder vender para todo mundo. Uma dica para quem mexe com Fiat Marea 2.0, 2.0 turbo e 2.4, que vai usar, vai trocar essa bomba de óleo, sempre verificar a posição, comparando com a bomba de óleo original, para poder aplicar no motor, para não ter nenhum tipo de vibração e o dono não reclamar da vibração após a troca da peça.

DICA DO REPARADOR

Eu sempre tive à disposição para poder fornecer uma peça para fazer um gabarito. Entrou em contato com a gente, forneci a própria bomba de óleo, eles falaram que resolveram tanto da parte do vazamento quanto da parte da posição do eixo compensador de massa.

Quem quiser acompanhar os próximos processos da montagem desse motor e os testes que a gente tem no Facebook, Hans Alves. Temos a fanpage no Facebook também, Hans Car.

A bomba de óleo está aqui, a gente vai montar no carro, vamos testar a bomba de óleo para ver se não vai apresentar nenhum outro defeito e às

Então, se inscreva no canal e acompanhe a gente também no próprio Facebook ou no Instagram.

Instagram Hans Car e um canal no YouTube que a gente estará postando o vídeo de todos os processos da montagem que também chama Hans Car.


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ELÉTRICA

SISTEMA DE IGNIÇÃO

O QUE É, COMO FUNCIONA E QUAIS OS CUIDADOS por Silvio Rocha | fotos Divulgação

Para que um Motor de Combustão Interna Ciclo Otto funcione, é necessário que haja Ignição Centelhada, ou seja, precisa de uma faísca no interior da câmara de combustão! Para que o motor do carro a Gasolina, Etanol, Flex e GNV funcione, é preciso que dentro do motor, no cilindro, onde o combustível é injetado e forma uma mistura com o ar admitido, formando a mistura ideal, tenha uma centelha elétrica, um isqueiro, para que exploda!

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE IGNIÇÃO POR CENTELHA?

A otimização da ignição da mistura de ar/combustível comprimida tem sido um dos maiores desafios para engenheiros desde os primeiros tempos na construção de motores. No caso de motores com ignição por faísca, isto ocorre normalmente em sequência com o ciclo de compressão através de uma faísca elétrica da vela de ignição. Para que a tensão possa saltar entre os eletrodos, tem primeiro de ser acumulada uma carga pelo sistema elétrico de baixa tensão do veículo, a qual é armazenada e depois descarregada na vela de ignição no momento de ignição. Esta é a função da bobina de ignição como parte integrante do conjunto de ignição.

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Uma bobina de ignição tem de ser afinada exatamente de acordo com o respectivo sistema de ignição. Os parâmetros necessários incluem:

4. QUÍMICOS: Resistência a Gasolina, Óleo e fluido de Freios. A bobina de ignição também é conhecida por ser transformador de ignição.

1- A energia de ignição que está disponível para a vela de ignição; 2- A corrente de ignição no momento da descarga de ignição; 3- A duração de combustão da faísca na vela de ignição; 4- A tensão de ignição em todas as condições de funcionamento, 5- A contagem de faísca a todas as velocidades.

AS BOBINAS DE IGNIÇÃO NOS SISTEMAS DE IGNIÇÃO DOS AUTOMÓVEIS MODERNOS GERAM TENSÕES DE ATÉ 45 000 V. REQUISITOS PARA UMA BOA BOBINA: 1. TÉRMICOS: Gama de temperatura de -40 °C a +180 °C, Energia de ignição 10 mJ até aprox. 100 mJ (presente) ou 200 mJ (futuro).

2. ELÉTRICOS: Tensão secundária até 45 000 V, Corrente primária 6 a 20 A.

3.MECÂNICOS: Gama de vibração até 55 .

VAMOS DETALHAR SUA COMPOSIÇÃO! E = núcleo de ferro laminado (magnético) N1=lado primário dos enrolamentos 00–250 enrolamentos N2 = lado secundário dos enrolamentos 10 000–25 000 enrolamentos U1 = tensão primária (tensão da bateria) 12–14,7 V U2 = tensão secundária 25 000–45 000 V l1 = corrente primária 6–20 A l2 = corrente secundária 80–120 mA


FUNCIONAMENTO:

Armazenamento de energia: Durante o fornecimento de corrente à bobina, é armazenada energia no campo magnético. Com a alimentação ligada, a bobina é carregada (o circuito primário está fechado, o circuito secundário está aberto). Num ponto de ignição especificado, a corrente é interrompida.

UM IMPORTANTE CRITÉRIO DE DESEMPENHO PARA BOBINAS DE IGNIÇÃO É A SUA ENERGIA DE FAÍSCA.

AS BOBINAS DE IGNIÇÃO DE DUPLA FAÍSCA

Veja o diagrama:

2

EXEMPLO: 4 CIL. MOTOR DE 4 TEMPOS VELOCIDADE 3000RPM TENSÃO INDUZIDA:

Cada alteração de corrente numa indutância (bobina) induz (cria) uma tensão. É acumulada alta tensão secundária.

ALTA TENSÃO:

Como acontece num transformador, a tensão alcançável é proporcional à relação de enrolamento primário/secundário. A formação de faísca ocorre quando a tensão da ignição tiver sido atingida (“breakthrough”):

FAÍSCAS/MIN

CONTAGEM DE FAÍSCAS = 3000 X 4 = 600 2

Para uma distância de marcha de 30 000 km com uma velocidade de motor média de 3000 rpm e uma velocidade média 60 km/h, com 45 000 000 faíscas por vela de ignição!

Produzem para cada vela de duas faíscas/dois cilindros uma tensão de ignição ideal em diferentes cilindros. A tensão é distribuída para que a mistura de ar/combustível de um cilindro seja sujeita à ignição no final de um curso de compressão (tempo de ignição) (faíscas primárias - faísca de ignição forte), a faísca de ignição do outro cilindro salta durante o curso de descarga (faíscas secundárias – baixa energia).

I1 Corrente primária 6-20 A T1 Tempo de carregamento 1,5-4,0 ms U2 Tensão secundária 25-45 kV TFu Duração de faísca 1,3-2,0 ms WFu Energia de faísca 10–60 mJ para motores “normais” até 140 mJ para motores “DI”

VELAS DE IGNIÇÃO

IFU Corrente de faísca 80-115 mA R1 Resistência enrolamento primário 0,3–0,6 Ohm

FAÍSCA DE IGNIÇÃO:

Após a formação de faíscas na vela de ignição, a energia acumulada é descarregada no canal de faísca (o circuito primário está aberto, o circuito secundário está fechado).

R2 Resistência enrolamento secundário 5–20 kOhm N1 Número de enrolamentos primários 100–250 N2 Número de enrolamentos secundários 10.000–25.000

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NA OFICINA

ELÉTRICA

As velas de ignição são o ponto final do sistema, pois elas centelham dentro da câmara de combustão, causando assim a inflamação dos gases. As velas de ignição atuais, de veículos com gerenciamento eletrônico, possuem em seu interior um resistor de 5KΏ, para evitar as interferências eletromagnéticas.

diagnósticos, e isto se adquire estudando, realizando cursos de aperfeiçoamento. A rede SENAI tem colocado à disposição dos reparadores todos estes avanços em treinamentos, conforme o fabricante estabelece para seu componente. Ao proprietário de veículo, fica o recado:

Sinal com ruído.

Defeitos e falhas nos sistemas de ignição não são diagnosticados apenas pelo visual. Não são apenas desgastes físicos dos componentes, temos as falhas causadas por danos ao conjunto resistivo do componente, sistema eletroeletrônico do módulo bobina de ignição, etc. Observe o Diagnóstico aqui apresentado e obtido na oficina de um amigo reparador especialista em diagnóstico avançado, o Osair Xavier (ZAZA), da Auto Mecânica Xavier, em Sumaré (SP).

ESPECIFICAÇÕES/CARACTERÍSTICAS DA BOBINA DE IGNIÇÃO É de suma importância acompanhar em revisões periódicas a situação do sistema de ignição. Uma vez que influencia diretamente no consumo do veículo e no bom funcionamento do motor.

VEJA AS FALHAS DOS VEÍCULOS RELACIONADAS À VELA DE IGNIÇÃO: VEÍCULO FORD KA Veículo falhando, velas, conforme cliente, novas, observe:

Muitas vezes escutamos alguém dizer que foi dito numa matéria ou outra que o mecânico troca as velas sem necessidade. Volto a salientar que, se tem dúvidas quanto ao diagnóstico, faça outros orçamentos. O diagnóstico cada dia que passa avança em tecnologia e a necessidade de o reparador dominar a eletrônica embarcada, equipamentos de

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VEÍCULO GOL 1.0 16 VÁLVULAS

NISSAN TIIDA Aparentemente, eletrodos bons, na altura correta, mas em teste nas velas não há centelha correta. Veja as imagens do diagnóstico avançado por osciloscópio:


Veja que alguém poderia sugerir uma limpeza, e regulagem da altura, mas a falha não resolveria.

Agora com velas novas.

CONSULTOR

Leandro Marco Instrutor Senai Uberaba / MG

Falha na potência elétrica da centelha. Um sinal limpo, onda perfeita.

Agora normal, velas novas.

VEÍCULO KIA CERATO Observe que as velas que estavam neste Cerato, qualquer mecânico, sem o profundo conhecimento do sistema de ignição e diagnóstico por imagem, passaria batido, devido ao aspecto físico destas velas:

O reparo correto dos veículos acima só pôde ser concluído com eficácia porque o reparador Osair Xavier tem conhecimento e domínio do sistema. Todos os carros acima apresentados já haviam passado por outras oficinas, e que muitos não conseguiram a solução. Não é que em toda falha no conjunto deva-se trocar as velas, cabos e bobinas. O que deve ser feito é uma análise técnica, com procedimentos e conhecimento técnico do sistema. Mas o que não pode acontecer é julgar a qualidade da peça apenas por sua aparência “normal”.

O sinal de falhas da ignição só pode ser percebido através das imagens do osciloscópio:

Ruído nos sinais, deformidade na onda.

O Diagnóstico por Imagem tem sido difundido grandemente no Brasil nos últimos anos. O uso do Osciloscópio tem ganhado as bancadas das oficinas automotivas. Existem muitos grupos se formando em torno destas informações, mas busque informações corretas, de pessoas idôneas, recomendo para quem quer aprimorar, buscar qualificação em elétrica automotiva, mecânica na rede SENAI, e informações sérias, de reparadores preparados, seguir dois blogs onde os autores e o grupo que faz parte são reparadores qualificados, e que

dominam o diagnóstico avançado. Neles você encontra como construir algumas ferramentas e dicas do Grupo de Diagnóstico Avançado, conhecido como DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, do qual fazemos parte. RIO GRANDE DO SUL GSA - Gráficos e Sinais Automotivos ondasautomotivas.forumeiros.com SÃO PAULO Diagnóstico com Osciloscópio paulo-jovino.blogspot.com Os reparadores que fazem parte deste grupo iniciaram as pesquisas em como avançar em diagnóstico automotivo em 2008, quando o Paulo Jovino importou um osciloscópio, desenvolveu muitas ferramentas e deixou à disposição de todos os reparadores, para que possam alcançar êxito em seu trabalho. Lembrando que é necessário conhecimento, aprimoramento correto, saber o que significa cada imagem da tela, como ela origina e como utilizar o equipamento. Procure uma escola SENAI mais perto de você, qualifique-se e bom trabalho! Atenção Se na sua região não tem escola SENAI, procure junto ao SEBRAE, pois existe uma parceria do SEBRAE para levar o desenvolvimento para o setor automotivo em todas as cidades brasileiras.

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA

FREIOS

por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

FREIO COM TREPIDAÇÃO PROBLEMA PODE ESTAR NO DISCO OU CUBO

A

delcio Correia, que trabalha na Autogiro, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, conta o caso de um defeito que ele pegou na oficina: vibração ao acionar o freio, o veículo trepida. O cliente quando deixou esse automóvel na Autogiro reclamava de vibração ao acionar o freio. Fizemos um teste de rodagem e começamos a verificar os discos de freio.

disco aparentemente não tem fissuras nem rebarba.

Aqui estou desmontando a pinça, vou verificar as pastilhas e os pinos deslizantes da pinça. O acionamento do freio pode estar travado, o pino e o freio não correspondem corretamente.

Estamos fazendo um teste de empenamento do disco com relógio comparador. Ele está com uma leve deformação.

O pino de baixo está livre, o de cima também, não estão travados, então, a hipótese de pino aqui já está descartada. A pastilha está na metade ainda, o

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Vou remover o disco, vou mandar num torneiro para ele fazer o alinhamento ou verificar no torno que é mais preciso.

Aqui estou removendo o cavalete para fazer o teste com relógio comparador no disco.

Chegando o disco, vou montar novamente e fazer um teste de rodagem com o carro e ver se solucionou o problema do cliente. O disco retornou do torneiro, foi feita a aferição no disco, não foi detectado nenhum empenamento nem avaria, nada, no disco, vou remontar e fazer as substituições das pastilhas, certo.


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FREIOS

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youtube.com/reparacaoautomotiva Vamos fazer o teste de rodagem, andar com o carro e ver se sanou o defeito do veículo, senão, vamos fazer aferição no cubo de roda. Bom, cheguei com o carro agora, já dei uma adiantada, desmontei aqui, o defeito persistiu no automóvel ainda, nesse momento eu vou partir para a parte do cubo. Vou fazer um teste no cubo, na morsa, vou tirar ele fora, colocar o relógio comparador, vou fazer uma aferição nele na morsa, na bancada. Aqui nós vamos fazer o teste no cubo de rolamento da Discovery 4.

acionar o freio, pode estar dando essa vibração aqui, o empenamento. Como no disco foi feita a retífica e tudo, a gente passou por esse próximo passo que seria o cubo. Então, como vocês viram na bancada, fiz o teste com relógio comparador no cubo, foi detectado que está com um leve empenamento, mas está empenado. Acabei de montar o cubo novo.

Uma possível causa lá pode ser o cubo, a vibração ao acionar o freio. Aqui o relógio comparador está zerado, vou dar uma volta e vamos ver se vai haver alguma oscilação no ponteiro. Aí já deu uma boa oscilada. Então, uma das possíveis causas pode ser essa diferença que deu no cubo. Ao

Lá no cubo está empenado, nas proximidades do prisioneiro da roda. Eu entrei em contato com o cliente, dono do carro, e ele me falou que foi depois que ele fez as trocas dos pneus, foi verificado, provavelmente, um aperto irregular das porcas da roda, aperto demais

porque o empenamento está na proximidade dos prisioneiros, e realmente, quando eu fui soltar essa roda, ela estava muito apertada da primeira vez. Agora vamos fazer o aperto corretamente, de 130 newtons de torque, para ficar zerado o carro. Beleza, galera. Feito o teste de rodagem no carro, resolveu o problema do veículo. O possível defeito foi no aperto irregular da roda. O aperto excessivo danificou a parte do cubo aqui, nas proximidades dos parafusos, onde estava empenado. Fiz a substituição do cubo, acabou o defeito de vibração do veículo. Adelcio Correia e Rildo Rodrigues, reparadores

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A Albarus está de volta. Quem conheceu poderá matar a saudade. Quem não conhece, prepare-se para uma relação de confiança que nem o tempo pode apagar. Qualidade que marcou época e conquistou o coração do Brasil. Albarus. Qualidade que transmite segurança. albarus.com.br

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