Reparação Automotiva 133

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EDIÇÃO 133 Outubro de 2019

RESTITUIÇÃO

TRIBUTÁRIA COMO PEDIR RESSARCIMENTO DE TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE

A legislação determina que o recolhimento do PIS e Cofins seja feito na ponta, pelos fabricantes ou importadores. Porém, os empresários da reparação automotiva podem estar pagando a mais estes impostos na guia de recolhimento, ao longo dos anos, sem se darem conta disso. E eles têm direito à restituição tributária, a partir do momento em que é feita uma apuração, de um período limite de cinco anos.

ARTIGO

Na coluna de Alexandre Costa, a primeira atitude para garantir o futuro de sua oficina

FREIOS

Particularidades dos cilindros de roda do Peugeot 206/207 e Citroën C3, ambos sem ABS

ENTREVISTA

Bate-papo exclusivo com o executivo Felisberto Moraes, diretor da Tramontina

NEGÓCIOS

Conheça os perfis dos clientes autossuficientes e saiba como lidar com eles na sua oficina

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - GESTÃO - NEGÓCIOS - DICAS TÉCNICAS - HISTÓRIAS - TENDÊNCIAS


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ENTREVISTA / TRAMONTINA

CONSTANTE APRIMORAMENTO

A TRAMONTINA PRO SEGUE APERFEIÇOANDO PRODUTOS E PRIORIZANDO SOLUÇÕES QUE AUXILIAM E MELHORAM A ROTINA DO REPARADOR AUTOMOTIVO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

Em entrevista exclusiva, Felisberto Moraes, diretor da Tramontina, fala entre outras coisas que “para atender as necessidades do segmento automotivo, no decorrer do ano de 2019, a Tramontina PRO ampliou sua linha de ferramentas automotivas específicas, que estão divididas por setor de aplicação: escapamento, injeção, sistema de ignição, direção, suspensão, arrefecimento, polias de comando, pistão, freio, rodas, lubrificação, combustível, lanternagem, chapeação, painel e iluminação”. Reparação Automotiva - Com as novas tendências do mercado e as inovações nos veículos, quais as principais soluções e novidades em tecnologias nos equipamentos e ferramentas da Tramontina? Felisberto Moraes - Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte, levando em consideração os conceitos dos 5S e - principalmente - o senso de organização e padronização, é o trabalho de personalização e otimização em oficinas do setor automotivo, de concessionárias e redes de oficinas. Neste sentido, a Tramontina PRO conta com a linha de Organizadores Modulares e o Sistema para simulação 3D. O sistema permite ao cliente personalizar a cor dos organizadores, escolher móveis e ferramentas, gravar o nome do profissional ou mercado em cada peça, além de indicar a posição dos organi04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

zadores no espaço de trabalho. Esse simulador está disponível diretamente no site tramontina.com/pro3d, para a criação de projetos online, de forma rápida e fácil. Também é possível solicitar orçamento sem compromisso através do site ou pelo e-mail modulares.gar@tramontina. net. Outra tendência é a de carros híbridos e elétricos, que necessitam de técnicos especializados e ferramentas específicas para sua manutenção. Para acompanhar esta novidade, a Tramontina PRO possui uma linha de ferramentas isoladas, que oferece total segurança para quem trabalha com eletricidade, pois segue os padrões de fabricação e controle da norma internacional IEC 60900 (equivalente à europeia EN 60900), e os requisitos da NR 10. A linha é indicada para atividades em tensão de até 1.000 Volts em corrente alternada, e 1.500 Volts em corrente contínua. Oferece desde chaves fixas, combinadas, soquetes e acessórios, alicates, chaves de fenda, facas desencapadoras de cabos e maleta específica para manutenção de automóveis híbridos e elétricos. O certificado de isolação fica disponível no site da Tramontina PRO: https://tramontina.com/200-ferramentas-industriais/certificados RA - O que o reparador pode esperar de novidades ainda neste ano? FM - Para atender as necessidades do segmento automotivo, no decorrer do ano de 2019, a Tramontina PRO ampliou sua linha de ferramentas

automotivas específicas, que estão divididas por setor de aplicação: escapamento, injeção, sistema de ignição, direção, suspensão, arrefecimento, polias de comando, pistão, freio, rodas, lubrificação, combustível, lanternagem, chapeação, painel e iluminação. A Tramontina PRO segue em constante aprimoramento de produtos, priorizando soluções que auxiliam e melhoram a rotina do reparador automotivo. RA - Comente sobre o que a Tramontina tem feito para manter o reparador atualizado e treinado.


FM - A Tramontina conta com três linhas de ferramentas, desenvolvidas com a qualidade e peculiaridade que cada segmento exige. Para o setor automotivo, existe a linha Tramontina PRO, desenvolvida para trabalhos de alta performance, que conta com mais de 4.000 ferramentas e organizadores em seu portfólio, para diversas aplicações e usos específicos. Entre os diferenciais da Tramontina PRO está uma equipe de promotores técnicos, equipados com showrooms móveis, que oferecem suporte especializado nas diversas áreas em que a linha está inserida. Estes profissionais visitam concessionárias, oficinas e indústrias, ministram treinamentos, apresentam e demonstram as ferramentas, além de auxiliarem como consultores em projetos que otimizam e melhoram a disposição nas oficinas, com organizadores modulares e ferramentas específicas para cada aplicação. A visita técnica

e treinamento podem ser solicitados diretamente no site: https://www.tramontina.com.br/200-ferramentas-industriais/visita-tecnica RA - E quais as ações para estreitar o relacionamento com este público? FM - Além do trabalho de comunicação da marca, a Tramontina PRO prioriza a participação em feiras do setor automotivo. Em 2019, participou da Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, estreitando o relacionamento com o público desse segmento. Mais de 10.000 visitantes passaram pelo estande para conhecer os lançamentos e destaques, como a linha de ferramentas automotivas, os aspiradores para sólidos e líquidos e os organizadores modulares voltados à otimização de oficinas. Além disso, a marca esteve presente em diversas feiras regionais em parceria com distribuidores. RA - Discorra também sobre os serviços que a empresa oferece para a divulgação de informativos para o reparador. FM - A Tramontina PRO conta com um site completo e atualizado (tramontina.com/pro), com características, informações técnicas e aplicações de produtos. Além disso, possui soluções inteligentes, como é o caso do simulador 3D. Assim, o reparador pode estar sempre atualizado em apenas alguns cliques. Ainda, mensalmente, são enviadas newsletters com novidades, características de produtos e lançamentos para os reparadores que se cadastraram no mailing da Tramontina PRO. O cadastro pode ser feito aqui: http://www.tramontina. com.br/#newsletter RA - Como a empresa enxerga o atual cenário no quesito oportunidades para o mercado. O que pode ser feito? E o que ainda pode ser melhorado? FM - No setor automotivo o clima é de

otimismo. Diversas montadoras brasileiras de marcas renomadas anunciaram grandes investimentos em longo prazo. Com isso, o mercado espera uma retomada em 2020. A Tramontina PRO, fabricante de ferramentas manuais para trabalhos de alta performance, está confiante. Continua investindo na atualização tecnológica dos meios de produção, pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e no controle de qualidade, pois acredita que este é o caminho para o crescimento. Neste ano, a Tramontina PRO ampliou a família de ferramentas automotivas específicas e aposta no crescimento de vendas e reconhecimento da marca no segmento automotivo. RA - Ressalte ainda como é o processo de garantia dos produtos Tramontina. FM - Todos os produtos da Tramontina seguem um rigoroso controle de qualidade e fabricação, especialmente no que diz respeito à segurança, resistência e precisão do produto. A linha de ferramentas é atestada pelos laboratórios do Centro de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPeD), localizado junto à unidade fabril. As ferramentas Tramontina PRO possuem garantia total contra vícios ou defeitos de fabricação. RA - Como foi o primeiro semestre para a empresa? FM - O primeiro semestre de 2019 foi positivo para a Tramontina. Atingimos as metas propostas em nosso planejamento estratégico, consolidamos novas linhas de produtos e seguimos no caminho da inovação, com o objetivo de proporcionar sempre o melhor custo/ benefício aos usuários de nossas ferramentas. RA - Quais as expectativas para crescer este ano? FM - Buscamos a melhoria contínua em nossos processos e crescente atuREPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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ENTREVISTA / TRAMONTINA alização tecnológica do nosso parque industrial. Para isso, um plano de investimento em inovação, tecnologia e automação está em vigor. Na linha de ferramentas, realizamos forte investimento na produção de organizadores metálicos, organizadores plásticos e brocas. Pensando em produtos, lançamos mais de 150 itens para atrair a atenção dos consumidores e aumentar as vendas, principalmente voltados ao segmento de manutenção automotiva, para a linha PRO. Com esses esforços, acreditamos em um crescimento na casa de dois dígitos, para o ano de 2019. RA – Para completar, quais os próximos projetos e investimentos da empresa para o reparador? FM - A Tramontina PRO trabalha continuamente em pesquisa e desenvolvimento de sistemas de

Showroom Móvel Tramontina

armazenamento inteligente de ferramentas. A empresa possui diversos organizadores metálicos e novos produtos para a linha de ferramentas automotivas, prezando sempre por qualidade, segurança e resistência. Além disso, está em projeto o aumento da frota de showrooms móveis, ampliando ainda mais a abrangência no mercado nacional. RA - Faça suas considerações finais...

R O H L E M A QO UA L I DA D E M O C A R O G A O MELHOR PREÇO

FM - Aos profissionais do segmento automotivo, que já conhecem ou estão conhecendo a Tramontina PRO, asseguramos o compromisso da marca em desenvolver novas ferramentas e sistemas de organização, sempre pensando na melhor experiência do reparador, prezando pela qualidade, e o mais importante, com a garantia de uma marca brasileira, que investe no País, nas pessoas e na comunidade onde está inserida.


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GESTÃO / FORNECEDORES

KIMBERLY CAVALLI, gerente de Marketing e Desenvolvimento de Produtos da Golfran

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

GESTÃO DE FORNECEDORES SAIBA O PORQUÊ É VALIOSA PARA A SUA EMPRESA

C

Tenha sempre critérios na hora de escolher os seus fornecedores, pois isso pode ser decisivo para a sua oficina mecânica

ada vez mais no mercado é comum uma grande variedade de peças de diferentes fornecedores, que oferecem diferentes condições de preço, podendo em um primeiro momento ser bastante atrativa. Porém, o mais barato pode sair caro, trazendo problemas de garantia e até comprometendo a confiança de seu cliente. Nas palavras de Kimberly Cavalli, gerente de Marketing e Desenvolvimento de Produtos da Golfran, o cuidado de trabalhar com boas marcas começa no processo de compra. “É preciso fazer uma análise completa dos fornecedores disponíveis e também avaliar os diferenciais competitivos de comprar de cada um. Cada negociação tende a ser única, então, alguns critérios de escolha devem ser mais aprofundados em um fornecedor do que em outros. Isto significa que a diferença entre empresas pode estar muitas vezes nos mínimos detalhes: são eles que fazem uma peça ser de fato de qualidade”. 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Segundo ela, também deve ser considerada a expectativa do consumidor. “Conhecer a expectativa do consumidor final acerca de cada produto é igualmente primordial para definir fornecedores e garantir que cada compra seja assertiva e alinhada ao seu público-alvo”. EXPERIÊNCIA – A Golfran é uma empresa de venda direta, com um catálogo de mais de 8 mil itens. “O nosso modelo de negócio é venda direta, o que faz com que o consumidor final espere cerca de 30 dias para receber um produto. Dentro desse cenário, é mais do que imprescindível que os itens adquiridos cheguem em suas mãos com uma qualidade impecável, bem como que a entrega ocorra no prazo combinado”. Por isso, diz ela, o processo de escolha dos fornecedores é bem rigoroso e criterioso. “Para começar, avaliamos se o histórico da marca no mercado contribuirá positivamente para

fortalecer a confiabilidade dos clientes na marca Golfran, se apresenta seriedade na fabricação e se cumpre prazos de entrega de seus produtos. Em segundo lugar, procuramos garantir que a empresa como um todo compreenda nossa real necessidade”. Para isso, eles consideram essencial conhecer a equipe toda da empresa. “Assim, caso haja algum imprevisto ou o contato comercial seja alterado, temos a certeza de que possuem ciência do nosso acordo comercial e da necessidade de qualidade. Também procuramos analisar todas as linhas de produtos que serão compradas de cada fornecedor e testar alguns itens antes de comprarmos, para analisar sua utilidade e a qualidade em longo prazo”. PRAZO – O ponto principal de uma entrega é cumprir o que se promete aos consumidores. “Se foi prometido um determinado prazo, deve ser cumprido. Para isso, contar com fornecedores que são firmes com prazos de entregas já é



GESTÃO / FORNECEDORES meio caminho andado para que nada saia do controle. O segundo ponto importante é contar com uma logística muito bem estruturada. Não adianta ter um fornecedor que entrega no prazo e internamente não planejar corretamente as entregas, separando por regiões e prioridades”. No caso da Golfran, os clientes sabem que por ser um processo de venda direta o prazo de entrega é maior que de um e-commerce tradicional, por exemplo. “Já pensou que impressão ruim um consumidor teria se, após uma considerável espera, ainda terá que esperar mais? Fazendo um paralelo com o setor automotivo, é o mesmo que um carro parado, que pode perder dias de trabalho ou mesmo uma viagem programada com a família”. RETORNO – Com os critérios adotados, Kimberly Cavalli conta que o resultado é um retorno baixíssimo. “O índice de troca de produtos por defeitos ou alguma forma de insatisfação é baixíssimo e isso se deve inclusive pelo relacionamento estabelecido pelos consultores da Golfran com seus clientes. Nosso grande diferencial de venda está no atendimento durante a venda em que todos os detalhes dos produtos ofertados são esclarecidos antes de fechar a venda”. O que ela também atribuiu à escolha dos fornecedores. “Outro fator que igualmente garante esse retorno baixo é justamente os critérios rigorosos na escolha dos mais de 100 fornecedores que nos atendem, que asseguram a qualidade dos produtos entregues aos clientes. Além disso, também durante o processo de logística é feita mais uma checagem de todos os itens, tanto pela franqueadora como pelos seus 120 franqueados que distribuem os produtos entre os mais de 18 mil consultores da Golfran”. 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

TRADICIONAL

Na hora da escolha das marcas, Fabiano Patrone (foto), da Santa Oficina, de São Caetano do Sul (SP), diz que ele é tradicional e que não arrisca. “Normalmente, eu vou atrás de empresas sólidas no mercado, não que as que estão chegando não tenham qualidade, mas eu prefiro não arriscar. Procuro muito trabalhar com peças originais ou com fabricantes que lidam com peça original. Eu sou muito tradicionalista neste sentido”. Pela sua experiência, ele comenta que “às vezes a diferença de uma marca boa e forte, que se preocupa com a sua empresa, não é tão diferente na questão de preço com a que não tenha tanto know

E, mesmo assim, ela acrescenta que, caso necessário, todos os produtos da Golfran já vêm com garantia dos fabricantes. “Temos toda essa preocupação, pois sabemos que uma troca de produto sempre gera transtorno, até porque a logística em nosso País ainda é muito demorada. Com isso, o ideal é que as empresas criem barreiras iniciais para tentar evitar ao máximo esse processo”. REFLEXO – Kimberly Cavalli comenta que se você procura comprar algum produto para revender em sua empresa somente com base por preço, você terá consumidores que compram itens com base na mesma premissa, o preço. “Mas se sua estratégia de vendas não é se posicionar no seu nicho de mercado com base em preços baixos, será necessário preocupar-se em oferecer vantagens visíveis. O cliente deve perceber que ele está pagando um valor condizente ao valor agregado do produto, ou seja, aquele diferencial que faz que opte pela compra em sua empresa e na concorrência”. Inclusive, ela destaca que o atendimento é um dos fatores mais importantes quando se fala de valor

how. Tem coisas que eu não coloco nem para o cliente escolher, pois tendenciosamente ele irá procurar sempre pelo mais barato por não conhecer. O que depois pode ser bem mais caro”. Com esta forma de trabalhar, Patrone informa que o índice de garantia na sua oficina não chega a 1%. “Ele é muito baixo. Isso se deve, com certeza, pela qualidade das peças”. E aproveita para deixar uma dica: “Vale a pena correr atrás do que é bom, isso vai determinar bastante o seu serviço, a durabilidade e como os seus clientes irão te olhar”.

agregado. “Há uma pesquisa realizada pela Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios que comprova isso ao apontar que 61% dos consumidores afirmam que ser bem atendido é o fator decisivo na hora da escolha. Ou seja, mais importante do que o preço ou a qualidade dos produtos”. Para finalizar, com base nos mais de 30 anos de história da Golfran, Kimberly Cavalli deixa uma dica: “Tenha como fornecedores empresas que enxergam a relação de compra e venda como uma parceria, em que se for bem-sucedida gerará cada vez mais negócios para ambas as empresas, uma verdadeira relação ganha-ganha. E quando surgem problemas, o bom é ter parceiros que saibam resolvê-los com profissionalismo e ética, sempre com foco na satisfação dos clientes”. A Golfran atua há mais de 30 anos com vendas diretas, a partir de catálogos com mais de 8.000 itens e 39.000 combinações de cores e tamanhos. São artigos de cama, mesa, banho, cortinas, decoração, vestuário, moda íntima, bolsas, calçados, saúde pessoal, brinquedos, móveis, utilidades domésticas, entre outros.



ARTIGO / PLANO DE CARREIRA

por RODIMAR MARCHIORI Diretor da Marchiori Consultoria Foto Divulgação

PLANO DE CARREIRA

ALINHANDO A EQUIPE PARA O ALCANCE DE RESULTADOS

O

lá, pessoal, nesta edição falaremos sobre Plano de Carreira. Para muitos, quando se fala em Plano de Carreira, o pensamento é que apenas grandes empresas podem oferecer, pois lá existem vários cargos e níveis hierárquicos que possibilitam a visão de crescimento. Este é o entendimento de muitas pessoas acerca deste assunto, então, para a micro e pequena empresa é possível estabelecer um Plano de Carreira? O Plano de Carreira por muito tempo foi utilizado como grande diferencial competitivo nas empresas para captação e retenção de talentos, pois possibilita ao funcionário a projeção de crescimento para curto, médio e longo prazos, sendo muitas vezes um fator de peso na escolha entre duas empresas ou análise de propostas. Atualmente, podemos afirmar que muita coisa mudou, desde a maior competitividade das empresas no mercado, onde o Plano de Carreira passa a não ser mais um diferencial e sim um pré-requisito para estabelecer um alinhamento do profissional com os objetivos da organização, como também o perfil dos profissionais. As mudanças de Gerações (X, Y, Z e outras que virão) exigem que os estabelecimentos constantemente repensem suas estratégias e conceitos, isso ocorre no mercado como um todo, requerendo principalmente das micro e pequenas empresas melhor 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

performance na gestão de pessoas. Um negócio com cinco funcionários tem o mesmo desafio que um com 5.000, pois o desafio hoje não é ter funcionários e sim ter pessoas alinhadas e comprometidas com os objetivos e metas de sua empresa, o grande diferencial hoje é fazer o funcionário visualizar e projetar seu crescimento e conquistas pessoais através dos resultados do crescimento da sua empresa e isso exige que você desenvolva conceitos, estratégias e ferramentas, uma das ferramentas é o Plano de Carreira. Como conceito básico de um Plano de Carreira, entende-se: descrição do caminho para o crescimento do profissional em seu cargo, setor ou empresa, ele deve oportunizar a visão de curto, médio e longo prazos, assim como os pré-requisitos necessários para cada etapa do crescimento, que poderá ser horizontal (expansão do cargo com mais atividades e responsabilidades) ou vertical (subindo sua função no Organograma da empresa, assumindo posições de lideranças, coordenação, gerências ou diretorias), como consequência do crescimento também é imaginada maior visibilidade no mercado de trabalho, network e remuneração. Para Oficinas Mecânicas, é possível sim fazer um Plano de Carreira, será limitado muitas vezes ao crescimento vertical, mas deve ser projetado um crescimento horizontal onde os profissionais assumam mais responsabili-

dades e foco no resultado da empresa. Como exemplo, podemos falar do mercado de estoque, para muitas oficinas um profissional apenas já consegue realizar as atividades com perfeição sem ter gargalos, e não precisará contratar auxiliares, o que poderia fazê-lo crescer para uma gerência do estoque (crescimento vertical), mas pode sim ser um único profissional no segmento, porém que pense como gerente, assuma a responsabilidade com os resultados esperados do setor (crescimento horizontal) e, assim, poderá crescer em remuneração e perfil para o mercado de trabalho. Para elaboração de um bom Plano de Carreira, é preciso que se tenha um bom nível de informação gerencial e planejamento estratégico visualizando o curto, médio e longo prazos, pois assim poderá medir os impactos do crescimento dos profissionais com os resultados pretendidos na empresa, além de um processo de comunicação e suporte para o desenvolvimento dos profissionais, uma vez que qualquer Plano de Carreira exige um acompanhamento dos indicadores de resultados da equipe. Na próxima edição, falaremos sobre a importância da formalização dos processos internos da empresa para melhorar a performance de sua equipe. Para receber dicas de gestão, envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.



NEGÓCIOS / CLIENTES AUTOSSUFICIENTES por Karin Fuchs | fotos Divulgação

IVAN PRETI, arquiteto de Serviços e Soluções para a América Latina da Zendesk

CLIENTES AUTOSSUFICIENTES CONHEÇA OS PERFIS E SAIBA COMO LIDAR COM ELES As expectativas dos consumidores mudam constantemente. Eles buscam experiências para evitar frustrações e contatos desnecessários

C

ada vez mais com a internet, os consumidores buscam informações e com relação à manutenção de seus veículos não é diferente. Segundo Ivan Preti, arquiteto de Serviços e Soluções para a América Latina da Zendesk, as expectativas dos clientes estão mudando e as oficinas devem estar preparadas para se adaptar a essas mudanças. “Com a proliferação dos canais de comunicação, oferecer suporte personalizado e eficiente é um grande desafio. Uma maneira eficaz de responder de maneira positiva e proativa a essa pressão para dar mais atenção às necessidades dos compradores, é transformar o processo de atendimento em algo natural, fluido e simples. A dica é criar experiências memoráveis, sem atrito, para transformar clientes em fãs da oficina e garantir sua lealdade”.

SABEM TUDO – Para os clientes que já chegam na oficina achando que sabem o que deve ser feito no seu veí14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

culo e procuram respostas na internet, os chamados de clientes autossuficientes, Preti dá uma dica: “a melhor forma de tratá-lo é disponibilizar para ele uma ferramenta de autoatendimento, que lhe permita ser autossuficiente”. Como, por exemplo, ele menciona um portal com perguntas frequentes e informações úteis que alimentam sua independência e autonomia. “Mais e mais clientes querem se encarregar do assunto, hoje 81% dos clientes escolhem esse canal de serviço em detrimento de outros”.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – Ele comenta que a Inteligência Artificial (IA) estará presente de alguma maneira em todas as situações das nossas vidas e será a base das experiências digitais. “Isso porque as máquinas estão ganhando a capacidade de aprender e acumular conhecimento, de modo que podem realizar funções operacionais, que antes apenas as pessoas poderiam executar. A esse aprendizado

damos o nome de Machine Learning”. Dentro do canal de atendimento, ela é uma forma eficiente de oferecer suporte rápido e eficaz, capaz de produzir a tão desejada experiência positiva para os consumidores. “Um estudo da Zendesk revela que 53% dos clientes dizem que a Inteligência Artificial os ajuda a ter suporte 24 horas por dia, 7 dias da semana. Além disso, 57% destacam que essa tecnologia os ajuda a solucionar com agilidade as questões simples”. Segundo ele, mesmo para o setor de peças automotivas, o uso da IA pode ajudar na oferta de um excelente serviço pessoal e proativo para o consumidor. “Com a Inteligência Artificial, as oficinas podem, por exemplo, construir uma relação afetiva com seus clientes e ir além, usando a tecnologia para atingir um volume maior de pessoas. Adicionalmente, mecânicos e reparadores automotivos terão mais tempo para colocar energia onde re-


NA OFICINA

almente é importante, realizando um atendimento e serviços espetaculares”.

PORTAL INTERATIVO – Para quem deseja começar a pensar no lançamento de um portal com uma Central de Ajuda para o cliente ou simplesmente está buscando melhorar o que já tem, Preti orienta que a etapa mais importante é definir o que se espera alcançar. “Neste caso, qual seria o propósito? É reduzir o número de tickets de atendimento que a equipe recebe? Ou é simplesmente cultivar relacionamentos e interações entre os clientes? Essas são algumas ideias a serem levadas em consideração”. Depois de criado, é importante medir o desempenho da Central de Ajuda desde o primeiro dia. “Assim, a dica é monitorar coisas como: estatísticas de análise da comunidade; tempo para resolução de problemas; porcentagem de problemas resolvidos pela equipe em comparação com os tickets resolvidos pela Central de Ajuda”. Isso ajudará a entender se a Central de Ajuda está sendo eficiente e quais áreas do portal precisam ser melhoradas. “Também é extremamente importante monitorar os tipos de conteúdo, que estão sendo acessados pelos clientes. Esses dados ajudarão a decidir quais são mais necessários, como tópicos específicos ou perguntas recentes”.

CANAIS – Preti alerta que muitas vezes é negligenciada a questão do atendimento ao cliente por diversos canais. “As marcas querem estar presentes onde o consumidor está, seja no Instagram, Facebook, WhatsApp, entre tantos outros. E isso está correto. A ideia de ir até o cliente para facilitar a sua vida e gerar comodidade realmente será percebida pelo usuário como um ato de respeito por parte da empresa com a qual está interessado em negociar”. Porém, diz ele: “O que acontece muito ainda é que tais canais são independentes,

Para lidar com o cliente autossuficiente, Bruno Rodrigo Costa (foto), da Juca Bala Racing, da capital paulista, conta que em primeiro lugar ele deixa o cliente falar tudo o que seu veículo apresenta de falha, se a revisão seria preventiva ou corretiva e a forma que ele quer que o serviço seja feito. “Baseado em seu pré-diagnóstico, se tiver fundamento o que ele fala sobre o sintoma/falha, método de revisões e a forma que ele quer que seja feito, eu explico com a parte técnica do diagnóstico ou até mesmo o método de reparo que adotamos em nossa empresa. Os técnicos somos nós, então, eu já deixo isso bem esclarecido na abordagem inicial. Se eu perceber um bloqueio quanto ao nosso método de trabalho, eu não o atendo”. Ele diz que isso é uma raridade. “Graças a Deus, a maioria dos nossos clientes conhece nosso sistema trabalho. Não tenho tantos problemas com isso, mas quando aparecem, com uma boa con-

não se conectam, o que gera comunicações paralelas do mesmo consumidor. Muitas vezes, um atendente recebe uma solicitação de um usuário por meio do WhatsApp e não sabe que ele já tinha entrado em contato através do e-mail, sem ter recebido resposta. O cliente se aborrece por ter que dar as mesmas informações novamente e se sente desrespeitado”.

HUMANIZADO – Ele destaca que mesmo usufruindo das vantagens da tecnologia para acelerar e tornar mais eficiente o atendimento ao cliente, as pessoas gostam de ser atendidas com naturalidade e fluidez pelos agentes da empresa. “O atendimento feito por profissionais traz uma série de vantagens, já que as pessoas podem tomar decisões diferentes caso a caso, se relacionar de forma diferente e mais realista com cada estilo de cliente. A dica é investir na humanização do atendimento”. CASE – Finalizando, ele cita um case bem-sucedido. “Empresas de vare-

versa e explicação técnica, eu resolvo e garanto o serviço. Eu sempre falo para os nossos colaboradores para tratarem as pessoas da forma que eles gostariam de ser tratados, com o máximo de respeito e a posição de que está ali para resolver problemas de quem os procura”. A oficina tem 36 anos, Bruno é a segunda geração no comando e diz que ao longo desses anos os clientes foram lapidados. “Mais de 80% deles já sabem nossa forma trabalho. Não somos os perfeitos, nem estamos tão perto disso, mas ética, honestidade e clareza nós temos que ter. E se o cliente tiver a razão, nós damos o total suporte para resolver a situação. Mas em uma situação que ele cria problemas, por mais que tentamos ajudar, se isto continua não é a freguesia que eu quero por perto”.

jo, como a Gocase, love branding, que desenvolve um mix de produtos personalizados como mochilas, cases e acessórios, está se posicionando de forma diferenciada. Hoje, o atendimento é feito via Facebook, Instagram, Reclame Aqui, acompanhamento de Review de produto e NPS, Chat, Zendesk Guide (plataforma de inteligência artificial) e e-mail. A marca trabalha com um perfil de consumidor hiperconectado, por isso não poderia deixá-los esperando”. Ela adotou a plataforma Zendesk para integrar seus canais de comunicação e melhorar o atendimento. “No início, o tempo de resolução das solicitações que recebiam dos clientes era de 60 horas e, com o uso das ferramentas Zendesk, esse número caiu para uma média de 7,8 horas. Isso fez com que o índice de satisfação de seus clientes chegasse a 84%, acima dos 80% apontados como ideal pelos mais de 45 mil fregueses que responderam ao Zendesk Benchmark 2019”. E também a empresa registrou uma redução de 20% no número de chamados abertos. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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CAPA / RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

por Karin Fuchs | fotos Divulgação

PIS E COFINS MONOFÁSICO RESTITUIÇÃO PODE BENEFICIAR OFICINAS NO PAÍS Um dinheiro que pode voltar para a sua empresa. Mas é bom ficar atento que o período de ressarcimento é de cinco anos

A

legislação determina que o recolhimento do PIS e Cofins seja feito na ponta, pelos fabricantes ou importadores, por isso, se chama PIS e Cofins monofásico. Porém, os empresários da reparação automotiva podem estar pagando a mais estes impostos na guia de recolhimento, ao longo dos anos, sem se darem conta disso. E eles têm direito à restituição tributária, a partir do momento em que é feita uma apuração, de um período limite de cinco anos. Em Santa Catarina, Eduardo Colzani, presidente do Sindirepa, 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

conta que há cerca de seis anos uma empresa especializada os procurou para oferecer uma consultoria para os associados. “No início, alguns deles não acreditaram que seria possível a restituição tributária, mas quando os primeiros começaram a aderir e a receber o ressarcimento, outros também aderiram. Teve uma empresa que recebeu cerca de R$ 240 mil. Antes, o ressarcimento era moroso, hoje é bem rápido”. Ano passado, foi a vez do NEA-SC, Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa Catarina. “Começaram rumores das contabilidades de

alguns associados de que os impostos estariam sendo pagos duas vezes. A maioria dos produtos que trabalhamos é monofásica, os impostos são recolhidos antecipadamente. Alguns estabelecimentos perceberam isso e contrataram uma empresa especializada, a Interlex, e teve empresa que recebeu até R$ 80 mil de restituição”, diz o presidente da entidade, Anderson Marchi. Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional, estima que em um universo de 123 mil oficinas, como EDUARDO COLZANI, presidente do Sindirepa-SC


consta no Anuário da Indústria da Reparação de Veículos, milhares delas podem ser beneficiadas. “Tudo vai depender da adesão, ou seja, quantas vão se interessar em saber se possuem direito à restituição de créditos fiscais. Mas é importante tentar para saber”. Ele esclarece que isto inclui oficinas enquadradas no Simples Nacional, Lucro Real e Lucro presumido. “Para verificar se possui créditos, é necessário que seja feito um estudo apurado por profissionais da área tributária, já que o levantamento exige um trabalho detalhado de avaliação dos pagamentos fiscais realizados pela empresa nos últimos anos. Existe todo um trâmite a ser realizado, envolve tempo e conhecimento no assunto”. Neste ano, o Sindirepa-SP e o Sincopeças-SP firmaram uma parceria com a RDG Sociedade de Advogados para esta finalidade. “A parceria consiste em oferecer serviço às empresas associadas e a consultoria oferece desconto aos interessados. O Sindirepa-SP possui vários convênios com empresas e prestadores de serviços desta forma, como Senai, corretora de seguros, entre outros. Começamos por São Paulo, aqui a carga tributária é muito alta, mas nada impede que seja estendido a outros estados”.

ANDERSON MARCHI, presidente do NEA-SC

ANTONIO FIOLA, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional

Depois de tomar conhecimento sobre o assunto em um evento em Ribeirão Preto (SP) e de saber que o Sindirepa-SP tinha este convênio, José Natal da Silva, da Megacar e líder do GOE, foi atrás e conseguiu um ressarcimento de mais de R$ 53 mil. “Há algum tempo, eu já tinha comentado a respeito disso com o meu contador, mas na correria do dia a dia passou batido. Geralmente, as microempresas contratam um contador que cobra um salário mínimo por mês e para ele fazer o trabalho de apuração de notas de entradas e saídas de produtos custaria mais caro”. Para ele, o que falta é informação. “O que vale mais a pena: pagar um salário mínimo para um contador e depois fazer a restituição ou pagar mais para não acontecer isso? A microempresa optante pelo Simples Nacional fica refém de uma série de coisas, ela não tem uma assistência da contabilidade como deveria ter, jurídica, contábil e fiscal”. Em sua opinião, “o nosso Sindirepa deveria entrar em contato com a Receita Federal para que o cálculo do PIS e Cofins monofásico já seja considerado na ponta, o que atenderia milhares de empresas no País. Por outro lado, eu vejo que existe uma oportunidade de mercado, nós precisamos de um escritório especializado na nossa área”.

ALTERAÇÃO - Segundo Fiola, após ser constatado que foram pagos impostos indevidos, essa distorção é corrigida e os órgãos competentes são informados. “O contador, com acesso a essa informação, também faz as correções necessárias, assim evita problemas futuros nessa área. Além de restituir, igualmente economiza dali para frente. As oficinas são, em grande parte, micro e pequenas empresas e os impostos acabam onerando muito os custos da operação”. Em Santa Catarina, Colzani informa que as empresas adaptaram os seus sistemas de gestão. “Nós ajustamos os nossos sistemas para gerar a guia de pagamento e automaticamente reduzimos o imposto do sistema monofásico. É importante o reparador entender que a contabilidade não é responsável por gerar todos os impostos e separá-los do sistema, ele precisa ter um sistema e emitir um relatório para a contabilidade saber o que está ou não dentro do regime monofásico ou não”. Para isso, é primordial a organização. “A empresa que não está organizada dependerá de um terceiro para fazer este levantamento do imposto que está sendo pago a mais. Tem que fazer todos os levantamentos das entradas e saídas”, afirma Colzani. Entre os membros do NEA-SC, a adaptação do sistema também foi

JOSÉ NATAL DA SILVA, da Megacar e líder do GOE

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

17


CAPA / RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA feita. “Nós fizemos uma adequação no software de gestão das empresas, para já emitir o relatório dos produtos que são monofásicos, quando se cadastra o NCM”, avisa Marchi. A classificação fiscal do NCM é o número de uma tabela atribuída a um produto, serviço ou mercadoria. PROCESSO - Gestor da Área Tributária da RDG Sociedade de Advogados, Renato Marcondes Paladino esclarece que geralmente os reparadores pagam um contador que emite para eles a guia de recolhimento dos impostos, a partir do faturamento informado. “Porém, essa guia tem vários impostos, entre eles, o PIS e Cofins monofásico, que já foram pagos e eles poderiam tirar do cálculo”. Segundo ele, “muitas vezes isso acontece por não terem um sistema

que consiga parametrizar o que é ou não monofásico. Nós já tínhamos este trabalho aqui no escritório, mas não especificamente para o segmento de autopeças. Nós fizemos uma parceria com o Sincopeças e o Sindirepa locais, cobramos 25% do recuperado, abaixo da média de mercado, e recebemos este percentual quando o ressarcimento for feito”. Até agora, de um total de 100 empresas atendidas, equilibradamente entre oficinas e autopeças, cerca de 90% conseguiram a restituição, um montante de aproximadamente R$ 2 milhões. A maioria teve um ressarcimento entre R$ 60 mil e R$ 80 mil. “É um dinheiro que agrega valor para o empresário, lhe dá fluxo de caixa ou lhe ajuda a pagar uma dívida. E não existe qualquer problema ligado a uma fiscalização,

RENATO MARCONDES PALADINO, gestor da Área Tributária da RDG Sociedade de Advogados

porque é um procedimento online de acordo com a legislação vigente”. ESPECIALIZAÇÃO - Especializada em restituições de impostos para vários segmentos, a Interlex, localizada em Catanduvas (SC), realiza este serviço de consultoria não apenas para



CAPA / RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA a verificação de créditos, mas também para que o empresário adapte o seu sistema para não haver mais cobrança indevida do PIS e Cofins monofásico. “Nós damos toda a assessoria necessária para que as empresas ajustem o cadastro de produtos, para que dali em diante elas tenham condições de municiar a sua contabilidade para já descontar este valor. Ela vai ganhar uma economia tributária resultante do nosso trabalho”, afirma Vinícius de Oliveira Sotoriva, diretor da Interlex. A Interlex fez um convênio com o NEA-SC para atender os seus associados. E como este trabalho é feito remotamente, ela pode atender empresas de todo o País. “Nós fazemos uma consultoria gratuita. Constatado que a empresa tem direito à res-

tituição tributária, ela nos paga um percentual quando receber o ressarcimento. O ressarcimento é feito diretamente na conta do empresário, em um prazo de até 90 dias”. Para saber mais, acesse: http://interlex.com.br Ele explica que esta apuração é bem detalhada, de cada nota, mês a mês. O prazo o qual o empresário tem direito ao ressarcimento é de cinco anos. “A restituição é corrigida pela taxa Selic, desde a data de pagamento da guia, e nós temos depoimentos maravilhosos de quem restituiu o imposto. No cenário econômico em que vivemos, é um valor que a empresa não esperava. Nós prestamos este serviço para as empresas, sem que elas tenham que fazer um investimento”. Sotoriva esclarece que este traba-

VINÍCIUS DE OLIVEIRA SOTORIVA, diretor da Interlex

lho de apuração não é judicial, é um direito do contribuinte. “As empresas podem ter um receio de serem fiscalizadas, mas como toda nota praticamente é eletrônica, esta fiscalização já acontece 24 horas por dia por parte da Receita Federal. Não há uma ligação entre o processo de recuperação tributária e fiscalização. Atendemos mais de 300 empresas e nenhuma delas na sequência foi fiscalizada”, conclui.


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ARTIGO / REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A PRIMEIRA ATITUDE

PARA GARANTIR O FUTURO DE SUA OFICINA

C

omo comentamos no primeiro artigo da série, há um novo ambiente de negócios se formando impulsionado pelas inovações tecnológicas. Isso já ficou bem claro no texto anterior. O que pretendo agora nesse, e nos próximos artigos, é mostrar o que o empresário da reparação e profissional automotivo precisam fazer para se preparar para essas mudanças. E, se há algo que devo enumerar como a primeira e principal atitude, essa é, sem sobra de dúvidas, o despertar. Isso mesmo, despertar! Essa deve ser a mais importante postura assumida pelo empresário. A partir de agora você deve assumir um compromisso pessoal de entender que o segmento de reparação está mudando e que algo precisa ser feito, sob o risco de posicionar sua empresa às margens do mercado nos próximos anos. Essa é a mais importante das lições que posso lhe passar aqui nessa coluna, e que será o pilar-mestre para os conceitos que falaremos aqui em outros artigos. 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Se você permanecer dormente, diante de tantas mudanças e inovações e se fechar para o novo contexto que se forma diante de seus próprios olhos, você apenas vai atrasar um processo de mudança que afinal de contas é inevitável, queira você ou não. Afirmo isso porque ainda percebo resistência por parte de reparadores que não creem que o setor de reposição irá mudar. Não antes de vinte anos, dizem eles. O que eles não sabem é que daqui a vinte anos eles sentirão apenas o impacto daquilo de começou a mudar agora, e que perderam a grande oportunidade de gerar novos negócios, ou mesmo de se antecipar à nova realidade do segmento. Parece um papo muito filosófico? Então, vou contextualizar melhor. Muitos serviços com grande volume nas oficinas deixarão de existir. Sim, isso é fato! Componentes hoje na lista dos mais vendidos simplesmente não serão mais, seja porque o componente foi substituído por outro mais eficiente, ou pelo simples fato desse item ter sido eliminado em uma atualização do veículo, ou, o que é

por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo Foto Divulgação

mais impactante, o veículo onde se instalava essa peça parou de ser produzido. O que quero dizer é que novas tecnologias substituem velhas tecnologias. Essa é a regra! Na verdade, sempre foi. O que mudou é a velocidade com que uma tecnologia se torna obsoleta e é substituída por outra. Para ser mais claro, quero provocar uma reflexão. Você investiria em maquinário para reparo de caixa de direção hidráulica nos dias atuais? Você pode até dizer que sim, afinal a demanda por esse serviço ainda é grande dada a frota circulante equipada com esse sistema. Mas a resposta certa é na verdade uma pergunta. No contexto atual, até quando eu conseguiria me manter com esse serviço se os carros novos não utilizam mais esse sistema? Reflita sobre isso... Então, amigo, se diante do que foi falado aqui nesse texto você despertou, meus parabéns! Você acaba de dar o primeiro passo para assimilar tudo de novo que vamos postar aqui nos próximos artigos. Seja muito bem-vindo ao futuro das oficinas.


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NA OFICINA / TRANSMISSÃO

UM OLHAR MAIS DE PERTO

NA TRANSMISSÃO DSG VOLKSWAGEN / CÂMBIO 0AM

Com grande experiência no assunto, nosso colunista traz detalhes deveras significativos sobre esse importante sistema FIGURA 1

por Carlos Napoletano Neto | fotos Divulgação

S

omos bombardeados por novas transmissões para onde quer que nos voltemos atualmente. Os fabricantes estão fazendo tudo o que podem para ganhar vantagens em economia de combustível e satisfação do cliente em experiência de direção. A transmissão desempenha um papel vital em ambas estas áreas. Eis o porquê de tão grande variedade de transmissões no mercado atual. As transmissões de engates diretos (DSGs) estão se tornando muito populares ao fornecerem o melhor de dois mundos. Tendo unidades de peso reduzido, perda mínima de potência através do trem de engrenagens e um tempo extremamente curto de engates de marcha, estas transmissões permitem que motores de menor cilindrada sejam utilizados.

ARQUITETURA E OPERAÇÃO DA UNIDADE A unidade consiste de dois trens de engrenagens separados sendo acionados por duas embreagens secas, separadas e montadas em um só conjunto de embreagem. Ela possui dois eixos de entrada e três eixos de saída. Utiliza um conjunto eletromecânico, chamado de conjunto Mecatrônico, para operar as embreagens e mudanças das engrenagens internas. O conjunto Mecatrônico engloba o módulo de controle da transmissão, sensores e atuadores necessários para controlar a transmissão (figura 2). Também possui seu próprio reservatório de fluido, fluido especial e bomba de óleo para acionar os atuadores. O conjunto de engrenagens possui um cárter separado.

Por mais de uma década, a Volkswagen já equipa vários modelos com transmissões DSGs. A transmissão 0AM tem sido bastante utilizada em veículos de menor cilindrada (figura 1).

As marchas 1, 3, 5 e 7 são acionadas pela embreagem K1 que está ligada por estrias ao eixo de entrada interno. A marcha à Ré, 2ª, 4ª e 6ª são acionadas pela embreagem K2, que está ligada por estrias ao eixo de entrada externo (figura 3). Cada eixo de entrada possui seu próprio eixo de saída para transmitir torque a um único diferencial comum. Um terceiro eixo de saída é utilizado para a trava de estacionamento e seleção da marcha à Ré.

A transmissão 0AM possui 7 marchas, dupla embreagem seca. Se tornou uma unidade bastante popular em várias partes do mundo, contudo, ela não foi bem recebida nos Estados Unidos da mesma maneira. A aplicação mais popular dela nos Estados Unidos é a variante 0CG, montada no Jetta híbrido. Aqui no Brasil ela pode ser encontrada no GOLF, JETTA, BORA, entre outros. Vamos dar uma olhada mais de perto nesta unidade e ver suas particularidades. 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Quando o motor é desligado, a unidade Mecatrônica comanda 1ª e Ré, permitindo à alavanca da trava de estacionamento travar mecanicamente o eixo de saída, através do diferencial. Tanto a embreagem K1 quanto a K2

COMPONENTES 1- Atuadores dos garfos, k1 e k2 2- Bloco de solenoides - Grupo 1 3. Motor da bomba elétrica 4. Bomba 5. Bloco de Solenoide - Grupo 2 6. Corpo de Controle 7. Acumulador

Muitos componentes do conjunto mecatrônico são passíveis de serviço com peças disponíveis no mercado informal. Nota: A bomba de óleo é uma bomba de alta pressão capaz de produzir até 1.015 PSI (70Bar) com a transmissão em emergência

FIGURA 2

são comandadas abertas (liberadas) quando o motor estiver desligado. SERVIÇO O serviço de manutenção desta unidade é um tanto quanto complicado. Não existem procedimentos de verificação de nível de fluido emitidos pelo fabricante. A transmissão 0AM possui dois cárters, um para as engrenagens propriamente ditas e outro para o conjunto Mecatrônico. A variação 0CG possui um cárter adicional para a engrenagem de transferência para o conjunto híbrido. Os cárters devem ser completamente esvaziados e abas-


tecidos com o volume especificado pelo fabricante. Assim, se existirem vazamentos nestas unidades, o cárter deverá ser drenado completamente e reabastecido com a capacidade especificada pela fábrica. Sempre consulte FIGURA 3

Siga o procedimento de instalação e cálculo da folga do conjunto fornecido junto com o kit. A falta de regulagem ou a regulagem incorreta das folgas das embreagens K1 e K2 poderá danificar o conjunto de embreagem, provocar patinações e até mesmo deixar de engatar a marcha solicitada. PROBLEMAS MAIS COMUNS

• Variações dos engates de marcha e ruídos de engate. • Falta de engates. •Trepidações e falhas no arranque do veículo. • Luz de diagnóstico acende (com ou sem armazenamento de códigos).

a informação técnica do fabricante quanto a atualizações na especificação de fluidos. Como qualquer transmissão manual normal, a unidade deverá ser removida do veículo para substituição do conjunto de embreagens. O conjunto de embreagem pode ser obtido no mercado informal. Uma vez que a unidade seja removida, os respiros deverão ser tampados para evitar vazamento de fluido das seções da mesma. Os conjuntos de embreagem de boa marca já vêm com estes tampões fornecidos para este propósito. Existem duas gerações de conjuntos de embreagens para esta unidade. Os veículos fabricados até julho de 2011 utilizam o jogo de embreagem da geração 1. Os veículos fabricados a partir de agosto de 2011 utilizam a geração 2 de embreagem. Estes kits não são intercambiáveis. Sempre forneça o número VIN ao fornecedor de peças a fim de se assegurar que o kit correto seja fornecido ao seu cliente.

Vários problemas funcionais e de dirigibilidade podem ser resolvidos atualizando-se a estratégia de controle do módulo. Mesmo quando existem códigos de falha, pode ser que uma atualização do software do módulo resolva o problema em questão. As falhas mais comuns relativas às atualizações de software podem ser:

FIGURA 4

O serviço na caixa de engrenagens precisa de drenagem completa e abastecimento conforme a capacidade, sempre verifique as especificações por veículo conforme o fabricante recomenda

Note que alguns problemas podem ser referentes à falha de componentes mecânicos ou desgaste das embreagens. Sempre consulte o site do fabricante quanto aos boletins mais recentes quanto a atualizações de software. FIGURA 5

O Fluido do conjunto mecatrônico pode ser substituído. A drenagem e abastecimento podem ser feitos pelo respiro uma vez que se remova a unidade da transmissão. Existe um parafuso Allen 5 mm na parte inferior da unidade mecatrônica que pode ser usado para drenar a unidade

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / TRANSMISSÃO Ruídos de rolamentos são uma reclamação comum desta unidade. Veículos sujeitos a constantes freadas e saídas, com uso intenso da embreagem, poderão apresentar falhas com baixa quilometragem. Durante o processo de diagnóstico, tome notas precisas sobre quando os ruídos de rolamentos ocorrerem. Seja específico em identificar em quais marchas e condições os ruídos são mais evidentes. Utilize ajuda na audição, como estetoscópios ou dispositivos eletrônicos de detecção, para isolar a causa dos ruídos de rolamentos. Falhas no volante de dupla massa (bimassa) são comuns. Reclamações de ruídos de chocalho ou cliques podem indicar que o conjunto está FIGURA 6

Inspecione o volante bimassa da área indicada, a placa estacionária quebra e gera ruídos se danificada, substitua a mesma

falhando. Sempre confira o funcionamento do veículo quanto a: • Falhas de ignição. • Balanceamento de cilindros, potência inconstante. • Baixa rotação de partida ou tempo de partida muito longo antes que o motor pegue. Todos estes itens podem levar a falhas repetitivas do conjunto do volante bimassa. As falhas deste item, por sua vez, tendem a ser mais comuns em aplicações diesel. Estas condições podem ser corrigidas, para garantir uma maior duração dos componentes. Inspecione os dentes do volante bimassa e seus retentores quanto a danos e folga excessiva (figura 6). Substitua o conjunto inteiro se for necessário. 28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

FIGURA 7

Pistão

FIGURA 8

Ao remover o conjunto mecatrônico, somente remova os parafusos indicados. Caso isto não seja feito, poderão ocorrer sérios ferimentos. Utilizando uma broca com ponta de titânio, faça um furo através da tampa, no cilindro do acumulador, para aliviar a pressão interna. Isto tornará o conjunto seguro para manuseio

O acumulador é uma peça que não deve ser reparada. O pistão se move no cilindro pressurizado para armazenar pressão de fluido proveniente da bomba. Nota: ele é montado e pressurizado com um gás inerte (nitrogênio)

ACUMULADOR HIDRÁULICO A falha do acumulador é a falha mais comum desta unidade. Reclamações de dirigibilidade sobre trepidações e vibrações intermitentes ou falta de arranque (saída) do veículo podem indicar que este componente está falhando ou já falhou. Dependendo do grau da falha, o acumulador poderá gerar perigo se não for manuseado corretamente. Este acumulador é um recipiente que é carregado com um gás inerte por trás de um pistão (figura 7). O pistão está exposto ao lado de descarga da bomba. O fluido proveniente da bomba age sobre o pistão enchendo o recipiente. A bomba é acionada por um motor elétrico controlado pelo TCM que está instalado internamente à Mecatrônica. O TCM monitora um sensor interno de pressão para manter a faixa de trabalho de pressão entre 580 e 870 psi (40-60 bar). A pressão é mantida pela força de oposição do gás inerte que está por trás do pistão. O fluido é utilizado quando os

solenoides na unidade Mecatrônica são comandados, a fim de operar os garfos de mudança e pistões dos atuadores de embreagem. No evento de falha do acumulador, o conjunto Mecatrônico pode ser extremamente perigoso. É necessário manusear o mesmo como se ele estivesse completamente pressurizado! O procedimento de manuseio recomendado é conforme segue: •Remova o conjunto Mecatrônico da unidade removendo SOMENTE os sete (7) parafusos M8 que o fixam à unidade (veja figura 8). •Certifique-se de utilizar óculos de segurança. •Utilizando uma broca com ponta de titânio (não importa o tamanho), faça um furo através da tampa do conjunto Mecatrônico no corpo do acumulador conforme mostrado na figura 7. NOTA: a broca deverá ser longa o bastante para penetrar aproximadamente 50 mm na unidade. Isto vai aliviar a pressão no recipiente do acumulador e permitir que você remova com segurança a tampa da unidade Mecatrônica. O acumulador e a tampa estão disponíveis no mercado paralelo.


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O fundido do corpo de válvulas é usualmente danificado quando o acumulador apresenta falha (figura 9). Isto pode parecer óbvio, porém pode ser que não notemos sinais de danos a menos que façamos uma inspeção com bastante atenção nesta peça. Sempre verifique se não existem linhas parecendo fios de cabelo e sinais de fadiga na área onde os parafusos de fixação do acumulador se localizam no corpo de válvulas. Novos fundidos do corpo de válvula podem ser obtidos no mercado informal. Os kits de reparo também já estão disponíveis para fornecimento. À medida que novas tecnologias ingressam no mercado de pós-vendas, novos desafios de serviço usualmente vêm junto com elas. Estes desafios oferecem oportunidades para que apresentemos soluções ao cliente além das substituições indicadas pelos fabrican-

tes. A pesquisa de novas tecnologias nos prepara melhor para que sejamos bem-sucedidos no processo que vai desde o diagnóstico do veículo até sua entrega ao cliente. Uma informação, por menor que seja, pode ser de grande auxílio para que executemos um reparo mais seguro e de melhor qualidade a nossos clientes.

CONSULTOR

Carlos Napoletano Neto Diretor Técnico Aptta Brasil www.apttabrasil.com

FIGURA 9 Este é um dano típico que ocorre nesta unidade, mesmo se o dano não parecer óbvio, sempre inspecione esta área quanto a trincas e sinais de estresse

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / FREIOS

CILINDROS DE RODA

PEUGEOT 206/207 E CITROËN C3, AMBOS SEM ABS Parceiro fala sobre as particularidades dos componentes nesses dois modelos de veículos, como a válvula equalizadora integrada Por Ricardo Tatiyama / Fotos Divulgação Colaborou Wanderlei Castro

R

icardo Tatiyama, reparador e proprietário da ABC Freios, de São Caetano do Sul (SP), traz este mês particularidades sobre o cilindro de roda do Peugeot 206/207 sem ABS e do Citroën C3 sem ABS. “Os veículos sem ABS ou com ABS sem EBD possuem a válvula equalizadora para o freio traseiro.

precisará de menos pressão no freio traseiro ou quando você estiver carregado e for fazer uma viagem, com cinco pessoas dentro do carro mais as malas, ele terá um peso maior. Consequentemente, precisará de mais pressão no freio traseiro. Então, ela vai modular essa pressão no freio traseiro. Menos carga, menos pressão. Mais carga, mais pressão”, completa Tatiyama.

Na minha oficina, já pegamos várias marcas onde não há o sistema integrado no cilindro de roda. Mostraremos para vocês na bancada a diferença entre o cilindro que tem. E o que não tem. Então, pessoal, esse cilindro é de um Peugeot 207 e esse outro é de um C3 sem

PROCEDIMENTO O objetivo agora é falar sobre a particularidade dos cilindros de roda do Peugeot 206/207 sem ABS e o Citroën C3 sem Abs. Essa válvula evita o travamento das rodas traseiras numa frenagem de emergência. Como sabemos, os modelos de veículos que utilizam válvula equalizadora de corte fixo têm o seu ponto de corte estipulado pela montadora”, diz. “Existe um outro tipo de válvula, que seria a válvula sensível à carga. Ela trabalha de forma simples:

enquanto você está sozinho no carro, numa frenagem de emergência, 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A grande particularidade desse cilindro é que a válvula equalizadora está integrada ao cilindro de roda. Ela fará a função de válvula equalizadora de corte fixo. Além de pressão nas sapatas, ela fará o ponto de corte na pressão de uma frenagem de emergência. Nessa frenagem de emergência, sem o Sistema integrado no cilindro de roda, as rodas traseiras travarão e você, consequentemente, perderá a estabilidade.

ABS, e esse aqui, como falei, foi retirado de um veículo e ele não tem a válvula integrada.

Agora, vocês podem identificar se tem o sistema integrado ou não. Primeiramente, a descrição do produto. Este fabricante tem na descrição com válvula reguladora.


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PARCEIRO Ricardo Tatiyama, ABC Freios, São Caetano do Sul (SP)

A válvula equalizadora está locada no pistão, neste miolo aqui. Este fabricante é fornecedor original. Ele não contém a descrição. Porém, como é fornecedor original, ele tem a válvula equalizadora. Agora mostraremos para vocês um cilindro onde não existe a válvula.

Agora, mostraremos uma outra forma de identificar se tem ou não tem esse sistema. Uma outra forma de identificar se tem ou não no sistema é removendo os pistões.

Então, já são dois itens que nesse cilindro fica inviável de colocar. Pessoal, se pegarmos neste lugar, praticamente, não vemos a diferença de um para o outro, então devemos ficar atentos aos detalhes porque fará diferença na hora do reparo.

Ele não possui, simplesmente, fica oco – não fazendo a sua função. Consequentemente, levando risco ao condutor do veículo. Um outro item curioso que me chamou a atenção foi que, ao invés de anel, gaxetas;

Nesses cilindros, podemos notar que ele tem um pistão maior e outro menor.

e um oring aqui que faz a vedação. O que é muito errado também. Os anéis gaxetas têm um ângulo, têm um determinado sentido do corte da borracha.

Bom, pessoal, aqui fica mais uma dica de cilindros de freio, de extrema importância no veículo e que, às vezes, um detalhe, uma falta de informação, faz muita diferença da qualidade de um serviço. Esperamos que tenham gostado da dica desta edição. Dúvidas e sugestões para próximos vídeos, deixem nos comentários e acompanhem a gente na Reparação Automotiva. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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NA OFICINA / ELÉTRICA

SISTEMAS ELÉTRICOS

E O ROTA 2030

Na edição anterior, demos início ao estudo dos Alternadores Eficientes, que compõem parte das regras do Rota 2030, cuja lei citaremos novamente por Leandro Marco | fotos Divulgação

O QUE É ROTA 2030? É um programa que tem uma visão de longo prazo, nesse caso de 2018 a 2030 (daí o nome), para a indústria automobilística brasileira, com datas e requisitos claros a serem implementados relativos à Eficiência Energética e à Segurança Veicular. O Rota 2030 é considerado como o sucessor do “Inovar Auto” e foi publicado em 10/12/2018 (Lei 13.755/2018) fonte(Unidade Curricular Eficiência Energética – Pós Graduação em Engenharia Automotiva PUC MINAS)

Para atender esta lei, a inserção dos Alternadores Eficientes foi primordial, mas o que tem trazido grandes dificuldades para a Reparação dos mesmos é a falta de conhecimento técnico do Sistema, equipamentos apropriados, e evitar a todo custo o “jeitinho brasileiro”, como muitos gostam de chamar, para tentar resolver certos problemas técnicos. MEMORIZANDO: Os Alternadores Eficientes possuem o controle de seu funcionamento pela UCE-Unidade de Comando Eletrônico do Motor, onde o Alternador tem sua excitação para carregar a bateria, conforme a demanda detectada pela UCE e seus NÓS de Comunicação. Popularmente, é conhecido como Alternador PILOTADO. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ª 2 PARTE

CONSULTOR Leandro Marco Busque qualificação profissional na General TECH, de Uberaba, Minas Gerais

Estes alternadores demandam conhecimento técnico do reparador, pois um diagnóstico realizado de forma incorreta acarretará danos aos seus componentes eletrônicos, como o regulador de voltagem. Um dos primeiros veículos a frequentar as oficinas brasileiras com este sistema, até mesmo antes da Rota 2030, foi o Renault Megane 2007. E por muitas vezes tiveram seus sistemas condenados, pois a falta de informação técnica, e busca da mesma, levou à manutenção e ao diagnóstico de forma errônea.

Os fios do conector do alternador não têm ligação ao painel de instrumentos, como nos veículos convencionais. Outro exemplo, o Jeep Grand Cherokee, que o Alternador tem ligação e influência no funcionamento do fechamento automático das portas.

Veja o diagrama Simplo: Veja como funcionam os comandos deste sistema no Diagrama Elétrico apresentado pela SIMPLO:

Analisando o diagrama Simplo, podemos ver que um simples problema de travamento das portas pode estar relacionado a um sinal do Alternador.


Fique atento aos nossos estudos com toda a informação escrita e colecionável, e videoaulas no canal

Por outro lado, uma manutenção errada no circuito elétrico poderá ocasionar danos ao Alternador.

Necessária a devida atenção, pois logo abaixo temos o circuito hidráulico de direção assistida.

O Diagnóstico do Alternador nestes sistemas fica vinculado também a uma interpretação da leitura do scanner automotivo, pois o mesmo traz as informações pertinentes aos sinais de comando e respostas do alternador à UCE de comando.

Pouco acima, na caixa de rodas do para-lamas direito, temos a unidade Comando do Motor e Central Elétrica de Fusíveis e Relés.

CUIDADO NO DIAGNÓSTICO Devemos estar atentos ao realizar o diagnóstico, nos cercar do máximo de informações possíveis, começando pela medição através do multímetro, observando as informações na tela do scanner automotivo, utilizando ferramental e equipamentos apropriados para as análises, pois um diagnóstico errado pode trazer prejuízo ao cliente e ou à oficina. Imagine interpretar um diagnóstico errado de um alternador de uma Land Rover Discovery 4 TDV6?

A localização do Alternador do Jeep Grand Cherokee está ao lado direito motor, o mesmo apresenta facilidade em sua remoção para manutenção.

Devemos nos atentar sempre que para a desinstalação e instalação do Alternador precisamos deixar a alimentação elétrica da bateria desconectada, para não causar danos aos sistemas elétricos, principalmente às unidades eletrônicas. Exemplo de Unidades Eletrônicas danificadas por curto no cabo de alimentação elétrica da bateria: •ABS/ESP; • Tração e Transmissão; • Gerenciamento do Motor; • BSI/BSM; • Unidade Controle de Rede de Bordo. Inúmeros casos já chegaram às oficinas, onde uma simples transferência de carga, uma desconexão de bateria, remoção de alternadores e motores de partida, onde após os serviços realizados os veículos apresentaram algumas destas Unidades Eletrônicas danificadas.

Não há facilidade de acesso, para um reparo ou análise rápida, é um veículo que demanda conhecimento e tempo para um perfeito diagnóstico. Confira a falta de espaço e acesso ao alternador:


NA OFICINA / ELÉTRICA Devemos estar atentos que nos veículos atuais a demanda de carga elétrica é alta, comparando-se com veículos do passado. Devido as estas estratégias, temos veículos que já vêm dotados de módulo de controle de energia, um dos pioneiros foi a linha PSA, Peugeot e Citroën onde desligam automaticamente sistemas para o modo de economia de energia. E nos veículos mais atuais temos os Sensores de Bateria, que monitoram a carga em consumo e necessidade de reposição da mesma às baterias do veículo:

to que antes não existia. Para estes sistemas e outros, o reparador deve buscar estar se qualificando e aperfeiçoando profissionalmente.

Com rede de dados de comunicação LIN, a unidade BCM monitora a necessidade e recarga ou não da bateria, e assim informa à UCE do Motor a forma de atuar do Alternador com eficiência. Existem muitos casos de troca do terminal de baterias com sensor de bateria acoplado, onde alguns reparadores por falta de conhecimento têm eliminado o mesmo. E problemas têm surgido nos veículos com este sistema, e trazido grande transtornos às oficinas e proprietários do veículos, pois surge um defei-

Entre em contato conosco, da General Tech Automotive Diagnostic, temos estes e outros treinamentos para que sua equipe esteja apta a reparar os sistemas elétricos automotivos com segurança. A cada edição da Revista Reparação Automotiva, nas colunas de suas páginas, inúmeras informações que devemos estar atentos, estudando e buscando conhecimento para melhor desenvolvermos nosso trabalho. Aguardamos você na próxima edição. Um forte abraço!

LINHA DE ILUMINAÇÃO LANTERNA PROFISSIONAL DE LED CÓD. 9TA27A

LANTERNA DE LED PARA INSPEÇÃO CÓD. 9TA28A POTÊNCIA LED COB frontal de 3W 5 LEDs no topo

POTÊNCIA LED COB frontal de 1,5W 1 LED no topo

LUMINOSIDADE 300 Luméns

LUMINOSIDADE 145 Luméns

PRATICIDADE Base articulada e Imantada Gancho Escamoteável

PRATICIDADE Conector padrão USB Bateria recarregável de íons e lítio Conector padrão USB

DURABILIDADE Autonomia de 4 horas Bateria recarregável de íons e lítio

Bases imantada basculante e gancho escamoteável

5 LEDs no topo

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DURABILIDADE Autonomia de 2 horas Bateria recarregável de íons e lítio

Bases imantada basculante

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NA OFICINA / SUSPENSÃO

BMW X1 ATÉ 2015 PROBLEMA CRÔNICO NA SUSPENSÃO por Silvio Rocha e Wanderlei Castro | fotos Divulgação

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abricado no Brasil, o BMW X1 tem tirado o sono de alguns reparadores quando se fala em desvendar a origem dos altos estalos da suspensão. Nilson Patrone, da Power Class, localizada em São Bernardo do Campo (SP), conta que um dia desses recebeu em sua oficina um BMW X1 2015, que apresentava problema na suspensão. “O cliente reclamava que no momento em que passava por uma lombada ou valeta, situação que exige muito do sistema, se ouvia um estalo muito forte. A princípio, quando fizemos o teste, achamos que o barulho era do quadro de suspensão, mas na verdade o ruído vinha do braço inferior do sistema dianteiro”. Nesse caso, o reparador explica que esses braços têm uma composição diferente da maioria dos carros, pois são metade de nylon e metade de borracha. “Não existe uma solução simples para esse trabalho. A manutenção corretiva

Bucha do braço curvo dianteiro

é cara, para se ter uma ideia a peça chega a custar mais de R$ 2.000,00 cada braço, porém ela pode ser encontrada também no mercado de reposição, e a montadora não vende os braços separadamente”. SOLUÇÃO - Para chegar ao diagnóstico, o experiente Nilson Patrone realizou um teste dinâmico com o veículo em uso em condições que exigissem o esforço grande da suspensão e até pensou em fazer outros procedimentos para resolver o proBraço de controle inferior de suspensão

blema, como soltar o quadro de suspensão e reapertar, examinar se havia algum ponto de solda errado e analisar o painel dianteiro. “Tivemos alguma dificuldade no começo, mas depois identificamos o defeito”, emenda. Há casos em que o cliente levou o veículo à concessionária com menos de 10 mil quilômetros. “E a autorizada disse que precisava retorquear a suspensão por conta da baixa quilometragem. Na vez seguinte, retirou os amortecedores e examinou as molas, e afirmou ter resolvido o problema. Ao persistir o barulho, o proprietário veio até nós. Hoje prontamente conseguimos identificar o defeito quando surge esse modelo na oficina”, completa.



FEIRA / AUTONOR

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

AUTONOR COMPLETA 20 ANOS

10ª EDIÇÃO BATE RECORDE DE PÚBLICO NOS QUATRO DIAS Também com audiência qualificada, relatos de muitos expositores dão conta que essa foi a melhor de todas as edições

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Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste (Autonor) comemorou na edição realizada de 11 a 14 de setembro 20 anos, com recorde de público, mais de 45 mil visitantes nos quatro dias de evento. Aliás, isso somado aos resultados obtidos na feira surpreenderam os expositores. Para a grande maioria dos participantes, a mostra foi um sucesso, o que motivou um aumento na procura por estandes para o próximo evento. Com mais de 730 marcas expositoras, a Autonor 2019 gerou cerca de R$ 50 milhões em negócios. “Pelos relatos de muitas marcas presentes, podemos dizer que essa foi a melhor de todas as edições. Para nós, feira boa é aquela que nossos expositores comemo38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ram os bons resultados. Nós trabalhamos para que o expositor ache que o evento valeu o investimento financeiro e de tempo”, afirmou Emanuel Luna, diretor e idealizador da Autonor. Em 2021, a organização promete mais caravanas, com um público ainda mais focado. “Um grande número de empresas expositoras já confirmou participação em 2021. Isso evidencia que elas estão acreditando no mercado e na força do evento como instrumento de promoção de negócios”, disse Bruna Miranda, diretora da Autonor Empreendimentos, empresa responsável pela coordenação da feira. CAPACITAÇÃO - Segundo o presidente do Sindirepa-PE, Pedro Paulo Medeiros de Moraes, “o Sindire-

pa, juntamente com o Sebrae-PE, trouxe para esta feira, entre muitas outras atrações, a Oficina do Futuro. Um espaço bastante diferenciado para as tecnologias, voltado para o desenvolvimento e para as inovações. O Sindirepa também junto com o Sebrae colocou 25 empresas que não poderiam participar abertamente dessa mostra de maneira normal”, contou. Para Alexandre Costa, da Alpha Consultoria, “nós tivemos várias áreas de treinamento, Arena do Conhecimento, o Espaço Inovação do Sebrae, o Balconista SA, além de várias ações de treinamento – onde pudemos agregar muito mais informação e treinamento para quem esteve aproveitando esse belíssimo evento. Eu só tenho a agradecer à organização da Autonor”, concluiu.



www.reparacaoautomotiva.com.br por Redação | fotos Divulgação

TECNOLOGIA SCHAEFFLER GARANTE FACILIDADE, ECONOMIA DE TEMPO E RENTABILIDADE ÀS OFICINAS MECÂNICAS A Schaeffler – detentora das marcas LuK, INA e FAG – fornece ao mercado de reposição automotiva um kit com todos os componentes necessários para reparos no câmbio, com a vantagem de terem a qualidade original de fábrica. O LuK GearBOX reúne, em uma única caixa, um conjunto de rolamentos, vedações, anéis e todos os componentes para a reparação profissional de transmissões manuais de automóveis.

NAKATA DIVULGA OS TRÊS REPARADORES QUE VENCERAM A PROMOÇÃO FERAS DA OFICINA EM AGOSTO Mais três reparadores foram premiados no Feras da Oficina, promoção da Nakata, fabricante de autopeças e uma das líderes em componentes undercar para o mercado de reposição. Os vencedores do mês de agosto que apresentaram as melhores dicas de reparação foram: Ricardo Aparecido Felipe Néchio (1), de Campinas (SP), primeiro lugar; Sérgio Torigoe (2), de São Paulo (SP), na segunda posição; e Alex Julio Girardi, de Guaporé (RS).

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AUTO BUSCA: PLATAFORMA DE VENDA DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO DA FORD CHEGA A CURITIBA A Ford lançou no mês de setembro, em Curitiba (PR), o Auto Busca, nova plataforma online de venda de peças automotivas para reparadores e oficinas independentes. O catálogo inicial é composto por cerca de 2.000 peças de reposição das marcas Ford, Motorcraft e Omnicraft, e será ampliado progressivamente. O Auto Busca tem como próximas etapas o lançamento nas cidades de Campinas (SP), em outubro, e Porto Alegre (RS), em novembro.

FRAS-LE LANÇA INICIATIVA DE RECONHECIMENTO AOS REPARADORES AUTOMOTIVOS Lançada em todo o Brasil, por meio da campanha Pastilha Premiada o profissional da reparação que escolher trabalhar com as pastilhas de freio Fras-le e Lonaflex terá a chance de ganhar, em três sorteios apurados pelas extrações da Loteria Federal (dias 11 de dezembro de 2019, 19 de fevereiro e 14 de abril de 2020), três automóveis, seis motos e mais 21 prêmios de R$ 2 mil. O regulamento completo está no pastilhapremiada.fras-le.com 40 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


www.reparacaoautomotiva.com.br

ZF AFTERMARKET TEM VÍDEOS INÉDITOS DA LINHA PESADA NO CANAL ‘AMIGO BOM DE PEÇA’ No ar desde abril de 2017, o Programa de Treinamento a Distância da ZF Aftermarket “Amigo Bom de Peça” ganha a cada dia novos conteúdos para qualificar reparadores de todo o País. Por meio do site e Facebook, o Programa traz neste mês novos vídeos, já disponíveis e de forma 100% gratuita, com dicas para a troca de embreagem para a linha pesada SACHS e terminal de direção LEMFÖRDER.

FREUDENBERG-CORTECO INTEGRA O BRASIL À NOVA ESTRATÉGIA MUNDIAL DO GRUPO A Freudenberg-Corteco, com 170 anos de atividades e uma das líderes em vedações, traça as metas para o futuro a partir de um novo conceito global de atendimento aos clientes, com investimentos bilionários em produtos, complexos industriais, logística e suporte técnico-comercial, garantindo as melhores soluções aos distribuidores, frotistas, varejos, retíficas e oficinas do Brasil e América do Sul.

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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ARTIGO / NONÔ FIGUEIREDO por NONÔ FIGUEIREDO Piloto de competição

fotos Arquivo Pesssoal

PROFISSIONALISMO TOTAL TODOS CAMPEÕES SÃO TRABALHADORES E FOCADOS Para Nonô Figueiredo, este é o segredo do sucesso, aliado ao comprometimento e trabalho sério, com critérios e planejamento

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ara ser um piloto de sucesso, são necessárias várias qualidades: como ter uma boa base. Muitos que acompanham corridas já escutaram que o kart é a melhor escola, e que foi nessa categoria que todos os grandes campeões da F1 da era moderna começaram. Nela você aprende desde muito cedo que o automobilismo é muito dificil, e que existem muitas variáveis a serem trabalhadas para chegar na frente. Diferente de muitos esportes que existem por aí, nós, pilotos, precisamos de uma máquina muito bem ajustada, a equipe por trás do piloto focada, todos imbuídos e, principalmente, o piloto com seus objetivos muito bem definidos. Isso

não é garantia de sucesso, mas pelo menos minimiza bastante o risco de algo acontecer de errado durante o processo. Falando especificamente do piloto, apesar de existirem muitos pilotos bons, vemos apenas um seleto grupo chegando de fato a conquistar títulos, isso nas principais categorias do mundo. Sem prejuízo a todos os demais, o que esse seleto grupo tem de diferente? Talento? Sorte? Não acredito que a sorte faça um piloto se tornar campeão. Também já vi pilotos que nunca foram considerados tão talentosos assim serem campeões. Qual o segredo deles? Para mim o segredo do

sucesso é o profissionalismo, o comprometimento, o trabalho sério, com critérios e planejamento. Todos os campeões são assim, trabalhadores e com muito foco. Isso colabora para contaminar todos ao seu redor com o mesmo espírito. Por fim, gosto de dizer o seguinte: é fácil responder à pergunta quando nos indagam se estamos prontos para vencer, sim, normalmente é essa a resposta. Porém, você pergunta isso a você mesmo? Quando não tem ninguém ao seu redor você realmente trabalha para o sucesso? Tenha em mente que os grandes campeões sim, sempre. Até mais!



COMSPICER

VOCE PODE

MAIS Nas oficinas, distribuidores, lojas e estradas, os fortes podem contar com a força de Spicer.

Há mais de um século, Spicer é sinônimo de soluções de transmissão e suspensão, fornecendo às montadoras e ao mercado de reposição a mesma qualidade e resistência. Somos a força que está ao seu lado, sempre que precisar. Spicer. Porque ser forte é o melhor caminho.

Seja gentil. Seja o trânsito seguro.

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