Reparação Automotiva 132

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EDIÇÃO 132 Setembro de 2019

GERAÇÃO DE

DEMANDA OS CAMINHOS PARA QUE A SUA OFICINA ESTEJA SEMPRE MOVIMENTADA

Ter constantemente movimento na oficina nem sempre é uma tarefa fácil, mas o fundamental é buscar formas para que se mantenha um ritmo frequente de clientes antigos e atraindo os novos para dentro de casa. Cada oficina adota uma estratégia para esta finalidade e casos bem-sucedidos não faltam.

MEIO AMBIENTE

Entrevista com Manoel Browne, diretor de RI, Sustentabilidade e Jurídico da Lwart Lubrificantes

NISSAN MARCH 2014

Veículo com cerca de 50 mil quilômetros apresentava ruído ao esterçar o volante

ENFAUTO 2019

Ocorreu no mês de agosto, em Florianópolis (SC), reuniu 380 empresários e 10 expositores

MOTOR E.TORQ.

Reparador relata caso de um Fiat Idea com vazamento de água no sistema de arrefecimento

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS


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SUMÁRIO EDIÇÃO 132 | SETEMBRO 2019

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04. ENTREVISTA

Manoel Browne, diretor de RI, Sustentabilidade e Jurídico da Lwart Lubrificantes

10. NEGÓCIOS

MAIS QUE UMA REVISTA:

Na seção, relacionamentos duradouros para trazerem rentabilidade aos negócios

A CONEXÃO ENTRE FABRICANTES E REPARADORES

12. CAPA

Nesta edição, em geração de demanda, os caminhos para uma oficina sempre cheia

19. ENFAUTO

3ª edição do evento ocorreu nos dias 16 e 17/08, na cidade de Florianópolis (SC)

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28. ARTIGO

O futuro das oficinas em uma série sobre o novo ambiente de negócios no setor

30. MOTOR

Idea com motor e.torq. apresentava vazamento de água no sistema de arrefecimento

32. ELÉTRICA

Leandro Marco, em seu artigo, fala acerca de Sistemas Elétricos e o Rota 2030

36. SUSPENSÃO DIRETORIA Diretor de Negócios Flavio Guerra Diretor de Negócios Carlos de Oliveira REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) redacao@ibreditora.com.br Redatora Karin Fuchs ARTE Designer Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br MARKETING & COMERCIAL Consultora de Vendas Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br Marketing & Digital Tatiane Lopez marketing@ibreditora.com.br Mônica Macedo marketing1@ibreditora. com.br Consultor de Negócios Jeison Lima consultor@ibreditora.com.br Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br PRODUTORA AUDIOVISUAL Coordenador Wanderlei Castro produtora@ibreditora.com.br

Procedimento a respeito do ruído ao esterçar o volante do Nissan March 2014 COMUNIQUE-SE COM O MERCADO AUTOMOTIVO Reparação Automotiva muito mais que uma revista, a conexão entre fabricantes e reparadores. comercial@ibreditora.com.br

IMPRESSÃO: GRÁFICA OCEANO

40. ESPECIAL

TIRAGEM: 30 MIL EXEMPLARES 60 MIL EXEMPLARES

Evento de oficina parceira sobre híbridos e elétricos movimenta Brusque (SC)

ENVIADOS PARA E-MAIL’S CADASTRADOS

42. AUTOMOBILISMO A evolução dos pit stops: segundos que podem fazer o piloto vencer uma prova

FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 ATENDIMENTO AO LEITOR contato@ibreditora.com.br Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: redacao@ibreditora.com.br

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ENTREVISTA / LWART LUBRIFICANTES

AJUDANDO O MEIO AMBIENTE

A ATIVIDADE SUSTENTÁVEL DA LWART LUBRIFICANTES POUPA OS RECURSOS NATURAIS QUANDO RETIRA DO MERCADO UM RESÍDUO NOCIVO E FECHA O CICLO DE VIDA DO PRODUTO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

A nossa entrevista desta edição é com Manoel Browne, diretor de RI, Sustentabilidade e Jurídico da Lwart Lubrificantes, que hoje possui uma moderna estrutura logística, com 16 Centros de Coleta localizados estrategicamente em todo o País, uma equipe devidamente treinada e uma frota própria de mais de 320 veículos, o que faz com que a empresa seja também a única no setor com atuação nacional.

04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Reparação Automotiva – Em primeiro lugar, gostaria que contasse um pouco da história da Lwart, quando foi criada, quais serviços prestava no começo, as principais dificuldades de permanecer no mercado, etc. Manoel Browne - A Lwart Lubrificantes é uma das empresas do Grupo Lwart, de Lençóis Paulista (SP), e foi a primeira divisão de negócios do Grupo a ser criada, em 1975. O acrônimo LWART tem origem nos nomes dos fundadores do negócio – Luiz, Wilson, Alberto e Renato – mais o sobrenome Trecenti. No início da década de 70, os irmãos Trecenti ampliavam as atividades de negócios anteriores da família e começaram a se dedicar à atividade metalúrgica, instalaram uma laminação de ferro, para produzir vergalhões para as construções, estruturas metálicas e equipamentos agrícolas. Com o crescimento da demanda industrial no Brasil, a companhia passou a fornecer seus produtos para clientes em outros Estados, o que gerou a necessidade de viagens frequentes, para participar de concorrências promovidas por diferentes empresas. Numa dessas viagens, Renato Trecenti conheceu o trabalho de um homem que coletava óleo lubrificante usado para vender a uma companhia rerrefi-

nadora. Vislumbrou, então, uma oportunidade, em um encontro inesperado que mudaria os rumos dos negócios da família na cidade paulista. Foi o fato determinante para a fundação, em 1975, da Lwart Lubrificantes. Desde a sua criação, a empresa já assumiu a posição de destaque no mercado de rerrefino, bem posicionada em capacidade, tecnologia e qualidade, com a incorporação das mais modernas tecnologias disponíveis à época. A Lwart Lubrificantes realiza, há mais de 40 anos, um trabalho fundamental para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do País: a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC). Líder no País no setor em que atua, a Lwart Lubrificantes é a única indústria de rerrefino da América Latina a produzir o óleo mineral básico do Grupo II, produto de alta qualidade em razão dos altos índices de pureza e desempenho, seguindo as especificações internacionais da API (American Petroleum Institute). Um dos grandes desafios em se manter no segmento está no fato de que atualmente, no final do século XX, principalmente com as mudanças no clima, há a necessidade urgente de adoção de um novo modelo de produção, consumo e do próprio modo de viver no planeta, o que garante boas condições e recursos para as futuras gerações. Para as empresas, significa desenvolver processos e itens baseados na gestão susten-


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reparacaoautomotiva.com.br tável. Ou seja, conduzir negócios de forma sustentável, tornando-os economicamente viáveis, ecologicamente corretos, socialmente justos e culturalmente aceitos. O comprometimento com as boas práticas e com a responsabilidade corporativa deve ser o principal condutor desta nova “revolução industrial”. Não faz mais sentido pensar apenas na produção de um determinado produto analisando somente o seu processo de fabricação. Deve-se cuidar da origem da matéria-prima até o descarte do item após o seu uso e de como é possível reaproveitá-lo. Nesse contexto, o consumidor também desempenha um papel de corresponsabilidade para que isso seja efetivamente uma realidade. Em relação ao OLUC, matéria-prima primordial para a Lwart Lubrificantes, o prejuízo ao meio ambiente gerado pelo descarte inadequado deste resíduo é enorme. Apenas 1 litro de óleo lubrificante usado descartado na água contamina 1 milhão de litros e os gases emitidos por queima não controlada do óleo são altamente poluentes. Evitar que o óleo lubrificante usado polua a água e o ar é fundamental para a preservação do meio ambiente. Além disso, a sua transformação em óleo mineral básico é o melhor e mais nobre destino que se pode dar a esse resíduo perigoso. E isso é possível por meio do processo de rerrefino, processo industrial é semelhante ao do refino de petróleo em complexidade e tecnologia. O rerrefino resgata as propriedades originais do óleo básico, matéria-prima nobre oriunda do petróleo, que é um recurso não renovável e que “não terá outra safra”. De acordo com a legislação brasileira (regida pela pelas leis do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente - e portarias da ANP - Agência Nacional do Petróleo),

todo óleo lubrificante usado deve ser rerrefinado. Descartá-lo de qualquer outra forma incorre em crime ambiental. Portanto, esse trabalho tão importante para o meio ambiente só pode ser realizado por meio da conscientização ambiental das diversas fontes geradoras (postos de troca, concessionárias, oficinas, transportadoras, indústrias, etc.) e de nós, consumidores, que somos corresponsáveis no cumprimento da lei. Na hora de trocar o óleo de nossos automóveis ou motocicletas, deve-se sempre optar por locais que acondicionem corretamente o óleo usado e que o destinem ao rerrefino. Hoje, a Lwart Lubrificantes possui uma moderna estrutura logística, com 16 Centros de Coleta localizados estrategicamente em todo o País, uma equipe devidamente treinada e uma frota própria de mais de 320 veículos, o que faz com que a empresa seja também a única no setor com atuação nacional. A atividade sustentável da Lwart Lubrificantes poupa os recursos naturais e contribui para a preservação ambiental, quando retira do mercado um resíduo nocivo e fecha o ciclo de vida do produto, que pode ser utilizado infinitas vezes para a produção de lubrificantes. RA - Quais as principais novidades e tecnologias empregadas no processo de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado, além das certificações? MB - A Lwart Lubrificantes é a única produtora de óleo mineral básico do Grupo II na América Latina e, também, atua com outros subprodutos como óleo agrícola e isolante. Além de possuir um moderno Centro de Tecnologia Analítica – LWARTECH – para pesquisas e análises. O grande diferencial tecnológico da empresa é a utilização do hidrotratamento como processo de produção dos óleos bási-

cos do Grupo II, que recebem essa classificação da API (American Petroleum Institute) e permite a aplicação em lubrificantes de mais alto desempenho. A alta pureza e a performance desses óleos básicos abrem uma série de possibilidades de aplicação em outros itens, como óleos agrícolas, isolantes e de grau alimentício, recentemente lançados. RA - Por favor, explique como se dá esse processo e o destino que o produto tem. MB - A coleta do óleo lubrificante usado e contaminado (OLUC) e o rerrefino posterior permitem novamente a produção do óleo mineral básico do Grupo II de alta qualidade, utilizando-se alta tecnologia. Com isso, essa matéria-prima reaproveitada de alto valor agregado volta ao início da cadeia produtiva, sendo utilizada na produção do óleo lubrificante e retornando ao mercado para consumo. Na natureza, nada se perde. Esse processo de logística reversa é feito pela Lwart Lubrificantes em todas as regiões do País, com cobertura em mais de 4 mil municípios. O transporte é realizado com segurança e eficiência até a rerrefinaria, com alta tecnologia. Sobre o aproveitamento, a transformação dos resíduos em produtos nobres atinge uma taxa de conversão acima de 70%. E o que sobra, ainda é aproveitado por outras cadeias produtivas como agronegócio, setor elétrico e de construção civil.

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ENTREVISTA / LWART LUBRIFICANTES RA - Fale sobre o ciclo do óleo lubrificante usado que continua mesmo após sair do motor. MB - Uma vez que o óleo lubrificante perde sua finalidade de lubrificação, o que ocorre porque suas propriedades químicas se degradam durante o uso, o óleo usado ou contaminado (OLUC), precisa receber a destinação ambiental adequada. A solução é o rerrefino. Neste processo industrial, é realizada a descontaminação e a restauração da molécula de carbono como óleo mineral básico. Em seguida, esse produto sustentável e renovado retorna para a indústria formuladora que o utiliza como matéria-prima, mais uma vez, para a produção de um novo óleo lubrificante. É um circuito virtuoso de muito valor agregado para a cadeia produtiva. RA - Discorra por favor a respeito do

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posicionamento da Lwart no setor automotivo e quais as ações com o segmento. MB - O setor automotivo é muito representativo para a Lwart Lubrificantes, já que a frota nacional de aproximadamente 48 milhões de veículos gera grande volume de óleo usado. O resíduo do mercado automotivo é integralmente aproveitado pelo rerrefino. Há diversas iniciativas no segmento com o objetivo de mostrar a importância do recolhimento e da destinação correta do óleo usado. Além disso, a Lwart Lubrificantes atua como uma importante fornecedora de materiais para o setor automotivo. Inserida na cadeia dos lubrificantes, ela fornece óleos básicos de excelente qualidade às formuladoras, que os direciona, principalmente, para a produção de lubrificantes automotivos de alto desempenho.

RA - Como a empresa enxerga o atual cenário no quesito oportunidades e desafios? MB - A empresa vem investindo constantemente em tecnologia de ponta para transformar resíduos em produto de alto valor agregado. Possui uma moderna estrutura logística em todo o País, tem um know-how de décadas no mercado, e acredita que as oportunidades serão maiores à medida em que alguns desafios forem superados: mais conscientização das fontes geradoras (setor automotivo, postos, oficinas, indústrias, etc.) para a adequada coleta e destinação dos resíduos e maior presença do setor público para orientar e combater a destinação ilegal. Feito isso, será possível utilizar toda a capacidade instalada, atualmente com ociosidade, além de aumentar o nível de segurança para novos investimentos.


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NEGÓCIOS RELAÇÃO COM O CLIENTE NEGÓCIOS / /SERVIÇO DIFERENCIADO por Karin Fuchs | fotos Divulgação

ANDRÉ SANTOS, fundador da Treinaseg

RELACIONAMENTOS DURADOUROS PARA TRAZEREM RENTABILIDADE AOS SEUS NEGÓCIOS Segundo consultor entrevistado, foque em cativar seus clientes e não apenas na rentabilidade da sua oficina de imediato

T

oda oficina mecânica trabalha com um único objetivo: atender a demanda dos clientes. Mas é preciso pensar que mais importante do que solucionar os problemas de imediato dos veículos, é preciso criar um relacionamento duradouro com eles, para que não apenas clientes te indiquem para outros, mas para que eles tragam rentabilidade para os seus negócios.

o cliente não se sentir “invadido”, uma vez que se ele não quiser, pode bloquear as mensagens. Mas vale lembrar que se o conteúdo for interessante, se você estiver fazendo um marketing de conteúdo, ele terá a sua credibilidade. Também podem ser usadas ferramentas como o Facebook e o Instagram. A dica de Santos é que as mensagens por e-mail tenham uma periodicidade semanal.

O primeiro passo, conforme orienta André Santos, fundador da Treinaseg, é criar um banco de dados com as informações dos seus clientes e de seus veículos. “A partir daí, você pode se tornar uma fonte de informações, enviando para eles e-mails com dicas e orientações para cuidarem melhor de seus veículos. Isto pode ser feito pelas mídias sociais, como o WhatsApp, mas eu acho o mais indicado que seja feito por e-mail”.

CULTIVE O CLIENTE – Quando o cliente entra na sua oficina ele quer ter a confiança de que o serviço será bem feito. Esta credibilidade é o grande passo para o caminho da fidelização, por isso, indentifique o que o cliente busca no atendimento. E quando mais personalizado, melhor será.

E até como uma forma para 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“É fundamental tentar entender as necessidades dos clientes, o que eles gostariam que você oferecesse, e avaliar se elas são viáveis economicamente. Eu, por exemplo, gostaria

muito que a oficina oferecesse o serviço de leva e traz”, diz Santos. Lembre-se de que, assim como você gosta de ser bem atendido, com o seu cliente não é diferente. Por isso, na hora de apresentar o orçamento faça da forma mais explicativa possível, para que ele não se assuste com os valores, mas para que compreenda que o serviço se traduz em segurança para o cliente e sua família. E peça sempre para ele avaliar o seu atendimento, os seus serviços. CLIENTE PARTICIPATIVO – Nada melhor do que ter o retorno dos seus clientes, como uma ferramenta para medir a sua eficiência. André Santos diz que isto pode ser feito por e-mail. “Você pode enviar um questionário simples ao seu cliente, perguntando se ele gostou do atendimento e do serviço, agradecendo por ter ido à sua oficina e perguntando se ele gostaria de deixar algum comentário”.


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reparacaoautomotiva.com.br Ele também sugere que no e-mail contenha uma escala de nota de 0 a 10, para que o cliente avalie a qualidade da oficina, questionando igualmente se ele te indicaria para outros possíveis clientes. “Também na própria oficina você pode disponibilizar um espaço para os comentários dos clientes. Isto é uma forma de você fazer uma medição e prover melhorias”. Melhorias que podem ser traduzidas em correções para melhorar a experiência do cliente e abrir a possibilidade de oferecer outros serviços que agreguem valor ao seu negócio e que, consequentemente, podem te trazer mais rentabilidade. Sempre pensando no que o seu freguês busca, já que é justamente um cliente engajado, opinativo, que dá o retorno, o termômetro de que você está no caminho certo.

NO DIA A DIA Proprietário do FTP Centro Automotivo, em Fortaleza (CE), Tiago Melo (foto) conta como cultiva na prática um relacionamento duradouro com os seus clientes. A começar por oferecer serviços de mecânica em geral e elétrica para veículos nacionais e importados. “O nosso relacionamento com o cliente começa em oferecer serviços completos para o seu veículo e nós criamos um vínculo de confiança para que ele realmente seja nosso parceiro e faça o serviço na nossa empresa”. Para ele, nada dispensa os olhos do dono. “Eu me preocupo muito em estar à frente no atendimento, em estar mais próximo ao cliente e dar atenção a ele. Em explicar com detalhes o serviço que precisa ser feito, de forma muito transparente, justamente para termos um relacionamento de confiança”. E o cliente foca também no pós-venda

com medidores. “Sempre após o serviço executado, nós perguntamos se ficou bom e se ele tem alguma reclamação. É importante este retorno para sabermos como foi a experiência dele e para identificar se tem algo que possamos melhorar. Sempre com foco na satisfação do cliente, para que ele volte, pois hoje em dia o mercado tem muita concorrência”. No quesito medidores, a pesquisa de satisfação é feita de duas formas: por indicações no pós-venda e também pelo WhatsApp com os clientes. “O nosso retorno é bem aceitável, ele é muito bom. Temos um índice muito baixo de reclamações e isso significa um índice alto de fidelização”, conclui.

Veja na versão digital mais um importante tópico.


CAPA / GERAÇÃO DE DEMANDA

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

GERAÇÃO DE DEMANDA

OS CAMINHOS PARA UMA OFICINA SEMPRE CHEIA Não é fácil ter movimento constante, mas o fundamental é buscar formas para se manter um ritmo frequente de clientes antigos e novos

C

ada oficina adota uma estratégia para esta finalidade, o que podemos chamar de geração de demanda, e casos bem-sucedidos não faltam. A começar pelo conceito, Glauber Serafim, sócio-fundador da Elévon, agência de marketing, esclarece que geração de demanda é criar estratégias de marketing para atrair oportunidades de venda de forma recorrente, previsível e escalável. “De forma que a empresa não dependa de indicações ou da sorte. Mas sim, que tenha uma previsibilidade de renda recorrente”, ressalta.

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O primeiro passo é ter um bom posicionamento de marca. “Definir os valores da empresa, qual é o problema principal que ela ajuda seus clientes a resolverem, chamamos isso de Proposta de Valor. Quem é o seu público, chamamos isso de Persona, e mapear seu diferencial competitivo, para que seja um ponto de decisão na hora da compra”. No site da Elévon tem várias dicas: https://www.elevon.com.br/como-se-posicionar-no-mercado/ Para de fato gerar demanda, Serafim diz que é imprescindível a empresa ter um site, que comunique

isso de maneira precisa e imediata aos seus clientes. “Por isso, é importante ter um bom storytelling e Call To Actions, que são chamadas de ação que buscam levar o visitante a realizar as ações que cada página se propõe. Além do site, é importante definir onde seu público está na internet. Quais redes sociais eles usam”. Ele sugere a contratação de uma ferramenta de gestão de marketing como RD Station, BullDesk ou similares. “Dependendo do tamanho da empresa e da equipe de vendas, também ter um GLAUBER SERAFIM, sóciofundador da Elévon, agência de marketing


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reparacaoautomotiva.com.br CRM já alinhado. Costumamos sugerir o Pipedrive para nossos clientes. Essas são as ferramentas principais, mas utilizamos muitas outras”. E foco no conteúdo. “Temos que pensar que o objetivo do marketing é ajudar a empresa a ser vista como referência e a atrair mais clientes todo mês. Para isso, é importante que sejam criados conteúdos que tenham relevância para o seu público. Com dicas sobre carros, películas, manutenção, dia a dia, tratamentos especializados, viagens e acessórios”. O grande diferencial é você entender qual é a “dor” que esse público tem. “O que eles costumam procurar no Google? Que tipo de perguntas tem? Se você escreve no blog do seu site artigos respondendo isso, quando as pessoas forem procurar, vão encontrar você como resposta. E você, cada vez mais, será percebido como referência. Também, esse conteúdo pode ser publicado nas redes sociais para atrair pessoas que nem estavam ainda procurando”. Confira, na versão digital, cases de clientes atendidos pela Elévon. NO DIA A DIA - Consultor da Marchiori Consultoria e Assessoria, Rodimar Marchiori, valida que é fundamental a oficina ter um site. “Ele dá um status de empresa organizada, com uma mensagem mais clara quanto à sua qualidade para o cliente. E também o Google funciona bem, quando o cliente não tem um mecânico de confiança, ele busca nesta ferramenta. Às vezes funciona até mais que em uma rede social, principalmente em cidades grandes”. Ele comenta que na hora da divulgação, muitos se esquecem de utilizar as plataformas para que realmente o cliente perceba a sua empre-

CONSULTOR DA MARCHIORI Consultoria e Assessoria, Rodimar Marchiori

sa. “Se colocar apenas preço, a mensagem é de uma ação promocional e o cliente chegará na sua oficina em busca apenas disso. Apresente a sua empresa, fale dos seus diferenciais, as inovações. Utilize as plataformas para vender a sua cultura e não para uma mera divulgação”. Segundo Marchiori, o perfil de cliente desejado é aquele que aprova o orçamento. Mas para alcançar isso, é preciso quebrar um paradigma. “Com receio do cliente não aprovar o orçamento, muitas oficinas realizam somente o procedimento que foi solicitado, como, por exemplo, uma troca de pastilha, sem que seja informado ao cliente o que precisa ser feito no veículo. É preciso transformar o conceito de venda em diagnóstico informativo. Se conseguir criar uma relação de confiança, automaticamente o diagnóstico será vendido com mais facilidade”.

ESTEJA PREPARADO - Antes de pensar em gerar demanda, Bárbara Brier, da Oficina Amiga da Mulher, empresa de treinamento e consultoria, afirma que é preciso estar preparado para atendê-la, ter no mínimo uma estrutura organizada e processos, de forma que ao chegar na sua oficina, o cliente se sinta mais confortável para ser atendido. E assim como Marchiori, seja por divulgação off-line (anúncio em rádio, TV ou jornal de bairro) ou on-line (redes sociais), Bárbara Brier frisa que o conteúdo é fundamental. “Não adianta apenas mostrar que você existe. É preciso entregar conteúdo, o que você faz, como você trabalha e os seus diferenciais para se tornar muito mais atrativo para o cliente”. Outra dica é trazer o cliente para o universo da sua oficina, como, por exemplo, realizando eventos, palestras e dando dicas de manutenção. “Muitas oficinas fazem parcerias com clubes de carros antigos, outras patrocinam times de futebol de bairro, o que dá muito certo. O segredo é se relacionar, principalmente com a sua comunidade. Existe um raio máximo que o cliente irá se deslocar até você e se não trabalhar estas frentes, você não conseguirá gerar demandas”.

BÁRBARA BRIER, da Oficina Amiga da Mulher, empresa de treinamento e consultoria

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CAPA / GERAÇÃO DE DEMANDA TRANSFORMAÇÃO - Desde pequena, Karine Quinjalmo ajudava o seu pai na oficina, a Quinjalmo Assistência Automotiva, que tem 45 anos de mercado, em Campo Grande (RS). Anos depois, a empresa passou por um período turbulento por causa dos altos e baixos da economia local. “Ela estava praticamente falida e foi quando eu entrei, de fato, e fizemos um processo de reestruturação, baseado em um modelo de excelência de gestão, que aqui no Rio Grande do Sul é o Programa de Qualidade e Produtividade”. O sucesso foi tanto que ela virou consultora. O trabalho consistiu em identificar os pontos fortes da Quinjalmo e quem era o público-alvo. A oportunidade identificada foi cuidar de veículos que saíam do período de garantia, oferecendo não um pacote completo de serviços como é feito nas conces-

sionárias, mas de acordo com o perfil de uso. E a geração de demanda tem como foco os clientes atuais. “Nós também trabalhamos com as redes sociais e com o marketing. Porém, como o cliente novo é sete vezes mais caro do que o atual, nós focamos na fidelidade, na recorrência dos nossos clientes na oficina”. Para os novos clientes, tudo começa com a troca de óleo, seguida por um checklist completo. “Nós desenvolvemos um plano de fidelidade baseado na troca de óleo. Nós temos uma parceria com a Castrol e uma das nossas ações é beneficiar entidades carentes, como a APAE. A cada novo cliente que vem de lá, nós destinamos para eles cinco litros de leite, a Castrol nos dá um respaldo financeiro para isso. Assim, buscamos novos clientes para este plano de fidelidade”.

KARINE QUINJALMO, gerente da Quinjalmo Assistência Automotiva, empresa com 45 anos em Campo Grande (RS)

Do checklist, o cliente (novo e antigo) é orientado o que precisa ser feito no seu carro e o que precisará ser feito em um determinado prazo, de forma que ele também consiga se planejar financeiramente. O trabalho da Quinjalmo é voltado para a manutenção preventiva. “O nosso próprio sistema gerencia o prazo de retorno do cliente, ele nos dá um alerta e nós entramos em contato com ele para agendarmos o serviço”.


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CAPA / GERAÇÃO DE DEMANDA O que gera mais produtividade na oficina. “Como já sabemos o que será feito no veículo, a nossa produção não é interrompida, pois temos metade do trabalho pronto: o diagnóstico, quanto tempo levará para a execução do serviço e a peça já dentro de casa”. Um modelo que traz resultados mensurados. “30% da demanda na oficina, as ordens de serviço, são em função da troca do óleo. Com isso, 60% das nossas atividades são focadas na manutenção preventiva. E somente as trocas de óleo representam 48% do faturamento da oficina”. RELACIONAMENTO - Na Ímola Centro Automotivo, em Nova Trento (SC), além do eficiente checklist que também foca na manutenção preventiva e no retorno do cliente com agendamento prévio para

serviços e trocas que precisam ser realizadas, de acordo com a quilometragem do veículo, o gerente Comercial, Luiz Carlos de Lima Jr., conta que o objetivo é ter um fluxo constante dentro da oficina. “O que fazemos é um controle bem efetivo da agenda, que fica bem visível para o setor de atendimento e, principalmente, para o chefe de oficina coordenar. Isso dá um bom resultado para evitar dias com muito movimento e dias com pouco”. Para os antigos clientes, o checklist, que contempla 149 itens, funciona como uma prestação de serviço. “O checklist é uma ferramenta que trabalhamos muito fortemente aqui e montamos o orçamento de acordo com as condições do cliente. Claro que para a seguran-

LUIZ CARLOS DE LIMA JR., gerente Comercial, Ímola Centro Automotivo, em Nova Trento (SC)

ça dele, nós apresentamos o que precisa ser feito e o que será necessário mais adiante. Com base nisso, você tem um relatório de previsão e de revisão do veículo”. Semanalmente, por um sistema é gerada uma lista de clientes que precisam retornar à oficina para a manutenção preventiva ou troca de óleo. “Isto funciona muito bem e gera fidelização, pois a ideia não é



CAPA / GERAÇÃO DE DEMANDA somente vender, mas travar um relacionamento com o cliente, com uma prestação de serviços que envolve a informação para que ele tenha segurança em usufruir do seu veículo”. Para novos clientes, o trabalho é voltado para as redes sociais, principalmente com vídeos orientativos no Instagram. “Nós tentamos traduzir em segurança o que uma peça significa, para o público em geral, que às vezes não tem o conhecimento apurado da necessidade da realização do serviço. Nós temos um acervo de vídeos que publicamos, informativos e com dicas, para que o público tenha uma relação com a oficina”. PÚBLICO FEMININO - Na Mega Car, com praticamente 30 anos de atividades em São Paulo (SP), José Natal da Silva conta que com os clientes antigos já foi conquistado um pa-

tamar de fidelização, o que por si só gera demanda. “Manter nossos clientes não é uma dificuldade, pois nós temos uma grande transparência no atendimento e primamos pela honestidade. E o que fazemos é trabalharmos com ações, como em datas específicas, entre elas, o Dia dos Pais, Outubro Rosa e Novembro Azul”. Segundo ele, o desafio é atrair o público jovem para a oficina, mas ele teve uma solução. “Para trazer este público é preciso ter dentro do meu quadro de funcionários pessoas jovens, que falam a mesma língua e que estejam nas redes sociais. Tem que ter um jovem que atenda este público e nós temos usado muito o Instagram, pois o Facebook ficou meio de lado pelos jovens”. O que tem trazido também resultados é o aumento do público

JOSÉ NATAL DA SILVA proprietário da Mega Car, com praticamente 30 anos de atividades em São Paulo (SP)

feminino. “É um público bastante difícil de trabalhar, mas depois de conquistado, ele é fiel. Mostrando que estamos aqui para atendê-las, de forma correta, séria e transparente, com preços justos, quando se consegue mostrar isso, as mulheres passam a confiar em você. Sempre recebemos novas clientes e já fizemos palestras para mulheres, explicando os conceitos do carro, mostrando que o carro precisa de manutenção”.


EVENTO / ENFAUTO 2019

por Silvio Rocha | fotos Wanderlei Castro / Divulgação

3ª EDIÇÃO DO ENFAUTO

ENCONTRO NACIONAL E FEIRA DO CONHECIMENTO Aconteceu em 16 e 17/08, em Florianópolis (SC), reuniu 380 empresários da reparação automotiva de todo o Brasil e 10 expositores

N

os dias 16 e 17 de agosto, em Canasvieiras, Florianópolis (SC), aconteceu o ENFAUTO (Encontro Nacional e Feira do Conhecimento da Reparação Automotiva), organizado pelo NEA-SC (Núcleo Estadual de Automecânicas) e a ARVESC (Associação de Reparadores de Veículos de Santa Catarina), que reuniu 380 participantes, empresários de oficinas mecânicas de todo o Brasil, e 10 expositores (fabricantes de autopeças e equipamentos), e ainda contou com o apoio institucional: ABNT, FACISC, INSTITUTO DE TECNOLOGIA SENAI, IQA, SEBRAE, SENAC, SEST SENAT, SINDIREPA e REVISTA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA.

Para o coordenador do NEA-SC e ARVESC, Anderson Marchi, “o ENFAUTO 2019 foi ótimo, o tema ‘Ser diferente para fazer a diferença’ vem ao encontro a demanda do setor. Procuramos fazer um evento que tivesse um alinhamento entre boas práticas administrativas, as novas tecnologias que serão implementadas nos veículos nos próximos anos e as tendências de mercado. Essa linha o tornou muito produtivo e atraiu nossa capacidade máxima de participantes. Outro aspecto positivo é a aproximação de grupos empresariais do setor, fazendo troca de experiências, inclusive com a presença de fabricantes e distribuidores”, diz. Coordenador do NEA-SC e ARVESC, ANDERSON MARCHI

Nesta edição do evento, de acordo com o consultor Rodimar Marchiori, “ainda predominou o foco Gestão, porém incluímos alguns debates estratégicos que tiram o sono dos empresários do setor, como palestras sobre inovações tecnológicas e o impacto nas oficinas, o Desafio da Liderança ante as novas Gerações, Legislação Trabalhista: quais sãos as oportunidades para as empresas com as mudanças e


EVENTO / ENFAUTO 2019 o Painel a respeito de Compra de Peças pela Internet. Pelo depoimento de vários participantes, foram temas que criaram uma nova perspectiva através da reflexão sobre o conteúdo apresentado”, conta. Ainda conforme o consultor, “a Diretoria do Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa Catarina vem avalizando o formato atual, havendo sim uma reflexão quando elaborada a proposta atualizada de acompanhar tendências e perspectivas futuras para oferecer aos participantes soluções práticas para que possam melhorar suas empresas e também se preparar para o futuro. A inovação desta edição ficou por conta da inclusão da palestra técnica focada em inovação (carros elétricos e o impacto da tecnologia dos automóveis nas oficinas). Para a próxima, podem ter certeza que terão surpresas para surpreender ainda mais”, afirma. O coordenador do NEA-SC e ARVESC entende que somente com a união destes diversos grupos será possível mudar a realidade da reparação independente no País. “Para se ter uma ideia, estamos planejando, para 2021, um ENFAUTO muito melhor, com espaço físico maior e temas ainda mais relevantes. O segmento automotivo muda numa velocidade impressionante, precisamos estar atentos e o ENFAUTO é uma ótima oportunidade para acompanhar essa evolução, ampliar nossa rede de contatos dentro do mercado e, principalmente, rever os amigos”.

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CONTEÚDO ALINHADO - Com relação aos temas propostos do evento, “existe um cuidado da organização em alinhar o conteúdo com a realidade do mercado de reparação automotiva, então os palestrantes recebem um briefing sobre as características da cultura empresarial e estrutura das empresas do setor, para que possam formatar uma palestra com teor que se torne prático e de fácil compreensão para aplicação pós encontro. É claro que compreendemos que esse é sempre um desafio, mas acredito que conseguimos na maior parte da programação obter êxito e assim facilitar a aplicação do conteúdo pós evento”, diz Rodimar. A respeito da presença de representantes de todo o Brasil, “a participação de empresários de outros estados acontece desde 2009, por consequência do histórico positivo da união do setor de reparação em Santa Catarina, e a cada edição conseguimos um número maior, nas edições passadas representava em torno de 5% a 8% do público, nesta representou 15%, o que é com certeza um reconhecimento da importância do evento. Cito o ENFAUTO como um evento diferenciado justamente pelo motivo de ser construído por empresários que estudam o mer-

cado em conjunto, compartilhando visões e buscando soluções há mais de 20 anos”, conta. O consultor (foto abaixo) descreve que “pelo histórico do evento e maturidade do processo é seguro afirmar que é o principal encontro de Grupos no País, não menosprezando outros eventos que são importantes do setor, não vamos falar em quantidade de pessoas ou indústrias presentes, vamos falar em foco e persistência, pois mais de 70% dos participantes fazem parte do

processo de amadurecimento do ENFAUTO e, de certa forma, em algum momento, contribuíram para o crescimento do evento, uma vez que muitos deles frequentam há mais de 10 anos e ajudam com suas opiniões a construir a melhor proposta”. “Como organizador de cinco dições, de 2009 a 2019, posso afirmar que o grande diferencial do ENFAUTO é a construção, onde buscamos a essência da necessidade dos empresários através das demandas apresentadas por eles nas reuniões estaduais e a vantagem de ter um canal de comunicação constante com mais de 380 empresários”, relata Marchiori, que tem sua história como consultor no setor iniciada em 2005. Trabalhou com empresas ligadas a grupos (Núcleos) e outras não, que têm visões diferentes de um mesmo mercado.



EVENTO / ENFAUTO 2019

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“O Enfauto é voltado para o setor de reparação automotiva independente e para a parte de gestão. Nós, do NEA/ARVESC, como coordenadores do evento, tomamos muito cuidado na escolha dos palestrantes para realmente trazer novidades do segmento”.

“Apresentei um cenário onde se justificaram as principais forças que estão atuando para o desenvolvimento tecnológico acelerado dos veículos, como impactaram as grandes empresas do setor e como a velocidade das inovações tem crescido a cada ano”.

“Nós falamos na palestra sobre inovação dos núcleos no Brasil. O Sindirepa trouxe o case dele, com processos automotivos que foram treinamentos – no qual a gente fez uma troca de experiências, com outros núcleos regionais, estaduais que vieram”.

“Para nós foi muito importante participar do evento que conta com um público especializado e possui grande relevância para o setor de reparação, já que abrange temas técnicos e de gestão, colaborando para a evolução dos profissionais e empresas do aftermarket”.

Roberto Turatti (Billy) – NEA/ARVESC

Eduardo Colzani – Sindirepa-SC

“Por ser a primeira vez que participamos, foi muito interessante. A nossa caravana trouxe 10 pessoas, 10 empresários. Destaco as palestras de Gestão de Pessoas: sobre como contratar e outra a respeito de gestão de colaboradores, que foram muito interessantes”.

Glauco Dias - G13

“Nós levamos um grupo de seis empresários para o evento e uma das coisas mais importantes foi o conteúdo relacionado a inovações tanto na parte técnica quanto na de gestão. As palestras foram de alto nível e tivemos que nos dividir para acompanhá-las”.

Carlos Costa – Sindirepa-MT

“Eventos como o Enfauto significam que o setor está se vendo como um todo, começa a observar a importância que isso tem, principalmente de incentivar outras regiões do País, grupos, a crescer em gestão. Pra mim, a disseminação dessas ideias é o ponto alto”.

José Natal da Silva – GOE (SP)

Alexandre Costa – Alpha Consultoria

Fernando Martins Rodrigues Vendas e Serviços da ZF Aftermarket

“A capacidade de se conectar com o que já impacta e o que vem pela frente foi comprovada por uma programação que reuniu a inovação e tecnologia dos serviços com o desenvolvimento das competências dos empreendedores e gestores dos negócios”.

Daniel Keller – Ceteg Consultoria Empresarial

“A caravana do Núcleo de Reparação Automotiva de Blumenau levou 13 pessoas, todos são gestores de oficinas. As palestras que eu e os outros integrantes do grupo participamos nos deixaram muito satisfeitos, pois são relativas a temas do nosso dia a dia”.

Klaus Dieter Mohr Grupo de Automecânicas de Blumenau (SC)

“Viemos em 16 pessoas, essa é a minha terceira Enfauto. O evento contribui muito tanto na parte administrativa e gestão quanto na parte de mecânica da oficina. O conhecimento que eles trazem é muito importante para o reparador”. Reginaldo Abel - Núcleo

“O Enfauto é um evento de referência para o setor automotivo e, pelo conteúdo abordado nesta edição de 2019, foi possível observar que os organizadores do encontro estão atualizados ante as necessidades do mercado e os desafios enfrentados pelo segmento”.

de Mecânicas Automotivas de Tubarão (SC)

“O Enfauto foi um excelente evento para o reparador porque ofereceu acesso a muitas informações técnicas de qualidade, assuntos atuais e realmente focados nas necessidades do empresário da reparação. O IQA se sente honrado pela oportunidade de participar”.

Silvana Figueiredo – NAC, de Botucatu (SP)

Marcus Tutui – Senac-SC

Sérgio Fabiano, do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva)

“Ficamos muito contentes com o conteúdo maravilhoso que foi disponibilizado, a questão da gestão de empresas, que é algo que o setor precisa. Então, aqui teve o foco na gestão. Essa é a terceira edição que participamos e melhora cada vez mais”. “Estamos muito contentes com os dois dias de evento, as capacitações foram fantásticas e o aprendizado que tivemos aqui no Enfauto 2019 foi grande. Já faço o convite a vocês para o Enfauto 2021: venham participar”.

Odair de Freitas - Grupo de Jaraguá do Sul (SC)

“E a primeira vez que participo e achei um evento muito interessante, principalmente porque é voltado à reparação automotiva e ao setor de autopeças, que carecem de encontros nas áreas de gestão e administrativa. Achei muito positivo”.

“O Enfauto cumpriu o que prometeu. Oficinas de todo o Brasil reunidas com o propósito de debater o futuro do segmento, por meio da participação dos painéis com conteúdos diversificados, temas importantes e palestras para “turbinar” as oficinas presentes”.

“Em relação ao Enfauto, foi a terceira edição que participei e a cada ano percebo uma evolução no evento, o que mostra também um progresso grande no setor. Uma coisa que destaco no encontro é a preocupação com a inovação no segmento, da formação de profissionais, a preocupação com as novas maneiras de atendimento aos clientes, etc”.

“O Enfauto, nesta edição de 2019, trouxe uma proposta de “Ser diferente para fazer a diferença”. Dessa forma, ele veio com um conteúdo mais gerencial e estratégico para empresas. O setor de reparação automotiva tem uma dificuldade de compreender a necessidade de gestão e o Enfauto vem para elucidar essa necessidade do proprietário se posicionar como empresário”.

Cristiana Soares - Integração Auto Elétrica Bosch Car Service, de Teresina (PI)

Thiago Dotta - Grupo CNA, Cascavel (PR) 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Jeison Cocianji Lima - Revista Reparação Automotiva

Rodimar Marchiori - Organizador do evento



3.ª EDIÇÃO DO ENFAUTO OPINIÃ HELLA

“A HELLA do Brasil participou com entusiasmo do Enfauto 2019. Com a proposta de “Ser diferente para fazer a diferença”, o evento trouxe 35 palestras, com renomados profissionais, que capacitaram de maneira consistente e inovadora. Uma excelente oportunidade para troca de experiências e muito aprendizado”.

HIPPER FREIOS

“A equipe da Hipper Freios esteve nos dias 16 e 17 do mês de agosto na 3ª edição do Enfauto, em Santa Catarina, aproveitando essa oportunidade única de estar com os amigos mecânicos, levando toda a tecnologia dos nossos discos de freios – que faz toda a diferença no dia a dia. Com certeza, uma oportunidade única de estar com esse público super qualificado”.

LAUNCH

“Em conformidade com a cultura da empresa de Inovação, Qualidade, Eficiência, Profissionalismo e Competição, a LAUNCH agradece aqui a participação no Enfauto. Foram dois dias de grandes experiências, com muitas palestras interessantes e a Launch by Forta Tech enaltece o convite. E que venha 2021 com mais novidades e tecnologias para o ramo automotivo”.

LWART LUBRIFICANTES

“Nesses dois dias, tivemos um evento excepcional realizado pelo NEA, com uma reunião seleta de empresários, onde pudemos contribuir com a gestão do óleo lubrificante usado. A Lwart Lubrificantes é parceira do NEA, esteve presente como patrocinadora do Enfauto colhendo bons frutos e trazendo ótimas oportunidades de gestão sustentável para o óleo usado”.

MTE -THOMSON

“Sem dúvida nenhuma, o encontro foi fantástico. Uma recepção maravilhosa, organização incrível e isso, para nós, é um orgulho e satisfação muito grandes. No evento nós encontramos muitos amigos, parceiros – que é sempre bom rever. Em 2021, nós já estamos comprometidos com o Enfauto. Só para vocês terem uma idéia o quanto é bom estar nesse meio. Até a próxima, nos vemos lá”!

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ÃO DOS EXPOSITORES SCHERER

“O Enfauto 2019 com o tema ‘“Ser diferente para fazer a diferença” veio ao encontro com a nossa missão, que é gerar parcerias de valores. O intuito este ano foi divulgar o nosso centro de treinamento em Joaçaba e novos projetos como o da Scherer Lubrificantes em parceria com a Petronas e o Instituto Scherer, que vai ser lançado no segundo semestre de 2020. Para nós, o evento foi muito válido”.

RADIEX

“Uma indústria química com mais de 30 anos de mercado e comprometida em oferecer ao setor soluções seguras e de qualidade total em todos os produtos que fabrica. Com esse lema, para nós, foi gratificante estar nesse evento, cheio de amigos e parceiros, em união com o NEA e o Enfauto. Esses dois dias foram surpreendentes para relacionamento. Então, agradecemos a participação do pessoal e nos vemos em 2021”.

RADNAQ

“A Radnaq, uma indústria especializada em desenvolver produtos químicos automotivos, também esteve presente no Enfauto 2019. O evento, para nós, foi muito produtivo, uma vez que tivemos um bom relacionamento com todos os reparadores e um público seletivo que agregou muito para a nossa marca. Ficamos muito felizes de participar desse encontro. Obrigado a todos”.

TECINCO

“A Tecinco Tecnologia, com experiência no mercado brasileiro em software de gestão para empresas do ramo automotivo, participou deste evento maravilhoso e foram dois dias intensos de muita inovação e conhecimento, o público que nós tivemos era focado e interessado em novidades no setor. Estamos muito contentes e estaremos, com certeza, na próxima edição como parceiros”.

ZEN

“Para nós, foi muito importante participar desse evento em nosso estado, Santa Catarina –aqui em Florianópolis. É bonito ver o segmento unido, ter esse grupo de mecânicos juntos, com um pessoal interessado, com a ação e novos assuntos, as fábricas apoiando e é isso que precisamos, cada vez mais, no nosso mercado: pessoas interessadas em se profissionalizar e se aproximar, entender que unido o setor vai ser mais produtivo”.

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ARTIGO / REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

O FUTURO DAS OFICINAS

UMA SÉRIE SOBRE O NOVO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

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atividade de uma oficina mecânica sempre refletiu com fidelidade a realidade tecnológica de sua época, acompanhando cada uma das novas tecnologias que foram surgindo com o passar dos anos. É assim desde os primórdios da manutenção, quando reinava o carburador e as bombas injetoras mecânicas. Foi assim na transição para o sistema de injeção eletrônica e commom rail. Mas daqui pra frente não será mais. Não mesmo! Afirmo isso porque pela primeira vez na história da reparação automotiva a velocidade das inovações tecnológicas superou, e muito, a capacidade das oficinas de acompanharem as mudanças tecnológicas. Não é mais possível se manter atualizado em um ambiente tão dinâmico quanto o atual sem desprender um esforço considerável. E a tendência é que esse “gap” entre a tecnologia e as oficinas só aumente. E será ainda maior para aqueles que não creem que isso irá ocorrer. Agora, se pararmos para pensar, o culpado de tudo isso é a 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

própria tecnologia, que evolui cada vez mais rápido, mudando exponencialmente a cada ano. O que por um lado trará grande benefício para a sociedade que passará a desfrutar de veículos cada vez mais seguros, conectados e eficientes energeticamente; por outro lado, irá exigir das oficinas mecânicas um esforço muito maior, de modo a tentar acompanhar essas mudanças. Mas essa mudança não é apenas tecnológica, ela é também comportamental, afinal o próprio consumidor, impactado pelas inovações que produzem comodidades e solucionam problemas, está se tornando muito mais seletivo e exigente quanto aos serviços adquiridos por eles. E isso, meu amigo, muda tudo! Afinal, em um universo onde o carro está muito mais tecnológico e o cliente empoderado pela tecnologia, literalmente na “palma de sua mão”, onde ficam as oficinas mecânicas e seus serviços de reparação? É justamente nesse contexto que surge a série de artigos “O FUTURO DAS OFICINAS”! Um

por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo Foto Divulgação

olhar minucioso sobre o novo ambiente de negócios que se forma, traduzindo de forma clara o impacto das principais tecnologias para o setor de Reparação e propondo novos modelos de gestão para as oficinas mecânicas. Mas não espere aqui previsões baseadas em “futurologia”. Não mesmo! Nossa missão daqui em diante será analisar todo esse novo contexto de mercado e mostrar para você como a tecnologia irá influenciar os tipos de serviços prestados pelas empresas nos próximos anos, ou mesmo criar novos negócios. Mas nem só de inovação tecnológica irá viver essa Coluna. As mudanças de comportamento do consumidor também serão pauta em nossos artigos, afinal entender a nova demanda dos clientes, muito mais conectados e informados, será fundamental para as empresas de Reparação. Portanto, seja bem-vindo ao FUTURO DAS OFICINAS, um espaço dedicado a ajudar as oficinas mecânicas a estar preparadas para os novos desafios.



NA OFICINA / MOTOR

MOTOR E.TORQ. COM

VAZAMENTO DE ÁGUA NO SISTEMA DE ARREFECIMENTO Por Anderson Patrocínio Cunha / Fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro

N

esta edição, trazemos o caso do veículo Fiat Idea que chegou à oficina apresentando vazamento de água no motor E.Torq. Quem nos ajuda nesse procedimento é Anderson Patrocínio Cunha, proprietário da Auto Center Mecânica Anderson, localizada na Zona Sul de São Paulo. “O proprietário do carro se queixou de um vazamento de água no sistema de arrefecimento. Por essa razão, a primeira coisa que faremos é verificar este conjunto”, diz. PROCEDIMENTO Com o carro frio, verificamos o estado do sistema que comporta o líquido de arrefecimento. Bom, como visto aqui: o reservatório está sujo, necessitando de uma limpeza.

Essa bomba d’água é envolvida em uma polêmica, pois, na concessionária, se vende o conjunto completo, isto é, junto com a bomba de direção hidráulica. Porém, já temos no mercado algumas peças avulsas, mas é preciso estar atento aos detalhes quando for procurar a peça ou trocá-la. tampa, você consegue identificar a pressão adequada do sistema, a qual nesse caso é 1,4 bar de pressão. Como é possível visualizar, em menos de 1 minuto, já conseguimos identificar a perda de água relatada no sistema de arrefecimento.

Para verificar mais a fundo, colocaremos o veículo no elevador que nos permite vê-lo por baixo.

Mostrarei para vocês como é possível desmontar para fazer a troca da peça. Primeiramente, você deve retirar a correia de acessórios do carro e o alternador, para podermos ter acesso à bomba d’água — que fica alojada sob o compressor do ar-condicionado. Não é muito difícil fazer a remoção, mas requer atenção ao retirar o alternador. Retiramos a bomba d’água e podemos perceber alguns detalhes da peça. Bom, pessoal, estamos aqui com a bomba em bancada e conseguimos observar o acoplamento.

Vamos pegar um equipamento para identificar onde está o vazamento no sistema. Com o conjunto de teste do sistema de arrefecimento, daremos uma dica: na

Já desmontamos as peças e identificamos que o vazamento vem da bomba d’água.

Essa parte é a direção hidráulica e daqui para trás, vemos a bomba de água. A Fiat possui dois modelos de venda do produto: separado ou em conjunto. Então, a bomba é um produto considerado caro. Mas nós conseguimos pegar a junção e separar uma peça da outra. Vamos mostrar para vocês os detalhes entre uma e outra. É o seguinte: a Fiat disponibiliza a peça

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PARCEIRO

observar o rotor, veremos que existe um sestavado (parafuso) que parece prender o rotor da bomba de direção hidráulica, mas na verdade, ele serve para auxiliar no momento de separar o conjunto. com a marca Merlin e tem a outra também com o nome de Vetori. Então, o que acontece, uma marca não encaixa na outra. Não se pode encaixar bombas em modelos diferentes, não dá certo. Basicamente, essa troca requer um procedimento simples, mas que pede atenção aos detalhes. Existem 3 parafusos que prendem a bomba d’água, então nós temos que desrosquear esses parafusos. Como vocês podem observar, existe uma tampa traseira e já que trocaremos o jogo todo é preferível desmontarmos a peça inteira. Depois, para montar, não é ideal pegarmos a peça traseira. Vamos mostrar os detalhes. Tem um parafusinho aqui, na tampa traseira, de numeração D25, e desrosquearemos até soltar a tampa traseira. Ao tirarmos a tampa, já conseguimos

Você vai pegar um canhãozinho de 9 milímetros e encaixá-lo nessa arte. Com uma chave de fenda, enfie no centro da bomba aqui e trave, para que assim possa virar e destravar no sentido horário. À medida que soltar o rotor, começe a virá-lo e você logo perceberá o porquê é importante soltar o parafuso antes. Enquanto rodamos é possível notar a separação de uma peça da outra. Isso acontece porque na ponta da bomba de direção hidráulica tem um eixo que possui uma rosca. A rosca é a comum, que viramos para o lado direito e apertamos para soltar. Por quê? No motor, no sentido de virar da bomba de direção, em contrapartida com a água, ela sempre vai apertar e facilita para não ter o perigo de soltar. Não existe a necessidade de você desmontar isso aqui e colocar uma bomba nova com apenas um torque para apertar. Porque, mesmo que no próprio sentido de giro do motor, a bomba continua apertando.

Anderson Patrocínio Cunha, proprietário da Auto Center Mecânica Anderson, de São Paulo (SP)

Separado o corpo da bomba, notamos que nela existe uma pequena corrosão que explica o vazamento, já que a mesma fica pingando. Esse conjunto tem muitas folgas, está estourando. Bom, essa velha aqui, já tiramos, vamos colocar uma nova. A nova está aqui: um conjunto novo, com água nova. Retomando o que dissemos no início, devemos juntar as respectivas marcas aos seus lugares Merlin com Merlin e Vetori com Vetori.

Se colocar errado, não dá certo por causa das características das peças, como o eixo e a construção diferentes. Com a bomba nova no lugar, você deve rodar aqui no sentido de giro do motor. À medida que vai rosqueando, percebemos que a bomba vai acoplando, ou seja, vai encostando na bomba de direção hidráulica. Encostou? Então, pessoal, acabou! Esperamos que vocês tenham gostado da dica de hoje e que nos acompanhem nas redes sociais.

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NA OFICINA / ELÉTRICA

SISTEMAS ELÉTRICOS

E O ROTA 2030 por Leandro Marco | fotos Divulgação

CONSULTOR Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba, Minas Gerais

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migos, reparadores, o mercado automotivo não para, isto é fato. As evoluções tecnológicas acontecem rapidamente e estão nos veículos que chegam à nossa oficina. Lembro-me de um grande amigo, José Araújo (in memorian), que certa vez me disse: “ Injeção Eletrônica é igual a Alternador quando surgiu, todo mundo ficou apreensivo, mas conseguiu realizar a manutenção”. Infelizmente, meu amigo estava equivocado, pois a cada dia faz-se mais necessário o reparador automotivo manter-se atualizado, buscar informações técnicas, realizar treinamentos, pois dicas ajudam, mas não capacitam, para se capacitar profissionalmente é necessário realizar treinamentos atualizados. Se na sua região não tem um centro de treinamento, entre em contato com a GENERAL TECH, para levarmos até você e sua região treinamentos de qualidade. Bom, nosso título é: “Sistemas Elétricos e Rota 2030”.

ação em Engenharia Automotiva PUC MINAS. Para se obter uma melhor eficiência energética nos veículos, algumas tecnologias novas estão sendo implantadas continuamente, e pode-se observar que, em sua grande maioria, sistemas elétricos são predominantes. Alguns itens adotados para alcançar os resultados esperados para o Rota 2030:

O QUE É ROTA 2030? É um programa que tem uma visão de longo prazo, nesse caso de 2018 a 2030 (daí o nome), para a indústria automobilística brasileira, com datas e requisitos claros a serem implementados relativos à Eficiência Energética e à Segurança Veicular. O Rota 2030 é considerado como o sucessor do “Inovar Auto” e foi publicado em 10/12/2018 (Lei 13.755/2018) fonte(Unidade Curricular Eficiência Energética – Pós Gradu-

7. Direção Elétrica,

32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ALGUNS ITENS ADOTADOS PARA ALCANÇAR OS RESULTADOS ESPERADOS PARA ROTA 2030:

1. Start & Stop, 2. Lâmpadas de LED, 3. Sistema Inteligente de Arrefecimento do motor,

suem o controle de seu funcionamento pela UCE-Unidade de Comando Eletrônico do Motor, onde o Alternador tem sua excitação para carregar a bateria, conforme a demanda detectada pela UCE e seus NÓS de Comunicação. Popularmente, é conhecido como Alternador PILOTADO. Estes alternadores demandam conhecimento técnico do reparador, pois um diagnóstico realizado de forma incorreta acarretará danos a seus componentes eletrônicos, como o regulador de voltagem. COMO IDENTIFICAR UM ALTERNADOR INTELIGENTE:

4. Alternador Eficiente, 5. Compressor do Ar-Condicionado variável, 6. Controle de Carga da Bomba D’água, 8. Freios Regenerativos. Diante destas melhorias, a eletrônica embarcada ficou mais complexa, deixando apenas de gerenciar a injeção de combustível, a frenagem do veículo, mas passa a ter um gerenciamento mais completo de todas as formas de condução do veículo. Vamos destacar nesta edição a aplicação dos Alternadores Eficientes. Os Alternadores Eficientes pos-

1º - O conector do Regulador de Voltagem tem indicações de ligação à UCE, 2º Consultando o catálogo de aplicação da IKRO, por exemplo, você encontrará as descrições dos terminais do conector e suas respectivas funções, 3º Realizando a verificação do diagrama elétrico do chicote do alternador, em biblioteca técnica, como a SIMPLO.


Fique atento aos nossos estudos com toda a informação escrita e colecionável, e videoaulas no canal

COMO REALIZAR OS TESTES DESTES ALTERNADORES:

Manual de Utilização do IK2090 Especificações do aparelho de testes IK2090: Gerador de sinais para teste de reguladores de voltagem que possuem os seguintes terminais: RVC, RC, RLO e C. O exemplo de Alternador acima pertence ao veículo Hyundai IX35 2016. Observe no seu diagrama elétrico que o Pino 03 do conector é ligado à UCE do Motor, 01 ao positivo direto +30, pino 02 à central elétrica e pino 04 ao terra. Nos Alternadores Eficientes, Pilotados pela UCE, não existe a luz de bateria como meio de excitação, é tudo feito por meio de comando da UCE. Mas e a luz de bateria que ainda existe nos painéis de instrumentos dos veículos? O comando da luz de anomalia do alternador, conhecida como luz de bateria, é controlada também por uma central eletrônica, chamada de BODY COMPUTER, o Computador de Bordo, ou Módulo Carroceria em alguns veículos, por meio de comunicação dos NÓS de Ligação, a REDE CAN. DIAGNÓSTICO DOS ALTERNADORES INTELIGENTES Para realizar o diagnóstico e ou teste destes alternadores em bancada, é necessário possuir uma bancada específica, que tenha o módulo de comando para estes alternadores, como o modelo da IKRO, a IK2050.

Ela possui, além de uma bancada comum de alternador, o controle modulado dos alternadores, e controle de consumo de carga para um teste perfeito. Caso você tenha

Este equipamento simula os sinais enviados pela central dos veículos para o alternador, possibilitando o teste de reguladores que são controlados pelo módulo, em bancada. Necessita de alimentação de uma bateria ou fonte para alimentação do simulador (Bateria / fonte não inclusa). PROCEDIMENTO PARA REALIZAR OS TESTES COM IK2090:

1. Conectar o testador IK2090 na alimentação 12V de uma bateria ou fonte de alimentação, através da conexão da garra jacaré preta no terminal negativo e a garra jacaré vermelha no terminal positivo.

Para quem possui uma bancada de teste dos alternadores, a IKRO disponibiliza o IK2090, o módulo de controle de alternadores eficientes.

2. Para testar os reguladores / alternadores que possuem terminais RVC, RC ou RLO, devemos utilizar a garra jacaré Azul para teste. Para iniciar o teste, basta conectar a garra Azul diretamente no terminal a ser testado (RVC, RC ou RLO) do regulador de voltagem. 3. Após a conexão, com o alternador alimentado por uma bateria e acionado por um motor elétrico, basta selecionar o valor correto da “frequência” e variar o valor de porcentagem do “campo”, conforme tabela abaixo, para assim visualizar a variação de tensão na saída do alternador. Caso o regulador esteja com defeito, essa variação não ocorrerá.


NA OFICINA / ELÉTRICA VEÍCULOS COM ALTERNADORES EFICIENTES: Vamos apresentar alguns modelos de Alternadores Eficientes que podem chegar à sua oficina:

FORD - Fusion Focus 1.8 2000 a 2005

HYUNDAI - Tucson Sonata Elantra IX35 Regulador IK5354 (C)PWM

VOLVO - C30 1.6 2006 em diante S40 V50

FIQUE ATENTO!

Cada modelo de alternadores eficientes tem uma frequência de controle pelo módulo, não existe meio de testar excitação com lâmpada de teste, fechando campo, etc., é necessário ter o equipamento correto para que não cause danos aos componentes do alternador. Quais os benefícios destes alternadores para eficiência energética do Rota 2030? Redução de consumo do combustível, portanto reduz a emissão de gases poluentes. Nesta edição, fizemos a apresentação do Sistema de Alternadores Eficientes. Como em cada edição, primeiro apresentamos os sistemas a serem abordados. Na próxima traremos a execução prática da manutenção e diagnóstico dos sistemas apresentados.

GENERAL MOTORS – Montana, Chevrolet S10 2018 Flex, Onix 1.0 e 1.4 2012 > Cobalt 1.8 LTZ 2016> Prisma e Spin Regulador IK5776 (RVC)

Regulador IK5123 (RC)

TOYOTA - Toyota Rav 4 ano 2006/2013 2.4L Regulador IK5149 (RLO)

Observe que seu conector possui apenas 2 terminais, então não julgue pela quantidade de terminais do conector; para identificar se é ou não um alternador eficiente, consulte sempre o catálago do fabricante, a IKRO deixa disponível em seu site para consultas. 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

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NA OFICINA / SUSPENSÃO

RUÍDO AO ESTERÇAR O VOLANTE DO NISSAN MARCH 2014 por Juliano Caretta | fotos Divulgação colaborou Wanderlei Castro

O

supervisor de Treinamento Técnico da Tenneco, Juliano Caretta, faz a manutenção num Nissan March 2014 – com cerca de 50 mil quilômetros – que apresenta ruído ao esterçar o volante. “Para corrigir esse problema e revisar toda a suspensão, nós aproveitaremos que o carro está apoiado ao solo para tirar a pressão de aperto da fixação superior do amortecedor.

Depois disso, tiraremos a calota do automóvel e a pressão de aperto das porcas que prendem a roda no cubo. Nós iremos levantá-lo no elevador e remover o conjunto de rodas e pneus para acessarmos à suspensão dianteira do veículo”, diz. PROCEDIMENTO Na sequência da desmontagem, nós vamos soltar o ABS, que está preso na base

do amortecedor. Depois disso, soltaremos o flexível de freio, que está preso no suporte e, assim, podemos tirar os parafusos que prendem o amortecedor na manga

de eixo do veículo. Dessa forma, toda a parte inferior já estará devidamente solta, para que assim possamos soltar o conjunto do amortecedor e levar para bancada. Para isso, soltaremos o parafuso da fixação superior do amortecedor.

Agora, com a retirada do conjunto da suspensão, nós o trouxemos para a bancada onde o próximo passo será comprimir a mola, aliviando toda a carga que a mola exerce no conjunto, com ajuda do encolhedor de mola. Nesse procedimento, para encolher as molas, é muito importante que você escolha um ferramental apropriado e que te ofereça segurança – no caso, estamos usando o encolhedor hidráulico. Outro fator importante é prestar atenção ao posicionamento das garras: onde uma garra esteja sempre ao lado oposto da outra, para que no momento da compressão a mola possa ser pressionada de forma igual.

Já comprimimos parte da mola e ela se encontra livre dentro do conjunto, este, então, é o momento ideal para soltarmos a fixação superior. Depois, com ajuda de uma ferramenta especial, nós vamos segurar a haste do amortecedor e girar apenas a porca de fixação. Após soltarmos a porca que prende todo o conjunto de amortecedor, nós iremos desmontar todas as peças que fazem parte desse conjunto. Provavelmente, aquele problema de ruído, que comentamos no início, seja em razão do mau funcionamento ou do desgaste ocasionado pelo rolamento. Na sequência, veremos com o prato superior do amortecedor, o apoio superior, que já vem montado com o batente e o guarda-pó, formando, praticamente, uma peça só. Depois de tirar o prato com guarda-pó e batente, nós vamos retirar a mola também e como a mola é um componente, uma peça, que trabalha junto com o amortecedor, o recomendado é que também se faça uma avaliação técnica na mola e verifique-se se há pontos em que a mola estiver enferrujada, oxidada ou se existem marcas de toque entre os elos, pois isso determina o enfraquecimento de carga da mola. Sempre que existir qualquer tipo de indício, qualquer sinal como este, a troca do componente deve ser realizada. E, finalmente, chegamos ao amortecedor. Como já é um carro que apresenta quase 60 mil quilômetros, faremos

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Por que isso? Muitos amortecedores são semelhantes, os mesmos tamanho e formato, mas a grande diferença está na carga do amortecedor. Seja na pressão de abertura ou de fechamento, porque cada amortecedor foi desenvolvido seguindo rigorosamente as características técnicas do carro. Por isso é essencial que você confira a aplicação e siga o que está recomendado no catálogo.

uma troca preventiva – uma vez que visualmente não foi constatado nenhum problema. Mas testes realizados aqui na Monroe detectaram que a cada quilômetro rodado a peça abre e fecha, aproximadamente, 2.600 vezes. Com essa quilometragem que o carro apresenta, ele já se movimentou mais de 100 milhões de vezes, o que gera o desgaste do produto. Por essa razão, iremos aproveitar também a oportunidade para trocar essa peça. É importante lembrar que um produto recuperado prejudica a segurança do veículo. Para que ela não seja recuperada, então, eu te convido a passar a haste no esmeril e, depois, com o uso de um martelo ou uma marreta, dê uma pancada no tubo para inutilizar a peça, evitando a reutilização. Como o amortecedor é um item de segurança, é necessário sempre efetuar a troca por uma peça nova. Chegamos ao final do processo de desmontagem da suspensão dianteira do veículo, agora, a gente vem com a montagem completa do automóvel. Depois disso, o próximo passo é verificar se o amortecedor é o correto mediante as características técnicas do veículo.

O próximo passo é fazer a equalização do produto. Ou seja, fazer com que o item esteja pronto para trabalhar logo nos primeiros minutos de uso para evitar qualquer tipo de problema ou até mesmo provocar um defeito na peça. O procedimento é muito simples. Inclusive, convido vocês a acessarem nossa playlist, onde há um vídeo que trata especificamente desse assunto. Mas, mesmo assim, faremos uma demonstração nesta etapa.

TÉCNICO Juliano Caretta, supervisor de Treinamento Técnico da Tenneco

Então, fecharemos a peça até o final. Quando chegar ao fim, seguramos a haste, para que ela não se movimente, e voltamos o amortecedor à sua posição de trabalho. E, assim, vamos abrir a peça. Como esse amortecedor é um pressurizado, tem a característica da arte subir sozinha, nós temos duas opções: podemos esperar, ou também, ajudar com a mão.

Vamos pegar o amortecedor e colocá-lo na sua posição de trabalho no veículo. Ou seja, como se estivesse de pé. Com ele em pé, nós abriremos a haste até o final – assim como está aqui.

Depois que ele abriu totalmente, mais uma vez, nós vamos virar e fechar o amortecedor até o final. Então, toda vez que ele abrir e fechar, contaremos como um ciclo. O recomendado aqui nesta etapa é que sejam feitos de três a quatro ciclos, isso garantirá que o item tenha total desempenho logo que o carro sair para rodar pelas ruas ou estradas. Na sequência, nós prendemos o amortecedor na morsa e, assim, iniciaremos o processo de montagem.

Depois da haste aberta, viramos a peça e pressionamos contra a bancada, para que assim possamos fazer o fechamento do amortecedor até o final.

O próximo componente a ser montado é a mola. Então, como vocês podem verificar, fizemos um procedimento muito interessante de vestir tanto os primei-


NA OFICINA / SUSPENSÃO ros elos superiores, como também os elos inferiores com uma mangueira de borracha – para evitar o aparecimento de ruídos ou barulhos inconvenientes.

Sem a mangueira, a mola fica em contato permanente com o prato inferior e igualmente com o prato superior, provocando esse tipo de problema. Por isso, recomendo que você também faça isso, pois garante um serviço bem executado. Pegamos a mola, garantindo o seu perfeito posicionamento, sempre no prato inferior onde temos um degrau chamado de estope. Então, a ponta da mola coincide por ali. Depois de montada a mola, pegamos o conjunto formado pelo guarda-pó e batente, uma peça só feita de borracha, e inicialmente colocaremos esse produto no prato superior, formando um produto só. Para montar é bastante simples, consiste apenas em encaixar a parte superior do batente no prato e forçar automaticamente, você já sabe que faz o encaixe do item. Percebam que ele ficou uma peça só colocada.

Após montado, a gente vem montando na parte superior e o batente evita o fechamento total do amortecedor, ele é um limitador de curso e o guarda-pó, também conhecido como coifa, evita a entrada de sujeira no amortecedor. São produtos essenciais e quando estiverem 38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

desgastados devem ser substituídos assim como estamos fazendo aqui.

Colocamos o amortecedor de baixo para cima, já posicionamos ele na parte superior e colocamos a porca para que ele tenha sustentação na peça.

Na sequência, nós vamos colocar os parafusos que prendem a fixação de baixo, depois o flexível do freio e, por fim, o sensor do ABS. Na sequência, nós vamos entrar aqui com o rolamento, um novo já que o anterior era a peça que estava provocando ruídos no esterçamento do volante, e ele será montado no coxim de fixação superior. O coxim é uma peça essencial porque ameniza e absorve os impactos e oscilações de todo o conjunto. Ele faz o isolamento do conjunto do amortecedor junto à carroceria. Então, sempre que tiver uma borracha cortada, desgastada, soltando, são itens que precisam de diagnóstico para que quando estiverem danificados sejam trocados. Primeiro, montaremos o rolamento no coxim e nessa operação, caso queira, você pode vir com o rolamento direto. Nesse caso, a sequência e a ordem não alteram o funcionamento, mas para garantir o perfeito assentamento do rolamento do coxim, fizemos essa colocação antecipadamente. Então, montamos aqui e, finalmente, fechamos todo o pacote com o aperto da porca de fixação. Depois de apertar todo o conjunto, nós liberamos a pressão da mola para que o conjunto seja colocado na suspensão. Para a montagem desse conjunto, nós vamos seguir rigorosamente a ordem inversa da desmontagem, conforme você acompanhou anteriormente.

Após instalado o conjunto do amortecedor na suspensão dianteira, as próximas etapas aqui são as seguintes: nós vamos colocar o conjunto roda e pneu, e depois podemos abaixar o carro para o chão. Daremos o aperto final que prende as porcas do conjunto roda e pneu e, finalmente, o aperto final da fixação superior do amortecedor.

Após, é só enviar o carro para fazer o alinhamento e balanceamento das rodas para garantir uma melhor dirigibilidade. Chegamos ao final de todo o procedimento de montagem e instalação da suspensão dianteira do Nissan March 2014 e tenho certeza que esse passo a passo vai ajudá-lo a fazer o trabalho de forma correta, evitando assim possíveis retrabalhos. Convido vocês a se inscreverem no nosso canal e ativarem as notificações. Um forte abraço e até o próximo vídeo!



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