Reparação Automotiva 120

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EDIÇÃO 120 Setembro de 2018

C PELO IV ADOS AUDIT

OFICINA MECÂNICA

MODERNA E SUSTENTÁVEL

Conheça exemplos já implantados com sucesso no País e o que ainda está por vir em projetos para esse mercado em constante mutação. Iniciativas outrora distantes, mas que hoje podem até ser subsidiadas por entidades.

AMIGO BOM DE PEÇA

ZF Aftermarket América do Sul comemora a grande adesão e o sucesso do programa

DIAGNÓSTICO EFICIENTE

Carro chega à oficina com luz de avaria acesa e alguns picos de aquecimento em alta na estrada

GESTÃO FINANCEIRA

Do planejamento à redução de custos, os caminhos para o empresário da reparação

OFICINA EQUIPADA

Entre os dias 15 e 18/08, na capital Fortaleza (CE), Autop apresenta novidades

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS


02 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


SUMÁRIO

EDIÇÃO 120 SETEMBRO 2018

36

04. ENTREVISTA

Fernanda Giacon, da ZF Aftermarket, fala do Programa Amigo Bom de Peça

12. NOTAS

Algumas das principais notícias do mês do mercado de reparação automotiva

14. GESTÃO

Do planejamento à redução de custos, os caminhos para a saúde financeira

18. NEGÓCIOS

Nesta seção, sua oficina mecânica em evidência e com clientes satisfeitos

22. CAPA

Exemplos bem-sucedidos para tornar seu negócio bem atraente e sustentável

30. TRANSMISSÃO

Napoletano: diagnósticos e reparos no sistema série 6T40/45 veículos GM

34. MOTOR

12

18

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Diagnóstico Chrysler: o significado de uma verificação deveras eficiente

36. FREIOS

Reparador explica a importância do bom funcionamento do sensor de fluido

40. EQUIPAMENTOS

Autop mostrou para o público as novidades que logo estarão nas oficinas

DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson edio.nelson@ibreditora.com.br REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) redacao@ibreditora.com.br Redatora Karin Fuchs Letícia Rocha ARTE Designer Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br COMERCIAL Consultores de Vendas Alessandra Costa comercial2@ibreditora.com.br Richard Faria comercial3@ibreditora.com.br Wanderley Klinger comercial1@ibreditora.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez marketing@ibreditora.com.br Atendimento ao Leitor Mônica Macedo marketing1@ibreditora.com.br DEPTO AUDIOVISUAL/ PRODUTORA Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br

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FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima consultor@ibreditora.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: redacao@ibreditora.com.br

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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 03


ENTREVISTA

ZF/TRW

PROGRAMA BOM DE SEGUIDORES

PROGRAMA AMIGO BOM DE PEÇA, DA ZF, CONQUISTOU 44 MIL SEGUIDORES, 57% DELES MECÂNICOS, E ESTÁ SENDO LEGENDADO EM 16 IDIOMAS por Silvio Rocha e Robson Breviglieri | fotos Divulgação

A Head de Marketing da ZF Aftermarket América do Sul, Fernanda Giacon, comemora o sucesso do programa Amigo Bom de Peça, lançado em abril do ano passado e que, em pouco mais de um ano e quatro meses, já conquistou 44 mil seguidores, em sua maioria mecânicos, além de uma boa parcela de aficionados por carros. Ela conta nesta entrevista facetas da trajetória do programa, sua implantação e desenvolvimento, sempre calcado na interatividade com seu público-alvo, o reparador. Entre as novidades adiantadas por Fernanda está a ampliação de conteúdo, hoje voltado para a linha leve, mas que a partir de setembro contemplará uma série da linha pesada e também da linha de transmissões, por solicitação do mercado, apurada em pesquisa no Facebook. “Vamos disseminar informações sobre transmissão porque a ZF é uma das principais fábricas do mundo de transmissões e temos muito conhecimento e informações sobre esse tema”, diz Fernanda. O programa, desenvolvido no Brasil, também está sendo legendado em 16 idiomas, entre eles chinês, russo, alemão (língua da matriz) e até mesmo português de Portugal. Confira a entrevista. 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Reparação Automotiva - O programa Amigo Bom de Peça fez um ano. Conte-nos como está sendo sua trajetória? Fernanda Giacon - A ZF e a TRW passaram por um processo de integração e muita coisa mudou. São duas grandes empresas que, combinadas, tornaram-se uma das líderes do setor de aftermarket. Todo o mercado queria saber o que aconteceria desse momento em diante e o nosso desafio foi como comunicar essa fusão para que o reparador, o balconista, o dono do varejo, o distribuidor, para que enfim todos entendessem e recebessem corretamente a mensagem. Então, pensamos em fazer uma comunicação de maneira diferente, usando alguma ferramenta que estivesse presente em seu dia a dia, além é lógico da comunicação com anúncios, que já estava desenhada. Queríamos ir além e, de alguma maneira, criar um programa que estivesse em seu cotidiano. Fizemos muitas pesquisas – aliás sempre realizamos pesquisas e nos mantemos próximos de todos os elos da cadeia com a intenção de saber as tendências e as necessidades do segmento. Entretanto, nesse período da integração nos aprofundamos e identificamos que o mecânico quer informação. O que ele está procurando com as novas plataformas, com os carros que chegam para ele reparar, é suporte. A palavra crucial em todas as pesquisas que fizemos foi suporte. Com todos os grupos que conversávamos, o X que identificamos é que a fábrica precisa dar

respaldo. O mecânico vai aplicar nosso produto, ele confia na marca, conhece o negócio, mas ele quer saber qual fábrica estará próxima quando ele precisar para o trabalho. Foi a partir dessas informações colhidas com esse público que criamos o Amigo Bom de Peça, afinal, temos informação, estrutura, todo o conhecimento por sermos desenvolvedores das tecnologias e fornecedores das montadoras, e temos um Brasil enorme e milhares de pessoas que precisam desse conteúdo. RA - Como vocês levaram esse conteúdo a esses profissionais e quais os resultados?


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ENTREVISTA

ZF/TRW

FG - Uma ideia que reforçamos com as pesquisas foi a internet, o acesso ao mundo digital. As pesquisas confirmaram que todos eles têm acesso até muito mais pelo Smartphone do que pelo PC para pesquisar tudo. Quando o mecânico tem uma dúvida, ele vai na internet e pesquisa o conteúdo. Mas ocorre que hoje tem muita informação na internet, muitos vídeos, sobre muitos temas e aí os reparadores encontram muita dificuldade porque às vezes eles têm que assistir 10 ou 15 minutos de um vídeo para saber se o conteúdo que ele está procurando é aquilo lá mesmo e não é muito prático. Com esse cenário surgiu o Amigo Bom de Peça, um programa da ZF em que a gente trabalha todas as nossas linhas de produtos. Um grande diferencial e uma das características que garante o sucesso do programa é que a ZF tem o maior portfólio de produtos, então podemos falar de uma grande parte do chassi do carro, do undercar, tanto para linha leve quanto para pesada. Criamos uma plataforma muito simples, onde o mecânico tem acesso aos vídeos, hoje já temos 20 vídeos disponíveis sobre todas as nossas linhas de produtos, freios, direção, suspensão, embreagem, transmissão, e depois que ele assiste aos vídeos – que são curtos, de 2 a 5 minutos, e objetivos porque vão diretamente à dica – ele pode fazer uma prova utilizando também uma apostila, um e-book que disponibilizamos com o conteúdo do vídeo por escrito. Se ele acertar mais de 90% da prova, enviamos um certificado da ZF para o endereço que ele indicou no cadastro. O coração do programa é esse. Além disso, temos uma página diferenciada no Facebook, onde damos muitas dicas e o ponto alto é a interação. Pesquisamos como o mecânico estava se comunicando, seus grupos de relacionamento, a linguagem que eles tinham, quais eram os interesses, lembramos dados 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

históricos, misturamos todos esses assuntos e, em um ano e quatro meses – o programa nasceu em abril do ano passado – atingimos hoje 44 mil seguidores. Outro ponto importante é que esse número é orgânico, ou seja, não colocamos dinheiro para conseguir seguidores. Lógico, impulsionamos os posts para que as pessoas vejam, mas a pessoa entende que aquele conteúdo é interessante e começa a seguir. RA - Quem é esse público? FG - A maioria é reparador. Em pesquisa recente apuramos que 57% são de reparadores e o restante são pessoas apaixonadas por carro. O brasileiro gosta bastante de veículo e como falamos bastante sobre carro tem um público que segue até por curiosidade. Outro público que identificamos também são de pessoas que querem ser mecânicos. Recebemos mensagens de pessoas que querem se tornar reparadores e veem no Amigo Bom de Peça uma chance de começar a ter acesso e conhecimento. Às vezes, essa pessoa já tem uma profissão, trabalha em outro ramo e no tempo vago, ele acessa. RA - Quais os avanços do programa? FG - Em um ano e quatro meses já identificamos outros braços e começamos a trabalhar. Um deles é o podcast, outro canal de comunicação com a oficina disponibilizado no mesmo site, que o mecânico pode baixar e escutar, feito como um programa rádio, com participação dos reparadores e muitas dicas. Outra coisa é uma parceria com a Oficina de Emprego, um novo site onde os mecânicos podem cadastrar currículos e as oficinas cadastram as oportunidades. Quando o reparador coloca o seu perfil, o sistema checa se ele é cadastrado no Amigo Bom de Peça e, se ele for, o mecânico recebe a seguinte mensagem: “Você quer carregar o seu certificado na sua qualificação?” E aí ele carrega

os certificados que ele já conseguiu, melhorando o seu perfil. Se ele não for cadastrado, o sistema manda uma mensagem avisando que tem um programa em que ele pode fazer cursos e obter certificados para carregar no seu perfil. Algumas oficinas de São Paulo já estão usando os certificados para conceder gratificações aos reparadores. Aí percebemos que o programa também está ajudando a melhorar a vida das pessoas porque hoje, para o dono da oficina, é um problema qualificar os mecânicos ou por não ter tempo ou não ter dinheiro, é longe e o deslocamento custa, é difícil. RA - E o que as oficinas têm feito com relação a esse tema? FG - Têm incentivado os mecânicos a entrarem na plataforma e fazer os cursos. O reparador mostra ao dono da oficina que conseguiu um certificado e ganha uma bonificação no salário no final do mês. Ou seja, o custo que ele teria com a capacitação reverte para o mecânico e o incentiva a se autocapacitar. RA - Existe então uma integração muito grande com os seguidores. FG - A interação com reparadores no Facebook é diária. Temos também grupos de foco em que, a cada dois meses, reunimos de 10 a 15 mecânicos, de diferentes regiões do Brasil, para bater um papo e saber



ENTREVISTA

ZF/TRW

quais são as dificuldades, porque uma das preocupações, desde o início do projeto, é o de levar soluções para esse público conforme suas necessidades. É um programa do reparador para o reparador, por isso tem que conter informações e dicas que realmente fazem parte do dia a dia da atividade. Nossa intenção sempre foi levar informação sobre problemas dos veículos, oferecer dicas de como resolver e o mais rápido possível. São esses pontos que priorizamos e discutimos nesses grupos para poder gerar conteúdo. Fazemos isso a cada dois meses, seis por ano, e estamos com 20 vídeos. A ideia é fazer mais porque existe muita demanda e são muitos assuntos a serem tratados. RA - Vocês continuam com ações presenciais como treinamentos? FG - Temos técnicos em campo, no

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Brasil inteiro, que visitam oficinas, varejos e fazem palestras técnicas conforme as demandas, porém, mesmo tendo técnicos em todas as regiões, o País é muito grande e não conseguimos chegar em todas as cidades. Ainda hoje o mecânico tem dificuldade de terminar o trabalho e se deslocar até o endereço onde haverá uma palestra, ele já está cansado do trabalho e acaba tendo dificuldade de absorção. Entendam que o nosso programa é complementar, não temos intenção de substituir o físico pelo digital, mas com o digital conseguimos estar mais próximos dos profissionais RA - A partir das informações recebidas, como que você vê o mercado de reparação? FG - Acredito que o mercado de reparação vai ainda crescer muito no Brasil, principalmente por meio das novas tecnologias que chegam todos os dias. Nós conhecemos o mercado e

estamos trabalhando para posicionar a ZF a partir de novas realidades. Acredito que há muito espaço para melhorarmos e facilitarmos o trabalho do reparador, que tem ficado cada vez mais difícil. Nosso objetivo com esses programas é mostrar para o mecânico, o balconista, o varejista, o distribuidor, por que a ZF é a melhor parceira. Temos um vasto portfólio de produtos, nossa qualidade já é reconhecida, nossas marcas são reconhecidas e, mais do que isso, o serviço precisa estar em um nível elevado para conseguirmos atender todo esse público. RA - E quais são os próximos projetos? FG - Para esse fechamento de ano estamos trabalhando forte no digital. Vamos lançar em setembro uma nova área no portal da ZF Aftermarket para ter mais conteúdo, aplicativos e informações do próprio catálogo. Essa é uma das ferramentas que



ENTREVISTA

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ZF/TRW

estamos nos debruçando para ser realmente um local de consulta do reparador para tudo, desde processo de garantia até informação dos produtos e como reparar. Também o Amigo Bom de Peça trará novidades. Hoje os vídeos estão voltados para a linha leve e a partir de setembro contemplará uma série da linha pesada e de transmissão. Isso também é uma solicitação do setor apurada em pesquisa no Facebook. Vamos disseminar informações sobre transmissão porque a ZF é uma das principais fábricas de transmissão. RA - Qual outro destaque do programa? FG - Ele está sendo traduzido para 16 línguas, entre elas chinês, russo, alemão, português de Portugal, italiano, francês, polonês, o que confirma a qualidade do produto e todo material

reparacaoautomotiva.com.br produzido aqui no Brasil. Estamos legendando e isso vai para todos os países onde a ZF tem aftermarket. É um produto desenvolvido no Brasil para o mundo. Na Argentina já foi lançado com o nome de “Mas Mecánico”, vamos lançar na Colômbia e o Amigo Bom de Peça será lançado em outros continentes também. RA - E o que teria a falar sobre os 60 anos da empresa no Brasil? FG - Este ano a ZF completou 60 anos no País. Para nós, é motivo de orgulho saber que a primeira planta da ZF fora da Alemanha foi justamente no Brasil. Temos uma programação de comemorações que vem sendo reali-

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zada desde o início do ano, e especialmente em agosto, mês oficial do aniversário da instalação da primeira fábrica da ZF fora da Alemanha, em São Caetano do Sul (SP). A ZF é uma companhia de mais de 100 anos, com 60 anos aqui, e desde que veio para cá só fez crescer e isso também é motivo de orgulho. Recentemente a ZF ganhou prêmio como Melhor Empresa para se Trabalhar da revista Forbes Brasil, e obteve o primeiro lugar entre as indústrias de autopeças. Enfim, é uma companhia importante para o País, tanto no aftermarket quanto no equipamento original, e permanecemos trabalhando forte para fazer a economia girar.

www.amigobomdepeca.com.br AmigoBomdePeca



ALLEN AMORTECEDORES LANÇA 15 NOVOS PRODUTOS A Allen Amortecedores, pertencente ao grupo ISAPA, vem se reinventando e criando novas expectativas para o mercado de aftermarket. Sempre preocupada com lançamentos e em trazer novos itens ao seu portfólio, a marca hoje já conta com mais de 400 itens. Neste mês, a Allen lança 15 novos produtos para aplicações que vão desde Transit, Accord, Fluence, Aircross, Journey, Nova Ranger, Novo Civic, Gran Vitara e muitos outros. É possível baixar o catálogo de produtos pelo site: https://isapa.com.br/home-auto/D6

VEÍCULO CONCEITUAL “SCHAEFFLER 4EPERFORMANCE” CONTA COM MOTOR ELÉTRICO DE CAMPEÃO DO MUNDO O veículo conceitual “Schaeffler 4ePerformance” demonstra, com o seu impressionante desempenho, o quão rápida a tecnologia automobilística moderna de corrida pode ser colocada nas ruas. O carro totalmente elétrico é alimentado por quatro motores de Fórmula E com uma potência total de 880 kW (1.200 PS), que vêm do veículo de corrida ABT Schaeffler FE01 (em uso por toda a segunda temporada da Fórmula E). Além disso, esses motores foram a base para o carro elétrico do campeão mundial Lucas Di Grassi na temporada 2016/2017 do campeonato.

ESTALOS PODEM INDICAR QUE A VIDA ÚTIL DA JUNTA HOMOCINÉTICA CHEGOU AO FIM Segundo a Nakata, uma das líderes em componentes undercar, é necessário ficar atento à junta homocinética - responsável por transmitir de forma constante a força (torque) do motor e movimento às rodas. Pois caso aconteça a quebra da peça, o veículo ficará sem tração, sendo impossível movimentá-lo pela força do motor. Além de verificar as condições das juntas, é importante também ficar atento aos ruídos com o carro esterçado e em movimento, pois podem indicar que chegou o momento da reparação.

FREUBENBERG-CORTECO ANUNCIA PARCERIA COM A REDE BOSCH SERVICE

PARA O MERCADO AUTOMOTIVO

A Freudenberg-Corteco acaba de firmar uma parceria com a rede Bosch Service, que conta com mais de 1.600 oficinas credenciadas em todo território nacional. Além disso, a iniciativa também é direcionada às oficinas que fazem parte do conceito Módulo Especialista Bosch, sendo mais de 1.800 estabelecimentos no País. A união visa fornecer ao mercado de reposição automotiva a melhor entrega de produtos, como: retentores, coxins, juntas, kits de reparo de direção hidráulica e transmissão automática. 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


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BORGWARNER DESENVOLVE TECNOLOGIAS COM FOCO NAS TENDÊNCIAS GLOBAIS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Com foco na eficiência energética, a BorgWarner desenvolve soluções de tecnologia de propulsão de veículos que contribuem ativamente para a evolução da indústria automotiva global. O amplo portfólio de produtos da empresa atende às demandas das montadoras que buscam eficiência e desempenho com sistemas de propulsão de última geração. Com normas mais rigorosas para as emissões globais, a demanda por hibridização está aumentando. Como resultado, várias arquiteturas de propulsão híbrida estão ganhando impulso do mercado.

MAGNETI MARELLI AMPLIA O CATÁLOGO DE COMPONENTES DE INJEÇÃO ELETRÔNICA A Magneti Marelli Cofap está lançando 55 novos códigos de sensores de detonação, sensores de velocidade e solenoides de partida a frio, ampliando sua linha de produtos destinados a sistemas de injeção eletrônica de combustível. Esses novos itens, 25 novos códigos de senso-

res de detonação, 17 de sensores de velocidade e 13 de solenoides de partida a frio, vêm complementar um dos maiores portfólios do segmento de reposição de autopeças e garantem tecnologia, qualidade e confiabilidade já consolidadas entre os reparadores automotivos.


GESTÃO

FINANÇAS

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA DICAS PARA COLOCAR AS CONTAS EM ORDEM Do planejamento à redução de custos na oficina, consultor ensina os caminhos para o empresário da reparação automotiva

I

ndependentemente do porte, qualquer empresário da reparação automotiva precisa ter um plano de negócio muito bem estruturado, o que inclui a projeção de custos, fluxo de caixa, opções de pagamentos, ter crédito para uma eventual necessidade e buscar reduzir custos e ser mais rentável. E quem dá as dicas é Fernando Castro, CEO da JoyPay. PLANO DE NEGÓCIOS - De acordo com ele, além dos pontos básicos de um plano de negócios padrão, os empresários do ramo automotivo devem olhar fatores exclusivos do seu segmento, como: 1. Datas especiais que aumentam a demanda (férias, fim de ano, feriados, por exemplo) e nessas datas fazerem preços e promoções exclusivas;

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2. Procurar parcerias com empresas e frotas de carros; 3. Buscar formas de parcelamento, como em 12 vezes, por exemplo. Assim, o cliente poderá consumir mais e arcar com o investimento de forma adequada, 4. Controlar bem o estoque, que deverá ser enxuto, mas preciso. Peças a mais ou a menos podem ser prejudiciais no dia a dia. MENSURAÇÃO – Periodicamente, o plano de negócio deve ser avaliado, o que é imprescindível para manutenção do negócio. “O ideal é que seja semanalmente, porém, se isso for tirar o foco do dia a dia da operação e não for possível, fazer pelo menos uma vez ao mês”. E a análise mínima que deve ser feita

é em relação ao previsto e ao realizado. “Verificar se o que estava previsto realmente aconteceu e, se por acaso o resultado não for o esperado, analisar e ajustar para o próximo mês”. FLUXO DE CAIXA – Ainda é muito comum os empresários misturarem a conta pessoal com a conta da empresa. “O ideal é que os donos não façam das suas dívidas pessoais as dívidas da empresa”, afirma Castro. Segundo ele, “uma boa forma de resolver essa questão é contratar um bom profissional que controle o caixa e que tenha poder para vetar e bloquear possíveis “assaltos no caixa”. Reuniões periódicas são muito importantes para que esse profissional possa aproveitar este momento para apontar e corrigir, a tempo, alguma prática arriscada em relação ao financeiro da empresa”.



GESTÃO

FINANÇAS

OPÇÕES DE PAGAMENTOS – Castro orienta que antes de escolher a forma de pagamento, o empreendedor deverá analisar e verificar quais são as suas necessidades, e priorizar o que realmente importa para o seu negócio. “Fuja do óbvio, não acredite em empresas que divulgam taxas milagrosas e facilidades que no final dão prejuízo e fidelidades eternas”.

também, com consultores especializados para tirar principais dúvidas.

Ele explica que, “os pequenos e médios empreendedores precisam entender qual é o custo real das transações de vendas realizadas, principalmente, nas modalidades débito, crédito e parcelado, para precificar seus produtos e serviços de forma correta, sem prejudicar as finanças do negócio”.

Castro comenta que “mesmo com as projeções de custos e do investimento inicial necessário realizadas previamente, é possível que o empreendedor tenha algum imprevisto durante a empreitada e, por isso, é essencial que tenha crédito aprovado como garantia, para evitar maiores problemas financeiros que possam inviabilizar a continuidade da operação”.

A JoyPay auxilia ao fornecer orientação gratuita em relação às taxas aplicadas, tanto por meio de um simulador disponível no portal do cliente como,

ALERTA VERMELHO – “O ideal é precificar bem seus serviços e produtos. Muitas vezes, o custo fica maior que o valor final cobrado. Evitar fazer dívidas bancárias é um fator importante, pois o banco cobra altos juros, o que onera o lucro da empresa”.

REDUÇÃO DE CUSTOS – Continuamente, o empresário da reparação tem como meta reduzir custos. E

FERNANDO CASTRO é CEO da JoyPay

o caminho, aconselha Castro, é “procurar parcerias com fornecedores, alongar prazos de pagamento ou, se tiver como, comprar à vista para evitar endividamento. Com estas dicas, o empreendedor aumentará a sua margem de lucro e correrá menos riscos para manter o seu negócio saudável”. Além de serem importantes para geração de novos negócios e implementações de outras soluções ao negócio, as parcerias também podem auxiliar na redução de custos das empresas já que, de acordo com Fernando, podem ser oportunidades de diminuição de gastos na compra de insumos e na contratação de mão de obra, por exemplo.

NA PRÁTICA Na empresa familiar Alemão o Bom, Fabiana Guadani, seu irmão e seu pai, sabem muito bem separar as coisas. A começar que todos eles recebem salários e podem até ter uma retirada maior em alguns meses. “Mas nunca a empresa pode confundir a conta jurídica com a conta pessoal”, ressalta. No planejamento, um dos pontos altos é a negociação com fornecedores. “Se a oficina tem um volume de saída de peças diárias, trabalha-se com os fornecedores que lhe dão melhores condições. Fidelizamos os que nos dão maiores descontos, mas sempre preservando a qualidade das peças”.

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E os resultados são mensurados constantemente, sempre com foco no aprimoramento, bem como na avaliação de custos. “Nós negociamos com fornecedores e cortamos custos, praticamente todos os dias para o nosso negócio dar certo. Mas não reduzimos custos na parte de peças (qualidade)”. Para finalizar, Fabiana Guadani diz que no quesito opções de pagamentos aos clientes, com a quantidade de operadoras de maquininhas é possível fazer uma boa negociação. “Nós nos beneficiamos com isso e não repassamos esse custo para o cliente, pois a negociação tem que ser da empresa com a operadora, assim, buscamos a melhor taxa”.



NEGÓCIOS

DIFERENCIAIS

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

CLIENTES SATISFEITOS

A MELHOR MANEIRA DA SUA OFICINA FICAR EM EVIDÊNCIA Para tanto, atenção aos pontos destacados pela consultora para que você tenha sempre a melhor imagem junto à clientela

N

os dias atuais, com tantas formas de se comunicar, pessoalmente e nas mídias sociais, os empresários da reparação podem utilizar de meios para tornar seus serviços mais notados e com a ajuda de seus clientes. Sem exageros e na medida certa, Nathana Lacerda, sócia-fundadora da Sigma Six, dá algumas orientações.

entrega em um prazo menor. Enfim, precisa responder à seguinte pergunta: o que você faz que ninguém faz?”.

METODOLOGIA PRÓPRIA – Muitas vezes, os empresários sinalizam como diferenciais o atendimento e a qualidade. Para Nathana Lacerda, ambos são praticamente obrigação das empresas e só podem ser percebidos depois que o cliente compra o serviço. Ela sugere se diferenciar por uma metodologia própria.

“Para isso, é fundamental a empresa criar um processo que fotografa o automóvel antes e depois, mostrando o resultado final do trabalho. Mais do que falar sobre seus diferenciais, é preciso mostrar para que o cliente confie que você é capaz de entregar o que promete”.

“Especializando-se em um serviço único, em um perfil de cliente específico ou ser a única empresa que

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MOSTRE RESULTADOS – Os empresários da reparação podem utilizar depoimentos de seus clientes para mostrar os resultados. Principalmente, na opinião da consultora, expondo o antes e o depois.

DEPOIMENTOS – Para incentivar as pessoas e conseguir os depoimentos realmente falando sobre o trabalho, Nathana Lacerda sugere oferecer

um cupom de desconto ou alguma premiação caso ele coloque em suas redes sociais esse “antes e depois” e comente a respeito do trabalho. “Então, vocês podem republicar nas redes da empresa, mostrando a satisfação dos clientes”. IMAGEM – Ponto primordial é saber se comunicar. “É superimportante que o cliente perceba seus diferenciais através da sua imagem. Por exemplo, o que um cliente espera de uma empresa de reparação automotiva? Que sejam cuidadosos com os detalhes, que cuidem de estética, que sejam confiáveis, que não enganem, que sejam eficientes”. E para você refletir, a consultora questiona: “a sua empresa comunica isso através da estrutura e da imagem dos colaboradores?”, e complementa, dizendo que “uni-


formes ajudam a mostrar este padrão, assim como outros detalhes como a higiene, a organização do ambiente como um todo, etc.”. PESSOAS CERTAS – Outra dica é conectar-se com as pessoas certas e, nesse sentido, Nathana Lacerda sintetiza em: frequente ambientes onde seu público está. “Eventos, encontros de empresários, patrocine eventos da sua cidade ou região, enfim, encontre oportunidades para estar mais próximo das pessoas”. ATENÇÃO – Ela alerta que um dos grandes erros em networking é você começar um relacionamento falando sobre você. “Chegar se apresentando, falando da sua empresa e acerca de tudo o que você faz. Uma boa forma de começar o contato é sendo curioso sobre o outro”.

Segundo ela, “faça contato visual, sorria, e diante de uma pessoa nova em um ambiente de negócios, por exemplo, pergunte: “Com o que você trabalha”? Deixe a pessoa falar sobre ela e a conversa fluirá naturalmente”.

NATHANA LACERDA é sócia-fundadora da Sigma Six, empresa especializada em construção de autoridade para o mercado digital

E mais uma dica: “outra forma incrível de conseguir contatos é ser uma pessoa que faz networking para os outros. Sempre apresente as pessoas que estão com você, conecte interesses afins. Dessa forma, as outras pessoas também farão o mesmo por você”.

constância. Portanto, o primeiro passo é entender do seu cliente ideal. Quais problemas ele tem? Quais são suas principais objeções? O que eles valorizam?. Depois disso, ofereça conteúdo de valor”.

REDE SOCIAL - O design, a linguagem e a consistência da comunicação nas redes sociais é fundamental para destacar os serviços oferecidos com clareza. “E a melhor rede social é aquela onde seu cliente está e a que você consegue atualizar com

PONTO DE ATENÇÃO – “Não entre na rede social apenas para vender, eduque seus clientes, abasteça de informações! Insira conteúdos com três finalidades: Educar (oferecer alguma informação útil), Engajar (fale sobre coisas que todos querem falar, utilize de humor, de histórias comuns a todos) e Vender (mostre


NEGÓCIOS

DIFERENCIAIS

seus produtos, serviços e vantagens e como a pessoa pode contratar)”. MEDIÇÃO – Nathana Lacerda comenta que todas as redes sociais possuem estatísticas e métricas que podem ser acompanhadas, de forma que você entenda qual tipo de publicação traz mais resultado. “Sempre interaja nos comentários e crie uma estrutura para atender de forma eficiente os clientes que vêm da internet”. E para finalizar, diz ela: “um dos grandes erros que muitas empresas cometem é investir nos canais de atração, abrirem muitos pontos por onde o cliente pode entrar em contato, mas não se estruturar para atender o cliente bem em todos esses pontos”.

NA PRÁTICA Para estar próximo aos seus clientes, uma das principais ferramentas utilizadas na Motorfast, oficina especializada em veículos franceses, é o WhatsApp. “Nós estamos o dia inteiro online, eu mesmo respondo as mensagens, como também passamos o orçamento para os clientes e informamos quando o carro estará pronto”, diz Bruno Tinoco Martinucci. Também pelo WhatsApp, Martinucci conta que os clientes buscam esclarecer dúvidas quando há algo de errado com o seu carro. “Quando uma luz acende no painel, por exemplo, eles nos mandam fotos mostrando o que está acontecendo. Isso gera uma interação muito boa com os clientes”. E para divulgar os serviços diferen-

ciados, além do Facebook, há dois meses passaram a utilizar o Instagram. “Postamos alguns serviços específicos, as pessoas vão marcando outras e, assim, elas se tornam nossas seguidoras. Também colocaremos depoimentos de clientes”, antecipa. Outra forma de promover network é a presença em eventos específicos. “Nós temos parcerias com alguns clubes, de algumas marcas e modelos específicos de veículos. Nos encontros, convidamos patrocinadores e brindes são distribuídos, os participantes têm acesso às informações técnicas e até descontos para novos clientes”, conclui.

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ANO 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

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por Karin Fuchs | fotos Divulgação

OFICINA DO FUTURO

UM CONCEITO MODERNO E SUSTENTÁVEL Caminhos para tornar seu negócio visualmente atraente e sustentável, principalmente de acordo com a legislação ambiental

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a última edição da Autop, realizada em Fortaleza (CE), em agosto, os visitantes tiveram uma novidade. Desta vez, a Oficina Verde foi apresentada em realidade virtual. Com um óculos 3D, eles puderam conferir o conceito de oficina do futuro, totalmente sustentável em respeito ao meio ambiente, principalmente atendendo à legislação ambiental. Em parceria com a SSA, Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce), o projeto foi concebido pelo Estúdio Gama e também foi um trabalho em conjunto com o Instituto de Qualidade Automotiva (IQA), com base nos requisitos para a certificação do Selo Verde. 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“Nós não tínhamos espaço suficiente no estande para uma oficina desse porte, com tanto detalhamento, e a Marília Garrido, arquiteta do projeto, nos deu a ideia de transformá-la em uma oficina virtual. Ela tem essa experiência, pois já faz um trabalho de readequação junto às empresas de reparação”, afirma Ranieri Leitão, presidente do Sindipeças Brasil e Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce). O resultado, diz ele, “nós demos a oportunidade aos empresários da reparação automotiva de visualizarem como será o seu negócio no futuro, principalmente com o viés da responsabilidade ambiental, mos-

trando o que é necessário adaptar em sua oficina, e explicando para eles a importância de estarem inseridos nesse contexto de empresa ecologicamente correta”. CONSCIENTIZAÇÃO Nas palavras de Marília Garrido, “o principal objetivo da Oficina Verde Virtual foi conscientizar o setor sobre a importância em estar em conformidade com a legislação ambiental. E também mostrar que ser sustentável é ser eficiente, nos recursos naturais, gestão de resíduos e nos processos internos”. MARÍLIA GARRIDO, arquiteta do projeto Oficina Verde


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reparacaoautomotiva.com.br Virtualmente foi possível criar uma oficina com mais pontos estruturais que não seriam possíveis em um estande. Entre eles, com o uso da luz e ventilação naturais, que é a parte de eficiência energética, de forma a gerar conforto dentro da oficina e, ao mesmo tempo, redução de custos.

empresário da reparação. “Na maioria das vezes, ele tem a intenção de evoluir e implementar processos de controle ambiental, mas não consegue identificar visualmente como isto seria e ficaria em sua oficina. Como por exemplo, o local de descarte de óleo usado com a área de contenção contra vazamentos”.

Para toda a parte de gestão de resíduos, todos os detalhes foram pensados. “Como a instalação de calhas de recolhimento de água contaminada e caixas separadoras de água e óleo, que têm como destino o rerrefino. Também na parte de divisão de resíduos, três tambores para descarte de: óleo, panos sujos e peças sujas”, especifica Marília Garrido.

No desenvolvimento do projeto virtual, as áreas de descarte de material e aproveitamento da luz natural foram pontos focais. “A apresentação contempla as necessidades ambientais em todos os aspectos desde a área externa, onde orientamos utilizar pisos intertravados no estacionamento para a penetração da água de chuva no solo”, menciona Fabiano, destacando outros pontos importantes para transformar o seu negócio em uma Oficina Verde:

A parte de eficiência também incluiu calhas para captar água da chuva, que pode ser utilizada para a lavagem da oficina, de peças e dos banheiros. E fez parte da concepção do projeto a organização da oficina. “De forma que o funcionário seja mais produtivo e mais organizado, com as ferramentas e equipamentos mais próximos a ele”, complementa a arquiteta. PONTOS DE DESTAQUES Orientadores técnicos do projeto por conta da experiência em certificação ambiental de oficinas, Sérgio Fabiano, gerente de Serviços Automotivos do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), diz que “neste modelo virtual, focamos em facilitar a visualização de itens obrigatórios e importantes para uma oficina que busca se adequar às legislações ambientais e necessidades do mercado”. Ele explica o quanto é importante a visualização de locais, equipamentos ou processos para o entendimento do

üObtenção das licenças obrigatórias para o funcionamento do negócio; üCaptação da água de chuva em reservatório específico para auxiliar no consumo de locais que não necessitam de água tratada; üInstalação de telhado adequado para facilitar a ventilação e a iluminação natural; üCorreta armazenagem de materiais recicláveis e materiais contaminados, que necessitam de local adequado conforme legislação; üInstalação e utilização de caixa separadora água-óleo e canaletas de coleta de água contaminada com resíduos, üManutenção correta e ar-

Sérgio Fabiano, gerente de Serviços Automotivos do IQA

mazenamento de ferramentas e equipamentos na oficina. Na opinião de Sérgio Fabiano, “a principal mudança é a conscientização do empresário da reparação automotiva. Muitos dos processos de controle ambiental, como armazenamento e descarte adequado de alguns materiais, não possuem custo. Demandam somente a vontade de fazer para a realização efetiva da ação pensando no futuro do planeta”. INICIATIVAS Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional, comenta que o que foi apresentado na Autop pelo IQA é uma proposta avançada de certificação do Selo Verde IQA. “Bem interessante, com processos adotados e os equipamentos utilizados em layout produtivo adequado ao negócio”. Para ele, primeiramente, as oficinas precisam cumprir a legislação. “A questão ambiental, além de ter apelo junto ao consumidor, envolve questões relacionadas à legislação que está cada vez mais rigorosa com a destinação correta de resíduos nas oficinas. Trata-se de uma

ANTONIO FIOLA, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional


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necessidade, além de multas pesadas e, dependendo do caso, pode implicar reclusão de um a três anos”. E para chegar ao Selo Verde, Fiola diz que “é importante implementar o PIQ, Programa de Incentivo à Qualidade, criado pelo IQA, em parceria com o Sindirepa Nacional, que desenvolveu, com exclusividade, processo de certificação de oficinas independentes com objetivo de promover a qualidade, competitividade e melhoria de resultados”. O programa consiste em implantação de processos, treinamento de funcionários e gestão para controle de gastos e redução de custos. “O primeiro passo é um levantamento da situação da empresa para depois preparar o programa de qualificação. E o trabalho também prevê a retenção dos profissionais capacitados, garantindo assim a qualidade dos serviços e evitando despesas com treinamento de novos funcionários”. Para obter a qualificação, a empresa é avaliada em 63 quesitos ao longo de 12 meses. Já a certificação, que é mais completa, leva 24 meses e analisa 133 itens. “Várias estão aderindo ao PIQ. Temos oficinas muito avançadas neste processo e outras que ainda precisam avançar muito nesta questão de gestão am-

PEDRO PAULO MEDEIROS DE MORAES, do Sindirepa-PE

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biental. É importante destacar que para ter processos ambientais é necessário começar pela gestão. Uma coisa leva à outra”. OFICINA LEGAL Em Pernambuco, o presidente do Sindirepa, Pedro Paulo Medeiros de Moraes, também está engajado em um projeto que prima pela sustentabilidade, a Oficina Legal, que tem vários parceiros nessa missão: Sebrae, Jogue Limpo, ABNT, Zeppine e o Senai. “O projeto da Oficina Legal se encerra no Selo Verde. Mas antes é feito um trabalho interno na oficina, do ponto de vista de gestão com qualidade e excelência”. Trabalho que inclui a medicina do trabalho bem aplicada, direitos e cuidados com profissionais, e capacitação da equipe. O piloto do projeto Oficina Legal conta com 24 oficinas e terá mais 40, localizadas na Grande Recife, ainda nesse semestre. “Elas já foram aprovadas pelo Sebratec, o nosso grande parceiro nesse projeto, que tem nos ajudado a transformar a reparação automotiva em um universo muito melhor para todos”. O Sebraetec, Serviços em Inovação e Tecnologia, é um programa nacional do Sistema Sebrae. Também para o projeto, o Sindirepa-PE firmou parcerias com a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, com condições especiais aos associados, e com a Zeppine, fornecedora de caixas separadoras. “O maior agente agressor é o óleo lubrificante misturado com a água. Quando tem a separação, 80% dos problemas da oficina são resolvidos”.

E com o Jogue Limpo, sistema de logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes pós-consumo, que tem disponibilizado pontos de coleta na Grande Recife. As oficinas se cadastram pelo site do Jogue Limpo, recebem sacos de coletas e a documentação do correto destino das embalagens. Outra iniciativa é a criação de uma cartilha com dicas para as empresas da reparação automotiva conseguirem as licenças ambientais. Ela será distribuída para as oficinas, independentemente de fazerem parte do projeto. “O mais importante é a oficina ter boas práticas ambientais e realmente a preocupação que todas as suas ações não agridam o meio ambiente”. Moraes defende que é preciso preparar as oficinas para que o público externo entenda que elas realmente têm boas práticas com o meio ambiente e que se preocupam com atitudes corretas. “Isso é reconhecido pelo cliente. Não adianta dizer que é ambientalmente correta, defender a sustentabilidade, se as pessoas não reconhecerem isso quando chegam à oficina”. COMPROMETIMENTO No Paraná, Wilson Bill, presidente do Sindirepa-PR, informa que no Estado a opção foi implantar o PGRS (Programa de Gerenciamento de Resíduos). “Houve uma adesão satisfatória, porém, difícil de conscientizar a grande maioria dos empresários. O momento que atravessamos não é propício para convencer os empresários a investirem”. Ele cita que na região de Ponta Grossa há um case de sucesso, com



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a certificação do Selo Verde. E que o primeiro passo para a oficina se tornar ambientalmente correta é a organização e limpeza. “As empresas mudaram muito, principalmente com a inserção no mercado das esposas e filhas dos proprietários, e as exigências ambientais para a renovação dos alvarás. As oficinas tiveram que se adequar”. Em sua opinião, “como entidades representativas empresariais é preciso ter a percepção do que é possível os empresários assumirem e o que é obrigação dos estados e municípios fazerem. É muito fácil repassar responsabilidades e ditar regras para os outros cumprirem, esta é uma das missões dos Sindirepas, defender os interesses do setor de reparação”. No contexto da Oficina Verde Virtual, apresentada na Autop, Bill analisa que a empresa que consegue implantar o programa (Selo Verde), tem a satisfação de ter uma oficina diferenciada no mercado, ambientalmente correta e atingir um público diferenciado. “Porém, tudo isto tem um custo, para se destacar no setor e manter os procedimentos exigidos na certificação”. Segundo ele, “o difícil não é implementar um programa na empresa, o difícil é manter o espírito de envolvimento e comprometimento da equipe de colaboradores. Ao se decidir por esta opção, deve-se fazer um programa de conscientização da equipe para que isso se torne rotina permanente da empresa”. RESPONSABILIDADES Consultor Especialista em Reparação Automotiva, José Carlos Alquati, avalia que a situação WILSON BILL, presidente do Sindirepa-PR

reparacaoautomotiva.com.br ainda está longe do ideal. “Há uma legislação forte que trata das questões ambientais, mas o seu cumprimento está longe de ser uma realidade. Está se agravando o despejo de graxas e líquidos graxos nos afluentes, bem como o descarte inadequado de embalagens e filtros utilizados”. Para ele, deveria haver um incentivo do governo. “Quem deveria ter uma preocupação maior são os órgãos públicos e os governos municipais, e não entregar para o cidadão essa responsabilidade no momento em que ele não tem muitas vezes a orientação correta e depois é punido com uma autuação por um dano ambiental”. Alquati faz um paralelo com o sistema europeu. “As oficinas têm contêineres padrão e os órgãos públicos fazem a coleta, ou se é feita por uma empresa privatizada, ela é credenciada por um órgão público. Pelo sistema europeu, é obrigação do governo ter a certeza de que o destino dado é o adequado”. No Brasil, ele tem acompanhado os movimentos. “Nos seminários dos Sindirepas, um dos temas é a regulamentação das oficinas quanto à responsabilidade ambiental. Porém, quando se fala nas obrigações, muitos dizem que não têm como atendê-las por causa dos custos. Há profissionais e instituições querendo transformar esse segmento em bem limpo mesmo, mas ainda há muito a fazer”. VISIBILIDADE Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria, lembra que diariamente a oficina ou o centro automotivo lida com resíduos poluentes derivados de petróleo como lubrificantes, graxas e pneus, ácidos

ALEXANDRE COSTA, diretor da Alpha Consultoria

e chumbo provenientes das baterias, peças metálicas e vários tipos de fluidos, além dos próprios gases emitidos pelos veículos durante testes e diagnóstico. “Porém, manusear tais agentes não torna uma oficina necessariamente um vilão ambiental. O problema reside justamente na falta de consciência que ainda habita em um grande número de empresários que, por opção ou desconhecimento, não realiza o correto descarte de cada um desses agentes”. Em sua opinião, falta, no geral, um entendimento do tempo que resíduos descartados como lixo comum passam na natureza. “O tempo de degradação de alguns materiais simples é extremamente alto, como plásticos e nylon que duram até 40 anos. Já os vidros podem resistir por mais de 10 mil anos, enquanto que pneus têm prazo indeterminado”. Com essa conscientização, Costa diz que que torna-se imprescindível dar o correto destino a esses materiais de modo que possam ser reciclados por empresas especializadas e não jogados no meio ambiente. “Não é fácil cumprir com essas rotinas, mas todo esse trabalho é compensado, JOSÉ CARLOS ALQUATI, consultor Especialista em Reparação Automotiva


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pois, além de reduzir o impacto ambiental, os clientes veem com bons olhos as empresas que possuem ações sustentáveis, e isso pode se tornar um grande diferencial”. Outro ponto importante, destaca ele: “ao atender as regulamentações ambientais e seguir com os corretos procedimentos de descartes, o empresário está evitando um custo adicional, muitas vezes não esperado, que são as multas pelo descumprimento das normas. E, em alguns casos, as notificações mais severas podem impedir o funcionamento do estabelecimento.

ORIENTAÇÃO Proprietários de oficinas podem procurar o Sindirepa Nacional (www.sindirepanacional.org.br), por meio de suas entidades estaduais que representam o setor e possuem informações e orientações jurídicas e técnicas adequadas. Em São Paulo, por intermédio do Sebrae, é possível obter subsídios que cobrem em até 70% do custo do investimento da implantação do PIQ. A Resi Solution, em parceria com o Sindirepa-SP, possui um programa de gerenciamento de resíduos para

oficinas com condições especiais para os associados da entidade. Tenha mais informações: sindirepa@sindirepa-sp.org.br, telefone: (11) 5594-1010.

EXEMPLO A SEGUIR Há um bom tempo, Pedro Scopino, da Oficina Scopino, investe em boas práticas, e mais ainda depois que sua oficina passou por uma reforma. E ele antecipa: “não é fácil fazer as coisas como fazemos, deixar a oficina ambientalmente correta, pois nem sempre é barato”. Mas o retorno é notório. Não apenas na redução de custos como das contas de consumo (água e luz), mas na percepção dos clientes. “O segredo é saber mostrar essas ações. Na recepção da oficina, eu tenho três quadros: um com o alvará de funcionamento, outro com o AVCB (laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros) e um com a nota fiscal de destino de resíduos, que é trocada mensalmente. Se o cliente questiona preço, eu mostro que eu vendo valor”. Confira a seguir as principais ações adotadas na Oficina Scopino: TELHAS SANDUÍCHES: Térmicas e brancas, elas aquecem menos e pro-

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porcionam uma boa troca térmica no ambiente, além do aspecto limpeza.

to de coleta para a comunidade, um incentivo para a prática da reciclagem.

TRÊS FILEIRAS DE TELHAS TRANSLÚCIDAS: Permitem a passagem de luz. Com mais claridade, a oficina consome menos energia elétrica.

RESÍDUOS CONTAMINADOS: Parceria com a Resi Solution que coleta todos os resíduos contaminados, como por exemplo, filtros de óleo. “Não é barato, mas é ambientalmente correto, e eu coloco isso no meu custo fixo”.

CALHAS CANALIZADAS PARA DUAS CAIXAS D’ÁGUA DE CINCO MIL LITROS CADA: A água é utilizada para a lavagem de peças e da oficina, por exemplo. Com a economia, diz Scopino: “nós somos em 11 pessoas na oficina, pelo menos 60% tomam banho na empresa e nós pagamos a taxa mínima de água”. DESCARTE DE RECICLADOS: Em parceria com a prefeitura de São Paulo, há 15 anos a oficina dispõe de um contêiner para o descarte de reciclados sem contaminação de óleo, que atende também a comunidade. “Por semana, são cerca de 80 kg descartados, o que, multiplicado por 15 anos, significa 57 toneladas”. O contêiner virou um pon-

DESCARTE DE ÓLEO: A oficina conta com uma caixa subterrânea. A cada 50 ou 60 dias, o que dá, em média, 200 litros de óleo, a coleta é feita por um caminhão autorizado. ÓLEO DE COZINHA: Parceria com uma entidade que faz a coleta do óleo de cozinha. Detalhe: na oficina não há fogão, mas sim micro-ondas. Esse óleo é entregue pela comunidade local e pela equipe de Scopino. Em troca, a entidade retorna com sabão.

PEDRO SCOPINO, proprietário da Oficina Scopino



NA OFICINA

TRANSMISSÃO

DIAGNÓSTICOS E REPAROS

NAS TRANSMISSÕES SÉRIE 6T40/45 VEÍCULOS GM por Silvio Rocha | fotos Divulgação

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ma das primeiras coisas que precisamos saber antes de diagnosticar e reparar qualquer transmissão é entender como ela funciona. Uma vez conhecido quem faz o quê e quando deve fazê-lo, fica mais fácil entender o que inspecionar primeiro e o que não precisamos inspecionar de maneira alguma. Nunca é divertido colocar a transmissão na bancada, somente para descobrir que não há nenhum defeito nela internamente. Mas se sabemos o que o componente faz e como deveria funcionar, então podemos seguir adiante a fim de diagnosticar e reparar a causa do problema. As transmissões nos veículos modernos são mais complexas e necessitam de um diagnóstico mais detalhado antes de decidirmos removê-las para reparo.

AS PRIMEIRAS COISAS PRIMEIRO

Sempre inicie determinando se existe algum código de falha presente em quaisquer dos módulos do veículo. Inspecione quanto a códigos, registre-os, apague-os e veja se eles voltam. Mesmo se um código não retornar imediatamente, isto não significa que o problema desapareceu. Pode ser que vários ciclos de ignição sejam necessários antes que um determinado código de falha retorne, ou pode ser que sejam necessárias várias condições de utilização que não conseguimos reproduzir imediatamente. Os computadores atuais recebem mais do que somente os sinais do TPS e VSS para controlar as mudanças de

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marcha de um cãmbio automático. Você sabia, por exemplo, que um determinado tipo incorreto de combustível pode afetar a qualidade das mudanças de marcha? Por exemplo, se tivermos que colocar etanol E-85 em um veículo que não seja flex, poderemos ter registrados códigos de falha do sensor de oxigênio e sensor de detonação, porque o computador não consegue ajustar a correção de combustível e avanço da ignição corretamente. Podemos substituir os sensores o dia todo e ainda assim não conseguiremos reparar nada se isto acontecer. O mesmo pode-se dizer de veículos com gás GNV instalado. Se você suspeitar que este pode ser o problema, existem kits de teste de etanol que podem ajudar a diagnosticar o combustível existente no tanque. Este teste rápido pode economizar um montão de tempo e dor de cabeça. Quando o módulo identifica um problema que pode afetar a transmissão, ele normalmente elevará a pressão de linha para protegê-lo. O scanner que utilizamos no diagnóstico pode fornecer informações para ajudar-nos a monitorar os sinais dos sensores e comandos do módulo que poderiam afetar como o módulo altera o controle da transmissão. O conhecimento de quais sinais de entrada e de saída estão envolvidos com a transmissão ajudará no diagnóstico. Códigos de falha de carroceria, freio eletrônico e controle de tração podem afetar o desempenho

da transmissão. Quaisquer códigos do sistema de alimentação do motor que tenham efeito direto na carga do motor também causarão um mau funcionamento da transmissão. Assim, nosso primeiro passo em diagnosticar qualquer problema na transmissão eletrônica deverá ser inspecionar quais são os códigos de falha dos módulos e os desvios de seu padrão original.

BOLETINS TÉCNICOS E ATUALIZAÇÃO DE SOFTWARES

Sempre busque informações sobre boletins técnicos ou atualização de softwares antes de remover a transmissão do veículo. Algumas oficinas removeram a transmissão do veículo para finalmente não encontrar nada errado internamente com ela. Mas tarde, após montá-la novamente e colocá-la no veículo, descobriram que a transmissão necessitava somente de uma atualização de software.

TESTANDO OS COMPONENTES ELETRÔNICOS INTERNOS

Os componentes eletrônicos se conectam internamente com o módulo de controle e unidade mecatrônica da transmissão. Devido a esta conexão interna, não existem muitos testes internos possíveis. Ainda assim precisamos nos certificar que temos alimentação positiva e negativa ao conjunto mecatrônico, e que o computador está recebendo sinal do interruptor de freio e sinal P e N. Finalmente, precisamos nos certificar que existem dados seriais entrando e saindo do


módulo da unidade mecatrônica. Escanear o veículo é a única forma de examinar os comandos dos solenoides, sensor de entrada de rotação da transmissão (ISS), sensor de saída de rotação da transmissão (OSS), e conjunto de interruptores da chave seletora (IMS) quanto ao desempenho de suas funções. Aqui segue um exemplo de identificação dos terminais do conector do chicote de um Chevrolet Cruze com motor 1.4L turbo. (figura 1) 1- BATERIA 2-MASSA 3- SINAL PARK/NEUTRO 4- NÃO UTILIZADO 5-NÃO UTILIZADO 6- DADOS SERIAIS DE ALTA VELOCIDADE GMLAN (+) 7- DADOS SERIAIS DE ALTA VELOCIDADE GMLAN (+) 8- DADOS SERIAIS DE ALTA VELOCIDADE GMLAN (-) 9- NÃO UTILIZADO 10- NÃO UTILIZADO 11- NÃO UTILIZADO 12- IGNIÇÃO 13- DADOS SERIAIS 14- DADOS SERIAIS DE ALTA VELOCIDADE GMLAN (-)

O módulo mecatrônico fornece a tensão necessária para a operação dos sensores. O sensor de rotação de entrada (ISS) está localizado na tampa traseira, com o chicote direcionado para dentro do módulo mecatrônico. Ele gera um sinal à medida que o conjunto da embreagem 3ª/5ª/Ré gira próximo a ele. O computador utiliza o sinal do sensor ISS para calcular a relação de marcha e taxa de patinação. O sensor de rotação de saída (OSS) está localizado sob o corpo de válvulas (figura 2). Ele gera um sinal à medida que a engrenagem de estacionamento gira à sua frente. O computador utiliza o sinal do sensor OSS para indicar a velocidade do veículo como padrão de controle e cálculo de relação das marchas. FIGURA 2

FIGURA 1

CONECTOR DA CARROCERIA DE 14 TERMINAIS

TESTE DE FUNÇÕES DOS SOLENOIDES

CONECTOR DO CHICOTE DE 14 TERMINAIS A localização e identificação dos terminais poderão variar conforme o ano e modelo, assim sempre verifique a informação antes de utilizar a mesma. Os sensores de velocidade são de dois fios que geram um sinal digital. À medida que o componente da transmissão gira passando pelo sensor, os sensores produzem um sinal digital de frequência. O TCM (Módulo de Controle da Transmissão) monitora esta frequência para determinar a rotação de entrada e saída.

Um teste importante que se deve fazer ao diagnosticar uma transmissão 6T40 com códigos de falha funcionais presentes de solenoides é

verificar a funcionalidade dos solenoides; não somente eletricamente. Estes sistemas possuem um processo automatizado disponível para ajudar a limpar resíduos do conjunto de solenoides. Uma ferramenta scanner atualizada instruirá o módulo mecatrônico (TECHM) a ciclar os solenoides enquanto o sistema é pressurizado a fim de limpar os mesmos. Não precisamos desmontar a transmissão para executar este processo de limpeza. Simplesmente siga as instruções do scanner para ativar o programa de limpeza. Sempre execute este processo de limpeza antes de tentar diagnosticar a transmissão. Se o processo de limpeza não obtiver sucesso, precisaremos diagnosticar o problema com um kit KENT MOORE DT47825 (figura 30). Esta ferramenta não pode faltar em nossa oficina a fim de executar um trabalho bem feito. • Remova o conjunto dos solenoides de controle da transmissão. • Instale o kit DT48616 no conjunto dos solenoides de controle (torque 5 Nm). • Aplique ar comprimido regulado (90-100 psi, 6-7 bar) à ferramenta. • Conecte seu scanner ao conjunto dos solenoides de controle utilizando o cabo DT48616-10. • Comande o solenoide ON e OFF. A pressão de ar deverá estar presente no medidor e deverá escoar à medida que o solenoide é ciclado. Se o solenoide ou válvula não FIGURA 3

KIT DE FERRAMENTAS DE TESTE DE SOLENOIDES KENT MOORE DT47825

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA

TRANSMISSÃO

estiver operando corretamente, a pressão no medidor não se alterará à medida que o solenoide é ciclado; neste caso, substitua todo o conjunto de solenoides. • Se o solenoide sob teste estiver OK, instale o medidor em outro solenoide e repita o processo. Poderão existir casos quando um código de falha de desempenho do solenoide é causado por um problema com os interruptores de pressão nos modelos de transmissão Geração 1. Existem kits de reparo disponíveis no mercado para corrigir defeitos nestes interruptores de pressão. Estes interruptores foram eliminados em 2012 devido à sua alta taxa de falhas. Uma das causas é que os rebites que fixam o conjunto de interruptores à placa se soltam e permitem mau contato. Ao reparar os interruptores de pressão, sempre verifique o estado dos rebites de fixação do conjunto. (Figura 4) FIGURA 4

Interruptores de Pressão

Quaisquer códigos de falha de desempenho dos solenoides em qualquer transmissão poderiam indicar um vazamento de pressão no circuito da embreagem controlado pelo solenoide. PERDA DE MARCHA DA TRANSMISSÃO QUANDO O VEÍCULO PARA O cliente traz o seu carro na oficina, pois ele informa que a transmissão perde a marcha quando ele para o veículo. Uma inspeção revela o código P2723 – desempenho do solenoide de controle de pressão número 5 - travado desligado.

Todos os solenoides, após um teste, se apresentam perfeitos; assim o técnico remove a transmissão para inspeção. O problema? Uma trinca no pistão de aplicação da embreagem 1/2/3/4 (figura 5).

FIGURA 6

FIGURA 5

Pistão de aplicação embreagem 1/2/3/4

Inspecione o pistão cuidadosamente quanto a quaisquer trincas ou defeitos. Ele pode ter encolhido devido ao aquecimento. Em caso afirmativo, não haverá nenhuma resistência à medida que se desliza o pistão para dentro e para fora de seu alojamento. Sempre substitua estes pistões vulcanizados durante uma reforma da transmissão. SOBREABASTECIMENTO GERA O CÓDIGO P0218 – SUPERAQUECIMENTO DA TRANSMISSÃO O excesso de fluido causará superaquecimento da transmissão e gerará o código P0218 – excesso de temperatura do fluido da transmissão. As transmissões 6T40/45 utilizam um elemento térmico para controlar o nível de fluido internamente, semelhante às outras transmissões GM. Conhecida como válvula de controle do nível de fluido (figura 6), esta unidade é basicamente um tubo controlado termicamente. A válvula de controle do nível de fluido está fixada à carcaça da transmissão, próxima ao corpo das válvulas de controle, e é projetada para controlar o nível de fluido na tampa lateral do corpo das válvulas de controle. A válvula de controle de nível de fluido contém uma tira bimetá-

SEMINÁRIO TÉCNICO APTTA BRASIL E SONNAX

lica que reage às mudanças na temperatura do fluido e abre ou fecha uma passagem de fluido. O sistema controla o nível máximo de fluido permitindo que o fluido excedente vaze do topo da válvula de controle e drene para o cárter da transmissão. A temperaturas abaixo de 60 graus C, o elemento termostático permite que o fluido drene da área do corpo das válvulas de controle diretamente ao cárter da transmissão. À medida que a temperatura do fluido da transmissão aumenta, o elemento termostático bloqueia o fluxo de fluido para o cárter, mantendo o fluido na área do corpo de válvulas junto ao cárter lateral da transmissão e, assim, o fluido no cárter lateral aumenta. Isto mantém o nível de fluido adequado no cárter inferior, impedindo que o volume aumentado de fluido no cárter inferior em função da temperatura atinja as partes móveis da transmissão, evitando a geração de espuma que danifica a transmissão. Um elemento termostático danificado ou solto poderá causar geração de espuma no fluido ou nível incorreto de fluido, causando superaquecimento da transmissão. A temperatura do fluido deve estar dentro da faixa de operação correta para se obter uma medição adequada ao se verificar seu nível. A inspeção do nível de fluido abaixo da temperatura normal de operação resultará em nível de fluido muito baixo. Ao se substituir o fluido, certifique-se que a transmissão esteja fria.

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Se removermos o bujão de dreno na parte inferior da transmissão enquanto a mesma ainda estiver quente, somente cerca de 50% do fluido sairá. Podemos verificar a temperatura correta para medir o nível do fluido no manual de serviço da transmissão, em alguns modelos, ou pelo scanner. É imprescindível que o fluido esteja na temperatura correta de verificação ou poderemos sobreabastecer ou subabastecer a transmisão. Estas transmissões são facilmente sobreabastecidas devido à taxa de expansão do volume do fluido, que é muito sensível à mudança de temperatura, dando leituras de nível falsas ao técnico. Uma pequena quantidade de apenas 400 ml pode causar vazamentos pelo respiro da caixa. Sempre verifique o nível de fluido com o motor em movimento, temperatura do fluido entre 85 e 95 graus Celsius, em PARK, através do tampão próximo do retentor do semi eixo na carcaça (figura 7). FIGURA 7

Verificação Do Fluido Nas Caixas 6T40/45

APRENDIZADO AUTO ADAPTATIVO O aprendizado dos valores adaptativos da transmissão é um procedimento para transmissões automáticas de seis velocidades no qual o módulo

23 e 24 DE NOVEMBRO

TCM “aprende” as características individuais de cada embreagem. Uma vez que o TCM aprenda os dados da embreagem, o procedimento é transferido para as células de adaptação de dados, as quais o TCM utiliza para controle das embreagens durante as mudanças. A ferramenta scanner deixa o técnico iniciar o procedimento de aprendizado dos valores adaptativos da transmissão, que deveremos executar após quaisquer destes reparos na transmissão: • Serviço interno da transmissão ou reforma. • Reparo ou substituição do corpo de válvulas. • Substituição do conjunto de corpo das válvulas de controle. • Atualização do software do TCM ou recalibração. • Quaisquer serviços executados para melhoria da qualidade das mudanças. Caso deixemos de executar este procedimento após um destes reparos, isto poderá comprometer o desempenho da transmissão ou mesmo registrar um código de falha. Antes de iniciarmos o procedimento de aprendizado dos valores adaptativos da transmissão, certifique-se que as seguintes condições sejam cumpridas: • Bloqueio das rodas motrizes. • Aplique o freio de estacionamento. • Aplique o freio de serviço. • Abertura do acelerador em zero por cento e nenhum controle externo da RPM do motor. • Temperatura do fluido da transmissão entre 70 graus e 100 graus Celsius. • Cicle a alavanca seletora da transmissão de PARK para RÉ três (3) vezes para purgar o ar existente nas embreagens. Se, a qualquer tempo, durante o procedimento as condições necessárias acima não forem cumpridas, o processo deverá ser abortado e será necessário começar o procedimento desde o princípio.

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Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

Procedimento de aprendizado dos valores adaptativos da transmissão: 1.Utilize seu scanner para navegar até o aprendizado dos valores adaptativos da transmissão: • Diagnóstico do módulo. • Modulo de controle da Transmissão. • Funções de Reset e configuração. • Aprendizado dos valores adaptativos da transmissão. 2. Selecione o procedimento de aprendizado dos valores adaptativos da transmissão. Durante o procedimento, o display de dados do scanner fornecerá os passos necessários para o operador. Siga as instruções conforme mostrado. 3. Uma vez que o procedimento seja completado, desligue o motor e a alimentação do TCM. Você perderá a comunicação com o scanner. 4. Acione o motor novamente. Isto completará o procedimento de aprendizado dos valores adaptativos da transmissão. Após o procedimento ser completado, a transmissão poderá ficar em NEUTRO. 5. Desligue o motor novamente e remova a ferramenta scanner. Isto é só para o momento. O veículo do cliente está pronto para ser entregue ao mesmo e a transmissão deverá desempenhar como nova, com mais um cliente satisfeito!!! Infomação traduzida da Revista GEARS Departamento técnico APTTA Brasil Tradução: Carlos Napoletano Neto


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DIAGNÓSTICO CHRYSLER A IMPORTÂNCIA DE UMA VERIFICAÇÃO EFICIENTE por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

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esta edição, nós vamos falar sobre diagnóstico. É isso mesmo, parece simples, mas nem todo mundo faz corretamente. Um exemplo é um veículo que chegou à oficina com luz de avaria acesa e alguns picos de aquecimento em alta na estrada. Quem nos conta é Sandro dos Santos, da Doctor American Car, empresa especializada em veículos Chrysler, Dodge e Jeep, do bairro paulistano de Vila Maria, zona norte. PROCEDIMENTO O veículo chegou à oficina, de plataforma, com o cliente reclamando que ele na estrada, às vezes, aquecia. Ou seja, o ponteiro batia no vermelho e, às vezes, voltava ao normal, dava aquela oscilada. Outro fato: uma pequena falha de luz de avaria acesa. Então, vamos fazer um diagnóstico preciso para evitar o orçamento errado e, até mesmo, uma análise errada. Vamos ao diagnóstico? PASSO 1: Conforme o cliente relatou, de fato, a luz de avaria está acesa, então, bate com o que ele falou. O veículo está falhando e agora, para ter um diagnóstico preciso, nós temos que ter um scanner. No nosso caso, já estamos aqui com o aparelho conectado e, de fato, a luz de injeção de avarias está acesa. Para evitar um diagnóstico errado, não dá par se ter base somente com o código que está apa1

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recendo: No caso, falha de ignição. O correto é remover a vela e refazer todos os processos, os quais nós vamos fazer juntos, assim evitamos desgaste desnecessário e também erro de diagnóstico. Você olha a vela, ou o bico, ou o supressor no orçamento e esquece o principal: se não afetou a junta do cabeçote. Certo? Vamos até o motor? PASSO 2: Bom, como vocês sabem, existem duas ferramentas para fazer o teste no motor que nós vamos dar pressão no sistema e identificar algum tipo de vazamento, vamos usar para introduzir o ar dentro do cilindro para medir a vazão. Então, vou mostrar como o diagnóstico tem que ser preciso e não se pode pular os seus processos numa situação como a desse veículo, para evitar aborrecimentos, até mesmo, com o seu cliente e ao bolso da oficina, porque se errar no diagnóstico, às vezes quem vai pagar a conta somos nós, do setor de reparação. Agora, vamos tirar a tampa do setor de aferrecimento. Bom, não preciso falar que tem que estar frio, certo? Porque se estiver muito quente, pode ocorrer um acidente, queimadura de primeiro até terceiro grau. PASSO 3: Vamos colocar, a ferramenta no local, aplicar ar numa bomba no sistema e simular o aquecimento, os sistemas, mangueira e

todos os componentes, com carga máxima de ar. Aqui vai ser possível verificar se é uma mangueira estourada, cortada ou uma braçadeira solta, um selo de motor e até mesmo um radiador rompido. 3

Aplicamos 15 PSI e olha já o primeiro cuidado que nós temos que ter, aparentemente, o ponteiro não está descendo de uma vez. Isso caracteriza, como todos sabem, quem é do mercado, que não tem nada estourado, não tem uma mangueira, não tem um vazamento de grande proporção. Então, é por isso que temos que tomar cuidado, como falei há pouco, com o diagnóstico. Você deve colocar essa ferramenta, olhar a falha que tem no scanner e já ver que não tem efeito de arrefecimento, porque aqui não está caracterizando, é natural sempre baixar um pouquinho porque está espalhando tudo. É natural. Mas ele está parado. Se nós olharmos o carro embaixo, está seco, sem pingar água. Nós colocamos o manômetro de pressão e vamos injetar no cilindro.


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youtube.com/reparacaoautomotiva O teste é feito cilindro por cilindro. Tire a vela para poder fazer este teste. Vamos injetar ar. O que falamos de não pular procedimentos e ter ferramentas é isso. Lembra que colocamos a bombinha e não vazou água em lugar nenhum? O sistema estava cheio de água, até em cima. Ele não vazou água, então a reclamação do cliente faz sentido. “Sandro, na cidade, o carro não aquece, fica perfeito. Se eu pegar a estrada, em alta velocidade, aí sinto alguns picos de variações. E aí, com o tempo, eu tenho que colocar um ou dois litros de água aqui. Mas se eu vou até a oficina e o rapaz faz o diagnóstico, como já foi feito algumas vezes. Ele não acha nada em referência ao motor”. PASSO 4: Agora vamos apresentar para vocês uma ferramenta muito importante. Conforme foi mostrado pelo nosso diagnóstico com o scanner, era o cilindro número 1. 4

Então faremos o teste diretamente no cilindro número 1. Abrimos o ar, esse ponteiro tem que subir e esse bater no verde. Se isso acontecer e não sair água no radiador, nenhum tipo de

bolha, caracteriza que o sistema está ok, o sistema de arrefecimento. Significa que o sistema de arrefecimento está perfeito. Vamos lá! PASSO 5: Vamos abrir o ar, a ferramenta está conectada no compressor e está entrando o ar no cilindro, tá su-

PARCEIRO Sandro dos Santos, da Equipe do Dr American Car. Youtube: Dr. American Car Instagram: dramericancar

bindo junto aqui. Automaticamente, o que vai acontecer com esse cilindro. Olha a água dentro do radiador! Galera, vocês veem que interessante? A bombinha não subiu a água, o 5

cação do defeito da junta queimada. Vamos acompanhar? PASSO 6: Cabeçotes removidos e aqui está o X da questão. De fato, aquele cilindro está vazando muita água para fora porque veio a queimar a junta do cabeçote. E como vocês podem ver abaixo. 6

cliente relata que na cidade ele roda o dia inteiro e olha isso daqui, se abrirmos mais... Incrível como carro andava nestas condições. A ferramenta acabou de provar para todos nós que a junta do cabeçote desse cilindro está queimada. Ou seja, ela tem uma fissura. Depois que concluímos o diagnóstico com as ferramentas necessárias, fizemos a remoção do cabeçote para a certifi-

PASSO 7: Pela coloração do cilindro escuro. Isso aqui caracteriza água. Então fica uma dica: cuidado com o diagnóstico precoce. Não pule nenhuma etapa da análise, pois assim o pior pode ser evitado. Bom, outra situação: hoje se trata de um veículo V6, então o correto, não é porque é um cilindro só, um lado do cilindro só foi diagnosticado com defeito que você não vai fazer o outro. O aquecimento foi geral. É necessário a remoção dos dois cabeçotes e troca das juntas. Assim, você evita ter que fazer o orçamento, corrigir o defeito e semana que vem estourar o outro lado. Então, o prejuízo tá bem grande. Com isso, ficou uma dica, simples sobre o procedimento de cabeçote para essa questão.

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NA OFICINA FREIOS

SENSOR DE FLUIDO DE FREIO

A IMPORTÂNCIA DO BOM FUNCIONAMENTO DESTE ITEM

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por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

esta edição, vamos falar sobre sensor de fluido freio com o reparador Ricardo Tatiyama, proprietário da ABC Freios, de São Caetano do Sul (SP). Iremos abordar o sensor de nível de fluido de freio – o qual muitos mecânicos não dão a devida importância, porém se este item vir a falhar pode comprometer a segurança do veículo. Iremos explicar o funcionamento do nível de fluido de freio: o sensor de nível existe para avisar ao condutor que quando o nível está abaixo do mínimo, e ele acende uma luz no painel, conjugados com os freios de estacionamento. Essa luz sem acender, o condutor não saberá se está faltando fluido de freio. E se este fluido começa a baixar muito, ele vai perder o freio e, consequentemente, o motorista estará correndo risco e os terceiros também. O teste que é feito é muito simples:

2. Dentro do veículo, podemos notar que a lâmpada de aviso está acesa. Porém, ela está acesa porque o freio de estacionamento está puxado. Abaixaremos o freio de estacionamento e a lâmpada não pode apagar. A luz deveria ficar acesa, indicando ao condutor uma anomalia no sistema. Com um simples teste realizado, constatamos que o sensor de nível não está funcionando corretamente, a luz apagada pode indicar mau contato.

PROCEDIMENTO 1. Basta remover a tampinha do reservatório, deixá-la suspensa com a boia toda abaixada e verificar no painel se a luz está acendendo ou não.

3. Bom, removeremos a tampa e faremos um teste em bancada.

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4. Com auxílio de um multímetro, faremos o teste. 4

Colocamos alguns conectores para facilitar a execução do processo. Vou testar o sensor de nível que foi retirado do veículo e um outro sensor de nível de outro carro que está legal. Então, vamos lá. Colocamos no pino e não está com valor nenhum, no multímetro. Constatando assim que não está funcionando. Pegaremos agora o outro sensor de nível, que está bom: está me dando um valor; isso comprova que o outro sensor não está legal.


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youtube.com/reparacaoautomotiva 5. Vamos desmontar para confirmar se está com mau contato nos terminais. Tiramos a tampa, a borracha. 5

Estamos fazendo a limpeza da arruela que encosta nos contatos e a limpeza é simples: só tirar o zinabre ou a sujeira que estiver para ter um bom contato com os conectores.

PARCEIRO

Ricardo Tatiyama , prorietário da ABC Freios e Serviços

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6. E aqui a gente já nota que está com bastante sujeira. E os contatos também estão bem sujos. 6

8. Após, feita a limpeza dos terminais, a limpeza da tampa deve ser realizada com água e sabão para que possa ser feito o teste de funcionamento. 8

10. E vamos lá no painel para ver se está funcionando. Logo, dentro do veículo, vamos fazer o mesmo procedimento que fizemos quando o sensor de nível estava ruim. Abaixaremos o freio do estacionamento, a luz de aviso ficará acesa porque o sensor de nível está lá como se estivesse sem fluido de freio. Vamos lá! Abaixamos o freio de estacionamento e a luz permanece acesa. Está correto o funcionamento do sensor de nível. 10

Então, vamos fazer a limpeza dessa sujeira para ver o funcionamento da boia. 7. Agora faremos a limpeza dos contatos. Podemos usar uma chave de fenda ou alguma outra ferramenta dura para fazer a limpeza dos dois pinos de contato.

Uma boia de nível com uma situação de nível baixo e agora está funcionando corretamente. Entre o teste, desmontagem e limpeza, demoramos cerca de 10 minutos para realizar o procedimento. 9. Faremos, então, o teste no veículo. Como constatamos na bancada, o sensor funcionou e agora vamos testá-lo no carro. Prenderemos o conector e deixaremos aqui o sensor de nível como se estivesse com nível baixo. Boia toda para baixo.

Espero que essa dica tenha contribuído para o dia a dia da oficina, pois é um item que nós reparadores não damos muita importância, e que é um produto de muita relevância no sistema de freio. E para que o sistema de freios esteja funcionando 100%, esse item tem que estar operando perfeitamente. E fica aí a minha dica.

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por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | colaborou Letícia Rocha | fotos Divulgação

NOVOS EQUIPAMENTOS EVENTO MOSTROU PARA O PÚBLICO AS NOVIDADES QUE LOGO MAIS ESTARÃO NAS OFICINAS POR TODO O PAÍS

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ntre os dias 15 e 18 de agosto, foi sediada no Centro de Eventos do Ceará, na capital Fortaleza, a 16ª edição da AUTOP - Feira Nacional de Autopeças, Motopeças, Acessórios, Equipamentos e Serviços. A feira movimentou o mercado de reposição e contou com a participação de diversos expositores e milhares de visitantes.

“A Autop 2018 foi feita com muito carinho e amor. É a única feira, como todos sabem, que é realizada por uma entidade de classe. E a gente se esforça para dar o melhor e contribuir com o setor, não só em nível local, mas Brasil também”, diz o presidente do Sincopeças Brasil e Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos Ce, Ranieri Leitão.

NAPRO | PC SCANNER E NEW TECNOSCÓPIO A NAPRO Eletrônica Industrial demonstrou na Feira as novidades do PC SCANNER para a área de eletrônica embarcada. Outra inovação que a NAPRO levou para o evento foi o osciloscópio automotivo, o New Tecnoscópio. O diferencial do produto, que despertou o interesse dos reparadores, é o sistema de nuvem de compartilhamento de sinal, caráter inovador que promete dar força ao lançamento do dispositivo no mercado.

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Num grande evento como este, muitas marcas aproveitam a oportunidade para anunciar novidades em sua linha de produtos. Conversamos com empresas importantes no setor que levaram equipamentos que despertaram o interesse do público e você pode conferir as inovações a seguir.


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BOSCH | SCANNER KTS350

CHIPTRONIC | ECU TEST DIESEL PRO

O principal lançamento da Bosch para a Autop foi o KTS350 que chegou para substituir o KTS340, mas com muita evolução, num equipamento muito mais moderno, muito mais equipado que o anterior. O produto oferece Windows 10, conectividade Wi-fi com impressoras e outros equipamentos, além de atualizações online a, mais ou menos, cada 15 dias.

A Chiptronic Tecnologia Automotiva apresentou o ECU Test Diesel Pro, um equipamento voltado para simular sistemas diesel e direcionado a clientes que trabalham com a reparação destes sistemas. O produto conta com os módulos: Mercedes, EDC7, Scania e o Volvo V2 - o lançamento da marca que atenderá os sistemas D12 e D13. É um equipamento voltado para veículos Diesel.

ALFATEST | SCANNER MAXIDAS DS 808 A Alfatest, revendedora oficial da Autel no Brasil, apresentou o Scanner Maxidas DS 808, que agrega diferenciais: o scanner é totalmente desenvolvido na plataforma Android, o que torna seu uso muito mais simples. Fora o cabo adaptador OBD2, vai com 12 cabos para atender os carros mais antigos. Além disso, o produto disponibiliza a detecção automática do veículo pelo recurso “VIN”, tornando desnecessário selecionar marca, produto e montadora.

SCANITEC | SCANYCAR III A Scanitec Equipamentos automotivos, fabricante da novidade Scanycar III, máquina que exerce tarefas nas áreas de injeção eletrônica, ABS, airbag – a parte de quantificação de modos estáveis. A empresa também apresentou um produto para a parte de codificação de chave, onde é possível programar, além das chaves, os comandos, os telecomandos e a quantificação da chave para efetuar o trabalho completo.

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AUTOP

EQUIPAMENTOS SNAP – ON | CARDOLLY

TECNOMOTOR | COMMON RAIL TEST A Tecnomotor apresentou inovações em sua linha diesel: dois equipamentos para teste de injetores Common Rail, sensores de alta pressão do rail e válvulas dosadoras de pressão, tipo MPROP ou DVR. A Common Rail Test, que tem como função simular o injetor no veículo, efetua um procedimento para medir a quantidade de pressão do bico e, ao final, gera um relatório. Segundo a empresa, não é necessária nenhuma habilidade especial para operá-los, porém, ela efetua uma entrega técnica - onde um profissional da fábrica vai até a oficina e ensina a pessoa a operar a máquina.

O CarDolly é a novidade da Snap-on do Brasil para o mercado automotivo. Este é um patim com um sistema mecânico de fácil utilização para a movimentação de automóveis em oficinas com baixo ou pequeno espaço dimensional. O produto dispõe de uma trava que facilita o encaixe de seus lados à roda do carro e o deixa pronto para ser elevado. Outro fator importante é o sistema de segurança para evitar possíveis acidentes.

WORKER | SOLDA DE 130 AMPÈRES A Worker levou para o evento sua invenção em solda de 130 ampères. Muito recomendada para pequenos usos em funilaria e pesando o equivalente a 3 quilos, a máquina é uma revolução dos antigos equipamentos de solda que eram grandes e pesados e dificultavam a locomoção e o trabalho. O novo produto é muito prático para pequenos reparos e, até mesmo, serviços em casa.

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A REVISTA QUE SE ORGULHA DE PÔR A MÃO NA GRAXA 42 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA



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