Reparação Automotiva 123

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EDIÇÃO 123 Dezembro de 2018

APERFEIÇOAMENTO

PROFISSIONAL

A IMPORTÂNCIA DA BUSCA CONSTANTE PELO CONHECIMENTO

Com a tecnologia embarcada e os veículos cada vez mais conectados, essa necessidade por parte dos mecânicos se tornou cada vez mais eminente. No Brasil, existe uma gama de oferta de cursos e treinamentos para os mais diversos níveis, do básico à especialização, e particularmente por sistemas. E também para os empresários da reparação, na área de gestão.

TECNOMOTOR

Entrevista exclusiva com Lorenzo Piccolli, diretor da Tecnomotor Distribuidora

MISTÉRIO NO ABS

Código de erro no circuito do sensor de velocidade da roda dianteira esquerda do Prisma

REPARADOR EM FOCO

A 1ª edição do evento foi realizada em 10 de novembro, na cidade de Jundiaí (SP)

PRESSÃO DE ÓLEO

Modulada da linha TSI, Audi Q3 chegou à oficina parceira com defeito no solenoide

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS


20 DIA DO MECÂNICO A NGK do Brasil parabeniza a todos os Profissionais Reparadores. Graças à sua dedicação, nossos produtos sempre estão em boas mãos! facebook.com/NGKdoBrasil

www.ngkntk.com.br


SUMÁRIO

EDIÇÃO 123 DEZEMBRO 2018

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04. ENTREVISTA

Bate-papo exclusivo com Lorenzo Piccolli, diretor da Tecnomotor Distribuidora

10. EVENTO

Em sua 1ª edição, Reparador em Foco reúne em Jundiaí (SP) profissionais do setor

12. SEMINÁRIO

Congresso da APTTA Brasil é realizado em São Caetano do Sul (SP) com a Sonnax

14. ARTIGO

“Se meus funcionários tivessem o mesmo comprometimento que eu tive quando era funcionário...”

16. MERCADO

SKF projeta crescimento de mais dois dígitos percentuais também no ano de 2019

18. NEGÓCIOS

Cliente personalizado: a percepção do consumidor sobre esse importante tema

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22. GESTÃO

Como lidar com conflitos internos na sua empresa seguindo alguns passos básicos

28. CAPA

A importância cada dia maior do aprendizado constante no setor de reparação

38. TRANSMISSÃO

Exame do nível e troca do fluido ATF das transmissões 09g de seis velocidades

40. FREIOS DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson edio.nelson@ibreditora.com.br Diretor de Marketing Flavio Guerra Conselheiro Consultivo Carlos de Oliveira REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) redacao@ibreditora.com.br Redatora Karin Fuchs Letícia Rocha ARTE Designer Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br COMERCIAL Consultores de Vendas Richard Faria comercial3@ibreditora.com.br Wanderley Klinger comercial1@ibreditora.com.br MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara Lopez marketing@ibreditora.com.br Atendimento ao Leitor Mônica Macedo marketing1@ibreditora.com.br DEPTO AUDIOVISUAL PRODUTORA

Nesta seção, falha misteriosa no Freio ABS em veículo que apresentava código de erro

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FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br

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42. ELÉTRICA

Em sua 2ª parte, Leandro Marco discorre sobre a manutenção do sistema de carga

46. MOTOR

Caso de pressão de óleo modulada da linha TSI em carro com defeito do solenoide

48. NOTAS

Fique por dentro das informações em produtos e eventos do setor de reparação

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Consultor de Negócios Jeison Lima consultor@ibreditora.com.br

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A revista Reparação Automotiva é uma publicação da IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO

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ENTREVISTA

TECNOMOTOR

PILARES DO

DESENVOLVIMENTO por Silvio Rocha e Robson Breviglieri | fotos Divulgação

EQUIPAMENTO, INFORMAÇÃO E TREINAMENTO SUSTENTAM A EXPANSÃO DA TECNOMOTOR EM MAIS DE TRÊS DÉCADAS DE DESENVOLVIMENTO LORENZO PICCOLLI, diretor da Tecnomotor Distribuidora

Surgida nos anos 80 e depois de muitos desafios internos e externos, a Tecnomotor logo percebeu que seu futuro estava no mercado independente de reparação. Ao longo das últimas décadas, a empresa especializou-se em desenvolver equipamentos de diagnósticos para oficinas e, mais que isso, percebeu a importância de oferecer informação precisa e suporte aos profissionais. “Já temos 38 anos de história e não pensamos simplesmente no produto pelo produto, mas sim em capacitação, informação de qualidade e suporte aos clientes, ajudando o reparador a crescer, porque se o reparador se manter e expandir seus negócios, continuaremos fortes no setor”, acredita Lorenzo Piccolli, diretor da Tecnomotor Distribuidora. 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Nesta entrevista exclusiva à Reparação Automotiva, Piccolli relembra o início das atividades no mercado brasileiro e os caminhos que levaram a Tecnomotor a expandir suas atividades para a fabricação de equipamentos de diagnóstico além das fronteiras brasileiras, sempre com o foco no seu bem mais valioso: o mecânico. “Ele quem fez o que a Tecnomotor é hoje e o que mais queremos é seu crescimento, aperfeiçoamento e melhoria de seus lucros.O sucesso do mecânico é nossa maior satisfação”. Reparação Automotiva – Como surgiu a Tecnomotor? Lorenzo Piccolli – Em 1980 nasceu a marca Tecnomotor de uma empresa chamada Enfase, de um italiano que resolveu trazer os primeiros equipamentos automotivos via CKD da Tecnomotor Itália. Nesse ano

criaram-se os produtos Tecnomotor Brasil com tecnologia italiana e brasileira, mas em 86 nos separamos da Enfase e da Tecnomotor Itália e nasceu a Tecnomotor do Brasil com quatro sócios-fundadores e daí para frente, os projetos passaram a ser 100% nacionais.  RA – Vocês já conheciam o setor? LP – Posso dizer que começamos um crescimento quando passamos a entender nosso cliente e fazer o que realmente ele necessitava. As soluções desse universo, ainda naquela época, eram para carros carburados, mas o grande “boom” como crescimento do mercado brasileiro e de frotas veio com o advento da injeção eletrônica. Fomos pioneiros nas soluções para atender esses carros com injeção eletrônica. Falo que a Tecnomotor, assim como outros fabricantes nacionais, esteve ao lado e deu suporte ao mecânico para enfrentar esse desafio tecnológico.



ENTREVISTA

TECNOMOTOR

RA – O que a Tecnomotor oferecia a esses profissionais? LP – Equipamentos, informação e treinamento. Esses três pilares fizeram os mecânicos acreditarem e vencerem os desafios da eletrônica embarcada e, como consequência, a prosperidade e o crescimento das empresas. RA – Como se deu esse atendimento? LP – No começo realizamos muitas palestras sobre injeção eletrônica para conscientizar o mecânico. As palestras e os materiais técnicos que fizemos no início, com tudo muito detalhado, até hoje são elogiados pela qualidade e pelo nível de detalhamento. Nosso objetivo sempre foi facilitar a vida desse profissional. O que se traduz no nosso slogan, Soluções inteligentes, oficinas eficientes. Nos próximos anos, a receita não será diferente para os novos desafios, vamos conscientizar com palestras, depois treinamentos e equipamentos, em especial, voltadas para as tecnologias utilizadas no carro elétrico. RA – Esse atendimento é um diferencial da Tecnomotor? LP – Por essa história de realmente estar ao lado e dar suporte, vencer barreiras e crescer no mercado junto com o reparador, um dos principais diferenciais que a Tecnomotor tem perante o setor é essa intimidade com o cliente, fruto desse relacionamento muito próximo feito pelo seus fundadores desde sua criação. Enquanto muitas empresas grandes, incluindo multinacionais, entram e saem do Brasil e muitas vezes deixam todos na mão, a Tecnomotor permaneceu e continua dando condições para o segmento se desenvolver. RA – Então há uma preocupação muito forte com o reparador? LP – Sim, sempre a solução 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Colaboradores da Tecnomotor Distribuidora e Eletrônica

é pensada de acordo com as necessidades do reparador. O que pudermos fazer para que ele continue vencendo todas as barreiras, faremos. Essa é nossa filosofia. Um de nossas valores que está escrito em todas os ambientes da empresa é “Foco no Cliente” que para a Tecnomotor se traduz da seguinte forma: “Entender as tarefas e circunstâncias do cliente, colocando-se no lugar dele; Prover e criar soluções que sejam boas para ele. Oferecemos soluções inteligentes, para levar as oficinas e que elas continuem vivas no setor. A Tecnomotor oferece muito mais do que um item, oferece um relacionamento para a oficina lucrar e valorizar os seus parceiros. RA – Como acontece esse suporte? LP – Nosso suporte técnico é todo concentrado na matriz, para ajudar nas dúvidas de operação dos produtos e ajudar no diagnóstico. Como já disse, não é o produto pelo produto. Hoje existe um aplicativo, TecnoZap (WhatsApp), onde ele pode nos enviar fotos, questões, dúvidas e o nosso técnico responde como se fosse um whatsapp. Assim facilitamos e agilizamos o atendimento ao cliente, e por isso temos

um reconhecimento muito grande no mercado, por essa tecnologia e suporte, que são pilares muito fortes. RA – E quais são as tendências? LP – Falamos muito dos desafios e, olhando as tendências, o que as oficinas vão enfrentar, um dos principais desafios será o carro compartilhado, isso vai levá-las para um cliente chamado CNPJ, e não de grandes corporações, será um síndico com 10 ou 15 veículos que vai querer um serviço de eficiência, qualidade, rapidez e, principalmente, preventivo, mas as oficinas terão que se organizar para isso. Se hoje você é uma oficina que só espera o cliente bater na porta porque o carro dele deu problema, você não está preparado para atender essa nova demanda. E seus antigos clientes, de 20 anos, de repente mudaram e você não saberá por quê. Um exemplo é o mecânico da família, se eles resolverem ter uma experiência diferente, provavelmente não voltarão mais. A oficina tem que se preparar para isso e enfrentar todas essas tendências. A recomendação é buscar eficiência produtiva, saber seu faturamento, ticket médio, lucro, enxergar oportunidades dentro do seu negócio, porque às vezes ela tem várias unidades de negócio,



ENTREVISTA

TECNOMOTOR

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mas enxerga apenas um resultado. Cuidar muito do retrabalho, pois este é o câncer de qualquer oficina. RA – E qual sua mensagem para o profissional mecânico? LP – O mecânico é o nosso bem mais valioso, é ele quem fez o que a Tecnomotor é hoje. O que mais queremos é que ele evolua, cresça e lucre muito. Nossa maior satisfação é que ele, como cliente, busque eficiência e soluções inovadoras porque se ele crescer e ganhar mercado estaremos ao seu lado. O setor está muito dinâmico, com muitas mudanças, por isso, ele pode contar com a Tecnomotor para ajudá-lo a enfrentar os desafios. Esse é um setor extremamente vitorioso. O mecânico é um profissional que vai enfrentar qualquer barreira. Hoje fala-se muito que o profissional

Tecnomotor Distribuidora e Eletrônica

do futuro é aquele que estuda toda hora e o reparador é um cara que está a todo momento estudando e aprendendo, correndo atrás da informação com atitude de querer aprender. É um orgulho ser uma empresa brasileira e fazer parte, junto com o mecânico, do segmento de reparação.

TECNOMOTOR

NA INTERNET www.tecnomotor.com.br Tecnomotorbrasil Tecnomotortv



EVENTO

REPARADOR EM FOCO por Letícia Rocha | fotos Divulgação

1º REPARADOR EM

FOCO REÚNE EM JUNDIAÍ

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SERGIO SANTOS, proprietário da SR Motors

DEZENAS DE PROFISSIONAIS DO SETOR Organizado pela SR Motors, evento teve representantes locais e de 20 cidades vizinhas com excelentes palestrantes e aceitação

N

o dia 10 de novembro, na cidade de Jundiaí (SP), aconteceu a primeira edição do Reparador em Foco, que reuniu empresários e profissionais da reparação locais e de mais 20 cidades vizinhas, com o objetivo de levar conhecimento sobre gestão e novas tecnologias automotivas. Organizado pela SR Motors, contou com 150 participantes, sendo, destes, 90 reparadores, além de profissionais de oficinas e do setor de autopeças. Os demais presentes compunham a equipe de apoio, patrocinadores e apoiadores. Durante todo o dia, foram realizadas palestras sobre diversos temas, entre eles: gestão, preparação para entender o público feminino, inteligência artificial, carros elétricos e geração de resíduos: para onde devem ir e como devem ser descartados. Todas estas, segundo a organização do evento, feitas com palestrantes de alto

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nível. Além disso, o ponto alto do encontro ficou com a palestra motivacional realizada por Eduardo Martinez, que conseguiu reter a atenção dos presentes. Para obter o feedback dos presentes, a organização criou uma pesquisa via Google Forms, estudo esse que trouxe uma grata surpresa: 100% de aprovação pelos participantes. Através do formulário, foi possível também receber sugestões e críticas construtivas em relação à promoção do evento, que serão avaliadas por uma comissão a ser formada posteriormente, modificadas (se for o caso) e colocadas em prática numa próxima edição, que já tem período certo de acontecer: no segundo semestre do próximo ano. Sergio Santos, proprietário da SR Motors, revelou à nossa reportagem as expectativas da empresa e do público para o próximo

BÁRBARA BRIER, da Oficina Amiga da Mulher

evento. “Nós saímos de lá com o pessoal pedindo o próximo encontro. Talvez ajustemos a data para não coincidir com outros grandes eventos. Nós vamos precisar fazer um encontro maior, porque essa edição deixou muita gente de fora. Provavelmente, acontecerá para 200 reparadores, aproximadamente. E, possivelmente, com 250 participantes”. Ademais, o empresário da reparação deixou suas considerações finais: “Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram a promover esse evento, aos patrocinadores, em especial, à MTE-Thomson, Escola do Mecânico, Snap-on, Josecar e Revista Reparação Automotiva. Todos que contribuíram para que o encontro fosse esse sucesso total. E fico feliz que a região de Jundiaí tenha conseguido reunir reparadores de 20 cidades, do público presente. Gera muita satisfação e nos deixa muito felizes”.



SEMINÁRIO

APTTA BRASIL por Silvio Rocha | fotos Divulgação

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SEMINÁRIO TÉCNICO

APTTA É REALIZADO EM SÃO CAETANO DO SUL (SP) Com a Sonnax, evento reúne profissionais para conhecer novas tecnologias de fabricação e reparo de transmissão automática

N

os dias 23 e 24 de novembro, das 8 às 18 horas, no Hotel Mercure, de São Caetano do Sul (SP), ocorreu o Seminário Técnico APTTA Brasil e Sonnax. O evento levou soluções para as falhas mais comuns das transmissões ZF 6HP26/30, ZF 9HP48 e VW/Audi 09G. O destaque do encontro ficou por conta do palestrante internacional Karl Giguere, técnico da Matech Canadá, do Grupo Tasc Force, da Sonnax.

A APTTA, assim como em outros eventos, trouxe um palestrante internacional capaz de ajudar técnicos no diagnóstico e reparação de caixas automáticas. Neste encontro foram mostrados, durante os dois dias, pelo pessoal especializado em reparo de corpos de válvulas, as mais recentes técnicas utilizadas pelas companhias para atender as transmissões nacionais.

Vale destacar que este encontro faz parte da agenda de eventos programados anualmente pela APTTA Brasil, para atualização dos técnicos e parceiros das empresas, visando o crescimento do mercado de transmissões automáticas no País e novas tecnologias de fabricação e reparo, que hoje são utilizadas em todo o mundo quando o assunto é transmissão automática.

O público presente, composto de reparadores mais experientes, alguns com mais de 30 anos de mercado, teceu elogios às informações apresentadas e solicitaram, para um futuro próximo, a utilização de um local mais amplo para o conforto dos participantes, pois o número de pessoas excedeu as expectativas dos organizadores.

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CARLOS NAPOLETANO, da APTTA Brasil, e o palestrante KARL GIGUERE, da Matech Canadá

Segundo Carlos Napoletano, diretor Técnico da APTTA Brasil, “a preocupação da Associação e de seus franqueados tem sido sempre trazer novas informações aos técnicos com experiência neste mercado, bem como com seus cursos iniciar novos especialistas que querem começar a trabalhar com transmissões automáticas corretamente, utilizando informação e ferramental apropriados, e atendendo às normas dos fabricantes”, diz. O próximo evento programado, conforme Napoletano, acontecerá em setembro de 2019 junto ao Fórum Bienal, e contará com a participação de palestrantes de fabricantes de peças e fluidos para transmissão automática. As expectativas são bastante grandes com relação à realização de mais esse encontro com a chancela da APTTA Brasil.



ARTIGO

COMPROMETIMENTO

por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria

Foto Divulgação

V

ocê, empresário, talvez já tenha ouvido, pensado ou até mesmo falado essa frase, na prática isso não funcionaria exatamente assim, pois poderiam talvez não ser mais seus funcionários e sim concorrentes seus. Mas claro que o ideal é que tenhamos profissionais com maior nível de comprometimento, só não podemos perder tempo comparando e sim estudando os motivos que impedem que sua equipe seja mais comprometida com os resultados da empresa. No início de minha carreira profissional como consultor, tive a oportunidade de atuar em 12 oficinas especificamente nas suas equipes, utilizando conteúdo teórico de gestão de pessoas que havia aprendido na faculdade e cursos da área, foi uma experiência maravilhosa e desafiadora, pois estaria comprovando a eficiência da teoria aplicada na prática e, claro, desafiando frases do tipo “Isso é apenas teoria... na prática é diferente”. Diante deste desafio foi possível observar vários fatores que 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“SE MEUS FUNCIONÁRIOS TIVESSEM O MESMO COMPROMETIMENTO QUE EU TIVE QUANDO ERA FUNCIONÁRIO, MEUS PROBLEMAS ESTARIAM RESOLVIDOS” impediam o maior comprometimento dos colaboradores, e o que ficou muito óbvio é a falta do básico, que é o alinhamento entre as partes, onde a empresa apresenta as expectativas que tem sobre o profissional e monitora mensalmente dando feedback a respeito do resultado alcançado, e o profissional também apresenta as expectativas que tem perante a empresa para que consiga crescer e se realizar no trabalho, e através de diálogos mensalmente conduzem um processo de crescimento para ambas as partes. Em relação à distância entre teoria e prática, foi possível observar que ela não existe, mas sim momento e estrutura, ou seja, sua empresa talvez não tenha uma estrutura de cargos suficiente para trabalhar um Plano de Desenvolvimento Profissional, pois o setor administrativo, que irá implantar e trabalhar isso, conta apenas com dois profissionais e eles atuam como Vendedor, Financeiro, Estoquista, Telefonista, cuidam da contabilidade, fazem o leva e traz de clientes e assim estão acumulando atividades dos principais processos, não terão tempo

para conversar individualmente com cada funcionário dando o Feedback sobre o desempenho e possibilidade de melhorias. Também pode ocorrer que sua empresa já tenha sua estrutura de cargos bem definida com profissional específico para focar na Gestão de Pessoas, porém não está no momento (preparada) para implantar o Plano de Desenvolvimento Profissional, uma vez que na equipe existem muitas estrelas e não podemos bater de frente com o ego delas, precisamos de faturamento e não podemos perder nenhum funcionário, pois isso irá comprometer o financeiro. Isso ocorre em várias empresas e é natural, faz parte da evolução e devemos respeitar, sua empresa tem o seu momento para tudo, não se muda do dia para a noite, mas também não se desiste nas primeiras tentativas. Saiba administrar as prioridades nas mudanças e lembre-se: para que haja mudanças você precisa iniciar hoje um novo comportamento, uma nova atitude e assim irá colher resultados diferentes no futuro.



MERCADO

SKF

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

SEJA BEM-VINDO, 2019!

SKF PROJETA AVANÇO TAMBÉM NO PRÓXIMO ANO A empresa espera mais de dois dígitos percentuais ao ano de crescimento real e lançamentos programados de produtos e uma rede de oficinas credenciadas

E

mpresa sueca, a SKF é uma das líderes mundiais no mercado de rolamentos, fundada em 1907 na cidade de Gotemburgo. No Brasil, a companhia atua há 103 anos, desde 1915, apresentando crescimento de vendas acima de dois dígitos percentuais desde 2016. Hoje, a SKF do Brasil conta com mais de 1300 colaboradores, com seu polo fabril e centro logístico localizados em Cajamar (SP). Sua principal força está na capacidade de desenvolver continuamente novas tecnologias e, em seguida, utilizá-las para criar produtos que 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

oferecem vantagens competitivas para os clientes, atuando em mais de 40 setores dos segmentos automotivo e industrial na fabricação de rolamentos e acessórios, vedações, tecnologias de movimento, serviços e sistemas de lubrificação.

oferecemos várias outras linhas, como atuadores hidráulicos, polias e tensores, bombas d´água, componentes de suspensão e direção, kits de reparo e juntas homocinéticas”, conta o diretor de Vendas Automotivas SKF do Brasil, Daniel P. Leite.

Sobre a linha de produtos da SKF e os serviços oferecidos ao setor, “especificamente para o aftermarket automotivo, temos uma grande variedade de itens. Além das já renomadas e conhecidas famílias de rolamentos, tanto para o segmento leve como pesado,

INTERAÇÃO COM O MERCADO Acerca das iniciativas da SKF, nas áreas de capacitação e relacionamento com o setor, principalmente reparadores e balconistas, Daniel diz que “temos uma equipe de consultores técnicos que atua em nível Brasil com palestras téc-


área de Inteligência de Mercado que atua forte no gerenciamento de informações da frota brasileira versus oportunidades, seja em novos produtos ou em análises de potencial de mercado. Todas estas informações são compiladas e internamente decidimos a respeito do plano de ação para atuar no setor”. “Para a companhia, o mecânico e o balconista são clientes muito importantes, e por isso os convidamos a usar nosso site e comprar dos nossos parceiros através do e-commerce, COMPRESKF, para manterem-se atualizados e enviarem sugestões para nossa empresa”, completa o presidente para América Latina da SKF, Claudinei Reche.

nico-comerciais, análise de garantias e visitas a oficinas e varejos. Em conjunto com este time, temos também uma equipe de promotores que atua nos mesmos canais, no propósito de entender as necessidades de mercado, divulgar novidades e lançamentos. Temos nossa

DANIEL P. LEITE, diretor de Vendas Automotivas SKF do Brasil

Sobre o que a empresa faz para se manter moderna e por dentro das tendências de mercado, “a SKF busca estar atualizada com a Internet das Coisas e Inteligência de Mercado. Nosso e-commerce nos ajuda a entender melhor como o setor funciona e, assim, nortear o lançamento de novos produtos”, enfatiza Claudinei. Daniel ainda destaca o envolvimento da empresa em eventos do segmento. “Temos participado de alguns eventos com o intuito de estar mais próximo do reparador e para apresentar nosso portfólio ao mercado, principalmente no que se refere aos novos produtos. Estaremos presentes na Automec 2019 que consideramos a feira mais importante do setor, não somente para o Brasil, mas para toda a América Latina”. BALANÇO E PERSPECTIVAS Sobre as novidades da companhia em produtos e lançamentos em 2018, Claudinei conta que “a SKF está constantemente lançando novos itens. O mais recente foi o lançamento da Coifa Unika,

CLAUDINEI RECHE, presidente para América Latina da SKF

um produto inovador, pois seu composto de borracha é capaz de expandir-se sem se romper, possibilitando a aplicação sem a necessidade de desmontar o conjunto de suspensão. Além disso, com apenas dois modelos de coifa, conseguimos atender praticamente a toda a frota de veículos, o que também é bom para o reparador, que não precisa manter um estoque elevado de diferentes modelos”. Com relação às expectativas da SKF para o ano que vem, Daniel diz que “projetamos continuar crescendo mais de dois dígitos percentuais em 2019, com lançamento de novos produtos, incluindo linha pesada, mas a grande ação do ano será o lançamento de uma rede de oficinas credenciadas pela companhia, capacitadas para prestar um excelente serviço para donos de veículos”. Para completar, a respeito do que o mercado pode esperar em investimentos e projetos da SKF, Claudinei conclui que “nos últimos três anos, investimos 100 milhões de dólares em nossa fábrica, e estaremos investindo outros 20 milhões de dólares nos próximos 18 meses para completar o ciclo de modernização da produção, o que também nos deixará mais flexíveis para produzir novos tipos de rolamentos”. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 17


NEGÓCIOS

COMUNICAÇÃO MÁRIO RODRIGUES, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas)

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

CLIENTE PERSONALIZADO

SAIBA A PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR SOBRE O TEMA Sob demanda crescente, seja no computador ou papel, todos os dados dos clientes têm importância para uma comunicação eficiente

E

lemento-chave do seu sucesso, o cliente precisa ser lembrado com uma comunicação direcionada a ele, personalizada. O primeiro passo é ter um bom banco de dados e um sistema de relacionamento, que pode ser um CRM ou uma planilha de Excel. Outro ponto importante é ter o controle da prospecção de consumidores e o retorno. Para isso, o IBVendas disponibiliza uma ferramenta para te ajudar. E quem dá as dicas para uma eficiente gestão de clientes é Mário Rodrigues, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas.

dor, atualize sempre no seu banco de dados as manutenções que foram realizadas e, também, com informações específicas do cliente, como, por exemplo, data de aniversário e o time que torce.

potencial de receita e por perfil. No primeiro caso, classifique a partir do modelo do veículo. Como, por exemplo, grupo A, os que têm maior potencial de receita. No B, médio potencial, e no C, baixo potencial.

“Com estas informações, você pode realizar campanhas ou ações para se lembrar do cliente em ocasiões que sejam sugestivas a um contato. Peça a ele autorização para enviar mensagens pelo WhatsApp ou por qualquer tecnologia instantânea de comunicação, como o e-mail”, diz Rodrigues.

PERSONALIZE - O cliente gosta de atenção e ser lembrado. Se for a primeira vez que ele foi à sua oficina, faça o cadastro com os seus dados e de seu veículo. Se ele já for consumi-

CLASSIFIQUE - Para a formação do banco de dados, Rodrigues comenta que é importante definir qual é a sua finalidade. Se for comercial, ele indica classificar os clientes por

Para a classificação do perfil de cliente, utilize o modelo pessoa física, pessoa jurídica, se é o usuário do veículo e se o seu uso é para fins comercial ou para uso próprio. “Com as informações, de tempos em tempos, você chama ele para a oficina, conforme o período de manutenção preventiva estiver próximo”. E sempre antes de oferecer algo ao cliente, esteja conectado a ele.

18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

MEIOS – Na gestão de relacionamento com o cliente você pode utilizar um CRM, uma ferramen-


TORRE EIFFEL É SÍMBOLO NA FRANÇA.

O SÍMBOLO DE BOMBA D’ÁGUA PARA CARROS FRANCESES

É URBA!

APLICAÇÕES PARA CARROS FRANCESES CITROËN

UB0780 - JUMPER 2.8 (2002...) UB0806 - BERLINGO 1.1/1.4 (1996...) XSARA 1.4 (1997...) UB0807 - C3 1.4 8V UB0808 - C3 / C4 / XSARA 1.6 16V (TODOS) UB0811 - C4 1.8 16V (2004...2007) C4 2.0 16V (2004...2007) C5 1.8/2.0 16V (2001...2008) XSARA 2.0 16V (2000...2007) XSARA PICASSO 1.8 16V (2000...2007) UB0818 - XANTIA 1.8 16V (1996...1997) XSARA 1.8 16V (1998...2000) UB0819 - XANTIA (03/93...04/03)

ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GARANTIA 0800 880 21 54 • São Paulo/Capital 4003 2158 • Demais Localidades

PEUGEOT

UB0780 - BOXER 2.8 TD (1999...2009) UB0800 - 206 1.0 16V (2001...2009) UB0806 - PEUGEOT 106 1.1/1.4 (1992...) 205 1.1/1.3/1.4 (1988...) UB0807 - 206 / 207 / HOGGAR 1.4 8V (TODOS) UB0808 - 206 (2001...2008) / 207 (2009...) 307 (2001...) / 308 (2012...) HOGGAR (2010...) PARTNER (2001...) UB0811 - 307 2.0 16V (2000...) / 407 2.0 16V (2004...) 407 1.8 16V (2004...) UB0817 - 406 3.0 V6 24V (1997...2003) 407 3.0 V6 24V (2005...) UB0818 - 306 / 406 1.8 16V (1995...2001) UB0819 - 306 / 405 2.0 16V (TODOS)

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UB0120 - LAGUNA 2.0 16V (1995...2003) UB0800 - CLIO 1.0 16V (2001...2009) UB0805 - CLIO 1.0L 8V (2000...2008) / KANGOO 1.0 8V (2000...2005) UB0813 - SCENIC 2.0 8V UB0814 - MASTER 2.5D 16V (2005...) UB0815 - CLIO 1.6 8V (1996...2002) / SANDERO/LOGAN 1.6 8V (2008...) / KANGOO 1.6 8V (2007...) / MEGANE 1.6 8V (1998...2004) / SYMBOL 1.6 8V (2009...) UB0816 - MEGANE 2.0 16V (TODOS) / DUSTER 2.0 16V (2012...) GRAND SCENIC 2.0 16V (TODOS) UB0820 - CLIO 1.6 16V (1996...2009) / CLIO SEDAN 1.6 16V (2001...2009) MEGANE 1.6 16V (1998...2004) SCENIC 1.6 16V (2000...2009) UB0823 - TRAFIC 2.2 (1997...1999) / TRAFIC 2.0 (2000...2002) UB0824 - MASTER 2.8 DTI (2001..2005) UB0825 - CLIO 1.0 8V (12/98...2000) / TWINGO 1.2 (2000...2002) UB0830 - CLIO / MEGANE / TWINGO 1.3/1.4 (1997...)

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NEGÓCIOS

COMUNICAÇÃO

CONTROLE INTERNO

ta tecnológica no computador. “Um banco de dados com todo o histórico do cliente/veículo, que permite agendar novos contatos futuros para a manutenção preventiva”, explica Rodrigues. Segundo ele, o CRM é fundamental para a gestão de relacionamento com clientes e não necessariamente precisa ser uma ferramenta instalada no computador. “O banco de dados pode ser feito em uma planilha e muitas pessoas fazem até em fichas. Mas eu sugiro procurar um CRM específico para o seu segmento, pois o computador e a internet facilitam o acesso aos dados”. PASSOS - Antes mesmo de pensar em tecnologia, a sugestão de Rodrigues é desenhar, planejar como será o seu banco de dados e se ele é eficaz. “Faça isso com informações sobre o nome do cliente, o veículo e as últimas manutenções. Depois, coloque uma seta indicada para outra caixa com ‘oportunidades possíveis’ e uma outra seta para quando vou entrar em contato”, menciona. Ele explica que às vezes nos atrapalhamos com sistemas automatizados porque não pensamos se os mesmos se encaixam perfeitamente ou se precisamos de tal sofisticação para o relacionamento com clientes. “Acabamos gastando, investindo em tecnologia e voltando para as fichas escritas. Portanto, o principal é desenhar esse projeto e, se tiver dificuldades, contrate um analista de sistemas para a análise dos temas e sugestão de um sistema adequado”. MENSURE - É preciso criar indicadores de resultados. “Os

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pontos fundamentais são: quantos clientes eu tenho no meu banco de dados, quantos são pessoas físicas e quantos são jurídicas, e quantos deles estão nos grupos A, B ou C (potencial de receita), por exemplo. E depois das ações, contatos com clientes e quantos de fato fizeram a manutenção, chega-se ao índice de conversão”. O índice de conversão é a forma de se mensurar resultados, o quanto cada ação se converteu ao que se esperava. “Registre isso e tenha um gráfico sempre à mão. Como por exemplo, se você fez 30 contatos e o retorno foi de 3, 10% é o índice de conversão. Uma dica é trabalhar o funil de vendas, que começa desde a prospecção, os contatos, até o fechamento do negócio”. FUNIL DE VENDAS - “Fica aqui uma dica para quem quer fazer um plano de funil de vendas. Antes de implementar qualquer tecnologia, busque sistemas que possibilitem demonstração, testes. Eu já deixo como um presente um sistema que está disponível no endereço: www.funilibvendas.com.br”. A ferramenta é praticamente um curso a distância sobre como lidar com funil de vendas. “Basta se cadastrar para ter acesso a esta ferramenta. Ela é para quem busca indicador de resultados para vendas. Se for para outro tipo de conversão, ela pode servir como exemplo para você criar o seu próprio sistema e às vezes, numa planilha de Excel, por exemplo”.

Na Zete Autopeças e Mecânica, em Araraquara (SP), o empresário Antonio Donizete dos Santos tem tudo na ponta do lápis. A começar pela ficha do cliente. “Ela é como um prontuário médico, com todos os dados do cliente, se ele é casado, se tem filhos, a sua data de aniversário, procuro colocar todos esses dados na sua ficha. E também todas as informações do seu veículo, o meu paciente, tais como: placa, chassis e quilometragem”. Destaque para a quilometragem. “Muito importante quando o veículo vem pela primeira vez na oficina, pois é a partir dela que se monta o prontuário, e posso promover alguns serviços futuros, os quais o cliente não tem conhecimento. E a minha comunicação com ele é bem personalizada, a partir do histórico do carro, reparos e manutenções feitas, sobre a próxima revisão ou a necessidade de substituição de algum item (peça ou componente)”. Para esse controle, a preferência de Donizete é pelo papel. “Sei que planilhas no computador são mais fáceis, pode ser feito o backup para se resguardar no futuro, mas prefiro no papel por ter todas as informações do que foi feito no veículo, a Ordem de Serviço, assinada pelo cliente. Eu me sinto mais seguro, pode ser que haja um mecanismo que permita tudo isso de forma digital, principalmente com a assinatura do cliente, mas por enquanto prefiro no papel”. Questionado se ele pratica o funil de vendas, o índice de conversão, Donizete faz de maneira individualizada. “Nas fichas de clientes eu tenho todo o histórico dos serviços, do quanto ele gasta na oficina, por período e se realmente é um cliente fiel. Eu não posso dar o mesmo tratamento financeiramente para um que não é fiel, o que chamo de cliente pipoca”. E é para esse fiel que ele investe na comunicação, na gestão de relacionamento.


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GESTÃO

AMBIENTE DE TRABALHO

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

ANDRÉ ROBERTO OLIVEIRA DA COSTA, diretor Financeiro e de RH da Farmarcas

CONFLITOS INTERNOS

MANEIRAS DE LIDAR COM ELES NA SUA EMPRESA

I

Para tanto, basta seguir alguns passos que facilitarão a enfrentar e tornar as ações mais efetivas para um ambiente de trabalho saudável

nternamente nas oficinas mecânicas, assim como em qualquer empresa, podem existir conflitos que abalam a equipe e a produtividade. Com uma visão de outro mercado, mas que também cabe para a reparação automotiva, André Roberto Oliveira da Costa, diretor Financeiro e de RH da Associação Multimarcas de Farmácias (Farmarcas), separa os conflitos em cinco diferentes estilos: competição, acomodação, afastamento, acordo e colaboração. COMPETIÇÃO - “Antes de falar sobre competição dentro da empresa, precisamos falar a respeito dos valores estabelecidos por ela. Os valores vão nortear o comportamento dentro da empresa. Quando ela tem valores definidos e a competição está dentro desses limites é benéfico para

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a companhia, mas quando a competição se torna antagônica a esses valores, a direção precisa tomar medidas de correção de comportamentos”. Segundo ele, no estilo competitivo o indivíduo está em um nível alto de assertividade, buscando seu interesse próprio, mas com baixa cooperação. A pessoa é agressiva e prevalece o poder. Sendo assim, o indivíduo não será assertivo, mas agressivo. E Costa dá dicas de como o empresário deve lidar com essa questão de competição e incentivar o aumento de cooperação entre a equipe. “Ele tem que lidar da forma mais imparcial possível, sempre colocando os valores da empresa como um norte para não se perder o respeito entre a equipe”.

Mesmo que as pessoas estejam competindo, ele diz que é importante que sempre prevaleça os valores da companhia. “Com os objetivos da empresa bem definidos e disponíveis para todos, fica mais fácil direcionar a competição de forma saudável, pois a competição acaba entregando o que a missão e visão dela buscam”. ACOMODAÇÃO - “Ela acontece quando o colaborador não tem mais perspectiva de crescimento. É necessário que a empresa tenha um plano de carreira bem definido e mostre que a função dele é importante para entregar os resultados. Para o colaborador não cair na acomodação, é necessário que ela tenha objetivos de crescimento, criando novas oportunidades e, assim, desenvolvendo pessoas dentro da companhia”.



GESTÃO

AMBIENTE DE TRABALHO

Nesse segundo estilo, ele esclarece que o indivíduo tem pouca assertividade e alta cooperação. Ele se autossacrifica para satisfazer a vontade de outra parte e abre mão do seu direito, se tornando passivo e não se posicionando com franqueza. Desta forma, o indivíduo não é assertivo em seu comportamento. AFASTAMENTO - “Ao perceber que um colaborador está tomando esse rumo, o empresário pode chamar a pessoa para o protagonismo, buscar que ele perceba qual seu 1/3 em relação ao problema e fazer com que enxergue que ele próprio pode reverter a situação e ajudar a outra parte a melhorar”. Nesse terceiro estilo, o indivíduo possui pouca assertividade e cooperação. Se afasta do problema e abre mão dos seus direitos. Ele se torna passivo e não é assertivo em seu comportamento. ACORDO - “No quarto estilo, nem a assertividade e a colaboração estão em seu estágio latente, nesse ponto o indivíduo abre mão de alguma coisa e outra parte também. Não há ação do ganha-ganha 100% e ambos saem perdendo”. COLABORAÇÃO - “Este é o ponto alto, uma estratégia de resultado de longo prazo e não curto. Os colaboradores terão mais qualidade de vida, o clima organizacional será pró-vida e todos terão prazer de trabalhar e fazer parte do time desta empresa”. Ele explica que para conquistar a colaboração é necessário que a empresa tenha seu propósito bem estabelecido e que todos respirem isso, propósito, visão, missão e valores. “Dessa forma, o posicionamento estratégico

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precisa estar bem definido e, claro, para todos que fazem parte da companhia, pois eles motivam à ação”. E é importante que algumas políticas de RH estejam maduras, como política salarial, plano de carreira, benefícios e ambiente físico de trabalho. “Ao cuidá-las de forma responsável e clara, permite apenas que o colaborador não caia em desmotivação”. O executivo traduz que colaboração é o estilo de administração de conflito assertivo. “O indivíduo busca entender a outra parte e aprender com os erros, sem deixar que seus direitos sejam suprimidos ou esquecidos. Ao colaborar o indivíduo vê o outro como próximo e busca resolver o conflito de forma satisfatória para ambos os lados”. FALHA – Sobre os erros mais frequentes nas empresas para deixarem que os conflitos acima citados aconteçam, ele avalia que “o grande erro é que elas tapam os olhos para esse tipo de problema, deixam de lidar com isso. É preciso existir guardiões de valores da companhia, e quando eles perceberem que a empresa está se afastando de seus propósitos, eles precisam tratar isso, sendo duros com o problema e suaves com as pessoas”. Para finalizar, ele comenta que as maneiras de tratar os conflitos existem e tudo dependerá do resultado desejado pelo gestor. “A meu ver, a resposta mais interessante sempre é a última: colaboração. Mas se não houver uma capacitação para essa postura, par-

tiremos para os tratamentos errados e o resultado não será satisfatório. O caminho é aprender com as dificuldades e fazer com que dos conflitos os indivíduos tirem importantes lições. E isso é papel do gestor”.

NA LIDERANÇA Gilson Reis, do Caps São Caetano de Sul (SP), da Porto Seguro, conta que na oficina esses conflitos não existem. Antes mesmo que eles possam aparecer, já é feito um trabalho de gestão em sua empresa. “Nós trabalhamos muito no sentido de estimular todos os colaboradores a se ajudarem, até porque a meta dela é o trabalho em grupo”. Para isso, ele deixa bem claro para eles que sozinho ninguém chega a lugar algum e que se um ajudar o outro, com certeza, os resultados serão melhores para todos. “Para isso, utilizamos vídeos e palestras para eles perceberem essa importância. Mostramos também qual é cultura de trabalho e a regra da empresa. Quem não pactua com ela, não se enquadra na empresa”. Reis comenta que estimular a equipe faz parte da cultura da empresa, principalmente com relação à atualização e participação em cursos. “Percebemos que quando alguém acha que não tem como melhorar, isso está relacionado a algum problema familiar. O que fazemos é conversar e ajudá-lo. O que deixa o funcionário desmotivado é ele sentir que não é mais útil. O segredo é incentivar e motivar seus colaboradores”.



Além de qualidade, força e confiança, nossas caixas entregam tudo de bom pra você, amigo mecânico. Parabéns pelo seu dia e obrigado pelo prestígio.


Dia 20 de dezembro, dia do Mecânico. Homenagem da Dana a todos os nossos amigos mecânicos do Brasil.


CAPA

APERFEIÇOAMENTO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

A IMPORTÂNCIA CADA DIA

MAIOR DO APRENDIZADO CONSTANTE NA REPARAÇÃO Neste segmento, destaca-se quem tem mais qualificação e o mercado oferece muitas oportunidades de treinamentos e cursos

C

om a tecnologia embarcada e os veículos cada vez mais conectados, a necessidade de aperfeiçoamento profissional por parte dos mecânicos se tornou cada vez mais eminente. No Brasil, existe uma gama de oferta de cursos e treinamentos para os mais diversos níveis, do básico à especialização, e especificamente por sistemas. E também para os empresários da reparação, na parte de gestão.

FELIPE MORGADO, gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI Nacional

28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

No SENAI Nacional, Felipe Morgado, gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica, informa que os Desenhos Curriculares Nacionais dos cursos são disponibilizados, mas cada escola define o seu portfólio, pelas especificidades e demanda da indústria local. “O SENAI elabora, por exemplo, o Mapa do Trabalho Industrial, que projeta a demanda por qualificação em um prazo de quatro anos e ajuda a definir a oferta de cursos em cada região”. Neste ano, a oferta de cursos da área automotiva abrangeu 333 escolas de todos os 27 estados. “Nos diferentes níveis da educação profissional (formação inicial e continuada, técnico de nível médio e ensino

superior). Em 2017, foram formados 98.249 alunos em todo o País. Até setembro de 2018, concluíram 60.847”, especifica Morgado. PARCERIAS - Entre as parcerias do Sindirepa-SP, a com o SENAI permite que os associados à entidade tenham condições diferenciadas de pagamento em cursos da instituição. “Para isso, a empresa deve estar registrada com o CNAE específico de

ANTONIO FIOLA, presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP


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APERFEIÇOAMENTO

empresa de reparação de veículos”, diz Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP. Há também convênio com TecDoc e Partlinks para dados e informações de peças e aplicações, e o Programa Empresa Amiga da Oficina que conta com mais de 40 empresas, entre fabricantes de autopeças e equipamentos e prestadores de serviços, que promovem uma série de ações aos associados da entidade, entre elas, palestras técnicas que são muito importantes para promover o conhecimento dos profissionais e estreitar relacionamento. “Outra ação do Sindirepa-SP é o convênio com o IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, para certificação de oficinas com o PIQ - Programa de Incentivo à Qualidade, uma iniciativa que visa ajudar a melhorar a gestão e produtividade das empresas”, diz o executivo. Fiola ressalta que conhecimento em eletrônica é essencial e a atualização deve ser constante. “A cada modelo de veículo lançado surgem novas tecnologias e o que se aplica em um carro não serve para o outro. Isso traz um enorme desafio. Além disso, o mecânico necessita cada vez mais de acesso a informações técnicas para mexer nos veículos e ter conhecimento em informática para saber usar os equipamentos que fazem o diagnóstico”. Segundo ele, o setor vive uma falta de renovação da mão de obra. “Os jovens não se interessam mais pela profissão e isso acaba deixando uma lacuna quando os mais velhos saem da função para se aposentar. É preciso que haja incentivo para que o segmento de reparação atraia os formandos do SENAI que acabam sendo aproveitados pela indústria automobilística”. 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - Na Escola e Faculdade de Tecnologia SENAI Conde José Vicente de Azevedo, em São Paulo (SP), a grande procura ainda é por cursos de qualificação profissional, incluindo Eletricista Automotivo, Mecânico de Motores, Funileiro e Pintor Automotivo. “Aliás, no segmento de reparação de carrocerias tem ocorrido uma grande evolução tecnológica com o uso de novos materiais e métodos”, diz o diretor da unidade, Fábio Rocha. Os cursos na escola podem ser classificados em dois grandes grupos: Cursos de Oferta Regular e Cursos de Oferta Flexível. Dentre os cursos de oferta regular para o segmento automotivo, a unidade oferece o de Aprendizagem Industrial - Mecânico de Automóveis Leves e o Curso Técnico em Manutenção Automotiva, uma Habilitação Técnica em nível médio, ambos gratuitos. Já o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Automotivos é para

SENAI Conde José Vicente de Azevedo

FÁBIO ROCHA, diretor da Escola e Faculdade de Tecnologia SENAI Conde José Vicente de Azevedo, em São Paulo (SP)

formação profissional em nível superior com ênfase no segmento de pós-venda automotivo, para jovens e adultos que tenham concluído o ensino médio, com regime de entrada anual no período noturno. PARCERIAS - Rocha conta que a estratégia da escola no sentido da constante inovação tecnológica está fortemente relacionada às parcerias com as empresas de toda cadeia automotiva, incluindo montadoras, sistemistas, fabricantes de equipamentos, ferramentas e insumos. “No caso do atendimento às montadoras, a escola realiza cursos de aperfeiçoamento para os pro-



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APERFEIÇOAMENTO

fissionais das concessionárias das diversas marcas”. Nessa fase, a escola absorve as tecnologias de ponta e progressivamente elas são disseminadas para o setor de reparação independente por meio de articulação com o Sindirepa. “Assim, a escola já vem desenvolvendo cursos sob medida para públicos específicos, abordando as novas tecnologias relacionadas aos sistemas de auxílio à condução bem como novas alternativas de propulsão, entre outras”. De acordo com ele, os cursos relacionados a sistemas eletrônicos embarcados (veículos leves e pesados) vêm recebendo uma atenção especial com constantes atualizações do currículo incorporando progressivamente as novas tecnologias. Para o próximo ano, entre os cursos ofertados, estão o de Sistema de Transmissão Continuamente Variável (CVT), Manutenção de Sistema de Gerenciamento Eletrônico Diesel, incluindo Sistemas de Pós-tratamento EURO V, Motores de Injeção Direta, dentre outros. E Rocha deixa uma mensagem: “Para os profissionais que estão iniciando a carreira, eu diria que há uma necessidade de investir em sua formação básica para que tenham pleno domínio dos fundamentos de eletricidade, eletrônica e mecânica, pois com uma base bem consolidada será mais fácil a absorção das constantes evoluções tecnológicas”. DO BÁSICO À ESPECIALIZAÇÃO - A Escola do Mecânico nasceu em Campinas (SP), em 2011, por uma iniciativa de Sandra Helena Nalli, especializada em mecânica, a partir de um projeto social que ela realizava, formando menores da Fundação Casa. Em 2014 ela partiu para o modelo de franquia. Hoje são 22 uni32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

dades, a maioria no Estado de São Paulo e em Porto Alegre (RS), Uberlândia (MG) e Salvador (BA). “Nós estamos abrindo uma unidade em Florianópolis (SC)”, antecipa, dizendo que a meta é chegar a 50 escolas no Brasil, em 2019, e a 219 unidades, em um período de cinco anos. “E o nosso ambiente de aula é uma oficina, com todo ferramental de última geração. Nós atuamos com o aluno na capacitação prática”. A formação vai desde a básica até a especialização. “Para jovens e adolescentes que pretendem entrar na área ou abrir o seu próprio negócio, oferecemos capacitação profissional para formação de base. Eles aprendem a usar os ferramentais e participam de módulos de capacitação na parte de motor, transmissão, suspensão, freios, sistema de rodagem, balanceamento e alinhamento”. Os de especialização são voltados para quem já trabalha na área e que pretende adquirir novos conhecimentos e agregar algum módulo de serviço na oficina”. Segundo ela, a maior carência desses profissionais está relacionada à tecnologia embarcada. “Nós estamos passando por uma modificação muito forte no setor de reparação automotiva, a velocidade com que os carros evoluem não é a mesma com que os mecânicos conseguem se capacitar”.

SANDRA HELENA NALLI, fundadora da Escola do Mecânico

na Nalli antecipa uma novidade. “Nós temos uma parceria com uma empresa italiana que desenvolve scanners para veículos híbridos e elétricos. Junto à engenharia desta companhia, nós estamos desenvolvendo um treinamento de capacitação específico para estes veículos”. GLOBALIZADO - Em 2007, Mário Meier Ishiguro foi procurado pela Sprintec, representante da Bosch no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para treinar oficinas autorizadas quanto ao uso das máquinas recicladoras do sistema de ar-condicionado. Nascia, assim, a Ishi Centro de Treinamentos.

MÃO DE OBRA - E assim como Fiola, ela menciona questão da renovação da mão de obra. “Há uma dificuldade de migração de gerações, os filhos acabaram não absorvendo a profissão do pai. Percebe-se uma baixa quantidade de mecânicos jovens que estão mais conectados e que se interessam por esse tipo de negócio”. Para finalizar, Sandra Hele-

ESCOLA DO MECÂNICO - Unidade Guarulhos (SP)



CAPA

APERFEIÇOAMENTO

“Na época, muitas máquinas foram vendidas e as oficinas autorizadas, por não saberem usar o equipamento, pensaram em devolvê-las. Foi então que surgiu o convite para treinar essas oficinas, a não só utilizarem o equipamento mas conhecerem todo o sistema de ar-condicionado automotivo”. O projeto começou na sua cidade, Balneário de Camboriú (SC), e extrapolou fronteiras. “Em dez anos, foram 185 turmas formadas e 1.600 alunos de todo o Brasil e também alunos que vieram do Mercosul e da África. Há alguns anos, paramos de realizar cursos itinerantes pelo País, percebemos que o resultado é muito melhor para todos quando feitos no nosso centro de treinamento”. CONTEÚDO - Ao longo dos anos, ele conta que a cada turma foram aperfeiçoando o conteúdo, sempre buscando novidades. Hoje são quatro manuais entregues durante os cursos. “Para o treinamento, nós selecionamos o pessoal que já é reparador automotivo, desta forma, o aproveitamento é muito melhor”. Ele também é direcionado a vendedores e compradores de distribuidoras de peças e ferramentas. “Para que eles possam ficar mais próximos aos seus clientes e entender melhor os problemas que os aplicadores passam, melhorando, assim, o atendimento e a compra de peças e equipamentos de melhor qualidade para revenderem”. Ishi conta que o Centro de Treinamento é equipado com tudo que é tipo de ferramenta para trabalhar nesta área. “Nós temos parcerias com várias empresas fabricantes de equipamentos e distribuidores de peças (nacionais e internacionais), que sempre nos escutam com dicas e sugestões para melhoria de seus produtos”. 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ISHI CENTRO DE TREINAMENTOS. No detalhe, Mário Meier Ishiguro

E, ainda, “nós temos desde as ferramentas mais simples até as mais sofisticadas, inclusive ferramentas que até o momento não chegaram no mercado nacional, e o aluno pode fazer o test drive e ver se realmente vale a pena adquirir esta ou aquela ferramenta ou marca”. Há também bancadas de testes para simular problemas e o funcionamento do sistema e muito mais.

Após este curso, o consultor recebe o empresário no Escritório Regional para uma consultoria individual de 2 horas e agenda uma visita na empresa, para em 4 horas esclarecer dúvidas e saber se as teorias estão sendo aplicadas na oficina mecânica. Há também o Curso sobre Planejamento Estratégico, que estabelece ferramentas para um planejamento empresarial de sucesso.

GESTÃO - O Programa do SEBRAE-SP para os empresários da Reparação Automotiva tem duração de 5 meses (normalmente no período noturno, conforme solicitação dos grupos), totalizando 57 horas de capacitação e uma consultoria de 4 horas na empresa, incluindo diagnóstico inicial, consultoria, gestão financeira, planejamento estratégico, melhoria de processos e serviços, e indicadores e metas para a reparação automotiva.

Da vivência de Albanez, ele pontua as falhas dos empresários da reparação na correta gestão do seu negócio. “As principais são as dificuldades nos controles internos e a não utilização de sistemas ou planilhas eletrônicas para controlar as despesas e o faturamento da oficina mecânica na organização dos processos”.

José Paulo Albanez, coordenador Estadual de Reparação Veicular e Comércio de Autopeças do SEBRAE-SP, destaca o Curso na Medida – Gestão Financeira. “Fundamental para o desenvolvimento do empresário, ele tem 20 horas de duração distribuídas em 5 encontros de 4 horas, abordando os principais conceitos e fornecimento de planilhas para prática e implantação de controles internos nas oficinas mecânicas. Atualmente o SEBRAE-SP oferece um desconto de 40% aos participantes na formação dos grupos”.

O SEBRAE-SP está presente em todas as regiões do Estado de São Paulo, são 33 escritórios para atendimento. No Brasil, outros Estados também possuem estrutura e podem atender os empresários da reparação automotiva nas suas diversas demandas e dúvidas gerenciais.

JOSÉ PAULO ALBANEZ, coordenador Estadual de Reparação Veicular e Comércio de Autopeças do SEBRAE-SP


20 de DEZEMBRO

Dia do Mecânico

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NA OFICINA

TRANSMISSÃO

PROCEDIMENTO PARA VERIFICAÇÃO DO NÍVEL

E SUBSTITUIÇÃO DO FLUIDO ATF DAS TRANSMISSÕES 09G DE SEIS VELOCIDADES, UTILIZADAS NAS LINHAS VW/AUDI ATUALMENTE por Silvio Rocha | fotos Divulgação

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D

evido ao fato de o fluido ATF se expandir quando aquecido, a verificação do nível de fluido ATF destas transmissões deve ser efetuada quando a transmissão estiver a uma temperatura entre 35ºC e 45ºC. Pode-se utilizar um scanner ou o termômetro infravermelho apontado para o cárter para se certificar desta temperatura. A figura 1 mostra a configuração interna do cárter destas transmissões, que possuem um tubo de verificação de nível para este fim. FIGURA1

FIGURA 2

Nesta faixa, deve-se erguer o veículo e remover o tampão Allen 5 mm localizado na parte inferior do cárter, conforme mostra a figura 2. O fluido começará a escorrer por este tubo de verificação. Caso se deseje drenar todo o cárter, remove-se o tubo com a mesma chave Allen 5 mm. O técnico deverá substituir os anéis de vedação do tampão de enchimento e do tampão do tubo de verificação sempre que se verificar o nível ou drenar o fluido ATF.

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PARA A VERIFICAÇÃO CORRETA DO NÍVEL DE FLUIDO, FAÇA O SEGUINTE: ü Estacione o veículo em um piso nivelado. ü Conecte o scanner ao veículo. ü Dê partida no motor e certifique-se que o veículo (transmissão) esteja frio, abaixo de 35ºC. ü Remova o tampão do tubo de verificação de nível (Allen 5 mm). ü Visualize a temperatura do fluido à medida que a transmissão aquece. ü O ATF deverá escorrer pelo tubo de verificação assim que a temperatura da transmissão atingir 35ºC. ü Se o fluido não começar a escorrer do tampão do tubo de verificação, adicione fluido à transmissão até que ele comece a escorrer.


Outras transmissões necessitam de método similar para enchimento e verificação do nível de fluido, portanto alguns técnicos têm desenvolvido técnicas próprias de abastecimento através de alguma abertura na carcaça da transmissão. O ponto essencial para o correto procedimento de verificação e abastecimento de fluido nesta transmissão é a observância da faixa de temperatura correta do fluido ATF neste passo.

NOTA: um local fácil para abastecer a transmissão, caso ela não possua tubo de enchimento, é soltar o parafuso de fixação do conector elétrico dos solenoides (conector menor) conforme mostram as figuras 3 e 4, e

afastar ligeiramente o mesmo, colocando a ponta da mangueira de abastecimento nesta abertura. Antes deste procedimento, não se esqueça de limpar bem a área em volta do conector, evitando a entrada de impurezas na transmissão. FIGURA 3

CONSULTOR

Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

FIGURA 4


NA OFICINA

FREIO

FALHA MISTERIOSA NO FREIO ABS

PRISMA APRESENTAVA CÓDIGO DE ERRO CIRCUITO DO SENSOR DE VELOCIDADE DA RODA DIANTEIRA ESQUERDA por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

A

revista Reparação Automotiva traz para a seção Freios deste mês o reparador Bruno Neves Francisco, da Oficina Juca Bala Racing, do paulistano bairro da Freguesia do Ó, já nossa parceira, que desta feita nos conta nesta edição sobre uma falha misteriosa no sistema ABS. “Esse veículo chegou à nossa oficina com o cliente reclamando que, em frenagens leves, ele acionava o ABS e, de vez em quando, acendia a luz de avaria do ABS. Como de praxe, saímos para o teste de rodagem com o cliente e, realmente, ao pisar levemente no freio, ele aciona a bomba do ABS e a luz de avaria fica acesa no painel”, diz. Bruno relata que, após o teste de rodagem, “constatamos com scanner um código de erro circuito do sensor de velocidade da roda dianteira esquerda. Com isso, pegamos a referência dos 4 sensores e das 4 rodas. O sensor da roda dianteira esquerda tem uma pequena diferença e o próximo passo é a desmontagem”.

PROCEDIMENTO Removendo a roda do veículo,

pudemos enxergar um erro grave aqui: foi feita a troca de pastilha utilizando o disco antigo. E também foi feita a troca do sensor do ABS, porém, estes serviços foram feitos em outra oficina.

Iniciamos a desmontagem e a nossa intenção agora é chegar até o rolamento do ABS. Como vocês podem ver, já sacamos o rolamento e uma das principais causas, que prejudica a leitura do sensor, é o excesso de sujeira, que está na superfície do imã.

Outro problema que pode prejudicar essa leitura é a pista interna dele que está com defeito. Por isso que prejudica a leitura do sensor. É onde acende a luz do painel ou acaba acionando o ABS numa frenagem leve. Importante deixarmos uma dica aos companheiros de profissão, em relação à montagem do

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PARCEIRO Bruno Neves Francisco, da Oficina Juca Bala Racing

rolamento novo, porque ele tem lado e o lado correto de fazer a montagem é o lado do imã virado para o lado do sensor. Essa é a maneira certa.

Vale frisar, sem querer ser repetitivo, que se você montar o rolamento novo do lado contrário o sensor não vai conseguir fazer a leitura correta e acabará perdendo a peça. Então, portanto, atenção redobrada. E, agora, com o rolamento novo, faremos novamente o teste de rodagem para ver se tudo ocorreu certo.

Ao pisar no freio levemente, o ABS não aciona igual estava antes e a luz no painel também não fica acesa direto. Esperamos que vocês tenham gostado da nossa dica e para mais conteúdo ou se quiserem nos acompanhar no cotidiano, é só nos seguir nas redes sociais como Juca Bala Racing tanto no Facebook quanto no Instagram.


NA OFICINA

ELÉTRICA

ª 2 SISTEMA PARTE

DE CARGA

A MANUTENÇÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

Olá, amigos, continuando nossa matéria sobre o Sistema de Carga dos veículos automotores, iremos nesta edição apresentar o processo de manutenção do Alternador.

3. SOLTE OS PARAFUSOS DOS MANCAIS

Aqui tenha cuidado para não danificar a armadura do Rotor, pois o seu fechamento pode causar empeno em suas unhas, afetando o campo elétrico e, consequentemente, a produção de carga ficará danificada.

PASSO A PASSO Fique atento aos detalhes de desmontagem e montagem dos Alternadores, apesar de simples, uma pequena falha pode danificar o equipamento. 1. ATENTE-SE COMO PRENDÊ-LO À MORSA

Após soltar os parafusos, remova com cuidado o mancal traseiro, lado das escovas, para romper os fios do estator.

O Alternador deve ser preso pela mesma base que o parafusa ao suporte no motor, jamais prenda-o pelo meio da carcaça, pois poderá empenar o estator e quebrar os mancais de alumínio. 2. SOLTE O REGULADOR DE VOLTAGEM

Qualquer dano físico ao núcleo polar, também conhecido como armadura do Rotor, afetará seu desempenho e a peça deverá ser substituída.

4. APÓS RETIRAR O MANCAL, prenda o rotor na morsa, para extração da polia, ventoinha e chaveta do eixo rotor

5. EXTRAIR O ROTOR DO MANCAL DE ALOJAMENTO

Aqui iremos utilizar um saca polia de 3 garras, evitando bater ou forçar em prensa hidráulica, assim preservaremos as peças.

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do e não veda mais. A graxa é uma composição básica de sabão e óleo, por isto é colocada em quantidade correta, para não haver excesso e vazamento da mesma, que acarretará danos ao rolamento.

6. RETIRE O ROLAMENTO DIANTEIRO Da mesma forma, devemos procurar evitar danos aos componentes, aqui utilizamos uma ferramenta que desenvolvi para sacar este rolamento

sem a necessidade de prensa ou pancadas com martelos, etc. Saca rolamento, baseado nos sacas buchas de bandejas de suspensão.

8. TESTE DO ROTOR Devemos observar:

Aspectos Mecânicos ü Que não pode haver desalinhamento das sapatas polares, pois irá causar um campo elétrico deficiente, oscilação de tensões e luz de bateria piscando no painel; ü Que não poderá conter empenos e ranhuras com altos relevos, pois isso irá afetar o estator.

CONSULTOR

Leandro Marco L´Marc Assessoria Técnica A L’Marc Assessoria Técnica Automotiva é uma empresa que presta atendimento às oficinas no Triângulo Mineiro, fornecendo auxílio técnico em Reparação Automotiva. Busque formação Técnica na rede SENAI mais próxima de sua cidade e bom trabalho!

ü Se a armadura (ferragem) não está desalinhada, sem isolante de fibra e o calço do enrolamento trifásico; ü A pintura verniz do enrolamento, quanto à alteração para cor escura, que indicará trabalho forçado; ü A resistência elétrica do enrolamento trifásico e curto à massa. 10. TESTE DO CONJ. RETIFICADOR Os diodos possuem sentido único de condução de tensão, então é preciso

Aspectos Elétricos ü Medir resistência da bobina de campo e curto circuito à massa.

7. ATENÇÃO AOS ROLAMENTOS Existe um ressalto na tampa do mancal do rolamento, cuja função é manter o rolamento apoiado, evitando que o mesmo crie folga axial no mancal que o prende. Os rolamentos são preparados M I TO para rodarem 50mil km. Faz-se necessário retirar a vedação do rolamento para acrescentar graxa.

9. TESTE DO ESTATOR Devemos observar: Aspectos Mecânicos

selecionar corretamente a escala de medição do multímetro. O regulador de voltagem testado quanto à tensão de regulagem, curto circuito ou rompimento interno de seu circuito.

Este ritual é feito por muitos, mas é necessário informar que a quantidade de graxa que o fabricante coloca é a suficiente para o trabalho do rolamento. Quando se retira o retentor labial do rolamento, ele fica danifica-

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NA OFICINA

ELÉTRICA

11. TESTE DO REGULADOR DE VOLTAGEM

FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA CORRETA MANUTENÇÃO: Multímetro

Saca polia 3 garras

Bancada com Morsa Consumidores desligados

A correta manutenção do alternador evita os seguintes danos: ü Redução da vida útil da bateria; ü Redução de consumo de combustível; ü Defeitos nos sistemas gerenciados eletronicamente. A montagem é trabalho reverso, o primeiro que sai é último a ser montado.

Bancada de Teste para Alternador Ferro de Solda e Solda Estanho

* Também se faz necessário ter na oficina catálogo de peças atualizado e manual técnico de reparação.


MECÂNICO

DIA DO

20 DE DEZEMBRO

PARABÉNS, AMIGO REPARADOR!

NOSSOS SINGELOS CUMPRIMENTOS A TODOS AQUELES QUE TÊM ORGULHO DE EXERCER ESSA PROFISSÃO


NA OFICINA

MOTOR

PRESSÃO DE ÓLEO

MODULADA DA LINHA TSI AUDI Q3 APRESENTAVA DEFEITO NO SOLENOIDE E DE PRESSÃO DE ÓLEO por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

N

ilson Patrone, proprietário da conceituada oficina Power Class, localizada em São Bernardo do Campo (SP), nosso parceiro de longa data, relata nesta edição um caso de pressão de óleo modulada dos motores TSI. Segundo ele, o carro chegou à sua oficina com defeito de limitação de giro. “Acelerávamos o veículo e quando íamos andar o mesmo perdia potência, não vinha pressão de turbo, não vinha nada. Entramos com um equipamento e descobrimos que o carro estava em modo SAFE, erro de pressão de óleo, ele entrou com limitação para não quebrar, por safe. E foi quando examinamos que o veículo tinha um defeito no solenoide e de pressão de óleo”.

Para se ter uma ideia de posicionamento, o solenoide fica localizado aqui na frente do motor, que nesse caso é longitudinal, diferente de outros TSIs que são transversais, mas de qualquer forma, em todos eles o solenoide fica em frente ao motor, localizado em frente à correia de acessórios.

Segundo o experiente profissional da reparação automotiva, o item (solenoide) abre um lado, fecha outro e ele faz funcionar a pressão de óleo de acordo com o rpm, pressão de turbo, etc. Aqui, pessoal, uma imagem ilustrada do sistema funcionando. Pela ordem, o solenoide, RPM e bar.

PROCEDIMENTO Para começarmos, entramos com equipamento e ele deu erro de mau funcionamento da válvula de regulagem e pressão – que é o solenoide de pressão que vai lá perto da bomba de óleo do motor. Ok? Vamos mostrar para vocês onde é que fica o solenoide e vamos fazer alguns testes nele ainda.

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Com o equipamento apropriado, conseguimos simular o funcionamento do solenoide na bancada. Esse solenoide trabalha com 12 volts, com pulso, e temos um equipamento que conseguimos simular o solenoide. Claro, dá para medir resistência também, já que o solenoide tem a resistência ôhmica dele. E aqui conseguimos operar o solenoide.

Quem abre o solenoide é a central de injeção eletrônica e, conforme vai subindo a rotação, ele vai trabalhando de acordo com a necessidade, pressão de óleo e quando gera um erro no solenoide, ele entra em modo SAFE para


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PARCEIRO Nilson Patrone, proprietário da Oficina Power Class

proteger o carro. Então, aqui dá pra ver nitidamente como funciona: ele tem dois dutos, livra um duto e aumenta a pressão; ou ele fecha e abaixa. Bom, pessoal, vale lembrar que por qualquer defeito de pressão de óleo, por exemplo, uma bomba de óleo

com baixa pressão, um vazamento interno de bronzina, de comando, etc., pode gerar um erro de injeção no carro. Então, devemos ficar atentos e examinar o defeito de forma correta: com equipamentos, tudo certinho, o manômetro de pressão. Esse motor ‘na lenta’ trabalha

com 1.2 BAR – 2 BAR de pressão, a 2 mil RPM ele trabalha de 1.6 – 2.2 e de 3700 3 BAR – 4 BAR. Ok? Vamos nos atentar aí ao diagnóstico, mas está aí. Vale lembrar, pessoal, que temos que tomar cuidado com isso. Essa é a dica, faça os comentários que estaremos interagindo vocês. Siga nossas redes sociais e muito obrigado.


www.reparacaoautomotiva.com.br por Letícia Rocha | fotos Divulgação

O empresário Antonio Fiola, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa-SP e Nacional), investiu na certificação da oficina Dimas Reparadora, que oferece serviços de funilaria, pintura e mecânica no bairro Carandiru, em São Paulo. Fiola aderiu ao Programa de Incentivo à Qualidade (PIQ), resultado de parceria entre o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) e o Sindirepa Nacional, que tem como principal objetivo intensificar a certificação de oficinas independentes no Brasil, assegurando que estas implementem um sistema da qualidade em suas atividades profissionais.

ANTONIO FIOLA INVESTE EM CERTIFICAÇÃO DE OFICINA POR MEIO DO PROGRAMA DE INCENTIVO À QUALIDADE

Da esq. p/ dir.: Douglas Palma (IQA/ Sindirepa), Sérgio Fabiano (IQA), Antonio Fiola (Dimas Reparadora/ Sindirepa), Mario Guitti (IQA) e Luiz Sérgio Alvarenga (Sindirepa)

ZF SACHS PROMOVE TREINAMENTO DE SISTEMA DE FREIOS ABS NA CAPITAL PAULISTA Como parte do seu Programa Amigo Bom de Peça, a ZF Sachs realizou na quinta-feira, 27/11, no Senai Ipiranga, na cidade de São Paulo, um treinamento gratuito de sistema de freio ABS. A palestra técnica foi ministrada por Laercio Pereira com a orientação do técnico Daniel e o engenheiro Eduardo. O evento contou com a participação de, aproximadamente, 35 reparadores e teve duração de 2 horas e 10 minutos, 19:40 às 21:50. As inscrições foram feitas online pelo link divulgado no facebook da ZF e do Programa. Fique ligado nas redes sociais da empresa para futuros cursos!

SALÃO DO AUTOMÓVEL AGITA A CIDADE DE SÃO PAULO A 30ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo ocorreu entre os dias 8 a 18 de novembro, no São Paulo Expo. O maior evento automobilístico da América Latina trouxe inovações e novidades de montadoras e fabricantes. Durante os 11 dias de mostra, a feira recebeu 742 mil pessoas – número recorde de visitantes. Segundo a organização, foram 66 lançamentos, 45 mil test drives realizados na área externa, 1.200 atividades interativas e mais de 540 veículos em exposição. Um dos grandes destaques foi a Arena New Mobility, que discutiu o futuro da mobilidade durante os 11 dias de Salão por meio de várias palestras e debates. 48 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

VEJA MAIS FOTOS EME NOSSO SIT



www.reparacaoautomotiva.com.br

SEMANA DA MECÂNICA É REALIZADA EM CATALÃO (GO) Mais uma palestra realizada, trazendo informações ao reparador automotivo. Desta vez foi em Catalão (GO), no Senai local, fechando o evento “Semana da Mecânica”. Segundo Leandro Marco, da L’Marc Assessoria Técnica e também colunista desta revista, “foi uma semana técnica onde procurei abordar o diagnóstico avançado automotivo com o uso de todos os ferramentais. Na oportunidade, falei sobre o osciloscópio, apresentando o avanço tecnológico dos veículos e a necessidade do reparador se qualificar para a crescente demanda; e apresentei o Raven 3 Scope e os transdutores Motor Forte”, diz.

BRASIL CONQUISTA MEDALHA DE BRONZE NA EURO REPAR WORLD CUP Os brasileiros Pedro Luiz Scopino e Ricardo Cramer, associados à rede de oficinas global Euro Repar, conquistaram o terceiro lugar na 1ª Edição da Euro Repar World Cup, cuja final foi realizada recentemente na França. A competição testou, inicialmente, o nível de conhecimento de 4 mil profissionais de outros 23 países através de provas teóricas e práticas. Ao todo, cinco nações foram classificadas para a etapa final. Para garantir a vaga, duas oficinas representantes de cada país passaram por avaliações rigorosas que verificaram também o grau de preparo dos competidores em assuntos ligados à administração dos negócios.

DELPHI TECHNOLOGIES ATINGE A MARCA DE 1 MILHÃO DE VELAS VENDIDAS Em pouco mais de um ano desde o início de sua comercialização, a Delphi Technologies alcançou a marca de 1 milhão de velas de ignição vendidas para o aftermarket no Brasil. Lançado na Automec 2017 e disponibilizado para o mercado no segundo semestre do ano passado, o produto é oferecido em quatro 50 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

versões – D-Power, Yttrium, Iridium e Platinum, todas contando com a exclusiva tecnologia Blue Power. A Delphi Technologies orienta que a peça seja inspecionada a cada 10 mil quilômetros, anualmente, ou conforme recomendação do fabricante. Para mais informações, visite: www. delphiautoparts.com


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